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MÊS/ANO EDIÇÃO ASSUNTO PAG. 18ª TCMSP começa 2004 mantendo Certificação ISO 9001:2000 capa Conselheiros antonio Carlos Caruso é reconduzindo à presidência do TCMSP capa Auditoria Ambiental: TCMSP apresenta trabalho inédito em Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas 2 Auditoria Global: Tendências e perspectivas para os Tribunais de Contas 4 Decisões das sessões ordinárias do Tribunal de Contas do Município de São Paulo 2.098ª Sessão Ordinária 11/06/2003 2.099ª Sessão Ordinária 18/06/2003 2.100ª Sessão Ordinária 25/06/2003 2.101ª Sessão Ordinária 25/06/2003 2.102ª Sessão Ordinária 26/06/2003 Sugestão de leitura: As leis de processo administrativo (lei Federal 9.784/99 e Lei Paulista 10.177/98) 8 Legislação Municipal 8 JANEIRO/2004 6 e 7

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MÊS/ANO EDIÇÃO ASSUNTO PAG.18ª TCMSP começa 2004 mantendo Certificação ISO 9001:2000 capa

Conselheiros antonio Carlos Caruso é reconduzindo à presidência do TCMSP

capa

Auditoria Ambiental: TCMSP apresenta trabalho inédito em Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas

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Auditoria Global: Tendências e perspectivas para os Tribunais de Contas

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Decisões das sessões ordinárias do Tribunal de Contas do Município de São Paulo2.098ª Sessão Ordinária 11/06/20032.099ª Sessão Ordinária 18/06/20032.100ª Sessão Ordinária 25/06/20032.101ª Sessão Ordinária 25/06/20032.102ª Sessão Ordinária 26/06/2003Sugestão de leitura: As leis de processo administrativo (lei Federal 9.784/99 e Lei Paulista 10.177/98)

8

Legislação Municipal 8

JAN

EIR

O/2

004

6 e 7

N a primeira quinzena de dezembro de 2003 (dia 5) foi realizada no Tribunal de

Contas do Município de São Paulo a Auditoria Externa da Qualidade pelos auditores Márcia Guerra e John Anthony Coggan, da BSI (British Standards Institution), tendo o TCMSP mantido sua Certificação ISO 9001:2000. O resultado da auditoria demons-trou que não foram constatadas Não-Conformidades, sendo que hoje, no Brasil, apenas o TCMSP e mais uma empresa, entre todas as certificadas pela BSI em nosso país, encontram-se nesta situação de excelência. Os auditores teceram vários elogios à performance do TCMSP, principalmente em

relação ao pleno atendimen-to dos aspectos exigidos pelo procedimento de Fiscalização no processo de acompanha-mento de execução contratu-al auditado na Divisão Técni-ca VI e o excelente controle e

gestão do processo de Não- Conformidades. A auditora Márcia Guerra ressaltou, na reunião de encerramento, onde estavam presentes o Presidente do TCMSP, Conselheiro Antonio Carlos Caruso, e representantes de todas as áreas do Sistema de Gestão da Qualidade do Tribunal, que“somente duas empresas certificadas passaram por uma auditoria da BSI sem apresentar Não-Conformidades e que o TCMSP é um desses exemplos” Assim, os auditores concluíram pela anutenção da Certificação ISO 9001:2000, evidenciando mais uma vez que os processos produtivos da Fiscalização e Elaboração dos Relatórios Anuais das Contas da Administração Direta e Indireta do Município de São Paulo, a cargo deste Tribunal, possuem um sistema de controle e garantia de qualidade reconhecido

internacional-mente e que estão continua-mente superan-do os pró-prios pa-drões, com vis-tas a atingir, plenamente, os objetivos institucionais e que qualifica esta corte a partir, já, para metas superio-res. Mauro Massahiro Chosa - Coordena-dor do Escritório de Controle de Quali-

TCMSP começa 2004 mantendo Certificação ISO 9001:2000

Tribunal de Contas do Município de São Paulo — www.tcm.sp.gov.br T CM in f o r m a tivo T CM In f o r m a tivo

Novembro 2003 Número 18 Janeiro 2004 CONSELHEIRO ANTONIO CARLOS CARUSO É

RECONDUZIDO Á PRESIDENCIA DO TCMSP

“apenas duas empresas

certificadas passaram por uma

auditoria da BSI

sem apresentar Não-

Conformidades, o TCMSP é um

desses exemplos”

