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MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS Ana Carolina Teixeira; Anna Carolina Martins; Nathália Gonçalves Cardoso; Thaís Rodrigues de Oliveira UEG/ Curso de Química Industrial/ Disciplina Bromatologia RESUMO: Este relatório tem como objetivo relatar a experiência de uma aula da disciplina de bromatologia sobre como determinar o teor de lipídeos em uma amostra de queijo parmesão ralado através do extrator de Soxhlet. Foi se observado um teor relativamente alto de gordura na amostra. Palavras-chaves: Bromatologia, extrator de Soxhlet, lipídeos, queijo-parmesão 1. INTRODUÇÃO O termo lipídeo é utilizado para gorduras e substâncias gordurosas. Lipídeos são definidos como componentes do alimento que são insolúveis em água e solúveis em solventes orgânicos, tais como éter etílico, éter de petróleo, acetona, clorofórmio, benzeno e álcoois. [1] A determinação quantitativa de lipídeos em alimentos é, há muito, um parâmetro básico para avaliações nutricionais e de processamento. Na indústria de extração de óleos vegetais, um rígido controle do teor de lipídeos na matéria-prima e nos subprodutos deve ser mantido tanto como fins econômicos como tecnológicos. [2] Os métodos rotineiros para determinação quantitativa de lipídeos baseiam-se na estração da fração lipídica por meio de um solvente orgânico adequado. Após a extração e remoção

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Page 1: MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS

MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS

Ana Carolina Teixeira; Anna Carolina Martins;

Nathália Gonçalves Cardoso; Thaís Rodrigues de Oliveira

UEG/ Curso de Química Industrial/ Disciplina Bromatologia

RESUMO:

Este relatório tem como objetivo relatar a experiência de uma aula da

disciplina de bromatologia sobre como determinar o teor de lipídeos em uma

amostra de queijo parmesão ralado através do extrator de Soxhlet. Foi se

observado um teor relativamente alto de gordura na amostra.

Palavras-chaves: Bromatologia, extrator de Soxhlet, lipídeos, queijo-parmesão

1. INTRODUÇÃO

O termo lipídeo é utilizado para gorduras e substâncias gordurosas.

Lipídeos são definidos como componentes do alimento que são insolúveis em

água e solúveis em solventes orgânicos, tais como éter etílico, éter de petróleo,

acetona, clorofórmio, benzeno e álcoois. [1]

A determinação quantitativa de lipídeos em alimentos é, há muito, um

parâmetro básico para avaliações nutricionais e de processamento. Na indústria de

extração de óleos vegetais, um rígido controle do teor de lipídeos na matéria-prima

e nos subprodutos deve ser mantido tanto como fins econômicos como

tecnológicos. [2]

Os métodos rotineiros para determinação quantitativa de lipídeos baseiam-

se na estração da fração lipídica por meio de um solvente orgânico adequado.

Após a extração e remoção do solvente determina-se gravimetricamente a

quantidade de lipídeos presente. O resíduo obtido não é, na verdade constituído

unicamente por triglicerídeos, mas por todos os compostos que, nas condições da

determinação, possam ser extraído pelo solvente. Geralmente, são fosfatídeos,

esteróis, vitaminas A e D, carotenóides, óleos essenciais, etc., mas em

quantidades relativamente pequenas, que não chegam a representar uma

diferença significativa na determinação. [2]

A extração interminente é a mais usada neste caso, apesar do processo

contínuo ser bastante simples e muito eficiente. A extração contínua tem também a

Page 2: MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS

vantagem de usar quantidades menores de solvente; ela é feita em aparelho do

tipo Soxhlet. [2]

Os solventes mais comumente utilizados são o éter etílico e o éter de

petróleo. A mistura desses dois também é recomendada. [2]

O aparelho de Soxhlet é um extrator que utiliza refluxo de solvente, e pode

ser utilizado somente em amostras sólidas. Tem a vantagem de evitar a

temperatura alta de ebulição do solvente, pois a amostra não fica em contato com

o solvente muito quente, evitando assim a decomposição da gordura da amostra.

Tem a desvantagem da possível saturação do solvente que permanece em contato

com a amostra antes de ser sifonado, o que dificulta a extração. [1]

2. OBJETIVO

Extração de lipídeos do queijo parmesão ralado

3. MATERIAIS E REAGENTES:

Queijo parmesão ralado

Éter

Balão de fundo redondo

Cartucho de papel

Algodão

Balança analítica

Extrator de Soxhlet

Manta aquecedora

4. PROCEDIMENTO:

Pesou-se 3,5g de queijo parmesão e transferiu para um cartucho feito com

papel de filtro. Cobriu-se a boca do cartucho com algodão. Colocou-se o cartucho

dentro do extrator de Soxhlet e em seguida adicionou-se éter. Encaixou-se o

extrator em um balão de fundo redondo, que foi pesado anteriormente, e aqueceu-

se na manta aquecedora. Extraiu-se por aproximadamente 2,5h. Usou-se a

diferença do peso do balão depois e antes da extração para determinar a masssa

de extrato etéreo extraído.

5.RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Page 3: MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DE LIPÍDEOS

O peso do balão obtido antes da extração foi de 109,97g e após 111,49g.

Usando diferença de massas, podemos saber a quantidade de extrato étereo

extraído:

mE.E = mB.A. – mB.D.

mE.E = 111,49 – 109,97

mE.E = 1,52g

sendo que: mE.E é a massa de extrato etéreo, mB.A. é a massa antes da extração e

mB.D. é a massa depois da extração.

Obteve-se 1,52g de extrato etéreo após 2,5h de extração, porém se tivesse

deixado mais tempo, obteríamos uma massa maior.

Utilizando a fórmula proposta por IAL, obtivemos a porcentagem de gordura

extraída da amostra de queixo parmesão: [3]

% Extrato Etéreo = (100 x N) / P (1)

sendo que: N = gramas de gordura no balão e P = peso da amostra.

Portanto:

% Extrato Etéreo = (100 x 1,52) / 3,5 ≈ 43,43%

6. CONCLUSÃO:

A porcentagem de gordura extraída em 2,5h foi relativamente alta, porém

esse resultado não é muito exato pois houve erros durante a realização do

experimento, entre eles está que o balão não permaneceu na estufa durante 1h

antes da pesagem, e o tempo de extração foi relativamente curto sendo que o

sugerido são 6h de extração.

7. BIBLIOGRAFIA:

1. CECCHI, H. M.; Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos.

Campinas: FEA da Unicamp. 1999. Págs: 87 e 88.

2. GOMES, J. C. ; Análise de Alimentos. Viçosa: Universidade Federal de

Viçosa. Pág:76

3. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas, métodos químicos e físicos

para análise de alimentos. São Paulo: IAL, 1985, v.1, pág:371.