memorial descritivo da construção escultórica da obra drakon

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI Centro de Ciências da Educação - CCE Licenciatura Plena em Artes Visuais Departamento de Música e Artes Visuais - DMA Disciplina: Expressão em Volume I Modelagem Professora: Pollyanna Jericó Pinto Coelho MEMORIAL DESCRITIVO DA CONSTRUÇÃO DA ESCULTURA: Drakon Décio Oliveira da Silva Teresina PI, em Agosto - 2014

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O tema “dragões” me atrai desde muito tempo atrás, mesmo na minha infância, quando não notava isso ainda conscientemente. Sempre via e admirava as enormes criaturas em quadrinhos, filmes, jogos de cartas e principalmente jogos eletrônicos.Além de tudo este campo temático vem de dentro de outro muito maior, o mundo da mitologia e fantasia, que é o tema com o qual sempre busco trabalhar. Seja rabiscando criaturas antropozoomórficas, seja pintando paisagens medievais ou ainda ilustrando cidades futurísticas. Hoje, inclusive, tento escrever uma obra sobre dragões, como se eles realmente tivessem criado o universo e tudo o que nele existe, como se eles fossem deuses, pois eles aparentam ter potência tal, é o que mostra a antiguidade das diversas culturas no mundo todo.Dragões são seres mitológicos incríveis, e prefiro crer mais em um lado oriental e positivo desse ser, pois de alguma forma eles me trazem uma inquietação inspiradora para novos trabalhos. E foi exatamente por isso que decidi começar a criá-los pra valer, trabalhando assim em minha própria visão de como eles seriam. Desta maneira é que a escultura chamada “Drakon” nasceu.

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAU - UFPI Centro de Cincias da Educao - CCE Licenciatura Plena em Artes Visuais Departamento de Msica e Artes Visuais - DMA Disciplina: Expresso em Volume I Modelagem Professora: Pollyanna Jeric Pinto Coelho

    !MEMORIAL DESCRITIVO DA CONSTRUO DA ESCULTURA:

    Drakon !!!!!Dcio Oliveira da Silva !!!!!!!

    Teresina PI, em Agosto - 2014

  • Introduo! 3! 1. Um pouco sobre drages! 4! 1.1. Origem! 4! 1.2. Dicotomia do bem e do mal! 4! 2. Processo de construo escultrica! 5! 2.1. Referncias escultricas! 5! 2.2. Outras referncias simblicas! 5! 2.3. Esboo! 6! 2.4. Do rabisco para o arame! 6! 2.5. Modelagem! 7! 2.6. Pintura! 9! 2.7. Materiais usados! 10! 3. Anlise da obra! 11! Consideraes finais! 11! Referncia Bibliogrfica! 12

