mensagem - d. sebastião rei de portugal

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Trabalho realizado por: André Rocha nº2 12ºP João Maia nº6 12ºP Maria Inês nº7 12ºP Mensagem “D. Sebastião, Rei de Portugal”

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Análise do poema da Mensagem - D. Sebastião Rei de Portugal

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  • 1. Trabalho realizado por: Andr Rocha n2 12P Joo Maia n6 12P Maria Ins n7 12P Mensagem D. Sebastio, Rei de Portugal

2. *O desejado *Convicto de que a sua misso era espalhar a f crist *Morreu na batalha de Alccer-Quibir *Mito sebastianista D. Sebastio 3. MitoSebastianista O sebastianismo, fundamentalmente, o que ? um movimento religioso, feito em volta duma figura nacional, no sentido de um mito. No sentido simblico D. Sebastio Portugal: Portugal que perdeu a sua grandeza com D. Sebastio, e que s voltar a t-la com o regresso dele, regresso simblico ( como, por um mistrio espantoso e divino, a prpria vida dele fora simblica ) mas em que no absurdo confiar. D. Sebastio voltar, diz a lenda, por uma manh de nvoa, no seu cavalo branco, vindo da ilha longnqua onde esteve esperando a hora de voltar A manh de nvoa indica, evidentemente, um renascimento anuviado por elementos de decadncia, por restos da Noite onde viveu a nacionalidade. 4. D. Sebastio no morreu porque os smbolos no morrem. O desaparecimento fsico de D. Sebastio proporciona a libertao da alma portuguesa. D. Sebastio aparece cinco vezes explicitamente na Mensagem (uma vez nas Quinas, outra em Mar portugus e trs vezes nos Smbolos). Alis, pode mesmo dizer-se que o Braso e o Mar portugus so a preparao para a chegada do Encoberto, na sua qualidade de Messias de Portugal. D. Sebastio faz uma espcie de elogio da loucura 5. D. Sebastio, Rei de Portugal Louco, sim, louco, porque quis grandeza Qual a Sorte a no d. No coube em mim minha certeza; Por isso onde o areal est Ficou meu ser que houve, no o que h. Minha loucura, outros que me a tomem Com o que nela ia. Sem a loucura que o homem Mais que a besta sadia, Cadver adiado que procria? 6. Localizao na obra Braso III As QuinasQuinto- D.Sebastio, Rei de Portugal 7. Assunto do poema O poema divide-se em duas partes a primeira estrofe que corresponde primeira quintilha e a segunda estrofe que corresponde segunda quintilha. Primeira estrofe O sujeito potico auto carateriza-se como sendo louco. Segunda estrofe Faz uma apologia da loucura, um elogio, exortando a que outros dem continuidade ao seu sonho. 8. Anlise do poema Quanto mtrica e rima os versos so irregulares. Os versos variam entre as seis, oito e dez silabas mtricas. Esquema rimtico: ababb contem rima emparelhada. Louco, sim, louco, porque quis grandeza a Qual a Sorte a no d. b No coube em mim minha certeza; a Por isso onde o areal est b Ficou meu ser que houve, no o que h. b 9. Compreenso e interpretao 10. 1. Faz um levantamento dos traos que caraterizam D. Sebastio, neste poema, e compara-os com o que sabes sobre este rei. Segundo o poema D. Sebastio era louco na batalha de Alccer Quibir o rei enfrentou uma batalha que j por si estava perdida ora, D. Sebastio, apesar de ter falhado o empreendimento pico, foi em frente, e morreu por uma ideia de grandeza, e essa a ideia que deve persistir, mesmo aps sua morte. 11. 2. Explica a referncia ao areal (v.4), tendo em conta a informao histrica. Faz referencia ao campo de batalha onde D. Sebastio morreu batalha de Alccer Quibir D. Sebastio foi o ser que houve, que encontrou a destruio fsica no areal 12. 3. Interpreta o sentido do quinto verso ficou meu ser que houve, no o que h Ficou o corpo, no a alma que vive eterna. (mas que se distinguiu pela imortalidade tornando-se assim um mito, permanecendo na memria do seu povo.) Enquanto figura histrica, D. Sebastio morreu em Alccer-Quibir (ficou meu ser que houve) mas persiste enquanto lenda e exemplo de loucura (no o que h) 13. 4. Identifica uma expresso que indique uma projeo para o futuro. Louco, sim, louco, porque quis grandeza Qual a Sorte a no d. No coube em mim minha certeza; Por isso onde o areal est Ficou meu ser que houve, no o que h. Minha loucura, outros que me a tomem Com o que nela ia. Sem a loucura que o homem Mais que a besta sadia, Cadver adiado que procria? Projeo para o futuro 14. 5. Atenda nos trs ltimos versos. Sem a loucura que o homem Mais que a besta sadia, Cadver adiado que procria? 5.1. Comenta a definio de homem e de loucura neles contida. Sem a loucura o Homem um cadver adiado que procria, pois gera novas geraes mas no preenche os objetivos para o qual foi criado. A loucura ou sonho a capacidade de desejar e ter iniciativa, para ultrapassar o estado de cadver adiado que procria (simplesmente vive esperando a morte) 15. 5.2. Refere o valor expressivo da interrogao no final do poema. 5.3. Memoriza o poema D. Sebastio um cadver adiado porque no conseguiu cumprir aquilo para o qual foi criado. Sem o sonho, a loucura e a ambio, o Homem no se distingue do animal. A interrogao retrica j se entende qual ser a resposta. Sem a loucura que o homem Mais que a besta sadia, Cadver adiado que procria? 