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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA EMESCAM LARISSA DOS REIS ROCHA MARIA ANGÉLICA DAMÁZIO DOELLINGER AMARAL MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: VENTILAÇÃO MECÂNICA E MANOVACUOMETRIA VITÓRIA 2018

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ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE

VITÓRIA – EMESCAM

LARISSA DOS REIS ROCHA

MARIA ANGÉLICA DAMÁZIO DOELLINGER AMARAL

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: VENTILAÇÃO MECÂNICA E

MANOVACUOMETRIA

VITÓRIA

2018

1

LARISSA DOS REIS ROCHA

MARIA ANGÉLICA DAMÁZIO DOELLINGER AMARAL

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: VENTILAÇÃO MECÂNICA E

MANOVACUOMETRIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de

graduação em fisioterapia da Escola Superior de Ciências

da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM

como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel

em Fisioterapia.

Orientadora: Profª Ms. Letícia Guimarães Peyneau

VITÓRIA

2018

2

LARISSA DOS REIS ROCHA

MARIA ANGÉLICA DAMÁZIO DOELLINGER AMARAL

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA EM

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: VENTILAÇÃO MECÂNICA E

MANOVACUOMETRIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em fisioterapia da Escola

Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia.

Aprovada em: ___/___/______

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________

Mestre, Letícia Guimarães Peyneau

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

– EMESCAM

Orientadora.

__________________________________________________

Doutora, Giovana Machado Souza Simões

Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

– EMESCAM

__________________________________________________

Fisioterapeuta, Richardson Morais Camilo

Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Casa de

Misericórdia de Vitória

__________________________________________________

Fisioterapeuta, Hugo de Jesus Oliveira

Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Casa de

Misericórdia de Vitória

3

Dedico este trabalho primeiramente a Deus que

me auxiliou até aqui, depois aos meus pais que

não mediram esforços para que eu pudesse

concluir o meu sonho, pois, sem eles nada do

que almejei seria possível, dedico também às

pessoas que nos ajudaram de alguma forma para

concluir essa etapa de aprendizado. E agradeço

imensamente a companhia nos dias perdidos,

nos tropeços pelo caminho e nas dificuldades

que conseguimos combater, a minha amiga

Maria Angélica que sem ela isto também não se

realizaria.

Larissa dos Reis Rocha

Dedico este trabalho primeiramente а Deus, pоr

ser essencial еm minha vida. À minha família,

pоr sua capacidade dе acreditar е investir еm

mim. Аоs meus amigos, pеlаs alegrias, tristezas

е dores compartilhas. Em especial a minha

amiga Larissa, com quem escrevi este trabalho.

Dedico também esse trabalho a minha avó Edith

e tia avó Élida (in memorian), com muito amor

e saudade.

Maria Angélica Damázio Doellinger Amaral

Com amor, para aqueles que são o nosso

porto seguro...

4

AGRADECIMENTOS

Como de costume, mas não pelo costume, agradeço primeiro a DEUS, pois todas as vezes que

me peguei pensando negativamente que não conseguiria, entreguei nas mãos Dele, e fui

conduzida ao sucesso. A minha MÃE, que não descansou na torcida, e que certamente orou

dias e noites para que Deus estivesse sempre comigo. Ao meu PAI, que nunca pensou duas

vezes ao investir no meu futuro, e é a eles que devo esta formação. A Richardson Morais e

Hugo Oliveira, da banca examinadora, pelo exemplo, paciência e dedicação em aperfeiçoar

este trabalho, acreditando no sucesso deste. A Professora Letícia Guimarães, pela paciência,

confiança, força e apoio. Sem palavras para agradecer pelas noites perdidas, pelos neurônios

queimados e pelos cabelos arrancados para que este sonho pudesse se concretizar.

A todos aqueles que se fizeram presente e jamais deixaram de acreditar na minha vitória.

Muito Obrigada!

Larissa dos Reis Rocha

Agradeço imensamente a Deus, por ter me concedido saúde, força e disposição para concluir

este trabalho. Agradeço a minha família, por todo apoio e incentivo nas horas difíceis.

Especialmente à minha mãe e minha madrinha, que sempre foram minha maior fonte de

inspiração e força. Agradeço a professora Letícia Guimarães, responsável pela orientação

desse trabalho, por todo apoio, atenção e dedicação. Também sou grata aos fisioterapeutas

Richardson Morais e Hugo Oliveira, que apoiaram cada etapa da pesquisa e contribuíram

significantemente. Sou grata também aos meus amigos, que não me deixaram ser vencida pelo

cansaço.

Maria Angélica Damázio Doellinger Amaral

5

RESUMO

A ventilação mecânica configura-se como uma importante intervenção terapêutica realizada

na Unidade de Terapia Intensiva. Como uma de suas principais funções, a ventilação

mecânica diminui e/ou elimina a sobrecarga dos músculos respiratórios, mas também pode

associar-se a fraqueza muscular respiratória destes pacientes. A indicação para início da

ventilação mecânica baseia-se em uma criteriosa avaliação clínica que visa alterações

importantes em pacientes graves frente a situações de insuficiências respiratórias agudas,

alteração na ventilação perfusão como o shunt intrapulmonar, caracterizado como uma forma

de alteração da ventilação pulmonar, além de alterações em exames gasométricos e presença

de esforço respiratório. E pode ser incorporada ao paciente de duas maneiras: através da

intubação orotraqueal ou da traqueostomia. O processo para a retirada da ventilação mecânica

é denominado desmame e refere-se à sequência de transição da ventilação artificial para a

espontânea, em pacientes que se mantém em ventilação mecânica por tempo superior a 24

horas. A interrupção tem início quando percebe-se que o paciente começou a respirar

espontaneamente com melhora progressiva do quadro clínico e estabilização do quadro de

insuficiência respiratória que necessitava do suporte ventilatório. Com os avanços em estudos

de fisiologia respiratória, infundiu-se como um método indispensável a avaliação da força

muscular respiratória máxima na área de pneumologia e terapia intensiva, dando um suporte

essencial na decisão de parâmetros de intubação, desmame e extubação de pacientes. Assim

inclui-se o fisioterapeuta na equipe da unidade de terapia intensiva, que participa desde o

momento da chegada ao setor, para atendimento e preparação do paciente crítico, até a

avaliação de potenciais riscos, presença de complicações respiratórias e/ou motoras e

avaliação de possíveis efeitos deletérios do leito, para assim ser possível delinear a melhor

indicação e tratamento fisioterapêutico.

Palavras-chave: ventilador mecânico; força muscular; unidade de terapia intensiva.

6

ABSTRACT

Mechanical ventilation is an important therapeutic intervention performed at the Intensive

Care Unit. As one of its major functions, mechanical ventilation decreases and/or eliminates

respiratory muscle overload, but it can also be associated with respiratory muscle weakness in

these patients. The indication for initiation of mechanical ventilation is based on a careful

clinical evaluation that aims at important changes in severe patients in situations of acute

respiratory insufficiency, alteration in ventilation perfusion such as intrapulmonary shunt,

characterized as a form of pulmonary ventilation alteration, in addition to of changes in

gasometric tests and presence of respiratory effort. And it can be incorporated into the patient

in two ways: through orotracheal intubation or tracheostomy. The process for the withdrawal

of mechanical ventilation is called weaning and refers to the transition from artificial to

spontaneous ventilation in patients who remain on mechanical ventilation for more than 24

hours. Interruption begins when it is noticed that the patient began to breathe spontaneously

with progressive improvement of the clinical picture and stabilization of the respiratory

insufficiency that needed the ventilatory support. With the advances in respiratory physiology

studies, it was infused as an indispensable method to evaluate the maximum respiratory

muscle strength in the area of pneumology and intensive therapy, giving an essential support

in the decision of parameters of intubation, weaning and extubation of patients. This includes

the physical therapist in the team of the intensive care unit, who participates from the moment

of arrival to the sector, to attend and prepare the critical patient, to the evaluation of potential

risks, presence of respiratory and/or motor complications and evaluation of possible

deleterious effects of the bed, in order to be able to delineate the best physiotherapeutic

indication and treatment.

Keywords: Respiration, Artificial; Muscle Strength; Intensive Care Units.

7

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Manovacuômetro analógico ..............................................................30

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Parâmetros que podem indicar a necessidade de suporte

ventilatório.......................................................................................14

Tabela 2 Parâmetros fisiológicos que predizem o fracasso do

desmame.........................................................................................17

Tabela 3 Parâmetros com significância para predizer o sucesso do

desmame........................................................................................18

9

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CPAP Pressão Positiva nas Vias Aéreas

CV Capacidade Vital

CmH2O Centímetros de água

DP Desvio Padrão

EMESCAM Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória

FIN Força Inspiratória Negativa

FIO2 Fração Inspirada de Oxigênio

IOT Intubação Orotraqueal

IRRS Índice de Respiração Rápida e Superficial

L/min Litros/por minuto

mL/kg Mililitro/por kilograma

mmHg Milímetros de mercúrio

PaCO2 Pressão arterial de Gás Carbônico

PaO2 Pressão arterial de Oxigênio

PI Pressão Inspiratória

PIMáx Pressão Inspiratória Máxima

PEMáx Pressão Expiratória Máxima

PSV Ventilação com Suporte Pressórico

SIMV Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada

TQT Traqueostomia

TRE Teste de Respiração Espontânea

UTI Unidade de Terapia Intensiva

VM Ventilação Mecânica

VR Volume Residual

10

SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................................................... 11

2 VENTILAÇÃO MECÂNICA, DESMAME, MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE FORÇA

MUSCULAR E ATUAÇÃO FISIOTERAPEUTICA NA UTI .......................................... 13

2.1 CONCEITO, HISTÓRICO E EPIDEMIOLOGIA ............... Erro! Indicador não definido.13

2.2 INDICAÇÕES, FISIOPATOLOGIA E COMPLICAÇÕES .............................................. 14

2.3 MÉTODOS DE DESMAME ........................................................................................... 15

2.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA ................. 18

2.5 IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO CONTEXTO DA UTI ................................... 19

3 ARTIGO ORIGINAL ....................................................................................................... 22

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 35

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 37

APÊNDICES ........................................................................................................................ 40

APÊNDICE A – Carta de Anuência .................................................................................... 40

APÊNDICE B – Comitê de Ética em Pesquisa - CEP ......................................................... 41

APÊNDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ........................... 44

APÊNDICE D – Ficha de Avaliação .................................................................................... 45

APÊNDICE E – Capa da Revista Salus .............................................................................. 46

APÊNDICE E – Normas de publicação Revista Salus ........................................................ 47

11

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A ventilação mecânica configura-se como uma importante intervenção terapêutica realizada

na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Inicialmente utilizada em 1952, no contexto da

epidemia de Poliomielite em Copenhagen, tornou-se um dos principais recursos no tratamento

de pacientes críticos, especialmente, os que possuem insuficiência respiratória aguda.

