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Metabolismo de Carboidratos Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus Medianeira Disciplina: Fundamentos de Nutrição Profa. Rosana Aparecida da Silva Buzanello

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Page 1: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Câmpus Medianeira

Disciplina: Fundamentos de Nutrição

Profa. Rosana Aparecida da Silva Buzanello

Page 2: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Introdução

O que são carboidratos?

Os carboidratos são compostos orgânicos que contêm C, H e O em

várias combinações.

Fórmula geral empírica: [CH2O]n em que n ≥ 3 (hidratos de

carbono: definição inadequada).

Ocorrem compostos simples e complexos.

Amplamente distribuídos na natureza: juntamente com as proteínas,

representam os principais constituintes dos organismos vivos.

Também denominados de sacarídeos (do

grego sakcharon, que quer dizer açúcar.

Page 3: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Introdução

O grupo da base da pirâmide alimentar é constituído pelos cereais,

tubérculos e raízes.

Em função dos principais grupos que a compõem é denominado

grupo do arroz, pão, massa, batata e mandioca.

Que tem como predominante o carboidrato, que é a principal

fonte de energia alimentar.

São as principais fontes alimentares para produção de energia,

além de exercerem inúmeras funções estruturais e metabólicas

nos organismos.

Page 4: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Definição

São compostos de função mista:

São polihidroxialdeídos, polihidroxialcoóis, polihidroxiácidos ou

polihidroxicetonas ou compostos que por hidrólise liberam substâncias

com estas características.

Polihidroxialdeído Polihidroxicetona Polihidroxiácido Polihidroxiálcool

Page 5: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Classificação

De acordo com o número de unidades de açúcares simples que

contêm:

Monossacarídeos: carboidratos que não sofrem hidrólise.

Glicose, frutose, galactose, etc.

Oligossacarídeos: até 10 unidades de monossacarídeos.

Lactose, maltose, sacarose, rafinose, etc.

Polissacarídeos: ↑ 10 monossacarídeos.

Amido, glicogênio, celulose.

Page 6: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Classificação

De acordo com o número de carbonos:

Trioses ou triulose (3): gliceraldeído, dihidroxicetona.

Tetroses ou tetrulose (4): eritrulose, eritrose.

Pentoses ou pentulose (5): ribose, desoxirribose.

Hexoses ou hexulose (6): glicose, frutose, galactose.

Heptoses ou heptulose (7).

Octoses ou octulose (8).

Nonose e nonulose (9).

Mais comuns: 5 e 6

átomos de carbono.

Page 7: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

ALDOSE: poliálcool-aldeido

Ex: glicose, galactose, arabinose

e manose

CETOSE: poliálcool-cetona

Ex: frutose

Classificação

Page 8: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Gliceraldeído

Dihidroxiacetona

D-gliceraldeído L-gliceraldeído

D e L: posição da OH do C assimétrico mais distantes do C

anomérico.

Monossacarídeos mais simples

Não possui carbonos

assimétricos

Classificação

Isomeria óptica: representam

imagens espelhadas umas

das outras.

Projeção de Fisher-Tollens

Page 9: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

A posição da -OH dá origem a diferentes carboidratos;

Pela diferença de posição de uma –OH, temos, p. exemplo, glicose ou

manose;

4 C assimétricos

Aldoses isômeras

Classificação

Todos os monossacarídeos (exceção

dihidroxicetona) possuem 1 ou mais

carbonos assimétricos.

Page 10: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

tetrose

pentose

hexose

Classificação

Page 11: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Classificação

Glicose

Principal constituinte dos oligo e polissacarídeos (maltose, sacarose,

lactose): aldose.

Presente nas frutas, no mel, em xarope de milho, raízes e tubérculos.

Grau de doçura inferior a sacarose e superior a lactose.

Principal fonte de energia para o ser humano, armazenado no fígado

e nos músculos na forma de glicogênio.

É encontrada na corrente sanguínea: açúcar do sangue.

Nos vegetais, podem ocorrer na forma livre ou fazendo parte dos

polímeros como amido e celulose.

Page 12: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Glicose

Projeção de Fischer

Classificação

Page 13: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Glicose

Em solução aquosa: molécula não linear;

Forma cíclica: piranosídica.

CICLIZAÇÃO

Reação intramolecular do carbono anomérico (do grupo carbonilo)

com a –OH do carbono assimétrico mais distante, formando um

hemiacetal ou hemicetal.

hemiacetais (se o grupo carbonilo é um aldeído)

hemicetais (se o grupo carbonilo é uma cetona)

ClassificaçãoA representação dos monossacarídeos em sua forma

acíclica é utilizada apenas para facilitar a visualização.

