mercado de trabalho, informalidade e saude e seguranÇa … · precarização do trabalho e suas...

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445 O processo de reestruturação produtiva, em curso em nível mundial desde meados da década de 70, tem desencadeado profundas transformações nos mercados e nas relações de trabalho com repercussões igualmente profundas na qualidade de vida dos trabalhadores dentro e fora do espaço de trabalho. Favorecidas pela diminuição dos postos de trabalho, pelo enorme contingente de trabalhadores desempregados e, por conseguinte, pela diminuição do poder de pressão dos sindicatos, formas de contratação anteriormente utilizadas conjunturalmente como mecanismo de ajuste às flutuações das demandas e dos mercados, como o contrato temporário, o trabalho em tempo parcial e o trabalho informal passaram a prevalecer no mercado trabalho, em detrimento dos chamados empregos estáveis com garantias sociais. Estima-se que hoje a informalização já atinge quase 50% da população economicamente ativa brasileira e que a quantidade de trabalhadores temporários e subcontratados já é maior que o número de empregados em grandes empresas, com jornadas de tempo integral, com salários e condições melhores. Informalidade, precarização e desemprego ao mesmo tempo em que contribuem para restringir o acesso a bens e serviços, fragilizam o sistema de seguridade social e reforçam (ou legitimam) práticas predatórias de trabalho, com extensas jornadas, baixos salários, ritmos extenuantes e descumprimento de normas básicas de proteção à saúde e à segurança dos trabalhadores e do meio ambiente. No Brasil e outros países da América Latina, onde direitos fundamentais são sistematicamente desrespeitados e os níveis de pobreza atingem formas crônicas, esta situação assume contornos mais amplos, dentro dos quais o aprofundamento dos processos de desigualdade social atinge o seu ponto máximo de exploração de trabalho escravo e infantil. A superação deste quadro de pobreza e de precarização do trabalho e suas repercussões na saúde dos trabalhadores, exige a formulação de políticas públicas capazes de compatibilizar desenvolvimento social e econômico com o aprimoramento constante da qualidade de vida dentro e fora do espaço do trabalho. Exige também maior rigor na fiscalização e inspeção das situações de trabalho, capazes de gerar, dentre outras coisas, informações mais consistentes sobre a distribuição, caracterização e determinantes dos processos saúde-doença dos trabalhadores, independentemente da forma que estão inseridos no mercado de trabalho, e programas de intervenção capazes de MERCADO DE TRABALHO, INFORMALIDADE E SAUDE E SEGURANÇA DOS TRABALHADORES Rita Evaristo

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Page 1: MERCADO DE TRABALHO, INFORMALIDADE E SAUDE E SEGURANÇA … · precarização do trabalho e suas repercussões na saúde dos trabalhadores, ... indústria química, de alimentos,

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O processo de reestruturação produtiva, emcurso em nível mundial desde meados dadécada de 70, tem desencadeado profundastransformações nos mercados e nasrelações de trabalho com repercussõesigualmente profundas na qualidade de vidados trabalhadores dentro e fora do espaçode trabalho.

Favorecidas pela diminuição dos postos detrabalho, pelo enorme contingente detrabalhadores desempregados e, porconseguinte, pela diminuição do poder depressão dos sindicatos, formas decontratação anteriormente utilizadasconjunturalmente como mecanismo deajuste às flutuações das demandas e dosmercados, como o contrato temporário, otrabalho em tempo parcial e o trabalhoinformal passaram a prevalecer no mercadotrabalho, em detrimento dos chamadosempregos estáveis com garantias sociais.

Estima-se que hoje a informalização jáatinge quase 50% da populaçãoeconomicamente ativa brasileira e que aquantidade de trabalhadores temporários esubcontratados já é maior que o número deempregados em grandes empresas, comjornadas de tempo integral, com salários econdições melhores.

Informalidade, precarização e desempregoao mesmo tempo em que contribuem pararestringir o acesso a bens e serviços,

fragilizam o sistema de seguridade social ereforçam (ou legitimam) práticaspredatórias de trabalho, com extensasjornadas, baixos salários, ritmosextenuantes e descumprimento de normasbásicas de proteção à saúde e à segurançados trabalhadores e do meio ambiente.

No Brasil e outros países da América Latina,onde direitos fundamentais sãosistematicamente desrespeitados e os níveisde pobreza atingem formas crônicas, estasituação assume contornos mais amplos,dentro dos quais o aprofundamento dosprocessos de desigualdade social atinge oseu ponto máximo de exploração detrabalho escravo e infantil.

A superação deste quadro de pobreza e deprecarização do trabalho e suasrepercussões na saúde dos trabalhadores,exige a formulação de políticas públicascapazes de compatibilizar desenvolvimentosocial e econômico com o aprimoramentoconstante da qualidade de vida dentro efora do espaço do trabalho. Exige tambémmaior rigor na fiscalização e inspeção dassituações de trabalho, capazes de gerar,dentre outras coisas, informações maisconsistentes sobre a distribuição,caracterização e determinantes dosprocessos saúde-doença dos trabalhadores,independentemente da forma que estãoinseridos no mercado de trabalho, eprogramas de intervenção capazes de

MERCADO DE TRABALHO,

INFORMALIDADE E SAUDE E SEGURANÇA

DOS TRABALHADORES Rita Evaristo

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reverter as situações de riscos e agravos àsaúde.

Há que se considerar que tradicionalmente,os riscos ocupacionais e suas conseqüênciaspara a saúde e a segurança dostrabalhadores têm maior visibilidade socialem ramos do setor industrial, tais como ametalurgia, construção civil, indústriaquímica, de alimentos, de papel; bem comoem ramos “regulamentados” do setorterciário, como por exemplo, nostransportes. Por outro lado, dada a maiorvulnerabilidade dos trabalhadores informaisas conseqüências dos acidentes e doençasentre esses do ponto de vista social eeconômico são teoricamente maiores, pelafalta de garantias trabalhistas eprevidenciárias.

*Presidente do INST-CUT - InstitutoNacional de Saúde no Trabalho da CUTBrasil, Coordenadora do Coletivo Nacionalde Saúde, Trabalho e Meio Ambiente da CUTe da Escola Sindical 7 de Outubro

Bibliografia

EID, F.;GALLO, A.R. Metodologia deincubação e desafios para o cooperativismo.In: Curso de extensão em gestão pública –apostila Trabalho, Emprego eRenda. São Carlos, Ufscar, 2002. CACCIAMALI, MC – Princípios e DireitosFundamentais no Trabalho –

in São Paulo em Perspectiva. São Paulo,2002.

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LUIS ANSALDO – Agradezco la presencia detodos ustedes en este ámbito, para miorganización sindical, en este caso laFederación Argentina de Trabajadores de Luzy Fuerza, es un gusto participar, y tambiéncomo miembro de la CGT.Para aprovechar el tiempo que tenemosvamos a tratar el tema integración dentrodel Mercosur, desde la óptica de lostrabajadores,

Las organizaciones sindicales comenzaron atrabajar en higiene y seguridad laboralcuando fueron convocadas a través de laCGT por los distintos gobiernos. Pero lostrabajadores no tenemos participacióndirecta, es decir que las definiciones lastoman los estados partes. Nosotros tenemosvoz pero no tenemos voto. Pero eranecesario participar.

Cuando empezó a participar el movimientoobrero argentino con las demásconfederaciones de los países partes, loprimero que hubo que hacer fue tratar decorregir asimetrías. Y lo principal quenosotros difundíamos era que si había queemparejar lo hiciéramos para arriba.Después se nos convocó y se convocó a losgobiernos partes a volcar qué directrices yqué legislaciones había en los países quecomponen el Mercosur.

Cada país llevó su correspondientelegislación en vigencia en materia dehigiene y seguridad. En este caso voy a

hablar específicamente, y lo quiero recalcarporque nosotros fuimos críticos de la Ley deRiesgos del Trabajo, creemos que tienemuchas deficiencias. Si bien acompañamoseste proceso, nosotros se lo manifestamosoportunamente al Gobierno, la presentaciónde la Ley de Riesgos del Trabajo en el ámbitodel Mercosur corría por cuenta del gobiernoargentino, no contaba con la aprobación delos trabajadores. No me voy a extender porque no es elámbito para hacerlo. Si después en la rondade preguntas quieren hacerme algunaconsulta, podré ampliarlo. Pero lasdeficiencias existieron y siguen existiendo.Hoy tenemos más de 1200 muertes al añoen la Argentina. La única verdad es larealidad. Esta es la realidad que hoytenemos.

Todas las organizaciones sindicales quecomponíamos este trabajo tuvimos una solapremisa, que les quiero leer:“La acción sindical debe tener como premisala búsqueda de formas de desarrollosustentable, en sus tres ejes, el social, eleconómico y el ambiental. En oposición a laspolíticas neoliberales que mercantilizan lasalud, el trabajo y el medio ambiente.”

Esta fue la posición de los movimientosobreros dentro de la mesa del Subgrupo 10,Comisión 3.

Dicho esto vamos a pasar a lo que hemostrabajado. Acá hay una Declaración Socio

PRESENTE Y FUTURO DE LA SALUD Y SEGURIDAD EN EL TRABAJO

EN EL PRECESO DE INTEGRACION DEL MERCOSURMESA REDONDA: Luis Ansaldo (FATLyF), Antonio Jara (CGT), Gerardo Corres (MTEySS), Darío Hermida Martinez(UIA). MODERADORA: Isabel Nápoli (SRT)

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Laboral, que habían hecho los presidentes,donde se había tocado el punto de higieney seguridad, diciendo que los trabajadoresdel Mercosur debían realizar su trabajo enlas mejores condiciones. Esto, por supuestoera aprobado por todos. Nosotrosdecíamos que había que darle contenido.Entonces, dentro del ámbito de laComisión 3 del Mercosur, consensuado conlos gobiernos, con los empresarios y, porsupuesto, con los trabajadores, se sacó undocumento del Mercosur, quedenominamos Seguridad y Salud en elTrabajo.

Venimos trabajando en este documentodesde 1997-98, luego de la DeclaraciónSocio Laboral. En él se han detallado 15puntos, que ahora vamos a ver, a los quecreemos haberles dado un formato, unacoincidencia en esto que hasta ahora elGMC no se ha expedido. Pero la noticiaque tenemos, esto lo podrá confirmar lagente del Gobierno, es que lo ha visto conmuy buenas intenciones y que estaba encamino de aprobarlo. Lo cierto es que larecomendación a los países partes delGMC todavía no ha venido.

Artículo 1: Todos los estados partes debenvelar para que este documento seaaplicado en sus territorios.

Artículo 2: Todos los países miembrosdeberán, en consulta con lasorganizaciones más representativas deempleadores y trabajadores, formular,planificar, implementar, controlar yevaluar periódicamente un sistemanacional de seguridad y salud en el trabajoque garantice una mejora continua de lascondiciones y medio ambiente de trabajo.

Artículo 3: Las institucionesgubernamentales responsables por elsistema de seguridad y salud en el paísdeberán crear canales permanentes deconsulta a las representaciones detrabajadores y de empleadores quepermitan su participación efectiva en laelaboración e implementación de políticasnacionales, de condiciones y medioambiente de trabajo.

Artículo 4: El sistema de seguridad y desalud deberá disponer de mecanismos denotificación obligatoria de los accidentes yenfermedades del trabajo que permitan laelaboración de estadísticas anuales sobrela materia, debiendo estar disponibles parael conocimiento del público interesado.

Artículo 5: Los estados partes deberáninstituir, mantener y fortalecer losservicios de inspección del trabajo,dotándolos de los recursos materiales ylegales necesarios que posibiliten undesempeño efectivo de los cometidos decontralor de las condiciones y medioambiente de trabajo. Para una protecciónadecuada de la salud física y psíquica delas trabajadoras y los trabajadores.

Artículo 6: El sistema de seguridad y saluden el trabajo deberá prever el acceso a laorientación, educación, formación einformación en materia de salud yseguridad en el trabajo, disponible paratrabajadores, empleadores y especialistasdel área.

Articulo 7: El Sistema de Seguridad y Saluden el Trabajo deberá prever la participaciónde trabajadores y empleadores, en el ámbitode las empresas con el objetivo de preveniraccidentes y enfermedades originadas en el

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trabajo, de manera de hacer compatiblepermanentemente al trabajo con lapreservación de la vida y la promoción de lasalud de las trabajadoras y trabajadores.

Artículo 8: La legislación y las prácticasnacionales deberán garantizar que lafabricación, uso, cesión de títulos onerososo gratuitos de máquinas, equipos ytecnología sean seguras.

Artículo 9: En la adopción de medidas deprotección contra los riesgos ocupacionales,el Sistema de Seguridad y Salud en elTrabajo deberá crear condiciones queprivilegien las acciones de caráctercolectivo. Cuando las medidas colectivas nosean suficientes para el control de losriesgos o mientras estén siendoimplantadas o en situaciones deemergencia, las empresas deberánsuministrar a las trabajadoras ytrabajadores gratuitamente, equipamientode protección individual adecuado a losriesgos y en perfecto estado deconservación y funcionamiento e instruirlospara su uso.

Artículo 10: El Sistema de Seguridad y Saluddeberá crear controles adecuados ensustancias, procedimientos y tecnologíasque en base a la evidencia científica puedaproducir efectos graves sobre la salud de lastrabajadoras y trabajadores.

Artículo 11: Las legislaciones nacionalesdeberán prever que las empresasextranjeras instaladas en los países delMercosur deben cumplir las mismascondiciones de salud y seguridad que lasempresas del Mercosur. Los estados partesprocurarán que cuando estas empresasdispongan de estándares superiores en sus

casas matrices o filiales, estos seanaplicados en los países del Mercosur.

Artículo 12: La legislación y las prácticasnacionales deberán garantizar que lastrabajadoras y los trabajadores puedanrehusarse a desarrollar sus actividadeslaborales siempre que haya condición deriesgo grave e inminente. Sin perjuicio paraello conforme con la legislación y usosnacionales.

Artículo 13: Los estados partes reconoceránel derecho a la información de lastrabajadoras y los trabajadores sobre losriesgos presentes en los diversos procesosde trabajo y las medidas adoptadas para sucontrol o eliminación.

Artículo 14: La legislación y las prácticasnacionales deberán prever los servicioscompetentes de seguridad y salud en eltrabajo, con el objetivo de asesorar aempleadoras y trabajadores en laprevención de los accidentes yenfermedades profesionales.

Artículo 15: Los estados partes acuerdanque este documento, teniendo en cuenta sucarácter dinámico y el avance del procesode integración subregional será objeto de surevisación transcurrido dos años de suadopción. En base a la experienciaacumulada en el curso de su aplicación o enlas propuestas o insumos formulados por lacomisión temática 3 u otros organismos.

