metodologia de delimitaÇÃo de Área de influÊncia para supermercados

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  • METODOLOGIA DE DELIMITAO DE REA DE INFLUNCIA PARA

    SUPERMERCADOS COM USO DE GEOPROCESSAMENTO

    Gabriel Vendruscolo de Freitas

    Archimedes Azevedo Raia Junior Universidade Federal de So Carlos-UFSCar

    Programa de Ps-Graduao em Engenharia Urbana-PPGEU

    RESUMO

    Para estimar as viagens feitas a supermercados - considerados plos geradores de viagens (PGVs) -, o

    estabelecimento de reas de influncia muito importante. Os dados socioeconmicos dos indivduos

    (populao e renda) so informaes relevantes para criar modelos de previso de viagens destinadas estes

    equipamentos urbanos. Este artigo tem como objetivo apresentar um mtodo inovador para construir reas de

    influncia, com a interao de dados socioeconmicos disponibilizados pelo censo demogrfico e ferramentas de

    Geoprocessamento e imagens de satlite. O mtodo foi aplicado em cidades de mdio porte e os resultados

    foram bastante satisfatrios.

    ABSTRACT

    The creation of contour lines is very important to build models of generation of trips to supermarkets, considered

    trip generators hubs. The socioeconomic data of individuals (population and income) are relevant information to

    create predictive models trips for these urban facilities. This paper has the objective of presenting a innovative

    method for building influence areas, with the interaction of socioeconomic data provided by the census and

    geoprocessing tools satellite images. The method was applied to medium-sized cities and the results were quite

    satisfactory.

    1. INTRODUO

    Os grandes e mdios centros urbanos passam por acelerado processo de crescimento e quanto

    maior o grau de desenvolvimento, maior ser a necessidade de mobilidade. Esta necessidade

    de transporte, impulsionada pela busca de melhor qualidade de vida, imputa, tambm, um alto

    custo para toda a sociedade, principalmente nas cidades de portes mdio e grande. Nestas

    cidades o nmero de veculos em circulao aumenta, diariamente. Grandes

    empreendimentos, que geram muitas viagens, esto em expanso nestas cidades. O estudo

    desses polos geradores de viagens (PGVs) prope aes para amenizar os impactos causados

    por estes estabelecimentos, seja na fase de instalao (medidas preventivas), como depois

    com empreendimento em funcionamento (medidas paliativas). A anlise dos impactos

    causados pelos PGVs vem fazendo parte da rotina dos tcnicos de algumas prefeituras de

    cidades brasileiras de portes mdio e grande, que elaboraram rotinas especficas, respaldadas

    em leis municipais e no Cdigo de Trnsito Brasileiro, para gerenciar a implantao e a

    ampliao de PGVs, e seus impactos no trnsito (Freitas e Raia Jr., 2008).

    A implantao de novos empreendimentos em reas urbanas deve ser analisada

    cuidadosamente, procurando minimizar os impactos provocados pelo aumento do fluxo de

    veculos e pedestres para o sistema de transporte (Freitas e Raia Jr., 2008). Segundo Santoro

    (2003), a implantao de um PGV de maior porte, como supermercados e shopping centers,

    quase sempre vista somente como benefcio, principalmente pelos pequenos e mdios

    municpios. Acredita-se, em geral, que estes empreendimentos guardam em si a capacidade de

    dinamizar ou reaquecer a economia local, gerando empregos, aumentando a arrecadao de

    impostos, alm de atrair novos empreendimentos para seu entorno. Porm, necessrio

    realizar a avaliao dos impactos da sua instalao na rea urbana com muita cautela, pois

    nem sempre os resultados sero somente positivos. A facilidade ou dificuldade da populao

    em deslocar-se do seu local de origem para o PGV, utilizando diferentes modalidades de

  • transporte (a p, de carro, transporte pblico, bicicleta etc.) e o nvel de atratividade exercido

    pelo empreendimento, so fatores importantes para a determinao do nmero de viagens

    geradas para esta regio e para a delimitao da rea de influncia do empreendimento. Com a

    utilizao de metodologia desenvolvida especificamente para cidades de porte mdio, ser

    possvel prever os impactos da implantao de supermercados, por exemplo, com diferentes

    caractersticas e constituir uma referncia slida para a regulamentao e instalao destes

    estabelecimentos nestes municpios. A determinao da rea de influncia de um PGV

    poder, neste contexto, ser de grande importncia para o efetivo estudo de impactos.

