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Amapá
Melhoramento da soja na região norte e o potencial do uso da análise AMMI
Pós-Doutorando: Gilberto Ken-Iti YokomizoSupervisor: Natal Antonio Vello
Piracicaba –2007
Amapá
Melhoramento da soja na região norte e o potencial do uso da análise AMMI
� Pesquisador da Embrapa Amapá� Docente dos cursos de mestrado:
Desenvolvimento Regional da UNIFAP/IEPA/EmbrapaBiodiversidade Tropical da IC/UNIFAP/Embrapa
� Docente Ciências Biológicas da Fac Macapá� Conselheiro da CARB� Conselheiro do CEDRS� Parecerista do IIEBDemonstra carência de melhoristas na região
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Origem e difusão mundial da soja
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Principais produtos derivados da soja
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Por que as pesquisas de melhoramento da soja na região Norte?
� Possui certa rusticidade: clima, insetos, doenças;� Atua na melhoria do solo: reciclagem de
nutrientes, baixa relação C/N;� Suporta alguns anos em monocultura;� Benefícios às demais culturas em rotação: milho,
arroz, pastagem;� Demanda mundial crescente: China, CEE, Japão.
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Objetivos do melhoramento genético
� Produtividade: adaptação diversos ambientes;� Características agronômicas: porte, acamamento� Resistência a doenças;� Qualidade do grão e da semente;� Busca de resistência à possíveis estiagens e aos
insetos;� Nutricional: teores de óleo e proteínas.
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� A Embrapa não estimulará o plantio de grãos na Amazônia mas apoiará os produtores no atendimento de suas demandas.
José Roberto Peres - ex-diretor da EmbrapaAgroanalisys - outubro de 2002.
� A Embrapa apoiará, com suas pesquisas, os programas agropecuários e florestais que visem o desenvolvimento rural, de interesse dos governos estaduais da Amazônia. No caso específico dos grãos, a Empresa apoiará as iniciativas que visem recuperar as áreas já alteradas, incorporando-as ao processo produtivo, com responsabilidade social.
Clayton Campanhola - presidente da EmbrapaInformação pessoal - setembro 2003
O melhoramento da soja na Amazônia
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� Assinatura da carta de intenção da Embrapa não realizar pesquisas com soja em áreas de floresta amazônica.
Silvio Crestana - presidente da Embrapa2006
� Apenas 20% da Amazônia Legal apresenta condições propícias à produção sustentada de grãos;
� Estas áreas se localizam nos microclimas mais secos, no arco meridional e no extremo setentrional de Roraima;
� Melhoramento genético tem capacidade de expandir estas áreas.
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Adaptado de: www.cobveget.cnpm.embrapa.br/resulta/index.html e www.brasilrepublica.com/norte.htm
AmapáLocalização do potencial produtivo de soja
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SITUAÇÃO NO ACRE
� Existem várias áreas de pecuária já destocadas e abandonadas na micro região do alto Purus
� Apenas um único produtor em área pequena
� Atualmente melhoramento de soja no Estado encontra-se paralisado, devido demandas serem com outras culturas
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SITUAÇÃO NO ACRE
Fonte: Embrapa Acre (1997)
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SITUAÇÃO NO ACRE
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SITUAÇÃO NO ACRE
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SITUAÇÃO NO AMAPÁ
� Cooperativa de produtores do cerrado causa demanda;
� Formado por agricultores do MT, RS e PA;
� Pesquisa em projeto conjunto com Embrapa Soja;
� Teste de cultivares;
� Próxima etapa teste de linhagens.
