mercado financeiro

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE MERCADO DE CRÉDITO BRASILEIRO Por: Fábio de Oliveira Araújo Orientadora Prof. Ana Paula Alves Ribeiro Rio de Janeiro 2008

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como funciona o mercado financeiro

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    MERCADO DE CRDITO BRASILEIRO

    Por: Fbio de Oliveira Arajo

    Orientadora

    Prof. Ana Paula Alves Ribeiro

    Rio de Janeiro

    2008

  • 2

    UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    PROJETO A VEZ DO MESTRE

    MERCADO DE CRDITO

    Apresentao de monografia Universidade

    Candido Mendes como requisito parcial para

    obteno do grau de especialista em Gesto em

    Instituio Financeira

    Por: . Fbio de Oliveira Araujo.

    jjjjjjj

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    ... A Deus por sua infinita bondade e a

    minha famlia que tanto amo.

    jjjjjjj jjjjjjj

  • 4

    DEDICATRIA

    Dedico ao meu pai e minha me , que me

    ajudaram a formar o meu carter e a

    minha esposa e minha filha pelo tempo

    que entreguei ao projeto.

    jjjjjjj

  • 5

    RESUMO

    O cenrio otimista do crdito vem sendo uma mina de ouro para as instituies

    financeiras, mas mesmo assim, existe uma dificuldade de ter uma carteira de

    clientes sadia, pois, a inadimplncia neste segmento de mercado tem

    aumentado de uma forma significativa. Falta um melhor instrumento de anlise

    por parte das instituies financeiras na concesso de crdito. A capacidade

    do cliente por vezes negligenciada, para que haja emprstimos e

    financiamentos que muitas das vezes s sero recebidos atravs de aes

    judiciais. O presente trabalho mostra ferramentas que uma instituio

    financeira deve usar para evitar o mau pagador. Pois o alto ndice de

    inadimplentes demonstra que h falhas no processo de concesso de crdito,

    os critrios de concesso, tem como finalidade minimizar as perdas de capital;

    a qual conheceremos a cada capitulo deste trabalho

    Palavras-chaves: Crdito; Anlise de crdito; finanas

  • 6

    METODOLOGIA

    Pesquisa ser bibliogrfica, pois utilizar dados coletados de fonte

    primria ou secundria, para conceber o embasamento terico. As

    informaes sero coletadas atravs da imprensa escrita (jornais e revistas),

    publicaes (impressas ou em meio eletrnico) e livros.

  • 7

    SUMRIO

    INTRODUO 08

    CAPTULO I - Conceito de Crdito 10

    CAPTULO II - Gesto de crdito 16

    CAPTULO III - Concesso de Crdito 20

    CAPITULO IV - Recuperao de Crdito e cobrana 29

    CONCLUSO 33

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34

    NDICE 36

  • 8

    INTRODUO

    Antes de entrar no assunto mercado de crdito devemos primeiro entender

    o que significa cada palavra separadamente. Mercado o lugar onde so

    oferecidos produtos ou servios e crdito uma palavra que deriva do latim

    credere que significa acreditar.

    O mercado de crdito no Brasil cresce de forma significativa desde a

    criao do real (em 1994/1995) e torna-se cada vez mais promissor.

    Possivelmente se d por causa da estabilidade monetria,o que torna possvel

    que as Instituies Financeiras (Bancos e Financeiras) concedam crdito com

    mais facilidade face a diminuio da taxa de juros. No Brasil, as Instituies

    Financeiras so mais atuantes na compra dos direitos de crdito, que

    definido como financiar mercadoria, servio ou importncia em dinheiro, para

    pagamento futuro; em curto, mdio ou longo prazo. Portanto, ao ceder a

    terceiro uma determinada mercadoria ou importncia em dinheiro mediante o

    compromisso formal (contrato) de reembolso no futuro, assim se efetua a

    venda de crdito. Porm, quando se vende ou empresta a crdito,

    freqentemente, o valor a ser pago no ser o mesmo, far um acrscimo de

    um valor, denominado custo do crdito que so correes relativas ao capital

    depositado pelo investidor acrescido de um spread, que a parte

    acrescentada ao pagamento do investidor, que fica com a empresa, para fazer

    frente aos impostos, custos, riscos e remunerao.

    importante falar do risco porque uma taxa incorporada ao spread, que

    visa desenvolver um fundo para fazer face ao pagamento dos investidores,

    referente aos tomadores de crdito inadimplentes. Quando a Instituio

    Financeira empresta e o tomador no paga e chega o momento de devolver o

    capital do investidor acrescido da taxa Selic, o banco recorre a este fundo para

    honrar seu compromisso. Logo, quanto maior o nmero de inadimplentes,

    maior ser a taxa de risco e em conseqncia, o custo do emprstimo.

  • 9

    Hoje, os grandes desafios das Instituies Financeiras so as dificuldades,

    para o recebimento do seu capital investido em vendas a longo prazo e

    manter-se no mercado de crdito de modo competitivo. Em considerao esse

    contexto passa-se a formular o seguinte problema: Como realizar com

    eficincia a Anlise e concesso de crdito.

    Tenho como justificativa o estudo deste tema entender como o mercado

    de crdito, impulsiona o crescimento econmico do pas e aferir as qualidades

    e falhas do mercado de crdito.

    Sendo o objetivo Geral apresentar como as Instituies Financeiras

    podem promover resultados de eficincia no mercado de Crdito e os

    especficos levantar a atuao das Instituies Financeiras no mercado de

    Crdito e os benefcios que empresas obtm em associar se a elas; b)

    descrever o plano de preveno no mercado de crdito que evitem os

    fraudadores e inadimplentes; c) Analisar como realizado o plano de gesto

    de crdito aplicado em algumas instituies financeiras.

