mecÂnico industrial -...

43
Mecânico Industrial. 1 Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGチS - ER. 1 MECÂNICO INDUSTRIAL

Upload: dominh

Post on 10-Nov-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Mecânico Industrial. 1

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 1

MECÂNICO INDUSTRIAL

Mecânico Industrial. 2

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 2

SENAIPETROBRASCTGÁS-ER

Natal / RN2010

MECÂNICO INDUSTRIAL .

Mecânico Industrial. 3

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 3

© 2010 CTGÁS-ERQualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis – CTGÁS-ER

Diretor ExecutivoRodrigo Diniz de Mello

Diretor de TecnologiasPedro Neto Nogueira Diógenes

Diretor de NegóciosJosé Geraldo Saraiva Pinto

Unidade de Negócios de Educação – UNED

CoordenadoraMaria do Socorro Almeida

ElaboraçãoErizonaldo Paiva.

DiagramaçãoKeriny Brito Bezerra

FICHA CATALOGRÁFICA

CENTRO DE TECNOLOGIAS DO GÁS E ENERGIAS RENOVÁVEIS – CTGÁS -ERAV: Cap. Mor Gouveia, 1480 – Lagoa NovaCEP: 59063-400 – Natal – RNTelefone: (84) 3204.8100Fax: (84) 3204.8118E-mail: [email protected]: www.ctgas.com.br

Mecânico Industrial. 4

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 4

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO:................................ ... 7

SEGURANÇA DO TRABALHO; ................................ ....................... 7

1 - NOÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO TRABALHIS TA E PREVIDENCIÁRIARELATIVAS À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR. ................... 7

NORMAS REGULAMENTADORAS ................................ .................... 9

2 - ACIDENTE DO TRABALHO ................................ ....................... 10

CONCEITO PREVENCIONISTA: ................................ ..................... 11

FATORES PESSOAIS QUE PODERÃO CONTRIBUIR PARA A OCORRÊNCIA DEACIDENTE:................................ ................................ ............... 12

FATORES OPERACIONAIS QUE PODERÃO CONTRIBUIR PARA AOCORRÊNCIA DE ACIDENTE. ................................ ...................... 12

3 – DOENÇAS OCUPACIONAIS E DO TRABALHO .............................. 13

4 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO: ................................ ............. 13

5 - RISCOS AMBIENTAIS: ................................ ............................ 15

RISCOS QUÍMICOS: ................................ ................................ ... 17

RISCOS BIOLÓGICOS: ................................ ................................ 18

RISCOS ERGONÔMICOS: ................................ ............................ 18

RISCOS DE ACIDENTES: ................................ ............................. 196 - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SESMT – SERVIÇOS

ESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. ........ 19

7 – CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES. ...... 20

PREVENÇÃO DE INCÊNDIO. ................................ ........................ 23

1- TIPOS DE COMBUSTÃO: ................................ .......................... 24

2 - QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO: ................................ ................... 24

3 - TIPOS DE COMBUSTÍVEIS: ................................ ...................... 25

Mecânico Industrial. 5

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 5

3.1 - Os combustíveis sólidos são do tipo mate riais orgânicos, tipo: madeira, papel,papelão, algodão, fibra, borracha e tecido e etc. ................................ ... 253.2 - Os combustíveis líquidos são os líquidos inflamáveis, tipo: gasolina, álcool,solvente, tinta e etc. ................................ ................................ ..... 25

3.3 - Os combustíveis gasosos são os gases combustíveis, tipo: gás natural veicular,gás butano, gás propano, gás acetileno, gás butano e etc. ...................... 25

4 - ELEMENTOS ESSENCIAIS A FORMAÇÃO DO FOGO: ..................... 25

4.1- Ponto de fulgor: ................................ ................................ .... 25

4.2 - Ponto de combustão: ................................ ............................. 26

4.3 - Ponto de Ignição:................................ ................................ .. 26

5 - FORMAS DE TRANSMISSÃO DO CALOR: ................................ .... 27

5.1 – Condução: ................................ ................................ ......... 27

5.2 – Convecção: ................................ ................................ ........ 27

5.3 – Radiação: ................................ ................................ .......... 28

6 - MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO. ................................ ......... 28

6.1- Extinção do fogo por resfriamento: ................................ ............. 28

6.2 – Extinção do fogo por abafamento: ................................ ............. 29

6.3 - Extinção do fogo por isolamento: ................................ ............... 29

7 – CLASSES DE INCÊNDIOS. ................................ ...................... 30

7. 1 – Classe A: ................................ ................................ .......... 30

7.2 – Classe B:................................ ................................ ........... 30

7.3 – Classe C: ................................ ................................ .......... 31

7.4 – Classe D: ................................ ................................ .......... 31

8 - AGENTES EXTINTORES: ................................ ......................... 31

8.1 – Extintor de Água com pressurização direta: ................................ . 32

8.2 - Extintor de Água com pressurização indireta: ................................ 32

Mecânico Industrial. 6

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 6

8.3 – Extintor de Espuma Mecânica: ................................ ................. 32

8.4 – Extintor de Pó Químico Seco: ................................ .................. 328.5 – Extintor de Gás Carbônico: ................................ ..................... 32

OPERAÇÃO COM EXTINTORES: ................................ ................... 32

9 - SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES. ................................ ............... 37

10 - INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO: ..... 38

1– ASSOCIAÇÃO DOS EXTINTORES COM AS CLASSES DE INCÊNDIO. . 38

CAPÍTULO 2 - MEIO AMBIENTE ................................ ..................... 40

Referência Bibliográfica: ................................ ............................... 43

Mecânico Industrial. 7

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 7

CAPÍTULO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO:

SEGURANÇA DO TRABALHO;

Conceito:Podemos afirmar que a segurança do trabalho é um conjunto de medidas

administrativas, técnicas, legais, médicas e educacionais, portanto,multidisciplinares, empregadas na prevenção dos acidentes do trabalho e doençasocupacionais e do trabalho.

Medidas Administrativas:Consistem em ações implementadas pela empresa, no sentido de cumprir e

fazer cumprir a legislação vigente no país, no que diz respeito à s normas,procedimentos e padrões relativos a segurança e saúde do trabalhador.

Medidas Técnicas:Consistem na aplicação de procedimentos técnicos em avaliações

quantitativas e qualitativas de agentes ambientais, elaboração de laudo técnico deinsalubridade e periculosidade, especificação de equipamentos de proteçãoindividual e etc.

Medidas Legais:Consistem na aplicação e cumprimentos dos preceitos legais: Constituição

Federal, Consolidação das Leis do Trabalho, Leis 8.212 e 8213 e demais leis,artigos e instruções normativas, relativas à segurança e saúde do trabalhador.

Medidas Médicas:Consistem no acompanhamento a saúde laborativa do trabalhador em

cumprimento ao PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Amb ientais. Realizaçãode exames admissionais, periódicos, demissionais, retorno ao trabalho e mudançade função.

Medidas Educacionais:Consistem na realização de atividades educacionais, relativas ao

desenvolvimento de treinamentos, palestras, campanhas com objetivo de difundir asegurança, meio ambiente e saúde para a força de trabalho da empresa.

1 - NOÇÕES SOBRE A LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIARELATIVAS À SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHADOR.

A legislação Brasileira que trata das questões trabalhistas e previdenciáriasrelativas à segurança e saúde do trabalhado , encontra-se pautada na ConstituiçãoFederal no Artigo 7º, na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, Portaria 3.214 de08/06/1978 e a lei 8.218 e lei 8.213.

O Artigo 7º da Constituição da República Federativa do Brasil trata dosdireitos Dos Direitos Sociais:

Mecânico Industrial. 8

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 8

São direitos dos Trabalhos urbanos e rurais, além de outros que visem suamelhoria de sua condição social:1) Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saú de, higienee segurança;2) Adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubre ou perigosa naforma da lei;3) Seguro* contra acidente do trabalho, a cargo do empregador sem excluir aindenização a que este está obrigado quando ocorrer dolo ou culpa;

* O seguro contra acidente do trabalho a ser pago pela empresa, incide nopercentual de 1%, 2% e 3%, conforme o Grau de Incidência de IncapacidadeLaborativa.