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SITUAÇÃO NO AMAPÁ
Produtividade de grãos (kg/ha)Cultivares
15/03/98 06/03/99 29/03/99 29/03/00 23/04/99 23/04/00Mirador 1686 3630 4283 2812 3163 2228Cariri 2255 3802 4116 3456 3107 1956Sambaíba 1775 3516 3940 3483 2936 2548Parnaíba 1828 3002 3695 2837 3567 2766Itaqui Nc 3847 3669 3336 3561 2759Aruanã Nc 4120 3046 3776 2577 1921Seridó 2153 4071 3593 3439 2543 1903Média 1590 3712 3763 3305 3065 2296CV (%) 11,20 8,70 12,90 6,32 8,80 7,22F/cult ** ** * ** ** **
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DOMÍNIOS FLORÍSTICOS DO ESTADO DO AMAPÁ
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FONTE: Jorge, S.P.S; 2003
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TABELA 2. Área dos principais domínios florísticos
Área total do Amapá 14.345.370 ha 143.453,7 km2
Florestas densa de terra firme 10.308.158 103.081,58 (71,9%)
Floresta de Várzea Aluvial 694.981 6.949,81 (4,9%)
Floresta de transição 391.536 3.915,36 (2,8%)
Manguezal 278.497 2.784,97 (1,9%)
Savana (Cerrado) 986.189 9.861,89 (6,9%)
Campo de várzea aluvial 1.606.535 16.065,35(11,4%)
Águas superficiais 79.474 794,74 (0,006%)
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ÁREA ESTIMADA: 986 mil ha.
� USO ATUAL: Setor Florestal (Pinus e Eucalyptus, privado) e agropecuário em menor escala.
� SOLO: predomina Latossolo Amarelo textura média (20-30% de argila). Fertilidade natural muito baixa, baixos teores de matéria orgânica, alta saturação de alumínio e elevada acidez.
� CLIMA: estação chuvosa (janeiro a junho) e estiagem (julho a dezembro), precipitação anual de 2300 mm e temperatura anual média de 26,85ºC.
� LOCALIZAÇÃO: Inicio em Macapá até o município de Calçoene, 374 km de extensão. Estrada de ferro com 200 km de extensão, BR 156, 200 km são asfaltados.
Características do cerrado amapaense
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APARÊNCIA GERAL DO CERRADO AMAPAENSE
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Localização das áreas potenciais
para a agricultura nos
cerrados do Amapá
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� CAMPOS CERRADOS: REGIÃO SUL DO ESTADOResultados promissores de variedades graníferas;Práticas agronômicas modernas para explor. cultivos;Oferta de terras baratas;Redução custos de transporte das safras;Facilidade de alcançar os mercados internacionais;Apoio de políticas públicas do Estado.
� Abrangência: Humaitá, Manicoré, Canutama e Lábrea
� Área superior a 700 mil ha
SITUAÇÃO NO AMAZONAS
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SITUAÇÃO NO AMAZONAS
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SITUAÇÃO NO AMAZONAS
Próximo Humaitá
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SITUAÇÃO NO AMAZONAS
Humaitá
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Em amarelo: kg/haEm parênteses: sc/ha
2.735
Arroz 3.232 1.546 3.079
8.726
3.163
(113)
(26)
(72)
(54)
(52) (51) (53)
(53)
(145) (45)
(44)
(51)
Milho
Soja
6.765
3.142
4.514
3.044 3.163 2.630
Fonte: Embrapa Amazônia Oriental
Paragominas Redenção Santarém MédiaNacional
Produtividade de grãos obtidos pelo melhoramento genético no Pará
SITUAÇÃO NO PARÁ
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Cultivares recomendados: BRS SambaíbaBRS TracajáBRS CandeiaBRS BabaçuBRS Seridó RCHBRS 219 (Boa Vista)
2003/2004 2004/2005MicrorregiãoÁrea (ha) % Área (ha) %
Santarém 16.975 48 36.800 53,8Paragominas 9.034 25 16.090 23,5Conceição do Araguaia 7.450 21 12.770 18,7Outras 2.176 06 2.750 4,0Total 35.219 100 68.410 100
Principais Microrregiões do Pará e sua área plantada nas safras 2003/2004 e 2004/2005.
