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TUBERCULOSE Orientações para Agentes Comunitários de Saúde

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TUBERCULOSEOrientações para

Agentes Comunitários de Saúde

PREFEITOMarcio Lacerda

SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDEMarcelo Gouvêa Teixeira

SECRETÁRIA MUNICIPAL ADJUNTA DE SAÚDESusana Maria Moreira Rates

SECRETÁRIO MUNICIPAL ADJUNTO DE SAÚDEFabiano Pimenta Júnior

Belo Horizonte2012

PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE

A tuberculose é um grave problema de saúde pública no mundo. Para o seu controle, é necessário que os casos sejam descobertos precocemente e que o tratamento seja realizado regularmenteatéofinal.Ograndedesafioaservencidoéoelevadonúmero de pessoas que abando-nam o tratamento.

Frente a essa realidade, o trabalho do Agente Comunitário de Saúde (ACS) é fundamental para identificar os casossuspeitos de tuberculose na comunida-de e realizar o Tratamento Diretamente Observado(TDO)detodososcasosconfir-mados,paragarantiraadesão.

Apresentação

Tuberculose tem cura!

Sumário

O que é Tuberculose ..............................................................4

Quem adoece ........................................................................4

Como é transmitida ...............................................................4

Quando suspeitar de Tuberculose ..........................................5

Como a doença é confirmada .................................................6

O tratamento da Tuberculose .................................................7

O Tratamento Diretamente Observado (TDO) .........................8

Como prevenir a Tuberculose .................................................11

Referências Bibliográficas .......................................................12

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Qualquer pessoa pode adoecer por tuberculose. Entretanto, por ser uma doença com forte componente social, há maior risco nas pesso-asemcondiçõesdesfavoráveisdevida,desnutridas,emsituaçãoderua, privados de liberdade, portadores de algumas doenças como diabetes e pessoas vivendo com HIV/AIDS, usuários de drogas líci-tas e ilícitas (fumo, álcool e outras), pessoas em tratamento para o câncer e naquelas que convivem no mesmo ambiente com o doente sem tratamento.

Através da tosse, espirro, fala, canto ou respiração de uma pessoa com tuber-culose nos pulmões ou na laringe ainda sem tratamento ou com menos de 15 diasdeusodamedicação.

É uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria – Myco-bacterium tuberculosis (bacilo de Koch),queatingeprincipalmenteos pulmões, mas pode ocorrer em qualquer outra parte do corpo.

O que é Tuberculose

Quem adoece

Como é transmiti da

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Osintomamaisfrequentedatuberculosepulmonaréatosse,mui-tasvezesacompanhadadeexpectoração(escarro).

Quando suspeitar de Tuberculose

Sintomáti co respiratórioÉ a pessoa que apresenta tosse há três semanas ou mais.

Esta deverá ser encaminhada ao Centro de Saúde para avaliaçãoesolicitaçãodeexames.

O contato próximo e frequente com a pessoacom tuberculose nos pulmões ou na laringe, em ambiente fechado, com pou-caventilaçãoeausênciadeluz solar, representa maior chancedetransmissãoda

doença.

Além da tosse, podem surgir febre baixa, geralmente no final datarde, fraqueza no corpo, per-dadeapetite,emagrecimento,suores noturnos, dores no pei-

to, nas costas e, às vezes, escarro com sangue.

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Exame de escarroA baciloscopia (exame de escarro) iden-tificaapresençadobacilodeKoch.Éo

exame que confirma o diagnósticoda tuberculose pulmonar. Para sua realização, devem ser colhi-das duas amostras de escarro: a

primeira nomomento da identifi-caçãodosintomáticorespiratório, jáqueémuitoimportanteodiagnóstico

precoce.Asegundanamanhãdodiase-guinte, preferencialmente em jejum.

Na Tuberculose Pulmonar, o diagnósticoéconfirmadopeloexame do escarro e, em alguns casos, podem ser necessários radiografias, teste tuberculíni-co (PPD) e outros exames.

Como a doença é confi rmada

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•Otratamentoésimples,gratuito,e,namaioriadoscasos,duraseismeses;

• É imprescindível o uso diário dos medicamentos;•Nãosepodefaltaràsconsultasmensaisdecontrole,paraqueaequi-

pe de saúde avalie se o usuário está melhorando;•Mesmo sentindo-se melhor, o usuário não

deve interromper o tratamento;• Após15dias deuso corretodos

medicamentos, a grande maio-ria das pessoas com tubercu-losepulmonarnãotransmitemais a doença;

• Ao final do tratamen-to correto, o usuário estará curado, mas precisará receber a alta do médico.