CAPÍTULO V DA CLT.O Capítulo V da CLT trata de SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO.

Em seus vários Art. Consolida as ações relativas à proteção a saúde e integridadefísica do trabalhador. Faremos menç ão a alguns desses Art. que tratam dasresponsabilidades dos atores sociais na preservação da vida e da promoção dasaúde do trabalhador.

Art. 156 – Compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limitesde sua jurisdição.I – promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina dotrabalho;II – adotar medidas que se tornem exig íveis, em virtude das dispos ições desteCapítulo determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho sefaçam necessárias;III – impor penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes desteCapítulo.

Art. 157 – Cabe às empresas:I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;II – instruir os empregados, através de ordem de serviços, quanto às precauções atomar no sentido de evitar acidentes do trabalho e doenças ocupacionais;III – adotar medidas que lhes sejam determinadas pel o órgão regional competente;IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.

Art. 158 – Cabe aos empregados.I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruçõesde que trata o item II do artigo anteri or;II – colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo;PARÁGRAFO ÚNICO. Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada :a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II doartigo anterior;b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.Art. 159 – Mediante convênio autorizado pelo Ministério do Trabalho, poderão serdelegadas a outros órgãos federais, estaduais ou municipais atribuições defiscalização ou orientação às empresas quanto ao cumprimento das disposiçõesconstantes deste Capítulo.

Mecânico Industrial. 9

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 9

PORTARIA 3.214.

Portaria 3.214 de 08/06/1978 - Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – docapítulo V, do Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurançae Saúde e Medicina do Trabalho.

A referida portaria instituiu as primeiras Normas Regulamentadoras deSegurança e Saúde do Trabalho Urbano, sendo elas em um total de 28 (vinte e oito)NR’s.

Ao longo do tempo a essas Normas Regulamentadoras foram acrescida smais 05 (cinco) Normas Regulamentadoras . NR-29 (17.12.1998), NR-30(04.12.2002), NR-31(03.03.2005), NR-32 (11.11.2005) e a NR-33 (22.12.2005)

NORMAS REGULAMENTADORAS

NR-01. Disposições gerais;NR-02. Inspeção prévia;NR-03. Embargo ou interdição;NR-04. Serviços especializados em segurança e medicina do trabalho – SESMT;NR-05. Comissão interna de prevenção e acidentes – CIPA;NR-06. Equipamento de proteção individual – EPI;NR-07. Programa de controle médico de saúde ocupacional – PCMSO;NR-08. Edificações;NR-09. Programa de prevenção de riscos ambientais;NR-10. Instalações e serviços em eletricidade;NR-11. Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais;NR-12. Máquinas e equipamentos;NR-13. Caldeiras e vasos sobre pressão;NR-14.Fornos;NR-15. Atividades e operações insalubres;NR-16. Atividades e operações perigosas;NR-17. Ergonomia;NR-18. Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção;NR-19. Explosivos;NR-20. Líquidos combustíveis e inflamáveis;NR-21. Trabalho a céu aberto;NR-22. Segurança e saúde ocupacional na mineração;NR-23. Proteção contra incêndio;NR-24. Condições sanitárias e conforto nos locais de trabalho;NR-25. Resíduos industriais;NR-26. Sinalização de segurança;NR-27. Registro profissional do técnico em segurança do trabalho no Ministério doTrabalho;NR-28. Fiscalização e penalidades;NR-29. Segurança e saúde no trabalho portuário;NR-30. Segurança e saúde no trabalho aquaviário;NR-31. Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, e xploração florestale aqüicultura;

Mecânico Industrial. 10

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 10

NR-32. Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde;NR-33. para a força de trabalho da empresa Segurança e saúde no trabalho emespaços confinados.

Lei nº 8.213, de 24.7.1991 (PLANO DE BENEFÍCIO DA PREVIDÊNCIA SOC IAL)segurança

2 - ACIDENTE DO TRABALHOArt. 19Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço daempresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesãocorporal ou perturbação funcional que cause a mort e a perda ou redução,permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.§ 1º - A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas de coletivas eindividuais de proteção e segurança a da saúde do trabalhador.§ 2º - Constitui contravenção penal, pu nível com multa deixar a empresa de cumpriras normas de segurança e higiene do trabalho.§ 3º - É dever de a empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos daoperação a executar e do produto a manipular.§ 4º - O Ministério do Trabalho e da P revidência Social, fiscalizará e os sindicatos eentidades representativas de classe acompanharão o fiel comprimento dos dispostosnos parágrafos anteriores, conforme dispuser o regulamento.Art. 20Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior;I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada peloexercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectivarelação elaborada pelo Ministério da Previdência Social.II – doença do trabalho, assim ent endida adquirida ou desencadeada em função decondições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacionediretamente, constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério daPrevidência Social.§ 1º - Não são consideradas como doenças do trabalho:

a) a doença degenerativa;b) a inerente ao grupo etário;c) a que não produza incapacidade laborativa;d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em ela se

desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contatodireto determinado pela natureza do trabalho.

§ 2º - Em caso excepcional, constando -se que a doença não incluída na relaçãoelaborada pelo Ministério da Previdência Social.Art. 21Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta lei:I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido causa única, hajacontribuído diretamente para a morte do segurado, redução ou perda da suacapacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para suarecuperação;II – o acidente sofrido pelo segurado no local do trabalho, em conseqüência de:

Mecânico Industrial. 11

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 11

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro oucompanheiro de trabalho;

b) ofensa física intencional , inclusive de terceiros, por motivo de disputarelacionada ao trabalho;

c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou decompanheiro de trabalho;

d) ato da pessoa privado no uso da razão;e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos e decorrentes de

força ,maior;III – doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício desua atividade;IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob autoridade daempresa;

b) na prestação espontânea de qualquer servi ço à empresa para lhe evitarprejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiadopor esta dentro dos seus planos para melhor capacitação de mão -de-obra,independente do meio de locomoção utilizado, inc lusive veículo depropriedade do segurado;

d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela,qualquer que seja o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo depropriedade do segurado.

§ 1º - Nos períodos destinado a refeição ou d escanso, ou por ocasião da satisfaçãode outras necessidades fisiológicas , no local de trabalho ou durante este.§ 2º - Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesãoque, resultante de acidente de outra origem, se associe ou s e superponha àsconseqüências anteriores.

O Ministério da Previdência Social alerta sobre as ocorrências de acidentes comperda de tempo e danos materiais e caso esses não sejam investigados eanalisados as causas continuarão a existir podendo resultar em acidente do trabalhocom lesão do trabalhador, portando, sugere-se o conceito prevencionista:

CONCEITO PREVENCIONISTA :Ocorrência não planejada, inesperada ou não que interrompe e/ou interfere

no processo normal do trabalho. Ocasionando perda de tempo útil e/ou lesão dotrabalho e/ou danos materiais. Ou seja: toda essas ocorrências que resultaram tãosomente e perda de tempo útil e danos materiais devem ser investigadas como setivesse ocorrido a lesão.Classificação dos Acidentes do Trabalho quanto às conseqüências:

a) Com perda de tempo;b) Com lesões nos trabalhadoresc) Com danos materiais.

Mecânico Industrial. 12

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 12

Os acidentes com lesão no(s) trabalhador (es) classificam como:a) sem afastamento e...b) com afastamento

Acidente sem afastamento:É aquele em que o acidentado pode ex ercer suas funções normalmente, no

mesmo dia ou no dia seguinte no horário regulamentar.

Acidente com afastamento:É o acidente que provoca a incapacidade temporária, incapacidade

permanente ou morte do acidentado.

CAUSAS DOS ACIDENTES.Para fins meramente didáticos (informativos) as causas dos acidentes do trabalhosão resumidas em duas categorias: Atos Inseguros e Condições Inseguras.

