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Como testar um capacitor usando um multímetro Primeiramente, algumas observações antes de começarmos: - Quanto menor o valor do capacitor maior deve ser a escala de medição de resistência usada e quanto maior o valor do capacitor menor poderá ser a escala utilizada. - O capacitor deve estar descarregado para que façamos o teste. Para descarregar um capacitor é só colocar os seus dois terminais em curto através de uma chave de fenda ou um alicate de bico, para isto ele deve estar desconectado de qualquer circuito eletrônico. - Dependendo do uso e do valor do capacitor este pode estar com muita carga e ao colocar seus terminais em curto poderá ocorrer faíscas e um estalo. Caso o capacitor a ser medido seja para uso com uma tensão alta e possua um valor na ordem de microfarads (uF) pode ser necessário descarregá-lo através de um resistor de baixo valor (aproximadamente 100 Ohms) e só depois os seus terminais devem ser colocados em curto. Cuidado para não levar choque ao fazer isto, use ferramentas com cabo isolado para manusear o resistor e para colocar o capacitor em curto. - Para medição de capacitores, utilizamos a escala de resistência do multímetro MEDINDO UM CAPACITOR COM UM MULTÍMETRO ANALÓGICO: - Coloque o multímetro na escala de resistência.

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Como testar um capacitor usando um multímetro

Primeiramente, algumas observações antes de começarmos:

- Quanto menor o valor do capacitor maior deve ser a escala de medição de resistência usada e quanto maior o valor do capacitor menor poderá ser a escala utilizada.

- O capacitor deve estar descarregado para que façamos o teste. Para descarregar um capacitor é só colocar os seus dois terminais em curto através de uma chave de fenda ou um alicate de bico, para isto ele deve estar desconectado de qualquer circuito eletrônico.

- Dependendo do uso e do valor do capacitor este pode estar com muita carga e ao colocar seus terminais em curto poderá ocorrer faíscas e um estalo. Caso o capacitor a ser medido seja para uso com uma tensão alta e possua um valor na ordem de microfarads (uF) pode ser necessário descarregá-lo através de um resistor de baixo valor (aproximadamente 100 Ohms) e só depois os seus terminais devem ser colocados em curto. Cuidado para não levar choque ao fazer isto, use ferramentas com cabo isolado para manusear o resistor e para colocar o capacitor em curto.

- Para medição de capacitores, utilizamos a escala de resistência do multímetro

MEDINDO UM CAPACITOR COM UM MULTÍMETRO ANALÓGICO:

- Coloque o multímetro na escala de resistência.

- Encostar uma ponta de prova em cada terminal do capacitor.

- Observe a movimentação do ponteiro do multímetro (não precisa marcar o valor).

- Caso o ponteiro suba e desça o capacitor estará bom, ou seja, o ponteiro subiu pois estava circulando uma corrente para carregar o capacitor, terminada a carga acaba a corrente e o ponteiro volta para a posição inicial, o infinito. Quanto maior o valor do capacitor maior será o tempo que o ponteiro levará para subir e descer.

- Se o ponteiro subir e ficar parado em alguma posição entre zero eo infinito (mesmo que comece a descer e pare) o capacitor estará com fuga, ou seja, uma corrente contínua está circulando através dele e isto já é sinal que este capacitor não está bom.

- Se o ponteiro for direto para o zero o capacitor estará em curto. Também não está bom. Neste caso toda a corrente fornecida pelas pilhas do multímetro atravessará o capacitor, ele não oferece nenhuma resistência, e por isto o ponteiro vai para o zero.

- Se o ponteiro não se mover o capacitor estará aberto, sem capacitância, e não estará bom. Neste caso o capacitor nem chegou a se carregar e é por isto que o ponteiro nem se moveu. Ficou na posição indicada por infinito.

Para medir capacitores acima de 10000 uF use a escala X1.Para medir capacitores entre 1000 uF a 10000 uF use as escalas X1 ou X10.Para medir capacitores entre 100 uF a 1000 uF use as escalas X10 ou X100.Para medir capacitores entre 10 uF e 100 uF use as escalas X100 ou X1K.Para medir capacitores entre 1 uF e 10 uF use as escalas X1K ou X10K.Para medir capacitores entre 100 nF e 1 uF use as escalas de 1K ou 10K ou 100K.Para medir capacitores entre 1nF e 100 nF use a escala de 100K.Para medir capacitores abaixo de 1 nF use a escala de 100K mas a leitura será difícil e, consequentemente, o teste não terá precisão.