(DAMASCENO et al, 2006)

Ocasionalmente, este procedimento não está livre de complicações, por ser invasivo. Sendo

assim, é essencial visar o retorno do paciente à ventilação espontânea o quão antes possível.

(MARTINS et al, 2005)

Como uma de suas principais funções, a ventilação mecânica diminui e/ou elimina a

sobrecarga dos músculos respiratórios, mas também pode associar-se a fraqueza muscular

respiratória destes pacientes. Além de propiciar o aparecimento de outras complicações como

sepse, polineuropatia do paciente crítico e disfunção de múltiplos órgãos e sistemas.

(GUIMARÃES et al, 2007)

Assim sendo, é de extrema relevância que uma boa conduta seja traçada pela equipe, uma boa

avaliação clínica, além do conhecimento de novas técnicas ventilatórias, ou seja, estratégias

que venham a contribuir para redução do tempo de ventilação mecânica e os custos para UTI.

A forma usualmente mais utilizada para avaliação da força muscular respiratória de pacientes

críticos é através da mensuração da pressão inspiratória máxima (PIMáx). (MARTINS et al,

2005; GUIMARÃES et al, 2007)

Essa mensuração pode ser realizada de diversas maneiras, porém a mais conhecida e utilizada

é através do manovacuômetro. Visto que, os ventiladores mecânicos atuais também vêm com

a função de mensurar a força muscular respiratória, observou-se que poucos estudos foram

desenvolvidos acerca do tema. Para melhor aprendizado acerca de novas técnicas de medição

da PIMáx, viu-se a necessidade de realizar esse estudo, comparando a medição com o padrão

ouro manovacuômetro e o ventilador mecânico da marca Engström®.

Para o desenvolvimento deste estudo foi realizado primeiramente um levantamento

bibliográfico sobre o assunto e posteriormente a pesquisa de campo com pacientes em

assistência ventilatória mecânica invasiva em um hospital da Grande Vitória, descritos nos

capítulos 2 e 3 desta monografia.

12

O capítulo 2 é composto pelo referencial teórico onde foram abordadas as questões

epidemiológicas da ventilação mecânica, fisiopatologia e suas complicações, os métodos de

desmame e as formas de medição da força muscular respiratória, e a importância da

fisioterapia nesse contexto.

O capítulo 3 traz o artigo científico elaborado pelas autoras, intitulado em “Correlação de dois

métodos de avaliação da força muscular em indivíduos internados em unidade de terapia

intensiva”, cujo objetivo foi avaliar a confiabilidade dos valores da PIMáx obtidos com a

manovacuometria e com o ventilador mecânico Engström® em pacientes internados na

unidade de terapia intensiva.

Por fim, no último capítulo, serão descritas as considerações finais deste estudo, seguido das

referências bibliográficas, apêndices e anexos pertinentes ao trabalho.

13

2 VENTILAÇÃO MECÂNICA, DESMAME, MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE FORÇA

MUSCULAR E ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA UTI

2.1 VENTILAÇÃO MECÂNICA: CONCEITO, HISTÓRICO E EPIDEMIOLOGIA

A UTI abrange os cuidados a pacientes críticos, os quais necessitam de uma assistência

especializada, devido a alterações importantes em diversos órgãos que podem comprometer

suas vidas. Para tais cuidados, torna-se necessário a presença de uma equipe multiprofissional

devidamente capacitada e o uso de diversas tecnologias, através de aparelhos sofisticados.

Todas essas medidas vão de encontro a um único objetivo, que é prestar um atendimento

seguro e eficaz, a fim de melhorar o quadro clínico do paciente. (MELO, 2015)

Um recurso comumente utilizado nas UTI’s é a ventilação mecânica (VM), que ”consiste em

um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou

crônica agudizada”. (GODLWASSER, 2007)

O primórdio do uso clínico de ventiladores mecânicos começou com os ventiladores à pressão

negativa, utilizados por pacientes com poliomielite e que tiveram como consequência a

paralisia dos músculos respiratórios, através dos denominados pulmões de aço. No entanto, a

prática de insuflar os pulmões com pressão positiva da boca até a traquéia foi implementada a

partir da década de 1920, com o surgimento da anestesia geral e da intubação endotraqueal.

Subsequentemente, a necessidade de ventilar pacientes com lesões parenquimatosas graves

levou a tecnologia de aparelhos que proporcionassem a aplicação de uma pressão positiva

diretamente nas vias aéreas. A partir de então, surgiram os ventiladores à pressão positiva, seu

uso foi difundido e ganhou relevância no tratamento de insuficiência respiratória. (LISBOA

et al, 2012; SARMENTO, 2007)

Nos dias atuais, o suporte ventilatório mecânico apresenta-se como uma das modalidades

mais utilizadas nas UTI’s, como uma maneira artificial de manter a oxigenação e/ou

ventilação de pacientes com insuficiência respiratória, até que eles estejam em condições de

reassumi-las. (LISBOA et al, 2012).

O suporte ventilatório invasivo é utilizado por 39% dos pacientes admitidos nas unidades de

terapia intensiva. Destes, 10% necessitam de VM prolongada, estando sujeitos às

complicações associadas ao seu uso e à longa permanência hospitalar (CHATILA;

KREIMER; CRINER, 2001; CHIANG et al., 2006).

14

Um estudo transversal realizado por Esteban, et al (2000) em diferentes unidades de terapia

intensiva demonstrou que o índice de pacientes em ventilação mecânica era de 42% no Brasil

e de 39% nos demais países estudados.

2.2 INDICAÇÕES, FISIOPATOLOGIA E COMPLICAÇÕES.

A indicação para início da ventilação mecânica baseia-se em uma criteriosa avaliação clínica

que visa alterações importantes em pacientes graves frente a situações de insuficiências

respiratórias agudas, alteração na ventilação perfusão como o shunt intrapulmonar,

caracterizado como uma forma de alteração da ventilação pulmonar, além de alterações em

exames gasométricos e presença de esforço respiratório. A falência do aparelho

cardiorrespiratório e apneia são condições irrefutáveis para o uso do suporte ventilatório.

Dentre a observação destes parâmetros clínicos, existem outros que devem ser avaliados para

melhor decisão sobre a indicação do uso de ventiladores mecânicos. Conforme descrito na

Tabela 1. (BARRETO, 2000; GOLDWASSER, 2007)

Tabela 1 - Parâmetros que podem indicar a necessidade de suporte ventilatório.

Parâmetros Normal Considerar VM

Frequência respiratória 12-20 >35

Volume corrente (mL/kg) 5-8 <5

Capacidade Vital (mL/kg) 65-75 <50

Volume minuto (L/min) 5-6 >10

Pressão inspiratória máxima (cmH2O) 80-120 >–25

Pressão expiratória máxima (cmH2O) 80-100 <+25

Espaço morto (%) 25-40 >60

PaCO2 (mmHg) 35-45 >50

PaO2 (mmHg) (FIO2 = 0,21) >75 <50

P(A-a)O2 (FIO2 = 1,0) 25-80 >350

PaO2/FIO2 >300 <200

FONTE: GOLDWASSER, 2007.

A ventilação mecânica invasiva pode ser incorporada ao paciente de duas maneiras: através da

intubação orotraqueal (IOT) ou da traqueostomia (TQT).

A IOT é constantemente utilizada nas UTIs por proporcionar assistência ventilatória a

pacientes anestesiados e/ou sob ventilação mecânica. Sendo assim, apesar de seu benefício

para manutenção da respiração, o contato direto do tubo orotraqueal com diversas estruturas

das vias aéreas pode ter como consequência lesões de mucosa, podendo ocasionar

complicações no trato respiratório superior, causando prejuízos no processo de deglutição. As

15

lesões ocorrem principalmente devido a intubações prolongadas e traumáticas, além de

pressão aumentada no balonete das sondas e do uso de tubos de grande calibre. (MOTA et al,

2012; KUNIGK, CHEHTER, 2007)

O procedimento da traqueostomia é frequentemente utilizado em pacientes sob ventilação

mecânica prolongada ou após dificuldade no processo de desmame. Grande parte das

traqueostomias é eletiva, destinadas somente aos pacientes que possuem necessidade de via

aérea alternativa, prolongada ou permanente, a fim de evitar complicações da IOT

prolongada. O procedimento de TQT de urgência está relacionado a graves traumas de face ou

de laringe, após a inalação de gases, edema das vias aéreas causado por infecção,

traqueomalácia localizada, dentre outros. (MARSICO, 2010)

Porém, ainda há controvérsias a cerca deste procedimento, devido à falta de diretrizes de

seleção dos pacientes que devem ser submetidos à TQT, também como o período ideal para

que esta técnica seja utilizada. Tais fatores contribuem para que sua realização seja

constantemente com base em aspectos clínicos subjetivos. Estudos demonstram que a

traqueostomia precoce segue associada à redução do tempo de VM, internação em UTI e no

hospital, em comparação com traqueostomia tardia. (ARANHA et al, 2007)

No entanto, a utilização da ventilação mecânica invasiva também pode levar a inúmeras

complicações nosocomiais, na maioria das vezes, proporcionalmente à sua duração. Sendo

assim, essas complicações contribuem para o aumento considerável das taxas de morbidade e

mortalidade hospitalar e consequentemente o aumento nos custos de internação.

