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PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga [email protected] Foto Quinoa – PROINPA/Bolívia

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Conservação 2012

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Page 1: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga

[email protected]

PqC VI, Dr. Renato Ferraz de Arruda Veiga

[email protected]

Foto Quinoa – PROINPA/Bolívia

Page 2: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

6. Conservação de Recursos Fitogenéticos

6. Conservação de Recursos Fitogenéticos

• Coleta• Intercâmbio• Quarentena• Identificação• Caracterização• Conservação• Educação• Valoração• Uso• Documentação

• Coleta• Intercâmbio• Quarentena• Identificação• Caracterização• Conservação• Educação• Valoração• Uso• Documentação

BAG-Bambu, no IACBAG-Bambu, no IAC

Como existe uma imensa variabilidade de espécies a serem conservadas, com distintos sistemas de reprodução, estes determinam os métodos a serem seguidos.

Page 3: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

    § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;       

    § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: I - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;       

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 

A constituição brasileira nos assegura uma participação ativa do governo na luta pela preservação da biodiversidade.A constituição brasileira nos assegura uma participação ativa do governo na luta pela preservação da biodiversidade.

GARANTIA CONSTITUCIONALGARANTIA CONSTITUCIONAL

Page 4: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Foto: Banco Base de Conservação de Germplasma do Chile

•Agricultura tradicional: raças nativas, cultivares primitivas e espécies de importância cultural (ex: uso religioso);•Material melhorado: cultivares modernas e obsoletas, linhas avançadas, mutantes, etc.

•Formas regressivas: Ex: Arroz, milho, tomate e Cana-de-açúcar (Ex: Sacarum spontaneum: para rendimento, vigor e resistência a pragas, em melhoramento de Cana-de-açúcar).

•Biotecnologia e Engenharia Genética: Transgênicos, Pólens, Fragmentos de ADN, Genes Clonados, Genes Marcadores, Genes Silenciosos, Genoma de Cloroplastos, etc.

•Espécies silvestres: Através da Portaria 37-N, de 3 de abril de 1992, o IBAMA torna pública a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção: http://www.biodiversitas.org.br/florabr/lista_ibama.asp. Nesta lista constam as espécies em risco de extinção, vulneráveis e raras.

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CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO USO SUSTENTÁVEL DA BIODIVERSIDADE

CONSERVAÇÃOCONSERVAÇÃO

“EX SITU”“EX SITU” “IN SITU”“IN SITU”

Reservas Genéticas (Parques e Reservas)Reservas Genéticas (Parques e Reservas)

IntercâmbioIntercâmbio ColetaColeta

BAGsBAGs

Câmara FriaCâmara Fria Coleção a CampoColeção a Campo Coleção in vitroColeção in vitro CrioconservaçãoCrioconservação

Coleçãode BaseColeçãode Base

ColeçãoAtiva

ColeçãoAtiva

ColeçãoNuclearColeçãoNuclear

Coleção deTrabalho

Coleção deTrabalho

USO SUSTENTÁVEL

USO SUSTENTÁVEL

ColeçãoGenômica

ColeçãoGenômica

Comunidades tradicionais

Comunidades tradicionais

Populações indígenas

Populações indígenas

ColeçãoPolens

ColeçãoPolens

ColeçãoOn farm ColeçãoOn farm

A conservação e a preservação somente se justificam se houver a utilização posterior.

PRESERVAÇÃOPRESERVAÇÃO

Page 6: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

O problema na conservação de sementes é que nem todas sementes podem ser conservadas a baixas temperaturas e a baixas umidades.

• INTERMEDIÁRIAS - Toleram a desidratação até 10% de umidade, mas não suportam temperaturas negativas. Ex: Café e citros.

• INTERMEDIÁRIAS - Toleram a desidratação até 10% de umidade, mas não suportam temperaturas negativas. Ex: Café e citros.

CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À SUA CONSERVAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DAS SEMENTES QUANTO À SUA CONSERVAÇÃO

• ORTODOXAS – Encontram-se secas no estádio de maturação fisiológica e ainda podem sofrer redução para 3% - 7% em sua umidade, além de suportarem temperaturas abaixo de 0oC. Neste grupo encontramos cereais, leguminosas, oleaginosas, forrageiras, etc. Ex: Amendoim, arroz, feijão, milho, trigo, soja.

• RECALCITRANTES – Possuem altos teores de umidade no estádio de maturação fisiológica e não toleram a secagem e nem temperaturas abaixo de 0oC. Neste grupo estão espécies florestais e frutíferas tropicais e temperadas, entre outras. Ex: Cacau, manga e seringueira.

Page 7: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Situação dos BAGs Ex SituSituação dos BAGs Ex Situ

•No Mundo: existem 287 BAGs de plantas cultivadas;

•No Brasil: são 177 BAGs e 200.000 acessos. O IAC contribui com a manutenção de 20% dos BAGs de plantas cultivadas;

•No Estado de São Paulo: existem 89 BAGs, dos quais o IAC contribui com a manutenção de 80%. Também são mantenedores de BAGs em São Paulo: a ESALQ/USP, a UNICAMP, o Jardim Botânico de São Paulo, Instituto Florestal, a UNESP/Jaboticabal, a CATI e a COPERSUCAR.

Page 8: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

SISTEMA NACIONAL DE CURADORIASSISTEMA NACIONAL DE CURADORIAS

FOTO: ENCONTRO DOS CURADORES DE BAGs DA EMBRAPAFOTO: ENCONTRO DOS CURADORES DE BAGs DA EMBRAPA

Mesmo constando alguns BAGs, do IAC e outras instituições estaduais, ainda não passa de um Sistema Embrapa de Curadorias.

Mesmo constando alguns BAGs, do IAC e outras instituições estaduais, ainda não passa de um Sistema Embrapa de Curadorias.

Page 9: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Para cada 1% de aumento no teor de umidade da semente, a longevidade é reduzida pela metade.

Foto: Banco Base de Amendoim ICRISAT- Índia (-20oC)

Para cada 5OC de aumento na temperatura a longevidade é reduzida também pela metade.

CONSERVAÇÃO EM CÂMARAS FRIASCONSERVAÇÃO EM CÂMARAS FRIAS

Regeneração dos acessos: quando a viabilidade das sementes for reduzida para 85% do poder germinativo inicial.

Page 10: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Foto: Preparo das sementes, para conservação em sacos aluminizados, BAG-Arachis ICRISAT ÍndiaFoto: Preparo das sementes, para conservação em sacos aluminizados, BAG-Arachis ICRISAT Índia

• TESTE DE VIABILIDADE INICIAL = 400 se/tes• DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes• 6 TESTES DE VIABILIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 1.200 se/tes• 2 DETERMINAÇÕES DE UMIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 400• 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes• 1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes• PERDAS POR ACIDENTE = 400 se/tes• TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes• Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes.

• TESTE DE VIABILIDADE INICIAL = 400 se/tes• DETERMINAÇÃO DA UMIDADE = 200 se/tes• 6 TESTES DE VIABILIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 1.200 se/tes• 2 DETERMINAÇÕES DE UMIDADE DURANTE A CONSERVAÇÃO = 400• 3 DISTRIBUIÇÕES DE SEMENTES = 300 se/tes• 1 REGENERAÇÃO = 100 se/tes• PERDAS POR ACIDENTE = 400 se/tes• TOTAL DE SEMENTES = 3.000 se/tes• Obs: Se heterogênea sugere-se : 12.000 sementes.

Periodicidade da monitoração: 10 anos para os acessos incorporados com viabilidade inicial acima de 85%. 5 anos para os acessos incorporados com viabilidade inicial abaixo de 85%.