Com este teste eu consigo saber o valor do capacitor e saber se este valor não está alterado?

Com este teste não dá para saber o valor do capacitor, mas apenas se ele não está aberto, com fuga ou em curto. Para saber o valor exato é necessário o uso de um capacímetro. O que podemos fazer é pegar um capacitor, que sabemos que está bom e seja do mesmo valor do capacitor testado, e comparar a leitura no multímetro deste capacitor com o capacitor a ser testado, para isto memorize as posições em que o ponteiro para na medição de um e do outro. Se der muita diferença entre estas posições provavelmente o capacitor em teste terá alguma alteração.

Embora as escalas de medição de resistência de um multímetro possam apresentar alguma diferença entre a máxima resistência que pode ser medida, pois a máxima resistência a ser medida depende, além do fator de multiplicação (X1, X10, etc) do fundo de escala indicado no galvanômetro, as escalas acima servem como uma boa referência para o teste de capacitores.

Observações:

Alguns capacitores eletrolíticos, geralmente os com alta tensão de isolação, costumam apresentar uma certa corrente de fuga, sendo assim pode ser que em determinadas escalas o ponteiro suba e, ao descer, pare próximo ao infinito. Se isto acontecer diminua a escala de multiplicação e veja se o ponteiro chega ao infinito, caso isto aconteça o capacitor estará bom.

Todos estes testes foram desenvolvidos com o auxílio da prática e embora possam variar um pouco de multímetro para multímetro, sempre serviram para testar capacitores.

Não encoste as mãos nas partes metálicas das pontas de prova, nem nos terminais dos capacitores, pois isto alterará as medições e testes.

Transistor

 

Um transistor é um componente eletrônico formado por duas junções P e N, em que os elementos semicondutores podem estar dispostos na sequência PNP ou NPN, suas

funções principais são amplificar e chavear sinais elétricos.

"Amplificar" é tornar um sinal elétrico mais forte.

Simbologia:

Como testar diodos?

Existem diversas técnicas para testar centenas de tipos diferentes de componentes eletrônicos. Essas técnicas fazem uso de instrumentos simples, como o provador de continuidade e o multímetro, até o emprego do osciloscópio no levantamento de curvas juntamente com o traçador de curvas. Este artigo irá lhe ensinar que existem muitas alternativas para se testar um componente suspeito.

Newton C. Braga

O que testar em um Diodo?

Quando polarizados no sentido direto, os diodos apresentam uma baixa resistência e quando polarizados no sentido inverso, uma alta resistência. Podemos testar um diodo justamente verificando o estado de sua junção, se ela apresenta as propriedades indicadas.

Podemos também levantar sua curva característica para avaliar seu estado usando o osciloscópio e o traçador de curvas.

Instrumentos Usados

- Provador de continuidade- Multímetro- Traçador de curvas ou transformador e osciloscópio- Provadores específicos

No caso dos provadores específicos, descreveremos circuitos simples que podem ser usados para a prova de diodos. Muitos multímetros são dotados de recursos específicos para isso, ou seja, têm a função prova de diodos.

Quais Diodos podem ser testados?

Qualquer diodo de silício ou germânio com correntes de 1 mA a 100 A, e tensões de trabalho de 10 a 1 000 V.

Procedimento

No teste inicial, mostraremos como fazer a prova de estado da junção de um diodo.

a) Coloque o multímetro numa escala intermediária de resistências (x 10 ou x 100) e zere-o. Se estiver usando o provador de continuidade, coloque-o em condições de funcionamento.

b) Retire o diodo do circuito em que se encontra ou levante um dos seus terminais, desligando-o do circuito.

c) Meça a resistência ou continuidade nos dois sentidos (faça uma medida e depois outra invertendo as pontas de prova).

A figura 1 mostra como realizar essa prova usando o multímetro.

Interpretação da Prova

Um diodo em bom estado deve apresentar uma baixa resistência em um sentido (polarização direta) e uma alta resistência no sentido oposto (polarização inversa).

