mesa 2 conservação renato jundiaí2012
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Conservação 2012TRANSCRIPT
PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga
PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga
Foto Quinoa – PROINPA/Bolívia
6. Conservação de Recursos Fitogenéticos
6. Conservação de Recursos Fitogenéticos
• Coleta• Intercâmbio• Quarentena• Identificação• Caracterização• Conservação• Educação• Valoração• Uso• Documentação
• Coleta• Intercâmbio• Quarentena• Identificação• Caracterização• Conservação• Educação• Valoração• Uso• Documentação
BAG-Bambu, no IACBAG-Bambu, no IAC
Como existe uma imensa variabilidade de espécies a serem conservadas, com distintos sistemas de reprodução, estes determinam os métodos a serem seguidos.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A constituição brasileira nos assegura uma participação ativa do governo na luta pela preservação da biodiversidade.A constituição brasileira nos assegura uma participação ativa do governo na luta pela preservação da biodiversidade.
GARANTIA CONSTITUCIONALGARANTIA CONSTITUCIONAL
Foto: Banco Base de Conservação de Germplasma do Chile
•Agricultura tradicional: raças nativas, cultivares primitivas e espécies de importância cultural (ex: uso religioso);•Material melhorado: cultivares modernas e obsoletas, linhas avançadas, mutantes, etc.
•Formas regressivas: Ex: Arroz, milho, tomate e Cana-de-açúcar (Ex: Sacarum spontaneum: para rendimento, vigor e resistência a pragas, em melhoramento de Cana-de-açúcar).
•Biotecnologia e Engenharia Genética: Transgênicos, Pólens, Fragmentos de ADN, Genes Clonados, Genes Marcadores, Genes Silenciosos, Genoma de Cloroplastos, etc.
•Espécies silvestres: Através da Portaria 37-N, de 3 de abril de 1992, o IBAMA torna pública a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção: http://www.biodiversitas.org.br/florabr/lista_ibama.asp. Nesta lista constam as espécies em risco de extinção, vulneráveis e raras.
CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE
CONSERVAÇÃOCONSERVAÇÃO
“EX SITU”“EX SITU” “IN SITU”“IN SITU”
Reservas Genéticas (Parques e Reservas)Reservas Genéticas (Parques e Reservas)
IntercâmbioIntercâmbio ColetaColeta
BAGsBAGs
Câmara FriaCâmara Fria Coleção a CampoColeção a Campo Coleção in vitroColeção in vitro CrioconservaçãoCrioconservação
Coleçãode BaseColeçãode Base
ColeçãoAtiva
ColeçãoAtiva
ColeçãoNuclearColeçãoNuclear
Coleção deTrabalho
Coleção deTrabalho
USO SUSTENTÁVEL
USO SUSTENTÁVEL
ColeçãoGenômica
ColeçãoGenômica
Comunidades tradicionais
Comunidades tradicionais
Populações indígenas
Populações indígenas
ColeçãoPolens
ColeçãoPolens
ColeçãoOn farm ColeçãoOn farm
A conservação e a preservação somente se justificam se houver a utilização posterior.
PRESERVAÇÃOPRESERVAÇÃO
O problema na conservação de sementes é que nem todas sementes podem ser conservadas a baixas temperaturas e a baixas umidades.
• INTERMEDIÁRIAS - Toleram a desidratação até 10% de umidade, mas não suportam temperaturas negativas. Ex: Café e citros.
• INTERMEDIÁRIAS - Toleram a desidratação até 10% de umidade, mas não suportam temperaturas negativas. Ex: Café e citros.
CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À SUA CONSERVAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À SUA CONSERVAÇÃO
• ORTODOXAS – Encontram-se secas no estádio de maturação fisiológica e ainda podem sofrer redução para 3% - 7% em sua umidade, além de suportarem temperaturas abaixo de 0oC. Neste grupo encontramos cereais, leguminosas, oleaginosas, forrageiras, etc. Ex: Amendoim, arroz, feijão, milho, trigo, soja.
• RECALCITRANTES – Possuem altos teores de umidade no estádio de maturação fisiológica e não toleram a secagem e nem temperaturas abaixo de 0oC. Neste grupo estão espécies florestais e frutíferas tropicais e temperadas, entre outras. Ex: Cacau, manga e seringueira.