(RODRIGUES, 2005)

Segundo Gonçalves et al (2007), podemos destacar complicações como trauma da via aérea,

sedação por vezes desnecessária, atrofia da musculatura respiratória, e, especialmente a

pneumonia associada a VM, que configura-se como um fator que apresenta influência direta

na taxa de mortalidade das UTI’s.

Portanto, torna-se de extrema relevância abreviar o tempo de ventilação mecânica invasiva,

visando restabelecer tão logo possível a ventilação espontânea no paciente. (OLIVEIRA,

2006)

2.3 MÉTODOS DE DESMAME

O processo de retirada da ventilação mecânica é denominado desmame e refere-se à sequência

de transição da ventilação artificial para a espontânea, em pacientes que se mantém em

16

ventilação mecânica por tempo superior a 24 horas. A interrupção tem início quando percebe-

se que o paciente começou a respirar espontaneamente com melhora progressiva do quadro

clínico e estabilização do quadro de insuficiência respiratória que necessitava do suporte

ventilatório. (MUNIZ, 2015; MORAES, 2003).

Colombo et al (2007), ressaltam que o processo de desmame pode ser dividido em três etapas:

o desmame durante a ventilação, extubação e desmame do oxigênio suplementar. O início da

primeira fase é marcado pela diminuição gradativa dos parâmetros do ventilador até que se

consiga independência ventilatória no paciente. A segunda etapa engloba a retirada da prótese

ventilatória e, quando necessário, a oferta de oxigênio suplementar. E a última etapa consiste

no desmame do oxigênio suplementar de forma graduada.

Porém, até mesmo o processo de desmame é sujeito a complicações, que abrangem o

adiamento da extubação traqueal sem necessidade até o risco de complicação secundária

devido à extubação precoce e a necessidade de re-intubação. Por conseguinte, pacientes que

necessitam de re-intubação possuem altos riscos de morbimortalidade em comparação com

aqueles que são extubados com sucesso. (GONÇALVES, 2007)

Nesse contexto, a determinação e padronização de um modo ideal para evoluir com o

desmame da ventilação mecânica é de extrema relevância.

Ensaios clínicos randomizados sobre os modos convencionais de desmame mais utilizados

demonstraram uma menor taxa na falha de desmame na utilização da ventilação com suporte

pressórico (PSV), que refere-se a uma transição mais graduada da ventilação mecânica para a

espontânea, pois garante um adequado volume corrente, o qual a pressão de suporte deve ser

diminuída progressivamente de 2 a 4 cmH2O com alterações de duas a quatro vezes ao dia e a

manutenção da PEEP de 5 a 7 cmH2O com a avaliação da tolerância do paciente, avaliação da

frequência respiratória e desempenho muscular. (PEREIRA, 2013)

Ainda sobre os métodos utilizados no desmame, o tubo “T” é utilizado para a retirada gradual

da ventilação mecânica, com a utilização de nebulização e uma FIO2 <0,4 e na outra

extremidade um orifício com saída livre para a expiração, fazendo com que o paciente respire

espontaneamente por um período determinado de tempo e que ocorra períodos intercalados de

suporte ventilatório total, que poderá variar de trinta minutos a uma hora e vinte minutos

podendo ser utilizado por até duas horas de acordo com a respiração, capacidade e resistência

da musculatura do paciente, podendo ter seu retorno a ventilação mecânica devido a

alterações descritas na tabela 2. (PEREIRA, 2013)

17 Tabela 2- Parâmetros fisiológicos que predizem o fracasso do desmame

Fonte: GOLDWASSER, 2007

Outro modo utilizado no desmame é a ventilação mandatória intermitente sincronizada

(SIMV), que intercala ventilações espontâneas do paciente com períodos de ventilação

assisto-controlada do ventilador mecânico, porém estudos indicam que é um método

desfavorável, pois este aumenta o tempo de permanência no ventilador mecânico, diminuindo

assim as chances de um desmame rápido da ventilação. (GONÇALVES, 2007;

GOLDWASSER et al, 2007)

Uma técnica eficaz e comumente utilizada para dar início ao desmame é o teste de respiração

espontânea (TRE), que permite que o paciente respire espontaneamente através do tubo

endotraqueal ou traqueostomia por meio do tubo “T”, oferta de oxigênio com a FIO2 ate 0,4,

ou mantendo uma pressão positiva nas vias aéreas (CPAP) de 5 cmH2O, ou então a PSV de

até 7 cmH2O, com uma duração de trinta minutos a duas horas para treinamento e teste da

musculatura respiratória. (GOLDWASSER, 2007)

Além destes, outro critério utilizado para avaliar o início do desmame é a medida da PIMáx.

As principais indicações da medida da PIMáx são: (1) quantificar, através de medidas

sequenciais, a progressão da fraqueza dos músculos respiratórios em pacientes portadores de

doenças neuromusculares;(2) avaliar, juntamente com outros parâmetros fisiológicos, o

desmame da ventilação mecânica; (3) estabelecer carga para treinamento específico dos

músculos inspiratórios; (4) avaliar a sobrecarga dos músculos inspiratórios através da relação

entre PI (pressão inspiratória gerada durante a inspiração basal) e a PIMáx. (MACHADO,

2015)

Segundo Machado (2015), o valor de PIMáx <-30 cmH2O prediz desmame com sucesso e

indica habilidade do paciente de inspirar profundamente e gerar pressão intratorácica

suficiente para produzir tosse efetiva. Porém, esse valor não é um bom critério quando

utilizado isoladamente. “De modo geral, os estudos têm apresentado sensibilidade acima de

80% para valores de corte de -30 cmH20, -20 cmH20 e até -15 cmH2O", como representado na

tabela 3. (GUIMARÃES et al, 2007).

18 Tabela 3 – Parâmetros com significância para predizer o sucesso do desmame

Fonte: GUIMARÃES et al, 2007.

Outro método prático e eficiente para predizer sucesso ou insucesso de desmame é o

denominado índice de Tobin, que consiste em um índice de respiração rápida e superficial

(IRRS) e estabelece de maneira fisiológica uma relação entre frequência respiratória e volume

corrente expirado expresso em L/min. De acordo com esse índice, quanto melhor a

complacência e maior força inspiratória, em associação com troca gasosa adequada e menor

frequência respiratória, será mais provável o paciente sustentar a ventilação espontânea.

(MANTOVANI, 2007)

2.4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA

Para a mensuração da força muscular respiratória máxima utiliza-se o manovacuômetro

(Figura 1), equipamento que realiza mensuração de duas pressões: a positiva, que é a

mensuração da força muscular expiratória e a negativa, que é a mensuração da força muscular

inspiratória. A partir do avanço em estudos de fisiologia respiratória, infundiu-se como um

método indispensável na área de pneumologia e terapia intensiva, dando um suporte essencial

na avaliação da força respiratória em parâmetros de intubação, desmame e extubação de

pacientes. A medida de avaliação da PIMáx, deve-se iniciar a partir do volume residual que é

alcançado após uma expiração profunda e a medida de Pressão Expiratória Máxima (PEMáx)

deve ser feita a partir da Capacidade pulmonar total que é obtida logo após uma inspiração

profunda. (HAJJAR, 2007)

19

Figura 1 – Manovacuometro Analógico

Fonte: SANTOS, 2017.

Para medir a pressão mais negativa obtida das vias aéreas do paciente em ventilação

mecânica, utiliza-se o mecanismo de força Inspiratória negativa (FIN). No início da medida

de FIN, instrui-se ao paciente que faça uma expiração forçada até o volume residual e o

avaliador seleciona o botão FIN que se encontra no menu mecânica pulmonar do ventilador

mecânico, após a seleção o ventilador detecta o início da inspiração e inicia a avaliação da

força respiratória. Ao atingir um FIN mais negativo do que -20 cmH2O + PEEP o ventilador

irá indicar “<-20+PEEP”. (FERREIRA, s/d)

Uma maneira de avaliar a capacidade vital, que é representada pela soma do volume de

reserva inspiratório e expiratória, é através da ventilometria. Esta medida é utilizada como

uma forma não invasiva de avaliar a ventilação por um aparelho denominado ventilômetro ou

respirômetro. (WALTRIK, 2009)

Para registro da medição da capacidade vital (CV) e volume residual (VR) com o

ventilômetro, pode-se utilizar a medida da CV lenta. Para isso, solicita-se ao paciente que

inspire profundamente e expire lentamente pelo bucal do ventilômetro. Realiza-se então este

procedimento 3 vezes, com um clipe nasal, e considera-se o maior valor encontrado.

(CARDOSO, 2005)

2.5 IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO CONTEXTO DA UTI

A unidade de terapia intensiva em sua estrutura organizacional e profissional deve priorizar a

perspectiva de se obter uma equipe multidisciplinar com enfoque assistencial. O paciente que

se encontra internado na UTI necessita de uma assistência que potencialize a sua melhora e

consequentemente sua alta hospitalar, sendo assim os profissionais que atuam nesse contexto

devem dominar os aspectos que demandam todo o tratamento. (STELLA; EICKHOF, 2009)

20

Assim inclui-se o fisioterapeuta na equipe da UTI, que participa desde o momento da chegada

ao setor, para atendimento e preparação do paciente crítico, até a avaliação de potenciais

riscos, presença de complicações respiratórias e/ou motoras e avaliação de possíveis efeitos

deletérios do leito, para assim ser possível delinear a melhor indicação e tratamento

fisioterapêutico. (STELLA; EICKHOF, 2009)

A autonomia conquistada é demonstrada pela atuação fisioterapêutica difundida na UTI e

através de capacitações em cursos de especialização e intercâmbios para a utilização das

técnicas de remoção de secreção brônquica, de reexpansão pulmonar, posicionamento e

mobilização. (NOZAWA, 2008)

O III consenso de ventilação mecânica estabelece uma recomendação grau A ao fisioterapeuta

participante do desmame de pacientes, por conter diversos estudos que evidenciam notáveis

resultados em um protocolo de desmame e uma triagem diária do TRE por um fisioterapeuta.

Portanto, em desmame realizado por fisioterapeuta devem ser priorizados protocolos.