Um diodo que apresente baixa resistência nos dois sentidos encontra-se em curto e alta resistência nos dois sentidos, se encontra aberto.

A baixa resistência pode variar entre 10 ohms e 2 000 ohms conforme o diodo e não representa a resistência que ele vai apresentar quando usado numa aplicação prática, mas sim a resistência vista pelo multímetro em função de sua baixa corrente de teste.

A resistência alta deve ser superior a 1 M ohms. Um diodo com resistência, na prova inversa, entre 10 000 ohms e 100 000 ohms apresenta fugas. Existem aplicações menos críticas, como fontes, em que essa resistênciab inversa ou fuga é tolerada.

Observação:

A resistência medida na condição de polarização direta não representa aquela que o componente apresenta quando em funcionamento. Isso ocorre devido à baixa tensão usada na prova e também à baixa corrente do multímetro.

O que podemos dizer é que, dada a menor tensão necessária à polarização direta, os diodos de germânio mostrarão uma resistência mais baixa que os diodos de silício nesta prova.

Outros Testes

1.Teste de diodos

Muitos multímetros digitais e mesmo analógicos possuem uma função de prova específica para diodos semicondutores. Nesta prova é usada uma corrente direta um pouco maior que a empregada na simples medida de resistências, de modo a se obter uma melhor condição

de condução.

Nesses casos, como o do multímetro ilustrado na figura 2, basta usar essa função no teste de diodos.

Procedimento

a) Encaixa-se o diodo nos locais designados, ou então seleciona-se a função e liga-se o diodo às pontas de prova.

b) Verifica-se a indicação de estado dada pelo multímetro.

Interpretação da Prova

A indicação é direta. O provador indica se o diodo está bom ou ruim (em curto, com fugas, aberto).

2. Circuito de Teste

Se o leitor não possuir nem um multímetro nem um provador de diodos específico, poderá montar facilmente um, usando até mesmo uma matriz de contatos.

Na figura 3 vemos um circuito provador de diodos que faz uso de duas lâmpadas incandescentes comuns de 6 V x 50 mA.

Veja que a corrente da lâmpada utilizada indica a menor corrente que o diodo provado pode suportar. Por exemplo, esse circuito não serve para testar um diodo de sinal de 20 mA. Apenas diodos que suportem correntes maiores do que 50 mA podem ser testados com este circuito.

Não será preciso observar sua polaridade e a tensão de trabalho do diodo pode ser

qualquer uma acima de 20 V.

Como Testar transformadores de baixas frequências (INS027) Escrito por Newton C. Braga     

O que são

Consideramos os transformadores de baixas freqüências os que trabalham, com a tensão da rede de energia (como os usados em fontes de alimentação) e os transformadores de fontes chaveadas ou equipamentos de áudio que trabalham com freqüências até 1 ou 2 MHz. Esses transformadores  podem ter núcleos laminados planos no caso dos transformadores de força ou de áudio, núcleos toroidais ou de ferrite como os usados em fontes de alimentação chaveadas. A  construção básica de um desses transformadores e seu símbolo é mostrado na figura 1.

 

Figura 1

 

Eles consistem em dois ou mais enrolamentos de fio esmaltado fino tendo em comum o núcleo de material ferroso (ferrite, ferro doce ou laminado). Na operação básica quando aplicamos uma tensão alternada num dos enrolamentos, uma tensão de valor diferente é induzida no(s) outro (s) enrolamento (s).

 

 

O que devemos testar

O teste de um componente deste tipo envolve desde a simples verificação da continuidade até a existência de fugas, curtos ou ainda indutância dos enrolamentos. Podemos basicamente considerar um transformador como dois indutores num núcleo comum e usar os mesmos procedimentos básicos da prova de indutores. Também é possível fazer testes de identificação dos enrolamentos, testes que permitem diferenciá-los pelas resistências desses enrolamentos, medidas com o multímetro.

 

Instrumentos Usados no Teste

Multímetro

Provador de continuidade

Lâmpada de prova

 

Também podem ser realizados testes mais sofisticados como os que fazem uso de instrumentos como o osciloscópio e depedendo do transformador, podem ser montados circuitos de teste.

