2 métodos de determinação do tamanho de partículas
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Métodos de determinação do tamanho de partículas.
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a) Microscopia: Ótica (MO) ou Eletrônica de
Varredura (MEV).
Vantagens:
i) permite a detecção de partículas de materiais
aglomerados e partículas compostas
ii) permite a obtenção de informações químicas e
estruturais de amostras diversas
MEV- aumento de até 10-5 e profundidade foco
até 0,4m
MO aumento até 10-3 e prof. foco apenas 0,27m
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Desvantagens MO:
i) Mede somente em duas dimensões
ii) Processo lento e cansativo, necessitando
de várias medidas para se conseguir uma boa
reprodutibilidade (antigamente).
Atualmente facilitada com o advento dos
sistemas de aquisição de dados e dos
Analisadores de Imagens.
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http://www.materiais.ufsc.br/lcm/web-MEV/MEV_index.htm
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http://www.materiais.ufsc.br/lcm/web-MEV/MEV_index.htm
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b) Peneiramento (Tamização):
➢ Peneiras padronizadas (Série Tyler, ASTM, IMN, BS, ABNT):
Ef. peneira = fração que passou através das peneiras
fração total que poderia ter passado
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c) Sedimentação
-Lei de Stokes:
( )
f
fp
2
st
t18
gd
t
hv
−==
→ ( ) tg
h18d
fp
fst
−
=
Re =ρf. Vt. 𝑑𝑠𝑡
μf≤ 0,2 (𝐇𝐞𝐲𝐰𝐨𝐨𝐝, 𝟏𝟗𝟔𝟑)
Vários tipos de equipamentos utilizam esse princípio.
➢ Pipeta de Andreasen (Método Clássico)
* Procedimento similar é empregado em equipamentos
modernos, onde a determinação é feita por outros
métodos, como por ex.:, atenuação de RX (SEDIGRAPH)
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- SediGraph III 5120 da micromeritics (Atenuação de RX)
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d) Centrifugação
- utiliza-se da força centrífuga para separar as
partículas
e) Coulter – Counter
- utiliza um sinal elétrico causado por uma
partícula dispersa em um eletrólito, que ao
passar por um orifício quando migra de um
eletrodo externo para um eletrodo interno gera
um sinal. Este sinal é tratado e relacionado com
o tamanho da partícula
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O PRINCÍPIO COULTER
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1
2 34 5 6 7
8
1 2 3 4 5 6 87
Sensing Zone
V
Sensing zone =2.4 x Orifice Volume
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f) Espalhamento da Luz (light scatering)
Feixe de
Luz Absorção
Refração
Difração
Difração
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luz laser
Laser
Lentes Célula Detectores
Partículas da amostra
Luz dispersa pelas
partículasPerfil de
intensidade de luz
dispersa
Teoria de Fraunhofer: aplicavel para partículas grandes comparado com o
comprimento de onda utilizado;
Teoria Mie: Produz resultados mais exatos para partículas finas, sendo
necessário conhecer o índice de refração da partícula.
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➢ FATOR DE FORMA:
❖ Esfericidade, :
ppv
p
S
VÁrea
=
=
d
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partículas das lSuperficiaÁrea
eequivalentesfera da lsuperficia
0 < 1,0 - Partículas esféricas = 1,0
❖ Aspecto (F-ratio) e Circularidade (F-Circle):
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➢ Superfície específica, Sv ou Sm:
=
=
pvv
d
6
partículas das Volume
partículas das lsuperficia ÁreaS
=
=
ppvm
d
6
partículas das Massa
partículas das lsuperficia ÁreaS
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Type Two Isotherm - Non Porous Solid
0
10
20
30
40
50
60
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
P/Po
Vo
lum
e A
dso
rb
ed
cc/g
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Método para determinação: Adsorção física de
gases como nitrogênio e hélio em temperaturas
baixas:
http://www.nottingham.ac.uk/~eczehl/catalysis/surfaceareacalculations.htm
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Tipos isotermas
= V/Vm
http://www.unb.br/iq/lqc/Joao/iqs/adsorcao.pdf
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DENSIDADES
Três definições:
➢ VERDADEIRA ou REAL (do material em si):
➢ DO GRÂNULO:
➢ APARENTE (BULK):
sólidos dos Volume
sólidos dos Massa=
m 10 poros dos volumesólidos dos Volume
sólidosdos Massag
+=
sólidospelos ocupado total Volume
sólidosdos Massaap =
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Picnometria à Hélio
Determinação de densidade em materiais sólidos
e particulados. O valor de densidade é considerado real
se a amostra não apresentar poros fechados oclusos,
caso contrário o valor obtido é da densidade aparente.
