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Memorial apresentado na matéria de Pipe 01

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLNDIATALMAY ROHRER MARQUES COSTA MOOMEMORIAL DE FORMAOUBERLNDIA MG

2013TALMAY ROHRER MARQUES COSTA MOO

MEMORIAL DE FORMAO

Memorial de formao apresentado ao

curso de Educao Fsica, na matria de

PIPE 1 (Refletindo a profisso docente),

da Universiade Federal de Uberlndia.UBERLNDIA

2013A vida s pode ser compreendida, olhando-se para trs,

mas s pode ser vivida, olhando-se para frente!Soren KierkergaardNDICERESUMO ................................................................................................................ 5 INTRODUO ..................................................................................................... 6FAMLIA, MINHA BASE ................................................................................ 6INCIO NA ESCOLA ....................................................................................... 6EDUCAO FSICA, PRIMEIRAS AULAS ............................................... 7A FORMATURA ................................................................................................ 7MUDANA DE ESCOLA ................................................................................ 8JCC .................................................................................................................... 8VIDA SOCIAL .................................................................................................. 9COMEO NO FUTEBOL DE CAMPO ........................................................ 9PRIMEIRO GRANDE CAMPEONATO ....................................................... 10ESCOLA E CAMPEONATOS ....................................................................... 116 SRIE DIFERENTE ................................................................................... 11DE VOLTA PARA O COLGIO PRESBITERIANO .................................. 12LONGE DE CASA ......................................................................................... ..13VIDA NOVA EM SALINAS ................................................................................ 13NOVAMENTE EM BUSCA DE UM SONHO ................................................... 13UM SONHO MAIS PERTO DA REALIDADE ................................................ 14UM SUSTO... UM DESNIMO... ................................................................... 15UFU, MINHA REALIDADE! .............................................................................. 15COMEO DE UMA NOVA JORNADA ............................................................. 16ANEXOS ................................................................................................................ 18

Anexo 1 Fotos pessoais ....................................................................... 18

Anexo 2 Texto Pessoal ........................................................................ 24

Anexo 3 Curriculum Lattes ............................................................... 25REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................ 26

RESUMO

Meu nome Talmay Rohrer Marques Costa Moo, nasci no dia 01/08/1995, sou cristo e o meu nome bblico, Talmay significa gigante; j os sobrenomes so um de cada av e av, tanto paternos quanto maternos. Meu pai se chama Roberto Marques Silva, minha me se chama Rita Clara Costa Barbosa Marques e minha irm, Roberta Rasoviti Marques Costa Moo.

Meus hobbies preferidos so tocar violo e praticar esportes, principalmente esportes coletivos. Essas duas paixes surgiram desde a tenra idade, meu pai toca violo e eu gostava de imit-lo, da surgiu o gosto pelo instrumento que mais tarde aperfeioei com aulas, mas a maior parte aprendi em casa mesmo. Quanto aos esportes, meus familiares dizem que eu era muito eltrico e tinha uma grande inteligncia cinestsica e motora, isso serviu como um impulso para a prtica de esportes. Desde que me entendo por gente eu jogo futebol e futsal. Comea ento, logo cedo, uma tendncia para a educao fsica. Era a aula mais esperada e mais prazerosa. Tendncia que se tornou uma paixo.

Hoje estou com 18 anos, sou graduando em educao fsica na Universidade Federal de Uberlndia, morando sozinho e distante de casa, mas em busca das minhas realizaes pessoais e profissionais, a distncia e a saudade so obstculos que tenho que superar a cada dia e quanto mais obstculos maior o sabor da conquista. Tentarei por meio deste memorial analisar de forma critica os fatos da minha vida que influenciaram as minhas escolhas atuais e dentre elas, a principal, a escolha acadmica.

INTRODUO

Meu nome Talmay Rohrer Marques Costa Moo, nasci no dia 01/08/1995, sou cristo e o meu nome bblico, Talmay significa gigante e Rohrer um nome alemo, representa para mim um lao com parte da famlia que mora na Alemanha. Nasci em uma cidade do interior de Minas Gerais chamada Salinas, popularmente conhecida como capital da cachaa. Sempre morei com meus pais, quando nasci morvamos junto com meus avs maternos e a primeira figura ligada a educao fsica que tenho vem de l, onde desenhei na parede um gol com um goleiro e era a brincadeira mais divertida chutar a bola contra a parede, isso aconteceu quando eu tinha 2 anos. Nessa poca minha av sempre brigava comigo pois as plantas dela ficavam todas quebradas por causa das minhas brincadeiras com a bola. Outro brinquedo que eu gostava muito era o violo. Passava o dia assim, ora jogando bola, ora tocando violo.