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  • Introduo ! O tema drages me atrai desde muito tempo atrs, mesmo na minha infncia, quando no notava isso ainda conscientemente. Sempre via e admirava as enormes criaturas em quadrinhos, filmes, jogos de cartas e principalmente jogos eletrnicos. Alm de tudo este campo temtico vem de dentro de outro muito maior, o mundo da mitologia e fantasia, que o tema com o qual sempre busco trabalhar. Seja rabiscando criaturas antropozoomrficas, seja pintando paisagens medievais ou ainda ilustrando cidades futursticas. Hoje, inclusive, tento escrever uma obra sobre drages, como se eles realmente tivessem criado o universo e tudo o que nele existe, como se eles fossem deuses, pois eles aparentam ter potncia tal, o que mostra a antiguidade das diversas culturas no mundo todo. Drages so seres mitolgicos incrveis, e prefiro crer mais em um lado oriental e positivo desse ser, pois de alguma forma eles me trazem uma inquietao inspiradora para novos trabalhos. E foi exatamente por isso que decidi comear a cri-los pra valer, trabalhando assim em minha prpria viso de como eles seriam. Desta maneira que a escultura chamada Drakon nasceu. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  • 1. Um pouco sobre drages ! Sabemos que o nome drago vem do grego drkon, que um termo usado para definir grandes serpentes. E drages so seres mitolgicos de formas reptilianas, s que gigantescos, e dotados de poderes incrveis: por terem grandes asas so capazes de alar vos; as vezes suas asas so compostas por plumagens, como a do drago asteca Quetzalcoatl; e principalmente so capazes de cuspir rajadas de fogo. Alm disso sabe-se que estes lagartos geralmente guardam um tesouro, e para conquist-lo, seu inimigo tem que derrotar o gigante lagarto. !1.1. Origem ! conhecido que estes enormes lagartos tiveram incio em vrias partes do mundo de acordo com vrias culturas antiqussimas, e justamente por isso difcil de se saber onde surgiu a primeira lenda dos drages. Os principais locais que originaram seu mito, foram: no Oriente Mdio (principalmente com a Bblia), na Antiga Mesopotmia (mitologia sumria e persa), no Extremo Oriente (cultura chinesa e nipnica), na Amrica pr-colombiana (cultura asteca), e na Europa (cultura nrdica, celta e anglo-saxnica). !1.2. Dicotomia do bem e do mal ! Apesar da variedade de culturas e mitos, os Drages podem ser divididos em duas vertentes: o drago ocidental e o drago oriental. ! O drago ocidental carrega geralmente um valor negativo, sendo associado a ele um sentido demonaco. Essa viso tem sido amplamente divulgada pela bblia sagrada, e depois disso foi dissuadida da idade mdia, e subindo logo aps as terras nrdicas na europa. Por isso drages so geralmente associados a contos de fada medievais, onde o cavalheiro tem que salvar a princesa de um temvel drago. A aparncia desses drages ocidentais foram construdas com o tempo: grande lagarto sobre quatro membros, o qual dois deles nascem asas poderosas capazes de sustentar o prprio corpo; possuem escamas fortes as mesmas quais so usadas em alguns jogos para construo de escudos e artefatos mgicos. ! J os drages orientais so associados a virtude, pois de acordo com a mitologia oriental, e outras referncias, os drages so deuses que trazem bom pressgio e tem o dom da imortalidade. Alm disso, muito se faz o uso do drago oriental como analogias para a prpria vida, como a de superao do mal atravs dos dotes divinos do drago: Os drages voadores so montarias de Imortais; eles os elevam at o Cu. Huangti, que havia utilizado o drago para vencer as ms tendncias, subiu ao Cu no dorso de um drago (Chevalier, 1995).

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  • Quanto a aparncia dos drages orientais, geralmente se observa uma longa serpente com pelos ao longo de seu dorso e partes da cabea. Tambm tem quatro ou mais membros, mas diferentemente dos drages ocidentais, no contm asas, apenas do aparncia de estarem sempre flutuando nos cus ou mares. !!2. Processo de construo escultrica ! Aqui comea em si toda descrio do processo criativo da obra, do conceito a finalizao. !2.1. Referncias escultricas!! Como referncia de esculturas do mesmo tema, foi usado unicamente Andrew Bill, um britnico que faz exclusivamente esculturas fantsticas, e principalmente drages: os drages britnicos (british dragons) como ele mesmo descreve em seu web site. Andrew usa arames, cera e outros materiais auxiliares para construo de suas esculturas.

    2.2. Outras referncias simblicas!! Antes mesmo do esboo mental, e da posio em movimento do drago a ser criado, foi pensado em alguns elementos grficos comuns ao tema para ajudar na construo da obra. O corpo do lagarto em si teria sido inspirado no drago ocidental, s que mais humanide. Junto a ele alguns outros elementos viriam a ser adicionados, como o chifre do bode / ovelha, as asas de morcego, etc. Todos eles para trazer a tona a viso demonaca j composta pelo drago ocidental.