    O trabalho se dividir em quatro captulos: no captulo primeiro, ser

    conceituado a importncia do crdito; sua funo e origem; no segundo

    capitulo como as empresas gerenciam o a oferta de crdito; j no terceiro

    capitulo ser falado como as instituies fornecem o credito e suas maneiras

    de analisarem e no quarto capitulo como as instituies fazem para recuperar

    os recursos que emprestou quando o cliente se torna inadimplente.

    CAPTULO I

  • 10

    CONCEITO DE CRDITO

    O mercado de Crdito procura suprir as necessidades de caixa, dos

    agentes econmicos atravs do crdito que as pessoas (fsicas e Jurdicas)

    usam para sair de uma dvida ou para realizar um novo investimento.

    As instituies financeiras que concedem crdito necessitam de um

    procedimento para decidir se emprestaram ou no o capital ao tomador

    (cliente). Essa deciso essencial para o resultado financeiro das instituies

    financeiras, j que o lucro dos credores esta diretamente associado a

    quantidade de clientes aprovados e ao percentual de clientes que pagam as

    dividas adquiridas.

    A gesto e anlise de risco de crdito abrange conhecimento

    relacionados a intermediao financeira, ao papel do banco mltiplo e ao

    crdito em termos de conceito, risco e poltica.

    Cada transao financeira e uma operao de emprstimo. O mundo das finanas gira ao redor de credito, de transferncia de valores que tem como contrapartida a promessa de devoluo dos mesmos valores acrescido de juros ou outro tipo anlogo de rendimento, como dividendos, alugueis arrendamento etc. A transao financeira se caracteriza pelo fato de no envolver transferncia definitiva do valor, como e o caso de compras e vendas de mercadoria (Singer, 2000,p.23):

    O Crdito um dos produtos mais consumidos no Brasil. A populao

    comemora uma inflao quase zero e uma taxa de juros baixa: a menor

    desde agosto de 1998. Com isso, o brasileiro pode comprar mais e ativar o

    Mercado de Crdito. Com este crescimento acelerado do pas, fez crescer e

    nascer um nmero enorme de Financeiras que so instituies que visam

    dar crdito. Com o aparecimento destas instituies o mercado ficou mais

    competitivo e cada vez mais o crdito se torna facilitado, para alcanar um

    numero maior de clientes, porm muitos destes clientes se tornam

  • 11

    inadimplentes por algum motivo, que um risco que estas instituies tem

    que passar. Ainda diz que.

    A origem bsica do risco a imprevisibilidade da sina humana, imprevisibilidade que maior numa sociedade regida no pela tradio e rotina mas por competio e inovao. Esta questo imensamente controversa. A existncia de risco em qualquer contrato que se estende no tempo inegvel, mas a doutrina neoclssica sustenta que o risco pode ser previsto e medido. Logo, ele no seria propriamente risco mas uma caracterstica mensurvel do prestatrio o que permitiria ao prestamista incorporar taxa de juros uma taxa de risco que o protegeria inteiramente da eventualidade do sinistro. (Singer, 2000,p 23)

    Pesquisar o Mercado de Crdito nos leva a perceber o quanto ele

    importante para as empresas que precisam financiar seus produtos, quanto

    para o consumidor que no pode quitar o produto a vista. As Instituies

    Financeiras aproveitam esta necessidade mtua para negociar com ambas as

    partes quitando o valor do produto a vista com ou sem reteno de parte do

    valor para a empresa que vende o produto e recebendo este valor

    acrescentado de juros do consumidor, que vai pagar o produto parcelado.

    Tendo em vista que na sociedade algumas pessoas tm dinheiro em

    excesso e outras tm a necessidade e o poder de aplic-lo para os diversos

    fins - comrcio, indstria, produo agropecuria e consumo as Instituies

    Financeiras entra como intermedirio por meio de contratos prprios

    depsitos, descontos, emprstimos, financiamentos etc. com o objetivo de

    receber o capital de uns para entreg-lo a outros, ampliando assim o poder

    aquisitivo da populao. Isso propicia a circulao da riqueza que possibilita a

    produo de outros bens em proveito geral da comunidade.

    A disponibilidade de crdito de suma importncia para promover o

    crescimento econmico.

  • 12

    1.1 Atuao das instituies financeiras no mercado de crdito.

    As instituies financeiras tm um mercado muito amplo desta forma

    iremos atuar apenas na concesso de crdito para pessoa fsica que se divide

    em: Emprstimo Pessoal, Emprstimo Pessoal por Consignao. Leasing e

    Crdito Direto ao Consumidor.

    a) Emprstimo Pessoal que uma modalidade de emprstimo, oferecida

    por uma instituio financeira que a pessoa utilizar para atender suas

    necessidades temporrias de dinheiro, sem que o cliente precise comprovar o

    destino do dinheiro, por exemplo a compra de um bem ou saldar uma dvida.

    Segundo Fortuna (1998) Este produto atinge a todo tipo de pessoas tais como

    assalariados, autnomos, profissionais liberais, informais, aposentados todos

    aqueles que tem ou gere renda.

    Ainda para Fortuna (1998), emprstimo pessoal por consignao que

    uma modalidade de emprstimo que deduzida direto por meio de dbito

    direto do pagamento. Esta modalidade s pode ser adquirida por funcionrios

    pblicos,militares, aposentados e pensionista do INSS.

    b) Leasing tambm denominado arrendamento mercantil, uma operao

    em que o proprietrio (empresa de arrendamento mercantil) de um bem mvel

    ou imvel cede a terceiro (cliente, "comprador") o uso desse bem por prazo

    determinado, recebendo em troca uma contraprestao. Ao final do contrato

    de arrendamento, o arrendatrio tem a opo de comprar o bem por valor

    previamente contratado; renovar o contrato por um novo prazo, tendo como

    principal o valor residual ou devolver o bem ao arrendador. uma operao de financiamento sob a forma de locao particular, de mdio a longo prazo, com base em um contrato , de bens mveis e imveis, onde intervm uma empresa de leasing (arrendador), a empresa produtora do bem objeto do contrato (fornecedor) e a

  • 13

    empresa que necessita utiliz-lo (arrendatrio) (Fortuna 1998,p.130)

    c) Crdito direto ao consumidor (CDC) so os financiamentos concedidos

    pelas Financeiras, a pessoas fsicas ou jurdicas, para aquisio de bens ou

    servios. A quitao do financiamento feita normalmente em prestaes

    mensais, iguais e sucessivas. Tendo o prazo mnimo de financiamento um ms

    e o mximo 48 meses. O bem comprado fica como garantia do emprstimo.