Page 11: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

ACONDICIONAMENTO DAS SEMENTESACONDICIONAMENTO DAS SEMENTES

•ACONDICIONAMENTO: Sugere-se o uso de embalagens herméticas, para não alterar a umidade, podendo ser latas de alumínio (foto) ou sacos aluminizados (foto anterior).

Foto: Câmara-fria de longo prazo, com grão de bico. Icrisat, Índia

•METODOLOGIA: Utilizam-se regras Internacionais de análise de sementes: ISTA, 1993; Manual de Tecnologia de Sementes para BAGs, Ellis et al.,1985; Protocolo de Sementes no Armazenamento, Hong & Ellis, 1996.

Page 12: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Exemplos comprovados: AVEIA = 123 ANOS

CEVADA = 123 ANOS

ERVILHA = 130 ANOS

QUIABO = 125 ANOS

TOMATE = 124 ANOS

SOBREVIVÊNCIA DAS SEMENTES ORTODOXAS

SOBREVIVÊNCIA DAS SEMENTES ORTODOXAS

Foto: Câmara fria de médio prazo, com 5oC, no IACFoto: Câmara fria de médio prazo, com 5oC, no IAC

Considera-se que a conservação de sementes ortodoxas, com umidade e temperatura (-10 oCa -20oC)controladas, pode ser realizada “ad eternum” com poder germinativo e vigor adequados.

Page 13: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

PANORAMA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS

• 6 milhões de acessos conservados (1470 bancos)• 2 a 3 milhões (sementes ortodoxas)• 14% - conservadas a longo prazo• 75 países armazenam em condições de médio e longo prazo• 35 atendem aos padrões internacionais para conservação a longo prazo (15 na Europa, 7 nas Américas, 5 na Ásia, 4 na África e 4 nos países do Oriente Próximo)

PANORAMA MUNDIAL DA CONSERVAÇÃO DE RECURSOS GENÉTICOS VEGETAIS

• 6 milhões de acessos conservados (1470 bancos)• 2 a 3 milhões (sementes ortodoxas)• 14% - conservadas a longo prazo• 75 países armazenam em condições de médio e longo prazo• 35 atendem aos padrões internacionais para conservação a longo prazo (15 na Europa, 7 nas Américas, 5 na Ásia, 4 na África e 4 nos países do Oriente Próximo)

Page 14: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

• 48% - cereais (trigo,14%; arroz, 8%; milho 5%)• 16% são leguminosas alimentícias• 10% forrageiras• 8% hortaliças• 4% fruteiras• 4% raízes e tubérculos,• 2% fibrosas• 2% oleaginosas

CHINA 300.000

EUA 268.000

ALEMANHA 160.000

JAPÃO 146.091

ÌNDIA 144.109

KOREA 115.639

CANADÁ 100.000

BRASIL 90.000

NÚMERO DE ACESSOS CONSERVADOS A LONGO PRAZO

O QUE E QUANTO SE CONSERVA O QUE E QUANTO SE CONSERVA

CONSERVAÇÃO INTERNACIONAL

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GÊNERO TOTAL L. PRAZ0 %

Triticum 788.654 102.525 13

Oryza 420.341 142.915 34

Zea 261.584 65.396 25

Sorghum 168.550 42.137 25

Hordeum 486.724 48.672 10

Avena 223.287 42.424 19

Phaseolus 268.369 37.571 14

Glycine 176.400 42.336 24

NÚMERO TOTAL DE ACESSOS/LONGO PRAZO

EXEMPLO DE NÚMERO DE ACESSOS EM BAGsEXEMPLO DE NÚMERO DE ACESSOS EM BAGs

O número de acessos ideal para cada BAG é planejado de modo a representar toda a variabilidade da espécie ou gênero conservado.O número de acessos ideal para cada BAG é planejado de modo a representar toda a variabilidade da espécie ou gênero conservado.