FAMLIA, A MINHA BASE

Minha irm nasceu quando eu tinha 2 anos e 4 meses, fiquei muito contente assim como toda famlia, mas tem um fato engraado que aconteceu em um dos ultrasons da minha me. Ela me levou e eu queria um irmo para jogar bola, se fosse uma menina ia s brincar de boneca. Se fosse menino iria se chamar Gabriel pois era um nome que eu gostava e meus pais apoiaram por ter um significado interessante, mas ao descobrir que no seria um Gabriel e sim uma menina eu chorei pelos corredores do hospital brigando com a minha me. Logo acostumei com a ideia quando fomos comprar algumas roupinhas para ela.

Desde cedo eu sou apegado com a minha famlia de forma geral, mas especificamente com o meu pai. Pouco tempo depois que minha irm nasceu, ele ingressou em uma ps-graduao em Belo Horizonte, e a cada viagem que o meu pai fazia eu ficava doente, chorava muito e s passava quando ele voltava.

Alm dos amigos do bairro, minha irm se tornou uma parceira nas brincadeiras. Gostava muito de ficar ao lado dela e dar boas gargalhadas. Quem no se divertia com essa ideia era a minha me, pois a baguna era em dobro.

INCIO NA ESCOLA

Entrei na escola com 3 anos e 6 meses. Foi no Colgio Presbiteiriano de Salinas que constru minhas primeiras amizades e relaes, muitas perduram at hoje. Minhas primeiras lembranas na escola so aps o meu aniversrio de 4 anos e muitas coisas ficaram gravadas na memria.

At hoje sou muito apegado com a minha primeira professora, tia Dorinha, e com muitos amigos que entraram na escola junto comigo. O cantinho da arte era sempre uma das melhores partes da minha tarde na escola, todos pintavam, danavam e imitavam histrias ou animais. O meu desenvolvimento motor e o gosto pelos movimentos, faziam com que eu gostasse ainda mais do cantinho da arte.

Meu av materno sempre fez questo de me levar para o colgio, ns iamos de bicicleta, para mim, um privilgio que a minha irm no teve.

Meu pai trabalhava com ensino mdio na mesma escola e eu era tido pelos alunos dele como um mascote. Sempre tive boas relaes com todos ali. O fato do meu pai ser colega de trabalho dos meus professores me incentivava a participar mais das aulas e isso foi benfico para a minha formao acadmica, principalmente nas sries iniciais, pois tive uma boa base escolar.

EDUCAO FSICA, PRIMEIRAS AULAS

As minha primeiras lembranas de aulas de educao fsica vieram no 2 perodo. Tnhamos aulas de natao, recreao no parque do colgio e muitos jogos na quadra como pique-pega, escondendor, pega um pega todos, queimada, entre outros. Eu chegava em casa exausto pois queria participar de todos os jogos e desde cedo tinha um esprito competitivo muito forte. Como dizem na linguagem do futebol, eu no gostava de perder nem em par ou mpar.

No 3 perodo comeei a ter algumas aulas de futsal, mas o foco at o pr-escolar era mesmo os jogos e a recreao. Mas nesse perodo da minha vida o movimento e as habilidades motoras sempre estavam presentes.

A FORMATURA

O ponto alto dos primeiros perodos da escola se encerrou na formatura do 3 perodo. A minha formatura foi, alm de uma cerimnia social, uma cerimnia religiosa na Igreja Presbiteriana de Salinas, igreja a queal eu frequentava com os meus pais e que tinha vnculos com o colgio.

Cada formando teve a oportunidade de participar ativamente da formatura, fazendo juramento, homenagens, declamao de poemas e etc. Eu estava fazendo aulas de teclado h alguns meses, algo proporcionado pela igreja, e tive a oportunidade de tocar uma msica junto com o meu pai, eu tocando teclado e ele violo, enquanto uma colega cantava. Apresentamos a msica Vamos Construir de Sandy e Jnior.

MUDANA DE ESCOLA

Cursei a primeira srie do ensino fundamental, ou melhor, o segundo ano, no Colgio Presbiteriano ainda, mas no ano seguinte meus pais preferiram que eu estudasse em uma escola pblica, Escola Estadual Eldio Duque. No incio tive algumas dificuldades por ser novo na escola e na turma, mas isso logo se resolveu, fiz novas amizades devido ao futebol.