    Em caso de no pagamento, a financeira pode retomar o bem. Isso comum

    no caso de bens de maior valor, como automveis, que tm valor no mercado.

    No caso de bens de pequeno valor, na maioria das vezes no h execuo da

    garantia. O inadimplente perde, no entanto, porque tem seu nome includo nas

    listas de maus pagadores. Ainda fala. " o financiamento concedido por uma financeira para aquisio de bens e servios por seus clientes. O bem assim adquirido, sempre que possvel, serve como garantia da operao ficando a ela vinculado pela figura jurdica da alienao fiduciria pela qual o cliente transfere financeira a propriedade do bem adquirido com o dinheiro emprestado, at o pagamento total de sua divida." (Fortuna 1998,p.130)

    1.2 A importncia do crdito.

    Com o aumento do consumo do povo brasileiro, graas a abertura

    comercial, que trouxe na dcada passada a competio de produtos

    importados, agora o novo impulso vem do aumento de crdito e elevao da

    renda dos mais pobres, resultando a sada de famlias da classe E e D para a

    classe C que tem a renda entre quatro a dez salrios mnimos. Para Vieira

    (2006) nesta faixa que aumentou o consumo em todos os setores sendo o

    crdito o fator que leva as pessoas a adquirirem o produto em questo.

    O crdito, assim de forma vasta, o giro de bens e valores, juntos no seu

    conceito que apresenta maior caracterstica: O tempo e confiana. A

    importncia do crdito aumenta nos dias atuas. Pois como se sabe, as

  • 14

    relaes negociais ultrapassou fronteiras no pas, de maneira clara e

    vertiginosa, sendo ele o motor indispensvel ao desenvolvimento econmico

    de todos os povos civilizados.

    A sua presente democratizao, certa, haja o quadro de demanda

    crescente da sociedade moderna, em que grande parte da populao, seja

    assalariada, seja de maior capital, faz uso dirio, entre outros, de emprstimos

    bancrios, cartes de crdito e cartes de dbito.

    O cidado (a pessoa fsica) um agente transformador do sistema e da

    prpria sociedade e busca alcanar melhor qualidade de vida, adquirir bens de

    consumo, participar da riqueza produzida no pas.

    O total do crdito concedido pelas instituies financeiras no Brasil

    alcanou R$ 623,9 bilhes em maro ltimo, representando 31,6% do PIB. H

    um ano atrs esses valores (em termos nominais) eram, respectivamente, de

    R$ 521,6 bilhes e 27,7% do PIB. Houve, portanto, uma expressiva evoluo

    do crdito (de 23,8% sem descontar a inflao), evoluo esta que pode ter

    seqncia ao longo do corrente ano, na medida em que as taxas de

    inadimplncia pelo menos at o momento no mostram sinais de elevao.

    Contudo, algumas caractersticas da evoluo do crdito precisam ser

    salientadas. (Vieira 2006).

    O avano do credito para a famlia tem sido maior que os das empresas

    enquanto em um ano o aumento de crdito para as famlias era de 41,5% os

    da empresa 10,5% observa-se ento a importncia do crdito.

    1.3 O juro no mercado de crdito.

    O entendimento de juros e muito velho, ele tem sido fortemente difundido e

    utilizado no decorrer dos anos. Esse conceito surgiu espontaneamente quando

  • 15

    o homem percebeu existir uma apertada relao entre o capital ( moeda) e o

    tempo. Processos de acumulao de riqueza e a desvalorizao do dinheiro

    levariam normalmente a idia de juros, pois se realizavam basicamente devido

    ao valor secular do dinheiro. O juro j existe desde a poca das primeiras

    civilizaes que surgiram na terra. Um dos primeiros indcios surgiram no

    Imprio babilnico em meados do ano de 2000 a C. Nas citaes mais antigas,

    os juros eram pagos com sementes ou de outras convenincias emprestadas..

    A histria tambm revela que a idia se tinha tomado bem estabelecida

    que j existia uma firma de banqueiros internacionais em 575 anos a.C, com

    os escritrios centrais na Babilnia.

    Para Tung (1990) o juro no apenas uma de nossas mais antigas

    aplicaes financeiras, mas tambm seus usos sofreram poucas mudanas

    atravs dos tempos.

    Atravs deste estudo verifiquei que o juros um prmio acrescentado no

    capital empregado em uma atividade produtiva.

    2.1 Resumo e introduo do prximo capitulo

    Neste capitulo aprendemos a importncia do crdito para a economia e

    sua utilidade sendo ele necessrio para suprir uma necessidade de capital que

    o cliente tem sendo esta necessidade um bem ou simplesmente o dinheiro.

    No prximo capitulo vamos entender como as empresas gerenciam o a

    oferta de crdito e as ferramentas que ela utiliza.

    CAPTULO II

    GESTO DE CRDITO

    A gesto de financeira de uma instituio financeira tem como principal

    objetivo a adequao de fontes e aplicaes de recursos com o objetivo de

  • 16

    lucro, ou seja, administrar os ativos um mediante crdito, com disposio para

    assumir riscos e visando obter o melhor resultado possvel.

