melhor resposta

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Melhor resposta: Em 1961, surgiu a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, a Lei 4024/61 ou simplesmente LDB/61, como resultado do trabalho de dois grupos com orientações de filosofia partidária distinta. Os estatistas eram esquerdistas e defendiam que a finalidade da educação era preparar o indivíduo para o bem da sociedade e que só o Estado deve educar. Os liberalistas eram de centro/direita e defendiam os direitos naturais e que não cabe ao Estado garanti-los ou negá-los, mas simplesmente respeitá-los. Após quase 16 anos de disputa entre essas correntes, as idéias dos liberalistas acabaram representando a maior parte do texto aprovado pelo Congresso. A LDB/61 trouxe como principais mudanças a possibilidade de acesso ao nível superior para egressos do ensino técnico e a criação do Conselho Federal de Educação e dos Conselhos Estaduais, num esquema de rígido controle do sistema educacional brasileiro. A demora para aprovação da LDB/61 trouxe-lhe uma conotação de desatualização e, logo após sua promulgação, outras ações no âmbito de políticas educacionais públicas surgiram, desta vez, inseridas no cenário político de domínio militar. Por exemplo, em 1968, a Lei 5540/68 criou o vestibular e, em 1971, surgiu a Lei 5692/71, conhecida também como LDB/71, cuja função foi atualizar a antiga LDB/61, como resultado do trabalho de membros do governo indicados pelo então Ministro da Educação Coronel Jarbas Passarinho LDB 4024/61 Ao analisarmos as diversas leis da educação no decorrer do tempo, percebe-se que houve avanços e recuos no âmbito educacional. Durante este percurso histórico educacional, passamos por momentos de ditaduras, como também momentos de pequenas revoluções educacionais. Novos pensadores surgiram, e com eles suas ideias novas e revolucionárias que foram sendo aceitas

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Page 1: Melhor Resposta

Melhor resposta: Em 1961, surgiu a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, a Lei 4024/61 ou simplesmente LDB/61, como resultado do trabalho de dois grupos com orientações de filosofia partidária distinta. Os estatistas eram esquerdistas e defendiam que a finalidade da educação era preparar o indivíduo para o bem da sociedade e que só o Estado deve educar. Os liberalistas eram de centro/direita e defendiam os direitos naturais e que não cabe ao Estado garanti-los ou negá-los, mas simplesmente respeitá-los. Após quase 16 anos de disputa entre essas correntes, as idéias dos liberalistas acabaram representando a maior parte do texto aprovado pelo Congresso. A LDB/61 trouxe como principais mudanças a possibilidade de acesso ao nível superior para egressos do ensino técnico e a criação do Conselho Federal de Educação e dos Conselhos Estaduais, num esquema de rígido controle do sistema educacional brasileiro. A demora para aprovação da LDB/61 trouxe-lhe uma conotação de desatualização e, logo após sua promulgação, outras ações no âmbito de políticas educacionais públicas surgiram, desta vez, inseridas no cenário político de domínio militar. Por exemplo, em 1968, a Lei 5540/68 criou o vestibular e, em 1971, surgiu a Lei 5692/71, conhecida também como LDB/71, cuja função foi atualizar a antiga LDB/61, como resultado do trabalho de membros do governo indicados pelo então Ministro da Educação Coronel Jarbas Passarinho

LDB 4024/61

Ao analisarmos as diversas leis da educação no decorrer do tempo, percebe-se que houve avanços e recuos no âmbito educacional.

Durante este percurso histórico educacional, passamos por momentos de ditaduras, como também momentos de pequenas revoluções educacionais. Novos pensadores surgiram, e com eles suas ideias novas e revolucionárias que foram sendo aceitas com o passar do tempo, e que hoje são os alicerces do modelo educacional vigente.

Em 1961, surgiu a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, a Lei 4024/61 ou simplesmente LDB/61, como resultado do trabalho de dois grupos com orientações de filosofia partidária distinta.

A LDB/61 trouxe como principais mudanças a possibilidade de acesso ao nível superior para egressos do ensino técnico e a criação do Conselho Federal de Educação e dos Conselhos Estaduais, num esquema de rígido controle do sistema educacional brasileiro.

A demora a aprovação da LDB/61 trouxe-lhe uma conotação de desatualização e, logo após sua promulgação, outras ações no âmbito de políticas educacionais públicas surgiram, desta vez, inseridas no cenário político de domínio militar. Por exemplo, em 1968, a Lei 5540/68 criou o vestibular e, em 1971, surgiu a Lei

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5692/71, conhecida também como LDB/71, cuja função foi atualizar a antiga LDB/61, como resultado do trabalho de membros do governo indicados pelo então Ministro da Educação Coronel Jarbas Passarinho.

LDB 5692/71

A lei de Diretrizes de Bases de 1971 foi publicada em 11 de agosto de 1971, durante o regime militar do presidente Emílio Médici. Esta lei possui 88 artigos, nos quais a supervalorização da tecnologia programada de ensino trouxe consequências como, por exemplo: a escola se revestiu de uma grande autossuficiência que depende exclusivamente de especialista e de técnicas.

Neste contexto, o que é valorizado não é o professor, mas a tecnologia, e a função do aluno, são reduzidas a um individuo que reage aos estímulos de forma a corresponder às respostas esperadas pela escola.

Entretanto, essa lei além de promover alterações na estrutura organizacional da educação nacional, ela é bastante clara quanto à determinação e ordenação dos períodos, séries, faixas ou etapas a serem vencidas pelos alunos para completar seus estudos em todos os graus de ensino.

Percebe-se no texto da lei, que o currículo tem como pressuposto proporcionar ao aluno a formação necessária ao desenvolvimento de sua potencialidade como elemento de autorrealização, qualificação para o trabalho e também para o preparo e exercício da cidadania.

LDB 9394/96

No ano de 1988 ocorreu no congresso nacional, o processo da nova lei de diretrizes e bases da educação nacional, em projeto apresentado pelo deputado Federal Otávio Elízio. O texto original foi modificado em longas negociações, depois de receber 1263 emendas, foi reduzido contendo 298 artigos.

Segundo Darcí Ribeiro, essa lei procura libertar os educadores brasileiros para usarem experimentar e inovar contrapondo-se então, com as demais constituições aqui analisadas.

A nova lei traz o ensino religioso, como disciplina de matrícula facultativa e também determina a educação artística como componente curricular obrigatório no ensino básico. Continua a exigência de uma língua estrangeira a partir da 5ª série, já no

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ensino médio passa a ter os conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania.

Nesta lei a educação básica é dividida em: educação infantil, ensino fundamental (anos iniciais e finais) e o ensino médio. Destaca-se que a rede pública de ensino deverá ampliar o seu atendimento aos alunos com necessidades especiais de aprendizagem.