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MOVIMENTO DOS CURSILHOS DE CRISTANDADE ll SÉRIE N.º 57 1.º TRIMESTRE 2014 Santidade… degrau a degrau

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Santidade…degrau a degrau

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PEREGRINO 3

EDITORIAL

SUMÁRIO

FICHA TÉCNICA

No tempo favorável que nos dais...

Editorial .......................................................

Braga ..........................................................

Aveiro ..........................................................

Cursilho de Cursilhos ..........................

Viana do Castelo .................................

Portalegre / Castelo-Branco ..........

Évora ............................................................

Como o MCC assume e realiza

os critérios de Eclesialidade ..........

Setúbal / Viseu .....................................

Vila Real ....................................................

Leiria - Fátima e Santarém .............

OMCC / CP ..............................................

Poesia / Mensagem de Qua-

resma .........................................................

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Edição e Propriedade:Secretariado Nacional do Movimento dos Cursilhos de CristandadeRua S. Vicente de Paulo, Nº. 13Edifício Fonte Nova - Bloco A1º. Andar, O-P 2495-438 Cova da IriaFátima - PortugalISSN:2182-5645 E-mail: [email protected] [email protected] Tel. e Fax: 249 538 011NIPC 506 760 677Coordenação:Dra. Albertina Santos (Braga)E-mail: [email protected] e Paginação:Lineaturawww.lineatura.ptImpressão e Acabamento:Tadinense - Artes Gráficaswww.tiptadinense.ptEdição:N.º 57 - 1.º Trimestre 2014

Cansados do rigor do Inverno que nos vai deixando, os dias de sol, prenúncio da Primavera que se aproxima, reconfortam-nos e anunciam--nos a proximidade da “Festa”, da grande festa dos cristãos, razão da nossa fé.

E neste tempo que a antecede, tempo de conversão, o Senhor, com a Sua infinita misericórdia, coloca à nossa disposição para nos ajudar na caminhada da quaresma, as reflexões dum Papa vindo do outro lado do mundo.

Na sua mensagem de quaresma, o nosso querido Papa Francisco cita S. Paulo, patrono do nosso Movimento: “conheceis bem a bon-dade de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico se fez pobre para vos enriquecer com a Sua pobreza”.

Nestes tempos de crises e de Troicas e pós troicas, incita-nos a irmos ao encontro dos irmãos e com os irmãos, levando a solidarie-dade e o anúncio libertador do perdão para todas as misérias morais e espirituais, alertando-nos que a miséria é a pobreza sem solidarie-dade e sem esperança.

Quando fizemos o nosso cursilho, depois dos três encontros, con-nosco mesmo, com Deus e com os irmãos, fomos convidados a proje-tarmo-nos para os nossos ambientes e percebemos que ninguém se salva sozinho, que temos que levar connosco os irmãos!

Estamos em tempo de quaresma, em tempo de paragem, de reflexão, de conversão, de desinstalação, de penitência.

Não esqueçamos, pois, aqueles que mais sofrem. Seja esse sofri-mento devido às misérias materiais, morais ou espirituais, estejamos presentes, como cristãos, como cursilhistas, com o nosso testemu-nho, tornando-nos “misericordiosos e agentes de misericórdia”, “seguindo Cristo e imitando Cristo”, como refere o Papa Francisco.

Saibamos dinamizar os grupos de vida do M.C.C nesta quaresma para que a caminhada quaresmal se fortaleça fazendo comunidade e verdadeiro Povo de Deus.

Sejamos Igreja!Uma santa quaresma para todos!De Colores!

Maria do Rosário FerreiraVogal da C.P.

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4 PEREGRINO

BRAGA

Em 14 de Dezembro de 2013 mais uma vez se jun-tou a Família Cursilhista da Arquidiocese de Braga do Movimento dos Cursilhos de Cristandade, para este encontro de Natal.

Depois da Eucaristia presidida pelo Diretor Espi-ritual do Movimento, Sr. Pe. Neves Machado, tendo como tema central da Homilia, “Alegria de ser Cristão”. Seguiu-se o jantar da família Cursilhista, contando com a presença do Sr. Bispo D. António Moiteiro, Pe. Neves Machado Diretor Espiritual do Secretariado de Braga do MCC, Pe. José António de Andrade Diretor Espiritual da Escola de Braga do MCC e com a presença de vários Sacerdotes.

Depois de um bom repasto com um bom bacalhau e doçaria da época, o Sr. Pe. Neves Machado agrade-ceu a presença do Sr. Bispo D. António Moiteiro, a todos os Sacerdotes presentes, assim como a todo o pessoal do Centro Social João Paulo II, por tudo o que fizeram para que este encontro decorresse da melhor maneira possível.

Em relação ao encontro, destacou a Exortação Apostólica “O Anúncio do Evangelho no Mundo atual”, de S.S. o Papa Francisco. É que ainda hoje, há cristãos que querem viver uma Quaresma sem Páscoa e há realmente muitos Irmãos no mundo sem alegria, muitos irmãos em grandes comunidades que se sen-tem abandonados.

Que sejamos nós a irradiar essa alegria, manifes-tando assim o que um dia tivemos num encontro pessoal com Cristo num Cursilho de Cristandade.

Espero que se sintam mais felizes depois deste encon-tro. Desejou a todos um Santo e Feliz Natal e pediu como tinha feito na Homilia da Eucaristia para olhar--mos para as figuras do Presépio e interiorizarmos, olhando para a simplicidade dos Pastores e para a humildade de S. José.

Seguiu-se o Sr. Bispo D. António Moiteiro que se referiu também à Exortação Apostólica de S.S. o Papa Francisco: prefere uma Igreja ferida do que uma Igreja acomodada e de que muitos evangelizadores têm cara de funeral. Se o evangelho é Jesus, que género de evangelizadores somos nós?

