metodologia iata para avaliação de risco de colisão com fauna em aeroportos

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Proposta de Metodologia para avaliação de risco de colisão com fauna COMISSÃO NACIONAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÀUTICOS 62ª Sessão Plenária 25 de Novembro de 2014 Operações e Segurança de Voo IATA BRASIL

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Proposta de Metodologia

para avaliação de risco

de colisão com fauna

COMISSÃO NACIONAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÀUTICOS

62ª Sessão Plenária – 25 de Novembro de 2014

Operações e Segurança de Voo

IATA BRASIL

A IATA – International Air Transport Association é a associação da indústria

do comércio global.

Fundada em 1945 possui 240 membros e compreende 84% do tráfego

regular internacional.

Nossa missão é representar, liderar e servir a indústria.

A IATA entrega Padrões e Soluções para garantir um transporte aéreo

seguro e bem-sucedido.

Sobre a IATA

Objetivo

Apresentar ao comitê a metodologia de avaliação de risco de colisão com

fauna apresentada conforme modelo IATA.

Propor a avaliação do mesmo como alternativa a ser aplicada pelos

administradores aeroportuários brasileiros.

Requerimentos

O Anexo 14 prevê que os aeroportos são

responsáveis pela avaliação do risco de

colisão com fauna em suas dependencias e

vizinhanças.

Um programa efetivo de controle de fauna

desenvolvido pelo administrador

aeroportuário depende de reportes acurados

e confíáveis por parte de todos os envolvidos

com a operação das aeronaves.

O que produz maior risco ao voo?

200g

Ec = ½ m.V²

20x100g= 2kg

O que produz maior risco ao voo?

Ec = ½ m.V²

O que produz maior risco ao voo ?

2kg

Ec = ½ m.V²

O que produz maior risco ao voo?

3 x 2kg = 6kg

Ec = ½ m.V²

Em qual fase de voo ?Decolagem e Climb Out (até 10000ft ou 20km de raio)

Motores em máxima tração (maior risco para o motor)

Transição de configuração (trem e flap)

Aceleração até 250KIAS.

Maior exposição a eventos de perda de controle em voo (LOC-I).

Energia Potencial e Cinética Aumentando!

Em qual fase de voo?Descida e Aproximação (abaixo de 10000ft ou 20km de raio)

Motores em tração próxima de “idle” (marcha lenta).

Transições de configuração.

Velocidades relativamente baixas e desacelerando (abaixo de 250KIAS)

Energia Potencial e Cinética Diminuindo!

Em qual fase de voo?Pouso (abaixo de 50ft até velocidade de taxi)

Motores em tração variável entre IDLE e MAX Reverso (maior risco para

o motor).

Configuração constante.

Velocidades relativamente baixas- abaixo 1.3Vs e próximas da VMCA,

VMCL e VMCG.

Possibilidade de Perda de controle em voo e no solo.

Matriz de Probabilidade de Danos

Massa total e número de aves como parâmetros de referência.

Probabilidade é determinada de forma qualitativa.

1 2-10 11-100

0-99 g Pequena Pequena Pequena

100-499 g Pequena Pequena Média

500-1499 g Pequena Média Grande

1,5-12 kg Média Grande Grande

> 12 kg Grande Grande Grande

Número de PassarosMassa Total

Número de Aves

Matriz de Risco

Risco de cada evento é calculado em função da fase de voo (severidade) e

probabilidade atribuída ao evento.

Pequena Média Grande

Pouso Baixo Baixo Médio

Aproximação Baixo Médio Alto

Decolagem Médio Alto Alto

ProbabilidadeFase de Voo

Nível de Risco Recomendações de manejo

Alto Ações adicionais devem ser implementadas de forma imediata

MédioAções de gerenciamento de risco devem ser implementadas e/ou as já realizadas

revisadas

BaixoManter as ações de gerenciamento de risco atuais, não sendo requerida

nenhuma ação adicional

Pequena Média Grande

Pouso Baixo Baixo Médio

Aproximação Baixo Médio Alto

Decolagem Médio Alto Alto

ProbabilidadeFase de Voo

1 2-10 11-100

0-99 g Pequena Pequena Pequena

100-499 g Pequena Pequena Média

500-1499 g Pequena Média Grande

1,5-12 kg Média Grande Grande

> 12 kg Grande Grande Grande

Número de PassarosMassa Total

Exemplo

Ações adicionais devem ser implementadas de forma imediata !

Impacto de 1 ave de 12kg durante a decolagem.

Análise

Divide-se o aeroporto em setores relevantes.

Determinam-se as estatísticas dos eventos para cada setor.

jan/12

Evento Alto Medio Baixo

1 1 48

2 1 0

3 1 1

4 1 0

5 1 8

6 1 0

7 1 2

8 1 0

9 1 1

10 1 1

TOTAL 2 6 2 61

Risco Tempo AOG

(horas)

Setor 1

Setor 1 Setor 2

Setor 3Setor 4

Setor 5

Setor 5,6,7,8 – Entorno até 20km raioSetor 6

Setor 7

Setor 8

Análise

Discretização por espécie pode ser adotada,

corroborando com a matriz de análise de risco

recém aprovada na Resolução CONAMA que se

destina a autorização de manejo.

A resolução CONAMA está para ser

publicada no Diário Oficial da União

(DOU).

Análise

Tendencias são identificadas por setor.

E a partir daí ações podem ser definidas.

Metodologia IATA

Introduz o conceito de fases de voo associadas ao risco.

Preserva o conceito de massa total como fator relevante

ao risco.

Não necessita de cálculos de probabilidades, apenas

de levantamento populacional de todas as espécies

existentes no aeródromo e classificação do número de

ocorrências, oque pode ser obtido facilmente com censos na

área operacional, necessários de toda forma a autorização de

manejo de espécies.

Necessita de reportes das empresas aéreas a respeito

do tempo da aeronave em AOG.

Mapeamento de tendencias por zona no aeroporto.

Proposta

Considerando a metodologia válida e

aplicável à realidade brasileira, sugere-

se sua adoção por meio de regulação

específica emitida pela ANAC.

IS complementar ao RBAC 164.

“Tudo deveria se tornar o mais simples possível, mas não simplificado."

Albert Einstein

José Alexandre T.G. FregnaniDiretor AssistenteSegurança e Operações de Voo - IATA Brazil

[email protected]

Tel: +55 11 2187 4236 www.iata.org

Vamos trabalhar

Juntos!