O meu professor de educao fsica era o mesmo do colgio particular, isso tambm foi positivo para a minha integrao com os outros colegas no comeo. As aulas eram sempre dinmicas e divertidas , com esportes diferentes, o que me proporcionou conhecer e ter vivncia de uma maior quantidade de esportes logo nas fases de formao.

Lembro bem das adaptaes feitas pelo professor Romualdo para alguns esportes. A cesta de basquete improvisada, bolas mais leves para a prtica do basquete, uso de materiais alternativos como o cabo de vassoura para o lanamento de dardo, tudo isso fazia a aula mais interessante.

JCC

Foi nessa escola em que comeei a treinar futsal. Tudo se iniciou com um projeto de um policial que era voluntrio, o projeto tinha por ttulo Jovens Construindo a Cidadania (JCC), eu j gostava de praticar esportes e esse projeto foi um incentivo maior. Alm da prtica do futsal, todos que faziam parte do time eram bons amigos, essa vivncia foi muito importante para o meu crescimento. O Sargento Carlos Henrique, carinhosamente carlinhos, com certeza teve um papel scio-educativo de grande valor na vida de cada um dos que estavam no projeto. O prprio nome do projeto mostra esse lado de formar no s atletas mas tambm cidados.

O JCC me proporcionou amizades dentro do time e tambm na escola, pois sempre que jogvamos a torcida dos outros alunos da escola era muito grande. Os jogos eram realizados na prpria escola, geralmente durante algum intervalo. Eu era muito competitivo, alm dos limites, e foi justamente no JCC com o Carlinhos que eu aprendi a controlar isso, aprendi que o importante competir.

Meu pai era meu f nmero 1, gostava de me ver treinar e jogar, ele sempre foi meu maior incentivador desde o comeo. A maioria dos pais dos atletas do JCC participavam ativamente do projeto como incentivadores, seja de forma financeira ou com o apoio nos jogos.

A minha primeira viagem para jogos foi pelo JCC, aos 9 anos fomos convidados para fazer um dos jogos de abertura dos Jogos Internos de Minas JIMI, uma importante competio do estado de Minas Gerais. A abertura dessa competio foi fantstica, eram tantos atletas em busca de um s objetivo, a vitria, isso me deixou mais fascinado pelo esporte ainda.

VIDA SOCIAL

Nessa poca eu gostava muito de brincar na rua, a maioria dos meus vizinhos que estavam na mesma faixa etria que a minha saa para a rua para brincar logo aps a aula, no finalzinho da tarde. As brincadeiras eram as mais diversas possveis. Brincvamos de pega-pega, escondedor, queimada, rouba bandeira, peteca, derruba litro, elefante colorido, pegador de cruz, labirinto, golzinho aberto, entre outras. As minhas brincadeiras favoritas eram as que envolviam os aspectos do futebol, as que eram mais prxima de um jogo de futebol mesmo, como derruba litro e golzinho aberto.

Por morar em uma cidade pequena e do interior, creio que minha infncia foi privilegiada no que se trata de brincadeiras. Diferentemente das crianas dos dias atuais, eu tive a oportunidade de subir em rvore com mais frequncia, durante a brincadeira de escondedor. A minha casa era prxima de uma pequena chcara, o filho do proprietrio era um grande amigo meu e junto com outros colegas sempre amos para a chcara andar a cavalo, tomar banho em uma lagoa que havia ali. E se batesse a fome o pomar possua uma grande variedade de frutas, podamos degustar manga, cana-de-acar, laranja, uva, carambola, goiaba, jatob, rom, entre outras deliciosas frutas.

COMEO NO FUTEBOL DE CAMPO

Foi nessa chcara que eu comeei a treinar futebol de campo, aos 9 anos. O Joaquim, vulgo Kinca, atual prefeito de Salinas - MG, proprietrio da chcara iniciou um projeto de escolinhas nos campos da chcara e eu era um dos integrantes. Sbado s 7 horas e 30 minutos, era compromisso inadivel.

O Kinca era empresrio e presidente de um time profissional de futsal, o Ciclo Dias. A estrutura que ele proporcionou para o projeto foi grandiosa, algo comparado com as categorias de base de grandes times. Tnhamos caf da manh, hidrotnico, roupa prpria de treino, timo espao fsico e materiais. Alm disso, sabendo da paixo do Carlinhos pelo futebol, ele o chamou para tomar frente do trabalho com as crianas e sempre pagava cursos para o Carlinhos ter uma melhor preparao na rea.