O kerígma é um meio do anúncio de Jesus Cristo, vivo e ressuscitado que é o que fazemos num Cursilho de Cristandade. Pois continuamos com cara de fune-ral, porque não nos evangelizamos a nós mesmos.

O Evangelho, onde resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria. Apenas alguns exemplos: «Alegra-te» é a saudação do anjo a Maria (Lc 1, 28). A visita de Maria a Isabel faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe (cf. Lc 1, 41). No seu cântico, Maria proclama: «O meu espí-rito se alegra em Deus, meu Salvador» (Lc 1, 47). E, quando Jesus começa o seu ministério, João exclama: «Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!» (Jo 3, 29). O próprio Jesus «estremeceu de alegria sob a acção do Espírito Santo» (Lc 10, 21). A sua mensagem é fonte de alegria: «Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15, 11). A nossa alegria cristã brota

Dezembro de 2013ENCONTRO DE NATAL

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PEREGRINO 5

BRAGA

da fonte do seu coração transbordante. Ele promete aos seus discípulos: «Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria» (Jo 16, 20). E insiste: «Eu hei-de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há-de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 22). Depois, ao verem-n’O ressuscitado, «encheram-se de alegria» (Jo 20, 20). O livro dos Actos dos Apóstolos conta que, na primitiva comunidade, «tomavam o alimento com alegria» (2, 46). Por onde passaram os discípulos, «houve grande alegria» (8, 8); e eles, no meio da perseguição, «esta-vam cheios de alegria» (13, 52). Um eunuco, recém--baptizado, «seguiu o seu caminho cheio de alegria» (8, 39); e o carcereiro «entregou-se, com a família, à alegria de ter acreditado em Deus» (16, 34). Porque não havemos de entrar, também nós, nesta torrente

de alegria? Pediu a todos para lerem a Exortação Apostólica de Sua Santidade e referiu ainda que os fariseus sendo boas pessoas, punham em destaque a sua pessoa e não olhavam para Jesus e esse era o seu grande problema. Pediu também para pensarmos no dia da alegria e não só no dia 25 de Dezembro, pois é todos os dias que Jesus nasce nos nossos corações, assim como quando recebemos Jesus na Eucaristia, no irmão ao nosso lado.

Terminando desejou a todos um Santo e Feliz Natal e que Jesus nasça todos os dias nos nossos corações.

Assim regressamos às nossas casas, certamente a meditar em tudo o que nos foi dito, e que este dia da alegria o seja todos dias.

Raul CarvalhoSecretariado de Braga do MCC

De 16 a 19 de Janeiro passado, no Centro Social João Paulo II – Apúlia, para o Cursilho 383 acolhemos os 13 valentes que ousaram comparecer para viverem a experiencia do cursilho 383.

De um dos centros de ultreya compareceram 7 ele-mentos e, como se conheciam, mostravam alguma apreensão mas apoiavam-se uns nos outros no sen-tido fazerem frente ao que se aproximava.

A primeira noite foi aterradora mas, no dia seguinte, aquando das primeiras atividades do dia, imediatamente antes do pequeno-almoço, come-çaram a falar uns com os outros e, ao longo dessa manhã, verificava-se algum frenesim... Queriam saber

mais, apesar de, outros se fecharem em suas conchas.À medida que as horas iam passando, via-se,

cada vez mais, o crescimento que a alma de cada um ganhava, a medida que os temas os tocavam. Na primeira reunião da noite questionaram, expuseram dúvidas e via-se a necessidade de se tornarem inter-ventores e na vontade de esclarecerem as duvidas que os atormentavam.

Ficaram mais interventivos, ainda, no final do segundo dia e, via-se a valentia desses homens na forma como encaravam as tarefas e no esforço que desenvolviam no sentido de as realizarem o melhor possível.

383 Cursilho de HomensMais um Cursilho na Arquidiocese

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6 PEREGRINO

BRAGA

384º CURSILHO de SENHORAS

Quis Deus que tivéssemos um Sacerdote que veio, também, participar no Cursilho. O Sr. Padre Ange-lino foi de importância vital, na união de todos os 13 Homens do Cursilho 383, pela sua alegria e simpatia, qual pastor trata de propiciar o melhor ao seu reba-nho e, durante os três dias de cursilho, eramos todos os leigos que ali estávamos...

Inexoravelmente, o tempo do cursilho ia acabando, aproximando a hora do encerramento e a incerteza de uma Clausura cheia de gente martirizava... afinal havia muito poucos centros representados neste cur-silho mas ...o Senhor disse-nos a todos... ‘’Homens de pouca fé’’... o salão estava repleto e, quando os cursi-lhistas irromperam pela sala adentro... abriu-se o Céu e todos pudemos ouvir e participar do entusiasmo de quantos, num Domingo à noite, se deslocaram à Apú-lia e disseram ‘Presente’’.

Sua Excelência Reverendíssima o Sr. Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, apesar da agenda, extrema-mente cheia, nesse Domingo, honrou-nos com a sua presença.

De facto foram muitos os mimos com que o Senhor nos brindou neste Cursilho 383... O Armando, que deveria participar no Cursilho como membro da equipa reitora adoeceu e ficou preso a uma cama de hospital e, ofereceu ao Pai a sua ausência forçada em favor deste cursilho. Todos os que se uniram ao Pai

pelo rápido restabelecimento do Armando mais a onda avassaladora de intendência recebida de todo o mundo – América do Norte, central e do Sul, Europa, Austrália e Coreia do Sul... o cesto ‘rebentava pelas costuras’...

Convictamente, sabemos que aquele cesto trans-formou os novos Cursilhistas que não se fizeram roga-dos para testemunharem a sua experiencia. Um deles dizia que já tinha frequentado alguns retiros mas que nunca se tinha sentido tão responsabilizado... ‘No Cursilho eu assumi o compromisso de me transformar e renovar todos os dias’.