Así es el documento que se ha elaborado, yacá quiero hacer un paréntesis para hacerun reconocimiento, y esto es en particularpara un hombre de Argentina, que es eldoctor Carlos Rodríguez, que fue quiencolaboró para que este documento viese la

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luz. Entonces, desde el sector trabajador,hacemos este reconocimiento, más allá, porsupuesto, de todas las organizaciones quetrabajaron.

Éste es uno de los primeros trabajos que sehan hecho en el Mercosur y creemos que vaa tener su validez una vez que el GMC hayaaccedido a su aprobación.

El otro trabajo, por lo menos desde el puntode vista nuestro donde se ha avanzado (nohemos avanzado mucho, esto tambiénquiero señalarlo) y que para nosotros hatenido frutos (por lo menos hemos vistocómo se está trabajando) fue laconformación de las inspecciones conjuntasque se vienen realizando en el Mercosur endistintas ramas de actividades. Hasta ahorase han hecho en la construcción, laalimentación, rurales y energía. Ésta últimaes de la que voy a hablar, a la que yopertenezco.

Hemos tenido algunos problemas cuandohacemos las inspecciones en formaconjunta de los países parte. Desde elempresariado, nosotros respetuosamente lodecimos, no nos muestran verdaderamentelo que deberían. Nosotros queríamos ver elpatio de atrás de cada empresa. Es decir,cuando nos hacíamos presentes en loslugares, las cosas se pintaban, searreglaban. Parecía que la visita tenía quever las cosas que estuviesen bien y no lasque estuviesen mal. Y todos sabemos quelas cosas no están bien. Ésta es unarealidad. Entonces éste no fue el espíritu.Pero creemos que las inspeccionesconjuntas van a servir. Los países partes,todos los que intervenimos, tanto losgobiernos como las empresas, tienen queentender que esto se hace para corregir,

para bien de los trabajadores, no son (comodicen los brasileños) “pesquisas puntuales”lo que queríamos hacer con las empresas,sino simplemente ver qué asimetríastenemos en las distintas actividades.

Un poco se nos dio, y la anécdota es unpoco cómica, cuando fue el tema energíaacá, en la Argentina, y tuvimos que visitar laempresa Edesur. Fue en esa época queteníamos cambio de gobierno constante, ynos habían dicho que, por ejemplo,teníamos que ir a Pompeya a visitar lacámara número 8. Nosotros lo habíamoshecho a propósito porque sabíamos queestaba en mal estado. Entonces de laempresa cambiaron, le dijeron al Gobiernoque la 8 no, que teníamos que ir a la 15.Pero parece que el funcionario del momentodesapareció con tanto cambio de gobiernoy fuimos a la cámara 8. Cuando fuimos allí,no pudimos entrar de la inundación quehabía, y la empresa nos estaba esperandoen la 15. Cuando llegamos a la cámara 15,estaban pintando todavía. Es decir, que eraun espejo. Ésta era la realidad y lo queteníamos. Por eso quería contar qué nospasó con las inspecciones conjuntas.

Algo que no quiero dejar pasar, que ya hasido tratado, es sobre medio ambiente,pertenece a la Comisión 6, y es el tema PSV.Todos sabemos las consecuencias del PSV,el trabajo que se viene haciendo en laArgentina, que indudablemente no alcanzaporque lo primero que deberíamos haberhecho es saber la existencia que tenemosen el país. Hoy, desgraciadamente, todavíano lo sabemos. Quizás lo aceleren, peroquiero hacer un buen comentario sobre estetema. En la parte eléctrica debe estar el 70u 80% del PSV existente en el país.Nosotros desde la década de los Setenta,

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desde mi organización sindical, venimostrabajando este tema, hasta que salió lareglamentación 369, que establece cómo setrabaja el PSV. Desde ahí que nosotrosvenimos tratando de que en la RepúblicaArgentina se haga un inventario para saberqué existencia tenemos de ese elemento.

Sabemos que hay delincuencia ecológica,que se han vendido transformadores, que seha sacado el aceite y se lo ha tirado al ríopara poder usar el cobre o todo lo queestuviese dentro del transformador quepudiera ser usado como chatarra. Sobretodo esto hay denuncias concretas.

Pero no solamente nosotros tenemosdelincuencia ecológica. Brasil la tiene,Paraguay la tiene, Uruguay la tiene. Y acáestá el grave problema. Que lo mismo quehacemos nosotros acá, lo hacen ellos allá,es decir, la tiran al río. La grave diferencia esque la Argentina está aguas abajo. Ese esuno de los planteos que está en la mesa delMercosur, que todos los estados partestienen que hacer un inventario.

Nosotros, lógicamente, no les podemosexigir a los otros estados parte que haganun inventario cuando la Argentina no lohace. Pero nuestro país también tiene ungrave problema, y no es que yo esté encontra de que haya un gobierno federal.Esto no pasa tanto en higiene y seguridadcomo en el tema del PSV, que es de medioambiente. No se puede entrar en lasprovincias por ley federal. Hay provinciasdonde las empresas privatizadas niegan alos gobiernos entrar.

La negativa se produce porque hayprovincias que les deben a las empresasprivatizadas 7 u 8 millones de pesos.

Entonces con qué cara pueden entrar acontrolar. Porque el control no se hace acá,por lo menos en la Argentina, desde elgobierno central. Es potestad de lasprovincias. Éste es uno de los grandesdramas que tenemos tanto en higiene yseguridad como con el tema del medioambiente en PSV.

El otro tema que ha tratado el movimientoobrero es medio ambiente y emergenciasambientales. Ya va a salir el protocolo quedefine qué son las emergencias ambientalespara que los países trabajemos en conjunto.El principal ejemplo es el caso de derramesríos arriba de sustancias peligrosas,petróleo, PSV, etcétera.

Nosotros, como movimiento obrero,quisimos insertar en los considerandos deeste protocolo que entendemos que laemergencia ambiental más urgente asolucionar es la pobreza. Esto implica a loscuatro estados parte. Con los cambios quese han dado en las conducciones de losgobiernos creemos que va a tener unaviabilidad, eso es lo que nos hanmanifestado. Muchas gracias.

Moderadora – (Anuncia al segundo de losexpositores, Gerardo Corres y presenta sucurrículum)

GERARDO CORRES – Agradezco lainvitación a mis compañeros del Ministeriode Trabajo, y la Superintendencia, y le envíoun gran abrazo a Carlos Rodríguez, el amigoque nos ha enseñado las cuestiones de laseguridad y la salud en el trabajo y que tanbuen desempeño ha tenido en el Mercosur. Yo quisiera hacer una relación entre estaexposición que ustedes han visto y

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escuchado, y la opinión del sectortrabajador sobre qué pasa en el sistema derelaciones laborales internacionales, cómose vincula, qué efectos y qué importanciatiene.

Lo primero es que si observan el sistema derelaciones laborales internacionales, yadesde el comienzo, allá por 1919 con la OIT,verán que en las disposiciones delPreámbulo de la OIT, aparecen tres figurasde sistemas de control o de armonizaciónde principios que van a regir todas lasrelaciones internacionales del trabajo en elmundo, incluso las internas, que sonasegurar la paz social, mejorar lascondiciones de trabajo y evitar el dúmpingsocial.

Las dos primeras, que eran condicionespolíticas, mejorar las condiciones de trabajoy asegurar la paz social, van a dar lugar atodo el sistema europeo, carta social yconvenios internacionales de la OIT. Lasegunda línea, evitar el dúmping social, dacabida a todo el sistema que recién sedesarrolla orgánicamente con el NAFTA, quees toda la vinculación de la norma laboralcon el comercio internacional.

Hago esta referencia porque cuandoanalicemos lo que está pasando en elmundo con los temas de seguridad y saluden el trabajo en los distintos sistemas deorganización, vamos a ver cómo ambosprincipios coinciden y cómo la resolución deMercosur aparece en el escenario como unade las más modernas. Incluso si ustedestoman la última resolución de la OIT sobresalud y seguridad en el trabajo del añopasado, pueden observar que aparecenmatices que tienen que ver mucho con estaresolución de Mercosur.

Porque también existe esta vinculaciónentre lo político y lo político comercial;entre la decisión y el derecho de lostrabajadores a la seguridad social; ytambién el vínculo económico, laimportancia que tiene la cuestión de lasalud y seguridad en el trabajo, y en todo loque tiene que ver con el costo laboral, conla transacción, incluso con el intercambiocomercial.

Fíjense ustedes en los sistemas de cláusulasocial, tanto el NAFTA como los distintosacuerdos de libre comercio que se estánfirmando en el mundo. Una de las pocasmaterias que llega a generar una multa enel sistema de paneles administrativos, deintervenciones, es el de la seguridad ehigiene en el trabajo. La salud y laseguridad aparecen como uno de loselementos claves que tienen que ver conllegar hasta las últimas consecuencias enlas diferencias entre los países para lograrun cumplimiento efectivo de los principiosque hayan acordado.

Por otro lado ustedes ven que los acuerdoscentroamericanos, por ejemplo elCARICOM, tiene un gran desarrollo de todoslos principios que tienen que ver con lasalud y seguridad en el trabajo. Todos susprotocolos están vinculados al tema,incluso tienen un modelo de seguridadsocial, que incluye modelos de pautas, de76 artículos, que se refiere a la salud yseguridad en el trabajo. Este modelo abarcadesde la gestión hasta los modos deintervención en las empresas, sistemas demonitoreos especiales, cómo debe hacerse ymanuales de pautas. Todos son denaturaleza indiciaria, pero marcan unatendencia muy importante en esta materia. No es casualidad que Centroamérica esté

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llegando por lo menos a estos niveles dedesarrollo en las normas, no en la práctica,pero que últimamente ha adquirido unaimportancia fundamental, y a partir de suingreso a todos los sistemas de librecomercio, a través de los acuerdos quefirman, están llevando la cuestión de laseguridad y salud en el trabajo a losprimeros planos.

La OEA, a través de la Conferencia deMinistros de Trabajo, tiene un programadedicado, un programa global sobreseguridad y salud en el trabajo, que tambiénestá vinculado a la equiparación de losestándares internacionales.

El mundo decididamente va hacia labúsqueda de niveles, digamos así, tolerablesde salud y seguridad en el comerciointernacional. Si en la Argentina noavanzamos en esa línea muy posiblementeel día de mañana vamos a tener problemasde vinculación con los temas comerciales.Es decir que no es solamente nosotros,como Ministerio de Trabajo, no solamentees un aspecto que tiene que ver con la saludy seguridad en el trabajo, con la vida, con eltrabajador en sí mismo, sino que hay todauna dinámica del sistema de relacionesinternacionales,

Las perspectivas de las relacionesinternacionales se vinculan necesariamentecon este tema y aparecen a nivelinternacional como uno de los másimportantes en la dinámica de lasrelaciones laborales.

¿Cómo se inserta esta decisión, esteproyecto de resolución que tiene Mercosur?En primer lugar tiene aspectos vinculados ala gestión y a la participación de los

trabajadores, que no tienen ninguno de losotros instrumentos internacionales a losque estamos haciendo referencia acá, enAmérica, los acuerdos de libre comercio, elCARICOM, el Pacto Andino, ni el SICA, quees otro sistema interamericano deadministración del trabajo.

Ninguno de ellos tiene una línea decoparticipación de los trabajadores comoprevé esta decisión de naturaleza tripartita.No sólo en la gestión, tripartita, sinotambién en la posibilidad anual de revisiónde proponer planes. Lo que hace que toda lapolítica de salud y seguridad en el trabajotenga carácter participativo.

Una de las recomendaciones de la OIT delaño pasado fue, precisamente, el carácterparticipativo, en la necesidad de que seevalúen las políticas tanto con lostrabajadores como con los empresarios.Todos los demás sistemas sonintergubernamentales. Éste prevé unaparticipación de los actores sociales y meparece de natural importancia.

La segunda cuestión, que también debe servalorada, tiene que ver con la noción defuncionalidad y de la continuidad en elejercicio de las políticas en materia de saludy seguridad en el trabajo. Es decir, laposibilidad de revisión de la resolución, queda una continuidad, tanto en las políticascomo en los roles de los estados paragenerarlas; en los roles de los empresarios,para asegurar condiciones dignas de labor, yen rol de los trabajadores, también parabuscar ellos condiciones dignas de labor.

El Mercosur, al ser intergubernamental,tiene que seguir ciertos procedimientos quetienen que ver con la forma en que se

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internalizan las normas en cada uno de lospaíses. Este proceso es lento, primeroporque requiere de un dictamen de lasdistintas áreas de cada uno de los paísesdonde la norma debe tener aplicación paradeterminar qué tipo de internalizaciónnecesita cada país y si es necesaria esainternalización.

Entonces, procederemos a elevar undictamen que nos dirá si esta resolucióndebe generar algún tipo de normaespecífica para ser internalizada a través delos parlamentos o, eventualmente, si todoslos principios que de ella surjan ya seencuentran en la legislación interna,establecer que no es necesaria esainternalización.

Para hacerlo se necesitan los dictámenes delos cuatro países. Cada uno de ellos lleva ala reunión de Mercosur el dictamen de susórganos específicos y los cuatro se elevan,con las cuatro resoluciones, al GrupoMercado Común. Ese grupo se toma por lomenos 60 días para emitir un dictamen, quepuede significar: buscar si hay algunaincompatibilidad normativa en alguno delos países en la búsqueda de lainternalización y eventual derogación de lanorma que resulte incompatible, o esperar yno pronunciarse todavía sobre la posibilidadde admisión en cada uno de los países.

Es decir, que una vez que sale la norma,como en este caso del Subgrupo, puedetener un término de espera en el GrupoMercado Común, que es el órgano superior,el órgano ejecutivo, donde se toman lasdecisiones de Mercosur,.

Eventualmente, una vez que sale eldictamen del Grupo Mercado Común,

aconsejando la internalización en cada unode los países, debe esperarse que todos lospaíses la internalicen para que la normatenga vigencia. Los cuatro países tienen quehacer el mismo procedimiento para que lanorma comience a regir a nivel regional.

Como también se dijo acá, este proyecto deresolución emerge del Subgrupo 10.Efectivamente, la Declaración Socio Laboralen el Artículo 17 se refiere también a lascuestiones de salud y seguridad en eltrabajo, y es una norma (digamos así) demenor refinamiento técnico que estaresolución, en lo que hace a los aspectosprotectores.

Pero eso no quiere decir que esta resoluciónluego no se pueda incorporar a laDeclaración Socio Laboral del Mercosur,porque es un documento abierto que estásujeto a revisión cada dos años. Es el mismosistema que ustedes han aplicado en laelaboración de este proyecto de resolucióny que tiene antecedentes en el sistemaamericano, en la Convención Americana delos Derechos Humanos, que también tieneun sistema abierto de posibilidades deapertura para incorporar nuevos artículospara la vigencia interna de la norma.