Situação dos BAGs Ex SituSituação dos BAGs Ex Situ
•No Mundo: existem 287 BAGs de plantas cultivadas;
•No Brasil: são 177 BAGs e 200.000 acessos. O IAC contribui com a manutenção de 20% dos BAGs de plantas cultivadas;
•No Estado de São Paulo: existem 89 BAGs, dos quais o IAC contribui com a manutenção de 80%. Também são mantenedores de BAGs em São Paulo: a ESALQ/USP, a UNICAMP, o Jardim Botânico de São Paulo, Instituto Florestal, a UNESP/Jaboticabal, a CATI e a COPERSUCAR.
SISTEMA NACIONAL DE CURADORIASSISTEMA NACIONAL DE CURADORIAS
FOTO: ENCONTRO DOS CURADORES DE BAGs DA EMBRAPAFOTO: ENCONTRO DOS CURADORES DE BAGs DA EMBRAPA
Mesmo constando alguns BAGs, do IAC e outras instituições estaduais, ainda não passa de um Sistema Embrapa de Curadorias.
Mesmo constando alguns BAGs, do IAC e outras instituições estaduais, ainda não passa de um Sistema Embrapa de Curadorias.
Para cada 1% de aumento no teor de umidade da semente, a longevidade é reduzida pela metade.
Foto: Banco Base de Amendoim ICRISAT- Índia (-20oC)
Para cada 5OC de aumento na temperatura a longevidade é reduzida também pela metade.
CONSERVAÇÃO EM CÂMARAS FRIASCONSERVAÇÃO EM CÂMARAS FRIAS
Regeneração dos acessos: quando a viabilidade das sementes for reduzida para 85% do poder germinativo inicial.
Foto: Preparo das sementes, para conservação em sacos aluminizados, BAG-Arachis ICRISAT ÍndiaFoto: Preparo das sementes, para conservação em sacos aluminizados, BAG-Arachis ICRISAT Índia
• TESTE DE VIABILIDADE INICIAL = 400 se/tes• DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes• 6 TESTES DE VIABILIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 1.200 se/tes• 2 DETERMINAÇÕES DE UMIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 400• 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes• 1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes• PERDAS POR ACIDENTE = 400 se/tes• TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes• Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes.
• TESTE DE VIABILIDADE INICIAL = 400 se/tes• DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes• 6 TESTES DE VIABILIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 1.200 se/tes• 2 DETERMINAÇÕES DE UMIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 400• 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes• 1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes• PERDAS POR ACIDENTE = 400 se/tes• TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes• Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes.
Periodicidade da monitoração: 10 anos para os acessos incorporados com viabilidade inicial acima de 85%. 5 anos para os acessos incorporados com viabilidade inicial abaixo de 85%.
ACONDICIONAMENTO DAS SEMENTESACONDICIONAMENTO DAS SEMENTES
•ACONDICIONAMENTO: Sugere-se o uso de embalagens herméticas, para não alterar a umidade, podendo ser latas de alumínio (foto) ou sacos aluminizados (foto anterior).
Foto: Câmara-fria de longo prazo, com grão de bico. Icrisat, Índia
•METODOLOGIA: Utilizam-se regras Internacionais de análise de sementes: ISTA, 1993; Manual de Tecnologia de Sementes para BAGs, Ellis et al.,1985; Protocolo de Sementes no Armazenamento, Hong & Ellis, 1996.
Exemplos comprovados: AVEIA = 123 ANOS
CEVADA = 123 ANOS
ERVILHA = 130 ANOS
QUIABO = 125 ANOS
TOMATE = 124 ANOS
SOBREVIVÊNCIA DAS SEMENTES ORTODOXAS
SOBREVIVÊNCIA DAS SEMENTES ORTODOXAS
Foto: Câmara fria de médio prazo, com 5oC, no IACFoto: Câmara fria de médio prazo, com 5oC, no IAC
Considera-se que a conservação de sementes ortodoxas, com umidade e temperatura (-10 oCa -20oC)controladas, pode ser realizada “ad eternum” com poder germinativo e vigor adequados.