Por isso, em determinado momento, para não pla-giar o espanhol Pizarro, foram apelidados de ‘Os treze magníficos, porque disseram sim ao chamamento de Cristo e, cheios de vida e força de vontade, assumiram o compromisso de se manterem em Decolores pela vida fora.

Depois de termos escutado o Director Espiritual do MCC Braga, Sr. Padre Neves Machado, que agrade-ceu ao Senhor a experiência que todos estávamos a viver, recebemos do Sr. Arcebispo, D. Jorge Ortiga, a douta exortação para que vivamos como irmãos e nos entreguemos às tarefas que Cristo tem para nos dar no nosso dia-a-dia para levarmos por diante a obra que Ele pretende acabar com a ajuda de todos nós.

Jaime Pinto

De 20 a 23 de Fevereiro último, realizou-se no Centro Social João Paulo II na Apúlia o 384º Cursi-lho de Senhoras da Diocese de Braga.

Sob a acção do Espírito Santo, 22 novas militan-tes, vindas de várias paróquias, se agregaram ao MCC, dispostas a serem na Igreja de Jesus Cristo verdadeiras “pedras vidas”, determinadas a levar em frente o projecto de Jesus Cristo.

No Salão de festas do Centro Social, literalmente

lotado, presidiu à Clausura o Senhor arcebispo Pri-maz, D. Jorge Ortiga, que, em mensagem centrada no programa pastoral da diocese para o ano cor-rente, nos incentivou a sermos fiéis ao carisma do Movimento, na vivência efetiva da solidariedade cristã. Foi deveras um momento alto na vida do Movimento que, certamente ficará para sempre gravado na mete de todos.

Raúl Carvalho

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PEREGRINO 7

AVEIRO

JUBILEU DO MOVIMENTODOS CURSILHOS DE CRISTANDADE

Os cinquenta anos do Movimento dos Cursilhos de Cristandade na Diocese de Aveiro, que se vêm comemorando, são para todos os cursilhistas uma oportunidade feliz para dar Ação de Graças ao Senhor pelas maravilhas que Ele operou em todos e em cada um de nós, pessoalmente, e pelo que foi possível fazer ao serviço da Igreja e dos diver-sos Ambientes no mundo. Mas são também ocasião para renovarmos o nosso compromisso e empenha-mento para o futuro.

Os Cursilhos de Cristandade continuam a manter a sua atualidade, e mais agora no tempo presente, que tanto se fala de Nova Evangelização, para o que o MCC está em condições excecionais para dar o seu contributo sem ter de alterar em nada a sua Metodologia, e sem que, qualquer dos seus postu-lados essenciais, derivados da essência e finalidade do MCC, sejam postos em causa.

É que o Movimento continua a ter resposta para a Nova Evangelização, porque se move no âmbito do 1º anúncio – Kerigma e porque atua em ambien-tes por pequenas comunidades (grupos – núcleos), com toda a sua força fermentadora, como opção preferencial.

Sob o dinamismo sempre atuante do Presidente do Secretariado, Mário Braga, foi apresentado o seguinte Programa:

2013-Dezembro26 a 29, cursilho nº 88 de Homens e nº73 de

Senhoras26 – Eucaristias por Arciprestados27, às 21:30h: Intendência Colectiva constituída

por uma Via-Sacra a pé pela parte central de Aveiro com saída da Igreja da Vera Cruz, terminando na Sé de Aveiro. Seguidamente, deu-se início à Eucaristia.

28 – Eucaristias celebradas nas Paróquias com intenção pelo cursilhos em curso e pelos cursilhistas falecidos na Diocese de Aveiro.

Dezembro – 29 Todo o dia se passa na Paróquia de Avanca:

10:00h: Abertura de uma exposição sobre os 50 anos do MCC na Diocese de Aveiro, com organiza-ção a cargo de Manuel Modesto Arada e esposa Maria de Lourdes, coadjuvados por outros irmãos cursilhistas.

14:00h: Acolhimento pelo Virgílio Freixo.14:15h: Momento artístico musical, com a atua-

ção do grupo católico de Jovens em Movimento, de Avanca.

14:45h: Oração inicial proferida pelo Bispo de Aveiro, D. António Francisco.

Seguiram-se as boas-vindas pelo Virgílio Freixo.15:10h: Memorial. Esteve previsto, mas, por moti-

vos alheios à organização não foi possível, ficando para ser apresentado oportunamente.

15:45h: Apresentação pelo José Grancho do “Livro Comemorativo dos 50 anos do MCC na Dio-cese de Aveiro”, da autoria de Domingos Cerqueira.

Em seguida o autor do livro, Domingos Cer-queira, proferiu algumas palavras adequadas à cir-cunstância do momento.

16:10h: Intervalo, com a colocação dos livros à venda.

16:45h: Palestra do Padre Doutor Georgino

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8 PEREGRINO

AVEIRO

Rocha, subordinada ao tema “O MCC no contexto da Nova Evangelização na Diocese de Aveiro” – Cursilhos em Movimento, Diocese em Missão.

17:30h: Ressonâncias e Testemunhos.18:20h: Entrega de lembranças.18:30h: Jantar partilhado.20:00h: Clausura conjunta dos dois cursilhos.2014 – Janeiro 25: Jornadas de Reflexão “O MCC

na Diocese de Aveiro”. Por impossibilidade técnica, foram estas jornadas transferidas para data poste-rior, a fixar pelo Secretariado.

Foi notório e de grande evidência a presença constante, interessada, empenhada, e sempre que oportuno, interventiva, do nosso Bispo D. António Francisco em todo o programa do nosso Jubileu, tendo em conta o clima que por vezes não foi nada propício, exigindo grande sacrifício a quem possui uma estima muito especial pelo Movimento dos Cursilhos de Cristandade.