Projeção de Haworth

Page 14: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

R1 — C — H + R1 — C

—O

H

|H

— OR2OH— R2 ↔

R1 — C

—O

H

|R2

— OR3R1 — C + OH— R2 ↔|R2

hemiacetal

hemicetal

CICLIZAÇÃO

Classificação

Grupo carbonilo: aldeído

Grupo carbonilo: cetona

Page 15: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Classificação

MUTARROTAÇÃO

Interconversão simultânea

entre as formas e

quando em solução;

Detectada por alterações na

rotação óptica.A hidroxila do carbono

anomérico livre de ligação é o

que permite esse tipo de

fenômeno: Açúcar redutor.

TODO MONOSSACARÍDEO É

UM AÇÚCAR REDUTOR!

Page 16: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Classificação

Galactose

Monossacarídeo presente na estrutura da lactose.

Não é encontrada livre na natureza: obtida pela hidrólise

química ou enzimática da lactose.

Por fazer parte da constituição do tecido nervoso, também é

conhecida como cerebrose.

Page 17: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Frutose

É a única cetose encontrada na natureza.

Juntamente com a glicose: sacarose.

Pode ser obtida pela hidrólise da sacarose.

Grau de doçura superior ao da sacarose: cerca de 30% mais doce,

representando o açúcar mais doce entre os utilizados pelos seres

humanos.

Classificação

Page 18: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Oligossacarídeos

Polímeros contendo 2 a 10 unidades de monossacarídeos;

Os dissacarídeos são os mais importantes, podendo ser homogêneos

ou heterogêneos;

Formados através de ligações glicosídicas entre monossacarídeos

adjacentes;

Os oligossacarídeos resultantes podem ser redutores ou não

redutores.

Classificação

LIGAÇÃO GLICOSÍDICA: ligação entre duas moléculas de açúcar.

Ocorre entre o carbono anomérico e o grupo hidroxila de outra molécula

de açúcar.

Page 19: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Classificação

LIGAÇÃO GLICOSÍDICA

C anomérico

Page 20: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Maltose

Composta por duas moléculas de glicose unidas por ligação alfa

1→4 glicosídica.

Como não é encontrada livre na natureza, pode ser obtida pela

hidrólise do amido: ação da enzima diasase no grão germinado de

cevada ou pela digestão do amido por ação das amilases.

No intestino: hidrolisada pela maltase (alfa-glicosidase), liberando

duas unidades de glicose.

Classificação

Açúcar redutor

Page 21: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Lactose

Composta por uma unidade de glicose

uma unidade de galactose unidas por

ligação beta 1→4 glicosídica.

Encontrada no leite: leite de vaca contém

de 4 a 6% de lactose e o leite humano

pode conter 5 a 8% de lactose.

Possui 16% da doçura da sacarose.

Classificação

Açúcar redutor

Page 22: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Sacarose

Constituída por uma unidade de glicose e uma unidade de frutose,

unidas entre si por ligação beta 1→2 glicosídica.

Cana-de-açúcar é a principal fonte.

Beterraba ou algumas frutas (uva) também são fonte de obtenção.

Forma de açúcar mais comum e acessível da dieta habitual.

Facilmente hidrolisada por enzimas: invertase ou alfa-glicosidase.

Classificação

Açúcar não redutor

Page 23: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Principais polióis de importância em nutrição:

Manitol: é um açúcar de álcool que possui metade da energia

fornecida pela glicose e pode ser utilizado como edulcorante em

alguns alimentos.

Em tecnologia de alimentos, também é empregado como agente

secante em azeitonas, aspargos, batata-doce e cenouras.

Sorbitol: é um açúcar álcool encontrado naturalmente em frutas

como pêra, maçã e ameixa.

É utilizado na calda de compotas de frutas com teor reduzido de açúcar.

Classificação

Page 24: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Principais oligossacarídeos de importância em nutrição:

Maltodextrinas: compostos por unidades de glicose e obtidas

enzimaticamente pela ação de amilases ou quimicamente a partir da

hidrólise do amido, em tempo, temperatura e pH controlados.

Presente em extratos de amido hidrolisados, em conjunto com

moléculas de glicose e maltose.

São mais hidrossolúveis que o amido e formam soluções menos

viscosas.