PANORAMA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS
• 6 milhões de acessos conservados (1470 bancos)• 2 a 3 milhões (sementes ortodoxas)• 14% - conservadas a longo prazo• 75 países armazenam em condições de médio e longo prazo• 35 atendem aos padrões internacionais para conservação a longo prazo (15 na Europa, 7 nas Américas, 5 na Ásia, 4 na África e 4 nos países do Oriente Próximo)
PANORAMA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS
• 6 milhões de acessos conservados (1470 bancos)• 2 a 3 milhões (sementes ortodoxas)• 14% - conservadas a longo prazo• 75 países armazenam em condições de médio e longo prazo• 35 atendem aos padrões internacionais para conservação a longo prazo (15 na Europa, 7 nas Américas, 5 na Ásia, 4 na África e 4 nos países do Oriente Próximo)
• 48% - cereais (trigo,14%; arroz, 8%; milho 5%)• 16% são leguminosas alimentícias• 10% forrageiras• 8% hortaliças• 4% fruteiras• 4% raízes e tubérculos,• 2% fibrosas• 2% oleaginosas
CHINA 300.000
EUA 268.000
ALEMANHA 160.000
JAPÃO 146.091
ÌNDIA 144.109
KOREA 115.639
CANADÁ 100.000
BRASIL 90.000
NÚMERO DE ACESSOS CONSERVADOS A LONGO PRAZO
O QUE E QUANTO SE CONSERVA O QUE E QUANTO SE CONSERVA
CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL
GÊNERO TOTAL L. PRAZ0 %
Triticum 788.654 102.525 13
Oryza 420.341 142.915 34
Zea 261.584 65.396 25
Sorghum 168.550 42.137 25
Hordeum 486.724 48.672 10
Avena 223.287 42.424 19
Phaseolus 268.369 37.571 14
Glycine 176.400 42.336 24
NÚMERO TOTAL DE ACESSOS/LONGO PRAZO
EXEMPLO DE NÚMERO DE ACESSOS EM BAGsEXEMPLO DE NÚMERO DE ACESSOS EM BAGs
O número de acessos ideal para cada BAG é planejado de modo a representar toda a variabilidade da espécie ou gênero conservado.O número de acessos ideal para cada BAG é planejado de modo a representar toda a variabilidade da espécie ou gênero conservado.
OPERAÇÕES CUSTO (%)
ESTOCAGEM 23,5
INTRODUÇÕES 6,2
TESTE VIAB. 4,2
REGENERAÇÃO 47,0
MULTIPLICAÇÃO 6,8
DISTRIBUIÇÃO 12,1
CIMMYT (123.000 ACESSOS) TRIGO
EXEMPLO DE CUSTOS DE CONSERVAÇÃO POR SEMENTES
EXEMPLO DE CUSTOS DE CONSERVAÇÃO POR SEMENTES
A conservação de recursos genéticos tem um custo que tem que ser levado em consideração ao se montar um Banco de Germoplasma.
Foto: CIMMYT
Assim a Pesquisa Científica trabalha integrada aos agricultores, num sistema de parceria, onde o germoplasma é mantido como parte do sistema agrícola, dentro da própria comunidade, como bancos de sementes ou in vivo.
Assim a Pesquisa Científica trabalha integrada aos agricultores, num sistema de parceria, onde o germoplasma é mantido como parte do sistema agrícola, dentro da própria comunidade, como bancos de sementes ou in vivo.
A estratégia aqui é a de monitorar e proteger diferentes acessos e diferentes espécies cultivadas em um determinado agroecossistema.
A estratégia aqui é a de monitorar e proteger diferentes acessos e diferentes espécies cultivadas em um determinado agroecossistema.
Neste Sistema incluem-se as raças locais, as cultivares tradicionais e os parentes silvestres das espécies cultivadas.
Foto: Conservação realizada por agricultor
Principais alvos: on farmPrincipais alvos: on farm
1. Caiçaras
2. Ribeirinhos
3. Quilombolas
4. Índígenas
1. Caiçaras
2. Ribeirinhos
3. Quilombolas
4. Índígenas
Foto: Cooperativa do Paraná, conservando sementes dos agricultoresFoto: Cooperativa do Paraná, conservando sementes dos agricultores
Exemplo de Metodologia de Conservação On FarmExemplo de Metodologia de Conservação On Farm
Figura: Mapa da Fome indígena no Brasil
•Conservar o germoplasma, evitando sua erosão genética e permitindo a sua coleta;• Disponibilizar sistemas de produção adequados às comunidades;
• Evitar a adoção involuntária de variedades melhoradas;
• Garantir o direito legal das comunidades sobre o seu germoplasma;
• Incentivar a comunidade a volorizar o seu germoplasma.