 

Que Transformadores podem Ser Provados

Transformadores de baixas e médias freqüências, baixas, médias e altas potências para aplicações em fontes de alimentação e circuitos de áudio.

Incluem-se transformadores com núcleos laminados, núcleos de ferrite e núcleos toridais.

 

Procedimento

1)Prova e Continuidade das Bobinas

 

A prova de continuidade é a mais simples, podendo ser realizada com o multímetro comum ou ainda com o provador de continuidade.

 

a) Coloque o multímetro numa posição que permita ler baixas ou médias resistências (x1 , x10 ou x100). Se usar um provador de continuidade com faixas, ajuste para a comprovação de baixas resistências.

 

b)Retire o transformador do circuito que ele se encontra (se for o caso) mantendo desligados todos os seus terminais.

 

c)Teste a continuidade dos dois enrolamentos.

 

A figura 2 mostra esse procedimento.

 

Figura 2

 

Interpretação dos resultados:

Uma leitura de baixa resistência (até uns 5 000 ohms) indica que o enrolamento está com continuidade. Não se revela nesta prova se existem curto-circuitos. Para esta comprovação veja mais adiante como fazer a prova usando a lâmpada de prova, se o transformador for de força. Se a resistência medida for muito alta ou infinita o enrolamento estará interrompido.  Resistências intermediárias podem indicar que o transformador está com o enrolamento interrompida e além disso absorveu umidade, com fugas que fazem o instrumento indicar certa resistência, muito acima entretanto daquela apresentada por um enrolamento normal.

 

1)Prova de Isolamento

A prova de isolamento consiste em se verificar se existem fugas de um enrolamento para outro ou mesmo curtos, o que pode ser muito perigoso num transformador ligado à rede de energia, pois pode levar o perigo de choques em que manusear o aparelho em que ele se encontra. O procedimento para se verificar fugas ou curtos entre enrolamentos é o seguinte:

 

a)retire o transformador do circuito em que ele se encontra, liberando todos os seus terminais. Identifique os terminais do enrolamento primário e secundário antes de fazer o teste.

 

b)Coloque o multímetro na posição de resistências elevadas (x100 ou x1 k) e zere-o.

 

c)Encoste uma das pontas de prova do multímetro ou do provador de continuidade num dos terminais do enrolamento primário. Encoste a outra num dos terminais do enrolamento secundário.

 

d)Também podemos verificar o isolamento entre os enrolamentos e a carcaça. Trata-se de prova interessante pois um transformador com curtos para a carcaça pode se tornar um componente perigoso, capaz de causar choques.

 

Esses procedimentos são mostrados nas figuras 3 e 4.

 

Figura 3

 

Figura 4

 

Interpretação dos Resultados

A resistência entre os enrolamentos ou entre qualquer enrolamento e a carcaça deve ser maior do que 200 k ohms. Se for menor, estaremos diante de um componente com problemas de fugas entre os enrolamentos ou carcaça. Valores entre 100 k ohms e 200 k ohms são tolerados em algumas aplicações menos críticas, pois ainda não representam perigo para componentes ou choues para o operador. No entanto valores muito baixos são perigosos, indicando um problema com sérios problemas internos.

 

 

2)Identificação de enrolamentos

A maioria dos transformadores de alimentação possui um enrolamento de 110 V ou 220 V que apresenta uma resistência relativamente elevada, entre 500 ohms e 5000 ohms, dependendo da sua potência. Por outro lado, seus enrolamentos secundários são de baixas tensões com correntes elevadas, o que significa que, ao serem medidos apresentam uma baixa resistência ohmica, ou continuidade maior. Podemos aproveitar o conhecimento desse fato para identificar os enrolamentos usando um multímetro. O provador de continuidade pode também ser usado se ele tiver recursos que nos permita diferenciar resistência, como pelo brilho de um LED ou pela tonalidade do som emitido.

 

Procedimento

Meça a resistência ou continuidade dos dois enrolamentos do transformador.

 

Interpretação

O enrolamento de maior resistência é o enrolamento primário de maior tensão. O enrolamento de menor tensão tem menor resistência ou menor continuidade.

 

Observação:

Esse procedimento também nos permite identificar os terminais de um enrolamento com diversas tomadas, conforme mostra a figura 5.