Yo no quisiera dejar de resaltar los aspectosvinculados a los derechos subjetivos quetienen todas las cuestiones vinculadas a laseguridad y salud en el trabajo, y quetambién se vinculan con el Mercosur.

La Declaración Socio Laboral del Mercosur,en su preámbulo, hace mención a variosinstrumentos internacionales, además delos convenios de la OIT, a la ConvenciónAmericana de los Derechos del Hombre, a laDeclaración Americana de los Derechos

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Humanos y, particularmente, en estosinstrumentos jurídicos encontramos elprotocolo de San Salvador, que establececlaramente normas autoejecutivas quehacen nacer en el propio trabajador elderecho a tener un ambiente sano ysaludable para la ejecución de sus tareas.

Así como este protocolo hace referencia, laDeclaración Americana de los Derechos delHombre también menciona el derecho deltrabajador a desenvolver su trabajo en unambiente de sanidad.

Hago referencia a estos dos preceptos deestos dos instrumentos internacionales,primero por el artículo 75, inciso 22 denuestra Constitución, que los haincorporado con jerarquía constitucional.Además de la mención que hace ladeclaración socio laboral del Mercosur.

También quiero hacer referencia a uno delos párrafos fundamentales de ese proyectode resolución, la posibilidad del trabajador anegarse a prestar asistencia en la medida enque no se den las condiciones dignas detrabajo como lo establece el propioproyecto de resolución que estamos viendo. Entonces hay una sensación de asistenciahacia el trabajador de posibilidad dedefensas de hecho en circunstancias deurgencia, dada la delicadeza del tema, elbien jurídico protegido, que es la propiavida del trabajador y su salud, que lepermite tomar medidas, de hecho encircunstancias específicas cuando esasensación de peligro no pueda tener otroremedio que nos sea la utilización derecursos propios frente a la tardanza detodo lo que tenga que ver con la cuestiónjudicial.

Otro tema que me parece importante es laprimacía de lo colectivo. Ustedes van a verque la resolución habla de que hay quepriorizar políticas colectivas, despuésindividualmente a los trabajadores, pero elde salud y seguridad debe ser un ambientedonde las políticas deben llevar a lageneralidad. La salud y la seguridad no debeser una excepción, no debe ser unaparticularidad, no debe ser un casoespecífico. Debe ser un tema más que hacea la cultura, a la forma de convivencia, alderecho de los trabajadores.

Muchas gracias.

Moderadora - (Anuncia al Dr. DaríoHermida Martínez y presenta sucurrículum)

DARÍO HERMIDA MARTÍNEZ – Deseoagradecer la invitación a la Unión IndustrialArgentina, a quien hoy me toca representaraquí, a participar en estas jornadas cuyaimportancia deseamos destacar muyespecialmente, y demuestra nuestrapresencia el interés que para el sectorindustrial tiene el tema de higiene yseguridad en el trabajo.

Vamos a tratar de hablar del presente y delfuturo de la salud y la seguridad en eltrabajo en el Mercosur.

Primero ubiquemos un poco el tema. En elTratado de Asunción los temas laborales (osocio laborales, como se usa decir ahora) noexistían. El tratado funcionósensacionalmente bien, no hay ningunareferencia para quien no sea un hábilmanejador de estas normas dentro de todoel Tratado de Asunción. En opinión deexpertos extranjeros el tema funcionó de

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una manera inédita, anduvo muy bien ymuy rápido en la conformación de la zonade libre comercio. En el resto hubo queesperar hasta Ouro Preto para queacercasen las cuestiones de tipo laboral alTratado de Asunción.

Otro tema que no es fácil de abandonar, yen cuanto uno deja de tener una visiónconcreta sobre eso probablemente sedesbarranque en la formulación de lasnormas, es en las particularidades queproporciona la región. Esas particularidadesnacen de un mercado de trabajo singular. Esun mercado donde hay alto grado deinformalidad, hay hasta casos de falta dedocumentación. Por lo cual el manejo y laforma de estructurarlo tienen dificultadesformales.

Las formas de contratación tienen cada unade ellas una teoría distinta, estoy hablandode la práctica, muchas veces laslegislaciones dicen otra cosa y, por otrolado, hay una notoria diferencia deingresos. Brasil contra Argentina, unargentino tiene hoy el doble de salariomínimo que Brasil, medido en dólares.Entonces yo sé que el bolsillo es a veces unfuerte regulador.

En cuanto el legislador, y mucho más ellegislador internacional, omite estos claroscondicionamientos, lo más probable es quese olvide de las tendencias existentes ytambién se olvide de las limitaciones que larealidad le pone en todas las esquinas. Yosoy partidario de guiarme por esta realidadmás allá de lo que dice la norma.

Los temas de salud, higiene y seguridad enel trabajo, además están demasiadovinculados con la adaptación cultural de las

distintas masas de trabajadores. Y por otrolado, no debemos olvidarnos que esostrabajadores están siendo sujetos a unareadaptación producto de la reconversiónprofunda del mundo del trabajo.

Yo voy a tomar como hilo conductor laexposición del documento que por tododetalle presentó hace unos minutosAnsaldo, y que se encuentra en preparación,y sobre el cual querríamos hacer estasconsideraciones, sobre todo de cara al díaque debamos adecuarlo a nuestralegislación.

La manifestación del Artículo 17 de laDeclaración Socio Laboral del Mercosur,como manifestación de deseos, esirreprochable. No creo que haya ningúnciudadano del mundo que pueda poner enduda que la búsqueda de un ambiente detrabajo sano y seguro es una realidad, perotambién tenemos que ver nuestrasrealidades prácticas.

Es loable e inatacable desde todo punto devista, y compartimos ampliamente estamanifestación. Pero también hay que saberque es de lenta y, en algunos casos, lamentomucho decir, lentísima aplicación.

Recorriendo los puntos salientes de esaresolución quiero destacar muyespecialmente, los que me conocen sabenque no solamente lo digo acá, laimportancia que desde el punto de vistapersonal adjudico a la prevención. Yo creoque es mucho más fácil que no ocurran lascosas, que después tener que salir acomponerlas. La única forma, en la materiaque nos ocupa, de no tener este tipo dedisgustos es la prevención.

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Entre los objetivos de la Ley de Riesgos deTrabajo de nuestro país, el primero de elloses la prevención. Y ¿cómo se haceprevención? De una sola manera, con tresherramientas: capacitación, educación yformación. Muchas veces han sonado comosinónimos, son diferentes y no creo que seael momento de marcar estas diferencias. Ypor otro lado, ya que doy muchasignificación, he tenido oportunidad deverlo en distintos países del primer mundo,cómo esta capacitación tiene un altocontenido social. Llega a la escuela, llega alos hogares. Ustedes son hombres del tema,saben la cantidad de accidentes domésticosque se producen, y en otros casos llegatambién a tratar de prevenir los accidentesque causan graves perjuicios.

Asegurar que haya herramientas de trabajoadecuadas es primordial. Lamentablementelo más difícil es la herramienta control.Muchas veces no se siente este control y yocreo que la legislación y la prácticanacionales deberían apuntar a ello. Una delas formas que tiene esta utilización deherramientas adecuadas es conseguir laprovisión de herramientas adecuadas.

Recientes acuerdos que ha firmado laSuperintendencia permiten a losfabricantes de herramientas gozar créditosrelativamente blandos para el mercadoargentino, para apoyar este tipo deiniciativas. Sería interesante también quelos empleadores que deban renovar suparque de máquinas y herramientascuenten con la misma facilidad, y en la otrapunta, sería mal visto pero muy importante,que encontrara la forma para que noingresen herramientas importadas nuevas,las que son descartes de otras utilizaciones. Lo de facilitar equipamiento adecuado es

irreprochable. Sobre todo, equipamiento deseguridad en buenas condiciones. Lo que sídebemos reforzar es la obligatoriedad deluso de esas herramientas. Porque tenemosexperiencia en el piso de fábrica, sabemosque muchas veces los arneses, orejeras ycascos quedan colgados de un clavo, porqueen algunos casos se escucha la estupidez deque “es más macho el que no usa elementosde seguridad”.

Yo creo que hay algunos aspectos que nodeben olvidarse, y la mejor forma de noolvidarlos es evitarlos. He escuchado elelogio de las herramientas colectivas enmateria de salud, higiene y seguridad en eltrabajo. Junto con la utilización que hacenalgunas organizaciones gremiales, cuyaactuación es irreprochable, yo he tenidoque vivir experiencias que no lo han sidotanto.

Entonces, los comités de higiene yseguridad, digámoslo claro y de una solavez, es una panacea recomendada por la OITa todo consumidor, y como todo traje deconfección para todo consumidor, a algunosles quedará muy bien, a otros les quedagrande y a otros les queda chico. Mientrassea una herramienta técnicaprobablemente los resultados van a ser losbuscados. Mientras opinen los que saben,indudablemente esos resultados van a seraún mejores. Pero si se convierte en otroescalón en la lucha gremial probablementehayamos mellado el filo de una herramientavaliosa.

La estadística y la información: Lainformación es la base del conocimiento,dice Tofler, y es cierto. En la Argentina losque tenemos algunos años, hemos vivido enla materia que estamos tocando hoy,

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prácticamente con los ojos cerrados. Porquesabíamos lo que sabíamos de nuestrasempresas y desconocíamos absolutamentelo que pasaba del otro lado del alambrado. La herramienta recogida durante losúltimos ocho años a través de la vigencia dela Ley de Riesgos del Trabajo tendrá todaslas fallas que están en los diarios de hoy.Tendrá todas las trampas que están en losdiarios de hoy. Tendrá todos los errores quese han cansado de repetir quienes no estándemasiado de acuerdos con esa ley, y laatacan por todos los flancos.

Pero, como toda acto humano, esperfectible. Acá hay que buscar que estaestadística sea hecha, sea bien hecha y quesea controlada. La tarea es difícil, sí. Perohay tareas más difíciles y el hombre supollevarlas a cabo.

Las facultades de dirección, yo creo que sonirrestrictas. El empleador asume laresponsabilidad esas facultades. Cuandoempiezan las cortapisas que nacen de laopinión individual de cada uno de lostrabajadores, probablemente lo único queconsigamos va a ser un gran bochinchedentro de la planta y no vamos a hacerhigiene y seguridad en el trabajo.

La mayoría de las normas nacionales lastienen, pero todas la tienen debidamenteacotadas. No nos equivoquemos, no nospasemos de creativos y sepamos hastadonde podemos llegar.

Y en último término me refiero a lasacciones concertadas. Cuando hablaba decapacitación, información y educación,evidentemente ahí con que una de las trespatas de la mesa se tire al piso, lo másprobable es que no podamos funcionar. Acá

debemos hacer un esfuerzo para consultar.Yo sé que a muchas personas, hasta portemperamento, no les gusta consultar, noles gusta compartir, les cae mal hacerlo.Quizá porque saben que saben mucho,quizá porque no saben que a lo mejor haygente que sabe por lo menos lo mismo queellos y merece ser consultada.

Una norma llovida desde el cielo en materiade higiene y seguridad en el trabajo, aunquequien la dicte se siente Dios porque está enel cielo, probablemente puede tener muypoca vida a la hora de la aplicaciónpráctica. Sabiamente la Ley de Riesgos delTrabajo ha propiciado este ámbito deconsulta, seamos lo suficientementecapaces para no ponerlo en el rincón de lascosas olvidadas.

Por último, quiero referirme a lo que llamocompetencia desleal en el mundo deltrabajo. Si vamos a dictar normas las vamosa cumplir entre todos. Porque quien tome ladiferencia o la pequeña ventaja de nocumplirlas, probablemente se ahorre algunamoneda, pero alguna uña, algún dedo,alguna mano o algún brazo, como decía unautor, va a quedar por el camino.

La integración esta llamada a favorecer elfuncionamiento del mercado de trabajo.Proporciona herramientas, como las que muybien detalló Gerardo, sensacionales. Lo quetenemos que hacer es mantener el realismobásico para poder llevar esas herramientas ala práctica. Eso podemos hacerlo teniendo elmayor conocimiento posible de losproblemas reales. Una sana intención y unadecuado criterio pueden llevarnos aencontrar soluciones comunes que tambiénredundan en el beneficio común. Nada más y muchas gracias.

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Moderadora: (presenta a Jorge RicardoBruni Machin como invitados especiales ala Mesa)

JORGE RICARDO BRUNI MACHIN - Nopensaba participar en esta mesa redonda,pero con mucho gusto nos hemos sumadoante la invitación. Simplemente para hacercuatro o cinco reflexiones, algunas de ellasya mencionadas en la mañana de hoycuando intervine, pero referidas al casoconcreto.

El doctor Porres decía que una de lascaracterísticas de la institucionalidad delMercosur era ser intergubernamental, queno tenía nada que ver con lasupranacionalidad, lo cual hoy yo lo habíaexteriorizado, estoy totalmente de acuerdo.Sin embargo, reconociendo este hecho yocreo que en materia de condiciones desalud y de trabajo hay mucho por hacertodavía en las legislaciones nacionales, enlas prácticas nacionales.

Es decir que si hay uno de los temas quetienen que ver con lo social y con lo laboral,aún ante la inexistencia de políticas derazonamientos supranacionales es éste.Porque, como también se dijo aquí, elnacimiento del sindicalismo esconsustancial a las condiciones de trabajo ya la salud de los trabajadores. Por lo tantome parece que estando de acuerdo con loque decía el doctor Porres, en materianacional existe mucho por hacer.

Pero también en materia nacional yo decíaque la institucionalidad social y laboral delMercosur era simplemente de carácter desugerencias. Es decir, yo mencioné conmucha insistencia la falta dedemocratización del Mercosur. Que, a

diferencia de las constituciones nacionales,deciden exclusivamente los poderesejecutivos. Y otra de las características de lafalta de democratización, no acorde con losavances de la sociedad moderna, es laparticipación relativa y de carácter muylimitada que tienen las organizacionessociales, que solamente pueden sugerir y, enalgunos casos, a solicitud de los gobiernos,en otros lo hacen por iniciativa propia, perosiempre con la limitación de sugerir y de noincidir en las decisiones.

En la Conferencia Regional de Empleo serecordó que ante la insistencia del tema deempleo, la Comisión Socio Laboral delMercosur debería participar en todas lasinstancias en las que se tratara el tema enel ámbito regional. Esto es un avance. Comolo es también lo que existe en el Mercosuren el ámbito declarativo. De los procesos deintegración es donde existe más avance enlo declarativo y en la teoría. Pero, comoconsecuencia de ello, existen grandesincumplimientos. Lo decía el doctorHermida, quizás enfocado de otra manera,en cuanto al notorio incumplimiento queexiste de las normas que se han idosancionando en el Mercosur y, además, lasque existen en el ámbito nacional.