Márcia Guerra, Auditora da BSI

DISPOSIÇÃO DOS

RESÍDUOS SÓ LIDOS EM SP

Engenheiros do TCMSP destacam aspectos da auditoria am-

biental e a experiência de São Paulo durante o VIII Simpósio Nacional de

Auditoria de Obras Públicas, em Gramado

Páginas 2 e 3 AUDITORIA

GLOBAL Tendências e perspectivas para os

Tribunais de Contas, num artigo do Coordenador Geral da Escola de

Contas do TCMSP Páginas 4 e 5

O atual Presidente do TCMSP, Conselhei-ro Antonio Carlos Caruso foi reconduzido, por unanimidade, para o seu terceiro man-dato à frente desta Corte de Contas. Entre seus planos para 2004, estão: a implemen-tação do projeto de reestruturação da Casa, além do medidas que ampliem o programa de aperfeiçoamento deste Tri-bunal, com vistas à maior eficiência e economicidade.

dade Total -TCMSP

O VIII Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas, que reuniu áreas técnicas de engenharia dos Tribunais

de Contas Estaduais e dos Municípios, bem como do Tribunal de Contas da União, realizado em Gramado (Rio Grande do Sul) no final de 2003, contou com a parti-cipação dos Engenheiros do TCMSP, José Alberto Bicudo Paranhos, Marcos Tadeu Barros de Oliveira e Marcos Vicente Arri-vabene Sanches. O encontro teve como tema central “Controle Eficiente e Transparência: Exi-gências das Sociedades na Fiscalização de Obras Públicas” e os representantes desta Corte apresentaram trabalho sobre a dis-posição final de resíduos sólidos da cidade de São Paulo, realizada nos Aterros Sani-tários Bandeirantes e Sítio São João, e A-terro de Inertes Itaquera. Foi ressaltada a importância do Tribu-nal de Contas do Município de São Paulo, o qual, na figura do controle externo, veri-fica a eficiência, economicidade e eficácia dos serviços desenvolvidos, a fim de assegu-rar uma adequada disposição dos resíduos, com a devida economia, sem dano ambi-ental, de maneira a minimizar o quadro de degradação que geralmente caracteri-za as áreas utilizadas pelos aterros sanitá-rios. Nesta página e na seguinte, um resu-mo da apresentação desenvolvida pelos especialistas do TCMSP. Um trabalho único neste Simpósio, em que se detalhou todas as fases processuais e técnicas (constatações em campo, determinação de Acórdão e verificação do cumprimento). O trabalho baseou-se em acompa-nhamentos, cujos objetivos foram a verifi-cação do cumprimento, por parte de Empresa contratada pela Municipalida-de, das cláusulas contratuais ajustadas para a execução de obras e serviços em aterros sanitários, assim como avaliar a ação e adequação dos procedimentos adotados pela fiscalização municipal. Como produto desses acompanha-mentos, tem-se os pontos de risco notados nas áreas que abrangem a recepção e disposição dos resíduos sólidos e formação de efluentes, merecendo destaque aspec-tos que podem influir na melhoria ambi-ental ou com possibilidade de repercussão ambiental, entre eles o recobrimento adequado das frentes de descarga; o isolamento do perímetro do aterro com

cerca; a padronização dos procedimentos de carregamento e transporte de choru-me; a comprovação do efetivo acompa-nhamento, por parte da fiscalização, dos serviços de monitoramento – geotécnico, do lençol freático, do chorume e das á-guas superficiais; a melhoria no controle de pesagem e identificação dos resíduos sólidos; a utilização de máquinas e equi-pamentos com idade compatível com as cláusulas contratuais; o desequilíbrio eco-nômico-financeiro de item de serviço contratual (transporte de chorume) e o estorno de valores em desacordo com itens contratuais ajustados. . . .