Desmames realizados por outros profissionais que atuam de forma empírica tendem a um

juízo menos acurado do que os realizados através de protocolos. (JOSÉ, 2013)

Ainda segundo José (2013), isso acontece, pois o fisioterapeuta esta na maior parte do tempo

próximo ao paciente no estágio do desmame, possibilitando assim a visualização rápida nas

alterações ventilatórias, de oxigenação ou de mecânica ventilatória, podendo recorrer a

medidas terapêuticas precoces em desobstruções brônquicas, correção, melhora e ajustes da

VM e reversão de áreas atelectasiadas. Além da realização de exercícios, o aumento da

tolerância ao esforço, do endurance pulmonar e a diminuição da dispnéia.

Nunes (2010) destaca que mesmo com o fisioterapeuta ganhando mais destaque na UTI, suas

funções ainda não se apresentam bem definidas, variando muito de instituição para

instituição, situação bem diferente de outras categorias.

Mas, de acordo com Nunes (2010), a atuação do fisioterapeuta na UTI tem contribuído de

forma bem relevante, no sentido de promover uma melhora na qualidade de vida e na redução

dos custos hospitalares na assistência a pacientes críticos com problemas respiratórios.

Sendo assim apesar de existir evidências e necessidades do uso e desmame da ventilação

mecânica, à literatura não evidencia outros métodos de avaliação da PIMáx em relação a

manovacuometria. Dessa forma com o objetivo de tentar contribuir para o preenchimento

dessa lacuna na literatura foi realizado o estudo intitulado “Correlação de dois métodos de

21

avaliação da força muscular em indivíduos internados em unidade de terapia intensiva”, que

foi fruto do projeto de PIBIC realizado pelas pesquisadoras e que será descrito a seguir.

22

3 ARTIGO ORIGINAL

CORRELAÇÃO DE DOIS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR EM

INDIVÍDUOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

CORRELATION OF TWO METHODS OF EVALUATION OF MUSCLE FORCE IN

INJURED INDIVIDUALS IN INTENSIVE THERAPY UNIT

Amaral MADD1, Rocha LR

2, Peyneau LG

3.

¹,² Graduanda / Curso de graduação em Fisioterapia EMESCAM, Vitória, Brasil.

³ Mestre / EMESCAM - (Docente do curso de fisioterapia), Vitória, Brasil.

Resumo

Objetivos: Identificar o perfil dos participantes, avaliar, verificar e comparar a avaliação da

força muscular inspiratória no ventilador mecânico e no método convencional

manovacuômetria. Metodologia: Estudo realizado com 19 participantes em Assistência

ventilatória mecânica invasiva no modo Pressão de Suporte Ventilatório, internados no

hospital santa casa de misericórdia de Vitória. Para a avaliação da força muscular através da

medida de Pressão Inspiratória Máxima, foi utilizado o manovacuômetro e solicitou-se uma

inspiração a partir do volume residual, para a avaliação com ventilador mecânico utilizou-se a

medida de Força Inspiratória Negativa com pressão de oclusão no primeiro segundo e uma

inspiração a partir do volume residual, foram aceitos os melhores valores de três tentativas.

Resultados: Os resultados encontrados na avaliação da Pressão Inspiratória Máxima no

ventilador mecânico e no manovacuômetro, foram respectivamente -22,7±5,7 cmH20 e

-31,9±17,1 cmH2O. Ao analisar a amostra, constituída por 19 pacientes, sendo 9 do sexo

feminino e 10 do sexo masculino, observou-se que a mediana de idade apresentada foi de

75(49;87) anos, com mediana ideal de peso de 57,3(39,1;84) Kg, com tempo médio de

internação de 31,0±32,0 dias e cada participante demonstrou um diagnóstico clinico

diferentes. O teste estatístico do Coeficiente de Correlação de Spearman evidenciou uma

correlação forte, positiva e estatisticamente significante com P<0,01, em que para maiores

valores do manovacuômetro tem-se maiores valores do ventilador mecânico. Os resultados

indicam que os valores encontrados em ambos os métodos são similares. Conclusões: De

acordo com os resultados encontrados na análise estatística, os valores de Pressão Inspiratória

Máxima obtidos no ventilador mecânico Engström® e no manovacuômetro são similares,

facilitando ou padronizando a rotina de avaliação da função pulmonar realizada pela

fisioterapia. Porém, é necessário que mais dados sejam coletados, para aumentar o nível de

significância dos resultados encontrados. Visto que, nesse estudo obteve-se uma amostra

limitada e heterogênea. Desta forma, reforça-se a necessidade de novas pesquisas científicas a

fim de obter maior acurácia, ratificação dos resultados e padronização do procedimento de

avaliação da Pressão Inspiratória Máxima.

Palavras chave: Ventilador mecânico; força muscular; unidade de terapia intensiva.

23

Abstract

Objectives: To identify the profile of the participants, evaluate, verify and compare the

assessment of inspiratory muscle strength in the mechanical ventilator and in the conventional

manovacuometry method. Methodology: A study carried out with 16 participants in Invasive

Mechanical Ventilatory Assisting in the mode of Ventilatory Support, hospitalized in the

hospital santa casa de mercy of Vitória. For the evaluation of muscle strength through the

Maximum Inspiratory Pressure measurement, the manovacuometer was used and inspiration

was requested from the residual volume, for the evaluation with mechanical ventilator, the

Negative Inspiratory Strength measure with occlusion pressure at the first second and an

inspiration from the residual volume, the best values of three attempts were accepted.

Results: The results found in the evaluation of the Maximum Inspiratory Pressure in the

mechanical ventilator and the manovacuometer were -22.7±5.7 cmH20 and -31,9±17.1

cmH2O, respectively. When analyzing the sample, consisting of 19 patients, 9 females and 10

males, it was observed that the median age presented was 75(49; 87) years, with an ideal

median weight of 57,3( 39.1; 84) kg, with an average time of hospitalization of 31.0 ± 32.0

days and each participant demonstrated a different clinical diagnosis. The Spearman

Correlation Coefficient statistical test showed a strong, positive and statistically significant

correlation with P <0.01, in which higher values of the manovacuometer have higher values

of the mechanical ventilator. The results indicate that the values found in both methods are

similar. Conclusions: According to the results found in the statistical analysis, the values of

Maximum Inspiratory Pressure obtained in the mechanical ventilator Engström® and in the

manovacuometer are similar, facilitating or standardizing the pulmonary function evaluation

routine performed by physiotherapy. However, it is necessary that more data is collected, to

increase the level of significance of the results found. Since, in this study, a limited and

heterogeneous sample was obtained. In this way, the need for new scientific research is

reinforced in order to obtain greater accuracy, ratification of results and standardization of the

Maximum Inspiratory Pressure evaluation procedure.

Keywords: Respiration, Artificial; Muscle Strength; Intensive Care Units.

24

Introdução

A medição da PIMáx (Pressão Inspiratória Máxima) é um método de avaliação que permite

quantificar de formas não invasiva, rápida, simples e segura a força dos músculos

respiratórios. Este método foi descrito inicialmente por Black e Hyatt¹ em estudo no qual

determinaram os valores normais das pressões respiratórias máximas de acordo com o sexo e

a idade; a reprodutibilidade das medidas e a interferência do volume pulmonar inicial e da

atuação dos músculos faciais na sua determinação. Estudos posteriores avaliaram a

padronização das técnicas, os valores preditivos para adultos, idosos e adolescentes. ²

Segundo Costa3, para que o ar entre nos pulmões é necessária uma pressão intrapulmonar

mais negativa ou menos positiva que a pressão atmosférica (pressão pulmonar

subatmosférica). Isso confere ao sistema respiratório um gradiente pressórico que deverá ser

constantemente alterado a cada fase da respiração (inspiração e expiração). Vários fatores

contribuem para que ocorra esse gradiente pressórico, entre eles a força muscular respiratória

e a elasticidade do tecido pulmonar. A força muscular inspiratória gera uma energia que

favorece a entrada de ar nos pulmões, e a força elástica do tecido pulmonar gera uma energia

no sentido contrário.

Os pacientes sob ventilação mecânica (VM) principalmente aqueles que ficam por tempo

prolongado acabam apresentando atrofia e fraqueza muscular, o que predispõem a fadiga

muscular respiratória, retardando o desmame. O processo de desmame tem início quando o

paciente começa a respirar espontaneamente, ou seja, à medida que o quadro clínico se

estabiliza e os fatores responsáveis pela insuficiência respiratória são controlados.4

De acordo com Costa4, os fatores que podem levar ao insucesso do desmame são hipoxemia,

fadiga muscular respiratória, atrofia muscular, endocrinopatias, acidose respiratória,

hiperinsuflação pulmonar, disfunção diafragmática por lesão do nervo frênico e fatores

emocionais.

A mensuração das pressões respiratórias máximas é um método de avaliação das condições de

força dos músculos respiratórios, com aplicações clínicas de ordens diagnóstica e terapêutica.

Há uma grande variedade de equipamentos e interfaces para sua execução, o que acarreta uma

relativa ausência de padronização.5

Para realização desta pesquisa foi escolhido o manovacuômetro analógico por ser um método

comprovado, e segundo Montemezzo, et al6, em sua pesquisa realizada com dezenove

25

fisioterapeutas respiratórios, de 13 diferentes instituições, situadas em três regiões do país,

60% usam o manovacuômetro analógico.

Um novo procedimento de medição é o de Força Inspiratória Negativa (FIN), que é utilizado

para medir a pressão mais negativa das vias aéreas do paciente durante o tempo FIN definido,

método realizado nos respiradores.

No início do procedimento FIN, o paciente é instruído para exalar até ao fim. O profissional

seleciona FIN no menu Mecânica pulmonar. O sistema aguarda para detectar um trigger de

respiração para iniciar o procedimento. Quando o procedimento FIN está concluído, a pressão

mais negativa das vias aéreas é então registrada. O sistema apresenta as medições FIN e

Pressão de oclusão no primeiro segundo (P0,1) com os selos de tempo na janela mecânica

pulmonar.6

Segundo Pascotini7, a fraqueza da musculatura respiratória configura-se como uma das

principais causas de insucesso no desmame, devido ao fato de impossibilitar que o paciente

respire espontaneamente de maneira adequada. No que diz respeito aos valores de PIMáx, de

acordo com Nemer e Barbas (2011)8, a PIMáx é geralmente <-80 cmH2O em indivíduos

normais. E para indicar sucesso no desmame, esses valores devem ser <-20 ou -30 cmH2O.