El tema de condiciones de salud y trabajo esconsustancial al nacimiento de lasorganizaciones gremiales. Mientras no seadmita que el trabajo sigue siendo el centrode la sociedad (siempre aparecencuestionamientos), mientras no se admitala centralidad del trabajo, no es posible quese discuta tampoco todo el tema decondiciones de salud. Porque ante cifrasoficiales expresadas por los cuatrogobiernos ya hace un año, donde seinforma, por ejemplo, que Paraguay tiene

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un 61% de informalidad, la Argentina un46%, Uruguay un 42% y Brasil una cifraparecida (no tengo la cifra exacta en estemomento), mal podemos estar hablando decondiciones de trabajo. Entonces es ahí donde surge el temaimprescindible de discutir la centralidad deltrabajo. Pero si a eso le agregamos lasbrutales cifras de desocupación y osubocupación, sumadas a la informalidadque origina la precarización de lascondiciones de trabajo, tampoco podemosseguir hablando en términos razonables decondiciones de salud en el trabajo.Para mi es una preocupación constante lademocratización del Mercosur y tratar deajustar cumplimientos con teoría porque, delo contrario, la teoría para lo único que va aservir, si no ajustamos esas contradiccionesexistentes, será para embellecer unasociedad bastante fea, realmente, como laque estamos soportando actualmente.Muchas gracias.

Moderadora – Ahora los integrantes de lamesa redonda van a responder laspreguntas que les sean formuladas.

– (Para el doctor Hermida) Ustedmanifestó que considera que para hacerprevención se necesita capacitación,formación e información ¿El haber omitidola necesidad de mejorar las condiciones detrabajo, obligación prioritaria de losempleadores fue un olvido o la UIA no loconsidera necesario?

– Yo me estaba refiriendo al punto de laresolución que habla de capacitación. Mecuesta entender cuál es la conexión decapacitación con mejorar las condiciones detrabajo. Lo dije, el interés en mejorar lascondiciones de trabajo está dado, cuando

me refería dos puntos antes de esa frase altema prevención. Son dos cosas totalmentedistintas. Por un lado, capacitación,educación y formación, y por el otro lado,mejorar las condiciones de trabajo. No sondiferentes, no se oponen entre sí. Si no seentendió, espero que con esta explicaciónse comprenda. Gracias.

– (También para el doctor Hermida) ¿Elcontrol del uso de elementos de protecciónpersonal, no es una responsabilidadempresarial?

– Afirmativamente me pronuncié así, perotambién dije que era una obligación el uso.

– (Para Luis Ansaldo) En el marco de ladenuncia de los reiterados incumplimientosen materia de higiene y seguridad por partede las empresas privatizadas, y delcuestionamiento de la misma legislaciónvigente en higiene y seguridad ¿Por quécomo organización representativa de lostrabajadores no adoptan posturas activasde denuncias de la corrupción que perjudicaa los trabajadores?

– No entiendo bien, yo hablo puntualmentepor Luz y Fuerza. En el marco de lasdenuncias por violaciones a las normas dehigiene y seguridad correspondientes a lasempresas la FATLyF ha hecho todas lasdenuncias que corresponden, y las ha hechoen el marco local, en la Subsecretaría deTrabajo cuando corresponde, y si no, en lautilidad de aplicación, en este caso laSuperintendencia de Riesgos del Trabajo.

Pero es más, en el caso de que no se hayatenido respuesta, ustedes saben que ennuestra actividad, en la rama eléctrica,cuando los trabajadores se equivocan no

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tienen revancha. Esto yo quieropuntualizarlo, si me permiten, porque me dala oportunidad de expresarme: Yo tengo 38años de trabajo en la industria eléctrica, heempezado de peón, y puedo referirles doscircunstancias en la vida que he transitadoen Luz y Fuerza que aumentaron los índicesde siniestralidad, una fue la dictaduramilitar, y otra fueron las privatizaciones.

Con la dictadura porque los conveniosfueron abolidos, y con las privatizacionesporque fundamentalmente no se le dioimportancia al trabajador. Comenzaron atercerizarse los trabajos y hoy se siguehaciendo. A partir de ahí es donde nosotrosmás sufrimos la accidentabilidad. Esta esuna de las realidades. Pero, no obstante, lasorganizaciones sindicales, y en este casoLuz y Fuerza, también denuncian lossiniestros que sufren los compañerostercerizados, que no dejan de sertrabajadores.

Cuando menciona la corrupción noentiendo a qué se refiere en este caso. Si espor la falta de denuncias, en lo quecorresponde a Luz y Fuerza no tenemoscorrupción. Todas las denuncias estánhechas. Nosotros siempre mantenemos enalto la bandera de que las comisionesmixtas de higiene y seguridad seanresolutivas. Eso siempre ha dado resultadoen la prevención de los accidentes detrabajo.

– (Para el doctor Hermida) ¿Representa laUIA a las ART en el Comité ConsultivoPermanente?

(Moderadora) - Según lo que dice la ley laART no tienen representatividad en el CCP,está el Estado y los sectores empresariales

y sindicales. Pero que conteste el doctorHermida.

(Hermida) – Ya me ganaron de mano, ycomo normalmente las mujeres siempretienen razón, me quedo con esacontestación. Las ART son prestadoras delsistema, nosotros somos los integrantes delsistema, esa es la diferencia entre unos yotros. Además es la prescripción delArtículo 40.

– (Para el doctor Hermida y también parael doctor Corres). Realizando un paralelocon la Unión Europea y el éxito del diálogosocial entre los actores centrales sindicalesy el sector empresario ¿No se podría, enforma de acciones colectivas, superar elescollo del traje de confección al que aludíael doctor Hermida? ¿No ve usted si quierendar forma de norma autónoma en laregulación regional? En tal sentido seríainteresante la opinión del doctor Corres.

(Corres) – La Declaración Socio Laboraltiene una Comisión de Seguimiento de laaplicación de la misma. Esta comisión tienealgunos datos interesantes que la hacenprácticamente única a nivel mundial. Salvola OIT, que tiene carácter internacional, esel único órgano regional tripartito queexiste en donde están incorporadosoriginariamente los trabajadores y losempresarios. Es una comisión tripartita, esun órgano auxiliar del Grupo MercadoComún, por lo tanto integra el sistema dedecisión de Mercosur. Ustedes tienen ahí lastres patas de lo que puede ser unaconstrucción tripartita.

De esa construcción tripartita (quesolamente un ejemplo de reconocimientoregional lo tenemos en el Protocolo

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Adicional al Tratado de Maastrich sobrepolítica social, que reconoció la aptitudregional de los sindicatos para concertarconvenios colectivos regionales), en ladeclaración aparece la Comisión deSeguimiento como un órgano con aptitudpara generar una norma regional, comofuente jurídica dentro de la materialidad delProtocolo de Ouro Preto.

Con esto quiero decir que si los trabajadoresy empresarios coinciden (en virtud de unode los principios de la declaración), sirealizan un acuerdo que tenga algún tipo deestructura normativa, si ese acuerdo seeleva como un proyecto de resolución alGrupo Mercado Común, y a partir de ahí sesiguen los procesos de internalización,vamos a tener una norma regional concaracterísticas propias vinculadas a laestructura tripartita de la Comisión de laDeclaración Socio Laboral.

No es el modelo de Convención ColectivaRegional, sí es el modelo de ConcertaciónSocial Regional. Pero esa norma queaparece luego se internaliza en cada uno elos países de acuerdo a su procedimiento.Con lo cual facilitaría muchos aspectos muyvinculados a los ámbitos personales yterritoriales de la negociación colectiva enlos cuatro países que son distintos,particularmente el caso de Uruguay yParaguay, que permitiría de alguna formainternalizarlo a través de los parlamentos,logrando algún tipo no ya de normaregional, sino una especie de estatutoregional, que serían acuerdos deconcertación que irían a los parlamentos,por ejemplo.

– (Para el Dr. Corres) ¿Cómo planeanresolver la contradicción entre la normativa

que avanza y la real situación de seguridady salud en el trabajo que prácticamente nose modifican?

– Una de las características que tiene elderecho del trabajo latinoamericano es ladisfunción entre lo declarativo, lo que seconcierta y se acuerda, y cómo se cumple lapráctica en la región. Éste fue un debateque duró tres o cuatro años, cuandoestábamos elaborando lo que iba a serdespués la Declaración Socio Laboral delMercosur. Porque hay distintos conceptosde lo que es la eficacia jurídica de la norma.Nosotros tenemos un concepto de eficaciaque puede estar vinculado a la vigencia dela norma, o sea la posibilidad deaplicabilidad, que puede ser el derecho de laemergencia, y otra cosa es la dirigenciaefectiva de la norma, es decir cómo esanorma se aplica en la realidad.

¿Cuáles son las dos corrientes que existenen el mundo? Una es ésta, la de la vinculación de lanorma en sí misma, que está muy arraigadaen los tratados internacionales, en losacuerdos que son normativos puros y tienensu construcción que comienza a principiode siglo con la noción de aplicabilidadjurídica. Esta noción tiene un desarrollomás importante a partir de la SegundaGuerra Mundial con toda la construcción delos derechos humanos y de la posibilidad deaplicación de normas que estaban en lacabeza de las personas,independientemente de los estados, quepodían contrariar a los estados y las propiaspersonas las podían ejercer en sus países.Pero eso hacía el derecho a la emergencia,a la imperatividad jurídica, a la posibilidadde que uno se vaya a tribunales y que lanorma se cumpla a través de un juez. Ahora

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hay toda una nueva corriente depensamiento internacional que sedenomina desarrollo normativo.

Es decir, no basta la aplicabilidad de lanorma sino que la norma está en uncontexto, en un fenómeno jurídico, en unmundo jurídico. Y que tiene tres elementos,una dimensión política, que es la estructurade reparto donde la norma se apoya, unadimensión social y una dimensiónnormativa.

Si esos tres elementos no actúan en formaconjunta, se produce una disfunción. Siusted tiene un reparto que es distinto a lanorma le pasa como a muchos paíseslatinoamericanos y al nuestro. Un códice denormas que nadie cumple porque laestructura de reparto no tiene nada que vercon el derecho. Entonces ahí tiene unproblema, o tiene una cuestión social que leimpide el cumplimiento de la norma,entonces usted tiene que crear los sistemaspara que los tres, la dimensión política, lanorma y lo jurídico vayan de la mismaforma.

Nosotros dijimos cómo logramos estaposibilidad de unificación de los tresescenarios. Lo que tratamos de hacer fue, através de la declaración y la comisión deseguimiento de la declaración, unificarestas tres patas. Sabemos que hay unreparto de poder que es inequitativo, que nose da en los conceptos de principiosfinalistas de la norma de la ética, delderecho del trabajo. Entonces tratamos defortalecer políticamente la cuestióncreando un órgano regional, que es el de laComisión de Seguimiento.

En la declaración ustedes van a ver, en el

artículo 20, que los actores de esa comisióntienen facultades, los trabajadores puedenpresentar observaciones, formular planes deacción, etcétera.

Esto es para que el principio de ladeclaración siga a la acción política, que noquede el principio suelto para que despuésno pase nada. Nosotros estábamostrabajando un tema que era la política deempleo para Mercosur y no teníamosposibilidad de generar una acción política.por problemas que tienen que ver con laspolíticas de cada uno de los países enmateria de empleo. Entonces generamosuna conferencia regional de empleo a ver sia partir de ahí puede haber accionespolíticas concretas que se vinculan con elprincipio de la declaración.

La segunda forma de construir esta fuerzapolítica que acompaña al principio fue loque ya dije, que esté ubicado en el sistemade decisión de Mercosur. O sea, cualquiersistema de relaciones internacionales detrabajo no tiene esa vinculación directa enel órgano de decisión. El NAFTA tiene unprotocolo paralelo que no es de losderechos de los trabajadores pero no estáen la estructura del sistema de librecomercio americano.

La Unión Europea tiene unos consejosdonde participan los trabajadores pero noestán en la estructura de poder de decisiónde las directivas. Alguna iniciativa de ellostiene cierta posibilidad de tratamientopreferencial. Pero acá en Mercosur están lospropios trabajadores y los empresariosdentro del sistema institucional, dentro delsistema de decisión, en la Comisión de laDeclaración. Lo cual también es importante.Hace también a esa fortaleza política.

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Por eso decimos que la Declaración SocioLaboral, a diferencia de los sistemas quehabía hasta ahora, es un instrumento parael desarrollo social, y es el primerinstrumento que aparece después de laglobalización financiera con característicasparticulares para dar una respuesta a laalternativa que había en ese momento, queeran las opciones normativas puras. Esdecir, a nosotros nos venían con modelos,como la Carta Social Europea, que son muyimportantes, muy valiosos, pero se nosproducía la fractura. Teníamos la normapero resulta que nuestra realidad iba porotro lado.

Entonces optamos, porque sabíamos que enlos acuerdos ningún Estado iba a avanzarmás que en su propia legislación interna,por buscar alguna metodología donde sefortalezca la dimensión política para queeste principio de la declaración tengaposibilidades de ejecución práctica.

Éste es un principio de lo que ahora se estádesarrollando en el mundo. Es esavinculación. Les voy a contar una anécdota:Yo estaba en Ginebra con el director deNormas Internacionales, que haciendo estemismo planteo me decía, “el problema quetengo yo es que me llegan los dictámenesde la Comisión de Expertos, del Comité deLibertad Sindical, que tratan aspectos de losconvenios pero que no tienen nada que vercon la realidad de los países. Acá meaparecen problemas del África donde a lagente le faltan los elementos esenciales yresulta que me vienen con dictámenes quetienen que ver con la libertad sindical”.

¿Cómo se hace para que esos principios,esas normas que hay que preservar porqueson éticas (hacen a la construcción y a la

dignidad de la persona) realmente lleguen ala práctica? Ahí nació también todo estoque ahora está trabajando la OIT, que sonlos sistemas integrados de cooperación y dela norma. Para que cuando se ratifica uninstrumento vaya acompañado de lacooperación para que pueda ser llevado a lapráctica. Esto es lo que ahora se estámanejando en el mundo. Gracias.

– (Para el doctor Hermida) En lasactividades de formación de recursoshumanos y en la industria argentina ¿secontempla la posibilidad de que en algúnmomento se sustituyan las importaciones?