    Em funo do exposto, este trabalho tem como objetivo apresentar uma indita metodologia

    de delimitao de rea de influncia de supermercados, em cidades de porte mdio, que utiliza

    ferramentas de Geoprocessamento (inclusive imagens de satlite), em ambiente de Sistemas

    de Informaes Geogrficas, para definio das reas com maior potencial de atrao de

    clientes. A metodologia aqui apresentada faz parte de um trabalho mais amplo, que envolveu

    tambm a elaborao de modelos de atrao de viagens. Maiores detalhes podem ser

    conferidos em Freitas (2009).

    2. REA DE INFLUNCIA DE UM PGV

    A instalao de um PGV pode impulsionar o desenvolvimento econmico local, o que

    aumentaria o nmero de viagens, alm das viagens planejadas pelo poder pblico, podendo

    gerar impactos negativos ou positivos nos padres de desenvolvimento urbano e uso do solo

    da rea de influncia do empreendimento (Kneib, 2004). A metodologia desenvolvida por

    CET (1983) para anlise de impactos de polos geradores de trfego, h cerca de 30 anos, foi

    uma das pioneiras no Brasil. Nos vrios aspectos nela abordados, aponta-se 3 nveis de

    avaliao de impactos e, dentre eles, pode-se citar aqueles provocados nas vias de acesso,

    utilizando uma metodologia que leva em considerao a rea de influncia do PGV. A

    metodologia desenvolvida por Grando (1986) determina que uma de suas etapas seja a

    delimitao de reas de influncia, baseada no traado de iscronas e isocotas, associadas ao

    levantamento do mercado competitivo, obtido em estudo de viabilidade econmica. Grando

    (1986) define a rea de influncia de um empreendimento gerador de trfego, como por

    exemplo, um shopping center, como sendo a rea de mercado, definida geograficamente, em

    que um conjunto varejista atrai a maior parte de seus clientes. A rea de influncia de um

    empreendimento do tipo PGV representa a delimitao fsica do alcance do atendimento da

    maior parte de sua demanda (Silveira, 1991). Uma das etapas elementares na avaliao dos

    impactos causados no sistema virio o traado da rea de influncia do PGV (Ary, 2002).

    Urban Land Institute (ULI, 1971) define rea de influncia ou rea de mercado,

    considerando estudos relacionados a shopping centers, como sendo aquela em que se obtm a

    maior parcela contnua de clientes, necessria para manuteno constante do estabelecimento.

    A definio da rea de influncia de um PGV serve de base a planejadores urbanos e de

    transportes no estudo dos impactos causados por estes centros em reas urbanas, tornando

    possvel, por meio de estudo da regio, avaliar a viabilidade de implantao do PGV sob os

    aspectos econmicos, de trfego e de transportes (Corra e Goldner, 1999). A rea de

    influncia tambm entendida como a regio geogrfica onde o poder de atrao limitado por

    determinada distncia responsvel por grande parte das vendas de um shopping Center

    (cerca de 95%). Este poder de atrao funo inversa da distncia necessria para atingir o

    empreendimento; ele mximo nas regies mais prximas ao PGV, com redues

    progressivas na medida em que dele se afasta (Marco Estudos & Projetos, 1994). O conceito

  • de rea de influncia pode ter distintos significados, dependendo da perspectiva em que ela

    seja analisada. Para o empreendedor, sua delimitao est ligada ao raio de alcance do poder

    de atrao do empreendimento. J, para o engenheiro de trfego, que avalia os efeitos da

    implantao de um shopping center sobre o sistema de transportes, por exemplo, a rea de

    influncia est diretamente relacionada ao impacto nas vias de acesso que sero mais

    utilizadas pela demanda atrada (Nascimento, 2005).