Nesse sentido, por ser um preditivo de sucesso de desmame e avaliar a função muscular

respiratória, a mensuração da PIMáx deve ser realizada de forma confiável e segura. Para isto,

justifica-se a relevância de analisar o perfil dos participantes, avaliar, verificar e comparar a

avaliação da força muscular inspiratória no ventilador mecânico e no método convencional

manuvacuometria.

MATERIAL E MÉTODO

O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CEP) da Escola Superior de

Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (HSCMV), cadastrado com o número

983.722, caracterizado por um estudo quantitativo com coleta de dados transversal, realizado

na unidade de terapia intensiva do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Com uma

amostra de 19 participantes avaliados entre março de 2015 e Maio de 2018.

Foram incluídos no estudo pacientes internados na UTI-HSCMV em assistência ventilatória

mecânica invasiva na modalidade PSV no ventilador Engström. Foram excluídos os pacientes

com lesões neurológicas importantes, Glasgow <10 e doenças neuromusculares.

26

Inicialmente foram coletados os dados mediante análise de prontuários, através de uma ficha

para a coleta de dados, elaborada e preenchida pelas pesquisadoras, onde contém itens

referentes ao perfil epidemiológico com as seguintes variáveis: identificação, sexo, idade,

peso ideal, dias de utilização do tubo orotraqueal ou traqueostomia, data da avaliação e hora e

aspectos clínicos como: data de internação, método de intubação, gasometria arterial,

hemograma, sinais vitais, parâmetros ventilatórios e nível de consciência através da aplicação

da escala de coma de Glasgow.

Em seguida foi realizada a manobra de higiene brônquica com o paciente posicionado no leito

á 45° de elevação mínima e realizada a aspiração da traqueostomia ou tubo orotraqueal e de

vias aéreas superiores, para desobstrução garantindo o melhor desempenho pulmonar do

paciente.

As medidas de avaliação de força muscular inspiratória foram realizadas através de dois

equipamentos: o ventilador mecânico da marca Engström®, e o manovacuômetro da marca

Comercial Médica® que foi fornecido pela instituição de ensino superior da Escola Superior

de Ensino da Santa Casa de Misericórdia de Vitória, estando o mesmo devidamente calibrado

conforme Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO). Manteve-

se o paciente em modo espontâneo, modalidade PSV, usando uma pressão de suporte de 12 a

18 cmH2O, PEEP de 5 a 6 cmH2O e FiO2 de 30% a 40 %.

Para a avaliação da PIMáx com o ventilador mecânico que possui um menu inicial chamado

mecânica pulmonar, que oferece a opção de medida de P0,1 e FIN. Solicitou ao paciente que

realiza-se uma expiração até o Volume Residual (VR), em seguida que fizesse uma inspiração

máxima e seleciona-se o botão FIN no final da expiração e o ventilador realiza uma pausa de

aproximadamente 5 segundos e capta o esforço inspiratório do paciente. E então se inicia a

mensuração da FIN.

Para a avaliação com o manovacuômetro o qual foi acoplado ao circuito de via aérea artificial,

onde passou-se a instrução verbal sobre o procedimento a ser executado, solicitando ao

paciente que realize uma expiração até VR, em seguida que faça uma inspiração máxima. Em

ambos os métodos foram realizadas três tentativas com intervalos 2 minutos entre elas, onde o

maior valor obtido foi considerado para a pesquisa.

A análise estatística foi realizada no programa SPSS versão 23 sendo que as variáveis

quantitativas foram apresentadas por meio de medidas de resumo de dados como média,

mediana, mínimo, máximo e desvio padrão com analise de distribuição da amostra a partir do

27

teste de Kolmogorov Smirnov. Já as qualitativas por meio de frequências e percentuais com a

aplicação do teste de correlação de Spearman com um nível de significância p<0,05.

RESULTADOS

Para realização deste estudo foram analisados 19 pacientes internados na UTI do Hospital

Santa Casa de Misericórdia de Vitória. Observou-se que a idade apresentada foi de 75(49;87)

anos, com peso ideal de 57,3(39,1;84) Kg conforme a tabela 1.

Tabela 1- Variáveis coletadas através da coleta de dados por ficha de avaliação.

FIO2 (Fração Inspirada de Oxigênio); PEEP (Positive end expiratory pressure); SpO2

(Saturação periférica de Oxigênio); PAS (Pressão Arterial Sistólica); PAD (Pressão Arterial

Diastólica); pH (Potencial Hidrogênico); PaO2 (Pressão arterial de Oxigênio); PaCO2

(Pressão arterial de Gás Carbônico); HCO3 (Bicarbonato); BE (Excesso de Base); SatO2

(Saturação de Oxigênio); PaO2/FiO2: (Relação Pressão Arterial de Oxigênio e Fração

Inspirada de Oxigênio)

Na tabela 2, estão apresentadas características como gênero dos participantes, os métodos de

intubação e os diagnósticos clínicos. Sendo que 9 eram do sexo feminino e 10 do sexo

masculino, no que diz respeito a via aérea artificial, 17 estavam em uso de tubo orotraqueal

Mínimo Máximo Mediana

Idade 49 87 75

Peso 39,1 84,0 57,3

Pressão de Suporte 12,0 18,0 12,0

Volume Corrente 280,0 1883,0 462,0

Frequência Respiratória 9,0 33,0 17,0

Fi02 30,0 40,0 30,0

PEEP 5,0 6,0 6,0

SpO2 80,0 100,0 97,0

Frequência Cardíaca 57,0 120,0 87,0

PAS 99,0 182,0 123,0

PAD 11,0 99,0 75,0

Pressão de pico 15,0 23,0 18,0

Pressão media 7,0 12,0 9,0

Pressão de cuff 2,0 55,0 30,0

pH 7,34 7,66 7,45

PaO2 42,2 210,0 98,6

PaCO2 28,4 57,7 39,8

HCO3 20,0 40,1 23,1

BE -3,4 13,5 1,0

SatO2 81,0 100,0 98,4

Leucócitos 5030 23540 10420

Bastões 3,0 25,0 5,0

Segmentados 44,0 82,0 73,0

PaO2/FiO2 140,66 700,00 328,66

Glasgow 10,0 12,0 11,0

28

(TOT) e 2 na cânula de traqueostomia (TQT) e ambos apresentaram diagnósticos clínicos

diferentes.

Tabela 2- Distribuição da quantidade de participantes

por gêneros, métodos de intubação e diagnósticos clínicos;

Sexo Masculino

Feminino

N (%)

10 (52,6)

9 (47,4)

Modo de intubação

Tubo Orotraqueal

Traqueostomia

17 (89,5)

2 (10,5)

Patologia

Hipertensão arterial sistêmica

Insuficiência respiratória

Fibrilação atrial

Adenocarcinoma de cólon

ascendente

DPOC e/ou Insuficiência

cardíaca

Asma

Edema Agudo de pulmão

Prolapso uterino

Retossigmoidectomia

7 (36,86)

2 (10,52)

1 (5,26)

1 (5,26)

2 (10,52)

3 (15,8)

1 (5,26)

1 (5,26)

2 (5,26)

No que concerne à mensuração da PIMáx, esta foi realizada através de dois métodos distintos:

a manovacuometria e o ventilador mecânico. Com os valores da PIMáx obtidos em cada

método, revelaram-se os valores de média e desvio padrão. Observa-se que o tempo de

internação dos pacientes variou de 31±32 dias, conforme descrito na tabela 3.

Tabela 3 – Avaliação dos valores de medição da PIMax e do

tempo de internação.

Ventilador

Média Desvio padrão

-22,7 5,7

Manovacuômetro

Tempo de internação

-31,9

31,0

17,1

32,0

A análise do Coeficiente de Correlação de Spearman, também demonstrada na tabela 4,

evidenciou uma correlação forte, positiva e estatisticamente significante (p<0,01), entre os

dois métodos estudados. Ou seja, em que para maiores valores do Manovacuômetro tem-se

maiores valores do Ventilador Mecânico.

29

Tabela 4- Distribuição da Correlação de Spearman entre a Força

Muscular Inspiratória no Ventilador Mecânico e na

Manovacuometria.

Variáveis correlacionadas

Ventilador Mecânico

Manovacuômetro P

0,835 <0,01

Todos os pacientes incluídos na amostra se encontravam em processo de desmame da prótese

ventilatória por meio de ventilação com pressão de suporte (PSV).

Sendo assim, pode-se afirmar que os valores encontrados através da mediana dos dois

métodos apresentam-se similares.

5 DISCUSSÃO

A análise dos resultados apresentados permitiu delinear o perfil clínico-epidemiológico dos

pacientes internados em UTI sob VMI. Este conhecimento é relevante no sentido de

proporcionar o aperfeiçoamento da assistência a esses pacientes, visando à melhora na

evolução dos pacientes críticos.9

Dentre as intervenções fisioterapêuticas, realizar a avaliação da força muscular configura-se

como uma prática comum e importante nos contextos hospitalares, especialmente na unidade

de terapia intensiva, pois pacientes em ventilação mecânica encontram-se com a função

muscular respiratória comprometida. Portanto, essa condição interfere diretamente no

desmame da ventilação mecânica, podendo determinar o insucesso deste procedimento.10

Na prática clínica, os parâmetros preditores de sucesso de desmame englobam diversas

características demográficas e clinicas. Alguns estudos sugerem que o volume minuto, a

máxima pressão respiratória gerada e a ventilação voluntária máxima podem ser utilizados

nesse processo.11

A avaliação da PIMáx como índice preditor de sucesso do desmame é uma prática

rotineiramente realizada. Diversos estudos relacionados apontam 80% de sensibilidade, porém

com 25% de especificidade, visto que, a manobra depende da colaboração do paciente e não é

intuitiva; portanto, valores baixos podem não significar fraqueza, mas falta de colaboração.