Fonte: Farias Neto (2007)
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14 %
37 % Áreas de Conservação Oficial
22 % Terras Indígenas
25 % Áreas de Uso Restrito
1970 1980 1990 2001
Áreas de Uso Privado
CURVA DO DESMATAMENTO
Evolução do Desmatamento
16,46%
Fonte: MMA, INPE
SITUAÇÃO NO PARÁ
AmapáPólos de produção de grãos no Pará
Paragominas
Marabá
Redenção
Itaituba
Santarém
Pólo Nordeste
Pólo Sul
Pólo Oeste
LEGENDA
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SITUAÇÃO NO PARÁ
Santarém
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2.940263.29989.5702006/07*
2.654273.701103.1102005/06
3.099232.51675.0202004/05
2.888163.02956.4432003/04
3.042126.24041.5002002/03
2.89883.78228.9142001/02
2.00115.7907.8921997/98
Produtividade (kg/ha)Produção (t)Área (ha)Safra
SITUAÇÃO EM RONDÔNIA
EVOLUÇÃO DA CULTURA DA SOJA EM RONDÔNIA
Fonte: IBGE/LSPA (2007). *Estimativas.
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SITUAÇÃO EM RONDÔNIA
� A cultura da soja ocupa áreas de Cerrado e Transição Cerrado/Floresta na região do Cone Sul de Rondônia, com destaque para a região de Vilhena, a qual produz grande parte da soja do estado;
� A área plantada reduziu aproximadamente 15% em relação à safra anterior (2005/06);
� Atualmente a cultura vem substituindo áreas de pastagens, de diferentes níveis de degradação, ou anteriormente cultivadas com arroz.
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SITUAÇÃO EM RONDÔNIA
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SITUAÇÃO EM RONDÔNIA
� Vilhena: primeiros focos de ferrugem foram identificados no início do mês de dezembro/06 e a severidade da doença foi relativamente alta. A média de aplicações foi de 2,5 a 3,0.
� Nos demais municípios, as severidades da doença foram bem menores como de costume, com identificação dos primeiros focos em meados de janeiro. A média de aplicações de fungicidas variou de 1,5 a 2,5.
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SITUAÇÃO EM RONDÔNIA
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SITUAÇÃO EM RONDÔNIA
Vilhena
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SITUAÇÃO EM RORAIMA
� Cerrado: 4 milhões ha (17% da área Roraima) sendo 1,5 possíveis para uso;
� Municípios: Alto Alegre, Amajari, Boa Vista, Bonfim, Cantá e Caracaraí;
� Soja tem apresentado neste locais:elevada produtividade;ciclo entre 100 e 120 dias;entressafra brasileira (agosto a outubro);
� Posição estratégica em relação à Venezuela, Guiana Inglesa, Caribe e outros mercados internacionais
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� Safra (2006) foram semeados 7 mil hectares;
� As cultivares preferencialmente utilizadas pelos produtores restringem-se praticamente a duas, a BRS Tracajá e BRS Sambaíba, com 80 e 15% da área cultivada, respectivamente.
SITUAÇÃO EM RORAIMA
AmapáGenótiposPrecoces
Prod(kg/ha)
MABR01-20830 4570 a
MABR01-20845 4568 a
BRS Tracajá 4314 ab
BRS Boa Vista 3736 abM-Soy 8866 3356 abBRS Uirapurú 2890 b
MABR0017024 4823 aMABR02-1876 4746 a
MABR02-1029 4699 a
BRS Candeia 4516 a
MABR02-2102 4516 aBRS Sambaíba VNH 4514 a
BRS Pirarara 4448 a
BRS Barreiras 4343 a
BRS Sambaíba 4034 a
BRS Carnaúba 3884 a
GenótiposCiclo Médio
Prod(kg/ha)
MABR00-19009 5085,7 aMABR01-20047 4854,5 aBRS Babaçu 4782,7 ab BRS Seridó 4337,6 ab
Msoy-9350 3830,0 b
GenótiposTardios
Prod(kg/ha)
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SITUAÇÃO EM RORAIMA
Safra Área (ha) Produção (t) Produtividade (t/ha)
2000 1,85 2,22 1,22001 1 1,5 1,52002 3,37 6,74 22003 5,98 14,352 2,42004 12 33 2,752005 14 39,2 28002006 6,9 19,458 2,822007 7.300* 19,950* 2,850*
Evolução da área plantada, produção e produtividade da soja no Estado.