Foi dentro desse cenrio que tive minha base ttica e tcnica mais importante dentro do futebol, pois mesmo jogando em times maiores posteriormente, os fundamentos obtidos no Ciclo Dias foram de suma importncia para o restante da minha formao esportiva.

Posteriormente o projeto tomou dimenses maiores, o Kinca resolveu aumentar os dias de treino e chamou alguns atletas para formar uma equipe de futsal. Foi quando eu comeei a jogar futebol e/ou futsal todos os dias, no dava mais para tirar o gosto pelo esporte de dentro de mim. Segunda, Quarta e Sexta eram os dias do futsal, Tera, Quinta e Sbado eram os dias do futebol.

Sempre disputvamos campeonatos na cidade e na regio. Os pais no perdiam nenhum jogo, principalmente o meu pai. Por fazer parte do projeto podamos entrar de graa para assistir os jogos da equipe principal do Ciclo Dias de futsal. Jogos do campeonato mineiro e copa do Brasil com times renomados.

PRIMEIRO GRANDE CAMPEONATO

O maior campeonato que disputei pelo Ciclo Dias foi o Campeonato Mineiro de Futsal de 2009, na categoria sub-15. O campeonato foi realizado na cidade de So Joo Del Rei, Minas Gerais. As 8 equipes participantes estavam divididas em duas chaves, o Ciclo Dias era da chave A, que tinha o Minas Tnis Clube de Belo Horizonte, uma equipe de nvel nacional. Estava participando do campeonato tambm o Praia Clube de Uberlndia, equipe de nvel estadual e o Clube Atltico Mineiro de Belo Horizonte, equipe de nvel nacional.

Cada jogo era marcante para mim, pois era um sonho que comeava a ser mais prximo de mim, principalmente no jogo da semi-final contra o Praia por ser uma equipe maior e na final contra o Atltico Mineiro, infelizmente perdemos a final e ficamos em segundo lugar, mas visto que o nvel da competio era muito alto, o resultado foi gratificante.

Logo aps o campeonato, por motivos polticos, o Ciclo Dias comeou a se destruturar e teve o seu fim.

ESCOLA E CAMPEONATOS

At a quarta srie do ensino fundamental, ou quinto ano, eu estudava no perodo vespertino, mas a partir da quinta srie, como era de costume na escola, as aulas passaram para o turno matutino.

No incio eu tinha dificuldade para acordar. Os treinos me deixavam cansado e ainda tinha outras obrigaes como tarefas e trabalhos, mas isso no atrapalhou nas minhas notas, sempre fui bom aluno. Outro aspecto que no encarei como dificuldade, mas era algo diferente, foi o fato de ter mais professores e mais matrias, logo tinham mais trabalhos e tarefas.

Na quinta srie eu joguei o meu primeiro JIED, Jogos Internos do Eldio Duque, um campeonato interclasse que movimentava todos os alunos da escola que estudavam no turno matutino. O JIED servia como uma espcie de seletiva para os times da escola para as Olimpadas Escolares de Salinas. O time de futsal da escola era praticamente o mesmo do antigo JCC, pois todos ainda continuavam estudando na escola.

Foi a partir da quinta srie tambm que comecei a treinar handebol, o professor Romualdo era o tcnico. Eu achava o handebol um dos esportes mais divertidos para se jogar, por um lado minha estatura no ajudasse muito para a prtica desse esporte, mas por outro lado eu era muito rpido e gil, caractersticas importantes para o atleta que joga na armao do time de handebol.

Joguei futsal e handebol nas Olimpadas Escolares de Salinas, esse campeonato classificava as equipes, ou melhor, as escolas que participariam do JEMG, Jogos Escolares de Minas Gerais, uma espcie do JIMI, que foi mencionado acima, porm com limite de idade e cada equipe representava uma cidade mas a equipe era formada por apenas uma escola, no caso a escola campe das Olimpadas Escolares. O Eldio Duque sagrou-se campeo no futsal, handebol e peteca. Porm a prefeitura no ofereceu recursos para que os atletas participassem do JEMG. Essa falta de incetivo da prefeitura se repetiu no ano seguinte.

