mecanismos de integração e parceria com a comunidade

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Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional Ivone Marchi Lainetti Ramos Estudos de Alternativas – Mecanismos de Integração e Parceria com a Comunidade Implementação do Modelo de Estágios os stág da mu gio ade unid Foto: Arquivo MEC

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Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional

Ivone Marchi Lainetti Ramos

Estudos de Alternativas – Mecanismos de Integração e Parceria com a ComunidadeImplementação do Modelo de Estágiososstág

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Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 1

Diretrizes Pedagógicaspara a Educação Profissional

Estudos de Alternativas – Mecanismos de Integração e Parceria com a ComunidadeImplementação do Modelo de Estágios

Ivone Marchi Lainetti Ramos

Governo do Estado do TocantinsSecretaria de Estado de Educação e CulturaEducação Profissional

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Educação Profissional :: Pontos de partida2

BR/2004/PI/H/23

Equipe Gestora

Eliana Inês Wilder – Coordenadora de Educação Profissional

Vânia Cristiane Chaves FonsecaRozileide da Silva Barbosa Coelho Eusébia de Araújo Pereira NoletoGianfranco DalsassoMárcio Allan de Lima Martins

©2004 UNESCO. Todos os direitos reservados.Publicado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).Esta publicação é fruto de uma parceria entre a Representação da UNESCO no Brasil e a Secretaria de Estado de Educaçãoe Cultura do Governo do Estado do Tocantins.

Esta publicação tem a cooperação da UNESCO no âmbito do Projeto 31- 412504BR, o qual tem o objetivo de capacitar epromover o desenvolvimento das equipes locais responsáveis pela educação profissional nos estados do Brasil. Os autoressão responsáveis pela escolha e pela apresentação dos fatos contidos nesta publicação, bem como pelas opiniões nelaexpressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a Organização. As indicações de nomes e aapresentação do material ao longo desta publicação não implicam a manifestação de qualquer opinião por parte daUNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco adelimitação de suas fronteiras ou limites.

Page 4: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 3

Prefácio

O documento apresenta três blocos. No Bloco I, está compilada, integral ou parcialmente, a le-

gislação que trata das questões de estágio curricular: trechos da Lei Federal nº 9.394, de 20/12/1996,

que Estabelece Diretrizes e Bases da Educação, da Resolução CEB/CNE nº 04/99, que institui as

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico, e do Parecer

CEB/CNE nº 16/99, que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de

Nível Técnico; íntegra da Resolução CNE/CEB nº 1/04, que Estabelece Diretrizes Nacionais para a

Organização e a Realização de Estágio de Alunos da Educação Profissional e do Ensino Médio, in-

clusive nas modalidades de Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos, e da legislação

anterior à reforma educacional de 1966 – Lei Federal nº 6.494/77 e do Decreto nº 87.497/82, que a

regulamenta. No primeiro bloco, também são compiladas, na íntegra, leis correlatas, como a Lei do

Aprendiz e a Lei do Voluntariado.

O Bloco II apresenta uma Síntese Diagnóstica do Contexto Regional do Tocantins, cuja finalidade

é a identificação de oportunidades de realização de estágio para os alunos dos Centros de Educação

Profissional e de características dos perfis profissionais relativos aos cursos já oferecidos – Técnico

em Agropecuária e Técnico de Enfermagem. Trata-se, portanto, de estudo do contexto regional para

cada curso oferecido ou a ser implantado. O documento ressalta que a metodologia do diagnóstico

que apresenta é aplicável a outras áreas. São componentes desse estudo: identificação das possi-

bilidades de atuação profissional; identificação de campos de estágio e de trabalho; perfil profissional

e tendências do setor produtivo em que a habilitação profissional estiver inserida. O segundo bloco

destaca ainda destaca que os resultados da pesquisa permitirão a definição do processo de estágio

curricular a ser implantado, seus instrumentos de orientação, acompanhamento e avaliação, com

“entrelaçamento dos ambientes acadêmico e empresarial”.

A Síntese Diagnóstica do Contexto Regional inclui também quadro geral da atividade econômica,

dos investimentos, do emprego e da distribuição da PEA – População Economicamente Ativa do Es-

tado do Tocantins, com base em dados do IBGE e da Paer-TO. Em seguida, apresenta as caracte-

rísticas de oportunidades de trabalho do Técnico em Agropecuária e do Técnico de Enfermagem –

tendências do setor produtivo, vocação regional e atividades profissionais ou campos de atuação

para cada uma dessas habilitações.

No Bloco III, o conceito e a caracterização do estágio são explicitados e é apresentado um rol de

competências gerais (comuns às diferentes áreas) a serem desenvolvidas nas atividades de estágio.

As etapas do processo de definição de Instrumentos de Acompanhamento e Avaliação de Estágios,

um fluxograma do processo de estágio supervisionado, com definição de responsabilidades entre

os elementos ou componentes da estrutura dos Centros, um fluxograma de análise do curso, também

com definição de responsabilidades, bem como as atribuições e responsabilidades da equipe escolar

no acompanhamento e na avaliação do estágio são componentes iniciais deste bloco do documento.

É trabalhado também o Planejamento do Estágio, incluindo a sistemática de elaboração do Plano

de Estágio, do Programa de Estágio de Ação Comunitária e do Programa de Estágio na Escola.

Como núcleo do terceiro bloco são apresentados modelos de instrumentos de acompanhamento,

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Educação Profissional :: Pontos de partida4

controle, orientação e avaliação do estágio. Aspectos específicos

do estágio no curso Técnico de Enfermagem são tratados (caracterização do estágio nessa for-

mação e definição de momentos), bem como é apresentada uma ficha específica de acompanha-

mento e de avaliação do estágio. Um modelo de Registro de Atividades Desenvolvidas nos Estágios

Supervisionados também é apresentado como proposta para os estágios do Técnico de Enferma-

gem. Além disso, especificam-se critérios de avaliação para os estágios deste curso, com evi-

dências relativas aos seguintes aspectos: adequação dos conhecimentos teóricos à prática;

desempenho técnico; criatividade e interesse; organização e economia; ética profissional; relações

interpessoais; responsabilidade e motivação; postura; apresentação pessoal; comunicação oral;

registros de enfermagem. De forma específica para o caso da formação do Técnico de Enfermagem,

é apresentado um modelo de Avaliação e Autoavaliação do Aluno.

Capítulo especial é dedicado à concepção e aos princípios da modalidade Voluntariado, e o do-

cumento inclui um modelo de Termo de Adesão de Voluntário. O documento inclui, também, modelos

de instrumentos jurídicos que envolvem o estágio, a saber: Minuta de Convênio de Concessão de

Estágio Profissionalizante, Termo de Compromisso de Estágio, Portaria Seduc-TO – Dispõe sobre

delegação de competência aos Diretores das Escolas Técnicas do Estado do Tocantins para a ce-

lebração de Convênios, objetivando a concessão de estágio curricular profissionalizante.

O presente documento fundamenta outro, intitulado “Manual do Estágio”, também produzido pelo

governo do estado do Tocantins.

Elizabeth Fadel

Consultora

Page 6: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 5

Sumário

Apresentação ...............................................................................................................4

1. BLOCO I

1.1. Legislação vigente específica de estágio .................................................................9

1.2. Outras modalidades de atuação profissional ..........................................................19

2. BLOCO II

2.1. Síntese diagnóstica do contexto regional ...............................................................23

2.2. Oportunidades de trabalho ..................................................................................26

3. BLOCO III

3.1. Instrumentos de Acompanhamento, Controle, Orientação

e Avaliação do Estágio .......................................................................................35

3.2. Acompanhamento e avaliação do estágio ...............................................................38

3.3. Planejamento do estágio .....................................................................................38

3.4. Instrumentos de acompanhamento do estágio ........................................................46

3.5. Relatório final ...................................................................................................47

3.6. Equivalência de estágio ......................................................................................53

3.7. Carta de encaminhamento de alunos .....................................................................54

3.8. Prontuário do aluno-estagiário .............................................................................55

3.9. Acompanhamento para o curso técnico em enfermagem ...........................................55

3.10. Outras modalidades de atuação profissional ..........................................................62

3.11. Instrumentos jurídicos ......................................................................................64

Page 7: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 7

Apresentação

Este documento apresenta o resultado do trabalho desenvolvido pela Equipe Gestora da

Educação Profissional da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Tocantins.

O conteúdo está organizado em três blocos, a saber:

Bloco I – Legislação pertinente às questões de estágio e outras modalidades de práticas

profissionais

Apresentação da legislação vigente pertinente às questões de estágio curricular, assim como

outras leis que estabelecem uma interface importante com a atuação profissional dos técnicos de

nível médio (Lei do Aprendiz e Lei do Voluntariado).

Bloco II – Estudo do contexto regional com base nos cursos oferecidos

Apresentação do contexto regional de forma sintética e analítica, com base em indicadores

socioeconômicos obtidos de dados secundários que, somados aos resultados das pesquisas de

campo, permitem a construção de um quadro de referência da situação atual do estado do Tocantins.

Este quadro de referência configurar-se-á num lastro consistente para identificação dos diversos

âmbitos físicos de atuação profissional e de efetivas oportunidades de realização de estágio para

os alunos dos Centros de Educação Profissional, caracterizando o perfil do profissional almejado

pelo mundo do trabalho contemporâneo e sinalizando, ainda, a tendência futura do setor e de seus

diversos segmentos.

O foco deste estudo esteve voltado para as áreas de agropecuária e de saúde, tendo em vista

os dois cursos técnicos em funcionamento nos municípios de Natividade (Técnico em Agropecuária/

Agricultura) e de Araguaína (Técnico em Enfermagem). Apesar disso, a metodologia ora adotada

poderá ser analogamente aplicada a outras áreas, atendendo a estudos que se fizerem necessários

por causa da implantação de novos cursos técnicos em diferentes municípios e regiões do estado.

Para cada curso oferecido ou a ser implantado em determinado município, um estudo do contexto

regional deverá ser realizado, para identificação das possibilidades de atuação profissional, dos

campos de estágio e trabalho, do perfil do profissional e das tendências do setor produtivo em que

a habilitação profissional estiver inserida.

As informações e os dados necessários para fundamentar o planejamento político-pedagógico

dos Centros de Educação Profissional e o Plano de Estágio a ser implementado em cada escola

poderão ser obtidos por meio da internet, em sites do IBGE, Seade, ministérios, secretárias do

Estado, associações de classe, conselhos regionais etc. Tais pesquisas, quando somadas aos

resultados obtidos em campo, permitirão a definição do processo de estágio curricular a ser implan-

tado e os respectivos instrumentos de orientação, acompanhamento e avaliação, potencializando

os resultados obtidos do entrelaçamento dos ambientes acadêmico e empresarial.

Page 8: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida8

Bloco III – Instrumentos de acompanhamento, controle, orientação e avaliação do estágio

A definição de instrumentos de acompanhamento, controle, orientação e avaliação de estágio é

fundamental na geração de informações e conhecimentos norteadores na tomada de decisão,

aumentando a eficácia, a qualidade e a eficiência do processo. Consiste em formular perguntas

precisas a respeito de um ou mais aspectos do processo, podendo estar associadas às diferentes

etapas, sejam elas o encaminhamento, o acompanhamento, o controle, a orientação ou a avaliação

do estágio.

Page 9: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 9

1.BLOCO I1.1. Legislação vigente específica de estágio

Transcrevem-se neste bloco trechos de textos legais, extraídos de documentos elaborados para

a reforma da educação brasileira, a partir de 1996.

LEI FEDERAL Nº 9.394 de 20/12/1996

Estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional.....................................................................................................................................

Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos estágios dos alunos

regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição.

Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não estabelece vínculo empre-

gatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio, devendo estar segurado contra acidentes

pessoais e ter a cobertura previdenciária prevista na legislação específica.

RESOLUÇÃO CEB/CNE Nº 4, DE DEZEMBRO DE 1999

Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.....................................................................................................................................

Art. 9º A prática constitui e organiza a educação profissional e inclui, quando necessário, o estágio

supervisionado realizado em empresas e outras instituições.

§ 1º A prática profissional será incluída nas cargas horárias mínimas de cada habilitação.

§ 2º A carga horária destinada ao estágio supervisionado deverá ser acrescida ao mínimo esta-

belecido para o respectivo curso.

§ 3º A carga horária e o plano de realização do estágio supervisionado, necessário em função da

natureza de qualificação ou habilitação profissional, deverão ser explicitados na organização curri-

cular constante do plano de curso.

PARECER CEB/CNE Nº 16/99, APROVADO EM 5/10/1999

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico.

Outro aspecto que deve ser destacado para o planejamento curricular é o da prática. Na educação

profissional, embora óbvio, deve ser repetido que não há dissociação entre teoria e prática. O ensino

deve contextualizar competências, visando, significativamente, à ação profissional. Daí que a prática

se configura não como situações ou momentos distintos do curso, mas como uma metodologia de

ensino que contextualiza e põe em ação o aprendizado.

Page 10: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Nesse sentido, a prática profissional supõe o desenvolvimento, ao longo de todo o curso, de ati-

vidades, tais como: estudos de caso, conhecimento de mercado e das empresas, pesquisas indivi-

duais e em equipe, projetos, estágios e exercício profissional efetivo.

A prática profissional constitui e organiza o currículo, devendo ser a ele incorporada no plano de

curso. Inclui, quando necessário, o estágio supervisionado realizado em empresas e outras institui-

ções. Assim, as situações ou modalidades e o tempo de prática profissional deverão ser previstos e

incluídos pela escola na organização curricular e, exceto no caso do estágio supervisionado, na

carga horária mínima do curso. A duração do estágio supervisionado deverá ser acrescida ao mínimo

estabelecido para o curso.

(*) CNE. Resolução CNE/CEB nº 1/2004, publicada no Diário Oficial da União, de 4 de fevereiro

de 2004, Seção 1, p. 21.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

CÂMARA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 1, DE 21 DE JANEIRO DE 2004

Estabelece Diretrizes Nacionais para a organização e a realização de estágio de alunos da Edu-cação Profissional e do Ensino Médio, inclusive nas modalidades de Educação Especial e de Edu-cação de Jovens e Adultos.

O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, no uso de

suas atribuições legais, e de conformidade com o disposto na alínea “c” do § 1º do art. 9º da Lei nº

4.024/61, com a redação dada pela Lei nº 9.131/95, e no art. 82 e seu parágrafo único, bem como

nos arts. 90, 8º, § 1º e 9º, § 1º da Lei nº 9.394/96, e com fundamento no Parecer CNE/CEB nº

35/2003, de 05/11/2003, homologado pelo Senhor Ministro da Educação em 19/01/2004, resolve:

Art. 1º A presente Resolução, em atendimento ao prescrito no art. 82 da LDB, define diretrizes

para a organização e a realização de estágio de alunos da educação profissional e do ensino médio,

inclusive nas modalidades de educação especial e de educação de jovens e adultos.