O tratamento da Tuberculose

Emtodasaspessoascomdiagnósticodetuberculose,deveserofertadootesteAnti-HIV.Oexame pode ser realizado no Centro de Saúde, a partirdasolicitaçãodomédicoouenfermeiro.

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Para evitar o abandono do tratamento ou o uso incorreto da medi-cação,oACSpreferencialmenteouqualquerprofissionaldesaúdedeve observar o usuário tomar o remédio desde o início do trata-mentoatéasuacura.AestaaçãochamamosdeTratamentoDire-tamenteObservado(TDO).

Aobservaçãodatomadadosme-dicamentos deverá ser realizada diariamente, de 2ª a 6ª feira du-rante todo o tratamento. No en-tanto,separaousuárioaopçãode três vezes por semana for a única possível, deve ser explicada aeleexaustivamenteanecessida-de da tomada diária, incluindo os diasemqueo tratamentonão seráobservado.Destaforma,oprofissionalcontribuiparaareduçãodoabandono e, consequentemente, para o aumento do número de usuários curados.

OTDOémaisdoqueveradeglutiçãodosmedicamentos.Éne-cessáriocontruirvínculoentreousuárioeoprofissionaldesaúde,bem como entre o usuário e o serviço de saúde. Permite também removerbarreirasqueimpeçamaadesãoaotratamento.

O tratamento diretamente observado (TDO)

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TDO em usuários tratados em serviços de referência:

Caso o usuário faça o tratamento em unidades de referência, esta deveráfornecer-lheamedicaçãoparaotratamentodatuberculo-se.Entretanto,oTDObemcomooexamedoscontatos,deverãoser realizados pela equipedo centro de saúdemais próximodaresidência do usuário.

LocaisparaarealizaçãodoTDO:

• Na casa do usuário;• No Centro de Saúde.

AescolhadolocalparaoTDOdeveserdecididaconjuntamente entre a equipe de saúde e o usuário.

OTDOestá indicadoedeverá ser realizadoem todososusuários com tuberculose.

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• Observaraingestãodosmedicamentos;• PreencheroimpressoprópriodoTDO;• Reforçar a importância do comparecimento às consultas mensais,

bem comoda realização dos exames solicitados (baciloscopia ououtros);

• Confirmar se os contatos foramavaliadosesefizeramosexamessolicitados. Se algum contato es-tiver fazendo uso de Isoniazidapara o tratamento da infecçãolatente (quimioprofilaxia) ob-servar também a ingestão damesma;

• Perguntar ao usuário se há dúvi-das sobre a doença e o seu con-trole ou se há algum problema prejudicando a adesão ao trata-mento;

• Informar a equipe semanalmente sobrearealizaçãodoTDOeasituaçãode cada usuário;

ComofazeroTDO:

Reforçar com o usuário que a tuberculose tem cura se ele tomarosmedicamentosregularmenteatéofinal.

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Como o ACS pode contribuir

• Identificar os Sintomáticos Respi-ratóriosnacomunidadeeencami-nhá-los para avaliação no Centrode Saúde;

• Informar a comunidade sobre a tu-berculose,estimulando-aafazerpar-te do controle desta doença e contri-buirparaareduçãodoestigma;

• Orientarapopulaçãoparamanterosambientesbemventiladoseensolarados;

• Estimularhábitossaudáveisdevida,comonãofumar,nãofazerusodeálcooleoutrasdrogasepraticaratividadefísica.

Aprevençãodatuberculoseérealizadaatravésdeváriasações:

• Vacinação de todas as crianças comBCG ao nascer;

• IdentificaçãoeavaliaçãodosSintomáti-cosRespiratórios,visandoodiagnósticoprecoce da doença;

• Realização do tratamento correto ecompleto de todos os usuários;

• Avaliaçãodetodososcontatosdousu-ário com tuberculose o mais rápido possível.

Como prevenir a Tuberculose

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. De-

partamentodeVigilânciaEpidemiológica.Manualde recomenda-

ções para o controle da tuberculose no Brasil/ Ministério da Saúde

– Brasília, 2011.

• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Pro-

grama Nacional de Controle da Tuberculose. Tratamento Diretamen-

teObservado (TDO)daTuberculosenaAtençãoBásica:Protocolo

de Enfermagem/ Ministério da Saúde – Brasília, 2010.

• Brasil.MinistériodaSaúde.SecretariadePolíticasdeSaúde.Tuber-

culose: informações para agentes comunitários de saúde/ Ministé-

rio da Saúde - Brasília, 2001.

Referências Bibliográficas