Alguns alimentos industrializados apresentam na sua composição

combinações de amido de maltodextrina cuja função é regular a

viscosidade do produto.

Classificação

Page 25: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Principais oligossacarídeos de importância em nutrição:

Frutooligossacarídeos (FOS): oligossacarídeos com número

variado de moléculas de glicose associados à frutose.

Geralmente apresentam ligações do tipo beta, as quais não são

digeridas pelo organismo humano.

Uso como aditivos: consistência a produtos lácteos, umectar bolos e

produtos de confeitaria, baixar o ponto de congelamento de sobremesas

geladas, conferir crocância a biscoitos com teores reduzidos em

gorduras associado a edulcorantes.

Destaque (prebiótico): empregados junto a dietas contendo

probióticos. Redução de microrganismos patogênicos.

Classificação

Page 26: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Polissacarídeos

São formados por longas cadeias de monossacarídeos unidos entre

si por ligações glicosídicas.

Não tem poder redutor.

Funções variadas na natureza que vão desde a reserva de energia à

estruturação das células vegetais ou carapaças de animais.

Alguns polissacarídeos tem a capacidade de reter água e em

situações específicas podem formar gel ou uma solução viscosa

com aplicação na indústria de alimentos.

Amido: principal polissacarídeo de origem vegetal.

Glicogênio: principal polissacarídeo de origem animal.

Classificação

Cadeia

ramificada

Page 27: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Polissacarídeos: classificação

Homopolissacarídeos (Homoglicano)

Ex: amido, glicogênio e celulose

Heteropolissacarídeos (Heteroglicano)

Ex: pectina, ácido hialurônico

Cadeias lineares (celulose, amilose)

Cadeias ramificadas (amilopectina, glicogênio)

Variadas posições de ramificação e longitude das cadeias laterais.

Classificação

Pectina

Page 28: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Amido

Importante fonte de energia da alimentação: milho, batata, mandioca,

trigo.

Formado pela combinação de dois polissacarídeos → amilose e

amilopectina: polímeros organizados na forma de grânulos densos e

insolúveis em água fria e sofrem leve hidratação em água fria.

Diferentes tipos: quantidade de amilose e amilopectina.

Classificação

Page 29: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Amilose

Polissacarídeo linear (200 a 10 mil

unidades de glicose unidas por

ligação glicosídica alfa 1→4).

Classificação

Pode assumir uma estrutura helicoidal, o que permite a acomodação

de átomos de iodo formando um complexo de coloração azul (princípio

da determinação de amilose e presença de amido em alimentos).

Amido com alto teor de amilose: cora-se mais facilmente.

Quanto maior o teor de amilose do amido, maior será a sua viscosidade.

Teor de amilose do milho (28%) é superior ao da batata (23%): maior viscosidade

de um mingau de milho do que um purê de batata.

Teor de amilose em amidos: trigo (26%), arroz (17%) e mandioca (8%).

Page 30: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Amilose

Classificação

Amidos com alto teor de

amilose: requer maior

temperatura de geleificação e

são mais resistentes a

retrogradação.

Amidos com alto teor de

amilopectina: tem sua

capacidade de formação de

gel reduzida.

Page 31: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Amilopectina

Porção ramificada do amido.

20 a 25 unidade de glicose unidas por

ligações glicosídicas alfa 1→4.

Essas cadeias são unidas entre si por

ligações alfa 1 → 6.

Não forma estrutura helicoidal.

Classificação

Page 32: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Amilopectina

Classificação

Page 33: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Amido

O amido bruto da batata crua ou de grãos é mal digerido.

O cozimento a vapor faz com que os grânulos inchem, o amido seja

gelatinizado, amacie e rompa a parede celular.

Assim, o amido torna-se mais digestível pela amilase pancreática.

Amido resistente: permanece intacto durante o cozimento, recristaliza após o

resfriamento, resiste à repartição enzimática e produz quantidades limitadas de

glicose para a absorção.

Amido modificado: modificado química ou fisicamente para alterar a sua

viscosidade, capacidade de formar gel, e outras propriedades de textura

(substituto da gordura).

Amido pré-gelatinizado: dispersáveis em água fria e foram géis sem

aquecimento.

Classificação

Page 34: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Glicogênio

O glicogênio é armazenado hidratado com a água: tornando uma

molécula grande e inadequada para armazenamento de energia em

longo prazo.

Homem de 70 kg, por exemplo, armazena energia sob a forma de glicogênio

por apenas 18 horas. Em comparação ao suprimento de gordura: dois

meses armazenado.