§ 1º Para os efeitos desta Resolução, entende-se que toda e qualquer atividade de estágio será

sempre curricular e supervisionada, assumida intencionalmente pela instituição de ensino, configu-

rando-se como um ato educativo.

§ 2º Os estagiários deverão ser alunos regularmente matriculados em instituições de ensino e

devem estar frequentando curso compatível com a modalidade de estágio a que estejam vincula-

dos.

§ 3º O estágio referente a programas de qualificação profissional, com carga horária mínima de

150 horas, pode ser incluído no respectivo plano de curso da instituição de ensino, em consonância

com o correspondente perfil profissional de conclusão definido com identidade própria, devendo o

plano de curso em questão explicitar a carga horária máxima do estágio profissional supervisionado.

Art. 2º O estágio, como procedimento didático-pedagógico e ato educativo, é essencialmente uma

atividade curricular de competência da instituição de ensino, que deve integrar a proposta pedagó-

Educação Profissional :: Pontos de partida10

Page 11: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

gica da escola e os instrumentos de planejamento curricular do curso, devendo ser planejado, exe-

cutado e avaliado em conformidade com os objetivos propostos.

§ 1º A concepção do estágio como atividade curricular e ato educativo intencional da escola im-

plica a necessária orientação e supervisão do mesmo por parte do estabelecimento de ensino, por

profissional especialmente designado, respeitando-se a proporção exigida entre estagiários e orien-

tador, em decorrência da natureza da ocupação.

§ 2º Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis, das características

regionais e locais, bem como das exigências profissionais, estabelecer os critérios e os parâmetros

para o atendimento do disposto no parágrafo anterior.

§ 3º O estágio deve ser realizado ao longo do curso, permeando o desenvolvimento dos diversos

componentes curriculares e não deve ser etapa desvinculada do currículo.

§ 4º Observado o prazo-limite de cinco anos para a conclusão do curso de educação profissional

de nível técnico, em caráter excepcional, quando comprovada a necessidade de realização do es-

tágio obrigatório em etapa posterior aos demais componentes curriculares do curso, o aluno deve

estar matriculado e a escola deve orientar e supervisionar o respectivo estágio, o qual deverá ser

devidamente registrado.

Art. 3º As Instituições de Ensino, nos termos dos seus projetos pedagógicos, zelarão para que os

estágios sejam realizados em locais que tenham efetivas condições de proporcionar aos alunos es-

tagiários experiências profissionais, ou de desenvolvimento sociocultural ou científico, pela partici-

pação em situações reais de vida e de trabalho no seu meio.

§ 1º Serão de responsabilidade das instituições de ensino a orientação e o preparo de seus alunos

para que os mesmos apresentem condições mínimas de competência pessoal, social e profissional,

que lhes permitam a obtenção de resultados positivos desse ato educativo.

§ 2º Os estagiários com deficiência terão o direito a serviços de apoio de profissionais da educa-

ção especial e de profissionais da área objeto do estágio.

Art. 4º As instituições de ensino e as organizações concedentes de estágio poderão contar com

os serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas

em instrumento jurídico apropriado.

Parágrafo único. Os agentes de integração poderão responder por incumbências tais como:

a) identificar oportunidades de estágio e apresentá-las aos estabelecimentos de ensino;

b) facilitar o ajuste das condições do estágio a constar de instrumento jurídico próprio e específico;

c) prestar serviços administrativos, tais como cadastramento de estudantes e de campos e opor-

tunidades de estágio;

d) tomar providências relativas à execução do pagamento da bolsa de estágio, quando o mesmo

for caracterizado como estágio remunerado;

e) tomar providências pertinentes em relação ao seguro a favor do aluno estagiário contra aci-

dentes pessoais ou de responsabilidade civil por danos contra terceiros;

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 11

Page 12: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

f) co-participar, com o estabelecimento de ensino, do esforço de captação de recursos para via-

bilizar o estágio;

g) cuidar da compatibilidade das competências da pessoa com necessidades educacionais es-

peciais às exigências da função objeto do estágio.

Art. 5º São modalidades de estágio curricular supervisionado, a serem incluídas no projeto peda-

gógico da instituição de ensino e no planejamento curricular do curso, como ato educativo:

I – estágio profissional obrigatório, em função das exigências decorrentes da própria natureza da

habilitação ou qualificação profissional, planejado, executado e avaliado à luz do perfil profissional

de conclusão do curso;

II – estágio profissional não obrigatório, mas incluído no respectivo plano de curso, o que o torna

obrigatório para os seus alunos, mantendo coerência com o perfil profissional de conclusão do curso;

III – estágio sociocultural ou de iniciação cientifica, previsto na proposta pedagógica da escola

como forma de contextualização do currículo, em termos de educação para o trabalho e a cidadania,

o que o torna obrigatório para os seus alunos, assumindo a forma de atividade de extensão;

IV – estágio profissional, sociocultural ou de iniciação científica, não incluído no planejamento da

instituição de ensino, não obrigatório, mas assumido intencionalmente pela mesma, a partir de de-

manda de seus alunos ou de organizações de sua comunidade, objetivando o desenvolvimento de

competências para a vida cidadã e para o trabalho produtivo;

V – estágio civil, caracterizado pela participação do aluno, em decorrência de ato educativo as-

sumido intencionalmente pela instituição de ensino, em empreendimentos ou projetos de interesse

social ou cultural da comunidade; ou em projetos de prestação de serviço civil, em sistemas esta-

duais ou municipais de defesa civil; ou prestação de serviços voluntários de relevante caráter social,

desenvolvido pelas equipes escolares, nos termos do respectivo projeto pedagógico.

§ 1º Mesmo quando a atividade de estágio, assumido intencionalmente pela escola como ato

educativo, for de livre escolha do aluno, deve ser devidamente registrada no seu prontuário.

§ 2º A modalidade de estágio civil somente poderá ser exercida junto a atividades ou programas

de natureza pública ou sem fins lucrativos.

§ 3º As modalidades específicas de estágio profissional supervisionado somente serão admitidas

quando vinculadas a um curso específico de educação profissional, nos níveis básico, técnico e tec-

nológico, ou de ensino médio, com orientação e ênfase profissionalizantes.

Art. 6º A instituição de ensino e, eventualmente, seu agente de integração deverão esclarecer a

organização concedente de estágio sobre a parceria educacional a ser celebrada e as responsabi-

lidades a ela inerentes.

§ 1º O termo de parceria a ser celebrado entre a Instituição de Ensino e a organização concedente

de estágio, objetivando o melhor aproveitamento das atividades socioprofissionais que caracterizam

o estágio, deverá conter as orientações necessárias a serem assumidas pelo estagiário ao longo do

período de vivência educativa proporcionada pela empresa ou organização.

§ 2º Para a efetivação do estágio, far-se-á necessário termo de compromisso firmado entre o

aluno e a parte concedente de estágio, com a interveniência obrigatória da Instituição de Ensino e

facultativa do agente de integração.

Educação Profissional :: Pontos de partida12

Page 13: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

§ 3º O estágio realizado na própria instituição de ensino ou sob a forma de ação comunitária ou

de serviço voluntário fica isento da celebração de termo de compromisso, podendo o mesmo ser substituído

por termo de adesão de voluntário, conforme previsto no art. 2º da Lei 9.608/98, de 18/02/1998.

§ 4º O estágio, ainda que remunerado, não gera vínculo empregatício de qualquer natureza, res-

salvado o disposto sobre a matéria na legislação previdenciária.

§ 5º A realização de estágio não remunerado representa situação de mútua responsabilidade e

contribuição no processo educativo e de profissionalização, não devendo nenhuma das partes onerar

a outra financeiramente, como condição para a operacionalização do estágio.

§ 6º A realização do estágio, remunerado ou não, obriga a instituição de ensino ou a administração

das respectivas redes de ensino a providenciar, a favor do aluno estagiário, seguro contra acidentes

pessoais, bem como, conforme o caso, seguro de responsabilidade civil por danos contra terceiros.

§ 7º O seguro contra acidentes pessoais e o seguro de responsabilidade civil por danos contra

terceiros, mencionados no parágrafo anterior, poderão ser contratados pela organização concedente

do estágio, diretamente ou por meio da atuação conjunta com agentes de integração.

§ 8º O valor das apólices de seguro retro mencionadas deverá se basear em valores de mercado,

sendo as mesmas consideradas nulas quando apresentarem valores meramente simbólicos.

Art. 7º A carga horária, duração e jornada do estágio, a serem cumpridas pelo estagiário, devem

ser compatíveis com a jornada escolar do aluno, definidas de comum acordo entre a instituição de

ensino, a parte concedente de estágio e o estagiário ou seu representante legal, de forma a não

prejudicar suas atividades escolares, respeitada a legislação em vigor.

§ 1º A carga horária do estágio profissional supervisionado não poderá exceder a jornada diária

de seis horas, perfazendo 30 horas semanais.

§ 2º A carga horária do estágio supervisionado de aluno do ensino médio, de natureza não-

profissional, não poderá exceder a jornada diária de quatro horas, perfazendo o total de 20 horas

semanais.

§ 3º O estágio profissional supervisionado referente a cursos que utilizam períodos alternados

em salas de aula e nos campos de estágio não pode exceder a jornada semanal de 40 horas, ajus-

tadas de acordo com o termo de compromisso celebrado entre as partes.

§ 4º A carga horária destinada ao estágio será acrescida aos mínimos exigidos para os respectivos

cursos e deverá ser devidamente registrada nos históricos e demais documentos escolares dos alunos.

§ 5º Somente poderão realizar estágio supervisionado os alunos que tiverem, no mínimo, 16 anos

completos na data de início do estágio.

Art. 8º Os estágios supervisionados que apresentem duração prevista igual ou superior a um ano

deverão contemplar a existência de período de recesso, proporcional ao tempo de atividade, prefe-

rencialmente concedido juntamente com as férias escolares.

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 13

Page 14: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Art. 9º A presente normatização sobre estágio, em especial no que se refere ao estágio profissio-

nal, não se aplica ao menor aprendiz, sujeito à formação profissional metódica do ofício em que

exerça seu trabalho vinculado à empresa por contrato de aprendizagem, nos termos da legislação

trabalhista em vigor.

Parágrafo único. A presente normatização não se aplica, também, a programas especiais desti-

nados à obtenção de primeiro emprego ou similares.

Art. 10. Para quaisquer modalidades de estágio, a instituição de ensino será obrigada a designar,

dentre sua equipe de trabalho, um ou mais profissionais responsáveis pela orientação e supervisão

dos estágios.

Parágrafo único. Compete a esses profissionais, além da articulação com as organizações nas

quais os estágios se realizarão, assegurar sua integração com os demais componentes curriculares

de cada curso.

Art. 11. As instituições de ensino, nos termos de seus projetos pedagógicos, poderão, no caso de

estágio profissional obrigatório, possibilitar que o aluno trabalhador que comprovar exercer funções

correspondentes às competências profissionais a serem desenvolvidas, à luz do perfil profissional

de conclusão do curso, possa ser dispensado, em parte, das atividades de estágio, mediante ava-

liação da escola.

§ 1º A Instituição de Ensino deverá registrar, nos prontuários escolares do aluno, o cômputo do

tempo de trabalho aceito parcial ou totalmente como atividade de estágio.

§ 2º No caso de alunos que trabalhem fora da área profissional do curso, a instituição de ensino

deverá fazer gestão junto aos empregadores no sentido de que estes possam ser liberados de horas

de trabalho para a efetivação do estágio profissional obrigatório.

Art. 12. A instituição de ensino deverá planejar, de forma integrada, as práticas profissionais si-

muladas, desenvolvidas em sala-ambiente, em situação de laboratório, e as atividades de estágio

profissional supervisionado, as quais deverão ser consideradas em seu conjunto, no seu projeto pe-

dagógico, sem que uma simplesmente substitua a outra.

§ 1º A atividade de prática profissional simulada, desenvolvida na própria instituição de ensino,

com o apoio de diferentes recursos tecnológicos, em laboratórios ou salas-ambiente, integra os mí-

nimos de carga horária previstos para o curso na respectiva área profissional e compõe-se com a

atividade de estágio profissional supervisionado, realizado em situação real de trabalho, devendo

uma complementar a outra.

§ 2º A atividade de prática profissional realizada em situação real de trabalho, sob a forma de es-

tágio profissional supervisionado, deve ter sua carga horária acrescida aos mínimos estabelecidos

para o curso na correspondente área profissional, nos termos definidos pelo respectivo sistema de

ensino.

Educação Profissional :: Pontos de partida14

Page 15: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 15

Art. 13. O estágio profissional supervisionado, correspondente à prática de formação, no curso

normal de nível médio, integra o currículo do referido curso e sua carga horária será computada

dentro dos mínimos exigidos, nos termos da legislação específica e das normas vigentes.

Art. 14. Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, após a homologação do Parecer

CNE/CEB nº 35/2003 pelo Senhor Ministro da Educação, revogadas as disposições em contrário.

Francisco Aparecido CordãoPresidente da Câmara de Educação Básica

Legislação anterior à reforma educacional de 1996.

LEI FEDERAL Nº 6.494 DE 7 DE DEZEMBRO DE 1977(*)

Dispõe sobre os estágios de estudantes de estabelecimentos de Ensino Superior e de EnsinoProfissionalizante do 2º Grau e Supletivo, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

a seguinte Lei:

Art. 1º As pessoas jurídicas de direito privado, os órgãos da administração pública e as instituições

de ensino podem aceitar, como estagiários, alunos regularmente matriculados e que venham fre-

qüentando, efetivamente, cursos vinculados à estrutura do ensino público e particular, nos níveis

superior, profissionalizantes de 2º grau e Supletivo.

§ 1º O estágio somente poderá verificar-se em unidades que tenham condições de proporcionar

experiência prática na linha de formação, devendo, o estudante, para esse fim, estar em condições

de estagiar, segundo disposto na regulamentação da presente lei.

§ 2º Os estágios devem propiciar a complementação do ensino e da aprendizagem a serem pla-

nejados, executados, acompanhados e avaliados em conformidade com os currículos, programas e

calendários escolares, a fim de constituírem em instrumentos de integração, em termos de treina-

mento prático, de aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano.

Art. 2º O estágio, independentemente do aspecto profissionalizante, direto e específico, poderá

assumir a forma de atividade de extensão, mediante a participação do estudante em empreendi-

mentos ou projetos de interesse social.

Art. 3º A realização do estágio dar-se-á mediante termo de compromisso celebrado entre o estu-

dante e a parte concedente, com interveniência obrigatória da instituição de ensino.

§ 1º Os estágios curriculares serão desenvolvidos de acordo com o disposto no § 2º do art. 1º

desta lei.

§ 2º Os estágios realizados sob a forma de ação comunitária estão isentos de celebração de

termo de compromisso.

Page 16: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida16

Art. 4º O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza e o estagiário poderá receber

bolsa, ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, ressalvando o que dispuser a

legislação previdenciária, devendo o estudante, em qualquer hipótese, estar segurado contra aci-

dentes pessoais.