    A gesto de crdito pode ser definida por estratgia organizacional,

    desenvolvimento do produto, gesto de carteira de crdito e Gesto de

    cobrana de pessoa fsicas:

    a) Estrutura organizacional e estratgia: a administrao estratgica da

    Analise de crdito para pessoas fsicas surge da averiguao do

    ambiente (oportunidade, riscos, concorrncia e reguladores, por

    exemplo) ela defende um modelo onde o quadro de funcionrios seja

    harmnico e que possibilitem a agilidade e segurana nas decises.

    b) Desenvolvimento do produto: O negocio praticamente se inicia com o

    desenvolvimento do produto, no caso emprstimos e financiamentos

    para pessoas fsicas, com formatao para um determinado mercado e

    publico alvo.

    c) Gesto de carteira de crdito: A gesto da carteira de crdito tambm

    requer um forte apoio de TI ( Tecnologia da informaes), de estatstica,

    de tecnologia de crdito e, especialmente de conhecimento de negcios

    isto para diminuir o risco.

    d) Gesto de Cobrana de pessoa fsica: a cobrana vem assumindo um

    papel cada vez mais relevante nas instituio financeiras. O desafio das

    empresas para manter ou aumentar sua participao no mercado requer

    uma poltica de cobrana focada em dois vetores principais, ou

    seja,(1)maximizao da cobrana visando a melhorar o fluxo de caixa

    da empresa e (2) minimizao das perdas de negcios futuros.

    Silva(1996)

  • 17

    2.1 Principais tipos de crdito 2.1.1 Crdito Direto ao Consumidor (CDC)

    o financiamento concedido por um Banco ou Financeira para a aquisio

    de bens e servios por seus clientes. Sua maior utilizao normalmente para

    a aquisio de veculos e eletrodomsticos. O Produto adquirido, sempre que

    possvel, serve como garantia da operao, ficando a ele vinculado pela figura

    jurdica da alienao fiduciria pela qual o proponente transfere ao banco a

    propriedade do bem adquirido com o capital emprestado, at a quitao total

    de sua dvida

    2.1.2 Crdito Pessoal

    O crdito pessoal (CP) uma modalidade que toda e qualquer pessoa

    fsica pode realizar. Trata-se na verdade de uma modalidade realizada entre

    uma pessoa e um banco, onde a pessoa obtm uma quantia desejada de

    capital geralmente de forma fcil e sem muita burocracia. Alguns fatores

    podem influenciar na quantia final recebida e para dar entrada num pedido de

    emprstimo, como renda, experincia de crdito no mercado e avalista.

    2.1.3 Leasing

    As Instituies financeiras costumam apresentar o leasing como mais

    um meio de financiar um bem, mas o contrato deve ser estudado com muita

    ateno, pois trata - se de um financiamento com caractersticas prprias.

    O Leasing, igualmente chamado de arrendamento mercantil, um ato

    em que o possuidor (arrendador, proprietrio, empresa de arrendamento

  • 18

    mercantil) de um bem mvel ou imvel concede a terceiro (arrendatrio,

    cliente, "comprador") a utilizao desse bem por tempo determinado,

    recebendo em troca uma contraprestao.

    Este ato, no sentido financeiro, a um financiamento que utilize o bem

    como garantia e que pode ser amortizado ao longo do tempo com um

    determinado nmero de prestaes peridicas, acrescidas do valor residual

    garantido e do valor devido pela opo de compra.

    Ao final do contrato de arrendamento, o arrendatrio tem as seguintes

    opes:

    -comprar o bem por valor previamente contratado;

    - renovar o contrato por um novo prazo, tendo como principal o valor residual;

    - devolver o bem ao arrendador.

    Leasing uma opo na qual cedido um bem em troca de

    remunerao. A diferena Leasing e aluguel sutil. Enquanto no aluguel o

    cedente tem inteno de conservar a propriedade do bem, findo o contrato, no

    Leasing existe a inteno da transferncia do bem. possvel definir melhor

    Leasing como uma operao de emprstimo vinculada aquisio de um

    determinado bem, na qual o bem permanece de prioridade do cedente at o

    final do contrato, quando ento transferido para o "tomador do emprstimo"

    mediante o pagamento de um valor residual, estimado no contrato.

    2.2 Concorrentes, Inadimplncia suas causas

    Nas Instituies financeiras que trabalham com crdito, a anlise das

    informaes necessrias para o deferimento dos limites de seus tomadores

    tem sido uma constante preocupao, por ser a rea de crdito uma parte

    importante no relacionamento comercial, e tambm pelo aumento dos

    negcios e o prprio desenvolvimento do pas.

  • 19

    Observa-se que as instituies financeiras esto se adequando aos

    novos tempos porm ainda existe, uma grande preocupao em buscar um

    modelo que seja o mais eficiente possvel, e que d garantias de que aps a

    entrega dos recursos ao tomador, haja o seu efetivo retorno.

    Segundo Vieira (2006) A grande preocupao das financeiras em obter

    lucro aproveitando os bons ventos do pas a inadimplncia vem se tornando

    freqente, existe mais pessoas procurando crdito e mais instituio

    oferecendo crdito As instituies com receio de perder futuros tomadores de

    emprstimos, passaram a ser menos criteriosas quanto a anlise dos dados

    por eles prestados. Este fato gerou um certo caos nas relaes comerciais.

    Essa desobedincia s normas vem gerando inmeras perdas aos

    comerciantes.

    CAPTULO IIl

    CONCESSO DE CRDITO

    A concesso de crdito tem papel fundamental na economia de uma

    nao, pois, atravs da concesso de crdito que decorre todo o

    investimento do pas. No Brasil, s empresas de crdito , aproximadamente

    do mesmo tamanho da economia, o crdito no Brasil ainda bem menor que

    nos paises desenvolvidos. Para Vieira (2006) o que se observa que o crdito

    ao consumidor vem apresentando um auto-ndice de crescimento depois da

    implantao do Plano real e do controle da inflao.