O desenvolvimento da Auditoria Ambiental nos aterros sanitários

caracteriza-se como de extrema relevância quando são considerados aspectos ambientais que possam apresentar reflexos diretos nos cus-tos de operação, além da possibili-dade de análise de sistemas ou i-tens de obras e serviços relaciona-dos à prevenção de riscos potenci-ais (contaminação do solo, ar e água). Atualmente, a demanda na cida-de de São Paulo relativa à disposi-ção final de resíduos sólidos é de aproximadamente 17.000 toneladas/dia.Tais elementos, aliados à defini-ção de Auditoria Ambiental constan-

te na Norma ISO 14010 - Processo sistemático e documentado de verifi-cação executado para obter e avali-ar, de forma objetiva, evidências de auditoria, visando determinar se as atividades, eventos, condições, sis-tema de gerenciamento específicos de meio ambiente ou informações sobre este tema estão conformes com critérios de auditoria - permiti-ram-nos estabelecer bases para o planejamento, desenvolvimento e realização dos trabalhos de verifica-ção relativos aos contratos de exe-cução dos serviços e obras de ope-ração, manutenção, monitoramento e recuperação ambiental de aterros sanitários. Etapas de Planejamento

É importante ressaltar as princi-pais etapas do Planejamento que são: conhecimento e análise do contrato em vigor à época da reali-zação dos trabalhos; levantamento dos principais aspectos técnicos, bem como estabelecimento dos níveis de verificação possíveis, em função dos dispositivos legais; de-terminação do escopo de itens a serem verificados; definição do ob-jetivo a ser estabelecido na corres-pondente Ordem de Serviço e dos

técnicos en-ca r regados pela fiscaliza-ção. A realiza-ção de reunião preliminar com os técnicos do órgão da ad-m in is t r ação municipal ao Fonte: Departamento de Limpeza Urbana – LIMPURB/SP-2000

DISTRIBUIÇÃO DOS RESÍDUOS COLETADOS NO MUN. DE SÃO PAULO

9%2%3%

1%

17%

51%17%

Matéria Orgânica Papel / Papelão Plástico DuroVidro Metais MadeiraOutros

página aberta AUDITORIA AMBIENTAL : TCMSP apresenta trabalho inédito em

Simpósio Nacional de Auditoria de Obras Públicas

P á g in a 2

qual esteja subordinada a operação dos aterros sanitários para a apre-sentação da Ordem de Serviço e do Plano de Auditoria é item essencial para efetivo sucesso do trabalho. Já o desenvolvimento da auditoria no acompanhamento dos trabalhos exe-cutados deve seguir um organogra-ma que compreenda a realização de vistorias semanais ao aterro para identificar as diferentes fases de exe-cução das obras e serviços, bem co-mo diligências ao órgão da adminis-tração municipal ao qual esteja su-bordinada a operação dos aterros sanitários para análise documental. Em seguida realiza-se a análise da Planilha Orçamentária corresponden-te ao período do acompanhamento e verificação de sua compatibilidade às obras e serviços efetivamente reali-zados. Com o produto destes levanta-mentos e constatações, elabora-se Relatório Final enfocando, conclusiva-mente, os pontos propostos no plane-jamento inicial e, quando necessário, apresentando recomendações que sejam pertinentes ao processo produ-tivo e tenham significância sob a ótica ambiental, em função de critérios téc-nicos.

Procede-se, então, à verificação quanto à implementação ou não pela municipalidade das recomendações técnicas, bem como se foram atendi-das as determinações exaradas em Acórdão.

Pré-requisitos da Auditoria Ambiental

Com base nos aspectos analisa-dos em função dos trabalhos desen-volvidos em aterros sanitários e ten-do em vista as dificuldades encontra-das e as soluções adotadas sob o prisma técnico, entendemos neces-sárias, entre outras, as seguintes premissas para a realização de uma Auditoria Ambiental, no sentido de torná-la mais eficiente: ?? Definição de “Auditoria Am-

biental” no âmbito dos Tribu-nais de Contas, já que a au-sência desta definição, delimi-tando o universo da análise e pontos a serem verificados, dificulta a adoção de uma vi-são sistêmica da auditoria para os órgãos de controle externo;

?? Possibilidade de consulta a profissionais de diferentes á-reas (geólogos, engenheiros civis, arquitetos, químicos, biólogos), já que as avaliações

dos resultados de vários dos monito-ramentos necessá-rios à aferição da qualidade dos servi-ços e obras no as-pecto ambiental são específicos e re-querem especializa-ção profissional; ?? Treinamento adequado para to-dos os profissionais que atuam nesse

tipo de auditoria (aspectos de controle e gestão ambiental), o que, ao lado da padronização das ações em pontos comuns, facilitará o desenvolvimento, interação e ampliação do co-nhecimento técnico.