Art. 5º A jornada de atividade em estágio, a ser cumprida pelo estudante, deverá compatibilizar-

se com o seu horário escolar e com o horário da parte em que venha a ocorrer o estágio.

Parágrafo único. Nos períodos de férias escolares, a jornada de estágio será estabelecida de

comum acordo entre o estagiário e a parte concedente do estágio, sempre com a interferência da

instituição de ensino.

Art. 6º O Poder Executivo regulamentará a presente lei no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 7º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 7 de dezembro de 1977

ERNESTO GEISEL

Ney Braga

(*) ATENÇÃO: A Lei Federal nº 6.494/77 continua em vigor naquilo que não contraria a LDB e le-

gislação complementar.

DECRETO Nº 87.497, DE 18 DE AGOSTO DE 1982

Regulamenta a Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977, que dispõe sobre o estágio de estudan-tes de Estabelecimentos de Ensino Superior e de 2º Grau Regular e Supletivo, nos limites que es-pecifica, e dá outras providências.

O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 81, item III, da Consti-

tuição,

Decreta:

Art. 1º O estágio curricular de estudantes regularmente matriculados e com freqüência efetiva

nos cursos vinculados ao ensino oficial e particular, em nível superior e de 2º grau regular e supletivo,

obedecerá às presentes normas.

Art. 2º Considera-se estágio curricular, para os efeitos deste decreto, as atividades de aprendi-

zagem social, profissional e cultural, proporcionadas ao estudante pela participação em situações

reais de vida e trabalho de seu meio, sendo realizadas na comunidade em geral ou junto a pessoas

jurídicas de direito público ou privado, sob responsabilidade e coordenação da instituição de ensino.

Page 17: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 17

Art. 3º O estágio curricular, como procedimento didático-pedagógico, é atividade de competência

da instituição de ensino a quem cabe a decisão sobre a matéria, e dele participam pessoas jurídicas

de direito público e privado, oferecendo oportunidade e campos de estágio, outras formas de ajuda,

e colaborando no processo educativo.

Art. 4º As instituições de ensino regularão a matéria contida neste decreto e disporão sobre:

inserção do estágio curricular na programação didático-pedagógica;

carga horária, duração e jornada de estágio curricular, que não poderá ser inferior a um semestre

letivo;

condições imprescindíveis para caracterização e definição dos campos de estágios curriculares,

referidas nos §§ 1º e 2º do art. 1º da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro de 1977;

sistemática de organização, orientação, supervisão e avaliação do estágio curricular.

Art. 5º Para caracterização e definição do estágio curricular, é necessária, entre a instituição de

ensino e pessoas jurídicas de direito público e privado, a existência de instrumento jurídico, periodi-

camente reexaminado, onde estarão acordadas todas as condições de realização daquele estágio,

inclusive transferência de recursos à instituição de ensino, quando for o caso.

Art. 6º A realização do estágio curricular, por parte do estudante, não acarretará vínculo empre-

gatício de qualquer natureza.

§ 1º O termo de compromisso será celebrado entre o estudante e a parte concedente da oportu-

nidade do estágio curricular, com a interveniência da instituição de ensino, e constituirá comprovante

exigível pela autoridade competente, da inexistência de vínculo empregatício.

§ 2º O termo de compromisso de que trata o parágrafo anterior deverá mencionar necessaria-

mente o instrumento jurídico a que se vincula, nos termos do art. 5º.

§ 3º Quando o estágio curricular não se verificar em qualquer atividade pública e privada, inclusive

como prevê o § 2º do art. 3º da Lei nº 6.494/77, não ocorrerá a celebração do termo de compro-

misso.

Art. 7º A instituição de ensino poderá recorrer aos serviços de agentes de integração públicos e

privados, entre o sistema de ensino e os setores de produção, serviços, comunidade e governo, me-

diante condições acordadas em instrumento jurídico adequado.

Parágrafo único. Os agentes de integração mencionados neste artigo atuarão com a finalidade de:

identificar para a instituição de ensino as oportunidades de estágios curriculares junto a pessoas

jurídicas de direito público e privado;

facilitar o ajuste das condições curriculares, a constarem do instrumento jurídico mencionado no

art. 5º;

prestar serviços administrativos de cadastramento de estudantes, campos e oportunidades de

estágios curriculares, bem como de execução do pagamento de bolsas, e outros solicitados pela

instituição de ensino;

co-participar, com a instituição de ensino, no esforço de captação de recursos para viabilizar es-

tágios curriculares.

Page 18: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida18

Art. 8º A instituição de ensino, diretamente ou por meio de atuação conjunta com agentes de in-

tegração, referidos no caput do artigo anterior, providenciará seguro de acidentes pessoais em favor

do estudante.

Art. 9º O disposto neste decreto não se aplica ao menor aprendiz, sujeito à formação metódica

do ofício em que se exerça seu trabalho e vinculado à empresa por contrato de aprendizagem, nos

termos da legislação trabalhista.

Art. 10. Em nenhuma hipótese poderá ser cobrada ao estudante qualquer taxa adicional referente

às providências administrativas para a obtenção e realização do estágio curricular.

Art. 11. As disposições deste decreto aplicam-se aos estudantes estrangeiros, regularmente ma-

triculados em instituições de ensino oficial ou reconhecidas.

Art. 12. No prazo máximo de 4 (quatro) semestres letivos, a contar do primeiro semestre posterior

à data da publicação deste decreto, deverão estar ajustadas às presentes normas todas as situações

hoje ocorrentes, com base em legislação anterior.

Parágrafo único. Dentro do prazo mencionado neste artigo, o Ministério da Educação e Cultura

– MEC, promoverá a articulação de instituições de ensino, agentes de integração e outros Ministérios,

com visitas à implementação das disposições previstas neste decreto.

Art. 13. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogados o Decreto nº 66.546,

de 11 de maio de 1970, e o Decreto nº 75.778, de 26 de maio de 1975, bem como as disposições

gerais e especiais que regulem em contrário ou de forma diversa à matéria.

Brasília, 18 de agosto de 1982; 161º da Independência e 94º da República.

JOÃO FIGUEIREDO

Ruben Ludwig

(*) ATENÇÃO: O Decreto nº 87.497/82 continua em vigor naquilo que não contraria a LDB e le-

gislação complementar.

Page 19: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 19

1.2. Outras modalidades de atuação profissional:

Aluno Aprendiz

Aluno Voluntário

LEI DO APRENDIZ

Facilitar o ingresso do adolescente e do jovem nomundo do trabalho, como meio de transformara sua realidade pessoal e social.

A Lei Federal nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000, altera a CLT, renovando o instituto

legal da aprendizagem profissional

Justificação

O momento atual não se apresenta de forma animadora para os jovens que buscam uma opor-

tunidade de trabalho. O problema torna-se mais visível a partir do final da década de 1980, quando

as pesquisas apontavam 4,5 milhões de desempregados no país. Os números crescentes agravaram

a situação, contabilizando, em 1999, 7,6 milhões, 50% destes com idade inferior a 24 anos (IBGE – 1999).

O Brasil tem hoje mais de 26 milhões de adolescentes com idade entre 10 e 17 anos, que repre-

sentam 15,9% da população brasileira. O problema do desemprego entre os jovens configura-se

um círculo vicioso, que impossibilita a conquista do primeiro emprego devido à falta de experiência.

Por outro lado, a falta de emprego impossibilita a aquisição de experiência.

Objetivo

Oferecer ao jovem formação técnico-profissional, caracterizada pela alternância entre teoria e

prática.

Público-alvo

Este dispositivo legal destina-se a atender adolescentes de 14 a 18 anos incompletos, que este-

jam matriculados em cursos de qualificação profissional ou educação profissional de nível médio.

LEI FEDERAL Nº 10.097, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº5.452, de 1º de maio de 1943.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

a seguinte Lei:

Page 20: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida20

Art. 1º Os arts. 402, 403, 428, 429, 430, 431, 432 e 433 da Consolidação das Leis do Trabalho –

CLT, aprovada pelo Decreto Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, passam a vigorar com a seguinte

redação:

“Art. 402. Considera-se menor para os efeitos desta Consolidação o trabalhador de ca-torze até dezoito anos.” (NR)

“Art. 403. É proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na condição

de aprendiz, a partir dos quatorze anos.” (NR)

“Parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais prejudiciais à sua for-

mação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e locais que não per-

mitam a freqüência à escola.” (NR)

“a) revogada;”

“b) revogada.”

“Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por

prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor

de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica,

compatível com seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo

e diligência, as tarefas necessárias a essa formação.” (NR)

“§ 1º A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na carteira de Trabalho e Pre-

vidência Social, matrícula e freqüência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fun-

damental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade

qualificada em formação técnico-profissional metódica.” (AC)

“§ 2º Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo-hora.” (AC)

“§ 3º O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos.” (AC)

“§ 4º A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por ati-

vidades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva

desenvolvidas em ambiente de trabalho.” (AC)

“Art. 429. Os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular em

cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a cinco por

cento, no mínimo, e quinze por cento, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabele-

cimento, cujas funções demandem formação profissional.” (NR)

“a) revogada;”

“b) revogada.”

“§ 1º O limite fixado neste artigo não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucra-

tivos, que tenha por objeto a educação profissional.” (AC)

“§ 2º O As frações de unidade no cálculo da percentagem de que trata o caput, darão lugar à ad-

missão de um aprendiz.” (NR)

Page 21: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 21

“Art. 430. Na hipótese de os Serviços Nacionais de Aprendizagem não oferecerem cursos ou

vagas suficientes para atender à demanda dos estabelecimentos, esta poderá ser suprida por outras

entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica, a saber.” (NR)

“I – Escolas Técnicas de Educação.” (AC)

“II – entidades sem fins lucrativos, que tenham por objetivo a assistência ao adolescente e

à educação profissional, registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.”

(AC)

“§ 1º As entidades mencionadas neste artigo deverão contar com estrutura adequada ao desen-

volvimento dos programas de aprendizagem, de forma a manter a qualidade do processo de ensino,

bem como acompanhar e avaliar os resultados.” (AC)

“§ 2º Aos aprendizes que concluírem os cursos de aprendizagem, com aproveitamento, será con-

cedido certificado de qualificação profissional.” (AC)

“§ 3º O Ministério do Trabalho e Emprego fixará normas para avaliação da competência das en-

tidades mencionadas no inciso II deste artigo.” (AC)

“Art. 431. A contratação do aprendiz poderá ser efetivada pela empresa onde se realizará a apren-

dizagem ou pelas entidades mencionadas no inciso II do art. 430, caso em que não gera vínculo de

emprego com a empresa tomadora dos serviços.” (NR)

“a) revogada;”

“b) revogada;”

“c) revogada.”

“Parágrafo único. (Vetado)”

“Art. 432. A duração do trabalho do aprendiz não excederá de seis horas diárias, sendo vedadas

a prorrogação e a compensação de jornada.” (NR)

“§ 1º O limite previsto neste artigo poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já

tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à apren-

dizagem teórica.” (NR)

“§ 2º Revogado.”

“Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz com-

pletar dezoito anos, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses:” (NR)

“a) revogada;”

“b) revogada.”

“I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz;” (AC)

“II – falta disciplinar grave;” (AC)

“III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou” (AC)

“IV – a pedido do aprendiz.” (AC)

“Parágrafo único. Revogado.”

“§ 2º Não se aplica o disposto nos artigos. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção

Page 22: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida22

do contrato mencionadas neste artigo.” (AC)

Art. 2º O art. 15 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 7º:

“§ 7º Os contratos de aprendizagem terão alíquota a que se refere o caput deste artigo reduzida

para dois por cento.” (AC)

Art. 3º São revogados o art. 80, o § 1º do art. 405, os arts. 436 e 437 da Consolidação das Leis

do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Francisco Dornelles

LEI DO VOLUNTARIADO

Lei Federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998,dispõe sobre o serviço voluntário, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono

a seguinte Lei:

Art. 1º Considera-se serviço voluntário, para fins desta lei, a atividade não remunerada, prestada

por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não-lucrati-

vos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência

social, inclusive mutualidade.

Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigações de natureza

trabalhista, previdenciária ou afim.

Art. 2º O serviço voluntário será executado mediante a celebração de termo de adesão entre a

entidade pública ou privada e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as

condições do seu exercício.

Art. 3º O prestador de serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovada-

mente realizar nas atividades voluntárias desempenhadas.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Page 23: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 23

2.BLOCO II2.1. Síntese diagnóstica do contexto regional

Vocação regional – Estado do Tocantins

A economia do estado está vinculada ao setor agropecuário, principalmente à pecuária. Na agri-

cultura, sobressaem-se a cultura de grãos e a fruticultura, esta ainda incipiente, enquanto a pecuária

engloba basicamente gado de corte e suínos. O Tocantins tem boa localização: é próximo ao Nor-

deste, região populosa e com água insuficiente para produzir alimentos, o que lhe garante mercado

para seus principais produtos (grãos e carne).

O estado não possui uma indústria expressiva atualmente, podendo-se dizer que o Tocan-

tins é um estado em construção. Apesar disso, é possível identificar tendências do mercado de tra-

balho futuro, analisando-se a previsão de investimentos a serem feitos até 2005 (Tabela 1).

AGROPECUÁRIA – BASE DA ECONOMIA TOCANTINENSE

A grande disponibilidade de terras de baixo custo e os programas de incentivos fiscais dão origem

a condições vantajosas para a implantação de projetos voltados a promover a integração da atividade

agropecuária à indústria, tais como:

• Fundo Constitucional do Norte (FNO);

• Fundo de Investimento da Amazônia (Finam);

• Linhas operadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES);

• Programa de Incentivos ao Desenvolvimento Econômico do Estado do Tocantins (Prosperar);

• Distritos Industriais;

• Zona de Processamento de Exportação (ZPE).

TABELA 1 – PREVISÃO DE INVESTIMENTOS

ESTADO DO TOCANTINS 1998-2005

Ramos de Atividade Valor (US$ milhões) %

Total 2.654,80 100,00

Alimentos 134,00 5,05

Madeira, Móveis e Papel 100,00 3,77

Transporte e

Armazenagem

499,20 18,80

Distribuição de Veículos e

Peças

23,00 0,87

Autopeças e Material de

Transporte

9,00 0,34

Serviços Públicos 1.889,60 71,18

Fonte: Balanço Anual da Gazeta Mercantil – Tocantins, 1999

Page 24: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida24

A ZPE está estruturada na cidade de Araguaína, no norte do estado, com oferta de infraestrutura

e vantagens fiscais especiais aos investidores.

O Prosperar tem como objetivo o apoio técnico e financeiro a atividades econômicas que promo-

vam o desenvolvimento agropecuário, industrial, comercial e turístico, mediante empréstimos e fi-

nanciamentos.

