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Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas DigitaisMedia e Sociedade, Unidade A
Margarida Almeida - [email protected] - Dez09
Media e Sociedade, unidade A
Ana Margarida Almeida
Departamento de Comunicação e ArteUniversidade de [email protected]
Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas DigitaisMedia e Sociedade, Unidade A
Margarida Almeida - [email protected] - Dez09
Manhã de 11 de Dezembroapresentação e exposição temática
Tarde de 11 de Dezembro início do trabalho exploratório (pesquisa)
Manhã de 18 de Dezembro apresentações dos trabalhos realizados
Organização da unidade:
Programa Doutoral em Informação e Comunicação em Plataformas DigitaisMedia e Sociedade, Unidade A
Margarida Almeida - [email protected] - Dez09
1. Contextualização histórica do novo paradigma comunicacional
2. Novos media e novas modalidades de participação na sociedade em rede
3. Efeitos e implicações dos novos media nas dinâmicas sociais
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
Tópicos a abordar na Unidade A:
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Do paradigma informacional (lógica da transmissão) para o paradigma comunicacional (lógica da colaboração e partilha)
recentes abordagens de valorização das relações interpessoais, sociais e grupais, no contexto da investigação em torno das TIC
afastamento face às abordagens “tradicionais” que limitam a investigação e, torno das TIC ao estudo dos processos de interacção “homem-máquina”
estudo dos factores relacionais e sociais implicados na utilização das ferramentas de comunicação distribuídas
1. Contextualização histórica do novo paradigma comunicacional
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Matéria-prima do novo paradigma digital (Castells, 1999):
informação
comunicação
lógica de redes
flexibilidade e reconfiguração constantes
convergência tecnológica
= omnipresença social das tecnologias da comunicação
1. Contextualização histórica do novo paradigma comunicacional
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= a Tecnologia é a sociedade (Castells, 1999)
a sociedade não pode ser entendida ou representada sem as suas ferramentas tecnológicas
as tecnologias não se limitam a ser ferramentas a aplicar mas antes processos que devem ser entendidos como portadores de uma grande “elasticidade social”
1. Contextualização histórica do novo paradigma comunicacional
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Mas assistiremos a um cenário de determinismo tecnológico?
A tecnologia não determina a sociedade, antes a incorpora (Castells, 1999)
“It (technology) has to beusedanddeveloped.” (Burton, 2005: 201)
“Media productionanddistributionisnotrunbytechnologies: itismadepossiblebythem.” (Burton, 2005: 202-203).
1. Contextualização histórica do novo paradigma comunicacional
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1. Contextualização histórica do novo paradigma comunicacional
Como está, actualmente, a evoluir este novo paradigma comunicacional?
OldcomputingNew computing (Shneiderman, 2003)
experiência solitária de utilização de computadores “pessoais” (oldcomupting)
recolha, relação, criação e partilha de experiências distribuídas (newcomputing)
Web 1.0 Web 2.0 (O'Reilly, 2004)
novas oportunidades para a criação e partilha mais horizontalizada de conteúdos
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Novas tendências da web 2.0:
Novo cenário de flexibilidade e abertura dos processos de participação
novas oportunidades de participação em actividades sociais, na vida cívica e nos processos de aprendizagem (Hague e Williamson, 2009).
Novos papéis nos processos de formação de opinião e tomada de decisão:
foco no utilizador e na colaboração aberta entre membros de uma comunidade (Heidetal, 2009).
2. Novos media e novas modalidades de participação na sociedade em rede
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Novos papéis
Novo internauta (Heidetal, 2009):
knowledgecreator
manager
owner
distributoroflearning
2. Novos media e novas modalidades de participação na sociedade em rede
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Novos papéis
Novas competências (Hague e Williamson, 2009):liderança, responsabilidade e colaboração:moderating, negotiating, debating, commenting, vídeo conferencing, reviewing, questioning, commenting, posting, networking, contributing, chatting, e-mailing, twittering, textingandinstantmessaging
Reconfiguração da importância dos processos de negociação:“Theability to travelacrossdiversecommunities, discerningandrespectingmultipleperspectives, andgraspingandfollowingalternativenorms.” (Hague e Williamson, 2009: 25).