Page 16: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

OPERAÇÕES CUSTO (%)

ESTOCAGEM 23,5

INTRODUÇÕES 6,2

TESTE VIAB. 4,2

REGENERAÇÃO 47,0

MULTIPLICAÇÃO 6,8

DISTRIBUIÇÃO 12,1

CIMMYT (123.000 ACESSOS) TRIGO

EXEMPLO DE CUSTOS DE CONSERVAÇÃO POR SEMENTES

EXEMPLO DE CUSTOS DE CONSERVAÇÃO POR SEMENTES

A conservação de recursos genéticos tem um custo que tem que ser levado em consideração ao se montar um Banco de Germoplasma.

Foto: CIMMYT

Page 17: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Assim a Pesquisa Científica trabalha integrada aos agricultores, num sistema de parceria, onde o germoplasma é mantido como parte do sistema agrícola, dentro da própria comunidade, como bancos de sementes ou in vivo.

Assim a Pesquisa Científica trabalha integrada aos agricultores, num sistema de parceria, onde o germoplasma é mantido como parte do sistema agrícola, dentro da própria comunidade, como bancos de sementes ou in vivo.

A estratégia aqui é a de monitorar e proteger diferentes acessos e diferentes espécies cultivadas em um determinado agroecossistema.

A estratégia aqui é a de monitorar e proteger diferentes acessos e diferentes espécies cultivadas em um determinado agroecossistema.

Neste Sistema incluem-se as raças locais, as cultivares tradicionais e os parentes silvestres das espécies cultivadas.

Foto: Conservação realizada por agricultor

Page 18: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Principais alvos: on farmPrincipais alvos: on farm

1. Caiçaras

2. Ribeirinhos

3. Quilombolas

4. Índígenas

1. Caiçaras

2. Ribeirinhos

3. Quilombolas

4. Índígenas

Foto: Cooperativa do Paraná, conservando sementes dos agricultoresFoto: Cooperativa do Paraná, conservando sementes dos agricultores

Page 19: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Exemplo de Metodologia de Conservação On FarmExemplo de Metodologia de Conservação On Farm

Page 20: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Figura: Mapa da Fome indígena no Brasil

•Conservar o germoplasma, evitando sua erosão genética e permitindo a sua coleta;• Disponibilizar sistemas de produção adequados às comunidades;

• Evitar a adoção involuntária de variedades melhoradas;

• Garantir o direito legal das comunidades sobre o seu germoplasma;

• Incentivar a comunidade a volorizar o seu germoplasma.

• Possibilitar o trabalho conjunto com a pesquisa científica;• Possibilitar o intercâmbio entre comunidades;

• Restaurar a diversidade de cultivos alimentares;

•Conservar o germoplasma, evitando sua erosão genética e permitindo a sua coleta;• Disponibilizar sistemas de produção adequados às comunidades;

• Evitar a adoção involuntária de variedades melhoradas;

• Garantir o direito legal das comunidades sobre o seu germoplasma;

• Incentivar a comunidade a volorizar o seu germoplasma.

• Possibilitar o trabalho conjunto com a pesquisa científica;• Possibilitar o intercâmbio entre comunidades;

• Restaurar a diversidade de cultivos alimentares;

OBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARMOBJETIVOS DA CONSERVAÇÃO ON FARM

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Os BAGs têm problemas que limitam o seu uso, tais como: 1. Tamanho da Coleção: O espaço é um fator limitante, tanto no campo como em câmaras-frias. 2. Caracterização e Avaliação: Quanto maior o BAG menor a possibilidade de realizar a caracterização e avaliação. 3. Duplicações: comumente alguns acessos têm mais de uma entrada na coleção, com diferentes sinonímias. 4. Custo De Manutenção: quanto maior número de acessos maior o custo de manutenção.

A estratificação da CN pode ser baseada em: 1. Distribuição geográfica: O local da coleta é determinante na separação de acessos. 2. Caracterização: Dados morfológicos, citogenéticos, bioquímicos e genéticos, são essenciais para uma perfeita distinção entre acessos, inclusive para a detecção de duplicações.