Fonte: Fonte: Embrapa Roraima, CPA e G5 (2000/2002); Embrapa Roraima, CPA, G5, SEAAB, Grão Norte e Extremo Norte (2003/ 2005); Embrapa Roraima, Grão Norte e *Estimativa
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SITUAÇÃO EM RORAIMA
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� Interação Genótipo/Ambiente (GxE)
� Adaptação específica de genótipos em ambientes
���� Métodos estatísticos tradicionais
-Estratificação ambiental (Zoneamento Agronômico)
-Regressão linear simples e múltipla (Eberhart & Russel, 1996) – Não é informativa se a linearidade falha
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AMMI ⇒⇒⇒⇒ ANOVA e PCA
Procedimento AMMI
Modela efeitos principais e interação de uma formasequencial
• Efeitos principais são estimados usando mínimos quadrados
Incorpora componentes aditivosaditivos e multiplicativosmultiplicativos em uma análise de mínimos quadrados integrada e poderosa
• PCA É conduzido via decomposição em valores singulares (DVS) aplicado á matriz residual de interação.
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Procedimento AMMI
Problema Geral
Número de componentes multiplicativos a ser retido no modelo (com o objetivo de
adequadamente explicar o padrão na interação)
Propostas: Gollob (1968), Mandel (1971), Gauch & Zobel (1988), Cornelius (1993), Piepho (1994 and 1995). Todas levam em consideração a proporção de variância acumulada pelos componentes.
AmapáO modelo AMMI
Com n gen em p amb com r rep. A média de cada combinação
modelada por
=
npn1
ij
1p11
pn
...yy
y
...yy
Y MM
{)r/,0(NID
ij
para
m
1kijjkikkjiij
2
egy
σ=
ε+ρ+αγλ+++µ= ∑44 344 21
43421
interaçãoativos MultiplicsComponenteaditivos sComponente
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O modelo AMMI
fornece a proporção da variância devido a interação GxE no k-ésimo componente.
representam pesos para o genótipo i e ambiente j naquele componente da interação respectivamente.
2kλ
jkαikγ e
Assim a interação do genótipo i com o ambiente j é descrito por
descartando o ruído dado por ∑ =
m
kjkikk1
αγλ ∑ +=
s
mkjkikk1
αγλ
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Análise AMMI
Fonte GL SQ Gollob
Genó. (G) Amb. (E) Inte.(GxE) IPCA1 … IPCAs Erro médio/r
n-1 p-1 (n-1)(p-1) n+p-1-(2x1) … n+p-1-(2xs) np(r-1)
SQ(G) SQ(E) SQ(GxE) λ2
1 … λ2
s SQ(E.m.)
Total npr-1 SQ(Total)
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O modelo AMMI
∑ =
m
kjkikk1
αγλ
São somados apenas os eixos obtidos com efeitos de interação, descartando os eixos
que concentram ruídos que apenas causam erros de interpretação e falhas de detecção
da interação GxE
AmapáCom dados do AMMI = biplot, visualização simples e rápida do comportamento dos
genétipos e ambientes avaliados
Yokomizo et al. (No prelo)
AmapáCom dados do AMMI = biplot, visualização simples e rápida do comportamento dos
genétipos e ambientes avaliados
Yokomizo et al. (No prelo)
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Considerações Finais
Melhoramento na amazônia: enfatizando que visa áreas abandonadas e cerrado, não em florestas;
Melhoristas conscientes preferem a cultura com todos os elos da cadeia, gerando empregos e produtos para a região e não o modelo de exportação;
Conhecimento da interação GxE é importante para poder interpretar e recomendar materiais superiores;
O AMMI é uma metodologia interessante para utilização no estudo GxE, conseguindo captar interações onde outros testes falham;
Permite selecionar ambientes representativos da média.
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Agradecimentos
Celso Paulo de Azevedo (CPAA)Gilvan Coimbra Martins (CPAA)Maria Clideana (CPAFAC)César Augusto Teixeira (CPAFRO)Rodrigo Luis Brogin - CNPSO (CPAFRO)Aloisio Alcantara Vilarinho (CPAFRR)Vicente Daniel Gianluppi (CPAFRR)João Tomé de Farias Neto (CPATU)Oriel Filgueira Lemos (CPATU)