Livro Comemorativo dos 50 Anos do Movimento dos Cursilhos de Cristandade na Diocese de Aveiro

É um livro de aspeto atrativo, com fotografias e cartazes a cores, escrito em linguagem fluente, lite-rariamente perfeita, trazendo a público as recorda-ções do MCC na Diocese de Aveiro de 1963 a 2013, reavivando todos os acontecimentos que tocaram a mente e o coração de milhares de cursilhistas (mais de 5000).

São 209 páginas em que o fio condutor, obvia-mente, é o cursilho de cristandade, mas com varia-das perspetivas que dele emanam, tais como, CDAS (Curso de Dinamização Ambiental), Mini-Cursilhos, Cursilho de Cursilhos, Retiros de Mudança, Reen-contros, bem como também meios auxiliares de perseverança e fidelidade: Jornadas de Reflexão, Encontros, Comemorações, Peregrinações, Ultreias Diocesanas, Nacionais, Interdiocesanas e Mundiais.

O conteúdo do livro está consideravelmente enriquecido e recheado de textos e testemunhos

vivenciais do Monsenhor João Gaspar, de vários sacerdotes e inúmeros leigos, alguns já na Casa do Pai, e de outros que ainda vão dando o seu contri-buto com generosidade e perseverança pela causa do carisma do Movimento, nas suas vidas pessoais ou de grupo por inserção eclesial ou temporal no mundo, onde se joga a vida.

O autor quis homenagear também e muito jus-tamente, os Bispos que serviram esta Igreja Dio-cesana durante os 50 anos que comemoramos de vida cursilhista: D. Manuel de Almeida Trindade, D. António Baltazar Marcelino, ambos de feliz memó-ria, e o Bispo atual, D. António Francisco dos San-tos. Todos inexcedíveis na dedicação e amor a este movimento de Igreja.

No decurso da leitura do livro vem ao de cima de forma muito evidente a sensibilidade cristã do autor, vocacionada para o âmbito da Doutrina Social da Igreja, pelo seu convicto empenhamento socio-político.

CLAUSURAA Clausura teve lugar no Salão do Centro Paro-

quial de Avanca, com uma assembleia estimada em 500 cursilhistas, números redondos.

A Clausura teve a presidência do Bispo da Dio-cese, D. António Francisco.

Foram 18 cursilhistas novos do 88º Cursilho de Homens e 26 cursilhistas novas, do 73º Cursilho de Senhoras, tendo como Reitores, de Homens Mário Braga e de Senhoras, Teresa de Sousa. Diretores Espirituais, de Homens, Pde. Paulo Gandarinho e de Senhoras, Pde Abílio Araújo.

As Clausuras fecham o Cursilho e abrem as por-tas ao Pós-cursilho, compartilhando as experiências vivenciais e assumindo os compromissos comuns para o mundo na jubilosa esperança de filhos de Deus.

José Grancho

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PEREGRINO 9

DIOCESE EM MISSÃO

Professor Doutor Georgino Rocha

CURSILHOS EM MOVIMENTO,DIOCESE EM MISSÃO

IntroduçãoO projecto da Missão Jubilar acabou com celebrações festivas nos dias oito e onze de dezembro, dias em que celebrámos a Missão e a Memória da feliz restau-ração. A ressonância dos acontecimentos e das expe-riências vividas perdura em nós e marcará profunda-mente a vida cristã das comunidades e movimentos da nossa Diocese. A propósito, o Papa Francisco fala de “belo e nobre caminho” e envia uma mensagem/apelo para que a Igreja Católica em Aveiro “entre de-cididamente num processo de discernimento, reno-vação e reforma, sem impedimentos e sem receios”.

É neste ambiente jubilar que ocorrem as bodas de ouro do Movimento dos Cursilhos em Aveiro. Por isso estamos aqui. Queremos evocar a memória abençoa-da dos que nos precederam e, impulsionados pelo Es-pírito Santo, foram protagonistas em muitas frentes da renovação da Igreja diocesana, às vezes “contra ventos e marés”, mas sempre determinados a “remar forte na vida”, a levar a carta a Garcia, a ir mais lon-ge em ultreia de irmãos peregrinos de uma verdade maior e de um serviço mais evangélico. Queremos rever-nos nessa memória e aferir os nossos critérios pela fidelidade ao carisma original do Movimento, agora em circunstâncias históricas diferentes e, pos-sivelmente, mais complexas. Queremos retemperar forças anímicas e espirituais para dar uma resposta generosa à missão recebida com a entrega do crucifi-xo: “Cristo, conta contigo”. Queremos cantar ao Se-nhor com arte e com júbilo para que o coração possa expandir a imensidade superabundante da sua ale-gria, como afirma Santo Agostinho, a propósito da festa de Santa Cecília. (Liturgia das Horas, memória de Santa Cecília, tomo IV tempo comum).

1. A alegria que vivemos não tem apenas raízes humanas, como lembra o Papa Francisco na

exortação apostólica “A alegria do Evange-lho”. É bom fazer um mergulho na fonte da verdadeira alegria, deixar-se possuir por ela e fazer-se sua testemunha e anunciador. Este pode ser, a meu ver, o primeiro desafio a as-sumir e um dos principais contributos a dar pelo Movimento nesta celebração Jubilar.

Ouçamos o que nos diz o Santo Padre: “A ALEGRIA DO EVANGELHO enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria.” (nº 1) E conclui afirmando: “Quero, com esta Exor-tação, dirigir-me aos fiéis cristãos a fim de os convidar para uma nova etapa evange-lizadora marcada por esta alegria e indicar caminhos para o percurso da Igreja nos pró-ximos anos.”