6 SRIE DIFERENTE

Foi na sexta srie que conheci uma das pessoas mais especiais da minha vida, a Brbara. Nos conhecemos durante um treino de handebol do time da escola, eu j tinha visto ela na escola algumas vezes quando estudava no perodo vespertino, mas no havia nem se quer cumprimentado. O esporte me proporcionou alm de sade e bem estar, amizades muito especiais que vo durar pelo resto da vida. Porm a Brbara no foi s uma amiga, comeamos a conversar todos os dias na escola at descobrirmos que morvamos no mesmo bairro.

Esse lao de amizade ficou mais forte e a cada dia descobria algo novo que me deixava com mais vontade de conhec-la melhor. Ela professava a mesma f que eu, ela frequentava a 3 Igreja Presbiteriana de Salinas e eu a 1 Igreja Presbiteriana de Salinas. Gostava muito de esportes assim como eu. Foi dessa amizade ento que comeamos a ficar.

Foi um ano bem diferente, no tinha acontecido isso antes e eu ainda era muito novo, mas foi um incentivo maior para os treinos de handebol. Meu maior medo sempre foi de algum dia perder a amizade que tinhamos construdo, pois ela tinha se tornado uma grande amiga para mim e essa amizade ficava acima do fato de ns dois ficarmos.

Comecei a frequentar a casa da Brbara e por uma grande coincidncia os nossos pais se conheceram em um congresso da igreja e se tornaram amigos tambm, o que facilitou nosso relacionamento.

DE VOLTA PARA O COLGIO PRESBITERIANO

Algo que me deixou um pouco triste foi o fato de voltar para o Colgio Presbiteirano em 2008, no oitavo ano do ensino fundamental, pois eu e a Brbara deixaramos de nos ver com tanta frequncia, mas por outro lado eu fiquei contente em reecontrar amigos e colegas que tinham estudado comigo at o segundo ano do ensino fundamental. O principal motivo para que eu voltasse a estudar em um colgio particular era a formao acadmica, devido a melhor formao dos professores e melhor material para estudos.

Foi nesse ano que tive uma experincia diferente como aluno, meu pai seria meu professor de matemtica. De incio foi estranho, eu no sabia como trat-lo, mas a turma comeou a cham-lo pelo nome e eu tambm o chamava assim, h Roberto! Por vrias vezes dentro de casa eu usava o mesmo tratamento com ele, isso era engraado.

Foi pelo Colgio Presbiteriano que disputei o meu primeiro JEMG, jogando handebol em 2008. Nosso time, treinado pelo professor Romualdo, chegou na fase estadual dos Jogos Escolares, ficamos em terceiro lugar. No ano seguinte a dose se repetiu, novamente ficamos em terceiro lugar na fase estadual. Em 2009 fomos campees do JIP's MG, Jogos Internos do Colgios Presbiterianos de Minas Gerais. Ganhamos o handebol e o futsal masculino.

LONGE DE CASA

Pouco tempo depois de completar meus 14 anos eu fui morar em Ipatinga MG, fui atrs do meu sonho de ser jogador de futebol. Cheguei no clube do Ipatinga quando o mesmo comeou a despontar nos campeonatos profissionais. Eu cheguei para o time no ano de 2009, no ano anterior um amigo meu de Salinas, o Wisner, tinha ido morar no alojamento do Ipatinga, isso facilitou o meu processo de adaptao em uma nova cidade, novos amigos, novos colegas e alm de tudo isso morando longe de casa pela primeira vez com pouca idade.

Minhas dificuldades foram muitas como lavar roupa, aprender a se virar sozinho, controlar dinheiro, lidar com uma certa liberdade de estar distante dos pais mas cumprir com as obrigaes escolares e do prprio time e a saudade de casa e dos amigos.

Fiquei 4 meses no clube do Ipatinga e essa experincia, junto com as viagens anteriores para alguns campeonatos, serviram de base para os anos seguintes que ficaria mais tempo fora de casa.

VIDA NOVA EM SALINAS

Voltei para Salinas no perodo de frias escolares mas no quis voltar para Ipatinga por causa da saudade de casa. Foi ento que comecei a estudar no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais Campus Salinas. Eu estava cursando o primeiro ano do ensino mdio e cocomitantemente o curso de tcnico em informtica. No gostei muito do curso de tcnico em informtica, ao menos o primeiro ano que fiquei no IFNMG. Pois no ano seguinte eu fui morar em Belo Horizonte e mudei de escola. Mas gostava muito da aulas de educao fsica.