?? Equipamentos de medição; As justificativas para o estabeleci-mento destes pré-requisitos baseiam-se, principalmente, nas vantagens que os conhecimentos e os itens téc-nicos advindos dos treinamentos e da padronização dos trabalhos trarão à “Auditoria Ambiental”, que poderá ser complementada em função da utiliza-ção de equipamentos de medição (contratados ou próprios). É flagrante a melhoria na qualida-de da “Auditoria Ambiental”, caso ela conte com a experiência de profissio-nais capacitados a formalizar diag-nósticos que estabeleçam a situação real das áreas auditadas, identifican-do assim existência de passivo ambi-ental e possibilitando opinar sobre projetos e operações de remediação. Ao mesmo tempo, a experiência e os trabalhos desenvolvidos pelos téc-nicos dos Tribunais de Contas no campo ambiental poderão propiciar, no caso de sua divulgação, o aprimo-ramento do conhecimento dos profis-sionais, gerando condições para ser formado um acervo técnico que, no futuro, servirá como importante fonte de consultas.

Bibliografia: Acervo Técnico – Engenharia do Tribunal de Contas do Município de São Paulo – TCMSP. Departamento de Limpeza Urbana – LIMPURB, da Secretaria de Serviços e Obras – SSO.

29%

5% 1%

65%

Domiciliar (11.000 t) Inertes (5.000 t)

Industrial (850 t) Saúde (150 t)

RESÍDUOS SÓ LIDOS MUNICÍPIO DE SP/COLETA DIÁRIA

página aberta P á g in a 3

escola de contas

Ao longo dos anos, a fis-calização das contas públicas, até aqui exercidas pelos Ó r-gãos Oficiais de Controle Ex-terno do Brasil (Tribunais de Contas), têm se pautado dentro do que se denomina “auditoria de regularidade”, resultante da auditoria finan-ceira conjugada com a de cumprimento legal.

Auditoria financeira + conformidade legal =

auditoria de regularidade

A auditoria de regulari-dade é a modalidade de au-ditoria mais empregada pe-los Tribunais de Contas Brasi-leiros em razão da atribuição constitucional de “julgar con-tas”, constituindo-se, desta feita, em uma de suas impor-tantes e relevantes tarefas de fiscalização dos recursos pú-blicos. A importância de tais práticas de auditoria levou no decorrer do tempo à con-vicção da imprescindibilidade das mesmas na confirmação e validação das peças finan-ceiras elaboradas pelo gover-nante, em obediência ao seu dever de prestar contas à So-ciedade (Accountability). Nos anos 70/80, o clamor da sociedade em relação à correta aplicação dos recursos

públicos evoluiu por conta da valorização dos direitos da cidadania e da influência dos meios de comunicação, re-querendo dos Ó rgãos Oficiais de Controle Externo uma mudança de comportamento no que tange ao tipo e ao conteúdo das informações prestadas à sociedade. Nesta nova etapa evolu-tiva, surgiu, por iniciativa da Fundação Canadense de Au-ditoria, a “auditoria integra-da”, onde o principal enfo-que passou a ser a gestão sob a ótica da economia, eficiên-cia e eficácia das ações go-vernamentais. A s s i m , n a s c e u a “auditoria de gestão”, cujos princípios, embora com deno-minações diferentes, foram estabelecidos pelos Ó rgãos Superiores de Controle da Suécia e do Canadá na déca-da de 70. Seu objetivo era complementar as informa-ções produzidas pela audito-ria de regularidade e respon-der às questões relacionadas à economia, à eficiência e à eficácia.

economia + eficiência + eficácia = auditoria

de gestão

A auditoria de gestão combinada com a de regula-ridade, denominada audito-

ria integrada, resultou em um aumento significativo de informações passíveis de se-rem levadas ao conhecimen-to da sociedade; porém, ain-da não demonstrava a equa-ção justa de distribuição de recursos entre os diferentes segmentos e regiões do país, o impacto dos ajustes estrutu-rais da economia, o resultado da privatização ou terceiriza-ção dos serviços públicos, etc. Desta forma, não respondia integralmente às expectati-vas da sociedade em relação à utilização do dinheiro pú-blico.