Acolher este convite e responder prontamen-te a este desafio leva-nos a sintonizar com a Igreja e a entrar na nova etapa de evangeli-zação que se anuncia. Mas a alegria está em perigo e corre sérios riscos de ser desvirtuada. O consumismo abafa o coração e adormece as suas aspirações mais nobres. O individua-lismo amarra a consciência com laços egoís-tas, insensibiliza-a face à situação dos outros e priva-a da alegria de reagir positivamente ao clamor que lhe chega. A supremacia do ter subjuga o ser de cada pessoa, cavando fossos de isolamento, agravando distâncias, abrindo feridas de relacionamento, limitando hori-zontes de doação enriquecedora.

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10 PEREGRINO

DIOCESE EM MISSÃO

“Quando a vida interior se fecha nos pró-prios interesses - lembra o Papa Francisco -, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem. Este é um risco, certo e permanen-te, que correm também os crentes. Muitos caem nele, transformando-se em pessoas ressentidas, queixosas, sem vida. Esta não é a escolha duma vida digna e plena, este não é o desígnio que Deus tem para nós, esta não é a vida no Espírito que jorra do coração de Cristo ressuscitado”.

Renovo a minha convicção profunda: evan-gelizar a alegria, apresentar a boa nova que ela comporta e a beleza que irradia constitui uma urgência desta hora que o Movimento está chamado a assumir e vivenciar. Sobretu-do nas festas familiares e populares. À som-bra do santo padroeiro ou de algum aconte-cimento feliz na família: casamento, bapti-zado, fim de curso… quanta alegria desvir-tuada, a necessitar de reencaminhamento, de mais sentido humano, de evangelização. Não percamos esta hora. Todos sairemos a ganhar! Reconheço igualmente a urgência de termos um rosto feliz, de pessoas que vi-vem a ressurreição no quotidiano, de cida-dãos que mantém uma correcta relação com os bens, que apreciam a sobriedade e culti-vam “a ética do suficiente”.

2. A alegria cristã nasce da fé, do acolhimento de Deus que se humaniza connosco e tem um projecto de felicidade a construir com todos/as e cada um/a para bem da sociedade em que vivemos e de que fazemos parte. Foi assim nos tempos passados, assim será agora e no futuro. Convido-vos, irmãos e irmãs, a contemplar o rosto sereno e alegre de Ma-ria na sua maternidade, o silêncio eloquente de José, o homem justo a quem Deus confia

os cuidados da sua família, e de tantos ou-tros que Bento XVI, o papa que promulgou o Ano da Fé, nomeia a título de exemplo. Convido-vos a ver com os olhos do coração o sorriso rasgado e expressivo do papa Francis-co, a proximidade e ternura do nosso Bispo, António Francisco, que não cessam de nos surpreender com as suas iniciativas corajo-sas, com a sua presença amiga estimulante; convido-vos a vivenciar o testemunho jubi-loso dos membros das equipas que orientam os cursilhos e a exuberância das clausuras de encerramento.

Ouçamos de novo o que nos diz o Papa Fran-cisco: “Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Je-sus Cristo ou, pelo menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procu-rar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído». Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e, quando alguém dá um pequeno passo em direcção a Jesus descobre que Ele já aguardava de bra-ços abertos a sua chegada. (nº 3).

Provocar o encontro pessoal com Cristo, eis outro grande apelo/desafio que nos é posto. Identificar pessoas, fazer-se próximo e amigo, testemunhar um estilo de vida novo que interpele e desperte ener-gias adormecidas, aguardar paciente e lucidamen-te a hora de fazer a proposta directa em ordem a participar num cursilho constituem elementos fun-damentais deste processo que visa alcançar aque-le encontro. E tudo isto precedido e acompanhado com as alavancas dos joelhos em oração e com os braços em penitência de amor. Encontro que gera a felicidade proclamada no Evangelho, que mar-ca a existência cristã, que dá força ao testemunho apostólico, que abre caminhos à evangelização. A experiência da nossa Missão Jubilar confirma e tes-

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PEREGRINO 11

DIOCESE EM MISSÃO

temunha esta certeza, aliás proclamada como bem--aventurança por Jesus Cristo e cantada, em diver-sos tons, por D. António Francisco como agora na mensagem de Natal. “O melhor presépio de Jesus será sempre o coração dos pobres em espírito, dos puros, dos misericordiosos, dos pacíficos, dos que fazem das bem-aventuranças critério de vida e se sentem tocados de perto pelo amor do nosso bom Deus.”

Mas a felicidade genuína está quase ausente da vida cristã, das comunidades eclesiais e das instituições da sociedade. A fome de ser feliz é frequentemente paliada com pequenas migalhas que a publicidade apresenta com centelhas de luz irresistível.

Um bom publicitário – escreve Tolentino de Men-donça - elabora um frio, mas exato diagnóstico da alma do seu tempo. Sabe que os seres humanos mantêm soterrado a muitas braças de profundi-dade um sonho de felicidade com o qual desejam comunicar. Sabe que num tempo que virou costas à natureza, o ser humano não deixou de precisar do convívio com os grandes espaços, a céu aberto. (…). Sabe que os quotidianos férreos e apinhados, que nos trazem voluntária ou involuntariamente sequestrados, não cancelaram do nosso coração a necessidade de palavras puras, de gestos essen-ciais, de experiências de gratuidade.