 

Figura 5

 

A resistência entre o terminal comum (terra) e o terminal de 110 V é menor que a resistência entre o terminal comum (terra) e o terminal de 220 V. Com a medida combinada das resistências, podemos identificar os três terminais de um transformador de duas tensões.

 

 

3)Prova e Curto-circuitos

A prova de curto-circuitos dos enrolamentos de um transformador é feita da mesma forma como descrevemos no caso de um indutor. Provamos o enrolamento como se fosse um indutor, detectando se possui ou não curto-circuitos ou interrupções. Na figura 6 mostramos como usar uma lâmpada de 25 W a 40 W para a prova de curto-circuito de enrolamentos de um transformador de alimentação (primário de 110 V ou 220 V).

 

Figura 6

 

Se existir curto-circuito no enrolamento primário ou mesmo no secundário (ele carrega o transformador e se reflete no primário) a lâmpada acenderá com brilho normal.  Com um transformador em bom estado, a lâmpada acenderá com brilho reduzido.

 

Observações

Os testes dependem muito do tamanho do transformador usado. O que descrevemos é válido para transformadores comuns de 5 a 100 W de potência.

Pequenos transformadores de áudio para aparelhos transistorizados também podem ser testados da maneira indicada, exceto pela lâmpada de prova.

como testar uma resistencia com multimetro

Práticas da Teoria 2 - ResistoresUsando o multímetro

O Laboratório que acompanha a Teoria II - Resistores, introduz a utilização do multímetro como ferramenta indispensável para realizar medidas nos circuitos.

Quanto mais habilitado você estiver com esse aparelho de medição, mais poderá testar circuitos, entendendo melhor como funcionam, como localizar e corrigir falhas.

Tópicos

O que fazem os medidores? Multímetros digitaisMultímetros analógicos Práticas com medidas

 

O que fazem os medidores?

Um medidor é um instrumento de medição. O resultado de uma medição é uma medida. Não há cunho científico onde não houver medida. Em Eletrônica, os amperômetros medem intensidades de corrente, os voltômetros medem a diferença de potencial (tensão) entre dois pontos e os

ohmômetros medem as resistências elétricas dos condutores. Cometendo erros de nomenclatura, porém já consagrados pelo uso, tais aparelhos são mais conhecidos por: amperímetro, voltímetro e ohmímetro. [Nota: O Sistema Internacional de Unidades, no trecho dedicado á nomenclatura, indica: aparelhos de medida direta são grafados com terminação em "ímetro" (tal como o paquímetro) e os de medida indireta são grafados com terminação "ômetro" (tais como o cronômetro, odômetro, amperômetro, voltômetro etc.). Os técnicos em eletricidade e eletrônica não 'falam' cronímetro ou odímetro, mas dão-se por satisfeitos com amperímetro, voltímetro etc.]

 

Um 'multímetro' ou multiteste incorpora todas essas funções de medidores e possivelmente outras mais, num só equipamento.

Antes de entrarmos em detalhes no manuseio dos multímetros, é importante para você ter uma idéia clara de como os medidores são conectados ao circuito sob inspeção.

1) A ilustração abaixo mostra um circuito em duas situações, A antes e B depois de se ligar um amperímetro:

Para se medir a intensidade de corrente que circula por um dado componente ou num trecho de circuito, tal circuito deve ser "aberto", "cortado", "interrompido" para poder intercalar o amperímetro em série.

Toda a corrente que passa pelo componente ou no trecho em questão deve passar também através do medidor. Na ilustração acima, não importa se o amperímetro é inserido na posição indicada, entre R1 e R2 ou entre R2 e a fonte de tensão.

A introdução do amperímetro no circuito implica na introdução de uma nova resistência (a resistência interna do próprio aparelho)que afeta a resistência total e conseqüentemente a intensidade de corrente. Assim, para a leitura

seja confiável é necessário que a resistência própria do medidor seja a mais baixa possível.

Um bom amperímetro deve ter resistência interna praticamente nula!

2) A ilustração a seguir mostra um circuito em duas situações, A antes e C depois de se ligar um voltímetro:

Observe que, para a medida de uma diferença de potencial (tensão) entre dois pontos (os terminais do resistor R2, na ilustração), o circuito não precisa ser interrompido; o voltímetro é conectado em paralelo.