O meu professor de educao fsica no primeiro ano era tcnico do time principal da Ciclo Dias. Ele foi um dos meus incentivadores na escolha do curso de educao fsica. Professor Murilo, mais conhecido como Murilo. Foi nesse ano que decidi fazer educao fsica, eu gostava muito da rea de exatas e sempre ficava em dvida entre engenharia e educao fsica, mas minha paixo pelo movimento e pelo esporte falou mais alto.

NOVAMENTE EM BUSCA DE UM SONHO

Em 2011 fui morar em Belo Horizonte, comecei a jogar no clube de um empresrio. Diferentemente da poca que passei em Ipatinga, em BH tive dificuldades para fazer amizades rpido, era algo do prprio clube pois no havia elenco fixo, os garotos s jogavam um ou dois cameponatos e iam embora. A estrutura do clube no era to boa e a saudade de casa foi maior ainda.

Mas logo no primeiro campeonato que disputei eu joguei muito bem e fui convidado para jogar no So Caetano, clube do estado de So Paulo. Minha me ficou com um pouco de receio pois era mais longe de casa ainda, ela no estava muito acostumada com essa ideia de ter um filho longe de casa ainda. Mesmo no gostando muito da ideia ela permitiu que eu fosse.

Fiquei no So Caetano 7 meses. Estava estudando no perodo noturno, no havia aulas de educao fsica e a escola no era boa. Disputei pelo time do So Caetano o campeonato paulista de 2011, Copa do Brasil de 2011 e o Campeonato Sul-americano de 2011. No fomos campees em nenhum desses cameponatos.

No ano comeo de 2012 eu voltei para Salinas para disputar o campeonato Folha Regional pelo time da minha cidade. Cada jogo era uma rivalidade diferente pois eram cidades prximas com disputas no esporte antigas. Fomos campees e logo aps o final do campeonato eu fui para So Paulo novamente.

UM SONHO MAIS PERTO DA REALIDADE

Fui para o Palmeiras. Parecia que o sonho de ser jogador de futebol estava to prximo, eu me aplicava mais ainda nos treinos, no importava o cansao eu sempre fazia tudo at o final, a minha determinao na busca por este sonho era muito grande.

Joguei o campeonato paulista de 2012 pelo palmeiras e, mesmo torcendo para o So Paulo, defendia o clube com unhas e dentes. No camepoanto paulista desse ano eu fiquei vislumbrado com a estrutura de um clube de nvel nacional como o Palmeiras. Jogos emocionantes contra grandes times como Santos, Corinthians e o prprio So Paulo.

Lembro de uma cena engraada que aconteceu em Cotia, no centro de treinamento e jogos do So Paulo. Ns tnhamos ganhado o primeiro jogo no palestrinha, estdio onde jogvamos, por 2 a 1 em cima do So Paulo. O segundo jogo seria no centro de treinamento do So Paulo em Cotia, o maior centro de treinamento de clubes de base da Amrica Latina. A maioria dos garotos do Palmeiras no estava acostumada com tal estrutura, assim como eu. Perdemos o jogo por 3 a 0 pois ficamos olhando a beleza do lugar. Na poca no foi nada engraado. Esse jogo era a semi-final do campeonato paulista e infelizmente fomos desclassificados.

Outro campeonato que joguei no Palmeiras foi o Campeonato Brasileiro de 2012. As viagens eram muito longas, algo que atrapalhava um pouco na escola, mas estudvamos em uma escola particular de um dos diretores de futebol do clube e a escola no fazia questo de ver as notas dos atletas, muitas foram as vezes que eu vi professores inventarem nota para alguns colegas passarem de ano, eu era contrrio a essa ideia e me esforava bastante para no depender de professores, outro motivo para eu estudar era o ENEM. O Campeonato Brasileiro terminou, ficamos em sexto lugar geral. O time se desfez pois no havia mais campeonatos.

UM SUSTO... UM DESNIMO...