  • 20

    As instituies financeiras necessitam de vrias ferramentas para que se

    possa conceder ou no o emprstimo do dinheiro para o tomador. Essa

    deciso se torna essencial para as finanas da instituio financeira com

    base na anlise de crdito que envolve a habilidade de fazer uma deciso de

    crdito em um cenrio de incertezas e com muitas mudanas.

    fcil observar que existe muitas formas de avaliar um cliente para a

    concesso de crdito, porm, deve-se se ater sempre ao risco que a empresa

    corre.

    O alicerce para anlise de crdito o conhecimento do cliente. Assim,

    quanto maior o nmero de informaes colhidas do cliente, melhor ser a

    anlise e maiores sero as chances de atendimento s necessidades do

    cliente. A anlise de crdito tradicionalmente vista no nosso dia-a-dia tem

    como objeto de deciso um carter julgamental, ou seja, uma pessoa (gerente

    da agncia ou o analista de crdito) rene as informaes do cliente e

    intuitivamente (amparado pelas polticas internas) decide pela aprovao ou

    no do crdito.

    3.1 Conceito de Risco de Crdito

    O risco tudo que pode acontecer fora do que foi programado

    anteriormente. Para Paiva (1997) "Cada pessoa possui uma atitude frente ao

    risco e isso permite se dizer que algum mais arrojado, moderado ou

    conservador".

    No mercado de Crdito o risco e a incerteza tm diferentes conceitos,

    assim:

    "a) risco existe e pode ser mensurado a partir de dados histricos do tomador, assim a concesso do crdito se faz a partir de premissas conhecidas e aceitveis; e b) incerteza quando a deciso de crdito feita de forma subjetiva, pois os dados histricos no esto disponiveis." (Paiva 1997, p. 6),

  • 21

    Risco a possibilidade da perda do capital investido. O risco de crdito a

    possibilidade do Cliente que toma um emprstimo ou adquirir um produto

    financiado de no honrar seus compromissos no vencimento. Quando vai dar

    um crdito a um cliente no se decide pensando que ele no vai honrar a sua

    divida. Segundo Santos"Toda vez que uma instituio financeira vende um

    crdito est automaticamente comprando um risco com todos os efeitos bons

    e ruins que a transao envolve". (2003, p. 72),

    Para Schrickel (2000) O crdito pode ser toda entregar temporria de parte

    do patrimnio a um terceiro com a esperana de que esta parcela retorne a

    sua posse integralmente, aps decorrido o tempo estipulado.

    Romani (2006) Observou que as empresas tem visto as instituies

    financeiras como um grande e importante recurso estratgico para que se

    possa alcanar suas metas. Observa-se que no ano de 2005, o Bradesco o

    maior banco privado do pas ampliou em 30% o volume de capital emprestado

    e outras instituies como o Santander e o Ita tem investindo em pessoal

    para alcanar esta meta. Estas empresas tem em comum utilizar o crdito

    como recurso de ganho de capital atravs do emprstimo e com disposio de

    assumir risco. Segundo Paiva O risco permeia a atividade humana, mas diferentemente para cada um. Risco no incerteza. Pode-se eliminar a incerteza, mas no o risco; esse s pode ser minimizado. O risco est baseado em probabilidades com a sua expectativa baseada em dados histricos, a incerteza no dispe de dados para o seu embasamento. ( 1997, p. 5)

    Com base no que foi observado nos textos escritos anteriormente de fcil

    compreenso que este mercado cresce rapidamente, e para que cresa

    saudvel as empresa usam a anlise de crdito que uma forma de analisar o

    tomador de crdito atravs do histrico que quando se faz uma anlise

    econmica, na realidade, um estudo do patrimnio lquido, que um processo

    esttico, e do lucro e prejuzo, que j dinmico. todo investimento financeiro

  • 22

    sujeito a inmeros riscos. Os principais tipos de risco de investimentos

    financeiros so:

    a) Risco de crdito: Tem o significado de perda em emprstimos ou em

    investimentos das diversas formas que a possibilidade do tomador no poder

    honrar seus compromissos;

    b) Risco de Mercado: ocorre sempre que o tomador assume uma posio a

    descoberto, pedindo emprstimo, e as taxas de juros variam em direo

    oposta esperada;

    c) Risco de Liquidez: decorre de desgios e comisses de venda de ativos

    com pouca liquidez;

    d) Risco de imagem: ligados falta de visibilidade exata das posies

    financeiras das instituies por meio de anlises de balano.

    O risco de crdito , sem dvida, um dos mais importantes em qualquer

    tipo de Instituio financeira. Da qualidade de sua gesto resulta o sucesso

    ou o fracasso.

    Segundo Belluzo (1997) "As diversas fontes de risco so independentes,

    mas podem ocorrer simultaneamente. Esse aspecto de extrema importncia

    na avaliao dos vrios instrumentos financeiros" J para Saunders (2000)

    "Ocorre quando um devedor deixa de cumprir suas obrigaes, tanto o

    principal do emprstimo quanto aos pagamentos de juros."

    O grande risco que uma empresa corre em dar crdito no conhecer o

    cliente, pois, o emprstimo ele feito com base na confiana. As ferramentas

    mais usadas pelas instituies so: Os 5 cs do crdito,Credit scoring (crdito

    por pontuao) e a Poltica de Crdito elas tem como o principal objetivo

  • 23

    estimar a probabilidade de um individuo que estar tomando emprstimo em se

    torna um inadimplente, antes de contemplar o termino da quitao da divida.

    3.2 Os 5Cs do crdito 3.2.1 Carter

    Carter a caracterstica de uma pessoa a qual no se pode mensurar.

    Este o "C" do crdito mais importante, Segundo Schrickel "este se refere

    capacidade que o tomador do emprstimo tem em repagar a sua divida."

    (2000, p. 48), com o carter que se constri a ficha cadastral, e a ferramenta

    de grande importncia na anlise da capacidade de repagamento do tomador,

    quando bem elaborada uma fonte preciosa de informaes sobre o tomador.