Auditoria de regularidade +

auditoria de gestão = auditoria integrada

A globalização da econo-mia, a conscientização no seio da sociedade de princípios de ética, eqüidade sócio-política e proteção ambiental torna-ram patente a importância de se dispor de informações confiáveis acerca do resulta-do da ação pública. Visando responder à atu-al demanda de informação da sociedade, no que tange ao resultado da aplicação dos recursos públicos, enten-deu-se extrapolar a visão e o alcance da auditoria para enfoques de eqüidade, ética

págin a 4

AUDITORIA GLOBAL : Tendências e perspectivas para os Tribunais de Contas

P á g in a 5

escola de contas

e ecologia, quando da reali-zação da Conferência Intera-mericana de Contabilidade na República de São Domin-gos, em 1992. Ainda que de forma em-brionária, o conceito de audi-toria global foi introduzido internacionalmente pelo es-pecialista em gestão financei-ra e auditor do Banco Mun-dial, o R. Professor Consultor Internacional Dr. Angel Gon-záles-Malaxechevarria, na década de 90. Esse conceito mais amplo - global - acresce à auditoria integrada, as auditorias soci-ais: a auditoria ecológica, a auditoria de ética e a audi-toria de eqüidade - social e política, sendo a última apli-cável exclusivamente ao setor público, revolucionando o escopo de auditoria neste se-tor.

Auditoria integrada + auditoria de

eqüidade, ética e ecologia =

auditoria global

Nessa nova visão, segun-do a previsão do Dr. Malaxe-chevarria, a auditoria gover-namental deixará de perten-cer ao domínio exclusivo dos profissionais administrativos financeiros, os atuais audito-

res, e dela certamente deve-rão participar, pelo menos, cinco novos profissionais, a saber: auditor-jurídico audi-tor - engenhe i ro ,aud i to r -e c o n o m i s t a , a u d i t o r -ambientalista e o auditor-sociólogo. É evidente que as mu-danças estão em processo de desenvolvimento e que os benefícios alcançados ainda são esparsos. A essência de toda mudança deve se voltar para responder como os re-cursos públicos foram ou es-tão sendo utilizados e como os cidadãos são informados desse uso. É muito importante ob-servar que no Brasil as nor-mas de auditoria financeira para os auditores externos já foram estabelecidas pelo Conselho Federal de Conta-bilidade e estão devidamen-te consagradas. Para o setor público, es-sas normas ainda não foram oficialmente sistematizadas e determinadas. Alguns Tribu-nais de Contas, como por e-xemplo o Tribunal de Contas da União e o Tribunal de Contas do Estado da Bahia têm se utilizado das normas emanadas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores – INTOSAI. Segundo a INTOSAI, “normas de auditoria são a-

quelas que proporcionam ao auditor uma orientação bási-ca que o ajuda a determinar a extensão das medidas e dos procedimentos de auditoria a serem empregados para a-tingir seu objetivo. Constitu-em os critérios ou padrões de referência para avaliar a qualidade dos resultados da auditoria”. A INTOSAI é um organis-mo filiado à Organização das Nações Unidas – ONU, com sede em Viena, Áustria, que tem por finalidade fomentar intercâmbio de idéias e de experiências entre as Institui-ções Superiores de Controle das Finanças Públicas, de a-cordo com o seu Estatuto. Necessário, portanto, que sejam elaboradas e oficial-mente aprovadas as Normas de Auditoria Governamental do Brasil para serem seguidas pelos Tribunais de Contas e auditores públicos no País.