Atos InsegurosSão causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano,isto é, aquelas que decorrem da execução das tarefas de formas contrária àsnormas de segurança.

Condições Inseguras:São aquelas presentes no ambiente de trabalho que colocam em risco a integridadefísica e/ou mental do trabalhador devido à possibilidade do mesmo acidentar -se.Tais condições apresentam-se como deficiências técnicas.

Porém quando da investigação dessas ocorrências deve -se levar emconsideração outros fatores e/ou causas que combinados resultaram no acidente ssob determinadas circunstâncias. O p apel do profissional de segurança é semprefazer a decomposição das causas.

O fator pessoal de insegurança é um das razões que levam os trabalhadoresa cometerem os chamados atos inseguros. Muitas vezes o mesmo não reúnecondições de trabalho por série de fatores que imp licam em seu comportamento,contrário aos procedimentos e padrões seguros.

FATORES PESSOAIS QUE PODERÃO CONTRIBUIR PARA A OCORRÊNCIA DEACIDENTE:

Modificações Psicológicas: Preocupações, descontentamentos; Modificações Fisiológicas: Fadiga, sono, embriaguez, condição não habitual; Formação: Trabalhador sem treinamento, treinamento deficiente, pouca

experiência;

Ambiente moral: Política salarial e promocional impróprias, seleção ineficaz.

FATORES OPERACIONAIS QUE PODERÃO CONTRIBUIR PARA AOCORRÊNCIA DE ACIDENTE.

Tarefa não habitual, imprevista; Precipitação ou ritmo de trabalho fora do normal;

Mecânico Industrial. 13

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 13

Antecipação de uma manobra; Interpretação errônea da execução de uma tarefa; Postura não prevista para efetuar uma operação; Emprego incorreto de uma máquina; Utilização de ferramenta ou acessório inadequado; Uso de ferramenta em mau estado; Peso, dimensão, temperatura; Mudança no ritmo de alimentação; Interrupção ou variação brusca ou não controlada de energia. Local de trabalho não habitual, percurso habitual modif icado, obstáculo na

zona de circulação, etc.; Ambiente físico de trabalho: problemas de iluminação, alt o nível de ruído,

temperaturas e umidade extremas, presença de aerodispersóides e outroscontaminantes do ar.

O acidente pode resultar em danos a pessoa s, a propriedade ou interferênciaou interrupção da atividade (produção). Como já falamos anteriormente,normalmente a ocorrência está ligada a pessoa, equipamentos (materiais/processos)e ambiente de trabalho.

Para entendermos as causas dos acidentes do t rabalho podemos classificá-las como causas imediatas, causas básicas e causas administrativas.

Causas Imediatas – são circunstancias que antecedem imediatamente aocorrência do acidente e normalmente são facilmente identificadas .

Causas básicas – são causas reais; são as razões pelas quais ocorrem oscomportamentos inseguros contrários aos normas e procedimentos padrões.

Causas administrativas – são que dizem respeito à falta de uma política ediretrizes de segurança por parte da empresa, não definindo padr ões eprocedimentos seguros que devem ser seguidos pelos trabalhadores.

3 – DOENÇAS OCUPACIONAIS E DO TRABALHODe acordo com a lei 8.213/91 – Art. 20, considera Doença Profissional ,

assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho p eculiar adeterminada atividade e constante na respectiva relação elaborada pelo Ministériodo Trabalho e Previdência Social. Doença Ocupacional , assim entendida aadquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho érealizado e com ele se relacione diretamente, constante na relação elaborada peloMinistério do Trabalho e Previdência Social.

4 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO :

Os equipamentos de proteção dividem -se em equipamentos de proteçãocoletivo e individual.

4.1 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA :Como o nome sugere são equipamentos cuja finalidade é proteger a mais de

uma pessoa simultaneamente.

Mecânico Industrial. 14

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 14

Ex – sinalização de segurança, pára -raios, proteção de correias e polias, pisoantiderrapante, guarda-corpo, corrimão, aterramento elétrico, equipamento decombate a incêndio e etc.

4.2 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: (NR 06)

É todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde dotrabalhador.

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente EPIadequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nasseguintes circunstâncias:a) sempre que as medidas de ordem geral não oferecerem completa pr oteção contraos riscos de acidentes do trabalho ou das doenças profissionais e do trabalho;b) enquanto as medidas de proteção coletivas estiverem sendo implantadas;c) para atender situações de emergência.

Cabe ao empregador quanto ao EPI.a) adquirir o tipo a atividade do empregado;b) exigir o seu uso;c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente

em matéria de segurança e saúde do trabalho;d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;g) comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego, qu alquer irregularidade

observada.Cabe ao empregado.

a) usar, utilizando-o apenas para finalidade que se destina;b) responsabilizar-se pela guarda e conservação ;c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o

uso;d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

C.A – Certificado de Aprovação:Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome

do comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, nocaso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número doCA.

Restauração, lavagem e higienização do EP I.Os EPIs passivos de restauração, lavagem e higienização, serão definidos

pela comissão tripartite constituída, na forma do disposto no item 6.4.1 da NormaRegulamentadora nº 05, devendo manter as características originais.

Mecânico Industrial. 15

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 15

5 - RISCOS AMBIENTAIS :Consideram-se riscos ambientais os agentes presentes nos ambientes de

trabalho capazes de causas danos a saúde e integridade física do trabalhador emfunção da natureza do agente, concentração ou intensidade, susceptibilidade dotrabalhador e tempo de exposição.

Nos ambientes de trabalho, conforme os tipos de atividades desenvolvidas, aspessoas estão expostas ao contato com diferentes agentes que poderão causardanos à sua integridade física, psicológica e social.

ESTES AGENTES SÃO CLASSIFICADOS EM : Riscos Físicos; Riscos Químicos; Riscos Biológicos; Riscos Ergonômicos; Riscos de Acidentes

RISCOS FÍSICOS: ruído; vibrações; calor; frio; pressões anormais; radiações ionizantes; radiações não ionizantes; unidade.

Ruído:Entende-se por ruído um barulho ou som indesejável freqüentemente

produzido por máquinas, equipamentos ou processos , cujos efeitos no organismopoderão ser:- distúrbios gastrintestinais;- irritabilidade;- vertigens;- nervosismo;- aceleração do pulso;- elevação da pressão arterial;- contração dos vasos sanguíneos e músculos;- surdez.Vibrações:

São oscilações, balanço, tremores, movimentos vibratórios e trepidaçõesproduzidos por máquinas e equipamentos motorizados quando em funcionamento.As vibrações podem ter interferência no corpo inteiro ou em determinada parte docorpo (localizada).

A depender da intensidade da vibração e o tempo de exposição os efeitos noorganismo são:- alterações musculares e ósseas;- patologias ortopédicas;

Mecânico Industrial. 16

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 16

- problemas nas articulações;- distúrbios na coordenação motora;- enjôo e náuseas;- diminuição do tato.Temperaturas extremas:

Como o próprio nome sugere as temperaturas extremas são aquelas quepodem ser temperaturas elevadas ou baixa temperatura , ou seja: o trabalhadorpoderá está diante de um calor em excesso ou sobre um freio intenso.

Temperaturas extremas por Calor :Na indústria geralmente algumas atividades podem gerar calor, como

exemplo o trabalho com fundição, siderurgia, indústria de vidro. Nesses casos ostrabalhadores expostos a essas atividades, poderão estar propensos a problemascomo: insolação, câimbras, problemas oculares. Claro de esses problemas irádepender da intensidade do calor. Convém alertar que estas atividades deexposição ao calor, está também associada a exposição a radiação ultravioleta, queestão presentes sobretudo, nas operações de fus ão de metais (serviços desoldagem). Podendo provocar queimaduras e inflamação nos olhos.

Temperaturas extremas por Frio :Na indústria as atividades que podem expor o trabalha dor ao frio excessivo,

são os trabalhos em câmaras frias, como na industrialização e beneficiamento depescados, frigoríficos, indústria de alimentos e fábrica de gelo.