Por meio de incentivos do governo do estado do Tocantins, estão sendo implantadas oito agroin-

dústrias em pontos definidos estrategicamente:

• Palmas – indústria de processamento de pescado;

• Miracema, Natividade e Figueirópolis – indústria de processamento de frutos tropicais (doces e

sucos);

• Araguatins e Tocantinópolis – derivados de tomate e goiaba;

• Araguaína – tomate e milho em conserva;

• Xambioá – peixes, especialmente o matrinxã.

EMPREGO

As atividades econômicas que mais empregam no estado do Tocantins são:

• prestação de serviços – 80 mil postos de trabalho;

• serviços sociais e comércio de mercadorias – 47 mil postos de trabalho;

• administração pública – 41 mil postos de trabalho;

• indústria da construção civil – 29 mil postos de trabalho.

DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA

A distribuição da população economicamente ativa, segundo os ramos de atividade, apresenta-

se da seguinte maneira:

• administração pública: 80,4% do pessoal ocupado na região de Palmas (segmento de maior con-

centração na região da capital);

• serviços industriais de utilidade pública: 57,2% do pessoal ocupado na região de Palmas;

• serviços médicos, odontológicos e veterinários: 54,9% do pessoal ocupado na região de Palmas.

A distribuição do emprego formal segundo a mesorregião, por sua vez, apresenta-se equilibrada,

ou seja:

Mesorregião Ocidental do Tocantins – concentra as atividades da indústria de transformação, co-

mércio, serviços e agropecuária. Possui 67% dos estabelecimentos do estado e 40% do pessoal

ocupado.

Mesorregião Oriental do Tocantins – concentra as atividades de extração mineral, serviços indus-

triais de utilidade pública, construção civil e administração pública. Possui 33% dos estabelecimentos

do estado e 60% do pessoal ocupado.

Page 25: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 25

A distribuição do emprego formal por município pode ser verificada na Tabela 2.

Divisão Administrativa do Estado do Tocantins – 2000

Fonte: IBGE

TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO DE EMPREGO FORMAL POR MUNICÍPIO

MUNICÍPIO PESSOAL OCUPADO CONCENTRAÇÃO DE

ESTABELECIMENTOS

Palmas 94% 73,5%

Araguaína 22,6% do pessoal

ocupado do interior do

estado

24%

Gurupi 20,1% do pessoal

ocupado do interior do

estado

19%

Paraíso do Tocantins 9,5% do pessoal

ocupado do interior do

estado

9,5%

Fonte: Relatório da Pesquisa da Atividade Econômica Regional – Paer, do Estado

do Tocantins, dez./99

Page 26: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida26

Araguaína, Gurupi e Paraíso do Tocantins somam aproximadamente 52% do total de pessoal

ocupado e de estabelecimentos do interior do estado.

2.2. Oportunidades de trabalhoCurso: Técnico em Agropecuária

I – Tendências do setor produtivo

Há uma tendência clara, por parte do produtor, de adotar a concepção da prática agrícola, do

negócio agrícola, como um “sistema”, e não somente como a exploração de determinada cultura.

O enfoque é a visão sistêmica da exploração agrícola, na qual se considera a exploração como um

sistema integrado, em que interagem planta, solo e clima. Na produção de alimentos, passa-se a

considerar também a preservação do ecossistema.

No contexto das novas tendências, além do desenvolvimento de sistemas alternativos de produ-

ção, tais como a agricultura orgânica, a biológica, a polinização dirigida e outros, e de tecnologias

Regionalização Paer – Estado do Tocantins/2000

Fonte: IBGE – Fundação Seade – 2000

Page 27: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 27

de preservação, como plantio direto, uso racional dos recursos hídricos, rotação de culturas e con-

servação de solos, surgem programas de profissionalização de pequenos produtores, a utilização

da pedagogia da alternância e um elenco de iniciativas governamentais que estimulam a organização

e o desenvolvimento da agricultura familiar.

Como consequência da globalização, a atividade agropecuária ganha novas proporções. Aos pro-

fissionais cabe, agora, não só cuidar do cultivo e da criação, mas também de todo o processo pro-

dutivo, abrindo-se um leque bem maior de oportunidades de trabalho em diferentes segmentos que

compõem este setor. O novo perfil dos profissionais, aliado a fatores como a mecanização no campo,

tem ajudado a impulsionar o agronegócio brasileiro.

Áreas como as de mecanização, biotecnologia e logística também ganham vez. Portanto, os Téc-

nicos em Agropecuária deverão estar atentos à introdução da mecanização, que garante às lavouras

o aproveitamento máximo da produção, com um prejuízo mínimo à terra. A interface com outras

áreas profissionais apresenta-se com maior nitidez quando se trata da biotecnologia, que colabora

na elevação do padrão de qualidade dos produtos. Conceitos de logística devem ser introduzidos

em todo o processo, pois se configuram na chave do escoamento da produção, permitindo a poten-

cialização dos ganhos.

Outro indício importante está nas pequenas cooperativas, que se têm tornado uma ponte para o

intercâmbio de informações entre produtores e profissionais que planejam a produção e o escoa-

mento para o mercado interno e externo. Longe dos processos de produção, um nicho que se abre

no país é o do turismo rural. Apesar de a atividade estar presente no Brasil há mais de 14 anos,

ainda há poucos profissionais ligados ao setor. A possibilidade de o Brasil aumentar a produção de

alimentos para os mercados interno e externo coloca o Tocantins como a fronteira agrícola em con-

dições mais favoráveis para ser integrada, efetivamente, ao circuito produtivo da economia nacional,

com grandes oportunidades para a exportação de grãos.

Conforme os indicadores socioeconômicos da Paer/TO, o estado não possui uma indústria ex-

pressiva. O governo estadual vem desenvolvendo vários programas especiais, na tentativa de am-

pliar e diversificar a base econômica do estado, para gerar empregos e promover melhor distribuição

de renda. O reflexo dessa ação está no surgimento de algumas fábricas, principalmente nas áreas

de alimentos (sucos de frutas e refrigerantes, unidades para beneficiamento de óleos comestíveis,

arroz, milho e outros grãos) e de veículos (montadoras de caminhões, tratores e máquinas agrícolas).

Também se espera que as obras de infraestrutura que estão sendo desenvolvidas atraiam investi-

mentos para o setor industrial do estado.

A indústria frigorífica no estado está em expansão, possibilitando o desenvolvimento do setor de

derivados bovinos. Atualmente, o Tocantins tem uma rede de frigoríficos credenciados, voltados para

o atendimento do Mercosul.

O estado possui excelentes condições materiais para a implantação de projetos de produção de

peixes, porque tem uma qualidade de água excepcional, com temperatura estável, que favorece o

desenvolvimento da piscicultura, e se prepara para usar os lagos para construção de usinas hidroe-

létricas.

Com base nas pesquisas realizadas pelo Projeto Alavancagem do Mercoeste: Perfil Competitivo

do Estado do Tocantins, iniciadas em 2002 e coordenadas pelo Departamento Nacional do Senai, a

piscicultura movimenta cerca de 3 milhões de reais por ano e existem 190 projetos de piscicultura

no estado, entre eles quatro grandes produtores de alevinos. As principais regiões de produção lo-

calizam-se nos municípios de Paraíso do Tocantins, Porto Nacional, Miracema do Tocantins, Gurupi,

Colmeia, Guaraí, Palmas, Araguaína e Araguatins.

Outro projeto estratégico é o da instalação de uma indústria de filetagem, que irá contribuir efeti-

vamente para o desenvolvimento da cadeia produtiva da piscicultura.

Page 28: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida28

Em Paraisópolis do Tocantins, há 97 viveiros em implantação em uma área de 28,5 hectares de

lâmina d’água, com assistência técnica da Secretaria da Agricultura do estado e do Ruraltins.

O setor vem despertando o interesse de investidores nacionais e internacionais. É o caso de um

grupo belgo-francês, que irá implantar um projeto de reprodução, engorda e processamento de

peixes nativos, como tambaqui, caranha, piau, pintado e pirarucu, em uma área de 65 hectares de

lâmina d’água, na região central do estado.

Com base em informações oferecidas pela Secretaria da Agricultura do estado, a suinocultura e

a avicultura estão crescendo paralelamente às lavouras de produção de grãos. A criação comercial

está se expandindo em virtude do aumento da produção de milho e soja. Em Paraíso do Tocantins,

há um rebanho de suínos de 11 mil unidades e 84 mil aves, aproximadamente, existindo neste

município uma empresa de processamento de frangos (Frango Norte).

Vale ressaltar que o aparecimento de agroindústrias modernas de transformação da carne

pretende atender aos mercados local, estadual e nacional, requerendo, assim, mão de obra espe-

cializada.

Em 2003, as exportações do setor somaram US$ 30,639 bilhões, segundo o Ministério da

Agricultura. Com este cenário, o agronegócio foi um dos responsáveis pelo superávit de US$ 24,824

bilhões na balança comercial brasileira.

O setor tende a gerar mais empregos e a exigir cada vez mais mão de obra especializada.

Atualmente, o mercado de agronegócios é responsável por 37% dos postos de trabalho do país

(Tabela 5)

II – Vocação regional

O estado do Tocantins oferece condições naturais para o desenvolvimento do setor agropecuário.

São mais de duzentos quilômetros quadrados de terras planas e solos estruturados, em grande

parte irrigáveis, um regime pluviométrico bem definido, com chuvas regulares de seis a sete meses

por ano, e um clima tropical estável, boa disponibilidade de água que permite o cultivo de até duas

safras por ano.

Por sua localização geográfica, o estado apresenta-se como um ponto de entroncamento que

oferece acesso às demais regiões do país, encurtando as distâncias no transporte de produtos até

os principais mercados nacionais e internacionais. Por isto, como forma de viabilizar a produção

agropecuária, e obter um ganho de competitividade muito grande em relação a outros estados, o

governo estadual tem priorizado os investimentos em infraestrutura de transportes e eletrificação

rural. Levantamentos do Projeto Radambrasil apontam que 60% da superfície do solo tocantinense

TABELA 5 – A IMPORTÂNCIA DO AGR ONEGÓCIO

Postos de trabalho no país 37%

Saldo Comercial em 2003 US$25,8 bi*

Participação nas exportações

brasileiras

41,9%

Participação no PIB 33%

* Maior superávit da economia e maior saldo comercial agrícola do mundo em

2003.

Page 29: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 29

são agricultáveis e aproximadamente mais 25% têm possibilidade de ser melhorados com a utiliza-

ção de tecnologia já disponível. Isso significa que o estado do Tocantins conta com 200 mil quilôme-

tros quadrados de terras planas, mecanizáveis, irrigáveis por gravidade e com clima tropical estável.

Cerca de 3 milhões de hectares de varjões nos vales dos rios do Araguaia e do Tocantins podem

ser usados na produção agrícola, cujo investimento é baixo e a rentabilidade, alta.

Existem vários projetos agrícolas em funcionamento e em implantação no Tocantins, utilizando o

solo do cerrado, como o Projeto Javaés, o Prodecer III, Campos Lindos e Sampaio, os quais utilizam

técnicas modernas de manejo, especialmente a cultura da soja.

Esses distritos agroindustriais estimularão também os produtores locais a desenvolver suas pro-

priedades, tornando-as mais produtivas e modernizando o processo de produção de frutas, com a

introdução de novas tecnologias de produção e com a qualificação da força de trabalho, resultando

na oferta de maior número de empregos qualificados e, consequentemente, na geração de renda

para a população dessas áreas, diversificando a produção para comercialização local, regional e

para exportação.

O Tocantins tem condições excelentes para o cultivo de frutas: clima quente, boa distribuição de

chuvas, luminosidade abundante e solo fértil. Suas frutas têm teor de açúcar mais alto, mais acen-

tuado. O cultivo de abacaxi concentra-se no município de Miracema, onde ocupa cerca de 3.000

hectares, com uma produção de 12 milhões de frutos anuais. Em todo o estado, a produção anual

de abacaxi é de 48 milhões de frutos. A fruta já está sendo exportada para o Mercosul, a Holanda,

a França, a Itália e a Dinamarca. Miracema também produz melancia em larga escala (a produção

de melancia no estado já chega a 60 mil toneladas/ano), além de outras culturas, como a manga, o

caju e a acerola, de acordo com Tocantins em Revista: o coração do Brasil, de julho de 2001.

A fruticultura é a atividade agrícola, no Tocantins, que gera maior número de empregos por hec-

tare, três diretos e doze indiretos, em média. Com essas condições favoráveis, o governo do estado

está impulsionando o setor com a criação do Programa Estadual de Fruticultura – Profruta, que visa

a priorizar investimentos, garantindo a qualidade de vida no campo. Estão sendo implantados pro-

jetos-piloto de fruticultura irrigada, como os polos de fruticultura São João, em Porto Nacional, e o

Gurita, em Itapiratins, perfazendo os dois polos um total de 5.200 hectares de áreas iniciais, conforme

consta do boletim Agricultura: Potencialidades Tocantins, editado pela Secretaria da Agricultura e

do Abastecimento do estado do Tocantins.

O Tocantins conquistou o certificado expedido pela Organização Internacional de Epizootias,

assegurando posição privilegiada de área livre de febre aftosa com vacinação. Há um rigoroso

esquema de fiscalização, que não permite entrada nem saída do estado de animais sem atestado

de vacinação.

A tradição da pecuária de corte abriu caminho para uma atividade afim, a pecuária leiteira.

O domínio das etapas de produção de leite com base no melhoramento de pastagens, da suple-

mentação nutricional, da utilização de raças leiteiras, do emprego correto de equipamentos e do ma-

nejo adequado, proporciona o fortalecimento da bacia leiteira no Tocantins, conferindo ao mercado

regional matéria-prima de boa qualidade para o processamento e a comercialização do leite e seus

derivados.

De acordo com os planos de desenvolvimento do estado, o governo pretende viabilizar projetos

para a criação de aves e suínos, em escala comercial, com o objetivo de abastecer o mercado local

a um custo reduzido e, futuramente, contribuir para o processo de exportação. Pretende, ainda, am-

pliar a criação tradicional de suínos e desenvolver a avicultura alternativa, criando miniagroindústrias

de pequena produção, voltadas para o mercado local.

Vale a pena ressaltar o crescimento verificado no plantio da soja no estado do Tocantins, especi-

ficamente na região mais próxima a Palmas. Este crescimento da produção de soja deve-se ao Pro-

Page 30: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida30

grama de Desenvolvimento do Cerrado – Prodecer, o qual é financiado pela Agência Japonesa para

Cooperação Internacional – Jica, e destina-se à compra de terras, equipamentos, insumos e cons-

trução de infraestrutura. Também se pode notar a fruticultura incipiente em Tocantins, com destaque

para a cultura do abacaxi. Embora outras culturas não estejam sendo captadas pelas pesquisas, é

importante lembrar que o estado de Tocantins, bem como os demais da região Norte, tem grande

potencial na produção de frutas típicas (açaí, babaçu, cupuaçu, bacuri, graviola, taperebá, camu-

camu, pupunha etc.), que é ainda muito pouco explorado como alternativa de emprego e renda, prin-

cipalmente a sua associação com a fabricação de doces, sorvetes, sucos, geleias e compotas para

os mercados do Centro-Sul.