• Possibilitar o trabalho conjunto com a pesquisa científica;• Possibilitar o intercâmbio entre comunidades;
• Restaurar a diversidade de cultivos alimentares;
•Conservar o germoplasma, evitando sua erosão genética e permitindo a sua coleta;• Disponibilizar sistemas de produção adequados às comunidades;
• Evitar a adoção involuntária de variedades melhoradas;
• Garantir o direito legal das comunidades sobre o seu germoplasma;
• Incentivar a comunidade a volorizar o seu germoplasma.
• Possibilitar o trabalho conjunto com a pesquisa científica;• Possibilitar o intercâmbio entre comunidades;
• Restaurar a diversidade de cultivos alimentares;
OBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARMOBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARM
Os BAGs têm problemas que limitam o seu uso, tais como: 1. Tamanho da Coleção: O espaço é um fator limitante, tanto no campo como em câmaras-frias. 2. Caracterização e Avaliação: Quanto maior o BAG menor a possibilidade de realizar a caracterização e avaliação. 3. Duplicações: comumente alguns acessos têm mais de uma entrada na coleção, com diferentes sinonímias. 4. Custo De Manutenção: quanto maior número de acessos maior o custo de manutenção.
A estratificação da CN pode ser baseada em: 1. Distribuição geográfica: O local da coleta é determinante na separação de acessos. 2. Caracterização: Dados morfológicos, citogenéticos, bioquímicos e genéticos, são essenciais para uma perfeita distinção entre acessos, inclusive para a detecção de duplicações.
Para a retirada das amostras pode-se utilizar: 1. Amostras iguais a aproximadamente 10% do tamanho do original, com cerca de 70% da representatividade genética da coleção original, não devendo exceder a 3.000 acessos.
COLEÇÃO NUCLEAR (Core collections)COLEÇÃO NUCLEAR (Core collections)
1- COLEÇÃO ATUAL
2- PASSOS PARA FORMAÇÃO DA COLEÇÃO NUCLEAR
3- RETIRADA DE AMOSTRAS DENTRO DE CADA ESTRATO PARA A FORMAÇÃO DA COLEÇÃO NUCLEAR
Idéia: surge com Frankel, 1970, Objetivando: Reduzir o tamanho das coleções de germoplasma, mantendo a representatividade da diversidade genética da espécie e seus parentes silvestres.
Idéia: surge com Frankel, 1970, Objetivando: Reduzir o tamanho das coleções de germoplasma, mantendo a representatividade da diversidade genética da espécie e seus parentes silvestres.
COLEÇÕES NUCLEARES (CORE COLLECTIONS)COLEÇÕES NUCLEARES (CORE COLLECTIONS)
Representatividade: Brown (1989), sugere que 10% do total de acessos representa aproximadamente 70% da variabilidade genética de uma coleção. Para coleções muito grandes sugere não exceder a 3.000 acessos.
Informações fundamentais: Dados de passaporte; dados de caracterização e avaliação agronômica, morfológica, taxonômica e genética.
Informações fundamentais: Dados de passaporte; dados de caracterização e avaliação agronômica, morfológica, taxonômica e genética.
Vantagens: Segundo Vilela-Morales et al (1997) são o maior número de acessos identificados, caracterizados e avaliados, a baixa redundância genética, o menor número de acessos, o menor custo operacional e a maior chance de uso.
Vantagens: Segundo Vilela-Morales et al (1997) são o maior número de acessos identificados, caracterizados e avaliados, a baixa redundância genética, o menor número de acessos, o menor custo operacional e a maior chance de uso.
Existem 51 espécies em coleções nucleares. Exemplos: Alfafa (foto), Amendoim, Couve, Ervilha, Feijão, Grão-de-bico e Lentilha. No Brasil 4 são expressivas: Milho (300), Arroz (600) e Mandioca (Embrapa) e Pupunha (Impa) – todas com caracteres morfológicos e geográficos.
Existem 51 espécies em coleções nucleares. Exemplos: Alfafa (foto), Amendoim, Couve, Ervilha, Feijão, Grão-de-bico e Lentilha. No Brasil 4 são expressivas: Milho (300), Arroz (600) e Mandioca (Embrapa) e Pupunha (Impa) – todas com caracteres morfológicos e geográficos.
