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Metodologia
da Pesquisa
Ciência versus Senso Comum
Rui Rossi dos Santos
O Cientista
Imagens comuns do cientista (ALVES, 2000, p. 9):
Gênio louco
Tipo excêntrico
Fórmulas incompreensíveis
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O Cientista
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Ciência e Autoridade
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Autoridade e Publicidade
A escova e o creme dental recomendados pelos dentistas
Cigarros produzidos cientificamente
O creme recomendado por dermatologistas
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Autoridade, Alienação e Submissão
“O cientista virou um mito. E todo mito é perigoso, porque induz
o comportamento e inibe o pensamento.” (ALVES, 2000, p. 10)
Os cientistas pensam
Os demais obedecem os cientistas
Será que vivemos em uma civilização científica?
Será que o cientista pensa melhor que as outras pessoas?
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Ciência, Progresso e Bem-Estar
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Ciência, Progresso e Bem-Estar
“[...] por dezenas de milhares de anos, os homens sobreviveram
sem coisa alguma que se assemelhasse à nossa ciência. Depois
de cerca de quatro séculos, desde que surgiu com seus
fundadores, curiosamente a ciência está apresentando sérias
ameaças à nossa sobrevivência.” (ALVES, 2000, p. 21)
Para refletir:
Video: Pearl Jam – Do the evolution
Audio: Back – Suite nº 3 (Part 2)
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Atividade em Grupo
Formar grupos
Montar duas relações:
1. Os benefícios oriundos da ciência .
2. Os malefícios derivados da ciência.
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O Senso Comum e a Ciência
“A ciência é uma especialização, um refinamento de potenciais
comuns a todos.” (ALVES, 2000, p. 11-12)
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O Senso Comum e a Ciência
“A aprendizagem da ciência é um processo de desenvolvimento
progressivo do senso comum.” (ALVES, 2000, p. 12)
Exemplo: aprender a jogar tênis.
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O Senso Comum e a Ciência
“A ciência é a hipertrofia de capacidades que todos têm.”
(ALVES, 2000, p. 12):
Quanto maior a visão em profundidade, menor a visão em extensão.
Especialização: conhecer cada vez mais de cada vez menos.
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O Senso Comum e a Ciência
“O fato de uma pessoa ser muito boa em jogar xadrez não
significa que ela seja mais inteligente que os não-jogadores.”
(ALVES, 2000, p. 11)
O pianista especialista na técnica dos trinados não é capaz de
executar uma única música
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O Senso Comum e a Ciência
O conceito de “senso comum” (ALVES, 2000, p. 12-13):
Esta expressão não foi inventada pelas pessoas do senso comum.
Expressão criada por pessoas que se julgam acima do senso comum.
Quando o cientista se refere ao senso comum, ele está, obviamente,
pensando nas pessoas que não passaram por um treinamento
científico.
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O Senso Comum e a Ciência
“Senso comum é aquilo que não é ciência, e isso inclui todas as
receitas para o dia-a-dia, bem como os ideais e esperanças que
constituem a capa do livro de receitas” (ALVES, 2000, p. 14)
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O Senso Comum e a Ciência
“A ciência não acredita em magia. Mas o senso comum
teimosamente se agarra a ela.” (ALVES, 2000, p. 17)
Ex.: pessoa jogando boliche.
História dos azande (p. 17-18)
Truque do baralho (p. 18-19, 34)
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O Senso Comum e a Ciência
“O senso comum e a ciência são expressões da mesma
necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a
fim de viver melhor e sobreviver” (ALVES, 2000, p. 21)
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O Senso Comum e a Ciência
A importância da ordem
A ordem permite que se faça previsões.
A ordem é um pressuposto.
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O Senso Comum e a Ciência
Funcionamento do senso comum: a importância da ordem
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Problema Modelo Hipóteses
Testes
O Senso Comum e a Ciência
Funcionamento do senso comum: a importância da ordem
O problema do automóvel.
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Problema:
O carro parou
Modelo de Motor:
1) Pistão provoca explosão
2) Explosão depende de:
2.1) Gasolina
2.2) Eletricidade
Hipóteses
1) Falta gasolina
2) Falta eletricidade
3) Falta ambas
Testes
- Abrir a tampa do motor
- Ver se há canos soltos
- Ver se há fios soltos
O Senso Comum e a Ciência
A importância do problema
O conhecimento só ocorre em situações-problema. (p. 34)
o O caso da vaquinha leiteira.
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O Senso Comum e a Ciência
A importância do problema
Perceber e enunciar problemas com clareza são habilidades
fundamentais na ciência. (p. 35)
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As Credenciais da Ciência
Quantas verdades científicas abandonadas (ALVES, 2000, p.
184):
O sol gira em torno da terra
A eletricidade é um fluído engarrafável
“Enquanto prevaleciam, todos consideravam tais crenças como
enunciados „já verificados‟.” (ALVES, 2000, p. 184)
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As Credenciais da Ciência
As credenciais da ciência (ALVES, 2000, p. 185):
O processo pelo qual uma teoria é gerada não é garantia alguma
o Indução não existe
o O salto para as teorias a partir de declarações singulares é
logicamente inadmissível
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As Credenciais da Ciência
As credenciais da ciência (ALVES, 2000, p. 185):
Nenhuma teoria pode invocar, como credencial, a possibilidade de se
provar sua veracidade
o Não se pode chegar à conclusão sobre a veracidade de teoria
alguma por método algum
o As teorias nunca são empiricamente verificáveis
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As Credenciais da Ciência
As credenciais da ciência (ALVES, 2000, p. 185):
“Aceitar-se-á, como credencial de qualquer teoria, sua capacidade de
„ser testada pela experiência‟, sendo que os únicos testes possíveis
são aqueles que, eventualmente, podem demonstrar a falsidade de
seus enunciados.”
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As Credenciais da Ciência
A falsificabilidade é a credencial da ciência
Resultados negativos sempre são conclusivos
Resultados positivos nunca são conclusivos
Analogia da ciência: labirinto infinito (p. 187)
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As Credenciais da Ciência
“Podemos ter certeza quando estamos errados, mas nunca
podemos ter certeza de estarmos certos.” (ALVES, 2000, p. 188)
“Todos os que têm certezas estão condenados ao dogmatismo.”
“Se estou certo da verdade de minha teoria, por que haveria de perder
tempo ouvindo outra pessoa que, por defender idéias diferentes tem
de estar errada?”
“As certezas andam sempre de mãos dadas com as fogueiras ...”
(ALVES, 2000, p. 189)
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Atividade em Grupo
Formato: linhas de acadêmicos frente-a-frente.
Direção: quadro
Distinção entre senso comum e conhecimento científico
Como cada um deles se desenvolve.
Qual é a importância de cada um deles no contexto atual.
Funcionamento da dinâmica:
1. Os dois acadêmicos que estão frente-a-frente devem apresentar seu
ponto de vista um para o outro (em 5 minutos).
2. Uma linha se move e a outra permanece, trocando os pares (2 X).
3. Fechamento: brainstorm (utilizando o quadro)
Senso comum
Conhecimento científico
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Referências
ALVES, Rubem. Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas
regras. São Paulo: Loyola, 2000.
BERVIAN, P. A.; CERVO, A. L. Metodologia científica. 4. ed. São
Paulo: Makron Books, 1996.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho
científico. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
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