E o padre, poeta e biblista, director do SNPC, con-clui a sua oportuna reflexão, alertando para a ne-cessidade de nós próprios, individualmente e em co-munidades, encetarmos a preciosa tarefa de fundar uma humilde, imperfeita e inacabada ciência da fe-licidade. (In Revista Expresso 2146, 14/dez/2013, p. 11)

Este alerta constitui, sem dúvida, um novo desafio ao Movimento que tem como dinâmica a alegria ju-bilosa de quem vive e convive o fundamental cris-tão e quer irradiar a beleza da graça multicolorida. A crise em que estamos mergulhados acentua esta urgência. É uma constante do Evangelho proclama-do neste tempo de nova evangelização. “Feliz és tu porque acreditaste” – exclama Isabel ao receber a visita de Maria. Feliz quem te gerou – grita a mulher

que escutava a pregação de Jesus. Felizes os que ou-vem a palavra e a põem em prática.

Demos rosto humano à felicidade. Deixemos “a cara de enterro” e abramo-nos à alegria pascal, que surge radiosa após a paixão sofrida por amor.

3. A fé, sendo um dom de Deus que se aco-lhe, é resposta humana que envolve a pes-soa toda: o coração para amar o que Deus ama, sobretudo os feridos da vida; a inte-ligência para penetrar o mais possível no projecto sonhado por Deus e implementado por Jesus Cristo, Seu Filho e nosso irmão; a vontade para querer o que Deus quer e, em manhãs de primavera sorridente e promis-sora ou em outonos de baixa intensidade luminosa ou mesmo de progressiva diminui-ção do crepúsculo solar e apagamento da vida, permanecer firme e fiel como Maria junto à cruz no calvário. Os desafios da fé constituem, sem dúvida, o cerne do homem/mulher crente, inquieto no seu coração que sempre busca um amor maior, àvido de uma verdade mais plena para a sua inteli-gência peregrina, desejoso de uma fidelida-de crescente que dê firmeza e consistência à sua vontade debilitada pelas limitações e pecados.

João Paulo II dedica uma encíclica à relação “A fé e a razão” (1998) e afirma que cons-tituem duas asas possantes para o homem voar na liberdade, orientar o rumo do vôo e alcançar a verdade possível. Infelizmente esta encíclica - que é uma das mais impor-tantes do seu rico magistério -, está quase es-quecida. Santo Agostinho, a propósito desta relação, é incisivo «Quem crê, pensa, e pen-sando, crê. A fé, se não é pensada, é nula». Grande interpelação nos é feita: Pensar a fé e buscar os seus fundamentos, aprender as suas certezas, enraizar convicções, estar pronto para dar as razões da nossa esperan-ça àqueles que nos pedirem.

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DIOCESE EM MISSÃO

A fé corre perigos de desvirtuamento. “É fácil, efetivamente, deslizar para uma fé que seja apenas abandono confiante, quase cego, fugindo de toda a interrogação, can-celando qualquer rumor do pensamento, fazendo empalidecer e definhar a religião num progressivo sentimentalismo devocio-nal”, adverte o Cardeal Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura. “Con-tudo também é perigoso avançar pela ou-tra vertente, a de uma racionalidade de tal maneira absorvente que reduz a religião a um conjunto de teoremas, a um sistema es-peculativo no qual tudo se ordena, a uma geometria teológica que não deixa espaço ao mistério e ao transcendente.”

”Bento XVI dedicou também uma especial atenção à relação da fé com a ciência, da religião com a razão, da sabedoria do amor com a tecnologia da eficácia.

É muito sugestiva a definição de fé que a Carta aos Hebreus nos oferece: «A fé é ga-rantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem» (11, 1).

Aos desafios que, hoje, se colocam aos cris-tãos no campo da fé pode e deve o Movi-mento dedicar a sua atenção prioritária: requalificando a fé dos seus membros, irra-diando a luz pascal nas situações de vida tes-temunhadas nas ultreias, questionando-se nas reuniões de grupo, anunciando jubilo-samente a alegria do ser cristão no cursilho, procedendo de tal modo que o seu agir pos-sa constituir para a Igreja diocesana uma re-ferência exemplar do itinerário da fé de um “catecúmeno” que deseja ser cristão adulto, por meio da iniciação cristã.

Este processo é, sobretudo, desafio para a Igreja diocesana, designadamente nas paró-quias e nos arciprestados. Sem iniciação cris-tã de adultos, a Igreja fica privada da melhor proposta para “fazer” um cristão, a partir da situação em que se encontra e para o acom-panhar em todas as fases do seu crescimento

na fé e inserção na comunidade e nos am-bientes socioprofissionais.

4. O homem de fé assemelha-se aos “peixes que bebem no rio” do amor com que Deus nos ama, no mar largo da caridade fecunda. Sem esta, aquela é estéril, os ritos ficam va-zios e a moral cristã uma farsa irritante ou um colete-de-forças que amarra consciên-cias débeis.

Deus é amor/caridade. E faz-nos participan-tes do seu amor, por meio de Jesus Cristo. Deixar-se amar, acolher este amor e dar-lhe resposta de entrega generosa origina a fé de adesão cordial, a confiança filial, a rela-ção fraterna entre todos os que reconhecem o amor com que Deus os ama. Como é admi-rável esta realidade confirmada pelo Espíri-to Santo que nos foi dado. E que bom seria, deixar-se envolver por ela e dar testemunho da sua beleza no serviço generoso que prati-camos com humildade.

A caridade toma rosto humano pessoal e comunitário, espontâneo ou organizado. Força ao envolvimento total. Impulsiona o compromisso libertador. Conduz à entrega mais generosa em prol de todos, sobretudo dos desconsiderados e excluídos que o papa Francisco designa pelos que vivem nas peri-ferias existenciais. É o amor que gera a vida. Em nós e à nossa volta. Não podemos ser es-téreis, nem deixar que a esterilidade da vida cristã retire a vitalidade à nossa fé, ao Evan-gelho de Jesus Cristo, à força renovadora do Espírito Santo, à missão humanizadora da Igreja num mundo à procura de si mesmo nesta fase que parece “voar nas asas da au-rora” de uma nova época civilizacional. (Cf salmo 138).