– No, yo creo que es imposible desde larealidad. El mundo tiende a la especialidad,entonces sería bastante difícil de concretaraquello que era título de un libro que creoque decía “Vivir con lo nuestro”, que alguienle agregaba después “Morir con lo puesto”. Sustitución de importaciones, sí, “en sumedida y armoniosamente”. Si yo voy aimportar relojes versus la posibilidad defabricarlos, con toda seguridad los quefabrique el país van a ser de calidad distintaa los de los países que tienen una largatradición en la industria relojera. Hay quetratar de no “comerse” la basura, la chatarraque anda por el mundo y que no puede serutilizada en los países de origen o en otropaís con sistemas más limitados. Esosproductos ingresan para ser usados enpaíses con fronteras más blandas, porejemplo, herramientas sin elementosmínimos de protección.

Moderadora – Les agradecemos a losintegrantes de la mesa redonda suparticipación y la buena disposición paracontestar todas las preguntas, y a lospresentes por escucharnos.

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Introducción

El contenido de esta ponencia pasa revistaa temas relacionados con los campos deacción que las centrales sindicales podríantener en cuenta para asumir mayoresresponsabilidades en materia de seguridad ysalud en el trabajo ante los cambios queestán ocurriendo en el mundo del trabajo.En primer lugar se presentan las tendenciasque están siguiendo la seguridad y la saluden el trabajo como consecuencia de losprocesos de globalización en las que seencuentran inmersas las economías detodos o casi todos los países del mundo y,en particular, de América Latina.

Luego se describen las principalescaracterísticas del contexto sociolaboral dela región en América Latina y lasdificultades principales que confrontan laseguridad y la salud en el trabajo, sean lasinstituciones especializadas así como losespecialistas en esas materias.

Para ir centrando la discusión en el campomás específico de esas disciplinas en lo quese refiere a la protección de lostrabajadores, se describen los deberes y losderechos de los trabajadores en seguridadlaboral, según están establecidos en elConvenio 155 de la OIT sobre seguridad ysalud en el trabajo.

Posteriormente, se analiza el papel y lasestrategias de las organizaciones de

trabajadores para que puedan desempeñaruna defensa eficaz de los derechos de lostrabajadores en seguridad y salud en eltrabajo.

El último tema que se discute trata sobre laseguridad y la salud en el trabajo y lasmaneras en que la negociación colectivadebería aprovecharse para mejorar lacalidad de las condiciones de trabajo en lasempresas y en las organizacionesproductivas.

1. Tendencias de la SST en la economíaglobalizada

Las principales tendencias de la seguridad yla salud en el trabajo en la economía formalglobalizada muestran los siguientesindicadores:

En primer lugar, en el mundo desarrolladose observa un reconocimiento cada vezmayor del valor que tiene la seguridad en eltrabajo para la productividad de lasempresas y para la competitividad.

Segundo, como consecuencia de losprocesos de integración económica endiversas regiones del mundo y de AméricaLatina, se está produciendo unaconvergencia de las legislaciones yacuerdos políticos. Una muestra de dichaconvergencia y puesta de acuerdo encomún mediante el diálogo social y elconsenso entre los respectivos países, son,

PRINCIPALES CAMPOS DE ACCION DE LAS

CENTRALES SINDICALES PARA LA PREVENCION

DE RIESGOS Juan Carlos Hiba

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por ejemplo, las directivas que han sidoadoptadas en la Unión Europea, lasdisposiciones incorporadas en el Tratado deLibre Comercio de América del Norte(conocido por la sigla NAFTA, en inglés); lostratados, acuerdos y protocolos adoptadospor la Comunidad del Caribe (CARICOM);los instrumentos recientemente adoptadospor la Comunidad Andina (CA) y lasDirectrices del Mercado Común del Sur(MERCOSUR).

Por otra parte, las cláusulas sociales sobrecondiciones y medio ambiente de trabajoque se han incorporado en los tratadosbilaterales de libre comercio entre CostaRica y Canadá, y entre Chile y EstadosUnidos de América, muestran también lavaloración que las autoridades de esospaíses atribuyen a las condiciones detrabajo que deberían respetarse yfomentarse en las empresas como parte delos tratados de libre comercio acordados.

¿Cuál ha sido el propósito y el impacto delas cláusulas que se han incorporado enesos tratados y acuerdos?

En primer lugar, las disposiciones que sehan incorporado en los protocolos aseguranque se respete y se logre un piso mínimo decalidad de las condiciones de trabajo quelos países miembros de los acuerdos ofrecena sus trabajadores.

Segundo, evitan una suerte de dumpingsocial entre los países, para que unos no sebeneficien respecto de otros, obligando asus trabajadores a contar con malas oregulares condiciones de trabajo.

Quizá el propósito más significativo quetienen tales disposiciones es fomentar en

los países la práctica sistemática de una víaalta hacia el desarrollo económico y elprogreso social, permitiendo que sedesarrollen de una manera equitativa y quese basen en el mejor y mayoraprovechamiento del capital humano queconforman las respectivas comunidades.

En cuanto al impacto, habrá que ver en elfuturo próximo los resultados que puedanalcanzar dichos acuerdos, que dependerán,en buena parte, de la capacidad de lasautoridades y de los actores sociales deasumirlos con responsabilidad y de poderlosaplicar en ritmo y forma adecuadas en lascomunidades productivas.

2. El contexto sociolaboral en AméricaLatina

Una mirada a la situación del empleo, delas relaciones laborales y de la calidad delas condiciones de trabajo en la regiónpermite identificar diversos aspectos queperturban el progreso social en esasmaterias.

En el campo del empleo se observan, enuna cantidad significativa de países,indicadores de pobreza crecientes, asícomo niveles de empleo, subempleo ydesempleo; y de educación y de salud queresultan preocupantes. Una primeraconsecuencia de esos fenómenos es elcrecimiento sostenido del sector informalde la economía.

Desde el punto de vista de las relacioneslaborales, se detecta una notableflexibilización de las relaciones laborales,que lleva en muchos casos a unaprecarización sostenida de los contratos detrabajo.

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Ambas situaciones conllevan a que existandificultades cada vez mayores para preveniry controlar los accidentes del trabajo yenfermedades profesionales. Por otra parte,entre otras razones, gracias a unamaduración de las comunidades nacionales,existe una mayor visibilidad de factorespsicosociales adversos en los lugares detrabajo, tales como el estrés, la violenciafísica y el acoso sexual y de otra naturaleza,el consumo de alcohol y de drogas, eltabaquismo y los reclamos de los que nofuman, y el VIH/SIDA en los lugares detrabajo.

Desde el punto de vista de las institucionesque tiene competencias y responsabilidadespara la fiscalización de las condiciones detrabajo se observa, en primer lugar, unapérdida de influencia de los Ministerios deTrabajo en los gabinetes de gobierno, lo quegenera limitaciones reales en elcumplimiento de las políticas nacionales enseguridad y salud en el trabajo y encondiciones de trabajo, que se expresa,entre otros indicadores, en reducciones olimitaciones de sus capacidades de acción yde la cobertura de los servicios deinspección del trabajo.

3. Algunas dificultades de la seguridad yla salud en el trabajo en la región

El contexto en que se encuentra la región yque se ha descrito anteriormente esconsecuencia de diversos factores y ydificultades que impiden un desarrolloarmónico de las políticas y los programasnacionales relativos a la seguridad y lasalud en el trabajo.

Una primera observación que podríaseñalarse es, en términos generales, la

carencia de una visión de la seguridad y lasalud en el trabajo y de las condiciones y elmedio ambiente de trabajo como unsistema integrado.

Algunas veces, en algunos países, laspolíticas sectoriales superan -y a vecesobstruyen- a las nacionales. Ciertossectores productivos más desarrollados (porejemplo, la minería en el Perú), debido a lamayor disponibilidad de recursos o a lanecesidad de adecuarse a disposicionesestablecidas como prerrequisitos porinversores internacionales, logran ciertosniveles de desarrollo en materia deseguridad y salud en el trabajo por encimade las propias normas nacionales.

Por otra parte, en una cantidad importantede países de la región, existe una baja omuy baja inversión de recursos en estudiose investigaciones en condiciones de trabajoque hace que estas cuestiones terminenalejándose de los debates nacionalesrelacionados con las relaciones laborales.Por ejemplo, ante el exceso de horas detrabajo por encima de la jornada legal, seobserva una carencia de investigaciones yestudios en el campo de la duración de lajornada laboral y de la práctica de las horasextraordinarias, temas que muchasorganizaciones de empleadores no quierendiscutir y muchas centrales sindicales seolvidan de tener en cuenta.

Tal como se ha señalado anteriormente, enel campo gubernamental se observa unapérdida de capacidades reales de acción delas autoridades competentes que seexpresa, entre otras, como la escasez derecursos para realizar inspecciones o dellegar de manera eficaz con las actividadesde inspección a todas las zonas geográficas

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de un país, la imposibilidad de incorporarpersonal altamente calificado por no poderpagar buenas remuneraciones, o laincapacidad para mantener laboratorioscon un equipamiento moderno que permitala medición de parámetros ambientales coninstrumental de última generación.

Una dificultad mayor se refiere a las fuerteslimitaciones que el sistema institucionaltiene para atender a los problemasrelacionados con la salud y la seguridad delos trabajadores que se desempeñan en lasdiferentes actividades de la economíainformal. La dimensión de ese sector, suscaracterísticas intrínsecas y la naturalezade los problemas de índole laboral queenfrentan esos trabajadores, que muchasveces están más centrados en suscondiciones de vida, constituye quizá elmayor desafío que enfrentan los países dela región en estas materias.

Asimismo, los escasos programas depromoción y prevención en SST existentes enuna proporción elevada de países hanafectado también, de una u otra manera, alas posibilidades de acceso a la formaciónprofesional especializada en seguridad ysalud en el trabajo tanto de losrepresentantes de organizaciones deempleadores como de los de lasorganizaciones de trabajadores, capacitaciónque sería apropiada, por ejemplo, para lanegociación de cláusulas laborales enconvenios colectivos.

Finalmente, en la región se observa queprácticamente no existen políticas educativasque incorporen programas de capacitación dedocentes para el fomento de las culturas deprevención en salud y seguridad en el trabajo,sea en la educación primaria o secundaria.

Algunos resultados

Los indicadores a los que hemos hechoreferencia en la sección anterior permitenidentificar algunos resultados acerca de loscuales es conveniente reflexionar. En losniveles gubernamentales existe unadisponibilidad limitada de datos yestadísticas de accidentes del trabajo y decasos de enfermedades profesionales, casisiempre restringidas al sector formal de laeconomía.

En el campo de las relaciones laborales,uno de los resultados es la escasa prácticadel diálogo social en seguridad y salud enel trabajo y en condiciones y medioambiente de trabajo que existe entre losinterlocutores sociales. En ese campo, enconsecuencia, se observan pocos buenosejemplos de cláusulas relativas a esostemas en los convenios colectivos.

En los sectores productivos, a pesar de laexistencia de normas técnicas relativas a lacalidad y a la gestión ambiental, todavíaexisten muy pocos casos de la utilizaciónde sistemas de gestión de la seguridad y lasalud en el trabajo en las empresas.

Como resultado general, en una parteimportante de los países de la región sedetectan altas tasas de accidentes deltrabajo y de enfermedades profesionales.Dichos accidentes y enfermedades son unadesgracia intolerable para los trabajadoresy sus familias, constituyen un pesosignificativo para los presupuestos de laseguridad social y representan una barreradifícil de superar para la productividad ycompetitividad de las empresas.

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Consecuencias en las empresas y para laregión

La falta de una gestión de la seguridad y lasalud en el trabajo en las empresas, talcomo se ha señalado anteriormente, sedetecta, entre otros indicadores, porque enlas grandes empresas se observan escasosprogramas de prevención primaria osimplemente porque no existen en laspequeñas y medianas empresas programaspara la realización de diagnósticos para laidentificación de peligros, la eliminación deriesgos, y la puesta en marcha deprogramas de vigilancia de salud detrabajadores u otros programas similares.

En la mayoría de los establecimientosproductivos, en realidad, se observa unaproliferación de acciones de prevenciónsecundaria, tales como la rotación detrabajadores en los puestos más riesgosos,la reducción de la jornada de trabajo o laentrega de equipos de protección personal.

La falta de la aplicación de estrategias yprogramas de prevención primaria es unade las fuentes de una baja productividadlaboral en las empresas, que conduce, enmuchos casos, a muy limitadasposibilidades de aumentar sucompetitividad. De esa manera, lasintenciones de los gobiernos de lograrmejorar la competitividad de los países,encuentra en estos déficit de diferentesaspectos relacionados con la protección delos trabajadores y con la calidad de la vidalaboral que se ofrece en las empresas, unafuerte limitación.

4. Derechos y obligaciones de lostrabajadores en seguridad y salud en eltrabajo

En esta sección es conveniente enunciar elconjunto de los derechos y obligaciones quetienen los trabajadores, según han sidoestablecidos en el Artículo 19 del Convenio155 de la OIT sobre salud y seguridad de lostrabajadores. Las disposiciones que formanparte del artículo señalado establecen queen las empresas deben adoptarse medidaspara que:

(a) Los trabajadores cooperen en elcumplimiento de las obligaciones queincumben al empleador.

(b) Los representantes de los trabajadorescooperen con el empleador en materia deseguridad y salud en el trabajo.

(c) Los representantes de los trabajadoresreciban información adecuada acerca de lasmedidas tomadas para garantizar laseguridad y salud en el trabajo.

(d) Los trabajadores o sus representantesreciban formación en materia de seguridady salud en el trabajo.

(e) Los trabajadores y sus representantesestén habilitados para examinar todos losaspectos de la seguridad y salud en eltrabajo, y puedan recurrir a consejerostécnicos ajenos.

(f) El trabajador informe de inmediato a susuperior jerárquico acerca de cualquiersituación de trabajo que, a su juicio,entrañe un peligro inminente y grave parasu vida o su salud. Mientras el empleadorno haya tomado medidas correctivas, nopodrá exigir que los trabajadores reanudensu trabajo.

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Los once derechos básicos de lostrabajadores en seguridad y salud en eltrabajo

De los Convenios de la OIT relativos a laseguridad y la salud en el trabajo, es posibleidentificar once derechos básicos que lescorresponden a los trabajadores durante eldesempeño de sus tareas en losestablecimientos productivos. Talesderechos son los siguientes:

1. Información, instrucción y formación.

2. Exámenes médicos.

3. Confidencialidad de los datos de salud.

4. Cambio de puesto de trabajo por razonesde salud.

5. Participar en las actividades deprevención.

6. Ser consultados en materia deprevención.

7. Recurrir a especialistas externos.

8. Contactar y acompañar a los inspectores.

9. Libre acceso a la información y (losdelegados) a cualquier lugar de trabajo.

10. Abandonar el puesto de trabajo ante unriesgo grave inminente.

11. Protección frente a medidasdisciplinarias por actuaciones en estecampo.

La difusión de estos derechos de lostrabajadores por parte de las centrales

sindicales podrá contribuir a una mayortoma de conciencia y a una más altacapacidad de acción de los representantesde los trabajadores y de los propiostrabajadores en todas las oportunidades dediálogo social que puedan aparecer en losprocesos de negociación colectiva sea anivel nacional, por rama o por empresa.