Para que a inclusão do voltímetro não altere substancialmente o valor da resistência do trecho sob medição é preciso que a resistência própria (interna) do medidor seja a mais alta possível. Em outras palavras, a intensidade de corrente através do voltímetro deve ser mínima.

Um bom voltímetro tem resistência interna praticamente infinita!

Que medição você acha que é mais útil para o experimentador, intensidade de corrente (com amperímetro) ou tensão elétrica (com voltímetro)?

Ambas são úteis porém, a medida de tensão é muito mais prática e muito mais freqüente. Ela é uma medição fácil pois incorpora a vantagem de não necessitar nenhuma interrupção no circuito original. Nesse tipo de medição, as pontas de prova do voltímetro são simplesmente encostadas nos pontos entre os quais quer se saber o valor de tensão.

3) A ilustração abaixo mostra um circuito em duas situações, A antes e D depois de se ligar um ôhmímetro:

O ôhmímetro não deve ser usado com o circuito conectado à fonte de alimentação. Ele não trabalha da mesma maneira que voltímetro e amperímetro. Esses dois usam a fonte de alimentação do circuito para suas leituras; o ôhmímetro não, ele tem sua própria fonte de tensão.

Além disso, o componente cuja resistência está sob medição deve ser retirado do circuito. Na ilustração, o resistor R2 foi retirado para uma perfeita medição do valor de sua resistência. Na prática não é necessário dessoldar seus dois terminais, basta soltar um deles.

A fonte de tensão interna do ohmímetro faz circular uma pequena intensidade de corrente pelo componente em teste e avalia a queda de tensão sobre ele; em função dessa tensão o medidor fornece, como leitura, a resistência do componente.

A maioria dos ohmímetro têm, em seu interior, um fusível para protegê-lo contra "abusos" e falhas do operador.

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Multímetros digitais

Multímetros digitais são projetados por engenheiros eletrônicos e produzidos em massa. Até mesmo os modelos mais baratos podem incluir características que você, iniciante, provavelmente não as usará.

Tais medidores dão, como saída, uma exibição numérica normalmente através das propriedades dos mostradores de cristais líquidos.

A ilustração a seguir mostra dois modelos de multímetro digitais. O da esquerda, um típico, tem suas funções e alcances selecionadas mediante uma chave (ligada a um grande botão no meio do aparelho). O da direita, mais sofisticado, não é necessário selecionar nenhum alcance, apenas a função. Ele, automaticamente seleciona um alcance adequado.

Comentemos o primeiro modelo. Mediante o acionamento do botão central, que pode assumir diversas posições, você tem que escolher aquela que convém para a adequada medição. Se esse botão foi dirigido para o setor V= e aponta para a faixa dos 20V (como na ilustração) então, 20V é a tensão máxima que pode ser medida. Para os circuitos experimentais com os quais trabalharemos essa é a seleção indicada para medidas de tensões. Em algumas situações poderemos utilizar o alcance 2V ou ainda 200 mV.

As faixas de tensões para fontes de polaridade fixa (pilhas, baterias e fontes de alimentação) estão no setor indicado com V=. Nossos projetos iniciais trabalharão com esse tipo de alimentação.

Leituras de tensões alternadas (AC) devem ser feitas com o máximo de cuidado e o botão central deve ser levado para o setor V~.

Muito cuidado ao ligar o medidor na rede elétrica domiciliar.

Comentemos o segundo modelo. É um multiteste (multímetro) denominado multímetro auto ajustável. Mediante o botão central você se limita a escolher uma função, ou seja, que grandeza quer medir (tensão, corrente, resistência, decibéis etc.), o restante o aparelho faz por conta própria. Ele escolhe qual o alcance mais indicado e apresenta no mostrador a leitura (digital) acompanhada da unidade de medida. Ele é mais caro que o medidor comum mas, obviamente, de manuseio mais simples.

Cuidado especial deve ser tomado para as ligações das pontas de prova no multiteste. O fio vermelho que termina em ponta deve ser conectado ao terminal marcado com V, ,mA e o fio preto que termina com um jacaré deve ser inserido no terminal marcado com COM (COMUM).