A caridade verifica a verdade da fé, a sua in-tegridade e autenticidade, a sua saúde vivi-ficante. A fé, por sua vez, faz-nos ver Deus “cara a cara” nos pobres, ilumina e dá senti-do, identidade e consistência à caridade.(cf. PF 14).

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PEREGRINO 13

DIOCESE EM MISSÃO

Sem fé, a caridade reduz-se a mera filan-tro-pia e fica sujeita aos humores de ocasião ou a circunstâncias de conveniência. A fé re-mete-nos a Deus, fonte de todo o amor, e a Jesus Cristo, a grande testemunha do amor misericordioso do nosso Deus. Pode dizer-se que é mentira a fé que não nasce do amor e que é, igualmente, mentira a caridade que não vive da fé. A caridade é a verdade da fé. A mensagem final do Sínodo sobre a Nova Evangelização, nº 12, usa duas expressões que fazem credível o Evangelho: A contem-plação e o serviço aos pobres. O gesto da caridade deve ser acompanhado pelo com-promisso pela justiça que envolva ricos e po-bres.

A fé proporciona critérios de pensamento e directrizes de acção que orientam o exercí-cio da caridade (PF 19). Enumeram-se alguns:

- A fé descobre-nos que é o amor que sal-va. Quando alguém experimenta um grande amor na sua vida, trata-se de um momento de “redenção”, que dá um novo sentido à sua existência. O amor deve estar presente em todos os âmbitos de vivência da fé e da acção pastoral. É preciso dar, mas sobretudo dar-se, dar amor. Só assim, o dom não humi-lha, mas dignifica a pessoa que dá e a que recebe (DCE nº 34).

- A fé faz-nos olhar e escutar o pobre como o olha e escuta Deus. A Igreja deve escutar com ouvidos de fé o grito dos pobres, ou-vindo no seu clamor a voz do filho de Deus que, sendo rico se despojou da sua riqueza e se fez pobre por nossa causa. Escutar a voz de Deus neste clamor é indispensável para que o nosso serviço pastoral seja autêntico e fiel.

- A fé envolve a luta contra a injustiça que gera a pobreza. Faz parte deste compromis-so, descobrir as causas da pobreza e os me-canismos que a geram e consolidam.

- A fé oferece-nos a ternura necessária para optar pelos que estão nas “periferias” dos

centros da vida, os espoliados da sua digni-dade, os sem rumo/sentido para a existên-cia, os expostos à intempérie e sem qualquer abrigo.

- A fé faz-nos descobrir a dimensão evange-lizadora da caridade. Jesus, o enviado do Pai e ungido pelo Espírito para evangelizar os pobres, anuncia a boa notícia do amor de Deus que liberta. O exercício da caridade é elemento constitutivo da natureza e missão da Igreja (DCE nº 25)

- A fé proporciona-nos a espiritualidade que requer a acção socio-caritativa e social. (Vi-cente Altava Gargallo, Fe y caridad. Lectura pastoral de una relación mutuamente clari-ficadora y verificadora, Corintios XIII nº 146, pp 50-65).

Que bela missão nos está confiada em Igre-ja para humanizar a sociedade, a partir dos mais vulneráveis. Quem ama inventa modos de servir. O amor é criativo, ousado, opor-tuno, destemido. Basta lembrar o exemplo de tantas mães e pais de família, da Madre Teresa de Calcutá e de muitos outros. A in-tervenção e o envolvimento brotam desta fonte que irriga a nossa humanidade e ma-nifesta a pureza da nossa fé apostólica.

5. O mundo à procura de sentido digno da condição humana está marcado por luzes e sombras em que emergem pessoas líderes particularmente responsáveis e influentes. Apresenta-nos motivos de tristeza pela mi-séria de milhões de pessoas que não conhe-cem outra realidade a não ser o sofrimento e a exploração; pelas guerras, as injustiças e as “estruturas de pecado” que podem parecer inevitáveis e impossíveis de erradi-car; pela enorme pobreza de não conhecer Cristo - facto que a Madre Teresa de Calcutá considera “a primeira pobreza dos povos”, e da qual não se livra nenhum canto da terra. (Zenit.org)

Apresenta-nos também sementes de vida, verdade e amor, muitas vezes silenciosas,

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DIOCESE EM MISSÃO

que as pessoas de boa vontade cultivam em todos os cantos, construindo o Reino de Deus; oferece o que tem de melhor para a Igreja realizar a missão que lhe foi confiada, como as modernas plataformas de comuni-cação e diálogo, a progressiva humanização das políticas sociais e educativas. Proporcio-na-nos espaços para o exercício da cidadania cívica, da intervenção construtiva, da parti-cipação responsável, da prática da liberdade religiosa. Há, por isso, motivos sérios para a alegria e a esperança.

Mas é preciso reforçar energias e fortalecer o sentido de fraternidade entre todos os homens de modo a unirem esforços e pro-moverem o desenvolvimento, o amor e a solidariedade. A grande mensagem de espe-rança é o próprio Cristo! Mensagem que mi-lhões de homens e mulheres de boa vontade anunciam, sem descanso pelo mundo, bem como a Igreja, o Santo Padre e os cristãos que se esforçam por viver a sério o Evange-lho. (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014).

Hoje - é um facto incontroverso - os lobys fazem sentir a sua força e procuram con-dicionar as decisões de quem governa e os programas de quem pretende educar ou in/formar. Estamos a passar por uma fase de desconstrução do ser humano, anulando a sua originalidade de ser masculino e femini-no, de se identificar como pai e como mãe, de ter uma família estruturada e convivial, de cada pessoa saber quem é, donde vem e para onde vai. O horizonte de vida parece ser o bem-estar, a vida boa, o culto do ego, o gozar o momento feliz, a hora que foge. (Sobrinho que diz ao tio: Vivo à hora! Tinha acabado uma noite de orgia e o tio sugeria--lhe que não fizesse nada de que tivesse de se arrepender no futuro).