30

Nesse sentido, nem todos pacientes que apresentem falha no desmame, terão sua PIMáx

reduzida. Sendo que, o desmame também depende de outros fatores.12-13

Porém, outros autores11,14,15

afirmam que este parâmetro é útil para orientar o início e

desenvolvimento do desmame da prótese ventilatória, por tratar-se de um método

convencional, não invasivo e de fácil acesso.

A mensuração dos valores de PIMáx pode ser realizada de formas distintas: utilizando o

manovacuômetro, uma importante ferramenta na prática clínica da fisioterapia, por ser um

método simples, prático e preciso na avaliação da força muscular respiratória. É utilizado

desde a década de 60 e 70, em pacientes sadios, em pacientes com disfunção respiratória e

neurológica.16-17

Marini, Smith e Lamb18

, descrevem a válvula unidirecional que é um dispositivo usado em

pacientes críticos e não cooperativos, que permite apenas a expiração sem resistência e a

inspiração é bloqueada, induzindo o paciente a realizar sucessivos esforços inspiratórios

progressivamente mais próximos do volume residual, gerando uma pressão mais negativa.

Além dos métodos supracitados, também é possível realizar a avaliação da PIMáx através do

ventilador mecânico. Em nosso estudo observamos que, de acordo com a prática clínica do

setor, a mensuração da PIMáx com o ventilador mecânico revela-se como um método prático

e seguro, pois o próprio apresenta uma interface que possibilita a avaliação da PIMáx sem

necessidade de desconexão do paciente do circuito ventilatório, evitando a despressurização

pulmonar.

No que diz respeito a UTI do HSCMV, o uso do ventilador mecânico torna-se mais viável,

pois o setor não disponibiliza de um manovacuômetro. Este dado corrobora com os estudos de

Mont' alverne, Lino e Bizerril19

que indicam que somente 56% dos fisioterapeutas utilizam a

PIMáx como parâmetro para desmame, esse dado justifica-se pelo fato de os profissionais não

disporem do equipamento para a medição da PIMáx, devido à realidade da maioria dos

hospitais públicos, marcada pela ausência de recursos.

Os valores de PIMáx obtidos no presente estudo, através do ventilador e do manovacuômetro,

foram respectivamente -22,7±5,7 cmH2O e -31,9±17,1 cmH2O, e apresentam-se de acordo

com os valores expostos na literatura, que variam de -15 à -30 cmH2O, apesar dos pacientes

que compõem a amostra apresentarem um período de internação e de assistência ventilatória

prolongados.1,10,20,21

31

O suporte ventilatório invasivo é utilizado por 39% dos pacientes admitidos nas unidades de

terapia intensiva. Destes, 10% necessitam de VM prolongada, estando sujeitos às

complicações associadas ao seu uso e à longa permanência hospitalar.22,23

Em relação à faixa etária, verificou-se no estudo a predominância de pacientes inseridos na

faixa de 49 a 87 anos, sendo a mediana de idade de 75 anos. No estudo de Melo9, foi

constatado que a maioria dos pacientes apresentava média de idade de 60,5 anos, sendo a

maioria acima de 60 anos. Quanto ao sexo, nosso estudo apresentou uma amostra com

prevalência do sexo masculino, assemelhando-se a achados de estudos brasileiros em que os

resultados variaram de 55% a 58%, mostrando que mais de 50% dos pacientes são do sexo

masculino este alto índice pode ser resultante da baixa procura pela saúde, por parte dos

homens. As ações do governo em incentivar e trabalhar junto ao sexo masculino com a

prevenção de doenças e a adesão por parte deles, muitas vezes é tardia e a gravidade já está

estabelecida.24

No que diz respeito ao diagnóstico clínico, notou-se prevalência das pneumopatias, seguidas

de alterações cardíacas ou presença de comorbidades. Assemelhando-se aos achados do

estudo de Melo9, justificando-se pelo fato de que as pneumopatias tendem a levar os pacientes

a uma agudização do quadro, indicando a VM.

Considerando que os dados foram coletados em uma UTI geral, os diagnósticos clínicos

diferentes interferem em sua evolução e desempenho no processo de desmame da VM, além

de tornar a amostra heterogênea. Em contrapartida, Nemer e Barbas8 apontam que os índices

de desmame podem ser utilizados em populações homogêneas, porém a acurácia é menor

nessas populações do que em populações heterogêneas.

O tempo médio de internação encontrado em nossa amostra foi de 31,0±32,0 dias, tempo

superior aos estudos supracitados. Segundo Silva11

, o tempo de VM, a partir do qual dão

início aos efeitos deletérios nos músculos respiratórios, varia na literatura de 48 a 72 horas.

O estudo de Silva25

demostrou que a utilização da VM por mais de 15 dias, corrobora com os

achados desta pesquisa em que utilização do suporte ventilatório aumentou de forma

concomitante ao aumento da idade levantando a hipótese de que a fragilidade e o maior

numero de comorbidades relacionadas ao aumento da idade, aumenta a chance da necessidade

de utilização de suporte ventilatório

32

Não há descrito na literatura valores da PIMáx para predizer sucesso de desmame através do

ventilador mecânico, dificultando a comparação dos valores encontrados no presente estudo,

entre o ventilador e o manovacuômetro, portanto a análise foi realizada através dos valores

descritos na literatura pelo método da manovacuometria. De acordo com a análise estatística

do coeficiente de Correlação de Spearman não foram encontradas diferenças significativas

P <0,01. Sendo assim, pode-se afirmar que os valores encontrados nos dois métodos são

similares.

6 CONCLUSÃO

De acordo com os resultados encontrados na análise estatística, os valores de PIMáx obtidos

no ventilador mecânico Engström® e no manovacuômetro são similares, facilitando ou

padronizando a rotina de avaliação da função pulmonar realizada pela fisioterapia. Porém, é

necessário que mais dados sejam coletados, para aumentar o nível de significância dos

resultados encontrados. Visto que, nesse estudo obteve-se uma amostra limitada e

heterogênea. Desta forma, reforça-se a necessidade de novas pesquisas científicas a fim de

obter maior acurácia, ratificação dos resultados e padronização do procedimento de avaliação

da PIMáx.

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Paulo, Jan/Mar 2011;18(1):48-52.

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17. Almeida IP, Bertucci NR, Lima VP. Variações da pressão inspiratória máxima e pressão

expiratória máxima a partir da capacidade residual funcional ou da capacidade pulmonar

total e volume residual em indivíduos normais. O Mundo da Saúde. São Paulo, Abr/Jun

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Desmame da Ventilação Mecânica em Hospitais da Cidade de Fortaleza. Revista

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23. Chiang LL, Wang LY, Wu CP, Wu HD, Wu YT. Effects of physical training on

functional status in patients with prolonged mechanical ventilation. Physical Therapy.

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epidemiológicas e causas de óbitos em pacientes internados em terapia intensiva. Rev

Bras Enferm. Mar/Abr 2016;69(2):229-234.

25. Silva LS, Mont'alverne DGB, Medeiros AIC, Silva AGCB, Carvalho EM. Características

dos pacientes sob assistência fisioterapêutica na UTI de um hospital universitário: estudo

epidemiológico transversal. Rev Fisioter S Fun. Fortaleza. Jan/Jul 2015;5(1):50-58.

35

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a realização deste estudo, observamos que a utilização do ventilador mecânico para a

avaliação da PIMáx ainda é pequena em relação ao manovacuômetro que é padrão ouro para

avaliação respiratória. Devido à escassez de estudos realizados sobre o tema, não podemos

afirmar quantitativamente se os valores encontrados neste estudo coincidem com outras

realidades no Brasil e no mundo.

O ventilador mecânico é utilizado atualmente de forma empírica, a partir da avaliação com o

método FIN que detecta o esforço respiratório e avalia a PIMáx até <-20+PEEP, ocorrendo

assim uma incerteza sobre o real valor apresentado. Portanto, a utilização do método de

avaliação de PIMáx deve ser realizado de forma consciente para se obter um desmame

precoce, ser acessível aos profissionais e melhorar a rotina no setor.

Muitas complicações podem ocorrer no momento do desmame em pacientes que se mantêm

em VMI por um tempo superior a 24 horas, essas complicações podem ser trauma da via

aérea, atrofia da musculatura respiratória, e, especialmente a pneumonia associada à VM os

quais devem ser avaliados o mais precisamente possível, por constituírem um dos fatores que

mais influenciam no tempo de uso, na dificuldade no desmame e na sobrevida do paciente.

As complicações respiratórias comuns são situações de insuficiências respiratórias agudas,

alteração na ventilação perfusão como o shunt intrapulmonar, caracterizado como uma forma

de alteração da ventilação pulmonar, além de alterações em exames gasométricos e presença

de esforço respiratório. A falência do aparelho cardiorrespiratório e apneia são condições

irrefutáveis para o uso do suporte ventilatório.

A atuação do fisioterapeuta é considerada imprescindível para um desmame bem sucedido.

Para isso, o conhecimento inerente as complicações, são de extrema importância para a

identificação dos impactos de um desmame mal sucedido. A fisioterapia age com eficácia

durante o processo de desmame de pacientes sob VMI visando sempre diminuir sequelas

funcionais decorrentes do longo período sob assistência ventilatória mecânica.

O processo de desmame exige sabedoria de técnicas e testes específicos, que além de

colaborarem para seu sucesso, auxiliam na evolução positiva do paciente. Os parâmetros

preditores de sucesso de desmame mais comuns citados na literatura são: Volume minuto,

força inspiratória negativa, pressão máxima inspiratória, pressão de oclusão da via aérea,

CROP.

36

A fisioterapia deve ser iniciada desde a admissão do paciente na UTI até o processo de

desmame, para que haja redução das complicações decorrentes. São diversos os métodos de

desmame utilizados, a medição da PIMáx é um deles. Esta medida mostra-se muito

importante durante o processo, pois, dentre uma de suas finalidades está avaliar, juntamente

com outros parâmetros fisiológicos, o desmame da VM. Visto que, o paciente sob VMI perde

uma quantidade significativa de força da musculatura respiratória.

É relevante destacar que os profissionais devem se conscientizar de que técnicas

fisioterapêuticas padronizadas e bem sucedidas são determinantes de um resultado final de

sucesso.