Os prováveis efeitos ao organismo do trabalhador exposto a frio excessivosão: queimaduras, gripes, resfriados, alergias, problemas circulatórios econgelamento de extremidades (dedos das mãos e pés).

Pressões Anormais:A exposição a pressões anormais, são aquelas em que o individuo está diante

de uma pressão superior a uma atm (1 Kg/Cm2 ). Presentes nas atividades demergulho, serviços em tubulões/túneis pressurizados, trabalhos em mineração desubsolo e elevadas altitudes. Os riscos a saúde são:

barotrauma: Incapacidade do mergulhador equilibrar a pressão interna docorpo com a pressão externa.

embolia gasosa: conseqüência da rápida subida do mergulhador a superfíciesem fazer a descompressão.

Intoxicação por dióxido de carbono: podem ocorrer espasmos semergulhadores o mergulhador não for socorrido imediatamente.

Radiações:Na atividade industrial o trabalhador poderá está exposto a pelo menos dois

tipos de radiações: radiações ionizantes e não ionizantes.

Radiações inonizantes:São as do tipo alfa, beta, gama, raio X. Essas são invisíveis e podem resultar

em sérios problemas ao organ ismo do trabalhador: queda de cabelos, lesões nacórnea e cristalino, perda da imunidade biológica, câncer e até mutações genéticas.

Mecânico Industrial. 17

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 17

Radiações não ionizantes:Esta radiação é do tipo eletromagnética e apresenta -se na forma de raios

infravermelhos, ultravioletas, microondas e laser.Ocorrem normalmente nas atividades em siderurgias, fusão de metais,

processo de soldagem, fornalhas e forno de tratamento térmico. Produzemalterações na pele e olhos, queimaduras, inflamações nos olhos.

Umidade:As atividades em que o trabalhador está exposto a umidades, são indústria de

pescados, industrialização de alimentos, frigoríficos, abatedouros.E poderão produzir efeitos ao organismo tais como: problema circulatório

dores musculares.

RISCOS QUÍMICOS:Gerados por produtos, substâncias e compostos químicos em geral e poderão

ser classificados como irritantes, asfixiantes, narcóticos ou sistêmicos. O meio depenetração no organismo é através das vias respiratória, cutânea e digestiva. Osagentes químicos são:

poeira; névoa; neblina; fumos; gases; vapores;

Poeira:São partículas sólidas em suspensão no ar, originadas de operações como:

lixamento, esmerilhamento, trituração, movimentação de terra, manipulação degrãos, metais, minérios, etc. Geralmente produzem efeito s no organismo no tratorespiratório e a depender o tipo do material e ou produto poderão ter conseqüênciaseveras a saúde do trabalhador.Névoa:

São partículas liquida em suspensão no ar produzida por processos depintura à pistola, spray e lubrificação.

Neblina:São partículas em suspensão no ar, produzidas por condensação de vapores.

A exposição à neblina está ligada a manipulação de ácidos (clorídrico, nítrico,crômico, fluorídrico, sulfúrico e etc.)Fumos:

São partículas sólidas suspensa no ar, g eradas pelos processos decondensação de vapores metálicos, produzidos por sublimação (passagemdiretamente do sólido para o gasoso) de um metal. Geralmente são produzidos pelareação de vapores metálicos com o oxigênio do ar, presentes nos processos eoperações como: fundição, desbaste através de esmerilhamento e soldagem.Gases:

São sustâncias que em condições normais de temperatura e pressão estãono estado gasoso.

Mecânico Industrial. 18

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 18

Como exemplo podemos citar: hidrogênio, agonio, acetileno, dióxido decarbono, monóxido de carbono, dióxido de enxofre, gás liquefeito de petróleo, gásnatural, amônia etc.Vapores:

É a fase gasosa de uma substância que é normalmente sólida ou liquida emcondições normais de temperatura e pressão.

Os vapores poderão está presentes na manip ulação de solventes orgânicos,produtos de limpeza, álcool, xileno, tetracloreto de carbono, benzeno, tolueno,cloreto de etila, gasolina e etc.

Existe um grande universo de sustâncias, compostos e produtos químicos .Em razão da composição desses e as reações que poderão causar ao organismo dotrabalhador, alguns desses produtos são controlados por organismos oficiais. Todasas substâncias, compostos e produtos químicos possuem uma FISPQ - fichaquímica ou ficha de emergência que dispõe de informações sobre o produto,composição, prováveis efeitos ao organismo , cuidados no armazenamento emanipulação, ações em caso de socorro em caso de emergências e danos ao meioambiente.

RISCOS BIOLÓGICOS:São caracterizados por microorganismos invisíveis a olho nu, p resentes no

ambientes de trabalho e pode causar danos a saúde do trabalhador. São os maisdiversos os meios de transmissão ou contaminação por esses agentes através depessoa, ambientes e até animais. Dada a mutação desses agentes, muitas vezestorna-se difícil o controle de uma possível epidemia ou endemia . As atividades quenormalmente os trabalhadores estão expostos a esse tipo exposição são: curtumes,coletas de lixo, limpeza de fossas, abatedouros, necropsias, serviços funerários,laboratórios de análises clínicas, atividades de atenção a saúde como clínicas,hospitais, sobretudo os hospitais de doenças infecto -contagiosas. A assepsia,esterilização e a vacinação, são algumas ações que poderão contribuir para ocontrole de uma possível propagação desse s agentes.

Os agentes biológicos são: protozoários; fungos; bactérias; bacilos; vírus.

RISCOS ERGONÔMICOS:São agentes presentes nos ambientes de trabalho que podem interferir e ter

efeito na carga física e/ou psicológica do trabalhador.Estudos que tratam da ergonomia, visam estabelecer parâmetros que

permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicasdos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança edesempenho eficiente.

Para avaliar às adaptações das condições de trabalho cabe o empregadorrealizar à A.E.T (avaliação ergonômica de Trabalho) devendo a mesmaabordar no mínimo, às condições de trabalho, conforme estabelecido pela NR -17.

Mecânico Industrial. 19

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 19

Para aplicação de resultados satisfatórios , deve-se levar em consideração nessasavaliações os fatores ligados a fisiologia, psicologia, sociologia e antropometría.

As atividades que podem impactar em carga física e/ou psíquica são: esforço físico intenso; levantamento e transporte manual de peso; exigência de postura inadequada; controle rígido de produtividades; imposição a ritmos excessivos; trabalho em turno e noturno; jornada de trabalho prolongada; monotonia e repetitividade e outras situações geradoras de stress físicos e psíquico.

Nos ambientes de trabalho deve-se observar:1) Atividades relativas ao: Levantamento, transporte e descarga de materiais,

mobiliário dos postos de trabalho, equipamentos dos posto de trabalho,condições ambientais do trabalho, organização do trabalho.

2) Organização do trabalho: normas de produção, modo operatório, exigênciado tempo, determinação do conteúdo do tempo, retorno de trabalho, conteúdodas tarefas.

RISCOS DE ACIDENTES:Os riscos de acidentes são representados por condições ambientais do

trabalho e/ou comportamento por parte do trabalhador com relação ao nãocumprimento das premissas de segurança, normas e procedimentos de segurança.

Esses riscos podem variar de acordo as especificidades da empresa ou ramode atividade e processos de fabricação. Existe um grande elenco de riscos acidentesdentro de uma organização. Faremos referência a algumas situações que poderã oser fonte geradora de riscos.- arranjo físico inadequado;- máquinas e equipamentos sem proteção;- iluminação inadequada;- ferramentas defeituosas;- riscos elétricos;- probabilidade de incêndio ou explosão;- armazenamento inadequado;- animais peçonhentos;- falta de padrões, normas internas e procedimentos;- ausência de política e diretrizes de segurança e saúde do trabalhador.

6 - ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO SESMT – SERVIÇOSESPECIALIZADOS EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO .

Considerando o que trata a Norma Regulamentadora nº 04, “ As empresasprivadas e públicas, os órgãos de administração direta e indireta e dos podereslegislativos e judiciários que possuam empresados regidos pela Consolidaç ão dasLeis do Trabalho – CLT, manterão obrigatoriamente, Serviços Especializados em

Mecânico Industrial. 20

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 20

Engenharia de Segurança e Medicina do trabalh o, com a finalidade de promover asaúde e proteger a integridade física do trabalhador no local de trabalho ”.

Os profissionais que constitui o SESMT, são: médico do trabalho, enfermeirodo trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho, engenheiro de segurança dotrabalho e técnico em segurança do trabalho e tem por finalidade a elaboração e aimplementação de programas de prevenção de acidentes e doenças relativas aotrabalho.

O dimensionamento desses profissionais por estabelecimento está vinculadoà gradação do risco da atividade principal da empresa e ao número to tal deempregados constantes nos dos Quadros I e II anexos da NR -04.

Esses profissionais são obrigados a cumprir jornadas diárias de trabalho de08 (oito) e em algumas situações os profissionais médicos do trabalho e engenheirode segurança do trabalho podem cumprir jornadas de trabalho de tempo parcial deno mínimo de 03 (três) horas diárias.

7 – CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES.

A Norma Regulamentadora nº 5 trata da CIPA – Comissão Interna dePrevenção de Acidentes, que de acordo c om sua constituição diz. “Devem constituirCIPA, por estabelecimento e mantê -la em regular funcionamento as empresasprivadas, públicas, sociedade de economia mista, órgãos da administração direta eindireta, instituição beneficentes, associações recreati vas, bem como outrasinstituições que admitam trabalhadores como empregados”.

A CIPA é o espaço onde os trabalhadores discutem coletivamente os riscos àsua segurança e saúde, negociando com a empresa as medidas necessárias para ocontrole dos mesmos.

Para constituição da CIPA, deverá ser levado em consideração o número detrabalhadores do estabelecimento e ao grupo que pertença à empresa e odimensionamento da comissão será conforme está previsto no quadro I da referidaNorma Regulamentadora.

A CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentesdo trabalho, de modo à tornar compatível permanentemente o trabalho com apreservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Da Organização:A CIPA será composta de representantes do em pregador e dos empregados,

de acordo com o dimensionamento previsto no quadro I desta NR, ressalvadas asalterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos.

Da ConstituiçãoA CIPA será composta de representantes do empregad or e dos empregados.Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles

designados.Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em

escrutínio secreto, do qual participem, independente de filiação sindical,exclusivamente os empregados interessados.

Mecânico Industrial. 21

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 21

Das Atribuições: identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos

ambientais elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de

problemas de segurança e saúde d o trabalho; participar da implementação de medidas de controle da qualidade de medidas

de prevenção de necessárias, bem como da avaliação das prioridades deação nos locais de trabalhos;

realizar periodicamente, verificações nos ambientes e condições de tr abalhovisando identificação de situações que venham trazer riscos a segurança esaúde dos trabalhadores;

realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seuplano de trabalho e discutir as situações de riscos que foram identificada s;

divulgar aos trabalhadores informações relativas a segurança e saúde dotrabalho;

participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas peloempregador para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processode trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação demáquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança esaúde dos trabalhadores;

colaborar no desenvolvimento do PCMSO e PPRA e de ou tros programasrelacionados à segurança e saúde no trabalho;

divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bemcomo cláusulas de acordo e convenções de trabalho, relativas à segurança esaúde no trabalho;

participar em conjunto com SESMT, onde houver, ou com o empregador daanálise das causas das doenças e acidentes e acidentes de trabalho e propormedidas de solução dos problemas identificados;

requisitar ao empregador e analisar as informações sobre as questões quetenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;

requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas; promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a semana

Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; participar, anualmente, em conjunto com a empre sa, de Campanhas de

Prevenção a AIDS.

Do Funcionamento: A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário

previamente estabelecido; As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente

normal da empresa e em local apropri ado; As reuniões da CIPA terão Atas assinadas pelos presentes com

encaminhamento de cópias para todos os membros; As reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:a) Houver denúncia de situação de grave e iminente risco;b) Ocorrer acidente grave ou fatal;c) Houver solicitação expressa de uma das representações.

Mecânico Industrial. 22

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 22

d)Do treinamento:

A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titularese suplentes, antes de posse;

As empresas que não se enquadrarem no quadro I, promoverão anualmentetreinamento para o designado responsável pelo cumprimento do objetivo desta NR;

O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes itens: a) estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem como dos riscosoriginados do processo produtivo; b) metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho; c) noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes da exposiçãoaos riscos existentes na empresa; d) noções sobre a síndrome da Imu nodeficiência Adquirida – AIDS e medidasde prevenção; e) noções sobre legislação trabalhista e previdenciária relativas à segurança esaúde do trabalho; f) princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dosriscos; g) organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício dasatribuições da Comissão.

Do Processo Eleitoral:Quanto ao processo eleitoral para escolha dos representantes dos

empregados na CIPA, terá que ser tomada algumas providências e cumprimento deprazos fixados pela NR-05. O processo Eleitoral começa com a convocação daeleição por parte do empregador. Em seguida será constituída a Comiss ão Eleitoralque passará a desenvolver todas as ações relativas ao pleito. A Comissão Eleitoral,publicará e divulgará o Edital de Eleição, ficará responsável pela efetivação dasinscrições dos candidatos como também organizará a realização da eleição.

Para melhor compreensão, segue abaixo cronograma de um processoeleitoral.Modelo de um Cronograma do Processo Eleitoral:

Dias parao término

domandato

Data Ação Responsabilidade Observação

60Convocar Eleiçãopara escolha dos

representantes dosempregados na

CIPA

Empregador Fazerconvocaçãoatravés de

oficio circulare divulgar nos

murais eIntranet;

55Constituir a

Comissão EleitoralPresidente e vicedo mandato em

curso

Poderá contarcom a

colaboraçãode outraspessoas;

Publicação e Comissão Em todos os

Mecânico Industrial. 23

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 23

45 divulgação do Editalde Eleição

Eleitoral murais eIntranet;

15 diascorridos

Efetivação dasinscrições dos

candidatos

ComissãoEleitoral

Fornecer aocandidato

comprovantede inscrição;

30Realização de

EleiçãoComissãoEleitoral

Organizar olocal e

providenciarlogística para

votaçãoeletrônica.

________________________________ _____Assinatura do Presidente da Comissão Eleitoral

- a empresa estabelecerá mecanismo para comunicar o início do processo eleitoralao sindicato da categoria profissional;- liberdade de inscrição para todos os empregados;- garantia do emprego para todos os inscritos até o dia da el eição;- realização da eleição em dia normal de trabalho respeitando os turnos;- voto secreto;- apuração dos votos em horário normal de trabalho- faculdade de votos por meio eletrônico;- guarda pelo empregador, de todos os documentos relativos à elei ção por umperíodo mínimo de cinco anos;- havendo participação inferior a 50% na votação, não haverá apuração; organizaroutra votação no prazo máximo de dez dias;- as denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas no MTE , atétrinta dias após a data da posse;- a posse dos membros eleitos e designados, será no primeiro dia útil após o terminodo mandato.

PREVENÇÃO DE INCÊNDIO.A Norma Regulamentadora que trata da prevenção e combate a incêndio é a

NR-23. Em disposições gerais a norma traduz que toda empresa deverão possuir:- proteção contra incêndio;- saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso deincêndio;- equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;- dispor de pessoas adestradas para u so correto desses equipamentos.

Neste módulo iremos estudar o seguinte conteúdo:- Tipos de combustão;- Química e física do fogo;- Tipos de combustíveis;- elementos essenciais a formação do fogo:- Formas de transmissão do calor;- Métodos de extinção do fogo: resfriamento, abafamento e isolamento;

Mecânico Industrial. 24

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 24

- Classes de incêndio: classe A, classe B, classe C e classe D;- Agentes extintores: extintor de água, extintor de espuma, extintor de pó químicoseco e extintor de gás carbônico.- Sinalização de extintores;- Inspeção e manutenção dos extintores de incêndio;- Associação dos extintores com as classes de incêndio.