    A rea de influncia, em geral, dividida em trs categorias: i) rea primria, ii) rea

    secundria, e iii) rea terciria. Os limites destas reas so determinados por fatores, tais

    como: natureza do empreendimento, acessibilidade, barreiras fsicas, limitaes de tempo e

    distncia de viagem, poder de atrao e competio, distncia do centro da cidade e principais

    competidores e concorrncia externa (Silva, Kneib e Silva, 2006). No entanto, algumas destas

    caractersticas variam em funo do tempo, como a concorrncia e a conformao urbana do

    municpio, que sofrem influncia da prpria instalao do PGV. As reas de influncia destes

    PGVs, portanto, adquirem caractersticas dinmicas no decorrer do tempo, e requer um

    processo de anlise que leve em conta essas caractersticas, quando da delimitao das reas

    de influncia (Kneib, 2004). Para facilitar a visualizao dos parmetros tempo e distncia,

    utilizados nos critrios de delimitao das reas de influncia encontrados na bibliografia

    especializada, vrios autores usam o traado das linhas iscronas e isocotas, que representam

    a acessibilidade ao ponto de estudo. Define-se iscronas como sendo as linhas que unem os

    pontos das principais rotas de acesso correspondentes a iguais tempos de viagem ao

    empreendimento. Grando (1986), por exemplo, estabelece iscronas de 5 em 5 minutos at o

    tempo de 30 minutos, para o caso dos shopping centers, o que abrange 95% de sua rea de

    influncia. As isocotas, por outro lado, so linhas traadas em distncias iguais, em crculos,

    cujo ponto central o local onde se situa o empreendimento. As isocotas so, em geral, para o

    caso de shopping centers, traadas de 1 a 8 quilmetros (Silva, Kneib e Silva, 2006).

    Em um estudo que desenvolveu para delimitao da rea de influncia e um modelo de

    gerao de viagens para supermercados e hipermercados, considerando algumas

    caractersticas externas do empreendimento, Silva (2006) elaborou uma metodologia para a

    sua delimitao, com o objetivo de atuar de forma padronizada e conceituar um mtodo de

    levantamento das variveis exgenas dos PGVs. A metodologia foi desenvolvida por meio da

    identificao das caractersticas, diferenas e padres das reas de influncia da amostra. Para

    verificao das caractersticas exgenas ao empreendimento, foram utilizados os setores

    censitrios do censo IBGE 2000 e informaes, tais como: localizao dos concorrentes,

    sistema virio completo, enfatizando os principais corredores de transporte e vias de acesso ao

    PGV estudado, zonas de uso do solo, localizao de parques, rios e outras barreiras fsicas que

    possam interferir na acessibilidade da regio estudada e delimitao dos bairros e quadras. Por

    meio de pesquisa de campo e de dados sobre a regio onde os PGVs exercem sua atrao, ou

    seja, a sua rea de influncia, foi possvel para Silva (2006) compor o banco de dados que

    subsidiou o desenvolvimento dos modelos endo-exgenos de gerao de viagens por

    automvel e nmero de clientes para supermercados. Isto mostra a importncia na definio

    da rea de influncia de um PGV, principalmente, de um supermercado ou shopping center.

    Segundo Silva, Kneib e Silva (2005) e Silva (2006), devido s grandes variaes da estrutura

    urbana nas cidades, aos costumes regionais e a distribuio da populao na rea de

    influncia, a aplicao dos modelos se torna restrita quando feita em locais muito diferentes

    daqueles que deram origem aos estudos. A incluso de variveis exgenas, tornando os

    modelos endo-exgenos, pode aumentar suas chances de aplicabilidade e a possibilidade de se

  • interagir com as taxas e modelos de gerao de viagens, desenvolvidos em diferentes regies.

    Para verificar esta hiptese, foi desenvolvida uma pesquisa nos supermercados e

    hipermercados de trs cidades brasileiras.

    Galarraga e Herz (2006), por sua vez, enfocaram a problemtica dos supermercados como

    PGVs, levando em conta empreendimentos da cidade argentina de Crdoba (1,3 milho de

    habitantes), onde foram desenvolvidos modelos de gerao de viagens e de distribuio modal

    para 7 hipermercados da cidade. Os autores traaram linhas isocotas de 1, 2, 3, 4 e 5 km de

    raio, dividindo, para cada estabelecimento, uma regio com cinco reas, onde foram

    espacializados endereos dos clientes entrevistados por meio de questionrio. Cada rea teve a

    porcentagem de clientes calculada, resultando uma mdia de 18% de clientes na isocota de 1

    km de raio, 23%, na de 2 km, 15%, na de 3 km, 9%, na de 4 km, 23%, na de 5 km, 12%.

    Alguns trabalhos tem procurado associar a definio de reas de influncia usando sistemas

    de informaes geogrficas (Ary, 2002; Amncio e Guimares, 2007 e 2008, Freitas e Raia

    Jr., 2008) e dados censitrios (Amncio e Guimares, 2007; Freitas e Raia Jr., 2008). No

    entanto, segundo Amncio e Guimares (2007), h um problema muito comum quando se

    tenta interagir os dados socioeconmicos dos setores censitrios com o traado das isocotas,

    por exemplo, quando um setor censitrio apresenta parte de sua rea em mais de uma isocota.