2. Novos media e novas modalidades de participação na sociedade em rede
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Principais alterações potenciadas pelos novos media (Burton, 2005):
Novas modalidades de representação do mundo
Novas relações entre os utilizadores/consumidores e as tecnologias
Novas experiências ao nível do sentido de identidade e comunidade
Novos padrões de organização e produção
2. Novos media e novas modalidades de participação na sociedade em rede
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3. Efeitos e implicações dos novos media nas dinâmicas sociais
Esfera alargada de influência que determina a relação tecnologia-sociedade:
Os efeitos da integração das tic na sociedade ultrapassam o domínio da técnica (Breton e Proulx, 1997), abrangendo um espectro alargado de áreas, como a social, cultural, profissional, educativa ou económica.
“…media influence is the product of interaction with broader cultural factors. Media have helped shape attitudes, values, and behavior in a number of ways (…)” (GormanandMcLean, 2009: 288).
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Os novos media potenciam alterações sociais que, por sua vez, induzem o aparecimento de novas soluções tecnológicas (Burton, 2005)
3. Efeitos e implicações dos novos media nas dinâmicas sociais
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3. Efeitos e implicações dos novos media nas dinâmicas sociais
Reciprocidade na relação Atitudes-Necessidades-Comportamentos-Novas Tecnologias
“Sometimes the evolution towards new attitudes is supported by existing technologies that enable new conceptions of new behaviors to satisfy needs.
In other occasions, new technologies are supported by existing attitudes that demand advances which enable the achievement of those behaviors which, although accepted, are not technologically feasible.”
(Rubina, 2009: 2).
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Mas como observamos os efeitos e implicações dos novos media nas dinâmicas sociais?
Lógica entusiastaOs novos media potenciam efeitos transformadores positivos para a sociedade: “are seen as liberatinganddemocratizing, empoweringcitizens, promotingegalitarianismandtolerance, global understanding, and global civil society” (GormanandMcLean, 2009: 231)
Lógica críticaOs impactos dos novos media têm sido sobrevalorizados:“theirimpactonpoliticshasbeenslight, tjattheyhavemerelyreinforcedthedominant role ofbigbusiness, andthataccess to new media diverges sowidely, becauseofcontinuinginequalitiesbetweenrichandpoor (...) global effects are simplynottrue.”
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
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Lógica crítica subsistem assimetrias e desigualdades nos processos de participação
As tecnologias da comunicação, ainda que, potencialmente, possam promover a igualdade, poderão também catalisar a criação de novas barreiras, decorrentes da inaptidão tecnológica de determinados sujeitos para ter acesso e utilizar equipamentos e serviços particulares (VonTetzchner, [1991] 1994)
“É possível que haja igualdade de acesso, mas não existe igualdade na capacidade de utilização. As desigualdades de conhecimento não se modificam com a simplificação do acesso e da utilização.” (Wolton, 1999: 299)
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
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Para além do acesso
Importa assegurar não apenas o acesso alargado das tecnologias a todas as populaçõesmas, fundamentalmente:
desenvolver mecanismos de suporte, apoio e incentivo à participação e à criação activa de conteúdos, produtos e serviços
respeitar as especificidades locais de cada grupo ou comunidade, numa lógica de valorização dos processos, não apenas de acesso e transmissão, mas, fundamentalmente, de troca, partilha, adaptação contextualizada e comunicação
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
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3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
para além do acessocontrariar a tendência existente que define apenas dois pólos no processo de criação, recepção/acesso, uso e participação (Castells, 1999):
pólo dos que se limitam a receber soluções
pré-empacotadas e que não dispõem de competências para as
criar, seleccionar, interpretar e, consequentemente, interagir e
participar
pólo dos que recebem, interagem, seleccionam e criam os conteúdos e
serviços
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Para além do acessoNecessário identificar outras variáveis (para além do acesso) que poderão concorrer para a criação do chamado fosso digital (ou “digital divide”)
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
pólo dos que se limitam a receber soluções
pré-empacotadas e que não dispõem de competências para as
criar, seleccionar, interpretar e, consequentemente, interagir e
participar
pólo dos que recebem, interagem, seleccionam e
criam os conteúdos e serviços
acesso uso uso autónomo participaçãoconstrução
activa
……………………………….. infra-estrutura tecnológica ……...…….…………………….
..……. formação contextualizada ...….
………….….… literacia digital .……………………
. suporte à comunicação e partilha .
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Pese embora o novo paradigma da web 2.0...
“The digital divide hasnotdisappeared” (Gorman e McLean, 2009: 255).