Para a retirada das amostras pode-se utilizar: 1. Amostras iguais a aproximadamente 10% do tamanho do original, com cerca de 70% da representatividade genética da coleção original, não devendo exceder a 3.000 acessos.

COLEÇÃO NUCLEAR (Core collections)COLEÇÃO NUCLEAR (Core collections)

1- COLEÇÃO ATUAL

2- PASSOS PARA FORMAÇÃO DA COLEÇÃO NUCLEAR

3- RETIRADA DE AMOSTRAS DENTRO DE CADA ESTRATO PARA A FORMAÇÃO DA COLEÇÃO NUCLEAR

Page 22: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Idéia: surge com Frankel, 1970, Objetivando: Reduzir o tamanho das coleções de germoplasma, mantendo a representatividade da diversidade genética da espécie e seus parentes silvestres.

Idéia: surge com Frankel, 1970, Objetivando: Reduzir o tamanho das coleções de germoplasma, mantendo a representatividade da diversidade genética da espécie e seus parentes silvestres.

COLEÇÕES NUCLEARES (CORE COLLECTIONS)COLEÇÕES NUCLEARES (CORE COLLECTIONS)

Representatividade: Brown (1989), sugere que 10% do total de acessos representa aproximadamente 70% da variabilidade genética de uma coleção. Para coleções muito grandes sugere não exceder a 3.000 acessos.

Informações fundamentais: Dados de passaporte; dados de caracterização e avaliação agronômica, morfológica, taxonômica e genética.

Informações fundamentais: Dados de passaporte; dados de caracterização e avaliação agronômica, morfológica, taxonômica e genética.

Vantagens: Segundo Vilela-Morales et al (1997) são o maior número de acessos identificados, caracterizados e avaliados, a baixa redundância genética, o menor número de acessos, o menor custo operacional e a maior chance de uso.

Vantagens: Segundo Vilela-Morales et al (1997) são o maior número de acessos identificados, caracterizados e avaliados, a baixa redundância genética, o menor número de acessos, o menor custo operacional e a maior chance de uso.

Existem 51 espécies em coleções nucleares. Exemplos: Alfafa (foto), Amendoim, Couve, Ervilha, Feijão, Grão-de-bico e Lentilha. No Brasil 4 são expressivas: Milho (300), Arroz (600) e Mandioca (Embrapa) e Pupunha (Impa) – todas com caracteres morfológicos e geográficos.

Existem 51 espécies em coleções nucleares. Exemplos: Alfafa (foto), Amendoim, Couve, Ervilha, Feijão, Grão-de-bico e Lentilha. No Brasil 4 são expressivas: Milho (300), Arroz (600) e Mandioca (Embrapa) e Pupunha (Impa) – todas com caracteres morfológicos e geográficos.

Page 23: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Cultivares tradicionais, elite e linhagens• selecionada pelo tipo de grão;• pela região de cultivo;•pelo sistema de cultivo;• pelo local de origem do acesso; etc.•com uso do Sistema de informação geográfica (SIG).

Cultivares tradicionais, elite e linhagens• selecionada pelo tipo de grão;• pela região de cultivo;•pelo sistema de cultivo;• pelo local de origem do acesso; etc.•com uso do Sistema de informação geográfica (SIG).

Seleção dos acessos para compor a CNSeleção dos acessos para compor a CN

FOTO: CIMMYT

Uso dos critérios geográficos na estruturação de Coleções Nucleares:

- Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm sido utilizados no estudo de Recursos Genéticos, através do SIG é possível cruzar as informações geográficas sobre os locais de coleta dos acessos com mapas ambientais, permitindo obter uma classificação do germoplasma de acordo com o seu ambiente de origem.

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• É a conservação de plantas in vivo, ex situ, plantadas de modo ordenado a facilitar a obtenção dos dados.

Devido ao grande espaço ocupado, normalmente utiliza-se apenas 3 a 5 plantas de cada acesso, sem repetição, na conservação do BAG.