Cultivares tradicionais, elite e linhagens• selecionada pelo tipo de grão;• pela região de cultivo;•pelo sistema de cultivo;• pelo local de origem do acesso; etc.•com uso do Sistema de informação geográfica (SIG).
Cultivares tradicionais, elite e linhagens• selecionada pelo tipo de grão;• pela região de cultivo;•pelo sistema de cultivo;• pelo local de origem do acesso; etc.•com uso do Sistema de informação geográfica (SIG).
Seleção dos acessos para compor a CNSeleção dos acessos para compor a CN
FOTO: CIMMYT
Uso dos critérios geográficos na estruturação de Coleções Nucleares:
- Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm sido utilizados no estudo de Recursos Genéticos, através do SIG é possível cruzar as informações geográficas sobre os locais de coleta dos acessos com mapas ambientais, permitindo obter uma classificação do germoplasma de acordo com o seu ambiente de origem.
• É a conservação de plantas in vivo, ex situ, plantadas de modo ordenado a facilitar a obtenção dos dados.
Devido ao grande espaço ocupado, normalmente utiliza-se apenas 3 a 5 plantas de cada acesso, sem repetição, na conservação do BAG.
CONSERVAÇÃO EM TELADO E CAMPO CONSERVAÇÃO EM TELADO E CAMPO
Foto: BAG-Arachis do CENARGEN/EMBRAPA - DF
•CONSERVAÇAO: Pode ser utilizada para todas espécies, mas, tradicionalmente é aplicada para espécies recalcitrantes e intermediárias, pela dificuldade em conservar como sementes. O lote tem que ser plantado de modo a possibilitar o seu uso em pesquisas científicas. Ex: mandioca e cará;
•RECOMENDADA: Para espécies perenes, arbóreas, silvestres, semidomesticadas, heterozigotas, de reprodução vegetativa, de sementes de vida curta, de sementes sensíveis à secagem;
•PROBLEMAS: Ocupam muito espaço e não possibilitam uma boa representatividade da diversidade genética da espécie, estando sujeitas a desastres naturais, no caso do campo.
• Cultura de Tecidos: conservam-se pequenas plantas em tubos com Agar nutritivo;
• Apropriado para: clonagem em grande escala de um único acesso, conservação em crescimento retardado;
• Variáveis: temperatura e nutrientes;• Recomendado: plantas que não produzem sementes, aquelas que se
reproduzem por rizomas ou bulbos;• Parte utilizada: embriões e pontas de raízes;• Espécies: mandioca, batata, cana-de-açúcar, banana, baunilha, cacau,
fruteiras temperadas, raízes e tubérculos, etc;.• ProblemaS: Instabilidade genética e curto período de conservação,
sem repicagem.
• Cultura de Tecidos: conservam-se pequenas plantas em tubos com Agar nutritivo;
• Apropriado para: clonagem em grande escala de um único acesso, conservação em crescimento retardado;
• Variáveis: temperatura e nutrientes;• Recomendado: plantas que não produzem sementes, aquelas que se
reproduzem por rizomas ou bulbos;• Parte utilizada: embriões e pontas de raízes;• Espécies: mandioca, batata, cana-de-açúcar, banana, baunilha, cacau,
fruteiras temperadas, raízes e tubérculos, etc;.• ProblemaS: Instabilidade genética e curto período de conservação,
sem repicagem.
Foto: Conservação in vitro, no IAC
Baixo custo Coleta em qualquer época do ano Eliminação de viroses Produção de clones Multiplicação rápida Germinação de sementes imaturas Facilita intercâmbio (troca de material)
Equipamentos caros Necessidade de Treinamento Necessidade de mão de obra
especializada
Foto: Conservação in vitro de amarilis, no IAC
Ex: SADH, CCC, AAS
1.Redução de temperaturadesacelera o metabolismo celular
2.Adição de inibidoresreduz alongamento das hastesinibe divisão celularinibe síntese de etileno
3.Emprego de osmóticos ao meioredução na absorção de água e nutrientes
Ex: manitol, sacarose
Técnicas de Conservação In vitroTécnicas de Conservação In vitro
Foto: Pesquisador visitante da Nigéria, no laboratório do IAC
Manihot dichotoma
T. esculentaSalacia sp.
E. dysenterica H. speciosa E. uniflora
CONSERVAÇÃO IN VITROCONSERVAÇÃO IN VITRO
Tabela 3- Espécies conservadas in vitro na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Abacaxi(Ananas comosus)
Baunilha(Vanilla sp)
Menta(Mentha sp)
Aspargo(Asparagus officinalis)
Cará(Dioscorea sp)
Morango(Ananas comosus)
Banana(Musa sp.)