“(...) social illshavenotdisappeared (...) real worldpoliticshavenotbeentransformed (...) global inequalities continue to exclude a sizableportionoftheworld’spopulationfromaccessto the Internet andallitoffers. Manyplayersfromthe “old-media” world continue to provideinformationandenterteinment to new media users, eveniftheyhaveharnessednewpotential (for example, citizenjournalists’ contributions to mainstream media”. (Gorman e McLean, 2009: 262-263).
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
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Assimetrias no acesso, alguns dados (Gorman e McLean, 2009):
+A grande maioria dos alojamentos web estão nos EUA e na Europa
+A grande maioria dos conteúdos web são gerados nos EUA e na Europa
+A língua “maioritária” da web continua a ser o inglês
- 200 utilizadores de Internet, na Somália, em Julho de 2000
- 60% dos utilizadores da Internet no continente africano são da África do Sul
- Menos de 0,2% da população restante do continente tem acesso à Internet
- No médio oriente, em 2007, apenas 17,4% da população tinha acesso à Internet
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
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As TIC como bem essencial para o desenvolvimento (Hamelink, 2000)
bem essencial (tal como a água, a energia ou o sistema rodoviário) para a igualdade social e para o desenvolvimento humano.
apesar de não hipotecarem a sobrevivência humana são um factor fundamental de inclusão social.
3.1 Assimetrias e desigualdades na participação na nova sociedade em rede
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Referências bibliográficas
Breton e Proulx (1997) Breton, P., Proulx, S. A Explosão da Comunicação . Lisboa: Bizâncio, Colecção Sínteses, 1997.
Burton, G. (2005) Media andSociety, Critical Perspectives. Berkshire: OpenUniversityPress, McGraw-Hill, 2005.
Castells (1999) Castells, M. A Sociedade em Rede (A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura), Volume I , Segunda Edição, São Paulo: Editora Paz e Terra, 1999.
Gorman, L.; McLean D. Media andsocietyintothe 21st century : a historicalintroduction. Chichester : Wiley-Blackwell, 2009.
Hague, C.; Williamson, B. Digital Participation, digital literacy, andschoolsubjects - A reviewofthepolicies, literatureandevidence. FutureLab. 2009. Available online at: www.futurelab.org.uk/projects/digital-participation
Hamelink (2000) Hamelink, C. J. TheEthicsofCyberspace . London: SagePublications, 2000.
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Referências bibliográficas (cont.)
Heidetal. GoodPractices for Learning 2.0: PromotingInnovation - AnIn-depthStudyofEightLearning 2.0 Cases. JRC Technical Notes. EuropeanComission - Institute for ProspectiveTechnologicalStudies, 2009.
O’Reilly T. 2005. WhatIs Web 2.0: Design PatternsandBusinessModels for theNextGenerationof Software. Available online at: http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/whatis-web-20.html?page1/41
Rubina, J. M. “Challengesof Internet Evolution: AttitudeandTechnology”, in: TowardstheFuture Internet. G. Tselentisetal. (Eds.). IOS Press, 2009. pag: 12-23.
Shneiderman (2003) Shneiderman, B. Leonardo's Laptop, HumanNeedsandtheNewComputing Technologies . Cambridge: MIT Press, 2003.
VonTetzchner ([1991] 1994) VonTetzchner, S. “Introdução”, in: VonTetzchner, S. (Ed.) Telecomunicações e Incapacidade. Lisboa: Secretariado Nacional para a Reabilitação, 1994 [1991], p. 1-10.
Wolton (1999) Wolton, D. Pensar a Comunicação. Lisboa: Dilfel, 1999.
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Proposta de trabalho
ObjectivoInvestigar um caso que retrate um bom exemplo (de boas práticas) de uso das tic para a inclusão/desenvolvimento
Exemplospaíses em vias de desenvolvimento, comunidades rurais, populações segregadas, bairros problemáticos ...
Sugestões de palavras-chave para pesquisadigital divide case studyict for developmentict + rural populationsict + inequalities + case study...
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Proposta de trabalho (cont.)
RegrasTrabalho individualApresentação na manhã de dia 18 (20 minutos/apresentação)Entrega de relato do caso estudado, em formato pdf, até às 20h de dia 21 (para [email protected])Nb: o pdf não deve exceder os 7,5MB
A apresentação do caso deve valorizar não apenas a descrição/relato do mesmo mas também a sua problematização e enquadramento crítico nas temáticas da disciplina.