1- TIPOS DE COMBUSTÃO:Para tornar mais fácil o aprendizado, podemos afirmar que quando falamos

de combustão, estamos falando do fogo propriamen te dito. A combustão é umareação rápida e exotérmica com geração de luz e calor. As chamas produzidas pelacombustão formam um fluxo de gases ou vapores que queimam e emitem luz emdecorrência da ação do calor sobre o elemento combustível.Combustão viva:

É aquela que produz chama imediatamen te e sua temperatura se elevarapidamente. Como exemplo podemos citar o fogo em líquidos voláteis como:gasolina, álcool, solventes, tinta.Combustão lenta:

É aquela que não produz chama de imediato e sua temperatu ra não se elevacom rapidez. Como exemplo, podemos citar a formação de fogo em local com poucapresença de oxigênio.Combustão incompleta:

É aquela que se dá pela insuficiência do oxigênio e geralmente acompanhadade um grande volume de fumaça. Como exemp lo, podemos citar as carvoeiras ( queproduz o carvão vegetal)

Quando esta combustão foge o controle é considerado incêndio. E paracombater o incêndio faz necessário lutar para controlá -lo e para tanto deveremospossuir matérias e equipamentos adequados e recursos humanos treinado paraesse fim.

2 - QUÍMICA E FÍSICA DO FOGO :Como a combustão é uma reação qu ímica, são necessários a presença de

três elementos que reagem entre si. Este s elementos são: calor, oxigênio(comburente) e combustível que didaticamente falando é conhecido por triangulo dofogo. Quando estes elementos estão de forma equilibrada ocorre à combustão eneste caso chamamos de reação em cadeia.

Mecânico Industrial. 25

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 25

Calor ou fonte de ignição:A fonte de ignição ou calor representa a energia térmica par a ativar a reação

química entre um material combustível e o oxigênio (comburente)Oxigênio (comburente)

O ar atmosférico é composto de aproximadamente de 78% de nitrogênio, 21%de oxigênio e 1% de outros gases.

Para que haja a combustão se necessário a p resença de pelo menos 16% deoxigênio. Se essa concentração for inferir a 16%, provavelmente não teremos fogo oteremos queima lenta. Se essa concentração baixar para em torno de 6%, nãohaverá fogo.Material combustível:

É toda e qualquer substância sól ida, liquida e gasosa que contribui para aformação do fogo. A seguir exemplificaremos os tipos de materiais combustíveis.

3 - TIPOS DE COMBUSTÍVEIS :Os combustíveis classificam-se como combustíveis sólidos, líquidos e

gasosos.3.1 - Os combustíveis sólidos são do tipo materiais orgânicos, tipo: madeira, papel,papelão, algodão, fibra, borracha e tecido e etc.3.2 - Os combustíveis líquidos são os líquidos inflamáveis, tipo: gasolina, álcool,solvente, tinta e etc.3.3 - Os combustíveis gasosos são os gases combustíveis, tipo: gás natural veicular,gás butano, gás propano, gás acetileno, gás butano e etc.

4 - ELEMENTOS ESSENCIAIS A FORMAÇÃO DO FOGO :Os elementos essenciais a formação do fogo são: Ponto de fulgor, ponto de

combustão e ponto de ignição.4.1- Ponto de fulgor:

É a temperatura mínima em que um combustív el, geralmente liquido, começaa desprender gases ou vapores para formar a mistura inflamável com o aratmosférico, com a aproximação de uma fonte externa de calor os g ases seincendeiam, porém as chamas não se mantém acessas.

Mecânico Industrial. 26

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 26

4.2 - Ponto de combustão:É a temperatura mínima que um combustível começa a desprender gases ou

vapores que em contato com uma fonte externa de calor os gases se incendeiam.As chamas se mantém acessa independente da fonte externa de calor.

4.3 - Ponto de Ignição:É a temperatura necessária pela qual os gases desprendidos de um

combustível entram em combustão, apenas pelo contato com o oxigênio do ar,independente de qualquer outra fonte de calor.

Mecânico Industrial. 27

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 27

5 - FORMAS DE TRANSMISSÃO DO CALOR :

É a forma de propagação do calor através de um corpo para outro através dacondução, convecção e radiação.5.1 – Condução:

Calor conduzido por contato direto.ex: Aquecimento de fios de cobre, em pouco tempo toda tomada estará aquecida;panelas esquentam o cabo; ou motores aquecem rolamentos e iniciam acombustão.

5.2 – Convecção:Ar quente e gases que saem do material que está queimando, podem levar a

queimar outros combustíveis próximos, ou alimentar mais ainda o fogo. As correntesde Ar se encarregam de propagar a combustão e maximizar o incêndio.ex: Incêndio de Edifícios.

Mecânico Industrial. 28

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 28

5.3 – Radiação:Calor transmitido em todas as direções por meio de ondas térmicas.

Ex: Ação do Sol, ondas caloríficas provocadas por focos de incêndios que sepropagam e torna a combustão fora de controle.

6 - MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO .Com já falamos anteriormente para o início da combustão, são necessários a

presença de três elementos que reagem entre si. Estes elementos são: calor,oxigênio (comburente) e combustível que didaticamente falando é co nhecido portriangulo do fogo. Quando estes elementos estão de forma equilibrada ocorre àcombustão e neste caso chamamos de reação em cadeia. Para a quebra da reaçãoem cadeia ou extinção de fogo, existem várias formas de extinção de incêndios,porém as mais comuns são: resfriamento, abafamento e isolamento.

6.1- Extinção do fogo por resfriamento :É o método de extinção mais conhecido e consiste na retirada ou diminuição

da tempera do material em chamas até que esta esteja abaixo do ponto decombustão, quando não mais haverá o desprendimento de vapores na quantidadenecessária para sustentar a combustão. A água é o método mais utilizado para sefazer o resfriamento.

Mecânico Industrial. 29

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 29

6.2 – Extinção do fogo por abafamento :É o método de extinção que consiste em reduzir a concentração do oxigênio

presente no ar, situado acima da superfície do combustível. O método maisempregado é a utilização de agentes extintores que atuam por eliminar o oxigênio.

6.3 - Extinção do fogo por isolamento:É o método que consiste na retirada ou controle do material combustível que

alimentam o fogo e daqueles que ainda não foram atingidos por este.ex. aceiros, utilizados nos casos dos incêndios em matas, florestas e campos.

Mecânico Industrial. 30

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 30

7 – CLASSES DE INCÊNDIOS.Para melhor entendimento do controle a sinistros, é importante que

conheçamos as classes de incêndios. Estas classes são conhecidas como ClassesA, B, C, e D.

Cada uma dessas classes possui um materia l combustível predominantecomo veremos a seguir.

7. 1 – Classe A:Os incêndios da classe A, são característicos em materiais de fácil combustão

com a propriedade de queimar em profundidade e deixar resíduos após acombustão.

ex. madeira, papel, papelão, algodão, fibras e etc.

7.2 – Classe B:Os incêndios da classe B, são característico s em líquidos inflamáveis e

derivados de petróleo. Esse tipo de incêndio , o material combustível queima nasuperfície e não deixam resíduo após a combustão.

Mecânico Industrial. 31

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 31

7.3 – Classe C:Não existe um combustível propriamente dito, ocorrem em equipamentos

elétricos energizados.ex. motores, transformadores, quadros de distribuição, painéis, relés

Obs: a interrupção da alimentação do equipamento não desqualifica a classe C , poisexiste a possibilidade do chaveamento estar interrompendo os condutores nãocarregados (neutro) mantendo assim o equipamento energizado o que podeocasionar outros curtos circuitos e choque elétrico caso o combate for realizado comagente extintor a base de água.

7.4 – Classe D:São incêndios que ocorrem em metais pirofóricos, tais como: maqnésio,

antimômio, lítio, cádmio, potássio, zinco, titânio, sódio e zircônio. Para a extinçãodesse tipo de incêndio terá que ser utilizado extintores especiais, ou areia seca, oulimalha de ferro fundido ou grafite em pó.