Quanto às limitações deste estudo, destacamos a dificuldade durante a realização da pesquisa

bibliográfica devido a escassez da literatura no que diz respeito à medição da PIMáx através

do método FIN, encontrado nos ventiladores mecânicos e a atuação da fisioterapia.

Quanto ao estudo de campo, encontramos grande dificuldade no momento da coleta de dados,

uma vez que a rotatividade de pacientes no setor não era muito grande, e por vezes, eram

poucos pacientes que se encaixavam em nossos critérios de inclusão, dificultando a todo o

momento a coleta dos dados, resultando em uma amostra pequena. Além disso, o aparelho

cuffômetro do setor estava quebrado, impossibilitando que fizéssemos a medida das pressões

de cuff nas vias aéreas artificiais.

37

REFERÊNCIAS

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processo de desmame e extubação nas unidades de terapia intensiva com serviço de

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sexo feminino com faixa etária de 7 anos a 11 anos. Ágora: R. Divulg. Cient., Mafra, v.16,

n.1, 2009.

40

APÊNDICES

APÊNDICE A – Carta de Anuência

Santa Casa de Vitoria

Vitória, 09 de setembro, 2014

A

Escola Superior de Ciências da Santa de Misericórdia de Vitoria — ES

Carta De Anuência

Eu, Cristiana Costa Gomes, Diretora Técnica do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória — ES,

autorizo a realização da coleta de dados para o projeto de pesquisa "Comparação dos valores de forca muscular

inspiratória obtidos nos ventiladores mecânicos e no método convencional manovacuometria:

Estudo Transversal" em Hospital Filantrópico da Grande Vitoria. O pesquisador responsável será Letícia

Guimarães Peyneau. Comunico que a autorização para o início da pesquisa será validada após a apresentação da

carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da EMESCAM, a esta instituição.Assunto do trabalho:

( ) Entrevista ( ) Retrospectiva em prontuários

Observação: Será realizada avaliação da forca muscular inspiratória através da manovacuometria e do ventilador mecânico e a identificação do perfil do paciente através do seu prontuário.

Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Vitória HSCMV Coligada a irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Vitória Entidade Filantrópica de Utilidade PúblicaFederal - Dec 65314 - Utilidade Pública Estadual - Lei 1707 CNPJ 28, 141.19010001-86

R. Dr. João dos Santos Neves, 143 CEP: 292204120 Vila Rubim Vitória - ES - Brasil Telefone Geral: 27 3212-7200 Site: www.santacasavitoria.org

41

APENDICE B - Comitê de Ética em Pesquisa - CEP

42

43

44

APENDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Consentimento formal de participação no estudo intitulado Comparação dos valores de força muscular

inspiratória obtidos nos ventiladores e no método convencional: Estudo Transversal.

Responsável: Letícia Guimarães Peyneau

Eu,_________________________________________________________________portador (a) do RG nº

_________________, residente na cidade de______________, telefone__________________ responsável

pelo (a)___________________________________, autorizo a participação do meu (minha)

________________________ no estudo Comparação dos valores de força muscular inspiratória obtidos

nos ventiladores e no método convencional: Estudo Transversal coordenado pela fisioterapeuta Letícia

Guimarães Peyneau e conduzido pelas acadêmicas Larissa dos Reis Rocha e Maria Angélica Damázio

Doellinger Amaral.

Objetivo do estudo:

O referido estudo tem como objetivos: Comparar a confiabilidade dos valores da PImáx obtidos no método

convencional com o método utilizado dentro da UTI, descrever o método de medição da PImáx nos

ventiladores e no manovacuômetro e traçar o perfil dos pacientes estudados. A Pressão inspiratória Máxima

(PIMáx) é utilizada para avaliar a capacidade de força dos músculos inspiratórios.

Explicação do procedimento:

O procedimento será realizado por uma examinadora e uma auxiliar. Os pacientes serão identificados

através de dados coletados dos prontuários. E os dados referentes aos parâmetros ventilatórios, aos sinais

vitais e a gasometria arterial serão coletados através de exame físico do paciente. Estou informada (o) que

serão realizadas técnicas fisioterapêuticas para higienização pulmonar e em seguida será realizado um teste

para medição da PIMáx com o manovacuômetro e com o ventilador mecânico. Trata-se de um

procedimento rotineiro na UTI.

Benefícios previstos: Os resultados deste estudo poderão ajudar na prática de profissionais que trabalham com ventilação

mecânica, dando confiabilidade à técnica de medição da força muscular inspiratória nos ventiladores

mecânicos. Entendo que é importante o procedimento para a melhora do quadro clínico do meu familiar e

para menor tempo de internação hospitalar.

Potenciais riscos e incômodos: Fui informado (a) de que o estudo não trará nenhum risco para saúde do meu (minha) _________________

e que a identidade dele (a) ou minha não serão reveladas. O procedimento não oferece riscos aos pacientes,

pois é realizado diariamente nos atendimentos de fisioterapia, não alterando a rotina do setor e dos

pacientes.

Seguro saúde ou de vida:

Eu entendo que não existe nenhum tipo de seguro de saúde ou de vida que possa vir a me beneficiar em

função de minha participação neste estudo.

Liberdade de participação: A minha participação neste estudo é voluntária. É meu direito interromper a participação de meu (minha)

_________________ a qualquer momento sem que isto incorra em qualquer penalidade ou prejuízo.

Também entendo que a pesquisadora tem o direito de excluir do estudo o (a) meu (minha)

______________ a qualquer momento.

Sigilo de identidade: A responsável por este estudo me explicou das necessidades da pesquisa e se prontificou a responder todas

as questões sobre o estudo. Eu estou de acordo com a participação de meu (minha) _________________ no

estudo de livre e espontânea vontade e entendendo a relevância dele. Julgo que é meu direito manter uma

cópia deste consentimento.

Compreendo e concordo que as informações divulgadas e/ou publicadas, ressaltando-se a garantia de que a

identidade de meu (minha) ______________________ e de minha família, serão preservadas e mantidas

em sigilo.

Para questões relacionadas a este estudo entre em contato com: (27) 33170108 (residência)

(27) 99335276 (celular)

Vitória, de de 20 , _________________________________

(assinatura)

45

APENDICE D – Ficha de Avaliação

Monitorização e Ventilação Mecânica

Paciente: Idade: Sexo:

Admissão: Peso Ideal: Patologia:

Dias de TOT: TQT:

PARÂMETROS DE MEDIDA

Data:

Hora:

Glasgow:

Modo Ventilatório:

Pressão de Suporte:

Volume Corrente:

Frequência Respiratória:

FiO2

PEEP

SpO2

SINAIS VITAIS

Frequência Cardíaca:

Pressão arterial:

MECÂNICA

Pressão de Pico:

Pressão Média:

Pressão do Cuff:

GASOMETRIA ARTERIAL

Ph

PaO2

PaCO2

HCO3

BE

SatO2

DESMAME

PaO2/fiO2

PARAMETROS AVALIAÇÃO PIMÁX

PIMáx ventilador: PIMáx Manovacuômetro:

HEMOGRAMA

Leucócitos: Bastões: Segmentados:

46

APENDICE E – Capa da Revista Salus

47

APENDICE F - Normas de publicação Revista Salus

POLÍTICA EDITORIAL

Norma

A SALUS adota as Normas de Vancouver – Uniform Requirements for Manuscripts

Submitted to Biomedical Journals, organizadas pelo International Committee of Medical

Journal Editors, disponíveis em: www.icmje.org/recommendations

Política de Submissão e Publicação

Só serão considerados para revisão os manuscritos cujos dados não estejam sendo avaliados

por outros periódicos e/ou que não tenham sido previamente publicados.

Os manuscritos aprovados só poderão ser reproduzidos, no todo ou em parte, com o

consentimento expresso do editor da SALUS.

Submissão Eletrônica

Os manuscritos devem ser, obrigatoriamente, submetidos eletronicamente no site

(www.salusjournal.org/login). Quando entrar nesse link, o sistema irá pedir seu nome de

usuário e senha, caso já esteja cadastrado. Caso contrário, clique no botão “Quero me

cadastrar” e faça seu cadastro. Ou ainda, caso tenha esquecido sua senha, use o mecanismo

para lembrar sua senha, que gerará um e-mail contendo sua senha.

O sistema de submissão é autoexplicativo e inclui 8 passos:

1º Passo: classificação do artigo

2º Passo: inclusão de título e palavras-chave

3º Passo: cadastro de autores

4º Passo: inclusão de Resumo e Abstract

5º Passo: inclusão do manuscrito propriamente dito com referências

6º Passo: envio de imagens

7º Passo: geração das declarações de transferência de direitos autorais (copyright),

conflito de interesses e cópia do Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da

Instituição.

48

8º Passo: envio do artigo/ finalização da submissão

Os textos devem ser editados em Word e as figuras e tabelas devem estar em arquivos

separados.

Mantenha seu cadastro atualizado, pois a comunicação com os autores é exclusivamente por

e-mail.

Os autores poderão acompanhar a tramitação de seu trabalho a qualquer momento no site pelo

sistema de gerenciamento de publicações, por meio do código de fluxo gerado

automaticamente pelo sistema, ou ainda pelo título de seu trabalho. Caso o artigo esteja “fora

de padrão”, o autor será avisado por e-mail e poderá corrigi-lo.

Avaliação pelos Pares (peer review)

Todas as contribuições científicas são revisadas pelo Editor, Editores Associados, Membros

do Conselho Editorial e/ou Revisores Convidados. Os revisores respondem a um questionário

no qual fazem a classificação do manuscrito, sua apreciação rigorosa em todos os itens que

devem compor um trabalho científico, atribuindo uma nota para cada um dos itens do

questionário. Ao final são realizados comentários gerais sobre o trabalho e sugestão se o

mesmo deve ser publicado, corrigido segundo as recomendações ou rejeitado definitivamente.

De posse desses dados, o Editor tomará a decisão. Em caso de discrepâncias entre os

avaliadores, poderá ser solicitada uma nova opinião para melhor julgamento. Quando forem

sugeridas modificações, as mesmas serão encaminhadas ao autor principal e, em seguida, aos

revisores, para estes verificarem se as exigências foram satisfeitas. Os autores têm o prazo de

10 dias para proceder às modificações solicitadas pelos revisores e ressubmeter o artigo. Na

resposta aos comentários/sugestões dos revisores, os autores deverão destacar no texto as

alterações realizadas. A não observância desse prazo implicará a retirada do artigo do

processo de revisão.