    A soluo para este problema ainda no havia sido proposta. Uma maneira proposta pelos

    autores, com menor dispndio possvel de tempo e de recursos, foi de interagir os dados

    socioeconmicos disponibilizados pelo censo demogrfico e o traado das isocotas, por

    intermdio das informaes do cadastro imobilirio do municpio. O trabalho aqui proposto

    faz uso, de maneira alternativa, de imagens de satlite.

    3. MTODO

    O mtodo elaborado tem como objetivo a delimitao das subdivises da rea de influncia de

    um supermercado por meio do uso de um Sistema de Informaes Geogrficas e tcnicas de

    Geoprocessamento. Leva em considerao o uso e a ocupao do solo, a localizao e

    amplitude das reas de influncia primria dos supermercados concorrentes, e a localizao e

    amplitude das reas de influncia primria, secundria e terciria do empreendimento

    estudado, determinadas com a utilizao dos modelos gerados por Freitas (2009). A Figura 1

    apresenta uma sntese da metodologia proposta.

    No levantamento das informaes necessrias, inicialmente, preciso se obter uma base

    cartogrfica digital do municpio, contendo as divises de quadras, bairros, nome de ruas e

    outros elementos que auxiliam na localizao do supermercado estudado e dos supermercados

    concorrentes, doravante chamados apenas de concorrentes. O mapa de uso e ocupao do solo do municpio tambm necessrio para a identificao das reas mistas ou residenciais e

    descarte de outras reas. A localizao dos concorrentes realizada com a utilizao da

    internet, lista telefnica ou em campo. A rea de vendas dos concorrentes deve ser levantada

    in loco e com a utilizao de imagens de satlite. Com estes dados georreferenciados,

    possvel modelar o SIG, criando-se um banco de dados geogrficos, usando o software

    SPRING. Aps a importao e criao dos dados geogrficos, pode-se estimar o nmero de

    concorrentes em um raio de 1 km, tanto para o empreendimento estudado como para seus

    concorrentes. Este procedimento deve ser executado com a funo Mapa de Distncia do

    SPRING ou simplesmente chamado de buffer.

  • Figura 1: Sntese do mtodo de delimitao de rea de influncia com do uso de um SIG

    Com a utilizao dos modelos elaborados por Freitas (2009), definiu-se a amplitude mxima

    das reas de influncia primrias dos concorrentes e primrias, secundrias e tercirias do

    supermercado estudado. O valor resultante das equaes representado em um Plano de

    Informaes do SPRING, por meio do procedimento Mapa de Distncia, para todos os

    supermercados estudados e seus concorrentes. Da sobreposio dos mapas das reas de

    influncia dos concorrentes, do supermercado em estudo e do uso e ocupao do solo, surge

    um quarto mapa com o traado das reas que representam 65%, 84% e 92% dos clientes,

    respectivamente, primria, secundria e terciria. Este procedimento conhecido como

    lgebra de Mapas e realizado no SPRING com a utilizao da Linguagem Espacial de

    Geoprocessamento Algbrico (LEGAL). Na Figura 2 apresentado o programa elaborado na

    linguagem LEGAL, para a operao de lgebra de mapas (overlay) para este trabalho.

    Figura 2: Programa de delimitao de rea de influncia na linguagem LEGAL

    4. APLICAO E RESULTADOS

    A seguir so apresentadas as informaes e a modelagem realizada em SIG e metodologia de

    delimitao de rea de influncia, bem como os resultados com a sua aplicao.

    4.1 Informaes e modelagem do SIG

    No trabalho completo (Freitas, 2009), os procedimentos foram realizados em 3 cidades: So

    Carlos (2 supermercados), Araraquara (1) e Sertozinho (2), aqui denominados de S1...S5. Os

  • mapas urbanos bsicos (MUB) dos municpios foram disponibilizados pelas prefeituras, em

    formato dwg e importados para o software TransCAD, onde foi realizada a digitalizao dos

    eixos de vias e modelagem das redes de transportes. Aps a digitalizao dos eixos das vias e

    construdas a redes, estas passaram pelo teste de consistncia (Raia Jr. e Silva, 1998), que

    permite localizar ns e links desconectados, e erros do processo de modelagem.