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  • Alguns outros elementos foram decididos no meio da modelagem, o caso da pele encouraada e rugosa. J algumas formas lembram uma carapaa, essas que lembrariam um pouco as escamas originais do drago. !2.3. Esboo ! A partir da ideia formada na cabea, era hora de passar o conceito construdo para o papel. Atravs de uma mesa digitalizadora, o desenho primeiro foi feito. Em cima dele, logo aps, foi construdo o que seria uma verso com os arames, a qual serviria de base para construo da estrutura ssea que seguraria toda a massa epxi, como mostram as ilustraes abaixo:

    !2.4. Do rabisco para o arame ! Aps a solidificao do conceito, era hora de construir as primeiras estruturas de ferro, unindo primeiramente a coluna principal, da cabea a cauda, com a base que representaria as asas. Esses dois com um arame mais grosso. Depois foram adicionadas outras partes, como os membros, e com um cuidado para que a estrutura no necessitasse necessariamente de uma base, logo foi criado um terceiro ponto de apoio: a prpria cauda. Logo em seguida quando notado que a estrutura ficava sozinha em p, foi adicionado outras camadas de arame mais fino ao redor da estrutura j montada, tanto para fixar quanto para dar mais volume. !!!

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  • !2.5. Modelagem ! A modelagem foi o prximo passo, feita atravs da massa epxi, da marca Durepxi. Mas antes de sua aplicao, sempre que necessrio, foi adicionado camadas pequenas de papel alumnio para dar volume e evitar gasto excessivo da massa. A ordem das etapas de construo do corpo do drago, foi decidida conforme a pea ia ganhado equilbrio e sustentao: membros inferiores, plvica, calda, trax, ps, membros superiores, mos, cabea, asas e finalmente a ossada (chifres, garras, etc). Mesmo assim, em cada parte, construa-se um volume base para s depois adicionar uma camada mais fina de epxi para detalhamento das texturas. O que gerou vrios momentos de espera, pois esta massa leva aproximadamente 2 horas para secagem. Tambm, a mistura das duas massas do epxi muitas vezes foram feitas em excesso, pois no comeo se precisa de mais massa, e no final

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  • (definio dos detalhes) bem menos. Mas aos poucos foi-se adquirindo habilidade para controlar o uso devido. Tambm foi usada micro retfica para auxiliar na colocao das garras do drago.

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  • 2.6. Pintura ! Apesar da obra no ter sido ainda finalizada com uma pintura, foi feito todo um estudo de cores em cima do esboo inicial. As cores so primordialmente quentes e vibrantes, para representar a simbologia malfica dos drages ocidentais.

    !2.7. Materiais usados

    ! Foram usados para esta obra, os seguintes materiais: massa epxi, arames de vrias espessuras, papel alumnio, debastadores, alicate, fita de papel, micro retfica e gua para homogeneizar a massa. !

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  • 3. Anlise da obra !Ttulo: Drakon. Tcnica: modelagem. Tema: fantasia / mitologia. Corrente estilstica base: Arte fantstica. Dimenses: 25cm altura, 33,5cm largura e 17cm profundidade. Escultura escura. Visualizao de 360. Ritmo/movimento dinmico. Obra assimtrica. !!

    Consideraes finais ! Apesar de ter sido o primeiro trabalho com esta tcnica, a experincia ganha se mostrou muito prazerosa como um todo, abrindo possibilidades para novas vivncias escultricas. Alm de tudo o que foi dito neste trabalho, muitos fatores favoreceram a construo final esperada, como o conhecimento emprico do autor que foi adicionado a obra final; o mtodo de aprendizado sinestsico auxiliou em um aprendizado rpido com as novas ferramentas e tcnica de escultura; assim como a fora de vontade. No fim, felizmente o resultado foi quase o mesmo do planejado, se comparado ao conceito inicial. Espera-se agora a finalizao da pintura para dar a obra como realmente completa. !!!!!!!!!!!!!!!!!

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  • Referncia Bibliogrfica

    CHEVALIER, Jean. GHEERBRANT, Alain. Dicionrio de Smbolos. 9 ed. Rio de Janeiro, Jos Olympio: 1995.COLLINS, Andy; WILLIAMS, Skip; WYATT, James. Draconomicon: O Livro dos Drages. So Paulo, Devir Livraria: 2003.http://www.andrewbill.com/ [acessado em julho de 2014]

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