Moacir Marques da Silva é Coordenador Geral da

Escola de Contas do Tribunal de Contas do Município de

São Paulo e professor do cur-so de Administração da Uni-versidade de Santo Amaro –

UNISA

Continuação da pág. 4

Decisões do Tribunal de Contas do

Município de São Paulo

2.098ª Sessão Ordinária - 11/06/2003 1) TC 702.03-55 2) interessados: Luiz Carlos Rodrigues - SMT 3) objeto: Representação contra o edital de licitação, modalidade Concorrência 12/02, objetivando conceder outorga de concessão dos serviços de transporte coletivo de passageiros, em áreas do sub-sistema estrutural, na cidade de São Paulo 4) resultado: Conhecida a representação; no mérito, considerada prejudicada - Unanimidade. 5) relator: Consº Edson Simões 1) TC 8.431.99-55 2) interessada: Procuradoria da Fazenda Municipal 3) objeto: Recurso interposto contra V. Acórdão de 06.03.02 - Rel. Consº Edson Simões - SMSP e Construtora Anastácio Ltda. - Serviços de limpeza manual de galerias, córregos e canais 4) resultado: Conhecido o recurso; no mérito, negado provimento - Unanimidade. 5) relator: Consº Eurípedes Sales 1) TC 993.02-19 2) interessadas: SMS e Acqualimp Higienização Têxtil Ltda. 3) objeto: Contrato 08/02 - Serviço especializado em lavagem de roupa hospitalar 4) resultado: Julgados regulares a Concorrência 85/01 e o Contrato 08/02 - Unanimidade. 5) relator: Consº Roberto Braguim 1) TC 1.604.03-71 2) interessados: Câmara Municipal de São Paulo e Vereador Presidente Arselino Tatto 3) objeto: Consulta acerca dos critérios a serem ado-tados para cálculo do limite percentual de 70% a que se refere o § 1º do artigo 29-A da Constituição Federal 4) resultado: Conhecida a consulta; no mérito, res-pondido afirmativamente o quesito formulado - Unanimidade 5) relator: Consº Maurício Faria 1) TC 1.285.03-95

P á g in a 6

2) interessadas: SEME e Consórcio Rohr S/A Estrutu-ras Tubulares e Fast Engenharia e Montagens Ltda. 3) objeto: Contrato nº 02/03 - Serviços de locação de estruturas tubulares com montagem e desmobilização, supervisão e acompanhamento técnico para constru-ção de arquibancadas, cercas, fechamentos, acessos de portadores de deficiências físicas e demais compo-nentes necessários à realização do GP de Fórmula 1 - 2003, no Autódromo “José Carlos Pace” 4) resultado: Acolhidos a Concorrência 4/SEME/03 e o ajuste - Unanimidade. 5) relator: Consº Maurício Faria 1) TC 5.175.95-57 2) interessado: Jorge Wilheim 3) objeto: Embargos de Declaração interpostos em face do V. Acórdão proferido em 19/12/01 - SEMPLA e Isaias Steinberg, Susana Irene Steinberg, Milton Kochen e Tamara Czeresnia Kochen - Operação Interligada 4) resultado: Conhecidos os embargos - Unanimidade. No mérito, dado provimento em efeito estritamente declaratório - Por maioria - Vencidos em parte os Conselheiros Antonio Carlos Caruso e Eurípedes Sales. 5) relator: Consº Antonio Carlos Caruso 1) TC 3.318.02-32 2) interessado: Eduardo Loesch Jorge 3) objeto: Representação contra o edital de licitação, modalidade Concorrência Pública 18/2001 - Prestação de serviços de manutenção do sistema de microdrena-gem do Município, compreendendo limpeza e conser-vação de conjuntos de captação, bem como cadastra-mento das instalações e inspeção em circuito fechado de televisão dos pontos de enchentes, armazenamento de informações e implantação e operação do controle gerencial das atividades 4) resultado: Conhecida a representação; no mérito, julgada improcedente - Unanimidade. 5) relator: Consº Edson Simões 2.099ª Sessão Ordinária - 18/06/2003