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Porosidade:
- Porosidade da partícula*
- Porosidade do conjunto de partícula
sólidos pelos ocupado totalVolume
vaziosde Volume=
*Porosimetria por Intrusão de Mercúrio:
𝜀 = 1 −𝜌𝑎𝑝
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POROSIDADE DE LEITOS DE PARTÍCULAS (MEIO POROSO)
➢ Em um meio poroso existem espaços vazios, não
preenchidos por partículas, que varia de acordo com
o tipo de empacotamento.
➢ Assim se pode definir a porosidade de um leito de
partículas (estático ou dinâmico), pela seguinte Eq.:
➢ 𝜀𝑙 =𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜𝑠
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑙𝑒𝑖𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠= 1 −
𝜌𝑏𝑢𝑙𝑘
𝜌𝑠
l (fração vazios)
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PROPRIEDADES DE FLUIDEZ (FLOW PROPERTIES –USP 35)
- Escoamento do sistema particulado em equipamentos de
processamento industrial
- características dos materiais quando submetidos à
compressão e outras operações farmacêutica
ângulo de repouso, densidade bruta e de compactação,
índice de compressibilidade, índice de Carr e Razão de
Haussner
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Determinação Ângulo RepousoANGULO DE REPOUSO
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DENSIDADE BRUTA E DE COMPACTAÇÃO
Determinar: V0; V10, V500; V1250; V1250
Densidade Bruta = m/V0 = b
Densidade Compactação c = m/V500 (500); m/V1250 (1250); ou m/V2500 (2500)
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INDICE DE COMPRESSIBILIDADE (CARR), E
RAZÃO DE HAUSNER.
IC = (V0-Vf)/V0 x 100 (Vf = volume compactado)
ICarr = (c - b)/ c
RH = c/b
- c = massa específica compactada (aparente) =
- b = massa específica inicial (aparente)
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Interpretação dos resultados (USP 35)
PROPRIEDADES DE LEITOS DE PARTICULAS
- Produtos inalatórios
- Fluidização
- Permeabilidade:
Leito “aerossol” ou fluidizado
P
L k A
dV
dt
f=
P= queda de pressão;
L= comprimento;
A = Área da seção transversal;
k = Permeabilidade do meio poroso, constante
característica
dV/dt = Q - Vazão volumétrica do fluido através
do meio poroso
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Figura. Regimes de fluidização.
Figura. Diagrama de Geldart (1973).
- DIAGRAMA GELDART
Grupo C (partículas coesivas): são partículas muito finas, menores de 50 µm, e/ou baixa
densidade aparente, difíceis de fluidizar.
Grupo A (partículas aeráveis): apresentam tamanho entre 50 e 200 µm, e densidade que
varia de 700 a 1400 kg/m3, podem fluidizar homogeneamente com baixas velocidades de gás.
Grupo B (partículas tipo areia): apresentam tamanho entre 40 e 500 µm, com densidade
entre 1400 a 4000 kg/m3, não sofrem fluidização homogênea (podem um regime pistonado
de fluidização)
Grupo D (partículas jorráveis): são partículas grandes e/ou muito densas
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Figura. Regimes de fluidização.
FLUIDIZAÇÃO PARTÍCULAS –DIAGRAMA GELDART
Figura. Sistemas de fluidização
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A caracterização de sólidos particulados é
um tema muito abrangente, sendo objeto de
estudo de inúmeras áreas de investigação
científica. Dessa forma, apresentou-se aqui,
apenas uma visão geral sobre alguns parâmetros
bastante utilizados na realização dessa
caracterização, importantes para o
processamento de pós e formas sólidas
farmacêuticas.
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- REFERÊNCIAS
- MARTIN'S Physical Pharmacy and Pharmaceutical
Sciences (Chapter 18 – Micromeritics).
- USP 35 – Powder Flow
- ICH - Q4B Evaluation and Recommendation of
Pharmacopoeial Texts for Use in the ICH Regions -
Annex 13 - Bulk Density and Tapped Density of
Powders General Chapter
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OBRIGADO!