5. Estrategias y papel de lasorganizaciones de trabajadores para unadefensa eficaz de los derechos de lostrabajadores en SST

Las organizaciones de trabajadores puedenllevar a cabo diversas acciones en materiade seguridad y salud en el trabajo con el finde defender de manera más eficaz susderechos en esas materias. Entre laspolíticas y los programas institucionalesque podrían poner en marcha para lapromoción y la prevención en esas materiases posible identificar las siguientes áreas deintervención.

Tal como se sugirió en el apartado anterior,un primer campo de acción consiste enllevar a cabo acciones de promoción ydifusión entre los diferentes sindicatos de lalegislación y de los reglamentos deseguridad y salud en el trabajo vigentes anivel nacional.

En lo que se refiere a la formación ycapacitación profesional, resultaimportante crear oportunidades para lasensibilización y capacitación de loscuadros directivos en temas de prevenciónde la seguridad y salud en el trabajo. Unadimensión relevante de esa capacitacióntendría que orientarse hacia la capacitaciónde delegados de fábrica y de trabajadoresen el papel de promotores de seguridad y

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salud en el trabajo. OIT cuenta conmateriales específicos destinados a laformación de dichos cuadros sindicales enesos temas.

La sensibilización debería alcanzar adiferentes sectores de la sociedad civil y delas comunidades locales. En ese sentido, lascentrales sindicales podrían organizarcampañas para un mayor y mejorconocimiento de los derechos laborales enseguridad y salud en el trabajo, encoordinación con otras entidades sociales.

Estrategias de las organizaciones detrabajadores para mejorar su capacidadoperativa en seguridad y salud en el trabajo

Para acometer de manera más eficaz lasiniciativas que se han señalado en elapartado anterior, las organizaciones deempleadores podrían trabajar más de cercacon las autoridades competentes, lasuniversidades, los institutos deinvestigación especializados, lasorganizaciones no gubernamentalesinteresadas en estos temas, los colegiosprofesionales de medicina, de derecho y deingeniería, así como con las organizacionesinternacionales.

Para ello, a su vez, además de capacitarseen seguridad y salud en el trabajo, deberíanincorporar en las comisiones directivas delas organizaciones de cúpula y en lossindicatos a profesionales y técnicoscalificados en derecho laboral, medicina deltrabajo, ergonomía, ingeniería de seguridady en medio ambiente.

Ese reforzamiento de sus competenciastendría que institucionalizarse, creando, porejemplo, un Departamento o unidad técnica

específica que se ocupe de las condicionesde trabajo y de la seguridad y saludocupacional. De esa manera se podríaasegurar más fácilmente unarepresentación calificada y permanente enlos organismos oficiales que cuenten conconsejos directivos o comisiones tripartitas.Consecuentemente, se facilitaría laposibilidad de mantener relacionespermanentes y de alto nivel con organismospúblicos, entidades de seguros, consejosnacionales del trabajo, asociacionesprofesionales, universidades y centros deformación profesional.

Papel de las organizaciones de trabajadorespara el diálogo social en condiciones ymedio ambiente de trabajo

¿Cuál es el papel que deberían desempeñarlas organizaciones de trabajadores enrelación con la seguridad y la salud en eltrabajo? Es posible citar varios tipos deintervención. En primer lugar, deberíanasegurarse de poder dar su parecerinstitucional en relación a proyectos de leyy de reglamentaciones que estén en estudiopor la administración pública.

Por otra parte, deberían contribuir en laformulación, el examen periódico y lapuesta en práctica de las políticas y de losprogramas nacionales relativos a esasmaterias, asegurando una representatividadde alto nivel y una presencia calificada en ladiscusión de la agenda nacional referida alas condiciones de trabajo.

En el nivel de las empresas, tendrían queparticipar y opinar durante la gestión de laseguridad y salud en el trabajo en lasoperaciones productivas y, especialmente,en los comités mixtos.

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Temas de estudio prioritarios relacionadoscon la seguridad y salud en el trabajo pararepresentantes de trabajadores

Las intervenciones institucionales de losrepresentantes de las organizaciones detrabajadores en las instancias señaladasanteriormente deberían estar sólidamentefundamentadas con conocimientos ycompetencias adquiridas a través dediversos mecanismos educativos de nivelterciario o universitario en diferentesmaterias.

Para manejar de manera apropiada lostemas referidos a la protección de la saludy la seguridad de los trabajadores unconcepto clave que debe ser conocido afondo por los representantes de lascentrales sindicales es de las condiciones yel medio ambiente de trabajo. Es este unconcepto multidimensional que la OIT se haencargado de concebir y diseminar hacecasi treinta años a través del ProgramaInternacional para el Mejoramiento de lasCondiciones y el Medio Ambiente deTrabajo -PIACT- lanzado en 1976. Eseconcepto abarca un conjunto de elementosque determinan la situación real laboral ysocial en la que se desempeña y vive eltrabajador o la trabajadora. Comúnmentese admite que forman parte de ellas, entreotras, la duración de la jornada de trabajo,la organización y el contenido de éste, losservicios de bienestar en el lugar de trabajoy los servicios sociales. Se suele considerartambién en este concepto las cuestiones deremuneración, dada su importancia y suvinculación con las demás condiciones detrabajo.

Otro concepto relevante para losrepresentantes sindicales es el de la

ergonomía, disciplina que permite entenderlas cuestiones relativas a las capacidades ylimitaciones de los trabajadores pararesponder a las necesidades de los procesosproductivos.

Desde un punto de vista economicista, peropor supuesto sin dejar de lado su impactosocial y laboral, temas tales como laproductividad, la calidad de los productos yservicios ofrecidos por los establecimientosproductivos, y la competitividad de lasempresas y de los países, son trescuestiones importantes a la hora de lanegociación colectiva y fundamentales parael establecimiento de cláusulas específicaspara la salvaguarda de la salud y seguridadde los trabajadores.

Desde ya, los campos del conocimientoreferidos a la economía y al derecho laboral,tanto colectivo como individual, junto conla visión del diálogo social y la participaciónde los trabajadores, son los temas mástradicionales en los que se requiere contaren las centrales sindicales con profesionalesaltamente especializados.

Una próxima publicación de OIT titulada,“Participación de los trabajadores enmateria de seguridad y salud en el trabajoen Argentina”, permitirá que lasautoridades y los interlocutores socialesvaloren de manera más reconocida laparticipación de los trabajadores enseguridad y salud en el trabajo, paracumplir con las Directrices MERCOSUR enesas materias que fueron adoptadas enmayo de 2002. El libro contiene lassiguientes partes: antecedentesinternacionales y nacionales relativos a laparticipación de los trabajadores;principales fundamentos de la

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participación; experiencias empresariales ysindicales en comités de higiene yseguridad; la situación de lasorganizaciones sindicales argentinas y suparticipación en el mejoramiento de lascondiciones y el medio ambiente de trabajo.

6. La seguridad y salud en el trabajo y lanegociación colectiva

Las relaciones laborales, cuando sedesarrollan en un marco democrático,permiten alcanzar logros importantes. Esapropiado aprovechar la experiencia de losnegociadores de diversos países. Interesa,por ejemplo, señalar el caso de España. Lareciente publicación “La salud laboral en lanegociación colectiva”, del InstitutoSindical de Trabajo, Ambiente y Salud(ISTAS), recopila más de 350 buenascláusulas relativas a la seguridad y salud enel trabajo y a las condiciones de trabajoexistentes en cerca de 5.000 conveniosvigentes en España. Dicho libro está a textocompleto en el sitio de esa institución eninternet .

En la introducción de la citada obra,Fernando Rodrigo, Director del ISTAS,señala el valor de haber recopilado unacantidad significativa de cláusulas quepueden considerarse como ejemplo,diciendo:

“Las buenas cláusulas contemplanprácticamente todo el abanico deproblemas que cualquier negociador puededesear incorporar a una plataforma denegociación colectiva. Algunas son muysencillas. Otras son mucho más ambiciosas.Las hay muy concretas, que no necesitaninterpretación y no plantean dificultades deaplicación. Y las hay también muy genéricas

o programáticas. Todas están en el informe,porque cada mesa de negociación esdistinta – y en España hay más de cinco mil– y no sabemos qué buena cláusula essusceptible de ser copiada en según quéámbito.”

La OIT y las estrategias para mejorar lascondiciones de trabajo

Concluyo esta ponencia haciendoreferencia a uno de los dos más recientesdocumentos publicados por la OIT para serdiscutidos durante la ConferenciaInternacional del Trabajo, que se celebró enGinebra en junio de 2003. El primer informese titula “Actividades normativas de la OITen el ámbito de la seguridad y la salud en eltrabajo”. En él se incluyen tres conceptosclave para mejorar las condiciones detrabajo en las empresas. Todos son deinterés estratégico para las centralessindicales.

El primero de ellos es el recurso a loscomités de seguridad paritarios yobligatorios, pues constituyen el principalmecanismo de gestión bipartita en relacióncon la seguridad y la salud en el trabajo enla empresa.

El segundo se refiere a la negociacióncolectiva. El informe señala que es unproceso de negociación periódico decarácter formal, y rescata su valorcomo un mecanismo continuo yflexible para resolver problemas.

En tercer lugar, el informe subraya laimportancia de la seguridad y salud en eltrabajo como una herramienta apropiadapara facilitar el diálogo social,especialmente cuando éste es difícil o se

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encuentra trabado por otros problemaslaborales. La seguridad y la salud en eltrabajo – señala ese informe - es un temaideal para negociar beneficios mutuos, yaque ambas partes están siempre interesadasen evitar los accidentes del trabajo y lasenfermedades profesionales. Ese diálogosocial basado en encontrar soluciones paramejorar la prevención de los riesgos en eltrabajo ha facilitado la promoción de laseguridad y la salud en el trabajo y lamejora de las condiciones de trabajo.

El segundo informe de la OIT se titula “Laseguridad en cifras”. Del prólogo de dichodocumento he extraído tres referencias quequisiera que quedaran para la reflexión ypara la acción.

La primera señala que “Toda persona aspiraa tener un trabajo que le proporcione unnivel de vida aceptable tanto para ellacomo para su familia; un trabajo en el quese tengan en cuenta sus opiniones y serespeten sus derechos fundamentales.También confía en recibir proteccióncuando no pueda trabajar y en caso deenfermedades profesionales y accidentesdel trabajo.”

La segunda hace hincapié en que “Esimposible que la base de una estrategia dedesarrollo sostenible sea un trabajo quesocave la eficiencia económica y no tengaen cuenta la salud y la seguridad de lostrabajadores.”

Finalmente, el informe afirma que “La OITno acepta que las lesiones y enfermedadesvayan aparejadas al trabajo. En el DíaMundial de la Seguridad y la Salud en elTrabajo, este año centramos la atención enla promoción de las culturas de prevención.

En colaboración con nuestros mandantes yotros actores, la OIT espera formar parte deun esfuerzo renovado por fomentar eltrabajo sin riesgo en todo el mundo.”

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Buenos días. Agradezco muy sinceramentea la Superintendencia de Riesgos delTrabajo al haberme invitado a participarcomo ponente en unas jornadas de laambición y calidad que los aquí presentesestamos teniendo la posibilidad decomprobar y disfrutar. Ese agradecimiento yfelicitación quiero expresarlo muyespecialmente en la persona del DoctorCarlos Aníbal Rodríguez, al que tantasgeneraciones de activistas y prevencionistas-de aquí y de la otra orilla del océano- ledebemos por la pasión y el compromiso quenos ha inculcado en la defensa coherente einfatigable de la salud de los trabajadores ytrabajadoras.

Dedicar una intervención a plantear el rolde los sindicatos en la defensa de la saludde los trabajadores es muy fácil porque esaha sido la esencia y la razón de existir delsindicalismo desde su nacimiento. Qué otracosa si no fue la lucha por las 8 horas dejornada o por la prohibición del trabajoinfantil en el siglo XIX. Porque la saludlaboral es la resultante del conflicto entresalud y condiciones de trabajo y ahí elsindicato es central e insustituible comoagente vertebrador y organizador de lalucha y la negociación por unas mejorescondiciones de trabajo. Condiciones detrabajo que en su relación con la saludprovocan efectos complejos ycontradictorios. Cuando es positiva, mejorala autoestima y la satisfacción de lostrabajadores, lo que suele redundar enbeneficios para la productividad y la calidad

del trabajo. Pero cuando es negativa,produce accidentes, enfermedades ysufrimiento, lo que genera absentismo eincapacidad laboral. Es decir consecuenciassociales y económicas. Los empresariossuelen priorizar (aunque no lo explicitenclaramente) el enfoque económico, lossindicatos el social y este conflictoatraviesa –se diga o no- las prioridades yenfoques preventivos dentro y fuera de lasempresas.

En el conflicto que se da entre trabajo ysalud, tres son las razones que justificanplenamente la participación de lostrabajadores en la prevención de los riesgoslaborales:

1. Democracia: son los que sufren losriesgos y los daños y además estos les sonimpuestos, ya que es el empresario el queestablece las condiciones de trabajo.

2. Eficacia: sin la implicación activa de lostrabajadores la prevención de riegoslaborales tendría pocas posibilidades detener éxito.

3. Metodología: la experiencia y la opiniónde los trabajadores son indispensables en elproceso preventivo, tanto para identificarriesgos, señalar prioridades, establecer lasmedidas preventivas a adoptar, cuanto paraevaluar los resultados de las accionesadoptadas. Es decir la participación de lostrabajadores hace que la prevención seamás un proceso socio-técnico que una

SINDICATOS Y SALUD Y SEGURIDAD EN EL

TRABAJO

Fernando Rodrigo Cencillo

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actividad exclusivamente basada en el“conocimiento experto”. Es decir meramentetecnocrática.

Existe ya el suficiente conocimientocientífico –estudios- que avala la idea deque la implicación de los trabajadores ensalud laboral es esencial e insustituible si sepretende alcanzar resultados preventivos. ElInstituto de Investigación de Salud Laboralde Québec (IRSST), en una investigaciónllevada a cabo en una muestrarepresentativa de empresas y trabajadoresde esa provincia canadiense, llegaba a laconclusión de que no es la existencia deriesgos o su peligrosidad la que determinael comportamiento de los trabajadores, sinoque son los procesos organizacionales ypsicosociales los que favorecen o dificultanla implicación y la actitud frente a losriesgos. En concreto señalan dos tipos dedinámicas organizacionales y la necesidadde la existencia de un buen climapreventivo (organización, recursos yprácticas preventivas de la empresa): la quese da entre la jerarquía y los trabajadores–ser escuchados con respeto, serconsultados en las soluciones, es decirestablecer procesos de participación real; yla que se genera entre los trabajadoresmismos en el seno de los grupos y equiposde trabajo.