    Para garantir tal informao so utilizados os bancos de dados de proteo ao

    crdito para que se possa avaliar o histrico do cliente e sua capacidade de

    pagamento, se h cheques devolvidos e restries nos rgos de proteo ao

    crdito. A ficha cadastral deve preencher todos os requisitos para uma boa

    anlise da capacidade do cliente. Nesse caso no se coloca a prova, o

    princpio da idoneidade do cliente, quando o cliente no tem problemas. Nos

    momentos em que ele tem dificuldades, que esse carter realmente

    avaliado. Para Schrickel."Para se ter uma boa noo do carter do tomador

    analisar o cenrio em que atua, como tambm a conjuntura econmica,

    sempre vislumbrando possveis riscos para o repagamento da dvida." (2000,

    p. 49),

    Para Santi Filho, o carter "refere-se inteno de pagar" (1997, p. 77),

    o mais importante e decisivo parmetro na concesso de crdito,

    independente do valor da transao.

    3.2.2 Capacidade

    O segundo "C" do crdito a capacidade que se refere aptido do

    cliente em quitar suas dividas. Para Schrickel capacidade e carter se

  • 24

    confundem em certos aspectos. Com o processo de industrializao o sistema

    econmico ficou mais complexo". (2000, p. 50).

    Com o processo de globalizao, que resultou em um intenso intercmbio

    entre os pases, cada vez mais o mercado de crdito vem adquirindo uma

    crescente importncia no cenrio financeiro. Assim, quanto mais desenvolvida

    uma economia, mais ativo o seu mercado de Crdito criando assim mais

    oportunidades e grandes indcios que o tomador vai pagar sua divida

    adquirida.

    Segundo Silva refere-se dimenso "colateral" como sendo "a capacidade

    do indivduo ou empresa de oferecer ativos complementares para garantir

    segurana ao crdito solicitado". (1997, p. 96). 3.2.3 Capital

    O capital o terceiro "C" do crdito ele se refere as riquezas e valores

    disponveis de algum como o patrimnio, fundo de dinheiro ou um conjunto

    de bens produzidos pelo homem. observando o capital do tomador que

    possvel verificar o quanto ele pode tomar emprestado de uma Instituio

    Financeira.

    Se as linhas de crdito disponveis e os recursos do tomador forem

    insuficientes, bem provvel que o insucesso e a probabilidade de

    pagamento seja grande.

    Segundo Singer "A falta de capital ou a sua escassez um sinal

    evidente que o tomador no conseguir quitar com as dividas adquiridas."

    (2000, p. 80)

  • 25

    3.2.4 Condio

    A condio o quarto "C" do crdito ela estar relacionada ao ambiente do

    tomador como ele adquire o capital o qual servir de base para que ele

    possa tomar o emprstimo tambm as variveis do mercado onde o tomador

    reside tais como taxa de juros, atividade econmica, ou no possuidor de

    imveis. Para uma concesso de crdito todas estas variveis tem que ser

    avaliadas para que as instituio no venha a falhar na liberao do crdito.

    Segundo Schrickel (2000, p.53). "As condies dizem respeito ao cenrio

    micro e macroeconmico em que o tomador, no caso a empresa, est

    inserido".

    Segundo Santi Filho (1997, p. 47), Quatro so os quesitos avaliados para

    apurar os riscos ligados ao "C" condies: Informaes sobre o mercado e

    produtos; O ambiente macroeconmico e setorial; O ambiente competitivo; e

    Dependncia do governo. 3.2.5 Colateral

    Traduo da palavra ingls de igual grafia tem referencia capacidade do

    cliente em dar segurana complementar, tratando-se, por conseguinte, de uma

    espcie de garantia adicional para o credor. Tais garantias podem ser

    classificadas em reais ou pessoais, sendo que as primeiras representam a

    cesso de um direito ao credor sobre uma coisa ou uma universalidade de

    coisas, enquanto que as pessoais dizem respeito ao patrimnio atual e futuro

    que o garantidor possa lhe dar. Sendo assim Schrickel conceituou Colateral

    como: "Sua importncia para atenuar o risco, uma tentativa de diminuir a

    inadimplncia" (2000,p, 55).

  • 26

    Para Silva (1997) O Quinto "C" que a capacidade do indivduo ou

    empresa de oferecer ativos complementares para garantir segurana ao

    crdito solicitado. 3.3 Credit Escoring (Crdito por pontuao)

    fcil observar que nos ltimos anos, com a ampliao dos negcios

    que abrangem operaes de crdito e, essencialmente, com a crescente

    necessidade de rapidez nas decises de crdito sem perder o foco de

    qualidade, recorreu na estatstica um processo capaz de computar a qualidade

    e capacidade do cliente, utilizando-se das informaes cadastrais por ele

    fornecidas e informaes do seu comportamento passado, para assim definir o

    seu provvel comportamento futuro. A este mtodo estatstico d-se o nome

    de Credit Scoring, que significa pontuao de crdito.

    O Credit Scoring tem como objetivo avaliar o comportamento de

    inadimplncia dos tomadores de emprstimos atravs do histrico de crdito,

    informaes disponveis no mercado e de estatsticas demogrficas. Este

    sistema tem como variveis, os dados financeiro e estatsticos.

    O sistema credit scoring possibilita que a instituio financeira aumente seu

    rol de clientes, sem expor os seus ganhos, pois proporcionam maior

    discernimento do perfil de risco dos clientes em setores em que conceder

    crdito tem se tornado um valor importante para a sobrevivncia da empresa,

    como o caso do setor de varejo do Brasil.

    A poltica de crdito da instituio Financeira que regular as regras com as

    quais iram trabalhar para realizar o financiamento a prazo sem oferecer riscos

    as suas receitas e suas atividades. Nessa poltica estaro presentes os

    elementos fundamentais para a concesso e acompanhamento da qualidade

    de crdito.