Uma vez aceito para publicação, uma prova do artigo editorado (formato PDF) será enviada

ao autor correspondente para sua avaliação e aprovação definitiva.

Idioma

Os artigos devem ser redigidos em português ou inglês, empregando linguagem científica,

clara e precisa e evitando-se a informalidade da linguagem coloquial. Para os trabalhos que

não possuírem versão em inglês ou espanhol, a revista providenciará a tradução.

A SALUS publica os artigos em português, inglês e os resumos em português, inglês e

espanhol.

49

Pesquisa com Seres Humanos e Animais

Investigação em seres humanos deve ser submetida ao Comitê de Ética da instituição,

cumprindo a Declaração de Helsinque de 1975, revisada em 2008 (World Medical

Association, disponível em: www.wma.net/en/30publications/10policies/b3/17c.pdf), e a

Resolução CNS 466/12 – Conselho Nacional de Saúde, disponível

em http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf

Trabalhos experimentais envolvendo animais devem ser submetidos ao Comitê de Ética no

Uso de Animais, respeitando a Lei Federal nº 11.794/2008, Decreto nº 6.899/2009 e

Resolução CONCEA nº 12/2013 – Diretriz Brasileira de Prática para o Cuidado e Utilização

de Animais para fins Científicos e Didáticos (DBCA), disponível

em: http://concea.mct.gov.br.

Os estudos randomizados devem seguir as diretrizes CONSORT (disponível

em: www.consort-statement.org/consort-statement).

A SALUS apoia as políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de

Saúde (OMS) e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE),

reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de

informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente serão aceitos para

publicação, os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação

em um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e

ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE (www.icmje.org). O número de

identificação deverá ser registrado ao final do resumo.

A declaração de aprovação do estudo no Comitê de Ética em Pesquisa deverá ser

encaminhada no momento da submissão do manuscrito. Artigos que não necessitam de

aprovação do CEP deverão ser justificados.

Transferência de Direitos Autorais e Declaração de Conflito de Interesses

Os autores dos manuscritos deverão encaminhar, no momento da submissão, a declaração de

transferência de direitos autorais (copyright) assinada por todos os autores.

Todos os manuscritos publicados tornam-se propriedade permanente da SALUS e não podem

ser publicados sem o consentimento por escrito de seu editor.

Da mesma forma, para efetivação da submissão do manuscrito deverá ser encaminhada uma

declaração de conflito de interesses, assinada por todos os autores.

Ambos os documentos, declaração de transferência de direitos autorais e declaração de

50

conflitos de interesse, são padronizados e gerados pelo sistema no momento da submissão do

manuscrito.

Critérios de Autoria & Contribuição Individual para a Pesquisa

Sugerimos que sejam adotados os critérios de autoria dos artigos segundo as recomendações

do International Committee of Medical Journal Editors. Assim, apenas aquelas pessoas que

contribuíram diretamente para o conteúdo intelectual do trabalho devem ser listadas como

autores.

Os autores devem satisfazer a todos os seguintes critérios, de forma a poderem ter

responsabilidade pública pelo conteúdo do trabalho:

1. Ter concebido e planejado as atividades que levaram ao trabalho ou interpretado os

resultados a que ele chegou, ou ambos;

2. Ter escrito o trabalho ou revisado as versões sucessivas e tomado parte no processo de

revisão;

3. Ter aprovado a versão final.

Pessoas que não preencham os requisitos acima e que tiveram participação puramente técnica

ou de apoio geral podem ser citadas na seção Agradecimentos.

No momento da submissão, deve ser explicitado o tipo de contribuição de cada autor na

execução do estudo e preparação do manuscrito, nas seguintes áreas:

1. Desenho do estudo;

2. Coleta, análise e interpretação dos dados;

3. Redação do manuscrito.

Abreviações e Terminologia

O uso de abreviaturas deve ser mínimo. Quando expressões extensas precisam ser repetidas,

recomenda-se que suas iniciais em maiúsculas as substituam após a primeira menção. Esta

deve ser seguida das iniciais entre parênteses.

Todas as abreviações em tabelas e figuras devem ser definidas nas respectivas legendas.

Deve ser evitado o emprego de abreviaturas no Resumo e Abstract.

Apenas o nome genérico do medicamento utilizado deve ser citado no trabalho, sendo

desaconselhado o emprego de nomes comerciais.

51

SALUS adota a Terminologia Anatômica Oficial Universal, aprovada pela Federação

Internacional de Associações de Anatomistas (FIAA).

PREPARAÇÃO DO MANUSCRITO

Seções do Manuscrito

Título e Autores. O título do trabalho, em português e inglês, deve ser conciso e informativo.

Devem ser fornecidos os nomes completos dos autores, titulação e vinculação institucional de

cada um deles.

Resumo e Abstract. O resumo deve ser estruturado em quatro seções: Objetivo, Métodos,

Resultados e Conclusão. O Resumo em inglês deve seguir a mesma estrutura do Resumo em

português. Devem ser evitadas abreviações. O número máximo de palavras deve seguir as

recomendações da tabela (Limites por tipo de artigo). Nos artigos tipo Relatos de Casos, o

resumo não deve ser estruturados (informativo ou livre). As Correlações clínico-cirúrgicas e

seções Multimídia dispensam resumo.

Descritores e Descriptors: Também devem ser incluídos de três a cinco descritores

(palavras-chave). Os descritores podem ser consultados no endereço

eletrônico http://decs.bvs.br/, que contém termos em português e inglês

ou www.nlm.nih.gov/mesh, para termos somente em inglês, ou nos respectivos links

disponíveis no sistema de submissão da revista.

Corpo do manuscrito. Os Artigos Originais e Trabalhos Experimentais devem ser divididos

nas seguintes seções: Introdução, Método, Resultados, Discussão, Conclusão e

Agradecimentos (opcional). Os Relatos de Caso devem ser estruturados nas seções:

Introdução, Relato do Caso e Discussão; e as Correlações clínico-cirúrgicas em Dados

Clínicos, Eletrocardiograma, Radiograma, Ecocardiograma, Diagnóstico e Operação. A seção

Multimídia deve apresentar as seguintes seções: Caracterização do Paciente e Descrição da

Técnica Empregada. Os Artigos de Revisão e Artigos Especiais podem ser estruturados em

seções a critério do autor.

As Cartas ao Editor, em princípio, devem comentar, discutir ou criticar artigos publicados na

SALUS, mas também podem versar sobre outros temas de interesse geral. Recomenda-se

tamanho máximo de 1000 palavras, incluindo referências, que não devem exceder a cinco,

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podendo ou não incluir título. Sempre que cabível e possível, uma resposta dos autores do

artigo em discussão será publicada junto com a carta.

Referências

As referências dos documentos impressos e eletrônicos devem ser normalizadas de acordo

com o estilo Vancouver, elaborado pelo International Committee of Medical Journal

Editors (ICMJE, disponível em: http://www.icmje.org).

As referências devem ser identificadas, no corpo do texto, com algarismos arábicos,

sobrescrito, obedecendo à ordem de citação no texto. A acurácia das referências é de

responsabilidade do autor. Se forem citadas mais de duas referências em sequência, apenas a

primeira e a última devem ser digitadas, sendo separadas por um traço (Exemplo: 6-9

). Em

caso de citação alternada, todas as referências devem ser digitadas, separadas por vírgula

(Exemplo: 6,7,9

).

Publicações com até 6 autores, devem ser citados todos os autores; publicações com mais de 6

autores, citam-se os 6 primeiros seguidos da expressão latina “et al.”.

Títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o List of Journals Indexed for

MEDLINE (disponível em: http://www.nlm.gov/tsd/serials/lji.html).

Modelos de Referências

Artigo de Revista

Issa M, Avezum A, Dantas DC, Almeida AFS, Souza LCB, Sousa AGMR. Fatores de risco

pré, intra e pós-operatórios para mortalidade hospitalar em pacientes submetidos à cirurgia de

aorta. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2013;28(1):10-21.

Organização como Autor

Diabetes Prevention Program Research Group. Hypertension, insulin, and proinsulin in

participants with impaired glucose tolerance. Hypertension. 2002;40(5):679-86.

Sem indicação de autoria

21st century heart solution may have a sting in the tail. BMJ. 2002;325(7357):184.

Artigo publicado eletronicamente antes da versão impressa (“ahead of print”)

Atluri P, Goldstone AB, Fairman AS, Macarthur JW, Shudo Y, Cohen JE, et al. Predicting

right ventricular failure in the modern, continuous flow left ventricular assist device era. Ann

Thorac Surg. 2013 Jun 21. [Epub ahead of print]

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Artigo de periódico na Internet

Machado MN, Nakazone MA, Murad-Junior JA, Maia LN. Surgical treatment for infective

endocarditis and hospital mortality in a Brazilian single-center. Rev Bras Cir Cardiovasc

[online]. 2013[cited 2013 Jun 25];28(1):29-35. Available

from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

76382013000100006&lng=en&nrm=iso

Capítulo de Livro

Chai PJ. Intraoperative myocardial protection. In: Mavroudis C, Backer C, eds. Pediatric

cardiac surgery. 4th ed. Chichester: Wiley-Blackwell; 2013. p.214-24.

Livro

Cohn LH. Cardiac surgery in the adult. 4th ed. New York: McGraw-Hill;2012. p.1472.

Tese

Dalva M. Estudo do remodelamento ventricular e dos anéis valvares na cardiomiopatia

dilatada: avaliação anátomo-patológica [Tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São

Paulo, 2011. 101p.

Legislação

Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre

diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Bioética.

1996;4(2 Supl):15-25.

Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal. Resoluções n. 12 e 13, de 20 de

setembro de 2013. Dispõem sobre a diretrizes brasileiras para o cuidado e a utilização de

animais para fins científicos e didáticos (DBCA) e prática de eutanásia.

Outros exemplos de referências podem ser consultados no site:

http://www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html