Page 25: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

CONSERVAÇÃO EM TELADO E CAMPO CONSERVAÇÃO EM TELADO E CAMPO

Foto: BAG-Arachis do CENARGEN/EMBRAPA - DF

•CONSERVAÇAO: Pode ser utilizada para todas espécies, mas, tradicionalmente é aplicada para espécies recalcitrantes e intermediárias, pela dificuldade em conservar como sementes. O lote tem que ser plantado de modo a possibilitar o seu uso em pesquisas científicas. Ex: mandioca e cará;

•RECOMENDADA: Para espécies perenes, arbóreas, silvestres, semidomesticadas, heterozigotas, de reprodução vegetativa, de sementes de vida curta, de sementes sensíveis à secagem;

•PROBLEMAS: Ocupam muito espaço e não possibilitam uma boa representatividade da diversidade genética da espécie, estando sujeitas a desastres naturais, no caso do campo.

Page 26: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

• Cultura de Tecidos: conservam-se pequenas plantas em tubos com Agar nutritivo;

• Apropriado para: clonagem em grande escala de um único acesso, conservação em crescimento retardado;

• Variáveis: temperatura e nutrientes;• Recomendado: plantas que não produzem sementes, aquelas que se

reproduzem por rizomas ou bulbos;• Parte utilizada: embriões e pontas de raízes;• Espécies: mandioca, batata, cana-de-açúcar, banana, baunilha, cacau,

fruteiras temperadas, raízes e tubérculos, etc;.• ProblemaS: Instabilidade genética e curto período de conservação,

sem repicagem.

• Cultura de Tecidos: conservam-se pequenas plantas em tubos com Agar nutritivo;

• Apropriado para: clonagem em grande escala de um único acesso, conservação em crescimento retardado;

• Variáveis: temperatura e nutrientes;• Recomendado: plantas que não produzem sementes, aquelas que se

reproduzem por rizomas ou bulbos;• Parte utilizada: embriões e pontas de raízes;• Espécies: mandioca, batata, cana-de-açúcar, banana, baunilha, cacau,

fruteiras temperadas, raízes e tubérculos, etc;.• ProblemaS: Instabilidade genética e curto período de conservação,

sem repicagem.

Foto: Conservação in vitro, no IAC

Page 27: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Baixo custo Coleta em qualquer época do ano Eliminação de viroses Produção de clones Multiplicação rápida Germinação de sementes imaturas Facilita intercâmbio (troca de material)

Equipamentos caros Necessidade de Treinamento Necessidade de mão de obra

especializada

Foto: Conservação in vitro de amarilis, no IAC

Page 28: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Ex: SADH, CCC, AAS

1.Redução de temperaturadesacelera o metabolismo celular

2.Adição de inibidoresreduz alongamento das hastesinibe divisão celularinibe síntese de etileno

3.Emprego de osmóticos ao meioredução na absorção de água e nutrientes

Ex: manitol, sacarose

Técnicas de Conservação In vitroTécnicas de Conservação In vitro

Foto: Pesquisador visitante da Nigéria, no laboratório do IAC

Page 29: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Manihot dichotoma

T. esculentaSalacia sp.

E. dysenterica H. speciosa E. uniflora

CONSERVAÇÃO IN VITROCONSERVAÇÃO IN VITRO

Tabela 3- Espécies conservadas in vitro na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Abacaxi(Ananas comosus)

Baunilha(Vanilla sp)

Menta(Mentha sp)

Aspargo(Asparagus officinalis)

Cará(Dioscorea sp)

Morango(Ananas comosus)

Banana(Musa sp.)

Estévia(Stevia rebaudiana )

Orégano(Origanum vulgare)

Batata(Solanum sp.)

Inhame(Colocasia sp)

Uva(Vitis sp.)