A bovinocultura de corte, predominantemente extensiva, é a principal empregadora de mão de

obra na atividade pecuária no estado de Tocantins. Juntamente com a reforma de pastagens a ela

associadas, responderam por quase 90% do total de equivalentes-homens-ano (EHA), em 1999. A

seguir, aparecia a bovinocultura de leite, com participação de cerca de 10% no total demandado. As

atividades de suinocultura e avicultura não são significativas no estado de Tocantins.

Na região de Natividade, predomina o setor agropecuário, formado de pequenos produtores que

atuam na agropecuária em regime de agricultura familiar, com grande deficiência de tecnologias

para a atividade. Situa-se na região sudeste do Tocantins, a 225 quilômetros de Palmas, capital do

estado, em uma região de grande carência educacional, tecnológica, assistencial e social.

Page 31: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 31

III – Atividades profissionais

Os campos de atuação profissional para o Técnico em Agropecuária encontram-se em diferentes

segmentos do setor. (Tabela 6)

TABELA 6 – PRINCIPAIS SEGMENTOS

ANTES DA PORTEIRA DENTRO DA PORTEIRA DEPOIS DA PORTEIRA

Indústria de insumos,

máquinas e

equipamentos

Produção agr opecuária Agroindústria/

processamento

Sementes

Calcário

Fertilizantes

Rações

Defensivos

Medicamentos

veterinários

Combustíveis

Tratores

Colheitadeiras

Implementos

Equipamentos

Máquinas

Motores

Inseminação

artificial

Ordenha

mecânica

Equipamento de

frios

Produção animal

Produção vegetal

Horticultura

Fruticultura

Silvicultura

Extração vegetal

Turismo rural

Piscicultura

Cooperativismo

Associativismo

Indústria alimentícia

Indústria de bebidas

Couro e calçados

Têxtil e confecções

Papel e celulose

Madeira e móveis

Álcool/Açúcar

Borracha natural

Fumo e cigarros

Óleos e essências

Page 32: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida32

Curso: Técnico em Enfermagem

I – Tendências do Setor Produtivo

A ideia da saúde como condição de cidadania, que assegura mais e melhores anos à vida, aponta

para certas especificidades dos trabalhadores de saúde: os compromissos desses agentes com

uma concepção ampliada de saúde transcendem o setorial e diversificam, tendencialmente, os seus

campos de prática.

O reconhecimento da integralidade como princípio ou diretriz que contemple as dimensões bio-

lógicas, psicológicas e sociais do processo saúde-doença mediante promoção, proteção, recupe -

ração e reabilitação, visando à integralidade do ser humano, deve ser difundido como uma nova

cultura da saúde na educação profissional.

A nova visão de qualidade em saúde inclui a humanização do cuidado na perspectiva do clien -

te/paciente. Diante do princípio da autonomia do cliente/paciente para assumir a própria saúde, a

humanização envolve um conjunto de “amenidades” de trato e de possibilidades de escolhas em

que se incluem os aspectos éticos. Trata-se de interagir com o cliente/paciente para ver o que melhor

lhe satisfaz. Essa concepção inclui a organização do trabalho, a tecnologia, entendida no seu sentido

amplo, e não apenas material; o processo de trabalho; a equipe e o cliente/paciente.

A integralidade do cuidado procura ver o cliente/paciente como um todo, resolvendo os seus pro-

blemas de forma integral pela equipe de saúde na qual se insere o profissional de nível técnico.

Para atender às atuais exigências e preparar-se para o futuro, o trabalhador precisa ser capaz

de identificar situações novas, de auto-organizar-se, de tomar decisões, de interferir no processo de

trabalho, de trabalhar em equipe multiprofissional e, finalmente, de resolver problemas que mudam

constantemente.

As questões éticas que devem permear o trabalho humano em qualquer atividade adquirem uma

conotação peculiar e toda especial, quando voltadas ao fazer dos profissionais de saúde. É funda-

mental que esses profissionais coloquem em suas ações, prioritariamente, a ciência, a tecnologia e

a ética a serviço da vida. A ética a serviço da vida diz respeito ao comprometimento com a vida hu-

mana em quaisquer condições, independentemente da fase do ciclo vital, do gênero a que pertença

ou do posicionamento do cliente/paciente na pirâmide social.

Essas exigências apontam para a redefinição dos perfis dos trabalhadores dos serviços de saúde

para a construção de perfis mais amplos, de forma que eles sejam capazes de:

Articular suas atividades profissionais com as ações dos demais agentes da equipe, assim como

os conhecimentos oriundos de várias disciplinas ou ciências, destacando o caráter multiprofissional

da prática.

Deter melhor qualificação profissional, tanto na dimensão técnica especializada quan to na dimen-

são ético-política, comunicacional e de relações interpessoais, pois o que se observa atualmente é

que a postura ética, os valores e os princípios, que pertencem ao domí nio das atitudes dos profis-

sionais, não acompanharam a evolução científico-tecnológica.

Resgatar a distância identificada no perfil dos trabalhadores de saú de, entre conhecimentos e

habilidades que, por emanarem da ciência e da tecnologia, evolu íram grandemente nas últimas dé-

cadas, e os aspectos comportamentais, os quais, advindos dos pactos sociais como estes, manti-

veram-se estacionários. A formação dos profissionais de saúde não pode desconsiderar as questões

éticas, sob o risco de agravar ainda mais a disparidade já existente entre conhecimentos/habilidades

técnicas e as atitudes no perfil desses profissionais.

Assim, a atenção à saúde – e não apenas a assistência médica – envolverá novos âmbitos físicos

de atuação profissional (estabelecimentos de saúde, domicílios, escolas, creches, indústrias, comu-

Page 33: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 33

nidade) e novos processos de trabalho, atenção à família, vigilância à saúde, hospital-dia, de aco-

lhimento e internação domiciliar).

O uso do conhecimento epidemiológico, a tecnologia da informação e o monitoramento per -

manente e qualificado dos clientes/pacientes podem ser aspectos de um novo modelo de atenção

voltado para a qualidade de vida, em que as políticas de saúde visarão à promoção da saúde, à

prevenção das doenças, à recuperação dos que adoecem e à reabilitação máxima daqueles que

ve nham a ter a sua capacidade funcional restringida. Além disso, a adoção desse modelo pode

repre sentar uma saída não apenas de baixo custo, mas, principalmente, de maior resolutividade.

O novo modelo voltado à qualidade de vida requer também a identificação de novos espaços so-

ciais onde se realizam hoje as práticas de saúde. Assim, o campo de atuação profissional estende-

se além dos estabelecimentos convencionais de saúde (postos e centros de saúde, hospitais e

laboratórios) e das organizações ou instituições (secretarias de saúde e/ou distrito sanitário). Torna-

se primordial reconhecer outros espaços de atuação profissional para o Técnico em Enfermagem,

como as escolas, as creches, o domicílio, a comunidade e os locais de trabalho dentro dos mais va-

riados segmentos do setor produtivo.

Em síntese, a educação profissional de técnicos de nível médio para a área de saúde requer uma

revisão de paradigmas e pressupostos dessa área profissional, no sentido de atender às demandas

geradas pelo mercado hoje. Para tanto, as escolas de educação profissional, para construir suas

propostas de profissionalização, necessitam responder a uma série de questionamentos e definir

estratégias dentro de seu planejamento político-pedagógico.

II – Vocação Regional

Araguaína é considerada um polo de saúde no estado e na região, servindo aos habitantes das

cidades circunvizinhas sobre um raio de mais de 300 quilômetros quadrados, incluindo o sul do es-

tado do Maranhão e o sul do Pará. Possui cinco hospitais com várias especialidades, sendo dois

destes mantidos pelo governo do estado do Tocantins. De acordo com o censo de 2000, o número

de leitos hospitalares encontra-se assim distribuído:

hospitais públicos: 259 leitos;

hospitais filantrópicos: 184 leitos;

hospitais privados: 216 leitos;

pronto-socorro público: 29 leitos;

pronto-socorro privado: 28 leitos.

De acordo com os dados do censo de saúde de 1999, o pessoal ocupado nos estabelecimentos

de saúde de Araguaína era de 625 profissionais, mas estima-se que hoje já ultrapasse a quantidade

de 1.500, tendo em vista a ampliação destes estabelecimentos devido à demanda dos usuários.

No campo da formação profissional na área da saúde, a cidade tem cursos superiores de Medi-

cina, Odontologia, Enfermagem, Farmácia/Bioquímica.

O município conta ainda com um campus avançado da Unitins, com os cursos superiores de Me-

dicina Veterinária, Zootecnia, Letras, Geografia, Matemática e História.

Page 34: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

III – Atividades Profissionais

Os campos de atuação profissional para o Técnico em Enfermagem encontram-se distribuídos

em diferentes segmentos do setor (Tabela 8).

Educação Profissional :: Pontos de partida34

TABELA 7 – PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES DA ÁREA DE SAÚDE EM

ARAGUAÍNA

1. Centrocárdio – Centro de Cardiologia

2. Clinica do Aparelho Digestivo

3. Neurocenter – Centro de Neurocirurgia

4. Hospital Dona Durcelina

5. Hospital Dom Orione

TABELA 8 – PRINCIPAIS SEGMENTOS

INTERFACE

ANTERIOR

(INSUMOS E

SERVIÇOS)

SEGMENTO CENTRAL

INTERFACE

POSTERIOR

Farmácias

Laboratório de

análises clínicas

Laboratórios de

medicamentos

Indústria de

equipamentos

médico-

hospitalares

Banco de

sangue

Indústria

farmacêutica

Postos e centros de saúde

Hospitais

Hospital-dia

Consultórios

Clínicas especializadas

Home-care

Escolas

Creches

Indústrias

Comunidade:

Campanhas de

saúde

Page 35: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.BLOCO III

3.1. Instrumentos de acompanhamento, controle, orientaçãoe avaliação do estágio

O estágio supervisionado representa muito mais do que uma simples oportunidade de prática

profissional, embora tenha surgido da ideia de “treinamento em serviço”. O estágio configura-se em

uma real e efetiva integração com o mundo do trabalho, possibilitando o desenvolvimento de com-

petências profissionais comuns a todas as atividades realizadas em situações reais, por meio da

troca de experiências, do convívio socioprofissional e da interação com o setor produtivo.

COMPETÊNCIAS GERAIS DESENVOLVIDAS NAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO

• Tomar decisões, com crescentes graus de autonomia intelectual.

• Desenvolver projetos em equipe.

• Identificar soluções opcionais para diferentes problemas.

• Correlacionar estratégias adotadas e resultados obtidos no desenvolvimento das atividades de

rotina.

• Comunicar ideias de forma clara e objetiva.

• Utilizar diferentes recursos de mídia para realização das atividades profissionais.

• Adotar postura ética nas atividades de rotina e nas situações inusitadas.

• Identificar cargos e funções segundo hierarquia estabelecida no âmbito da organização.

• Conhecer os princípios éticos de forma a adotar postura adequada no trato com cliente/comuni-

dade e com outros profissionais da equipe de trabalho.

• Correlacionar a importância política, social e psicológica do trabalho com a vida e a saúde do

homem/sociedade.

• Desenvolver atividades profissionais, agregando inovação e criatividade, e potencializando os re-

sultados obtidos.

• Associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema produtivo e dos ser-

viços.

• Buscar e sistematizar informações relevantes para a compreensão da situação-problema.

Articular o conhecimento científico e tecnológico numa perspectiva interdisciplinar.

• Formular hipóteses e prever resultados.

• O conhecimento de todas as etapas relativas ao processo de estágio é premissa para definição

de mecanismos e instrumentos eficazes de acompanhamento, controle, orientação e avaliação.

• A formulação de perguntas objetivas relativas a um ou mais aspectos do processo ou associadas

às suas diferentes etapas constituintes é condição definitiva para subsidiar a geração de infor-

mações consistentes, norteadoras na solução de problemas, no estabelecimento de diretrizes,

na definição de metas e na introdução de inovações no projeto político-pedagógico da institui-

ção.

ETAPAS DO PROCESSO DE DEFINIÇÃO DE INSTRUMENTOS PARA ACOMPANHAMENTO

E AVALIAÇÃO DE ESTÁGIOS:

• Estabelecer os objetivos.

• Determinar as fontes de informação que serão utilizadas.

• Identificar o universo de estudo e os respectivos informantes.

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 35

Page 36: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

• Selecionar os métodos.

• Desenhar os instrumentos para coletas de dados.

• Elaborar um plano para análise das informações obtidas.

• Definir registros para conclusão do processo.

Educação Profissional :: Pontos de partida36

Page 37: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 37

Page 38: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.2. Acompanhamento e avaliação do estágio

ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DA EQUIPE ESCOLAR

3.3. Planejamento do estágio

A escola deverá elaborar, de forma cooperada com a empresa, o Plano de Estágio, apontando o

período de realização, os setor(es) da organização, a relação de atividades, a correlação teoria/prá-

tica e as principais competências a serem desenvolvidas.

Educação Profissional :: Pontos de partida38

Função Atribuições/Responsabilidades

PROFESSOR DE

ESTÁGIO

Definir os instrumentos de acompanhamento e avaliação.

Orientar os alunos previamente quanto às normas e

procedimentos.

Definir grupos, horários.

Acompanhar todas as etapas do processo de estágio.

Avaliar as atividades de cada estagiário.

DIRETORA

Identificar campos de estágio.

Firmar convênios de estágio.

Firmar termo de compromisso.

Convocar e presidir reuniões para adequação curricular.

COORDENADOR

DE CURSO

Supervisionar o processo de acompanhamento.

Desenvolver em conjunto com a instituição concedente o

programa de estágio.

Definir os instrumentos de acompanhamento.

Analisar e deferir as solicitações de equivalência de

estágio.

SECRETÁRIO

ESCOLAR

Organizar o dossiê dos alunos, garantindo a escrituração

de acordo com a legislação.

Reprodução de instrumentos de acompanhamento e

avaliação.