1) TC 8.442.99-71 2) interessado: Vereador José Eduardo Martins Cardoso 3) objeto: Centro de Apoio Social e Atendimento do Município de São Paulo - CASA - Representação visando apuração de possíveis irregularidades na nomeação da Sra. Dinorá Rodrigues para exercer a presidência da entidade, bem como na contratação da Enterpa Engenharia Ltda. na construção de Centro de Integração Social 4) resultado: Conhecida a representação; no mérito, parcialmente procedente, no que tange à nomeação assinalada - Unanimidade. 5) relator: Consº Eurípedes Sales 1) TC 2.157.01-89 2) interessada: ANHEMBI Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo S/A 3) objeto: Auditoria para verificar o controle do quadro de pessoal, a regularidade e necessidade das contrata-ções e a efetiva presença dos funcionários na empresa ou fora dela, bem como analisar a confiabilidade dos controles internos relativos aos cálculos da folha de pagamento e benefícios 4) resultado: Conhecida a auditoria realizada - Unanimidade. 5) relator: Consº Roberto Braguim 1) TC 1.071.00-49 2) interessadas: SMT e CET 3) objeto: Contrato 1/2000-SMT-GAB - Serviços de detecção, registro e processamento de infrações de trânsito 4) resultado: Julgado irregular o ajuste, com aceitação de seus efeitos financeiros - Por maioria. - Vencido; quanto ao mérito, o Consº Maurício Faria. 5) relator: Consº Maurício Faria 1) TC 1.900.03-54 2) interessados: TCMSP e Instituto Presbiteriano Mackenzie 3) objeto: Convênio 1/2003 - Estabelecer via de cola-boração e cooperação entre os convenentes, através de ação articulada na área de desenvolvimento educa-cional e científico 4) resultado: Julgado regular o Convênio - Unanimidade. 5) relator: Consº Maurício Faria

2.100ª Sessão Ordinária - 25/06/2003 1) TC 4.584.97-52 2) interessados: Procuradoria da Fazenda Municipal - Emílio Azzi - Alessandra Rossini, Eduardo José de Carvalho Filho, Laerte Moroni Pires, Paulo Eduardo Simão Taliba - Roberto Luiz Bortolotto (SIURB) - Reynaldo Emigdio de Barros 3) objeto: Recursos interpostos contra V. Acórdão proferido em 11.07.01 - Rel. Consª Maria do Carmo P. Dermenjian - SIURB e Enterpa Engenharia S/A - Execução de obras de extensão da canalização e viária do Córrego Morro do S 4) resultado: Conhecidos os apelos; no mérito, negado provimento - Unanimidade. 5) relator: Consº Eurípedes Sales 1) TC 6.770.00-85 2) interessadas: SSO e Heleno & Fonseca Construtécnica S/A 3) objeto: Contrato nº 29/ LIMPURB/00 - Execução dos serviços de operação e manutenção das instalações industriais e prediais do Incinerador Vergueiro 4) resultado: Acolhido o contrato - Unanimidade. 5) relator: Consº Edson Simões 2.101ª Sessão Extraordinária - 25/06/2003 1) TC 1.273.03-06 2) interessado: TCMSP 3) objeto: Apreciação das Contas do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, relativas ao exercí-cio de 2002 4) resultado: Emitido parecer favorável à aprovação das contas do TCMSP /2002 - Unanimidade. 5) relator: Consº Roberto Braguim 2.102ª Sessão Extraordinária - 26/06/2003 1) TC 1.269.03-39 2) interessada: Prefeitura do Município de São Paulo 3) objeto: Apreciação das Contas e Balanço Geral da Prefeitura do Município de São Paulo, referentes ao exercício de 2002 4) resultado: Emitido parecer favorável à aprovação das Contas do Executivo /2002, com recomendações - Unanimidade. 5) relator: Consº Eurípedes Sales

P á g in a 7

P á g in a 8 panorâmica

EXPEDIENTE: TCM Informativo é uma publicação do Tribunal de Contas do Município de São Paulo. Av. Prof. Ascendino Reis, 1.130, CEP: 04027-000. Tel: (11) 5080-1012. Site: www.tcm.sp.gov.br E-mail: [email protected]. Presidente: Cons. Antonio Carlos Caruso. Vice-presidente: Edson Simões. Conselhei-ros: Eurípedes Sales, Roberto Braguim e Maurício Faria. Realizado pela Assessoria de Imprensa do TCMSP.