La combinación de estos factoresorganizacionales y de “clima preventivo”determinarán el comportamiento y actitudde los trabajadores frente a los riesgos y laspolíticas preventivas, siendo estos de trestipos:

1. Comportamiento de prudencia. Hacercaso de las instrucciones y pautas deprevención dadas por la empresa.

2. Comportamiento de iniciativa. Secomprometen en actitudes proactivas,dando cuenta a sus superiores de problemasdetectados y/o de posibles soluciones.

3. Comportamiento de apoyo e implicacióncon los delegados de prevención y loscomités de seguridad y salud.

A partir de todo ello, el IRSST, concluíaafirmando la necesidad de reconocer laexperiencia y la percepción de lostrabajadores al mismo nivel que elconocimiento experto y establecer lascondiciones que promuevan estimulen ycanalicen la capacidad de iniciativa de lostrabajadores, si se quiere hacer unaprevención de riesgos orientada a conseguirresultados reales.

En un estudio realizado por ISTAS –proyectoPERCEP-, se alcanzaban conclusiones muyparecidas, aún cuando el objetivo delestudio era el de conocer cuales son lascondiciones que deben darse para que laformación dirigida a los trabajadores enprevención de riesgos labores promuevacambios en sus actitudes ycomportamientos. La existencia de undenominado “clima preventivo”determinado por un conjunto de variables,en los que la existencia de un compromisode la empresa –medido en recursos,inversión, estructura, etc-,y la implicaciónde los mandos intermedios, eran losfactores determinantes, -mucho más que elconocimiento de los riesgos (es decir laformación), o la existencia de personaltécnico-preventivo- para el éxito o fracasode la formación.

La otra conclusión alcanzada por el estudio,era la necesidad de contar con la

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percepción y la experiencia de lostrabajadores para ser valorada y tenida encuenta junto al conocimiento de lostécnicos, a la hora de determinar lasprioridades preventivas sobre las que se hade formar –y actuar-. Otra carga deprofundidad más para las concepciones ycomportamiento tecnocráticos, donde laprevención se hace para los trabajadorespero sin los trabajadores (despotismopreventivo).

Pero más allá de las razones, están también–y por si ellas no son suficientes-, las leyes.Y en Europa, las cosas están claras en estesentido. Los empresarios son deudores de laseguridad de los trabadores y estos tienenderecho a la protección integral de su saludy seguridad y tienen derecho a participar entodo lo relacionado con la prevención deriesgos laborales. Esta participación enalgunos aspectos se ejerce directamente yen otros se establece la figura delrepresentante de los trabajadores -delegado/a de prevención-.

Desde un punto de vista sindical, el objetivoestratégico de las políticas en salud laborales la mejora de las condiciones de trabajo yla defensa integral de la salud de lostrabadores, entendiendo ésta en sentidoamplio hasta comprender el propiobienestar físico y psíquico.

Hacer esto y hacerlo bien, significa partirdesde la plena autonomía de lostrabajadores y sus representantessindicales. Autonomía para decidir cualesson los problemas, cuales las prioridades ycuales las medidas a preventivas a adoptar.La autonomía tiene sentido si se implica a

los trabajadores, verdadero reto sindical sise pretende intervenir de verdad en laprevención teniendo algo que aportar. Perono quiere decir para nada que estaautonomía no forme parte de una dinámicade diálogo y negociación con la empresa,que pueda y deba concluir en acuerdostotales o parciales, en los que la presióntendría como objetivo obligar al empresarioa actuar y hacerlo teniendo en cuenta laopinión de los trabajadores. Estaríamospues frente a una aproximación operativa,autonomía-acuerdo-autonomía, o si sequiere presión-negociación-presión, que esla base de la estrategia sindical de lostrabajadores en Europa y obviamente enEspaña.

Estamos pues frente a una estrategiasindical que sitúa a los trabajadores en elcentro de la acción preventiva como actoresindispensables. Lo hace desde la autonomíay partiendo de la propia experiencia.Tratando de lograr una buena correlaciónde fuerzas, tanto dentro como fuera de lasempresas, porque sabemos que la presiónsocial es el motor de la prevención. Que laexistencia de buenas leyes y reglamentos esnecesaria pero no suficiente. Que soloponiendo en el centro del debate y de laacción la razón social frente a la razóneconómica se pueden construir políticasactivas y eficaces en salud laboral. Yutilizamos la herramienta del diálogo y lanegociación bipartita (empresarios ysindicatos) y tripartita (empresarios,sindicatos, gobierno), para ir construyendoconsensos sociales que pongan el énfasis enla mejora de las condiciones de trabajo.

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EJES DE LA INTERVENCIÓN DECOMISIONES OBRERAS

- Hacer visible lo invisible. La salud laboralno es solo el accidente de trabajo, ni tansiquiera las enfermedades profesionales.Hablamos de todo daño físico o psíquicorelacionado con el trabajo. Hacerlo evidente,visualizarlo es el primer paso de todaestrategia sindical, tanto en el plano de laempresa como de la sociedad.

- Dar un sentido colectivo a lo que se percibecomo sufrimiento individual. Construimos locolectivo a partir de lo individual. Ello exigeuna relación personal con lostrabajadores/as, posibilitando que expliquensus propias percepciones y experiencias.Haciéndoles ver que hay solucionescolectivas para lo que a veces se percibecomo inevitable.

- Formular una estrategia colectiva paratransformar la percepción en accionespreventivas. Hay que tener nuestra propialista de problemas y de propuestas paranegociar con la empresa y acabar elaborandoun plan de actuación preventivo pactado.

- Extender el campo de la salud laboral atodas las situaciones que afectan albienestar de los trabajadores. Hablamos portanto de salud y de condiciones de trabajo ensentido amplio.

- Los trabajadores son protagonistas activosde la prevención de riesgos laborales. No selimitan, con ser importante esta función, acomprobar el cumplimiento normativo porparte de los empresarios, sino que seimplican en todo el proceso preventivo. Laprevención solo tiene sentido y operatividadsi es un proceso socio-técnico.

¿QUÉ HACEMOS?

- Creamos condiciones sociales para lograruna buena correlación de fuerzas. Para elloes esencial hacer visible los problemasrelacionados con la salud laboral. El papelde los medios de comunicación esprimordial y lograr que las noticiasrelacionadas con la salud de lostrabajadores salgan de las páginas desucesos y estén presentes en las de política,laboral, economía o sociedad esfundamental. La correlación de fuerzasdentro de la empresa, tiene mucho que vercon la que logramos establecer fuera, esdecir en la sociedad.

- Llevamos la salud laboral a las agendaspolíticas. En los últimos años, hemoslogrado que la salud laboral esté presenteen todo debate sobre política general olaboral. El diálogo social entre sindicatos ygobiernos, ha tenido como una de susprioridades esta problemática, junto a lasdel empleo o la protección social. Hacerresponsables a los gobiernos sobre el estadode la salud de los trabajadores, significasituarlos ante una de sus principalesobligaciones: la protección de la salud entodos los ámbitos, lo que sucede dentro delas empresas no goza del “estatuto deextraterritorialidad”.

- Damos sentido y contenido al tripartismoa nivel estatal y autonómico (España es unestado con una organizacióndescentralizada o cuasi federal). Ladirectiva europea y la Ley de Prevención deRiesgos Laborales crean órganos departicipación institucional, formados porgobiernos (central y autonómicos),empresarios y sindicatos. También losprocesos de negociación colectiva

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establecen comisiones sectoriales(empresarios y sindicatos) de salud laboral.Este tipo de organismos o comisiones,pueden funcionar o rutinizarse, ellodepende en buena medida de la capacidadque tengamos de llevar propuestas y dedinamizarlos. Generalmente lasorganizaciones patronales no tienen ningúninterés en que funcionen y adopten planesde acción, en su actitud resistencialista opasiva pueden arrastrar también a losgobiernos, es por ello que la combinaciónde presión social y capacidad de propuestason indispensables para hacer de laparticipación algo más que una formalidadvacía de contenido real.

- Desarrollamos y organizamos unaestructura sindical sólida para intervenirdentro y fuera de la empresa. Laparticipación de los trabajadores en laprevención de riesgos laborales no es unlema. Es algo que se organiza y promuevecon estrategia y recursos. La directivaeuropea y la ley española crea la figura deldelegado/a de prevención para representara los trabajadores, elegirlos en las empresases una tarea no siempre fácil. Hay quededicar toda una estructura y planificaciónde trabajo para llegar al máximo número deempresas. Actualmente Comisiones Obrerastiene alrededor de 65.000 delegados/as deprevención en toda España. Calculamos queel total debe de estar en unos 125.000. Ellosignifica que muchas empresas –sobre todolas pequeñas- carecen de representaciónsindical. Es por ello que estamos intentando–a través de la negociación y la presión-crear la figura del delegado sectorial oterritorial con capacidad de controlar ytutelar el cumplimiento de la legislación yla salud de los trabajadores en este tipo deempresas.

- Diseñamos e impartimos formación. Elegira los delegados/as de prevención en lasempresas es sólo el primer paso. Para quepuedan llevar a cabo su tarea –difícil ycompleja- necesitan de conocimientos yhabilidades, no principalmente técnicas,que les permitan hacer su papel y hacerlobien. Eso significa que además de conocersus derechos y las obligaciones delempresario, tienen que saber relacionarsecon los trabajadores, promover suimplicación activa (sin ella no haycorrelación de fuerzas ni posibilidad dehacer prevención con resultados), negociary presionar –es decir movilizar- cuando eldiálogo se estanca. La formación estambién un proceso dinámico que partiendode lo básico va avanzando hasta ir lograndouna mayor y mejor especialización. Essorprendente y gratificante encontrarse condelegados de prevención con un amplísimoconocimiento producto de su largaexperiencia como representantes de lostrabajadores.

- Creamos estructuras de asesoramientotécnico-sindical. Nuestros delegados/as deprevención y los trabajadores, en muchasocasiones tienen enfrente problemascomplejos y toda una variedad dealternativas muy diferentes. Representar elinterés de los trabajadores, priorizarproblemas y proponer alternativas, muchasveces es difícil porque los problemas sontambién difíciles. En la mayor parte de lasocasiones nuestra contraparte no sólo es elempresario sino que junto a él –y en alianzacon él- están los técnicos prevencionistas alos asesores laborales. Los delegados portanto necesitan también de apoyo técnicopara poder hacer bien su tarea. Elasesoramiento les da ese apoyo y lesfortalece porque se sienten más seguros y

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acompañados en su tarea. ComisionesObreras cuenta actualmente con una Redde Asesoramiento Sindical de más de 100personas en todas nuestras organizacionessindicales territoriales, que apoyan laacción de nuestros delegados/as. Crear estaRed ha sido uno de los principales objetivosy retos organizativos que hemos tenido queafrontar.

- Elaboramos instrumentos y herramientaspara la intervención sindical en lasempresas. El objetivo es facilitar laintervención de los delegados de prevencióny promover la implicación activa de lostrabajadores. Llevar a cabo unaintervención en prevención de riesgoslaborales desde la autonomía –es decir nosupeditada al interés empresarial o la visiónexclusivamente técnica-, necesita contarcon instrumentos para recoger lasopiniones y recabar las informacionesnecesarias a partir de las cuales sea posibledetectar problemas, establecer prioridades yproponer soluciones de mejora de lascondiciones de trabajo. Estas herramientastienen que ser sencillas, pero eficaces, paraque puedan ser utilizadas por lostrabajadores.

- Investigamos acerca de las necesidades ylos problemas. Las condiciones de trabajohoy son muy diferentes de las que existíanhace sólo 20 o 30 años. Convivimos con losviejos y conocidos riesgos, pero aparecenotros emergentes, cambian a toda velocidadlas condiciones de trabajo y la organizacióndel trabajo, se introducen las llamadasflexibilidades (precarización del trabajo,desregulación laboral) internas y externas,en definitiva cambia la naturaleza deltrabajo y las relaciones laborales. Ello nosexige adaptarnos a las nuevas realidades,

mejorar nuestros conocimientos para afinaren las propuestas y en las soluciones. Laformación tiene que estar basada ladetección previa de necesidades y en lasmejores y más eficaces metodologíaspedagógicas adaptadas a personas adultasque tienen sus propias percepciones yexperiencias. Las herramientas einstrumentos deben de estar contrastadas yvalidadas. Promover la visibilidad social dela salud laboral exige ofrecer datos einformaciones rigurosas acerca del impactoque el trabajo tiene en la salud de lostrabajadores y los costes sociales yeconómicos de la no prevención.

- Promovemos alianzas y complicidadesconceptuales con el mundo técnico yprofesional de la prevención. La saludlaboral es el conjunto de las políticasdestinadas a proteger la salud de lostrabajadores. A la vez es un cuerpo deconocimientos y convencionalismossociales que se basa –como no podía ser deotra manera en toda construcción social-en conceptos y saberes convencionalesencarnados en personas y en instituciones.Influir sobre ese conjunto de personas einstituciones, ganar la batalla de las ideases esencial para el desarrollo de la saludlaboral. Hablar de cultura preventiva es algocomún y que todos practicamos, pero detrásde esta idea se esconden interpretaciones yconceptos muy diferentes. La diferenciaentre concebir la acción preventiva comoun proceso eminentemente técnico y nocomo una actividad socio-técnica que sitúaa las dinámicas sociales al mismo nivel deimportancia que se otorga al conocimientoexperto, delimita, enfrenta –y condiciona-claramente dos formas de entender yconcebir la salud laboral y las políticas allevar a cabo. Acercar a una parte del

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mundo profesional y técnico a estaconcepción ayuda a conformar una acciónpreventiva en el nivel de empresa muchomás cercano a nuestra concepción y porello más eficaz y operativo.

- Impulsamos la intervención sectorial(negociación colectiva) para facilitar lasactuaciones en el marco de la empresa. Eldesarrollo de la salud laboral en lanegociación colectiva es uno de losobjetivos estratégicos del sindicato, ya quela Ley es una normativa que debe de serconcretada y desarrollada mediante eldiálogo y la negociación entre empresariosy trabajadores. La necesidad de acometeracciones preventivas de nivel sectorial(riesgos comunes, programas formativospara empresarios y trabajadores,prioridades preventivas, riesgos emergentes,etc), obliga a incorporar la salud laboral alas relaciones entre patronal y sindicatos.Así mismo es bueno llevar a la negociacióncolectiva la creación de la figura deldelegado de prevención sectorial para laspequeñas y medianas empresas, concapacidad de tutelar y proteger losderechos de los trabajadores y trabajadorasde estas empresas, que en general carecende representación sindical o cuando existe,tiene muchas dificultades para ejercer supapel.