Page 39: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 39

PLANO DE ESTÁGIO (Elaborado conjuntamente pela escola e a concedente de estágio)

Habilitação:________________________________________________________

Módulo: __________ Ano:________________

ESCOLA TÉCNICA _____________________________

Endereço:__________________________________________________________

Município: __________________________________________________

UNIDADE CONCEDENTE

Endereço: _________________________________________________________

Município___________________

Departamento/Setor: ________________________________________________

Responsável pelo desenvolvimento das atividades:_________________

Cargo/Função: ____________________________________________

PERÍODO DE ESTÁGIO:

Data de Início: _____/ _____/ ______

Data de Término prevista: _____/ _____/ ______

Page 40: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida40

Atividades Programadas Período

1. De ____ / ____ a ____ /___

2. De ____ / ____ a ____ /___

3. De ____ / ____ a ____ /___

4. De ____ / ____ a ____ /___

5. De ____ / ____ a ____ /___

6. De ____ / ____ a ____ /___

7. De ____ / ____ a ____ /___

8. De ____ / ____ a ____ /___

9. De ____ / ____ a ____ /___

Relação teoria/prática:

Nº da atividade Correlação teórica (bases tecnológicas)

Competências a serem desenvolvidas:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Page 41: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 41

SEGURO CONTRA ACIDENTES PESSOAIS

Companhia Seguradora: __________________________

Nº da Apólice:_________

Local, data

Assinaturas:

____________________________

Supervisor de Estágio (empresa)

____________________________ ____________________

Professor de Estágio Direção da Escola

(carimbo e assinatura) (carimbo / assinatura)

PROGRAMA DE ESTÁGIO DE AÇÃO COMUNITÁRIA

IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO

Nome: _____________________________________________________nº_____

Curso:____________________________________________________________

Módulo: ___________________________________________________________

CONCEDENTE

Empresa/Instituição/Entidade/ONG:

__________________________________________________________________

Endereço:

__________________________________________________________________

Cidade:_________________________Estado:______________CEP: __________

Fone: (__)_________________ Fax: (__)____________

E-mail: _______________________________________________

Responsável pelo desenvolvimento das atividades:

_______________________________________ ____________________

Page 42: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida42

ATIVIDADES

Data de Início das Atividades: _____/ ______/ ______

Data de Término prevista: _____/ ______/ ______

Local de realização do estágio:

__________________________________________________________________

ÁREA DE ATUAÇÃO: ________________________________________________

Objetivo(s):

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Beneficiário(s):

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Plano de Trabalho

Atividade Prazo para realização

Page 43: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 43

Relação teoria/prática:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Competências a serem desenvolvidas:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

SEGURO CONTRA ACIDENTES PESSOAIS

Companhia Seguradora:

__________________________________________________________________

Nº da Apólice:

_________________________________________________________________

O presente estágio não acarretará vínculo empregatício de qualquer natureza

entre o(a) estagiário(a) e o(a) concedente, nos termos do que dispõe o art. 6º do

Decreto nº 87.497/82.

Local, data

Responsável pela Ação Comunitária

(nome e assinatura)

Aluno

(nome e assinatura)

Coordenador do Curso/Professor

Responsável

(carimbo e assinatura)

Page 44: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida44

PROGRAMA DE ESTÁGIO NA ESCOLA

I. IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO:

Nome: ______________________________________________________nº___

Curso:___________________________________________________________

Módulo: __________ Ano:________________

Setor: ____________________________________________________________

II. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL

Responsável pelo desenvolvimento das atividades: ________________________

III. ATIVIDADES

Data de Início: ________/ _______________/ ____________

Data de Término prevista: ________/ _______________/______________

Objetivo(s):

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Plano de Atividades:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Relação teoria/prática:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Page 45: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 45

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Competências a serem desenvolvidas:

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

__________________________________________________________________

IV. SEGURO CONTRA ACIDENTES PESSOAIS

Companhia Seguradora: ________________________________________

Nº da Apólice: ____________________________________

Local, data

________________________________________

Responsável

(nome e assinatura)

Aluno (nome e assinatura)

Coordenação do Curso/Professor Responsável (assinatura e carimbo)

Page 46: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.4. Instrumentos de acompanhamento do estágio

Durante o período de estágio, o aluno deverá apresentar relatórios das atividades desenvolvidas.

Os relatórios deverão ser entregues aos professores de estágio, que analisarão as informações,

considerando os seguintes pontos:

• Correlação das atividades da instituição concedente com o curso em que o aluno estiver matri-

culado.

• Correlação das atividades desenvolvidas pelo aluno com as competências previstas no Plano de

Curso.

• Correlação teoria/prática, grau de complexidade das atividades, tecnologia utilizada etc.

Os relatórios deverão ser elaborados conforme modelo e periodicidade definidos pela equipe res-

ponsável da escola (coordenação do curso e professor(es) de estágio).

Relatório Inicial

I – Capa

(Nome da escola, nome do estagiário, curso, instituição concedente e data).

II – Caracterização da empresa ou instituição concedente de estágio

(Nome da instituição concedente, endereço, telefone, e-mail e nome do supervisor de campo)

O estagiário deverá estabelecer uma correlação das atividades da empresa ou instituição conce-

dente com as finalidades do curso em que estiver matriculado.

III – Dados gerais do estágio

Data de início, horário do estágio e setor(es) em que serão realizadas as atividades.

RELATÓRIOS PARCIAIS

I – Capa

(Nome da escola, nome do estagiário, curso e instituição concedente)

II – Período correspondente De ____/ ____/ ____ a ____/ ____/ ____

III – Descrição das principais atividades desenvolvidas no período

Educação Profissional :: Pontos de partida46

Page 47: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 47

IV – Conhecimentos e conteúdos (bases tecnológicas e científicas) necessários para o de-

senvolvimento das atividades de estágio:

3.5. Relatório final

I – Capa

(Nome da escola, nome do estagiário, curso, instituição concedente e data)

II – Período do estágio

Data de início do estágio: ____/ ____/ ____

Data de término do estágio: ____/ ____/ ____

Total de horas cumpridas: ____________ horas

III – Principais atividades desenvolvidas

IV – Dificuldades enfrentadas

V – Contato com técnicas novas ou diferentes das aprendidas na escola

VI – Equipamentos utilizados no campo de estágio

Ativida de Conhecimento e conteúdo

necessário

abordado

no curso

Ainda não

abordado

no curso

Assinatura do estagiário.....................................................................................

Page 48: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

VII – Avaliação das atividades de estágio (assinale Sim ou Não)

Data ____/ ____/ ____

Nome e assinatura do estagiário

Educação Profissional :: Pontos de partida48

No desenvolvimento das atividades de estágio: Sim Não

1. Você teve oportunidade de passar pelos diversos setores e

compreender a razão dos procedimentos adotados?

2. Você participou das rotinas de cada setor?

3. Você detectou problemas de alguma natureza: planejamento,

processo, produto, relacionamento etc.?

4. Você sugeriu soluções relativas aos problemas detectados ao

supervisor responsável pelo setor?

5. As sugestões propostas foram bem aceitas e implementadas

de acordo com a possibilidade da empresa?

Como você avaliaria sua atuação como estagiário Sim Não

1. Participei das tarefas operacionais.

2. Pratiquei atividades relativas aos conteúdos teóricos

anteriormente estudados.

3. Participei do planejamento e da execução das atividades.

4. Compreendi o envolvimento de cada um dos setores da

empresa ou instituição.

5. Identifiquei, junto aos diversos setores, o organograma da

empresa.

6. Constatei a importância do uso das técnicas e normas para a

obtenção de resultados positivos nas diversas atividades

desenvolvidas.

7. Constatei que o planejamento físico influi diretamente no

aspecto funcional.

8. Exerci minha liderança na condução de algumas atividades.

9. Percebi como o planejamento de atividades necessita de

adequação no decorrer do período.

10. Constatei a importância de se conhecer o funcionamento de

setores e suas interligações.

Page 49: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.6. Instrumentos de controle e avaliação do estágio

AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

Ficha de Avaliação de Desempenho do Estagiário

(A ser preenchida pela empresa ou instituição concedente)

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 49

Nome do estagiário:_________________________________________________ Empresa ou instituição concedente:_____________________________________ Início: ____________ Término:____________ Nº de horas: _________________

Grau de Desempenho: A = Muito Bom, B = Bom, C = Regular

Fato

res

de

Des

empe

nho

Qualidade de trabalho A B C Exatidão

Manuseio do equipamento Utilização do tempo de trabalho Utilização de materiais

Produção

Ritmo de trabalho

Qualidades pessoais

Participação Iniciativa Capacidade de aprender Aceitação de responsabilidades Pontualidade e frequência Relacionamento com a empresa Relacionamento com os superiores Relacionamento com os colegas

Outras avaliações necessárias

Page 50: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida50

Quanto ao Curso

A formação que o curso oferece ao estagiário: ( ) ultrapassa as exigências. ( ) satisfaz as exigências. ( ) não satisfaz as exigências. (Neste caso, relate abaixo em que aspectos o curso deve dar melhor preparação.) ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O curso responde às necessidades atuais do setor produtivo? ( ) Sim. ( ) Não. Por quê? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Sugestões

(Apresente quaisquer observações ou sugestões que julgar necessárias para o

aprimoramento da formação profissional e humana dos nossos alunos.)

Informações fornecidas por: Nome: ____________________________________________________________ Cargo: ______________________________

Data: ____/____/____

Assinatura e carimbo do supervisor de campo

ou representante da empresa

Page 51: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 51

CARTA DE CONCLUSÃO DO ESTÁGIO

(Papel timbrado da empresa)

__________________________

Local e data

À

Coordenação do Curso

______________________________________

Prezado(a) Senhor(a),

Certificamos que o Sr.(a) _____________________________________________,

RG nº_______, realizou estágio na(s) área(s) de _________________________,

perfazendo o total de _________ horas.

___________________________________

Assinatura do responsável

Nome e cargo

Page 52: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida52

FICHA DE ENCERRAMENTO DE ESTÁGIO

(Para uso da coordenação do curso)

Aluno(a): __________________________________________________________

Curso: ___________________________________________________________

Ano de Conclusão do Estágio:__________________

Local do Estágio: ___________________________________________________

Período de ______/_________/_______ a _______/________/_______

Perfazendo o total de _____________horas

Local do Estágio: ___________________________________________________

Período de ______/_________/_______ a _______/________/_______

Perfazendo o total de _____________horas

Local do Estágio: ___________________________________________________

Período de ______/_________/_______ a _______/________/_______

Perfazendo o total de _____________horas

Total de horas cumpridas de estágio: ______________horas.

Após acompanhamento, análise e avaliação dos relatórios apresentados

referentes às atividades desenvolvidas no estágio, o aluno

_____________________________________, regularmente matriculado no curso

_________________________, encontra-se APROVADO.

________________, ____ de _______________de ________

_________________________________________________________

Coordenador do curso/professor responsável (carimbo e assinatura)

Page 53: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 53

( )

Aluno:_________________________________________Módulo: ______________nº_____ Habilitação Profissional:___________________________Ano de Conclusão______________Área

Caracterização do Estágio: ( ) Aluno Empregado

Razão Social:__________________________________________________________ Tipo de Contrato: Temporário ( ) Tempo Indeterminado ( ) ( ) Aluno Autônomo ( ) Aluno Proprietário de Empresa Razão Social:__________________________________________________________ Ramo de Atividade:_____________________________________________________ Participação societária (%):__________________

Após a comprovação dos documentos apresentados junto aos órgãos de direito, a análise e a avaliação dos relatórios apresentados referentes às atividades desenvolvidas no período e entrevista realizada com o aluno, o aluno encontra-se dispensado do Estágio Supervisionado: ( ) Parcialmente, necessitando cumprir ainda _________horas de estágio supervisionado. ( ) Totalmente.

À consideração do(a) Senhor(a) Coordenador(a) do Curso, com proposta de aprovação da presente Equivalência de Estágio.

______________, ____ de ______________de _______

_____________________________________ Professor de estágio

(carimbo e assinatura)

3.6. Equivalência de estágio

Conforme a Resolução nº 1, de 21 de janeiro de 2004, do CNE/CEB, as instituições de ensino poderão,

nos termos de seus projetos pedagógicos, no caso de estágio profissional obrigatório, dispensar os

alunos da realização de estágio, desde que seja comprovado o exercício das funções correspon-

dentes às competências profissionais previstas no plano de curso, mediante avaliação da equipe escolar.

DOCUMENTO DE EQUIVALÊNCIA DE ESTÁGIO

À vista do parecer do Professor de Estágio, posiciono-me de acordo com a presente Equivalência de Estágio.

_____________, ____ de ______________de _______

________________________________ Coordenação do curso (carimbo e assinatura)

De acordo. _______________, ____ de ______________de _______

________________________________ Direção

(carimbo e assinatura)

Page 54: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.7. Carta de encaminhamento de alunos para vagas de estágio

Modelo de carta de apresentação para

encaminhamento de alunos à vaga de estágio

Educação Profissional :: Pontos de partida54

Prezado Senhor,

A Escola _______________________________, situada à rua (av.)___________________________, nº ___, município de _________________, que mantém cursos técnicos e atende gratuitamente a uma clientela que busca qualificação profissional em nível médio, apresenta o aluno ___________________________________________, RG___________________, regularmente matriculado na habilitação profissional _______________________, módulo ________, período ______________, que se encontra apto a realizar estágio curricular.

Agradecemos antecipadamente a atenção dispensada ao nosso aluno e colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos,

_______________________, _______de ____________de 2004.

Direção da Escola (Carimbo e assinatur

(Endereçamento à empresa)

Page 55: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.8. Prontuário do aluno-estagiário

DOCUMENTAÇÃO MÍNIMA NECESSÁRIA DE ESTÁGIO

PARA COMPOR PRONTUÁRIO (DOSSIÊ) DO ALUNO

• Termo de Compromisso (contrato de estágio assinado pelas três partes interessadas: escola, em-

presa e aluno);

• Declaração da Empresa (número de horas e período do estágio);

• Documento de Conclusão do Estágio (aprovação do professor de estágio ou coordenação do

curso, devidamente assinado pela direção da escola).

• Outros documentos que podem substituir o termo de compromisso, quando for o caso:

• Plano de estágio (para estágios realizados na própria escola ou em programas de ação comuni-

tária);

• Cópia da Carteira Profissional (para alunos empregados).

3.9. Acompanhamento para o estágio do curso técnico em enfermagem

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

O estágio supervisionado será realizado sempre sob a responsabilidade da instituição de ensino

e desenvolvido em Instituições de direito público ou privado que tenham condições de propiciar ex-

periência prática na linha da formação profissional do Técnico em Enfermagem.

A duração em horas do estágio supervisionado é aquela requerida pela natureza de determinada

habilitação profissional e deverá estar de acordo com o plano de curso, sendo cumprida em horário

compatível com o horário escolar e com o horário de funcionamento da instituição concedente.

Por tratar-se de uma atividade obrigatória, não é permitida sua dispensa. O estagiário que tiver

amparo legal deverá compensar sua ausência no decorrer da realização do estágio, ou em turmas

subsequentes, a critério da unidade.

A avaliação da aprendizagem será efetuada durante todo o processo e os alunos devem conhecer

os critérios adotados. A ficha de acompanhamento do estágio, cujos registros são efetuados diaria-

mente pelo estagiário, é o instrumento mais usado nesse processo de avaliação, pois auxilia o do-

cente a efetuar o acompanhamento sistemático e a análise do desempenho do estagiário.

ESTÁGIO NO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

Os estágios dos cursos de enfermagem constituem parte muito importante do curso. As aulas

teórico-práticas são introdutórias, instrumentais e, necessariamente, complementadas no campo de

estágio.