    A cada segmento da rede foram atribudas informaes alfanumricas (velocidade e tempo de

    viagem), relativas a cada modo de viagem (a p, autos, nibus e bicicletas) e com o sentido do

    fluxo. As mos de direo das vias foram determinadas com a utilizao do programa Google

    Maps e verificadas in loco. O tempo de viagem foi obtido dividindo-se a distncia (Length)

    pela velocidade e est representado em minutos. Com a finalidade de melhorar a preciso do

    clculo do tempo de viagem, foi levantada em campo, com a utilizao de um GPS de

    navegao, a localizao dos semforos das trs cidades. Foi adotada uma penalidade, com a

    reduo estimada de 25% na velocidade associada aos trechos prximos aos semforos. Com

    esta medida, trechos de vias com velocidade de 40 km/h tiveram a velocidade reduzida para

    30 km/h e, vias com velocidade de 60 km/h, reduzida para 45 km/h. Espera-se, com este

    procedimento, que o tempo de viagem calculado pelo software seja mais prximo do tempo

    real gasto pelo cliente para realizar o percurso.

    Ainda, no processo de modelagem da rede de transporte, foram identificadas as vias principais

    de acesso, localizadas com a ajuda do programa Google Maps e com a realizao de pesquisas

    de campo. Aps a realizao da modelagem da rede viria de cada municpio, foi efetuada a

    localizao dos pontos de origem dos clientes entrevistados (ver Freitas, 2009), por meio da

    identificao da interseo mais prxima da origem da viagem, fornecida pelo cliente do

    supermercado, no momento da aplicao do questionrio. Alguns dados de clientes

    precisaram ser excludos da amostra por no ter sido possvel a identificao dos cruzamentos

    de vias por eles fornecidos. Este problema foi minimizado aps a aplicao do questionrio

    piloto e do treinamento do pesquisador responsvel pela aplicao do questionrio. A etapa

    seguinte constou na roteirizao, por meio do TransCAD, para se encontrar o caminho mais

    rpido entre a residncia de cada cliente (cruzamento mais prximo) e o supermercado

    analisado, ajustado pelo tempo de viagem de cada segmento da rede, para os diferentes modos

    de transporte utilizados. Ao fim deste procedimento, foi exportada uma planilha em formato

    dbf com as distncias e os tempos de viagem de todos os clientes entrevistados.

    Para se compreender melhor a interao entre as caractersticas do entorno, a rea de

    influncia e o nmero de clientes dos supermercados, foi realizada uma anlise demogrfica

    utilizando dados do censo IBGE 2000 (densidade demogrfica e renda). Foi criado um banco

    de dados geogrficos utilizando o software SPRING, que permitiu a importao dos setores

    censitrios no formato shape file (shp) e associao das tabelas do IBGE. Estas tabelas

    contem as informaes sobre a populao e a renda dos chefes de famlia. Os dados foram

    analisados dentro de isocotas de 500 em 500 metros, at o limite de 2 km. Em uma rea

    urbana possvel encontrar setores censitrios localizados em mais de uma isocota. Para a

    realizao da anlise demogrfica, foi efetuado um procedimento no SPRING para

    segmentao dos setores censitrios limtrofes das isocotas, de modo que os dados

    demogrficos pudessem ser divididos proporcionalmente. A Figura 3 mostra a localizao de

    setores censitrios e das linhas isocotas de 500 em 500 metros. Pode-se observar, como

    exemplo, o setor de nmero 523 (marcado com seta amarela), que tem parte de sua rea

    localizada na isocota 500 e parte na isocota de 1000 metros.

  • Figura 3: Iscotas e setores censitrios

    Para o clculo da densidade demogrfica no interior do crculo de raio de 500 metros, p. ex.,

    preciso somar a populao residente (dado do setor censitrio) nos setores desta regio e

    dividir pela rea total. Ao se distribuir homogeneamente a populao, por hiptese, pela rea

    total de um setor censitrio, pode-se incorrer em erros, tal como apontado por Amncio e

    Guimares (2007). Para diminuir o erro, foram utilizadas imagens de satlite para se

    determinar qual a porcentagem de residncias existentes nos setores censitrios nas iscotas

    de 500, 1000, 1500 e 2000 metros. Foi utilizado o processo de classificao de imagens,

    disponvel no SPRING, que pode ser dividido em 4 etapas: i) criao do arquivo de contexto -

    identificao das imagens que sero analisadas; ii) treinamento - coleta de amostras dos alvos

    que sero classificados; iii) classificao - escolha do classificador, limiar de aceitao e

    anlise das amostras, e iv) ps-classificao - refinamento da classificao efetuada. A Figura

    4 apresenta uma imagem do satlite Quickbird, georreferenciada, e pronta para o processo de

    classificao.