Batata-doce(Ipomea batatas )

Mandioca(Maniot esculenta)

ESPÉCIESS CONSERVADAS NA EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS (CENARGEN)

ESPÉCIESS CONSERVADAS NA EMBRAPA RECURSOS GENÉTICOS (CENARGEN)

Fotos: Exemplos de Conservação in vitro no CENARGEN

Page 30: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

• Esta parece ser a melhor solução para a conservação in vitro a longo prazo. Nitrogênio líquido a –196ºC, com a virtual paralisação de todos processos biológicos, os quais poderiam ser teoricamente conservados indefinidamente (Materiais: Sementes, Calos, Ápices caulinares, embriões somáticos ou zigóticos, in vitro (suspensões celulares), gemas axilares e Pólens).

Foto: Embrapa/Cenargen

Page 31: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Conservação de material biológico

em nitrogênio líquido

(-196°C) - (ou seu vapor a -150°C)

Conservação de material biológico

em nitrogênio líquido

(-196°C) - (ou seu vapor a -150°C)

Foto: Crio no IAC

Page 32: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Congelamento lento - VitrificaçãoCongelamento lento - Vitrificação

Page 33: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Congelamento ultra-rápido - Sacarose

Page 34: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

CONSERVAÇÃO “IN SITU”CONSERVAÇÃO “IN SITU”

•Significa: Conservação das plantas dentro de seus habitats naturais; •Significa: Conservação das plantas dentro de seus habitats naturais;

•O IBPGR sugeriu, em 1984, as seguintes culturas e áreas prioritárias para conservação “in situ”:•O IBPGR sugeriu, em 1984, as seguintes culturas e áreas prioritárias para conservação “in situ”:

Page 35: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Inúmeros são os métodos aplicados para determinar o tamanho da área necessária para se conservar determinadas espécies em risco de extinção. A seguir mostramos um exemplo de Kageyama e Lepsch Cunha:

Área necessária para Preservação In SituÁrea necessária para Preservação In Situ

Área de Proteção Ambiental Municipal Capivari-Monos (SP)

Page 36: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

Áreas prioritárias de conservação In Situ do Cerrado e Pantanal

87 ÁREAS PRIORITÁRIAS

Page 37: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

82 ÁREAS PRIORITÁRIAS

Áreas prioritárias de conservação da CaatingaÁreas prioritárias de conservação da Caatinga

Page 38: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

182 ÁREAS PRIORITÁRIAS

Áreas prioritárias de conservação da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos

Áreas prioritárias de conservação da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos

Page 39: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

164 ÁREAS PRIORITÁRIAS

Áreas prioritárias de conservação das zonas Costeira e Marinha

Áreas prioritárias de conservação das zonas Costeira e Marinha

Page 40: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

385 ÁREAS PRIORITÁRIAS

Áreas prioritárias de conservação da CaatingaÁreas prioritárias de conservação da Caatinga

Page 41: Mesa 2   conservação renato jundiaí2012

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIAHoyt, E. Conservação dos Parentes Silvestres das Plantas Cultivadas. Brasília. IBPGR, IUCN, WWF, EMBRAPA/CENARGEN. 52p.1992.

Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Biodiversidade: roteiro de consulta para elaboração de uma proposta. Brasília: MMA/SBF, 2000. 48p.

Ministério do Meio Ambiente. Normas Internacionais de conservação para jardins botânicos/Conselho Nacional do Meio Ambiente, Rede Brasileira de Jardins Botânicos, Instituto de Pesuisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Botanic Gardens Conservation International. Rio de Janeiro: EMC, 2001. 109p.

Primach, R.B & Rodrigues, E. Biologia da Conservação. Londrina: E.Rodrigues, 2001. 328p. 2001.

Diegues, A.C. Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: USP, 2000. 290p.

Ministério do Meio Ambiente. Estratégias para Conservação e Manejo de Recursos Genéticos de Plantas Medicinais e Aromáticas: Resultados da 1a. Reunião Técnica/ Roberto Fontes Vieira... (et al.) – Brasília: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia/ Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)/CNPq, 2002. 184p.