16. 6. Analisa os efeitos de sentido produzidos pelo uso da primeira pessoa do singular. D. Sebastio que nos fala; D. Sebastio o louco, neste poema fala-nos da sua prpria loucura mostrando o seu orgulho perante o que fez. O facto de D. Sebastio nos comunicar este acontecimento faz-nos estar mais prximos dele do que se fosse o prprio poeta a falar-nos. Torna mais dramtico o poema 17. Intertextualidade 18. Louco, sim, louco, porque quis grandeza Qual a Sorte a no d. No coube em mim minha certeza; Por isso onde o areal est Ficou meu ser que houve, no o que h. Minha loucura, outros que me a tomem Com o que nela ia. Sem a loucura que o homem Mais que a besta sadia, Cadver adiado que procria? E vs, bem nascida segurana De Lusitana antiga liberdade, E no menos certssima esperana De aumento da pequena Cristandade; Vs, novo temor da Maura lana, Maravilha fatal da nossa idade, Dada ao mundo por Deus, que todo o mande, Pera do mundo a Deus dar parte grande; [] Vs, poderoso Rei, cujo alto Imprio O Sol, logo em nascendo, v primeiro, V-o tambm no meio do Hemisfrio, E quando dece o deixa derradeiro; Vs, que esperamos jugo e vituprio Do torpe Ismaelita cavaleiro, Do Turco Oriental e do Gentio Que inda bebe o licor do santo Rio: Inclinai por um pouco a majestade Que nesse terno gesto vos contemplo, Que j se mostra qual na inteira idade, Quando subindo ireis ao eterno templo; [] Mensagem Os Lusadas (dedicatria estncia. 6, 8 e 9) 19. Os LusadasMensagem Fernando Pessoa: Lus Vaz de Cames: Dedica a sua obra a D. Sebastio Elogia as suas caratersticas como Rei Apresenta D. Sebastio como uma garantia para que haja independncia para Portugal e segurana Exalta o Rei como aquele a quem cabe a misso de expandir a f crist Apresenta D. Sebastio como algum que se imortalizou por ter lutado pelos seus objetivos, de forma distinta; Apela aos portugueses para aderirem mesma atitude. S dessa forma Portugal pode assumir um possvel futuro promissor. 20. Os Lusadas O rei caraterizado como algum bondoso, poderoso ( Vs, poderoso Rei, cujo alto Imprio) , indulgente, rei jovem, rei promissor, desejado e respeitado pelo povo ( que nesse tenro gesto vos contemplo,) Mensagem Os traos caraterizadores evidenciados O rei caraterizado como sendo louco. Este poema mostra-nos que o Rei era aventureiro. 21. Os elementos histricos referidos Os LusadasMensagem Batalha de Alccer Quibr por isso onde o areal est / ficou meu ser que houve, no o que h. Dependncia de Portugal Minha loucura, outros que me a tomem / com o que nela ia Batalha de Alccer Quibr V-o tambm no meio do Hemisfrio, E quando dece o deixa derradeiro; Vs, que esperamos jugo e vituprio Do torpe Ismaelita cavaleiro, Do Turco Oriental e do Gentio Penhor da independncia de Portugal E vs, bem nascida segurana De Lusitana antiga liberdade, E no menos certssima esperana 22. A oposio entre retrato histrico e retrato mtico Mensagem Retrato histrico Retrato mtico Por isso onde o areal est Ficou meu ser que houve, no o que h 23. O sujeito potico faz referncia figura histrica de D. Sebastio que, em virtude da loucura de conquistar frica, acabou por ser morte em Alccer Quibir, mas ao mesmo tempo, e sobretudo ao ser mtico, que perdura atravs do mito de que um dia voltar a aparecer envolto em nevoeiro, para retirar Portugal da Noite em que vive desde o seu desaparecimento. 24. Os Lusadas Retrato histrico Retrato mtico Vs, poderoso Rei, cujo alto Imprio O Sol, logo em nascendo, v primeiro E vs, bem nascida segurana De Lusitana antiga liberdade, Referncia a D. Sebastio, rei de Portugal Referncia ao mito sebastianista 25. Concluindo, ao contrrio do D. Sebastio DLusadas, do rei menino a quem Cames dedica a sua epopeia, a quem interessa mostrar-se, oferecer os seus servios para que este o reconhea, o distinga e ainda lhe permita acompanh-lo na conquista do Norte de frica, apesar das opinies contrrias que se fazem ouvir e que Cames to bem imortaliza no episdio do Velho do Restelo. O D. Sebastio da Mensagem foi o governante, que com grande fervor poltico e religioso, tentou acabar com as constantes ameaas s costas portuguesas e reviver as glrias do Passado e sobretudo o mito que possibilita continuar a sonhar. Na Mensagem, e de certa forma em D. Sebastio, temos uma reinterpretao da histria de Portugal em funo de uma ressurreio de um passado herico a perpetuar atravs de um novo Imprio espiritual. Os LusadasMensagem 26. Comenta o seguinte juzo crtico: D. Sebastio [] smbolo da loucura que transfigura, da esperana que alenta e do Sonho que h de ser Realidade. Smbolo da loucura audaciosa e de aventura: D. Sebastio, apesar de ter falhado foi em frente, e morreu por uma ideia de grandeza, e essa a ideia que deve persistir, mesmo aps a sua morte, essa coragem que, embora nos possa parecer loucura, foi uma forma de lutar por aquilo que ele queria e essa ideia que nos transmite esperana, e o facto de que ele pode voltar pode ser um sonho mas que com a fora e esperana do povo pode vir a ser realidade o que ele queria que Portugal se tornasse.