  • 27

    Geralmente as empresas desenvolvem dois tipos de modelos de credit

    scoring, para mensurar a probabilidade de um cliente se tomar inadimplente:

    a) Behavioral scoring - um sistema de pontuao com base em anlise

    comporta mental e utiliza as informaes que a instituio j possui sobre o

    tomador na renovao ou concesso de uma novo credirio. Pode incluir

    informaes relacionadas aos hbitos de consumo e de lazer, tipos de

    aplicaes financeiras, anlise da compatibilidade da renda com o patrimnio,

    tipo de aplicaes financeiras.

    b) Credit scoring - O seu resultado se da atravs das informaes cadastrais

    fornecidas pelo tomador e as caractersticas da instituio financeira. Entre os

    dados podemos mencionar: residncia, nvel de renda, idade, ofcio, grau de

    escolaridade, comportamento de pagamento com instituies financeiras,

    consultas aos servios de proteo ao crdito. Esses modelos se caracterizam

    por mtodo estatstico a partir da anlise apurada das informaes fornecidas

    pelos tomador, cuja varivel dependente a probabilidade de inadimplncia e

    as variveis independentes so as ligadas s informaes do tomador e a sua

    condio de quitar a dvida assumida. 3.4 Poltica de Crdito

    A Poltica de Crdito mais uma ferramenta que visa medir a capacidade

    do tomador para aprovao, observando isto alguns detalhes se tornam

    importantes: emprestar visando apenas o lucro, mas no receber, pode tornar-

    se o caminho para a falncia; emprestar visando apenas a segurana do

    negcio, pode reduzir a rentabilidade e dificultar a criao de receitas para

    satisfazer os custos, levando da mesma forma, a uma fraqueza da empresa.

    Desta forma, as instituies Financeiras criam polticas de crditos, com o

    objetivo bsico de orientar decises de crdito para que possa alar seus

    objetivos pr-estabelecidos.

  • 28

    Segundo Silva "polticas so instrumentos que determinam padres de

    deciso para resoluo de problemas semelhantes". (1993, p. 40)

    J para Paiva "a definio e a manuteno de uma poltica de crdito

    tem como objetivo orientar todos os envolvidos direta e indiretamente nas

    decises de aplicao dos ativos". (1997, p. 17), conforme o grande

    desenvolvimento e agilidade de marketing e vendas encorajam e estimulam

    tomadas de decises que aumentam consideravelmente o risco de crdito,

    e, por conseguinte, existem maiores de que aumente a inadimplncia com

    considerveis perdas.

    CAPTULO IV

    RECUPERAO DE CRDITO E COBRANA

    H recuperao de credito e cobrana utilizada de forma estratgica no

    departamento de crdito com o objetivo de minimizar a inadimplncia e os

    prejuzos da Instituio financeira. Ento podemos entender que recupera

    credito (cobrana) a arte de renegociar uma divida.

    O trabalho de recuperao de crdito, lidamos basicamente com quatro (4)

    tipos de clientes.

  • 29

    a) Sazonal - de acordo com o exerccio profissional praticado pelo

    proponente (cliente), ele ter perodos de maior renda e outros de

    ausncia. Exemplo empresas que trabalham em tempo de temporadas

    e agricultores

    b) Negligente- grande o nmero de clientes que no mantm suas

    contas organizadas, apenas por descuido.

    c) Circunstancial- O atraso desse tipo de cliente acontece por causa de

    alguma eventualidade geralmente e passageira que diminui o seu poder

    de pagamento. exemplo, doena, acidente e assalto.

    d) Costumaz e o tipo de cliente que atraza normalmente e se aproveita

    da burocracia e se acha um grande conhecedor da legislao, sendo

    assim no se preocupa em colocar em dia as suas dividas.

    4.1 Negociao no processo de cobrana

    Entendemos que negociar tem o significado de realizar acordo mediante

    a troca de informaes, durante o processo de cobrana esta troca tem o

    objetivo de influenciar o comportamento do outro. Podemos observar que, a

    atuao do crdito e cobrana esto a frente das atividades bsicas da

    concesso do risco de crdito ou de recuperao de capitais. A negociao e

    algo indispensvel no processo de cobrana, pois ela que quantifica os

    resultados.

    O analista de Negcio e o Negociador de cobrana esto a frente no

    contato com o proponente. Sendo de suma importncia o bom desempenho

  • 30

    destes profissionais na hora de dar o credito e na hora de cobra. Ento fcil

    observar que o diferencial competitivo esta no capital humano.

    4.1.1 Etapas para obter sucesso na negociao

    O passo mais importante para uma boa negociao na cobrana e

    sempre ter em mente que negociar e ter conhecimento, compreender o outro e

    agir com honestidade. Para isso, utilize os 4 Cs: cuidado, clareza,

    compreenso e calma.

    4.2 Conhecer o cliente inadimplente

    Existe dois tipos de clientes inadimplentes: o devedor ocasional e o

    devedor profissional.

    a) O devedor ocasional identificado, pois normalmente paga em dia suas

    dividas seu histrico de pagamento mostra sua seriedade, portanto, s algum

    sinistro repentino o leva ao atraso.

    b) O devedor profissional identificado como cliente que no se importa com o

    nome, utiliza o mesmo discurso com todos os credores, conhece seus direitos,

    mas no se preocupa com os deveres.

    4.3 Motivos da inadimplncia

    Os motivos de inadimplncia so muitos mas vou descriminar alguns

    que mais se repetem: desemprego, doenas, renda comprometida alem das

    possibilidades, m f, economia do pais.

    4. 4 Garantias

  • 31

    A garantia o meio que as instituies financeiras utilizam para garantir o

    retorno do capital emprestado, cabe destacar que nenhuma operao de

    crdito deve ser realizada em razo das garantias. Sendo elas apenas para

    dar mais credibilidade ao crdito.