Lei n. 13.685, de 19/12/2003 – Institui, no Município de São Paulo, o “Dia Municipal do Doador de Órgãos para Trans-plantes” e a “Semana de Incentivo à Doação de Órgãos para Transplantes”, e dá outras providências. DOM 20/12/2003, p. 1. Lei n. 13.688, de 19/12/2003 – Dispõe sobre concessão de serviço público, precedida de execução de obra pública, para a construção de garagens subterrâneas e exploração de ser-viço de estacionamento de veículos, em áreas situadas nos Distritos da Sé e República, e no Parque Ibirapuera. DOM 20/12/2003, p. 1. Lei n. 13.695 de 19/12/2003 – Dispõe sobre a revalorização salarial e a transferência, para o Quadro dos Profissionais de Educação, dos cargos providos de Auxiliar de Desenvolvi-mento Infantil; transforma cargos vagos de Auxiliar de Desen-volvimento Infantil que especifica em cargos de Professor de Desenvolvimento Infantil; e concede abano aos atuais titula-res de cargos de Diretor de Equipamentos Social lotados nos Centros de Educação Infantil. DOM 20/12/2003, p. 3. Lei n. 13.697, de 22/12/2003 – Dispõe sobre a criação do Programa de Transporte Escolar Municipal Gratuito – Vai e Volta, no Município de São Paulo, e dá outras providências. DOM 23/12/2003, p. 1. Lei n. 13.698, de 24/12/2003 – Dispõe sobre o Imposto Pre-dial e Territorial Urbano – IPTU e altera a Lei n. 6.989, de 29 de dezembro de 1966. DOM 25/12/2003, p. 1. Lei n. 13.699, de 24/12/2003 – Disciplina o fator de correção social (“fator K”) da Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares – TRSD, a que se refere o artigo 92 da Lei n. 13.478, de 30 de dezembro de 2002, alterada pela Lei n. 13.522, de 19 de fe-vereiro de 2003; estende o referido fator relativamente à Taxa de Resíduos

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL SUGESTÃO DE LEITURA As Leis de Processo Administrativo (Lei Federal 9.784/99 e Lei Paulista 10.177/98) - Coordenação de Carlos Ari Sundfeld e Guil-lermo Andrés Muñoz — Socie-dade Brasileira de Direito Pú-blico - Malheiros Editore -São Paulo -2000 A edição das leis 9.784/99 e 10.177/98 pode ser considerada co-mo um marco para o Direito Adminis-trativo brasileiro, uma vez que ambas trazem regras gerais sobre o proces-so administrativo, uma no âmbito federal, outra no âmbito de nosso estado de São Paulo. São elas os referenciais para este livro que, como muito bem define o professor Romeo Felipe Barcellar Filho (Presidente da Associação de Direito Público do Mercosul e do Instituto Brasileiro de Direito Administrativo) em seu prefácio, trata-se de “magnífico trabalho cuja elaboração foi orientada por reno-mados juristas que não descuraram de submeter-se ao prin-cípio vetor de nossa ordem constitucional (dignidade da pes-soa humana) e nem da existência de um núcleo mínimo pro-cessual dela emanado e que se revela na plena submissão, entre outras, às garantias do devido processo legal, do con-traditório e da ampla defesa.” É essencial ressaltar que o livro reflete um rico intercâmbio de opiniões e experiências, origi-nando uma obra coletiva na qual estão presentes textos dos mais renomados estudiosos do Direito Administrativo nacio-nal e estrangeiro (do Uruguai e Argentina). Oferece um am-plo panorama da matéria em nosso país, com análises pro-fundas das diferentes facetas das novas leis, bem como das questões constitucionais de relevo suscitadas em face da Constituição de 1988, e por suas mais recentes emendas. Consideradas instrumentos fundamentais do Estado de Direi-to e da cidadania nos Estados democráticos, as leis do pro-cesso administrativo são esmiuçadas nos textos de autoria de professores como Carlos Ari Sundfeld; de Elival da Silva Ra-mos, Procurador Geral do Estado de São Paulo; do emérito professor Sérgio Ferraz, entre outros Estes textos serviram como referencial e inspiração ao Tribunal de Contas do Muni-cípio de São Paulo para a organização e realização de seu I Seminário de Direito Administrativo TCMSP – “Processo Ad-ministrativo”, promovido por esta Corte de Contas, de 29 de setembro a 03 de outubro. Um encontro de mestres que trou-xe à cidade de São Paulo expoentes do Direito Administrati-vo, como o Professor Caio Tácito. É importante ressaltar, ainda, a presença, entre os autores, da advogada Lucéia Martins Soares, servidora deste Tribunal, e mestre em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Trata-se de leitura essencial não apenas para aqueles que militam na área, mas também para todos os que se preo-cupam em conhecer a fundo os meandros das leis e proces-sos administrativos em nosso país