Se todo o estoque de energia dos seres humanos fosse de glicogênio, todos

precisariam pesar mais 27 kg.

Classificação

Page 35: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Glicogênio

~ 150 g de glicogênio são armazenados no músculo: pode ser aumentada em

cinco vezes com o treinamento físico (não disponível para manter a glicemia).

É o estoque de glicogênio no fígado do ser humano (cerca de 90 g) que

está envolvido no controle hormonal de glicemia.

Classificação

Page 36: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Celulose

Não é digerida pelo trato gastrointestinal: componente das fibras alimentares.

Presente nas paredes celulares das plantas, associadas a lignina e

hemicelulose → polissacarídeo de sustentação dos vegetais.

Homoglicano constituído de cadeias lineares de glicose unidas por

ligações beta 1→4.

As moléculas são estabilizadas por pontes de hidrogênio intramoleculares.

Essas cadeias colocam-se paralelamente umas às outras, o que

chamamos de conformação em fita, formando regiões de ordem cristalina

elevada, contribuindo para a insolubilidade e baixa reatividade da celulose.

Classificação

Page 37: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Celulose

Classificação

Fonte: Santos (2014): Produção e caracterização de

celulases e hemicelulases por linhagens fúngicas

mesófilas isoladas do cerrado sul-mato-grossense.

Page 38: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Classificação

Fibras alimentares

Componentes que não são digeridos pelas enzimas do trato

gastrointestinal.

Polímeros estruturais para as células vegetais: celulose, hemicelulose,

pectina, hidrocolóides.

Funções fisiológicas benéficas no trato gastrointestinal e na redução do

risco de certas doenças: prebióticos.

Page 39: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Page 40: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Digestão e absorção

Digestão do amido: inicia na boca → ação da ptialina (alfa

amilase salivar).

Conversão em fragmentos menores: amilose e amilopectina e alta

concentração de maltose e maltodextrina.

Intestino delgado: continuação do processo de digestão pela amilase

pancreática.

Maltose e maltodextrina: ação de hidrolases (alfa glicosidases) liberando

moléculas de glicose.

Dissacarídeos: digestão a partir de hidrolases → sacarose será digerida

pela sacarase (invertase) liberando glicose e frutose; lactose pela lactase,

liberando glicose e galactose.

Metabolismo de Carboidratos

Page 41: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Digestão e absorção (continuação)

Após digeridos, os monossacarídeos obtidos (glicose, frutose e

galactose) deverão ser absorvidos por processos distintos.

Glicose e galactose: processo ativo, com gasto de ATP.

Frutose: absorvida por transporte facilitado.

Após absorção: monossacarídeos livres na corrente sanguínea.

Glicose circulante: será remetida para o interior das células pela ação da

insulina. Glicose utilizada na respiração celular na mitocôndria (energia).

Fígado e músculos: armazenada na forma de glicogênio → glicogênese.

Galactose e frutose: incorporadas a via glicolítica → conversão glicose.

Metabolismo de Carboidratos

Hormônio liberado pelo pâncreas (glândula mista, função endócrina).

Page 42: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Digestão e absorção (continuação)

A digestão da sacarose e maltose é rápida:

Monossacarídeos liberados são prontamente absorvidos, causando

resposta glicêmica rápida.

Diferente dos monossacarídeos e dissacarídeos como:

Manitol e sorbitol: serão pouco absorvidos, justificando seu uso como

edulcorantes.

Podem servir de substrato para microrganismos fermentadores no

intestino e cólon: metabólitos podem causar flatulência e diarreia

dependendo da quantidade.

Metabolismo de Carboidratos

Principais reguladores da glicemia após uma refeição: quantidade e a

digestibilidade do carboidrato ingerido; a absorção e o grau de captação hepática e; a

secreção de insulina e a sensibilidade dos tecidos periféricos à ação da insulina.

Page 43: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Efeito das concentrações de glicose no sangue: podem apresentar

rápida ou lenta resposta glicêmica.

Índice Glicêmico (IG): classificação proposta para quantificar a glicose

sanguínea após a ingestão de um alimento com carboidratos.

Medida da velocidade em que o carboidrato é digerido.

Expressa o aumento da glicemia após duas horas da ingestão de um

alimento-teste, com 50 g de carboidratos disponíveis.

Alimentos com baixo IG têm consistentemente demonstrado efeitos

benéficos no controle da glicemia tanto em curto como em longo

prazo em pacientes diabéticos.