    4.4.1 Garantias reais

    Outorgadas sobre bens ou direitos de titularidade do devedor, que ficam

    vinculados dvida at o momento da liquidao, exemplo hipoteca e penhor.

    a) Hipoteca - Ir pesar sobre bens imveis, aeronaves, embarcaes e bens

    mveis que estiverem incorporados ao solo. Como se trata de um nus real, o

    bem no pode ser vendido enquanto vigorar o vnculo com a instituio

    financeira.

    b) Penhor - Formalizado sobre bens mveis ou direitos que tenham o

    contratante como titular, normalmente, representados por ttulos de crdito. Ao

    contrrio da hipoteca, pode ser contratado por instrumento particular, seja

    contrato ou cdula de crdito, desde que corretamente descrito.

    c) Alienao Fiduciria Representa a transferncia resolvel de domnio do

    bem imvel. Trata-se de um instrumento jurdico que permite a transmisso da

    propriedade fiduciria do objeto ao credor, para que a mesma seja devolvida

    depois de encerrada a obrigao.

    4.4.2 Garantias pessoais

    Tambm chamadas fidejussrias - a fidcia um termo derivado de nossa

    conhecida fiana - dependem de uma terceira ou mais pessoas estranhas ao

    negcio financiado, que se obrigam ao pagamento caso o devedor principal

    no venha a cumpri-lo no prazo e condies contratadas.

    Aval

  • 32

    De natureza comercial, o avalista se obriga a pagar o valor do dbito

    caso o devedor titular no o faa. Somente ser obtido em ttulos de crdito

    nota promissria, cheque, duplicata, letra de cmbio etc - e se formaliza com a

    assinatura do avalista no documento. por aval.

    CONCLUSO

    Com base no presente estudo pode-se inferir que processo de

    globalizao, por suas caractersticas de integrao mundial, est impondo um

    dinamismo todo especial as instituies financeiras que vem crescendo cada

    vez mais, exigindo maior cautela na hora de dar crdito. Grandes

    oportunidades surgem a todos os momentos, verdade, mas aquilo que se

    mostra como uma grande oportunidade de negcio hoje pode se transformar

    em um grande problema amanh e vice-versa. Por isso se torna relevante elas

    usarem de todas as ferramentas possveis para que possa assim diminuir os

    nmeros de inadimplentes, aumentar o lucro e por conseqncia fazer crescer

    o sistema econmico do pas.

    Observou tambm o relacionamento entre risco e retorno permeia as

  • 33

    atividades comerciais e de servios, alcanando todas as atividades inseridas

    dentro de uma economia; definiu como importante a poltica de Anlise

    crdito de uma empresa para o negcio, pois ela que define os parmetros

    com os quais a empresa ir trabalhar para realizar vendas a prazo; definiu

    como as ferramentas para analise como o credit scoring, e os 5 cs so

    importante na hora de definir se emprestar ou no o capital ao tomador; e

    como importante o processo de recuperao de credito e cobrana na hora

    em que o cliente entrar em inadimplncia.

    Os objetivos deste estudo foram alcanados, face ele mostrar como

    uma instituio financeira se torna eficaz com as ferramentas mencionadas e

    como elas adquirem uma carteira de clientes sadia e com um menor risco de

    inadimplncia.

    Este trabalho em si no esgota por completo o tema tratado, mas erros

    e omisses de inteira responsabilidade do autor.

    BIBLIOGRAFIA

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    jjjjjjj

  • 35

    VIEIRA. C., O mercado Financeiro. 1 ed. So Paulo: Atlas 2006

    NDICE

    FOLHA DE ROSTO 2

    AGRADECIMENTO 3

    DEDICATRIA 4

    RESUMO 5

    METODOLOGIA 6

    SUMRIO 7

    INTRODUO 8

    CAPTULO I 10

    CONCEITO DE CRDITO 10

    1.1 Atuao das instituies

    finaceiras no mercado de crdito 12

    1.2 A importncia do crdito 13

    1.3 - O juro no mercado de crdito 15

    CAPTULO II 16

    GESTO DE CRDITO 16

  • 36

    2.1 Principais tipos de crdito 17

    2.1.1 Crdito direto ao consumidor 17

    2.1.2 - Crdito Pessoal 17

    2.1.3- Leasing 18

    2.2 - Concorrentes inadimplentes suas causas 19

    CAPTULO III 20

    CONCESSO DE CRDITO 20

    3.1 Conceitos de riscos de crdito 21

    3.2 Os 5cs do crdito 23

    3.2.1 Carter 23

    3.2.2 - Capacidade 24

    3.2.3- Capital 25

    3.2.4- Condio 25

    3.2.5- Colateral 26

    3.3 - Credit Escoring 26

    3.4 - Poltica de crdito 28

    CAPTULO IV 29

    RECUPERAO DE CRDITO E COBRANA 29

    4.1 Negociao no processo de cobrana 30

    4.1.1 Etapas para obter sucesso na negociao 30

    4.2 - Conhecer o cliente inadimplente 30

    4.3- Motivos da inadimplencia 31

    4.4- Garantias 31

    4.4.1- Garantias reais 31

  • 37

    4.4.2- Garantias pessoais 31

    CONCLUSO 33

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 34

    NDICE 36

    kkkkk

    jjjjjjj

    PROJETO A VEZ DO MESTREAGRADECIMENTOSSUMRIOCAPTULO I- Conceito de Crdito10CAPTULO II - Gesto de crdito 16CAPTULO III - Concesso de Crdito 20

    CAPITULO IV - Recuperao de Crdito e cobrana 29CONCLUSO33BIBLIOGRAFIA CONSULTADA34NDICE36CAPTULO IIGESTO DE CRDITOCAPTULO IIl

    FOLHA DE ROSTO2AGRADECIMENTO3