Eu voltei para salinas e no final de 2012 comecei a namorar a Brbara, estava muito feliz pois tinha me dado bem durante o ano no Palmeiras e o meu relacionamento andava muito bem, porm passei o maior susto da minha vida jogando futsal. Eu no lembro de nada que aconteceu no dia 18 de dezembro de 2012. Me contaram que eu sa para jogar futsal com os amgos por volta das 17:00 horas. Em um lance do jogo eu chutei a bola e escorreguei, bati a cabea no cho, fiquei tonto e sa do jogo. Todos falaram que eu comecei a repetir as mesmas perguntas e o professor Romualdo, que estava jogando, resolveu ligar parar os meus pais. Fui para o hospital incosciente porm acordado. No hospital eu continuava repetindo as mesmas coisas, no me lembrava porque eu estava ali e s reconhecia meu pai e minha me. No dia seguinte minha memria comeou a voltar, mas mesmo assim eu no me lembro do que aconteceu naquele dia, tudo que sei foi por relato de quem estava perto de mim. Depois dessa cena eu fiquei desanimado para jogar futebol e at mesmo no dia a dia eu fiquei meio triste.

UFU, MINHA REALIDADE!

Mas logo nos primeiros dias do ano de 2013 viria o SISU. Eu tinha tirado uma tima nota no ENEM mas mesmo assim fiquei com receio de no passar na faculdade. A opo de curso j era lgica e clara, educao fsica, j a universidade foi por indicao de um professor de educao fsica amigo da minha me e depois de pesquisas vi que o conceito da Universidade Federal de Uberlndia no curso de educao fsica era um dos maiores em Minas Gerais, alm de ser a nica faculdade que proporcionava a oportunidade de fazer licenciatura e bacharelado ao mesmo tempo, mesmo que eu no quisesse atuar como docente mas era uma abertura maior para o leque de opes de trabalho.

O resultado do SISU demorou 5 dias para sair e durante esse tempo eu no saa de casa, fiquei estressado sem saber se iria consegui, mal conversava com as pessoas e ficava o tempo inteiro na frente do computador esperando as atualizaes de notas. O resultado saiu s 7:00 horas da manh mas o site congestionou, eu resolvi ligar em um nmero do programa do SISU para saber se eu tinha passado e fiquei muito feliz quando recebi a notcia.

Depois de ter confirmado minha vaga no ensino superior eu realmente desisti de tentar ser jogador de futebol. Esse sonho j tinha me rendido muitas lgrimas, claro que muitas alegrias e amizades tambm, mas o futebol injusto e cruel, algo que depende de muita dedicao, esforo e vontade, mas s chegam a realizar o sonho um em um milho. Resolvi focar na faculdade ento, o sonho no tinha acabado, apenas mudado o foco.

Devido a greve dos funcionrios pblicos meu curso s comeou em 20 de maio, at esse perodo eu aproveitei para ficar mais prximo da minha famlia, dos meu amigos e da minha namorada tambm.

COMEO DE UMA NOVA JORNADA

Eu estava muito ancioso para o comeo das aulas na universidade, afinal foram 5 meses de espera. Me senti bem acolhido por todos e a saudade de casa foi amenizada por esse fator, mesmo a 680 quilmetros de casa. Pude criar boas e novas amizades em pouco tempo. Alguns mais prximos ainda que tenho como irmos, passo maior parte do meu tempo ao lado deles, pessoas que se tornaram to especiais em um curto espao de tempo e que jamais vou esquecer.

Quanto ao esporte minha integrao foi rpida tambm. Logo comeei a treinar no time de futebol de campo da UFU e estamos disputando o campeonato amador da cidade. Logo no primeiro ms de curso j conquistei a minha primeira medalha dentro da faculdade, foi pelo time de handebol do curso de educao fsica na Super Copa Universitria. Hoje estou disputando alm do campeonato da cidade, as Olmpiadas Universitrias da UFU, estou jogando futebol, futsal e handebol pela Assossiao Atltica Acadmica da Educao Fsica, fantstico cada jogo, cada disputa, principalmente a rivalidade dentro das quadras e campo.

Estou muito contente em ser um graduando em educao fsica, no existe outro curso para que eu pudesse fazer, estou me identificando muito com o curso e como disse um pouco atrs, o meu sonho de estar ligado ao futebol no tinha acabado, apenas mudado de foco, quero trabalhar com o esporte de alto rendimento, mais especificamente como Fisiologista do Exerccio na rea do futebol, este o meu primeiro plano para o futuro. J em um futuro mais prximo, quero tentar uma vaga para fazer intercmbio em Portugal, acho que seria uma experincia mpar, tanto pessoal quanto profissional e acadmica.

como dizem: Vencedor quem faz da queda um motivo para se levantar ainda mais forte!. Meu foco e minha vontade de ser um bom profissional hoje so bem maiores do que na poca em que eu sonhava em ser jogador, hoje sou muito mais consciente do que devo fazer para alcanar meus objetivos, superando cada obstculo, aprendendo com os erros e tropeos mas sempre erguendo a cabea para seguir em frente.