ISTAS COMO INSTRUMENTO DE UNAESTRATEGIA SOCIO-SINDICAL

Comisiones Obreras decidió en 1996promover la creación de un institutotécnico-sindical con el objetivo de dotar decontenido y conocimiento técnico-científico la acción sindical en salud laboraly medio ambiente. ISTAS (Instituto Sindicalde Trabajo, Ambiente y Salud) es una

fundación autónoma pero estrechamenteligada al sindicato y desarrolla actividadesde: asesoramiento, formación, investigacióne información y publicaciones.

Asesoramiento. ISTAS coordina una RedSindical de Asesoramiento en Salud Laboraly Medio Ambiente, formada por más de 100asesores sindicales que atiende lasdemandas de los delegados/as deprevención y los trabajadores. En poco másde dos años hemos creado un Sistema deInformación Sindical en salud laboral quecontiene datos de más de 26.000 consultasatendidas y contamos con informaciónsobre los problemas planteados y laspropuestas y soluciones alcanzadas.

ISTAS asesora igualmente a la ComisiónEjecutiva de la Confederación Sindical, a lasFederaciones de los sindicatos de sector, y alas secciones sindicales de las empresas deámbito estatal.

Por demanda de otras instituciones públicaso privadas y siempre que exista un interésestratégico para el sindicato, se colaboracon Administraciones públicas (gobierno deBaleares, de Andalucía, Inspección deTrabajo) o con privadas (Asociación deServicios de Prevención, Zurichconstrucción naval).

Formación. ISTAS tiene encomendadas lastareas formativas en salud laboral y medioambiente. En concreto diseña y elabora losmateriales y contenidos formativos, impartela formación de formadores y realiza laevaluación y seguimiento de la formación.Igualmente en lo que se refiere a formaciónde carácter técnico, se imparten cursos denivel intermedio y superior en salud laboral.Se desarrolla una importante actividad en

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colaboración con universidades y otrasinstituciones formativas.

Información. La página web de ISTAS es laprincipal herramienta de comunicación yaque tiene un alto número de visitas((607.208 en 2003) y con una procedenciamuy diversa, ya que si bien el 56% son deEspaña, otro 40% son de paíseslatinoamericanos. Los materiales queproduce ISTAS son de utilización libre ygratuita y por ello están a disposición en laweb. ISTAS elabora y edita dos revistasperiódicas Por Experiencia y Daphnia. Laprimera es de salud laboral y va dirigida alos delegados/as de prevención, estrimestral y tiene una tirada de 65.000ejemplares. Daphnia es de temática medioambiental, está dirigida a activistas ydelegados, tiene también una periodicidadtrimestral y una tirada de 4.500 ejemplares.

ISTAS tiene una política de publicacionesque produce especialmente materialesdirigidos a los delegados de prevención y depersonal. Son guías sindicales opublicaciones especializadas destinadas afacilitar la intervención sindical en lasempresas.

ISTAS colabora con la Agencia Europea deSalud Laboral y mediante su cooperación sedesarrollan herramientas e instrumentospara favorecer la acción sindical en saludlaboral. Por último se organizan –concarácter bianual- los FOROS ISTAS de SaludLaboral de carácter monográfico, queintentan convertirse en centros de debateentre el mundo técnico, el sindical y de lasadministraciones públicas.

Investigación. Constituye ésta una de laslíneas fundamentales del trabajo de ISTASque necesita del conocimiento sobre larealidad, sobre los nuevos y viejosproblemas que afectan a los trabajadores ytrabajadoras, pero que están mal oinsuficientemente conocidos. Unainvestigación que sirve de apoyo yretroalimentación para las actividades deformación, información y asesoramientoque desarrollamos para los activistas ycuadros sindicales. Los estudios einvestigaciones (de interés sindical) sellevan a cabo tanto con medios propioscomo en colaboración y alianza conentidades universitarias e instituciones delcampo técnico y del ámbito científico. Lasalianzas con el mundo técnico-profesionaly científico son una prioridad estratégicapara el sindicato ya que la acción exige elmejor de los conocimientos, tanto en ladeterminación y complejidad de losproblemas a los que hacer frente, como enlas soluciones a plantear. Así en el campode la salud laboral como en el del medioambiente, problemáticas ambas en las quela salud pública, la salud ambiental y lasalud laboral se encuentran entremezcladasy son difícilmente separables y cuyasconsecuencias económicas, sociales yambientales tienen una gran trascendencia.Es por ello, que hacer que las institucionesy personas que generan conocimiento seacerquen a ambas (salud laboral y medioambiente) con una actitud crítica, abierta yde implicación social, es tan importantepara cualquier estrategia sindical de luchapor la mejora de las condiciones de trabajoy por la promoción de políticas que hagancompatible el desarrollo económico y socialy el medio ambiente.

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RONDA DE PREGUNTAS

–¿Puede darnos algún ejemplo de eseintercambio o interrelación que hay entrecentrales sindicales dentro de la UniónEuropea? ¿Qué tipo de logros concretospodría mencionarse?

– Hubo aquí una ponencia excelente, comosiempre, de Laurent Vogel, que es uninvestigador del Buró Técnico Sindical de laConfederación Europea de Sindicatos, quees el instituto de salud laboral que tienenlos sindicatos dentro de la Unión Europea.Ésta es la primera cuestión, los sindicatosen la Unión Europea tienen un instituto desalud laboral, el VTS, que se ocupa de estostemas, representa al sindicalismo europeoen el diálogo tripartito que se establece enel propio ámbito de la Unión Europea, y quees absolutamente esencial para establecerlas normativas, las directivas, losreglamentos, que después afectanobligatoriamente a toda la propia Unión. El VTS a su vez actúa un poco decoordinador de instituciones similares decarácter sindical que existen en otrospaíses, como es el caso de España con ISTASu otro tipo de instituciones técnicas ytécnico-sindicales que tienen el resto de lossindicatos europeos. Es decir, existe una relación importante,una coordinación importante, que hace quela definición de las políticas europeas enmateria de salud laboral y su desarrollonormativo y reglamentario sea participadopor el conjunto de sindicatos de la UniónEuropea representados a través del VTS y dela confederación europea.

–¿Qué experiencia tienen en España encuanto a resultados en materia deprevención en pymes?

– El 2003 ha sido el primer año en Españaen que hemos conseguido reducir lasiniestralidad. Desde la promulgación de laLey de Riesgo Laboral, en 1996, hasta el2002 habíamos tenido una curva crecientede aumento de la siniestralidad. En 2003esta curva se rompió, por primer añodescendió y nosotros decimos que estodemuestra que cuando se hacen políticasactivas se puede combatir la siniestralidad.No se trata de una fatalidad ligada alcrecimiento económico, porque en losúltimos ocho años en España hemos tenidocrecimiento económico y del empleo, y lajustificación es que aumentan losaccidentes porque aumenta la actividadeconómica. Pues no. Se puede reducir laaccidentalidad cuando existe una ampliaactividad dedicada a combatirla.Y esta reducción de la siniestralidad se haproducido en el conjunto de las empresas,tanto en las grandes como en las pequeñasy prácticamente en todos los sectoresproductivos. La pyme tiene una problemática muyespecial, pero no es una realidad tampocouniforme. Hay dos tipo de pyme básicas,aquella que prácticamente no tienecapacidad de establecer sus propiascondiciones de trabajo saludables, desde elpunto de vista de la salud laboral, porqueviene determinada exclusivamente por laempresa principal, que establece en quéritmos, en qué formas y en qué precios tieneque trabajar, es decir, la contratación y lasubcontratación en cadena que hoy día estádesarrollada, y en otro tipo de pymes queson más autónomas y que tienen capacidadde definir sus propias condiciones detrabajo. El gran problema que tenemos en España enestos momentos, que acaba de salir undesarrollo reglamentario que actúa sobre

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este conjunto de empresas, es el de laspymes que trabajan en el campo de lasubcontratación en cadena. Aquí losproblemas son muy grandes y difíciles, y notienen que ver con la propia estabilidad delos trabajadores. El trabajador puede tenerun contrato fijo dentro de esa empresa.Pero esa empresa es vulnerable, porquetiene que trabajar para otra empresa queestá por encima de ella, que trabaja conenorme riesgo, con una condiciones detrabajo muy deplorables y en dondenormalmente no existe representaciónsindicalni servicios de prevención queactúen sobre ellas y, por lo tanto, donde losriesgos y los problemas son muy serios.Como ven, hay dos tipo de realidades en elmundo de las pymes y sobre una de ellas esrealmente complicado actuar.

– ¿Puede darnos referencias sobre lasMutuas? ¿Las considera aplicables enLatinoamérica.

– No me atrevería nunca a establecerlo. LasART, o las entidades chilenas, o de algúnotro país, intentaron hacer una traslación aLatinoamérica de la experiencia de lasmutuas. Lo primero que tengo que decir esque las mutuas en España ya tienen 100años. Nacieron como entidad deaseguramiento en el año 1900. Claro que en100 años han cambiado mucho las cosas. Ylas que eran unas entidades exclusivamentede aseguramiento, se les empezó a darcapacidades en materia de prevención deriesgos laborales y de protección de la saludde los trabajadores.

Nosotros estamos muy insatisfechos con elmodelo de las mutuas en España y con eltrabajo que desarrollan. Hasta el punto deque en estos momentos, y ahora en el

nuevo calendario político, la nueva agendapolítica que se ha abierto en España con elnuevo gobierno (cosa de la que me alegroenormemente), tenemos como puntocentral en el diálogo el tema de las mutas.Tienen que ser reformadas a fondo, y esareforma pasa por dos elementos, uno,conseguir la coparticipación, la plenaparticipación de los sindicatos en sudirección, al mismo nivel que losempresarios, es decir, codirección de lasmutuas. Porque gestionan la salud de lostrabajadores y se financian concotizaciones sociales, porque lascotizaciones sociales son salario diferido delos trabajadores, y porque, además,gestionan prestaciones públicas. Por lotanto las mutuas tienen que ser codirigidas,coparticipadas de manera democráticaentre empresarios y trabajadores.

Es verdad que las mutuas en España no soncomo en la Argentina, son entidadespúblicas que tienen control público, que notienen ánimo de lucro, el excedenteeconómico que tienen pasa a la seguridadsocial, están controladas y tuteladas desdeel Ministerio de Trabajo, pero eso no essuficiente. Tienen que estar codirigidas.

El segundo elemento es que los trabajadorestienen que codecidir en el seno de la empresaa qué mutua afiliarse, porque el hecho de quesólo el empresario lo decida condiciona lapropia actividad, el propio comportamientoque la mutua tiene para con los trabajadores.La mutua percibe que su cliente es elempresario, y el cliente siempre manda, estolos que se dedican al comercio lo saben. Porlo tanto es muy importante que la mutuaperciba que si hace mal las cosas para lostrabajadores estos van a tener capacidad deinfluencia y se van a cambiar a otra.

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Si aplican esto a la Argentina, donde lasmutuas son prácticamente entidades deaseguramiento privado con ánimo de lucro,los problemas se amplifican mucho más queen el caso español, pero yo no me atreveríaa dar ninguna lección.

Para nosotros, obviamente lo mejor, lo ideal,son los sistemas públicos de aseguramientoy sería ideal que los servicios de prevención,las entidades técnicas que trabajaran en lasempresas, también tuvieran una especie decarácter público. No necesariamenteestatal, pero sí una especie de carácterpúblico que en cada país podría adoptarcaracterísticas diferentes en función de lascomplejidades o de los modelosorganizacionales de cada uno de los países.

– Respecto al consumo de drogas yalcohol en los ambientes laborales, ¿cuáles la experiencia para erradicarlo?

– A nosotros nos interesa el asunto de lasdrogodependencias, de los hábitos, de loscomportamientos negativos desde el puntode vista de la salud y, fundamentalmente,desde el punto de vista de las condicionesde trabajo. Porque si no, estaríamoshablando de políticas sanitarias de caráctergeneral.

Desde el punto de vista de las condicionesde trabajo, primero, nosotros decimos quehay condiciones de trabajo que estimulan,favorecen, promueven, facilitan, este tipode conductas adictivas, y que en ese sentidoactuar sobre las condiciones de trabajopodría facilitar actuar contra ese tipo deconductas.

Segundo, que para ello es necesario actuarsobre las condiciones de trabajo, desde un

punto de vista preventivo, es decir, en esarelación positiva o negativa de la salud y deltrabajo, y después establecer políticas enconcreto dentro de la empresa paracombatir este tipo de hábitos negativos. Loque significa hacer un abordaje de estoscomportamientos que no sea punitivo, sinoque tenga ánimos rehabilitadores.

Son la mezcla de esos dos tipos de misiones,la primera desde el punto de vista deltrabajo, lo mejor que podemos hacer esactuar sobre la mejora de las condiciones detrabajo. Tantas veces se dice “que estostrabajadores de la construcción que sesuben a los andamios, y a la hora delalmuerzo (el bocadillo que se toma a las 9de la mañana, cuando ya se ha comenzadola tarea, y se hace una pequeña pausa) ybeben vino o cerveza”… Yo a continuaciónpregunto: Trabajar a la intemperie, con frío,con lluvia, con un trabajo embrutecedor enmuchas ocasiones ¿qué tipo decomportamiento o de hábitos cree quepromueve, que estimula?

En ese sentido esta visión de esa relaciónentre trabajo y salud, y el trabajo como unfactor de embrutecimiento o, por elcontrario, como un factor que estimula queel trabajador tenga una propia autoestima yque eso es básico, promover la autoestimade los trabajadores para que estos concibansu propio respeto sobre su salud, sobre lobueno que sería estar en excelentescondiciones físicas y psíquicas. Esto es muyimportante.

Otra cosa es ese tipo de actividades yaconcretas no punitivas sino rehabilitadoras,reconocer el problema. En una ocasión, laempresa Lufthansa definió un programapara combatir el alcoholismo y el

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tabaquismo en sus trabajadores, y ademáslo hizo plenamente transparente, y resultaque aparecieron datos de que tal porcentajede trabajadores eran alcohólicos o tenían elhábito de beber y se montó una especie deescándalo. Pues si en Lufthansa, que es unacompañía aérea, la gente bebe, qué peligro.Yo, al contrario, dije, lo que me preocupa esque Iberia u otras líneas aéreas no hablende esto, porque seguro que sucede y no loreconocen y por lo tanto no lo abordan. Encambio Lufthansa lo reconoce y lo aborda. Este tipo de acercamiento al problema esmuy importante para establecer solucionesóptimas. Es lo que puede hacerse desdedentro del centro de trabajo, porque es unproblema más social, más general que tieneotras muchas vertientes que no son las quepueden abordarse desde allí.