8 - AGENTES EXTINTORES:São considerados agentes extintores os produtos utilizados na extinção de

incêndios. Os extintores de incêndio a depender do peso e tamanho permitem seremtransportados manualmente ou por meio de rodas. Os extintores mais comuns são:água, pó químico seco, gás carbônico e espuma mecânica. Cada um dessesextintores possui propriedades específicas para combater o fogo. A projeção dosagentes é feita por meio de jatos s obre pressão.

Mecânico Industrial. 32

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 32

8.1 – Extintor de Água com pressurização direta :Conhecido comercialmente como extintor de ÁGUA PRESSURIZADA ou AP.

Em sua composição é tão somente água. A pressurização do extintor se dá por umgás propelente (normalmente, nitrogênio ou CO 2). Ação através do resfriamento.

8.2 - Extintor de Água com pressurização indireta :Conhecido comercialmente como extintor de ÁGUA GÁS ou AG.

A pressurização do extintor se dá através de um gás contido no cilindro adicionalinstalado no cilindro. Ação através do resfriamento.

Obs: por a água ser uma excelente agente de condutividade elétrica, essetipo de extintor não poderá ser utilizado em incêndio em equipamentos elétricos.

8.3 – Extintor de Espuma Mecânica :A espuma é formada pela mistura de á gua com o liquido gerador de espuma

(LGE) e arrasto do ar. Ação através do resfriamento e abafamento.A denominação mecânica é pela forma de funcionamento do extintor quando

em operação.Obs: por conduzir eletricidade o extintor de espuma não poderá ser utilizado

em incêndio em equipamentos elétricos.

8.4 – Extintor de Pó Químico Seco:O extintor de pó químico seco é conhecido comercialmente como extintor de

PQS.Em sua composição são encontrados , bicarbonato de sódio e estearato de

alumínio e são muito eficientes na extinção de incêndios em líquido inflamáveis. Oscomponentes utilizados nos extintores de pó químico não são tóxicos, entretantouma descarga de grande volume pode causar dificuldades respiratórias durante eimediatamente após a descarga, p oderá apresentar dificuldade na visibilidade doambiente. Ação através do abafamento.

8.5 – Extintor de Gás Carbônico:Conhecido comercialmente como extintor de CO 2. A sua composição é pura

e simplesmente monóxido de carbono. É um extintor de alta pres são. Recomendadopara incêndio em equipamentos elétricos energizados ou seja: incêndio da classe C.

OPERAÇÃO COM EXTINTORES :

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

Mecânico Industrial. 33

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 33

1º - Leve o extintor ao local do fogo.

2º - Empunhe a mangueira e destrave o gatilho

Mecânico Industrial. 34

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 34

3º - Pressione o gatilho direcionando o jato para a base do fogo.

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

1º - Leve o extintor ao local do fogo.

Mecânico Industrial. 35

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 35

2º - Empunhe a mangueira e destrave o gatilho

3º - Pressione o gatilho direcionando o jato para a base do fogo.

EXTINTOR DE CO2

Mecânico Industrial. 36

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 36

1º - Leve o extintor ao local do fogo.

2º - Empunhe a mangueira e destrave o gatilho

3º - Empunhe a mangueira segurando no punho de difusor e pressione o gatilho.

Mecânico Industrial. 37

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 37

4º - Direcione o jato em forma de leque para a base das chamas

9 - SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES .Todos os extintores de incêndio possuem sinalização que certamente irá

facilitar a sua localização, identificação do agente extintor, classes de incêndio,capacidade do aparelho, garantir que a manutenção seja feita por empresacertificada pelo INMETRO e delimitar a área próxima ao aparelho para evitarobstrução do mesmo.

O local próximo aos extintores dever ser sinalizado com identificação da cargado extintor. Essa sinalização pode ser através de disco ou seta. Em locais ondepode haver a possibilidade de obstrução do extintor, deverá ter uma área livre de nomínimo de 1 metro quadrado e sua altura de fixação do extintor não poderá exceder1,60 metros.

Além disso, nos cilindros dos extintores deve possuir selo com:- o código de identificação da empresa junto ao INMETRO;- o logotipo do INMETRO;- o logotipo da empresa responsável pela fabricação ou manutenção;- o logotipo do organismo de certificação creden ciado;- a capacidade extintora expressa em quilo grama – Kg ou litro – L;- a validade do teste hidrostático, que contada a cada cinco anos após a data defabricação ou realização do último teste hidrostático.

Os extintores deverão ser distribuídos estra tegicamente em locais:- de fácil acesso;- de fácil visualização;- com menos possibilidade de ser bloqueado pelo fogo .

Mecânico Industrial. 38

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 38

10 - INSPEÇÃO E MANUTENÇÃO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO :

A inspeção aos extintores de incêndio deve ocorrer periodicamente comobservação de componentes do mesmo que garanta as condições originais deoperação, onde será verificado:- lacre que garante a inviolabilidade do equipamento;- indicador de pressão (manômetro);- suportes;- mangueira;- gatilho e...- etiqueta onde são informadas as datas de recarga e reteste.Obs. Todo extintor de incêndio possui o número de carcaça que é tipado pelofabricante do mesmo.

A manutenção do extintor de incêndio tem a finalidade de manter suascondições originais de operação após sua utilização ou quando requerido por umainspeção oficial e/ou securitário.

A manutenção deve ser entendida como sendo uma atividade que envolvedespressurizarão, desmontagem, reparos ou substituição de componentes ou peças,teste hidrostático, pintura e recarga.

A recarga deve ser realizada quando da utilização em treinamentos oucombate ou fogo, quando apresentarem variação no peso superior a 10%, ouquando houver perda de pressão, identificada através do manômetro.

1– ASSOCIAÇÃO DOS EXTINTORES COM AS CLASS ES DE INCÊNDIO.Cada classe de incêndio possui um material predominante e associado a isso,

uma ação de combate.A classe A, são característicos em materiais de fácil combustão com a

propriedade de queimar em profundidade e deixar resíduos após a combust ão. Aação de combate se dá por resfriamento com extintores a base de água.

A classe B, são característico em líquidos inflamáveis e derivados de petróleo.Esse tipo de incêndio o material combustível queima na superfície e não deixamresíduo após a combustão. A ação de combate se dá por abafamento através deextintores de pó químico ou CO 2.

A classe C, ocorrem em equipamentos elétricos energizados. A ação decombate se dá por abafamento através de extintor de CO 2. O extintor de pó químiconão dever ser usado na classe C, pois os materiais de sua composição podemdanificar os circuitos impressos. Os extintores a base de água JAMAIS poderão serutilizados em incêndios em equipamentos elétricos.

Mecânico Industrial. 39

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 39

A classe D ocorre em ligas metálicas, passivas de entrar em c ombustão. Aação de combate se dá por abafamento (os agentes se fundem em contato com ometal em combustão criando uma camada de isolamento.

Classe Característica Combustível Extintor Adequado

Aqueima em

profundidade e deixaresíduos após a

combustão.

madeira, papel, tecido,fibra, algodão, borracha

etc.

Água ou espumamecânica.

Bqueima na superfíciee não deixa resíduosapós a combustão.

gasolina, álcool,solventes, tintas e

derivados do petróleo.

Pó químico seco.

Cocorre em

equipamentoselétricos energizados.

não existe um combustívelpropriamente dito, ocorre

em motores, reléstransformadores,disjuntores etc.

Gás carbônico.

D Ocorre em ligasmetálicas passivas deentrar em combustão.

magnésio, potássio,titânio, zircônio, alumínio

em pó.

Pó químicoespecial.

Mecânico Industrial. 40

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 40

CAPÍTULO 2 - MEIO AMBIENTE

Meio Ambiente – conceito:É o conjunto de condições, leis, influências e infra -estrutura de ordem física,

química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.A não observância do conceito ambiental, poderá resultar em agravos, muitas

vezes severos a toda forma de ser vivo, gerando assim, impactos ambientaisnegativos. Mas o que é impacto ambiental? É qualquer alteração das propriedadesfísicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma dematéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população e dos seres vivos; asatividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meioambiente e a qualidade dos recursos ambientais.