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Multímetros analógicos

Nos medidores analógicos uma agulha movimenta-se diante de uma escala gravada no mostrador. Multímetros analógicos com alcances chaveados (selecionados por botão central) são mais baratos que os digitais porém, de leituras mais difíceis para os novatos lerem com precisão, especialmente nas escalas de resistências. O aparelho é mais delicado que os digitais e, em caso de queda, é mais provável que se danifiquem.

Cada tipo de medidor tem suas vantagens e desvantagens. Usado como voltímetro, um medidor digital é normalmente melhor porque sua resistência interna é muito mais alta (1 M ou 10 M ) que aquela dos analógicos (200 k ) numa faixa semelhante.

Por outro lado, é mais fácil seguir o lento movimento da agulha em determinadas leituras de tensão que as trocas numéricas de um digital.

Usado como amperímetro, um medidor analógico passa à frente do digital; primeiro por ter resistência interna bem menor e em segundo, por ser mais sensível (normalmente com escalas até 50 mA). Multímetros digitais mais caros podem igualar ou mesmo superar esse desempenho.

A maioria dos multímetros modernos é digital; os tipos analógicos tradicionais são destinados a ficar obsoletos (mas, eu não dispenso o meu analógico!).

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Práticas com medidas

1. Medidas de tensão:

Construa o circuito mostrado abaixo usando a matriz de contatos e quatro resistores de 10 k .

Usando o multímetro digital como voltímetro, meça a tensão fornecida pela fonte de alimentação e a seguir as tensões (d.d.p) entre os pontos [A e B] e [A e C].

Que você observa com relação a esses resultados?

Os quatro resistores estão associados em série e fazem um arranjo conhecido como divisor de tensão. A tensão total é compartilhada (dividida) entre os quatro resistores e, a menos da tolerância, cada resistor recebe parcelas iguais (pois têm valores nominais iguais).

Nota: O próximo capítulo (Teoria III) dará detalhes dos divisores de tensão.

Modifique o circuito, substituindo um ou mais resistores de 10 k por outros de 1 k ou 100 k . Refaça as leituras de tensão.

Os resultados são os esperados?

A ilustração a seguir mostra um circuito sensor de luz construído de modo semelhante:

 

O circuito usa um LDR (resistor dependente da luz) e um resistor de 10 k em série, constituindo também um divisor de tensão.

A resistência imposta pelo LDR é afetada pela luz que incide sobre sua face sensível. Na escuridão essa resistência é bem alta, 1 M ou mais. Sob iluminação (quando então a energia luminosa aumenta o número de portadores de carga disponível para o fluxo de corrente) a resistência diminui sensivelmente, podendo mesmo chegar abaixo dos 100 .

Conecte as pontas de prova de tensão sobre o resistor de 10 k , como se ilustra. A seguir, cubra com a mão a superfície sensível do LDR.

A tensão lida aumenta ou diminui?

2. Medidas de resistência

Remova o LDR do circuito e meça sua resistência, como se ilustra acima.

Para fazer o multímetro funcionar como um ohmímetro, você precisará selecionar uma faixa de resistência. O chaveamento para o alcance 200 k é satisfatório. Agora você poderá observar as alterações de resistência conforme muda o nível de iluminação no LDR.

Se a leitura chegar ao valor máximo e estacionar com a progressiva cobertura do LDR, isso significa que o alcance do medidor precisa ser modificado para um alcance mais elevado, 2000 k , por exemplo.

A quantos M corresponde os 2000 k ?

3. Medidas de intensidades de correntes:

A ilustração abaixo mostra um arranjo efetuado com resistores de 100 sobre uma matriz de contatos. Vamos usá-lo para efetuar medidas de intensidade de corrente:

 

Observe que a corrente tem que circular pelo amperímetro assim como pelo circuito. O circuito foi previamente interrompido e o amperímetro inserido.

Faça uma nova leitura de intensidade de corrente levando o "jumper" que está ligado em A para uma nova posição B.

Qual a intensidade de corrente?

Leve o "jumper" para as posições C e D, sucessivamente e anote as novas leituras. Não esqueça de escrever as unidades corretamente.

Calcule, separadamente, a intensidade de corrente esperada em cada caso usando da Lei de Ohm.