    Figura 4: Imagem do satlite Quickbird do municpio de So Carlos

    Os aspectos utilizados para a classificao das imagens foram: telhado cermico, telhado de

    fibrocimento, asfalto, vegetao, campo, e solo exposto. O classificador utilizado foi o

    Maxver, com um limiar de aceitao de 95%. O Maxver o mtodo de classificao, que

    considera a ponderao das distncias entre mdias dos nveis digitais das classes, utilizando

    parmetros estatsticos Para o exemplo da imagem da Figura 4, o desempenho da

    classificao foi de 89,9%. Durante o processo de classificao automatizada podem ocorrer

    dvidas na identificao dos diversos aspectos (alvos), que so compostos, muitas vezes, por

    materiais similares e que interagem de forma parecida com a energia eletromagntica, e so

    interpretados como uma nica entidade (p. ex., o solo exposto e telhado cermico). Aps a

  • realizao do processo de classificao, a imagem e os setores censitrios so recortados com

    o mesmo formato das isocotas (raios de 500, 1000, 1500 e 2000 metros). Realizou-se a

    operao de tabulao cruzada no SPRING, que permite calcular a rea das interseces entre

    as classes de dois Planos de Informao no formato matricial. A Figura 5 apresenta o

    resultado da classificao automatizada e o relatrio da tabulao cruzada.

    Figura 5: Resultado da classificao automatizada e o relatrio da tabulao cruzada

    Como resultado, gerou-se uma tabela em formato database file (dbf), com as reas de cada

    classe da imagem classificada, divididas por setor censitrio. Conhecendo-se a rea total do

    setor censitrio, pode-se identificar as porcentagens de reas ocupadas pelas classes telhado

    cermico, localizando, desta forma, possveis locais com a presena de residncias. Esta

    mesma porcentagem foi utilizada para distribuir a populao entre as isocotas, tornando as

    anlises demogrficas mais precisas. Este procedimento foi realizado para o entorno do

    supermercado analisado, usando-se imagens multiespectrais do satlite Quickbird, com alta

    resoluo espacial e esto disponveis em www.maps.google.com.

    4.2 Metodologia de delimitao de rea de influncia

    Para a determinao da porcentagem estimada de clientes que faz parte das reas de influncia

    primria, secundria e terciria, foram calculadas as linhas isocotas e iscronas. Com o

    auxilio da matriz de tempo de viagens, gerada pelo TransCAD, elaborou-se a Tabela 1, que

    apresenta a porcentagem de clientes dentro de classes de tempos de viagem. As classes de

    tempos de viagem destacadas so at 5 minutos, de 5 a 10 minutos e de 10 a 15 minutos, que

    foram utilizadas para a determinao da porcentagem de clientes pertencentes s reas de

    influncia primria (65%), secundria (84%) e terciria (92%). Com o TransCAD pode-se

    calcular a porcentagem de clientes at uma mesma distncia do PGV (linhas isocotas em linha

    reta), como se pode verificar na Tabela 2.

    Foram estudadas variveis que poderiam contribuir para a amplitude das reas de influncia

    primria (Y1), secundria (Y2) e terciria (Y3). Na Tabela 3 verificam-se os valores e os

    cdigos das variveis que passaram por um exame estatstico para deteco de correlao

    entre as variveis dependentes (Y1, Y2 e Y3) e independentes (de X1 a X18). Foram utilizados

  • dois testes estatsticos para anlise da correlao entre as variveis, o coeficiente de

    correlao de Pearson (r), que mede o grau da correlao e a fora de contribuio (positiva

    ou negativa) entre duas variveis de escala mtrica, e o p-valor que um teste de

    comprovao de hiptese nula. O valor do r acima de 0,7 (positivo ou negativo) indica uma

    forte correlao, de 0,3 a 0,7 (positivo ou negativo) indica correlao moderada e, de 0 a 0,3

    (positivo ou negativo) fraca correlao. O p-valor deve ficar abaixo de 0,05 para determinar

    que a hiptese do teste no seja nula. Na Tabela 4 esto destacadas, na cor amarela, as

    variveis que tiveram os dois testes com valores satisfatrios.