É de nosso conhecimento através da imprensa mundial, o relato de váriosacidentes ambientais de grandes proporções. Estes geraram impactos a toda esferada sociedade. Alguns desses acidentes ocorrem pela própria ação do homem, queinterferem de forma proposital ou até mesmo criminosa no meio ambiente. Outrosacontecem por falhas humanas nas operações e nos processos industriais.

Algumas vezes a própria natureza reage a essas ações do homem e acabaocorrendo fenômenos de uma magnitude com efeitos catastróficos. Como reaçõesda natureza, podemos citar a intensificação do aquecimento global, no qual interferediretamente no clima de todo o planeta.

Para atender as necessidades de uma sociedade industrializada, quase tudoque se produz, de certa forma gera algum impacto negativo ao meio ambiente.Objetivando conter ou reduzir os efeitos danosos ao meio ambiente, existem

CLASSE COMBUSTÍVEL EXTINTOR CARACTERISTICAS

A MATERIAL SÓLIDO ÁGUAQUEIMAMEMDEIXAM

RESÍDUOS

B LÍQUIDOS E GASESINFLAMÁVEIS PQS NÃO DEIXAM

RESÍDUOS

QUEIMAMEM

ELÉTRICOS ENERGIZADOSC EQUIPAMENTOS

ELÉTRICOS ENERGIZADOS CO2

CORRENTE -CARGA

ELÉTRICA

D METAISPIROFÓRICOS

PQSESPECIAL

GERAM OPRÓPRIOOXIGÊNI

O

Mecânico Industrial. 41

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 41

organismos oficiais que através d e Leis, Decretos e Resoluções, determinam ocumprimento de ações pertinentes a preservação ambiental e aos valores máximospermitidos para determinadas substâncias potencialmente poluidoras, como aportaria 518 de 25/03/2004 do Ministério da saúde e a reso lução do CONAMA 357de 17/03/2005. Estes impõem aos agressores do meio ambiente, sanções bastanteseveras no que se refere ao pagamento de multas e passivos ambientais e tambémcriam incentivos para as organizações que menos geram impactos ao meioambiente.

O Crescimento da PopulaçãoAtualmente a população humana no planeta chega a 6,8 bilhões de pessoas.

Até o final do ano de 2010, passará dos 7,0 bilhões. Considerando que para atenderas necessidades dessa gigantesca população, toda a cadeia produtiva e osdescartes que são necessários, geram enormes quantidades de resíduos dos maisvariados tipos, provocando poluição em decorrência da concentração da população.Esses resíduos geralmente contaminados e/ou tóxicos, como: lixo, esgoto sanitáriosem tratamento, gases e fumaça geradas pelas chaminés das industrias e a grandefrota de veículos automotores, acabam contaminando a água, o ar e o solo.

Vejamos alguns efeitos danosos ao meio ambiente:

A Destruição da Camada de OzônioEssa destruição ocorre pela emissão de gases halon, CFCs, gases

refrigerantes, gases propelentes e aerossóis. Estes gases reagem com a camada deozônio provocando fissuras (aumentando o buraco da camada de ozônio),favorecendo assim a travessia dos raios solares para o planeta.

O Aquecimento GlobalA temperatura média do Planeta está aumentando: 0,5ºC nos últimos 140

anos. Resultado do desequilíbrio ambiental, provocado pelo homem.

Efeito Estufa.Sobretudo os grandes centros urbanos, sofrem com o efeito estufa,

produzidos pela emissão de gases na atmosfera. Alguns desses gases contribuempara o efeito estufa. O Dióxido de Carbono (CO2) incorre em aproximadamente em50%, o Metano – 18%, CFCs – 14%, O Ozônio (03) – 12% e o Óxido Nitroso em 6%.

A Poluição do arSabemos que na atmosfera existem vários gases que funcionam como fator

de equilíbrio entre os seres vivos do planeta. A presença de Nitrogênio no arcorresponde a 78%, o Oxigênio em 21% e outros gases 1%. Porém os 21% deoxigênio que devíamos possuir, hoje sem dúvidas está duram ente saturado pelomonóxido de carbono expelido pela descarga dos veículos automotores, queimadas,poeiras vegetais e minerais, chuva ácida e etc.

Poluição da águaSe pudéssemos observar o planeta terra lá do alto, veríamos em imenso

globo na cor azul, isso porque, cerca de 2/3 do planeta terra são cobertos pelaságuas.

Mecânico Industrial. 42

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 42

Porém a maior parte desse grande volume é imprópria para o consumohumano, pois desse total, 97% é água do mar que por ser muito salgada nãopodemos beber nem usá-la em processos industriais, 1,75 é congelada e de difícilacesso, 1,2% fica nas camadas mais profundas da terra, onde é muito difícil suaretirada; resta-nos apenas 0,007% de água boa própria para o consumo, aindaassim, parte desse pequeno volume de água sofre poluição e/ou est á contaminadapor nitratos, lançamento de efluentes industriais e esgotos doméstico sem nenhumtipo de tratamento em mananciais, acidentes por agentes químicos, lixões e aterrossanitários sem o devido controle e etc.

Degradação do EcossistemaOs grandes empreendimentos sem nenhum tipo de estudo sobre impactos

ambientais, o crescimento populacional com grande influência em área depreservação ambiental, o desmatamento causando degradação ao meio ambiente einterferindo diretamente no ecossistema.

Aspectos AmbientaisPodemos definir como aspecto ambiental a atividade que interage com meio

ambiente, ou seja é a causa.

Impactos AmbientaisO impacto ambiental é a alteração e/ou modificação ao meio ambiente,

geralmente motivada pelo aspecto ambiental com o efeito de uma atividade. Elespodem ser negativos ou positivos.

Esses impactos ambientais normalmente interferem e/ou alteram naqualidade do ar, na qualidade da água, na qualidade do solo; contribui para rupturada camada de Ozônio e efeito estufa e co ntribui para redução dos recursos naturaisnão-renováveis.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTALPara minimizar esses impactos ambientais, algumas organizações e os

organismos oficiais de preservação ambiental, estão implantando Sistema deGestão Ambiental, esse sistema contribui para o controle efetivo dos aspectos eimpactos ambientais, buscando o cumprimento da legislação e a conscientização danecessidade de protegermos o Meio Ambiente.

Como já falamos, alguns processos industriais impactam significativament e omeio ambiente, mas nem assim deixam de ser lucrativos e muitas vezes necessáriosao nosso dia-a-dia. Porém esses processos devem sofrer controle sistemático doagravo ao meio ambiente, devendo propiciar condições para que a natureza venhase recuperar das possíveis agressões sofridas, aplicando o conceito dedesenvolvimento sustentável.

Grandes empresas por questões econômicas implantam Política Ambiental. APolítica Ambiental é uma afirmação das intenções e princípios no que se refere aodesempenho da organização no aspecto ambiental, onde são estabelecidos osobjetivos e metas a serem alcançados por ela mesma definidas. Buscando aimplementação de diretrizes corporativas no cumprimento da legislação, com ampladivulgação para a sua força de trabalho e até mesmo de domínio público

Mecânico Industrial. 43

Centro de Tecnologia do Gás e Energias Renováveis. CTGÁS - ER. 43

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA :

COSTA, Armando Casimiro; FERRARI, Irany; MARTINS, Melchíades Rodrigues.Consolidação das Leis do Trabalho (compilação). 32. Ed. São Paulo: LTr, 2005.

SOUZA, Carlos Roberto de. Manual do aluno: E&P Produção Terrestre: Projetocorporativo de qualificação em sms para empregados de empresas prestadoras deserviços. Rio de Janeiro: Petrobras, 2004. 52p.

Mapeamento de Riscos. SENAI: Departamento Regional do Paraná (DET). Curitiba:setor de artes gráficas, 1985. 37p.