anÁlise da estrutura da paisagem da estaÇÃo … mesas/mesa... · principal instrumento da...
TRANSCRIPT
ANÁLISE DA ESTRUTURA DA PAISAGEM DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE
GUARAQUEÇABA, PARANÁ - BRASIL
MAYSSA MASCARENHAS GRISE Bióloga, Doutoranda em Engenharia Florestal, UFPR, Brasil.
DANIELA BIONDI Engenheira Florestal, Prof.ª Dra. em Engenharia Florestal.
EVERALDO LIMA NETO Engenheiro Florestal, Doutorando em Engenharia Florestal.
INTRODUÇÃO
O estabelecimento de Áreas Protegidas (AP) é o principal instrumento da conservação da biodiversidade (BENSUSAN, 2006). No Brasil o Sistema Nacional de Unidades de Conservação instituiu e normatizou as AP em Unidades de Conservação (UCs) (BRASIL, 2000). Apenas o estabelecimento de AP não garante a preservação de uma área natural (TOSSULINO et al., 2006). Existe a necessidade de otimizar a conservação nas AP já existentes.
INTRODUÇÃO
O Estudo da paisagem auxilia: manejo de AP; estabelecimento de prioridades de conservação, definição de novas AP. Para tal, o uso de técnicas do sensoriamento remoto e
sistema de informações geográficas vêm expandindo (FORMAN,
1995), oferecendo os meios para uma análise quantitativa da estrutura da paisagem (PRIMACK; RODRIGUES, 2002).
O Estado do Paraná detém a maior parcela contínua de Floresta Atlântica do Brasil.
Formada por várias AP Estação Ecológica (EE) de Guaraqueçaba: importante pela presença de espécies raras e ameaçadas de extinção, inserida nos limites da Área de Proteção Ambiental (APA) Federal de Guaraqueçaba.
OBJETIVOS Analisar a estrutura da paisagem, matriz e fragmentos, da EE de Guaraqueçaba e de sua zona de amortecimento (ZA), através da classificação da cobertura do solo e de sua delimitação de área, a partir de imagens digitais e cartas.
MATERIAL E MÉTODOS
ÁREA DE ESTUDO
Sistema de Projeção Cartográfica - UTMDatum - SAD 69 Zona 22 S
700000
700000
720000
720000
740000
740000
760000
760000
780000
780000
800000
800000
71
6
00
00
71
600
00
71
8
00
00
71
800
00
72
0
00
00
72
000
00
72
2
00
00
72
200
00
72
4
00
00
72
400
00
Paraná
Guaraqueçaba
Antonina
Paranaguá
Campina
Oceano Atlântico
Grande do Sul
0 10 205 Km
Brasil
Legenda
Estação Ecológica de Guaraqueçaba
MATERIAL E MÉTODOS
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
1º Processamento da Imagem
2º Edição da Imagem
3º Análise da Estrutura da Paisagem
Imagens Landsat - cenas 220/077 220/078
Mosaico das cenas e recorte da Área de estudo
Correção Geométrica GCP
Conversão dos dados e edição da tabela de atributos
Imagem classificada formato raster
Filtragem da imagem classificada
Acurácia amostras de treinamento
Classificação Supervisionada Máxima Verossiemelhança
Mapas 1:50.000 e 1:100.000
Decreto de criação da EE
Delineamento dos limites da EE
Definição da matriz e fragmentos
Análise da estrutura da paisagem da EE
Legislação da EE
Funcionalidade Espacial da EE
RESULTADOS E DISCUSSÕES COBERTURA DO SOLO DA EE DE GUARAQUEÇABA
760000
760000
765000
765000
770000
770000
775000
775000
780000
780000
719
00
00
719
00
00
719
50
00
719
50
00
720
00
00
720
00
00
720
50
00
720
50
00
¯
0 5 102,5 Km
660000
660000
740000
740000
820000
820000
71
6
00
00
71
600
00
72
4
00
00
72
400
00
Legenda
Água
Solo Exposto
Áreas Urbanas
Vegetação Nativa
Vegetação Alterada
760000
760000
765000
765000
770000
770000
775000
775000
780000
780000
719
00
00
719
00
00
719
50
00
719