Estévia(Stevia rebaudiana )
Orégano(Origanum vulgare)
Batata(Solanum sp.)
Inhame(Colocasia sp)
Uva(Vitis sp.)
Batata-doce(Ipomea batatas )
Mandioca(Maniot esculenta)
ESPÉCIESS CONSERVADAS NA EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS (CENARGEN)
ESPÉCIESS CONSERVADAS NA EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS (CENARGEN)
Fotos: Exemplos de Conservação in vitro no CENARGEN
• Esta parece ser a melhor solução para a conservação in vitro a longo prazo. Nitrogênio líquido a –196ºC, com a virtual paralisação de todos processos biológicos, os quais poderiam ser teoricamente conservados indefinidamente (Materiais: Sementes, Calos, Ápices caulinares, embriões somáticos ou zigóticos, in vitro (suspensões celulares), gemas axilares e Pólens).
Foto: Embrapa/Cenargen
Conservação de material biológico
em nitrogênio líquido
(-196°C) - (ou seu vapor a -150°C)
Conservação de material biológico
em nitrogênio líquido
(-196°C) - (ou seu vapor a -150°C)
Foto: Crio no IAC
Congelamento lento - VitrificaçãoCongelamento lento - Vitrificação
Congelamento ultra-rápido - Sacarose
CONSERVAÇÃO “IN SITU”CONSERVAÇÃO “IN SITU”
•Significa: Conservação das plantas dentro de seus habitats naturais; •Significa: Conservação das plantas dentro de seus habitats naturais;
•O IBPGR sugeriu, em 1984, as seguintes culturas e áreas prioritárias para conservação “in situ”:•O IBPGR sugeriu, em 1984, as seguintes culturas e áreas prioritárias para conservação “in situ”:
Inúmeros são os métodos aplicados para determinar o tamanho da área necessária para se conservar determinadas espécies em risco de extinção. A seguir mostramos um exemplo de Kageyama e Lepsch Cunha:
Área necessária para Preservação In SituÁrea necessária para Preservação In Situ
Área de Proteção Ambiental Municipal Capivari-Monos (SP)
Áreas prioritárias de conservação In Situ do Cerrado e Pantanal
87 ÁREAS PRIORITÁRIAS
82 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação da CaatingaÁreas prioritárias de conservação da Caatinga
182 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos
Áreas prioritárias de conservação da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos
164 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação das zonas Costeira e Marinha
Áreas prioritárias de conservação das zonas Costeira e Marinha
385 ÁREAS PRIORITÁRIAS
Áreas prioritárias de conservação da CaatingaÁreas prioritárias de conservação da Caatinga
BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIAHoyt, E. Conservação dos Parentes Silvestres das Plantas Cultivadas. Brasília. IBPGR, IUCN, WWF, EMBRAPA/CENARGEN. 52p.1992.
Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Biodiversidade: roteiro de consulta para elaboração de uma proposta. Brasília: MMA/SBF, 2000. 48p.
Ministério do Meio Ambiente. Normas Internacionais de conservação para jardins botânicos/Conselho Nacional do Meio Ambiente, Rede Brasileira de Jardins Botânicos, Instituto de Pesuisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Botanic Gardens Conservation International. Rio de Janeiro: EMC, 2001. 109p.
Primach, R.B & Rodrigues, E. Biologia da Conservação. Londrina: E.Rodrigues, 2001. 328p. 2001.
Diegues, A.C. Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: USP, 2000. 290p.
Ministério do Meio Ambiente. Estratégias para Conservação e Manejo de Recursos Genéticos de Plantas Medicinais e Aromáticas: Resultados da 1a. Reunião Técnica/ Roberto Fontes Vieira... (et al.) – Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia/ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)/CNPq, 2002. 184p.