    Tabela 1: Clientes nas classes de tempos de viagem (%) Tempo S1 S2 S3 S4 S5 Mdia

    (min.) % % acum. % % acum. % % acum. % % acum. % % acum. %

    At 2,5 37 37 46 46 39 39 24 24 40 40 37

    At 5 22 59 27 72 24 63 42 65 26 66 651

    De 5 a 10 18 77 17 90 30 93 7 73 22 88 842

    De 10 a 15 7 84 10 100 8 100 6 79 8 96 923

    + de 15 16 100 - 100 1 100 21 100 4 100 100 1rea de influncia primria (65%); 2rea de influncia secundria (84%); 3rea de influncia terciria (92%);

    Tabela 2: Clientes nas isocotas das reas de influncia primria, secundria e terciria (%) Iscotas S1 S2 S3 S4 S5

    (m) % % acum. % % acum. % % acum. % % acum. % % acum.

    250 7 7 16 16 17 17 3 3 12 12

    500 16 23 28 44 28 45 14 17 17 29

    750 19 42 22 671 20 651 14 31 12 41

    1000 12 53 13 80 16 812 14 45 11 52

    1250 13 661 8 882 9 90 13 58 13 651

    1500 5 71 2 90 4 943 10 681 9 74

    1750 7 79 3 933 3 97 10 78 4 78

    2000 5 842 3 96 2 99 5 83 5 832

    2250 2 86 1 97 1 100 2 852 4 88

    2500 0 86 0 97 0 100 4 89 5 93

    2500 0 86 0 97 0 100 4 89 5 93

    2750 3 89 0 97 0 100 1 90 3 963

    3000 2 91 3 100 0 100 3 933 1 97

    3250 2 933 0 100 0 100 1 94 1 98

    3500 1 93 0 100 0 100 0 94 1 99

    3750 0 93 0 100 0 100 0 94 0 100

    4000 1 95 0 100 0 100 0 94 0 100

    4250 2 97 0 100 0 100 0 94 0 100

    4500 1 98 0 100 0 100 0 94 0 100

    4750 1 99 0 100 0 100 0 94 0 100

    5000 1 100 0 100 0 100 0 94 0 100 1rea de influncia primria; 2rea de influncia secundria; 3rea de influncia terciria

    As variveis que apresentaram uma correlao satisfatria foram X1 (rea de vendas), X8 (No

    de concorrentes a 1 km), X15 (renda a 0.5 km), X16 (renda a 1.0 km), X17 (renda a 1.5 km), X18

    (renda a 2 km), e seus coeficientes esto destacados na Tabela 4. Apesar das variveis X15,

    X16, X17 e X18 apresentarem grande correlao com as variveis dependentes, elas foram

    descartadas por apresentarem fortes correlaes com todas as variveis, o que prejudicial

    para a gerao do modelo de delimitao da amplitude das reas de influncias. Para

    determinar a amplitude mxima das 3 reas de influncia, foi realizada anlise de regresso

    linear mltipla contendo as isocotas Y1, Y2 e Y3 como variveis dependentes e X1 (rea de

    vendas) e X4 (Nmero de concorrentes a 1 km) como variveis independentes. As variveis

    socioeconmicas do entorno (densidade e renda) tambm passaram pela anlise de regresso

    linear mltipla e no apresentaram bons resultados para a formulao de um modelo.

  • Tabela 3: Variveis para determinao da rea de influncia Cd. Nome varivel Unidade S1 S2 S3 S4 S5

    Var

    Indep

    Y1 Iscota primria km 1250 750 750 1500 1250

    Y2 Iscota secundria km 2000 1000 1000 2250 2750

    Y3 Iscota terciria km 2750 1500 1500 3000 2750

    Var

    iv

    .