O estagiário deve ser integrado gradualmente no campo de estágio, tanto no que se refere às

características dos clientes quanto aos procedimentos a serem executados, a fim de evitar situações de:

• dificuldade na adaptação aos diversos tipos de procedimentos;

• riscos inerentes ao tipo de atividade e ao próprio ambiente hospitalar.

No decorrer dessa atividade, os estagiários não apenas executam técnicas, mas também obser-

vam as demonstrações feitas pelo docente junto aos clientes, sendo orientados, no acompanha-

mento de casos, na elaboração de relatórios, entre outras atividades.

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 55

Page 56: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Por isso, o estágio não deve ser confundido com as aulas práticas realizadas na sala de técnicas

(sala-ambiente). O estágio é realizado sempre junto aos clientes, em instituições de saúde.

Na área de Enfermagem, o estágio indica “permanência” e atividades de aprendizagem nesses

locais, não podendo ser realizado por tempo inferior a quatro horas e superior a seis horas diárias.

A legislação específica exige que esse estágio de aprendizagem seja realizado com orientação

e supervisão contínua e direta dos docentes-enfermeiros, na proporção de um para cada dez alunos,

no máximo. No horário de estágio, o docente-enfermeiro deve dedicar-se exclusivamente ao aten-

dimento dos estagiários. Tanto os docentes-enfermeiros como os estagiários deverão permanecer

no campo de estágio, em horário dedicado exclusivamente a essa atividade, mesmo que sejam

funcionários da instituição concedente.

No decorrer dessa atividade, o enfermeiro-supervisor deverá envolver-se exclusivamente com as

tarefas pertinentes ao estágio, não podendo acumular suas atividades profissionais no mesmo pe-

ríodo. Este docente é responsável direto por seu grupo de estagiários, devendo efetuar e assinar

todos os registros correspondentes às atividades desenvolvidas.

Todas as atividades desenvolvidas pelo estagiário deverão ser acompanhadas pelo docente-en-

fermeiro, principalmente aquelas que podem trazer algum tipo de risco para o cliente atendido.

O campo de estágio deve oferecer as condições mínimas necessárias no que se refere a equi-

pamentos, organização e aplicações técnicas.

A avaliação desses estágios deve ocorrer durante todo o processo, de forma contínua e global,

abrangendo conhecimentos, habilidades e atitudes, mediante observação do comportamento dos

estagiários e da análise dos registros da ficha de acompanhamento.

A hora de estágio terá duração de sessenta minutos, com o mínimo de quatro e o máximo de

seis horas diárias.

É permitida a realização do estágio em qualquer período, desde que a rotina hospitalar atenda

às necessidades de aprendizagem em relação a todas as técnicas básicas de enfermagem.

É responsabilidade da unidade escolar que oferece o curso verificar se as condições para a rea-

lização dos estágios atendem plenamente às necessidades de aprendizagem dos estagiários.

A legislação determina que o estagiário cumpra integralmente as horas de estágio estabelecidas

para a habilitação. O controle de frequência e a compensação de ausência deverão ser registrados

na ficha de acompanhamento de estágio.

CAMPO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Atendendo ao disposto na Resolução nº 63/2001 do CEE-TO, o estágio supervisionado será rea-

lizado em duas etapas:

1ª Etapa – ao término do 2º módulo;

2ª Etapa – ao término do 4º módulo.

A carga horária de estágio perfaz um total de seiscentas horas.

O estágio supervisionado deverá permitir o desenvolvimento das competências e habilidades pre-

vistas nos módulos I, II e IV. Na primeira etapa do estágio, o aluno deverá cumprir uma carga horária

de dez a vinte horas semanais durante dezenove semanas, perfazendo 330 horas no semestre. Na segunda

etapa do estágio, o aluno deverá cumprir uma carga horária de dez a vinte horas semanais, durante

quinze semanas, perfazendo 270 horas no semestre. A carga horária diária será de quatro horas.

Para realização do estágio supervisionado, a turma será dividida em grupos de no máximo dez

alunos. O grupo de alunos, assim constituído, deverá exercer atividades práticas semanais, com a

devida supervisão do professor-enfermeiro.

Educação Profissional :: Pontos de partida56

Page 57: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

O professor-enfermeiro e o coordenador pedagógico ficarão responsáveis pela elaboração do

plano de estágio, cujos pressupostos deverão apoiar-se nas conjunturas econômicas e sociais do

município e nas especificidades da escola, do curso e dos alunos.

FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE ESTÁGIO

AVALIAÇÃO DE ESTÁGIO

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 57

Nome do aluno:.................................................................... n°.............

Módulo............

Professor.........................................................................................................

Curso.......................................................... Carga horária........................ h.a.

Período: de......./....... /........ a...... /....... /.........

Menções / Notas

Critérios Adequação dos conhecimentos teóricos Desempenho técnico Iniciativa e interesse Organização e economia Ética profissional Relações interpessoais Responsabilidade e motivação Postura profissional Apresentação pessoal Comunicação oral Registros de enfermagem Observações:..............................................................................................................

....................................................................................................................................

..............................................................................................................

Menção ou Nota:......... Data:........ /......... /.........

Professor-enfermeiro:.................................................................................

Assinatura do(a) aluno(a)....................................................... Data....../...../.......

Coordenador(a) de área................................................................................

Page 58: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida58

Dia/ Mês

Local Est.

Relatório de Atividades N° Horas

Total da carga horária

Data....../...../.......

Nome do aluno:.................................Assinatura do aluno:...........................

Assinatura do professor-enfermeiro....................................................................

Assinatura do coordenador do curso:................................................

REGISTRO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

NOS ESTÁGIOS SUPERVISIONADOS

Page 59: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

AVALIAÇÃO

Caberá à coordenação pedagógica a expedição de requerimentos de estágios, ficha de controle

de frequência, ficha de avaliação do perfil e atividades técnicas desenvolvidas pelo aluno. O esta-

giário deverá ser constantemente avaliado e incentivado a participar de todas as atividades práticas,

promovendo o autocontrole e a iniciativa, condições indispensáveis para a formação do profissional

da área da saúde.

CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO

Adequação dos Conhecimentos Teóricos à Prática – É a maneira pela qual o aluno desenvolve

as tarefas durante o estágio, demonstrando conhecimento teórico e prático.

• Fundamenta cientificamente as condutas adotadas, dispondo de base teórica suficiente que o

capacite a eficiente atuação, relacionando e aplicando a teoria à prática.

• Utiliza terminologia adequada.

Desempenho Técnico – O que se espera é que o aluno demonstre agilidade, responsabilidade

e boa qualidade de trabalho.

• Executa com segurança, rapidez e precisão de movimentos as técnicas de que é incumbido, aten-

dendo conscientemente os princípios científicos envolvidos.

• Identifica, observa, prioriza e atende às necessidades humanas básicas do cliente, dentro dos

recursos disponíveis do ambiente.

• Presta assistência de enfermagem com conhecimento prévio das ações e reações das condutas

terapêuticas empregadas.

Iniciativa e Interesse – É o envolvimento comprometido com o desempenho em seu estágio.

O aluno demonstra interesse nos resultados daquilo que faz, melhora constantemente o seu de-

sempenho e participa do estágio com boa vontade.

• Evidencia prontidão e capacidade para tomada de decisões e atitudes em relação às necessida-

des requeridas.

• Mostra-se interessado e atencioso para com o cliente, visando sempre ao seu bem-estar.

• Mostra iniciativa e interesse pelas atividades da unidade, procurando o que fazer durante o estágio.

Organização e Economia – É a capacidade do aluno de realizar suas tarefas e desenvolvê-las

racionalmente. Um trabalho planejado e organizado inclui estabelecimento de prioridades, não acú-

mulo de tarefas, manutenção e ordem do setor, além de previsão, uso e destino adequado do material.

• Demonstra capacidade de manutenção dos princípios de higiene e arrumação dos diversos am-

bientes.

• Apresenta metodologia de trabalho conforme o aprendizado.

• Racionaliza o tempo e o trabalho a serem executados.

• Emprega criteriosamente o material necessário.

Ética Profissional – Conduta em face das situações vivenciadas.

• Cumpre os preceitos éticos e legais da profissão.

• Presta assistência de enfermagem à clientela com justiça, competência, responsabilidade e ho-

nestidade, sem discriminação de qualquer natureza.

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 59

Page 60: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

• Respeita e reconhece o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento e seu bem-

estar.

• Respeita a privacidade, o pudor e a intimidade do cliente.

• Mantém segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade pro-

fissional, exceto nos casos previstos em lei.

• Trata colegas, professor-supervisor e outros profissionais com respeito e consideração.

Relações Interpessoais – É a maneira de o aluno interagir com o cliente, sua família, a equipe

de trabalho, os colegas e o docente-supervisor.

• Relação adequada com equipe de saúde: na convivência com a equipe, observa o respeito hie-

rárquico e os preceitos éticos e sociais.

• Relação adequada com a clientela: identifica o cliente pelo nome, nunca pelo número do quarto

e/ou patologia, utiliza pronome de tratamento adequado ao sexo e à idade do cliente, respeitando

sua integridade física e moral.

• Relação adequada com os colegas: demonstra entrosamento, cooperação, respeito, senso ético

e crítico, independência e motivação.

• Relação adequada com professor-supervisor: demonstra respeito, observando senso hierárquico

e ético, seguindo as determinações do professor. Aceita ordens, críticas e advertências.

• Grau de percepção do aluno: evidencia capacidade de perceber e entender as diversas situações

que se apresentam, bem como as orientações do supervisor de estágio.

Responsabilidade e Motivação: É o compromisso com o qual o aluno desempenha suas ativi-

dades no campo de estágio. O aluno responsável respeita horários e datas para a entrega de traba-

lhos e relatórios, presta cuidados de enfermagem de qualidade aos clientes sob sua assistência.

• Busca exatidão no cumprimento dos deveres e compromissos, observação aos horários estabe-

lecidos.

• Cumpre a carga horária determinada para o curso e/ou estágio.

• Assume e desincumbe-se das obrigações de sua competência, sendo merecedor de confiança.

• Responde pelos atos praticados.

• Confere importância às suas obrigações, realizando-as da melhor maneira possível.

• Demonstra dedicação e entusiasmo pelas atividades, efetuando-as com aprimoramento.

Postura – É a maneira pela qual o aluno desempenha suas atividades dentro do campo de estágio.

• Tem delicadeza no trato, boas maneiras, tolerância e cortesia.

• Manifesta expressão corporal, fisionômica e verbal compatível: usa tom de voz adequado e andar

discreto pelos corredores, senta-se com postura adequada e apenas nas cadeiras.

• Cumpre proibição de usar gomas e balas e de andar em grandes grupos.

• Evita reações fisionômicas impróprias como espanto, desagrado, irritação, em situações impre-

vistas ou de maior complexidade e brincadeiras inadequadas.

Apresentação Pessoal – É a maneira de o aluno vestir-se e arrumar-se para o desempenho de

sua função. Apresentação e cuidado pessoal adequado significam:

• ter higiene corporal satisfatória;

• usar unhas curtas, cabelos presos, maquiagem e joias discretas;

• apresentar uniforme limpo e passado;

• utiliza crachá e material de bolso completos.

Educação Profissional :: Pontos de partida60

Page 61: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Comunicação Oral – É a maneira de se expressar na realização de suas atividades profissionais.

A comunicação oral de padrão efetivo e profissional é feita de maneira clara e audível, utilizando lin-

guagem apropriada e correta, com conteúdo organizado, pertinente e verdadeiro.

Registros de Enfermagem – São feitos de maneira legível, completa, correta, sucinta e sem ra-

suras, utilizando terminologia apropriada e adequada, com fontes validadas e verificadas.

Registros no prontuário: informações pertinentes ao cliente em linguagem científica, concisa, sem

duplicidade de registro, de modo que qualquer profissional que as leia compreenda-as com exati-

dão.

Apresentação dos registros: grafia legível, sem falhas ortográficas, sem rasuras, evitando o uso

de abreviaturas.

AVALIAÇÃO E AUTOAVALIAÇÃO DO ALUNO

(preenchida pelo aluno)

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 61

Avaliação do campo de estágio

Avaliação do professor-enfermeiro responsável pela supervisão do estágio

Autoavaliação

Data: _____ / _____ / ______

Nome e assinatura do aluno:...............................................................................

Page 62: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.10. Outras modalidades de atuação profissional

PROGRAMAS DE AÇÕES VOLUNTÁRIAS

CONCEITO DE VOLUNTARIADO

Voluntário é o cidadão que, motivado por valores de participação esolidariedade, doa seu tempo, trabalho e talento, de maneira espontânea

e não remunerada, para causas de interesse social e comunitário.

Essa é uma das definições mais aceitas de voluntário, formulada pelo Programa de Voluntários

do Conselho da Comunidade Solidária.

Afastando-se da noção de gesto assistencial isolado, o conceito de voluntário aproximou-se do

sentido de solidariedade e responsabilidade social, resultando em um trabalho de qualidade, feito

com prazer.

1. OBJETIVOS

Promover o crescimento quantitativo e qualitativo do voluntariado jovem, a fim de contribuir para

o desenvolvimento social do país.

• Aumentar o reconhecimento da importância do trabalho voluntário nos diversos setores sociais.

• Construir uma rede de organizações comprometidas com o voluntariado.

• Estimular que os jovens desenvolvam atividades como voluntários dentro da sua área de forma-

ção técnica ou não, na própria escola ou em outras instituições.

CONVICÇÕES

O trabalho voluntário é importante para o desenvolvimento do Brasil.

As instituições de ensino são as grandes aliadas na formação de uma sociedade capaz, partici-

pante e cidadã.

O futuro está no jovem consciente, voluntário e protagonista.

O voluntário é o agente propulsor da cidadania ativa, da melhoria da qualidade da educação e

da transformação da sociedade.

Segundo a ONU, 42 milhões de brasileiros praticam algum tipo de ação solidária ou trabalho vo-

luntário.

A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA

Depois da família, a escola é a mais importante instituição socializadora. Para os jovens, a escola

propicia vivências que orientam para o presente e para o futuro. É o lugar onde se aprendem con-

teúdos fundamentais, mas também é um espaço de relações humanas, de construção de modelos,

de reflexão e de experiência.

A instituição de ensino é a mais adequada parceira para um trabalho de vivência cidadã, de al-

truísmo, de generosidade, de solidariedade. O trabalho voluntário reforça o papel da escola como

centro de cidadania e cultura, local em que se exercita a convivência democrática.

Como consequência direta, a instituição de ensino ganha visibilidade e cria referência na comu-

nidade, desperta o interesse de seus alunos pelos estudos (diminuindo a repetência e a evasão),

Educação Profissional :: Pontos de partida62

Page 63: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

desenvolve uma gestão mais democrática e eficiente, dissemina uma cultura de paz e solidariedade

e promove a inclusão e a participação social.

TERMO DE ADESÃO DE VOLUNTÁRIO

(A ser preenchido pelo voluntário após acordo com a entidade.)