Entendeu mesmo? ... A

1. Dê três funções que os resistores podem desempenhar num circuito.2. Que é um transdutor?3. Dê exemplos de transdutores de entrada e de saída.

Entendeu mesmo? ... B

1. Cite três diferentes tipos de resistores.2. Qual o valor ôhmico do resistor cujas faixas coloridas são:

(A) marrom, preto, vermelho?(B) cinza, vermelho, marrom?(C) laranja, branco, verde?

3. Dê o código de cores para os seguintes valores de resistência:

(A) 1,8 k(B) 270 (C) 56 k

4. Obtenha os valores máximos e mínimos de resistências dos resistores marcados com as seguintes faixas:

(A) vermelho, vermelho, preto ----- ouro(B) amarelo, violeta, amarelo ----- prata

Entendeu mesmo? ... C

1. Dê os valores ôhmicos nominais dos resistores que apresentam as seguintes faixas de cores:

(A) laranja, laranja, preto(B) cinza, vermelho, ouro(C) laranja, laranja, preto, vermelho

2. Como fica o código de cores para um resistor de 10 knominais,

(A) usando o três sistema de cores?(B) usando o sistema de quatro cores?

Entendeu mesmo? ... D

1. Que valor do padrão E12 está mais próximo a 5 030?

Entendeu mesmo? ... E

1. No circuito por acender um LED, a fonte de alimentação fornece 6 V. Qual deve ser o valor de R1? Se a fonte for substituída por outra de 9V, qual o novo valor de R1?

Entendeu mesmo? ... F

1. No circuito ilustrado, qual

(A) a resistência total no circuito?(B) a intensidade de corrente que passa pelo ponto A?

2. No circuito ilustrado, qual

(A) a resistência total no circuito?(B) as intensidades de corrente que passam pelos pontos B, C, e D?

Entendeu mesmo? ... G

1. Que valor de potência é recomendada para um resistor limitador de corrente de 680, de modo que o LED conectado em série seja percorrido por corrente de 10 mA?

RESPOSTAS ... A

1. (a) Como limitador de intensidade de corrente em determinados componentes,(b) como um transdutor (como parte de um subcircuito de sensor),(c) como modificador da constante de tempo quando associado em série com um capacitor.

2. Um componente que muda uma forma de energia em outro. No transdutor eletrônico, uma das formas de energia deve ser elétrica.

3. De entrada: LDR, microfone, interruptor, termistor (sensor de temperatura)    De saída: LED, lâmpada, alto-falantes, cigarra.

RESPOSTAS ... B

1. Filme de carbono (carvão), filme de metal (óxidos), fio enrolado (nicromo).

2. Valores dos resistores:

(A) 1000 ou 1 k(B) 820(C) 3 900 000 ou 3,9 M .

3. código de cores:

(A) marrom, cinza, vermelho(B) vermelho, violeta, marrom(C) verde, azul, laranja

4. ouro = ±5% è máximo: 220+11=231mínimo: 220-11=209    prata = 10%è máximo: mínimo:

RESPOSTAS ... C

1. valores de resistor:

(A) 33(B) 8.2(C) 33 000, ou 33

2. códigos de cor:

(A) marrom, preto, laranja,(B) marrom, preto, preto, vermelho,

RESPOSTAS ... D

1. E12 valores de 4.7 e 56 estão disponíveis: 4.7 estão mais próximos.     Na E24 escala, 5.1 estão mais próximos.

RESPOSTAS ... E

1. A tensão por R1 é agora 6-4=2 V    O E12 valor mais próximo é 390, laranja de código de cor, branco, marrom.

RESPOSTAS ... F

1. resistor em série:

(A) 3(B) 2 mA

2. resistor em paralelo:

(A) 0.67(B) B=9 mA, C=6 mA, D=3 mA,

Os resistor conectados em paralelo têm valores diferentes e por isso as correntes que fluem por eles serão diferentes.

RESPOSTAS ... G

1. 10 mA=0.01A. A tensão pelos 680 é: 6,8V. A potência é: 0,068W.     Qualquer resistor acima dessa faixa de potência pode ser usado, tal como 0,25W ou 0,5W

como testar um rele com multímetro

para que serve um capacitor