    En

    d

    g. X1 rea de vendas m

    2 2600 2300 2000 3000 2500

    X2 rea total m2 6540 7050 5276 4430 6130

    X3 Pizzaria Dummy 1 1 0 1 0

    X4 Refeies Dummy 0 0 0 0 1

    Var

    iv

    eis

    Ex

    g

    enas

    X5 Centro comercial Dummy 1 1 0 0 1

    X6 Corredor virio Dummy 1 0 0 1 0

    X7 Concorrente 0,5 km Concorrentes 1 0 0 0 0

    X8 Concorrente 1 km Concorrentes 1 3 2 0 1

    X9 Concorrente 1,5 km Concorrentes 4 5 5 3 2

    X10 Concorrente 2 km Concorrentes 4 2 6 4 5

    X11 Densidade 500m Hab/ha 74,7 78,6 89,5 45,5 63,9

    X12 Densidade 1000m Hab/ha 48,6 59,3 62,7 39,9 65,9

    X13 Densidade 1500m Hab/ha 41,1 56,8 49,8 34,8 54,3

    X14 Densidade 2000m Hab/ha 38,3 46,5 45,4 38,1 52,3

    X15 Renda 500m Salrios mn. 7,5 5,5 4,9 8,3 7,7

    X16 Renda 1000m Salrios mn. 8,6 6,4 5,1 11,9 9,2

    X17 Renda 1500m Salrios mn. 9,7 5,1 6,1 12,9 9,5

    X18 Renda 2000m Salrios mn. 10,1 6,4 5,9 11,8 8,8

    Tabela 4: Correlao entre variveis dependentes e independentes

    Na Tabela 5, verifica-se as equaes que determinam raio de alcance mximo para a atuao

    das reas de influencia primria, secundaria e terciria. Valores de r e r ajustado acima de

    70% representam bom ajuste dos valores propostos pelo modelo; o valor-p deve ficar abaixo

    de 0.05 para que exista 95% de chance de que uma das variveis no alcance o valor do

    coeficiente F, fazendo com que o modelo seja rejeitado estatisticamente.

    Nas equaes para determinao das reas de influncias secundrias e tercirias o p-valor

    ultrapassou o valor de 0,05 e chegou a 0,1, o que representa uma probabilidade de 90% de

    chance de que o valor de F no seja alcanado. Desta forma, ainda se pode dizer que o modelo

    90% confivel.

    Tabela 5: Modelos para determinao da amplitude mxima das reas de influncia terciria

  • As Figuras 6 e 7 mostram a aplicao do mtodo para a determinao das reas de influncia

    primria, secundria e terciria, na cidade de Sertozinho, para o supermercado S3.

    (a) (b)

    Figura 6: Concorrentes a um raio de 1 km de todos os supermercados (a); amplitude das

    reas de influncias primrias dos concorrentes com a utilizao da equao Y1 (b)

    (a) (b)

    Figura 7: reas de influncia primria, secundria e terciria do empreendimento estudado

    (a); reas de influncias determinadas pelo programa em LEGAL (b)

    5. CONCLUSES

    O mtodo desenvolvido relativamente fcil de ser aplicado, porm, depende de certo nvel

    de conhecimento de software e de tcnicas de Geoprocessamento. Os programas de SIG

    usados (TransCAD e SPRING) foram fundamentais para a obteno dos resultados aqui

    obtidos. O primeiro um programa comercial e relativamente caro, enquanto que o segundo

    um programa de livre, em portugus, e com amplo material didtico disponibilizado na

    internet. Entende-se que a metodologia criada poder, com algum esforo, ser utilizada por

    tcnicos de prefeituras e empreendedores para estimar as reas de influncias de novos

    supermercados.

    A metodologia para estimao das reas de influncia primria, secundria e terciria

    considerou, tambm, a amplitude mxima da rea de influncia primria dos concorrentes,

  • que um processo metodolgico indito, segundo a literatura especializada. A utilizao da

    Linguagem Espacial de Geoprocessamento Algbrico (LEGAL) para determinao das reas

    de influncia possibilitou a automatizao deste processo, atingindo os objetivos deste

    trabalho, que a gerao de uma metodologia de delimitao das reas de influncia para

    supermercados usando ferramentas de Geoprocessamento. A utilizao da linguagem

    LEGAL, porm, depende de um conhecimento prvio do Spring e de tcnicas de

    Geoprocessamento. O desenvolvimento do mtodo aqui apresentado poder facilitar a

    utilizao desta ferramenta por outros profissionais, inclusive por prefeituras e

    empreendedores, com pessoal minimamente capacitado para utilizao de tcnicas de

    Geoprocessamento.

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    Gabriel Vendrsculo de Freitas ([email protected])

    Archimedes Azevedo Raia Junior ([email protected])

    Programa de Ps-Graduao Engenharia Urbana, UFSCar, Via Washington Luis, km 235, So Carlos/SP/ Brasil.