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 63

Nome do voluntário: ____________________________________

RG: _________________________________________________

CPF: _________________________________________________

Endereço: ____________________________________________

Telefone: _____________________________________________

O trabalho voluntário a ser desempenhado junto a essa escola, de acordo com a Lei Federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, é atividade não remunerada com finalidades ____________________ (assistenciais, educacionais, científicas, cívicas, culturais, recreativas, tecnológicas e outras) e não gera vínculo empregatício, nem funcional ou quaisquer obrigações trabalhistas, previdenciárias e afins.

Esse trabalho voluntário faz parte do Projeto de Cooperação _________________.

Tarefa específica: ______________________________________

Duração: de___/_____/_____ a ____/____/____

Horário: ________________ Total de horas: _________________

Resultados esperados: __________________________________

Sempre que o trabalho voluntário for aproveitado, no todo ou em parte, como estágio curricular supervisionado, as atividades desenvolvidas deverão estar expressamente definidas.

Declaro estar ciente de que o trabalho voluntário a ser desenvolvido junto à ___________________________________ será executado nos termos legais supracitados, não gerando vínculo empregatício de qualquer natureza, mas sujeitando-me ao regime das responsabilidades incidentes.

____________,______ de ________________ de 20 __.

_____________________________________________

Assinatura do voluntário

De acordo,

_____________________________________________

Diretor da escola (Quando o trabalho voluntário for realizado

na própria escola.) ou representante legal da instituição contratante

Page 64: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

3.11. Instrumentos jurídicos

MINUTA DE CONVÊNIO DE CONCESSÃO

DE ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE

Educação Profissional :: Pontos de partida64

CONVÊNIO DE CONCESSÃO DE ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE QUE

ENTRE SI CELEBRAM (NOME DA ENTIDADE) E A ESCOLA ESTADUAL

TÉCNICA ...................................................................

Pelo presente instrumento, a(o) (nome da entidade), com sede na (rua,

avenida...............), inscrita no CNPJ/MF sob o nº......................................., neste

ato representada pelo seu .........................................., Senhor(a)

..................................................., doravante designada “Concedente de Estágio” e

a Escola Estadual Técnica................................................., com sede

na,..........................................................., (município), estado do Tocantins, inscrita

no CNPJ/MF sob o nº...................................., doravante designada Instituição de

Ensino, neste ato representada por seu (sua)

Diretor(a)..........................................................................., RG.................................,

resolvem celebrar o presente convênio de concessão de estágio de

complementação educacional, na forma das seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO

O presente convênio objetiva estabelecer as condições indispensáveis à

viabilização de concessão de estágio de complementação educacional, junto à

“Concedente de Estágio”, aos estudantes matriculados nos Cursos da Escola

Estadual Técnica ..................................................................................................,

entendido o estágio como uma atividade de prática profissional que integra o

processo de ensino-aprendizagem, configurando uma metodologia que

contextualiza e põe em ação o aprendizado.

Page 65: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 65

Parágrafo único. Os estágios previstos neste convênio serão realizados nas

dependências da (o)........................................................................................

CLÁUSULA SEGUNDA – DO TERMO DE COMPROMISSO

A realização dos estágios dependerá de prévia formalização, em cada caso, do

competente TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO DE

COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL, celebrado entre a Concedente de Estágio

e o estudante, com interveniência da Instituição de Ensino.

CLÁUSULA TERCEIRA – DO PLANO DE ESTÁGIO

A Concedente de Estágio, para bem atender à finalidade do presente convênio,

obriga-se a propiciar ao estudante-estagiário todas as condições e facilidades para

o adequado aproveitamento do estágio, cumprindo e fazendo cumprir o Plano de

Estágio previamente acordado pelas partes, bem como designando supervisor

para acompanhar e auxiliar os estudantes-estagiários.

CLÁUSULA QUARTA – DA CONCESSÂO DE ESTÁGIO

A Concedente de Estágio, a seu critério, concederá uma bolsa de

complementação educacional, aos estudantes incorporados em seu Programa de

Estágio, em consonância com sua regulamentação interna, não gerando seu

credenciamento qualquer vínculo empregatício, nem consequente aquisição de

direitos ou vantagens conferidas aos seus funcionários.

CLÁUSULA QUINTA – DA CARGA-HORÁRIA

A carga horária mínima do estágio curricular atenderá a Resolução nº 1 do

CNE/CEB, de 21 de janeiro de 2004.

Page 66: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Educação Profissional :: Pontos de partida66

94

CLÁUSULA SEXTA – DAS OBRIGAÇÕES ESPECIAIS

Além das obrigações assumidas nas demais cláusulas deste Convênio, os

partícipes obrigam-se, especialmente, ao seguinte:

I – Obrigações da Concedente de Estágios:

a) ministrar ao estudante-estagiário, em sua totalidade, o conteúdo

programático, alinhado no Plano de Estágio, previsto na cláusula terceira;

b) garantir ao estagiário o cumprimento das exigências escolares, inclusive no

que se refere ao horário escolar;

c) verificar e acompanhar a assiduidade e a pontualidade do estudante-

estagiário, inclusive mediante adoção de registro de frequência específico, de

acordo com os procedimentos definidos no Termo de Compromisso citado na

cláusula segunda;

d) proceder, durante o estágio, às avaliações periódicas do nível de

desempenho técnico do estudante-estagiário;

e) coadjuvar a instituição de ensino, quando solicitada, na elaboração da

programação técnica do estágio e dos critérios de avaliação do seu

desenvolvimento;

f) coadjuvar a instituição de ensino, na avaliação final do estudante-estagiário,

referente às atividades executadas no decorrer do estágio;

g) informar a instituição de ensino, nas épocas oportunas, a disponibilidade de

vagas referentes à sua programação de estágio de complementação

educacional;

h) providenciar seguro de acidentes pessoais para o estudante-estagiário,

quando da celebração do Termo de Compromisso de Estágio referido na

cláusula segunda.

II – Obrigações da Instituição de Ensino:

Page 67: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 67

95

a) elaborar, em consonância com suas diretrizes internas e as peculiaridades das

atividades desenvolvidas pela concedente de estágio, a programação técnica do

estágio, inclusive definindo os critérios de avaliação do seu desenvolvimento,

previamente;

b) comunicar imediatamente à Concedente de Estágio, por escrito, todos os casos

de desligamento de estudante-estagiário, em relação ao(s) referido(s) na cláusula

primeira, seja qual for o motivo, inclusive conclusão de curso;

c) proceder às avaliações do estudante-estagiário, por meio da supervisão de

estágios e do coordenador do curso, com a colaboração da concedente de

estágio, por intermédio dos respectivos supervisores, mediante julgamento, em

cada caso, do relatório final elaborado, pelo estagiário, referente às atividades

executadas no decorrer do estágio;

d) fornecer à concedente de estágio uma cópia do relatório final de cada

estudante-estagiário, por ocasião da conclusão do estágio, caso seja solicitada.

CLÁUSULA SÉTIMA – DA VIGÊNCIA

O presente convênio terá vigência pelo prazo de 36 (trinta e seis) meses, a contar

da data de sua assinatura, podendo ser prorrogado mediante celebração de

Termo Aditivo, atendendo ao limite máximo de 60 (sessenta) meses.

CLÁUSULA OITAVA – DA DENÚNCIA E RESCISÃO

Este convênio poderá, a qualquer tempo, ser denunciado mediante notificação

prévia de 60 (sessenta) dias, ressalvada a faculdade de rescisão, desde que

comprovado o descumprimento de qualquer de suas cláusulas.

Parágrafo único. A extinção do presente Convênio, antes do seu final, fixado na

cláusula oitava, decorrente de denúncia por qualquer das partes, não prejudicará

os estagiários incorporados.

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Educação Profissional :: Pontos de partida68

CLÁUSULA NONA – DO FORO

Para solução de quaisquer controvérsias oriundas da execução deste Convênio,

as partes elegem uma das varas do foro da capital do estado de Tocantins, com

renúncia expressa a qualquer outro, por mais privilegiado que seja.

Estando assim justas e acordes, firmam o presente em 3 (três) vias de igual teor e

forma, para um só efeito, na presença das testemunhas instrumentais abaixo

nomeadas e subscritas.

_____________,____de__________________de______

.............................................................

CONCEDENTE DE ESTÁGIO

(nome completo do diretor/assinatura)

.............................................................

INSTITUIÇÃO DE ENSINO

(nome completo, carimbo e assinatura)

Testemunhas:

1. Assinatura: ______________________________________________________

2. Assinatura: ______________________________________________________

Nome/ RG: Nome/RG

Page 69: mecanismos de integração e parceria com a comunidade

Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 69

TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO

Pelo presente instrumento, as partes nomeadas, de um lado, (empresa) com sede

na (endereço da empresa) na cidade de ___________, estado de ______, neste ato

representada(o) pelos ao final assinados, doravante denominada(o) CONCEDENTE, e, de

outro lado, o(a) estudante ____________________________RG nº___________, CPF nº

______________, residente na _________________ CEP:___________

Bairro:_________________ na cidade de _____________, estado de _______, doravante

denominado ESTAGIÁRIO(A), aluno(a) regularmente matriculado(a) no(a)_____

módulo/série da(o) habilitação/curso _________________, de nível médio, da Escola

__________________________,localizada na cidade de________________, estado de

Tocantins doravante denominada INSTITUIÇÃO DE ENSINO, acordam e estabelecem

entre si as cláusulas e condições que regerão este TERMO DE COMPROMISSO DE

ESTÁGIO.

CLÁUSULA PRIMEIRA: Este Termo de Compromisso de Estágio está fundamentado e

fica vinculado ao acordo de cooperação, celebrado entre o(a) concedente e a instituição

de ensino em data de ____/____/____, da qual o(a) estagiário(a) é aluno.

CLÁUSULA SEGUNDA: Fica compromissado entre as partes que:

a) as atividades de estágio a serem cumpridas pelo(a) estagiário(a) serão desenvolvidas

das _____ às _____ e das _____ às _____, de 2ª a 6ª feira, totalizando ________ horas

por mês.

b) a jornada de atividade de estágio deverá compatibilizar-se com o horário escolar do(a)

estagiário(a) e com o horário do(a) concedente.

c) nos períodos de férias escolares, a jornada de estágio será estabelecida de comum

acordo entre o(a) concedente, com o conhecimento da instituição de ensino.

d) este Termo de Compromisso de Estágio terá vigência de ___/___/___a

____/____/____, podendo ser denunciado a qualquer tempo, unilateralmente, mediante

comunicado escrito com antecedência mínima de 5 (cinco) dias.

CLÁUSULA TERCEIRA: No desenvolvimento do estágio ora compromissado, caberá

ao(à) concedente:

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Educação Profissional :: Pontos de partida70

a) proporcionar ao(à) estagiário(a) atividade de aprendizagem social, profissional e

cultural compatível com sua formação profissional;

b) proporcionar ao(à) estagiário(a) condições de treinamento prático e de relacionamento

humano;

c) proporcionar à instituição de ensino, sempre que necessário, subsídios que possibilitem

o acompanhamento, a supervisão e a avaliação do estágio;

d) anexar a primeira via deste Termo de Compromisso ao Acordo de Cooperação

celebrado com a instituição de ensino.

CLÁUSULA QUARTA: No desenvolvimento do estágio ora compromissado, caberá ao(à)

estagiário(a):

a) cumprir com todo o empenho e interesse a programação estabelecida para seu

estágio;

b) observar as diretrizes e/ou normas internas do(da) concedente e os dispositivos legais

aplicáveis ao estágio;

c) comunicar à instituição de ensino qualquer fato relevante sobre seu estágio;

d) elaborar e entregar ao concedente, para posterior análise da instituição de ensino,

relatório sobre o estágio, na forma estabelecida por esta última.

CLÁUSULA QUINTA: Durante a vigência do estágio, será mensalmente concedida ao(à)

estagiário(a) pelo(a) concedente bolsa de complementação educacional no valor de R$

________ (______________) por ___________ que será pago ao(à) estagiário(a) até o

_____ dia útil de cada mês.

CLÁUSULA SEXTA: Na vigência regular do presente termo de compromisso, o(a)

estagiário(a) estará incluído(a) na cobertura de seguro contra acidentes pessoais

proporcionada pela apólice nº __________ da companhia ___________________.

CLÁUSULA SÉTIMA: Constituem-se motivo para interrupção automática da vigência do

presente Termo de Compromisso de Estágio:

a) a conclusão ou abandono do curso e o trancamento da matrícula;

b) o não cumprimento do convencionado neste Termo de Compromisso, bem como no

acordo de cooperação do qual decorre.

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Diretrizes Pedagógicas para a Educação Profissional 71

CLÁUSULA OITAVA: o presente estágio, não acarretará vínculo empregatício de qualquer

natureza, entre o(a) estagiário(a) e o(a) concedente, nos termos do que dispõe o art. 6º do

Decreto nº 87.497/82.

CLÁUSULA NONA: De comum acordo, as partes elegem o foro da Comarca de

___________, renunciando, desde logo, a qualquer outro, por mais privilegiado que seja,

para que sejam dirimidas quaisquer questões oriundas do presente instrumento.

E, por estarem de inteiro e comum acordo com os termos ora ajustados, as partes

assinam o presente instrumento em 3 (três) vias de igual teor e forma, para um só efeito,

na presença das testemunhas também ao final assinadas.

_________________, _____ de ______________________ de __________.

Pelo CONCEDENTE:

_____________________________________________

(carimbo e assinatura)

ESTAGIÁRIO(A):

_____________________________________________

(assinatura)

Pela INSTITUIÇÃO DE ENSINO:

_____________________________________________

(Direção/ carimbo e assinatura)

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Educação Profissional :: Pontos de partida72

PORTARIA SEDUC-TO nº , DE 2004

Dispõe sobre delegação de competência aos diretores das

escolas técnicas do estado de Tocantins, para a

celebração de convênios, objetivando a concessão de

estágio curricular profissionalizante.

A Secretária da Educação e Cultura do Estado de Tocantins, no uso de suas

atribuições legais, expede a presente portaria:

Art. 1º Fica delegada competência aos diretores das escolas técnicas do estado de

Tocantins para a celebração de convênios e respectivos termos de compromisso,

objetivando a concessão de estágio curricular profissionalizante aos alunos regularmente

matriculados, de acordo com a legislação vigente.

Art. 2º A minuta padrão, aprovada por esta Secretaria, em sessão de ____ /_____/2004,

deverá ser utilizada em sua forma e conteúdo, para a finalidade a que se refere o artigo

anterior, não podendo sofrer alterações de qualquer espécie.

Art. 3º A direção de escola técnica estadual deverá encaminhar à Coordenadoria de

Educação Profissional, semestralmente, relação dos convênios celebrados de

conformidade com a presente portaria.

Art. 4º A Coordenadoria de Educação Profissional expedirá instruções complementares.

Art. 5º Esta portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Maria Auxiliadora Seabra Rezende

Secretária de Educação e Cultura