50
00
720
00
00
720
00
00
720
50
00
720
50
00
¯
0 5 102,5 Km
660000
660000
740000
740000
820000
820000
71
6
00
00
71
600
00
72
4
00
00
72
400
00
Legenda
Água
Solo Exposto
Áreas Urbanas
Vegetação Nativa
Vegetação Alterada
760000
760000
765000
765000
770000
770000
775000
775000
780000
780000
719
00
00
719
00
00
719
50
00
719
50
00
720
00
00
720
00
00
720
50
00
720
50
00
¯
0 5 102,5 Km
660000
660000
740000
740000
820000
820000
71
6
00
00
71
600
00
72
4
00
00
72
400
00
Legenda
Água
Solo Exposto
Áreas Urbanas
Vegetação Nativa
Vegetação Alterada
Água 0,87%
Área
Urbanizada 0,01%
Vegetação
Alterada 0,09%
Vegetação
Nativa 97,99%
RESULTADOS E DISCUSSÕES COBERTURA DO SOLO DA ZA DA EE DE GUARAQUEÇABA
750000
750000
760000
760000
770000
770000
780000
780000
790000
790000
718
00
00
718
00
00
719
00
00
719
00
00
720
00
00
720
00
00
721
00
00
721
00
00
¯
0 5 102,5 Km
660000
660000
740000
740000
71
6
00
00
71
600
00
72
4
00
00
72
400
00
Legenda
Água
Areia
Solo Exposto
Áreas Urbanas
Vegetação Nativa
Vegetação Alterada
Área da ZA fora da APA de Guaraqueçaba
Estação Ecológica de Guaraquecaba
750000
750000
760000
760000
770000
770000
780000
780000
790000
790000
718
00
00
718
00
00
719
00
00
719
00
00
720
00
00
720
00
00
721
00
00
721
00
00
¯
0 5 102,5 Km
660000
660000
740000
740000
71
6
00
00
71
600
00
72
4
00
00
72
400
00
Legenda
Água
Areia
Solo Exposto
Áreas Urbanas
Vegetação Nativa
Vegetação Alterada
Área da ZA fora da APA de Guaraqueçaba
Estação Ecológica de Guaraquecaba
7.38%
17.73%
3.59%
0.56% 1.09%
69.09%
54.95%
Área da ZA da EE fora
da APA
Água Área urbanizada
Areia Solo exposto Vegetação nativa
Vegetação alterada
A EE de Guaraqueçaba é formada quase na totalidade por uma matriz de vegetação nativa, a qual garante a conservação e funcionalidade desta paisagem.
CONCLUSÕES
A EE é constituída por uma área descontínua, onde a matriz de vegetação nativa é interrompida, não somente pela presença de fragmentos, mas também pelas características que delimitam sua área. Esta UC deveria ter uma área contínua e homogênea que abrangesse as áreas marinhas as quais fazem parte e interferem diretamente no mangue.
CONCLUSÕES
A APA Federal de Guaraqueçaba funciona como ZA ao redor da EE, entretanto não contempla a totalidade da sua ZA uma vez que não protege as áreas marinhas circundantes. Isto evidencia uma falha no Sistema de UCs que não oferece atenção e proteção às áreas marinhas.
CONCLUSÕES
REFERENCIAS BENSUSAN, N. 2006. Conservação da biodiversidade em áreas protegidas. Rio de Janeiro: FGV. BRASIL. 2000. Lei n. 9.985, 18/07/ 2000. Regulamenta o artigo 225 da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Diário Oficial da União, Brasília. FORMAN, R. T. T. 1995. Land Mosaics: the ecology of landscapes and regions. New York: Cambridge University Press. MILANO, M. S. 1990. Estudos da paisagem na avaliação de impactos ambientais. Curitiba. PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. 2002. Biologia da conservação. 3. ed. Londrina: Editora Vida. TOSSULINO, M. de G. P.; MUCHAILH, M. C.; CAMPOS, J. B. 2006. A importância do correto enquadramento das UCs para a sua efetividade. In: CAMPOS, J. B.; TOSSULINO, M. de G. P.; MÜLLER, C. R. (org.). Unidades de Conservação: ações para valorização da biodiversidade. Curitiba: IAP. p. 259-277. Photographs: http://www.adeturlitoral.com.br/br/?pg=destinos/guaraquecaba/galeria and SPVS.