Metabolismo de Carboidratos

Page 44: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Dados publicados sobre índice glicêmico dos alimentos individuais:

Pão branco e glicose usados como alimentos de referência →

consolidados para a conveniência dos consumidores.

O uso do índice glicêmico para modificar as dietas e para prevenir e

controlar a doença crônica ainda está sob pesquisa.

Qualidade e a quantidade de carboidratos presentes em uma porção.

A carga glicêmica e as fibras também têm implicações importantes

para os indivíduos que manifestam a síndrome metabólica.

Carga glicêmica de um alimento: é o IG do carboidrato dividido por

100 e multiplicado pelo seu teor de carboidratos disponíveis (ou seja,

carboidratos menos fibras) em gramas.

Metabolismo de Carboidratos

Page 45: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Padrão: glicose

Padrão: pão branco

IG ≤ 75: baixoIG > 95: alto

Page 46: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Frutas: apresentam IG de médio a baixo.

Page 47: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Page 48: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Page 49: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Page 50: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Índice Glicêmico (IG) e Carga Glicêmica (CG)

Page 51: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Carboidratos: utilizados como fonte energética pelas células, na

forma de glicose.

O excesso pode ser convertido em glicogênio ou ácidos graxos e,

também, utilizado para a síntese de aminoácidos.

Controle glicêmico: hormônios → Insulina.

Após a refeição: pâncreas libera insulina para propiciar a ativação dos

receptores celulares de captação e também estimular a glicogênese e

lipogênese.

Metabolismo de Carboidratos

Conjunto de reações metabólicas

que ocorre no fígado.

Glicogênio sintetizado a partir de

carboidratos simples (glicose).

Formação metabólica dos lipídios pela

transformação de materiais não

gordurosos em gordura corporal.

Page 52: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Durante jejum:

Baixa taxa de glicose no sangue.

Pâncreas libera o hormônio glucagon para promover a

glicogenólise, tanto em níveis hepáticos como musculares.

E se a glicose obtida pela glicogenólise não for suficiente?

Obtenção de glicose pela gliconeogênese: a partir de ácidos graxos e

aminoácidos.

Metabolismo de Carboidratos

Consumo de glicogênio

para obtenção de glicose.

Page 53: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Metabolismo da glicose:

Primeiras etapas:

Fosforilação e Clivagem

Fosforilação inorgânica

Produção de ATP

02 moléculas Piruvato

Respiração celular e glicólise

Glicose: rica em energia

Objetivo: produção de ATP

Ocorre no citossol

Page 54: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Metabolismo da glicose:

Piruvato

CO2

Cômputo energético:

1. Glicólise: 6 ATPs.

2. Descarboxilação do Piruvato:

6 ATPs.

3. Ciclo de Krebs: 24 ATPs.

Total: 38 ATPs = 380.000 cal.

Ocorre na matriz

mitocondrial

Descarboxilação do piruvato

Os carbonos da glicose já

foram consumidos até

essa etapa:

Objetivo → transformar

em oxaloacetato.

Page 55: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

Metabolismo de Carboidratos

Conversão do carboidrato em gordura: permite a formação de

reservas mesmo que sua alimentação contenha pouca gordura.

Consumo de carboidratos em excesso: conversão da glicose e síntese

de glicogênio.

Expansão dos estoques de glicogênio: uso quase que exclusivo da glicose

como fonte de energia, reduzindo temporariamente o acúmulo de glicogênio.

A síntese de lipídios a partir de glicose “lipogênese de novo” ocorre

somente após o consumo de quantidade excessiva de carboidratos e

depois do preenchimento dos estoques de glicogênio no organismo.

Excesso de carboidratos: termogênese (oxidação para produção de

energia liberada na forma de calor).

Gordura: estocada no tecido adiposo.

Page 56: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

EAR: Necessidade média estimada

RDA: Quantidade Dietética Recomendada

AI: Ingestão Adequada

Recomendações nutricionais

Quantidade facilmente ultrapassada pelo

consumo habitual de alimentos fontes de

carboidratos pela população brasileira.

AMDR (Acceptable Macronutrient

Distribuition Ranges): percentual

aceitável no valor energético total (VET).

- Adultos: de 45 a 65% do VET.

- Baixo consumo de lipídios e alto de

carboidratos: redução de doenças

cardiovasculares.

Page 57: Metabolismo de Carboidratos - UTFPR

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Figuras: Google imagens https://www.google.com/imghp?hl=pt-pt

REFERÊNCIAS