ANEXO 1 FOTOS PESSOAIS

ANEXO 2 TEXTO PESSOALUma paixo natural!

Longe de casa, h mais de uma semana, bem mais de uma semana... J final de semana e me dizem que eu devo estudar para ser um bom profissional, meu Deus, que vida essa? ser mesmo que quanto mais a gente rala mais a gente cresce? projetos, congressos, trabalhos, artigos... mal vejo o fim desse tnel, mas o presente me apresenta trabalho e mais trabalho! No to importante ganhar ou perder... basta evoluir! aquela velha histria, podem me tirar tudo que tenho, menos o conhecimento e as coisas boas que j fiz!

Mas eu tenho o prazer de estudar, tenho o prazer de adquirir conhecimento... to gratificante aplicar todos conceitos em uma prtica com a qual j estou habituado. Podem criar outros nomes para outros 204 ossos humanos, podem criar mais 100 nomes esquisitos para os msculos do nosso corpo... que eu criarei uma forma divertida de estudar e aplicar na prtica! de que me valeria a teoria sem poder utiliz-la? Me sinto como os profissionais da educao fsica que j so formados, fico me imaginando dando uma aula, ensinando para crianas em uma escolinha, hidogrinstica para idosos, incentivar e estudar o atleta do alto rendimento, palestras para grandes platias, trabalhar um dia no lugar daqueles que tive como ponto de referncia!

Tudo que exato demais torna-se previsvel, que me desculpe o meu pai , mas se eu fizesse engenharia eu iria achar um saco... to emocionante cada competio, to gratificante fazer parte de um grupo de profissionais que amam o que fazem, no por dinheiro ou por vontade da famlia, mas por realizao pessoal, por se identificar com o que fazem e quererem mergulhar nessa aventura. cada dia mais me encanto pelo que fao, no h curso melhor, e que se dane a opinio dos outros.

Ed. Fsica (educa para os ntimos) paixo que no se explica, acontece!

ANEXO 3 CURRICULUM LATTES

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

SANTOS, Gildenir Carolino. Roteiro para elaborao de memorial. Campinas, SP: Graf. FE, 2005. 10 p.

SANTOS, Valdeci dos, Memorial Descritivo. Memrias da caminhada epistemolgica acadmico profissional com professora biloga. 2009. 135f. Memorial apresentado Universidade do Estado da Bahia como pr-requisito do processo de avaliao docente para progresso na carreira, da Classe de Professor Adjunto. Alagoinhas, 2009. In: Revista metfora educacional (ISSN 1809-2705) verso on-line, n. 5., 2007. 135p. Turma da Formatura do 3 Perodo

Equipe Ciclo Dias (Futsal)

Em p: Douglas, Anderson, Nikita, Adson, Talo, Bruno e Carlinhos

Agachados: Biro, Wisner, Talmay, Kaique, Daniel e Henrique

Equipe do Colgio Presbiteriano no JEMG 2009 (Handebol)

Em p: Vitor, Mateus, Carlos, Jadston, rick e Romualdo

Agachados: Gustavo, Talmay, Bruno, Paulinho e Iguinho

Seleo de Salinas Campe daCopa Folha Regional 2012

Seleo de Salinas Campe da Copa Folha Regional 2013

Talo, parceiro no handebol!

Campees do Campeonato Mineiro de Handebol Juvenil

A pessoa mais especial de todas, Brbara, uma irm que a vida me deu!

Relacionamento antigo que virou uma paixo, eu e um violo!

Intimidades e brincadeiras que s a gente entende!

Roberto (pai), Rita (me), Roberta (irm)...

Famlia h, famlia ah... Famlia! Meu firme alicerce para todos os momentos da vida.

H mais dos nossos pais em ns do que possamos imaginar! William Shakespeare

Equipe JCC

Em p: Carlinhos, Talmay, Talo, Bruno, Matheus, Yure e Daniel

Agachados: Filipe, Daniel, Kaio, Gabriel, Joo Pedro e Kaique

Aquela com quem fiz bagunas, aquela que me acobertava em horas difceis, aquela que sempre me pedia um beijo antes de dormir. Algum que sempre vou defender e proteger. Mais que uma amiga... Mais que uma companheira... Mais que algum para pirraar e rir junto... Eu sempre vou te amar... Uma verdadeira irm!

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