O Movimento, fiel à sua estratégia de sem-pre, sente o imperativo de “trabalhar” com líderes, de os habilitar para viverem o fun-damental cristão nos seus ambientes, de lhes proporcionar espaços de partilha e ajuda mútua, de revigorar as suas forças anímicas e espirituais para serem vértebras do novo organismo social que espelha a harmonia do seu conjunto, a beleza da função de cada parte e a maravilha da convivência entre to-dos, alicerçada na justiça e no amor.

“A mensagem e a experiência de Cristo são

o maior dom que existe. A partir dessa ex-periência fundadora tudo pode advir: a paz, a justiça, o amor, o crescimento humano e espiritual das pessoas e de sociedades intei-ras.” (Zenit.org).

“Temos caminho andado, alegria vivida, en-tusiasmo sentido e vontade de caminhar” Ganhamos dinamismos que devem perma--necer e continuar”, garante D. António Francisco dos Santos. A hora é de esperança e de forte apelo à intervenção.

O Movimento em toda a sua mensagem, especialmente o rolho do ideal cristão, dis-põe de uma boa “ferramenta” para propor a visão integral do ser humano, de valorizar cada parte, sem abdicar da harmonia do conjunto, de afirmar claramente a identi-dade do masculino e do feminino, do pai e da mãe, do nome próprio de cada filho/a, de viver em família estruturada em torno à diversidade de funções convergentes na co-munhão de afectos e de projectos. Deve por isso ter em conta o apelo feito pelos bispos portugueses em recente Instrução Pastoral e procurar resposta válida à “ideologia do gé-nero”. (14 de Novembro de 2013).

Em resumo, ficam indicados alguns desafios ao Movimento que brotam da situação vivi-da na Igreja e na sociedade. Oxalá tenhamos a coragem de os enfrentar com ousadia e de prosseguir com determinação na descoberta e identificação de outros para sermos fiéis ao carisma original do Movimento. Assim reforçaremos a nossa função na Igreja dio-cesana na etapa nova da evangelização de-corrente da feliz Missão Jubilar.

Com o Papa Francisco devemos reconhecer que a Igreja tem necessidade de um olhar solidário para contemplar, comover-se e pa-rar diante do outro, tantas vezes quantas fo-rem necessárias.” (EG, nº 169). E, com alegria confiante, rezamos com o nosso Bispo: “Ma-ria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, fazei-nos, nesta hora jubilar, mensageiros das bem-a-venturanças, apóstolos do Evangelho e cons-trutores de uma sociedade justa e fraterna”. (in boletim Encontro, nº 58 Nov 2013, p. 3). Por isso, Irmãos, celebramos as bodas de ouro do MCC em Aveiro. Vivemos as festas jubilares com um programa rico, diversifica-do e assertivo. Esta é a nossa hora. Agora é a vez. Vamos remar forte na vida. De colores!

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PEREGRINO 15

Decúria de S. PauloO que foi para nós participar neste Cursilho de

Cursilhos?Foi para nós a oportunidade de viver três dias

intensivos com CRISTO.Foi também reviver o nosso cursilho e de nos

questionar como estamos a viver o nosso tripé, e como dirigentes e cursistas devemos evangelizar nos nossos ambientes.

Enriquecedor também, pois houve um intercâm-bio entre as diferentes dioceses, de como o movi-mento se desenvolve em cada um desses locais.

Neste Cursilho de Cursilhos saímos mais confian-tes, com mais força e entusiasmo para trabalhar e evangelizar na nossa comunidade, pois reacende-mos a chama que nos alerta para a atitude, a alegria e a amizade que devemos adotar em todos os nos-sos gestos, na nossa vida familiar, e assim contagiar todos os que nos rodeiam.

Pois só através da oração encontramos o nosso caminho e assim manifestarmos nos outros a alegria de ter CRISTO no nosso coração e na nossa vida.

Ana Paula Henriques

SN

16º Cursilho de CursilhosFátima 24 a 26 de Janeiro de 2014

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16 PEREGRINO

SN

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PEREGRINO 17

VIANA DO CASTELO

O Movimento dos Cursilhos de Cristandade, da Diocese de Viana do Castelo, realizou entre os dias 29 de janeiro e 1 de fevereiro o 71º. Cursilho de Cris-tandade de Homens da nossa Diocese.

Por motivo de proximidade de realização de obras no Centro Pastoral Paulo VI o Cursilho reali-zou-se no Seminário dos Padres Passionistas de Bar-roselas, tendo nele participado 18 novos Cursilhistas.

A Equipa Sacerdotal do Cursilho foi constituída pelos Reverendos Padres: Eugénio Freitas da Silva, Director Espiritual do Cursilho, Padre Manuel de Almeida e Sousa e Padre José Álvaro Aguiar Correia de Sá.

A Equipa Leiga do Cursilho foi composta por 10 Dirigentes, sendo Reitor do Cursilho o Dirigente Joa-quim Carlos Almeida Miguelote de Carreço.

A Clausura de encerramento e Eucaristia, tiveram lugar no auditório do Centro Paulo VI contou com a presença de centenas de Cursilhistas vindos dos vários Arciprestados da Diocese, sendo a Eucaristia presidida por D. Anacleto Oliveira e concelebrada por 7 Sacerdotes.

Na cerimónia de apresentação os novos Cursi-lhistas, destacaram o facto de nestes três dias terem conhecido profundamente a Jesus Cristo, referindo que - foi como uma Luz que nos iluminou o caminho da Fé, uma vivência forte de Deus em comunhão com os irmãos. Uma dádiva de Deus para as nossas vidas.

Estamos prontos e preparados e para o trabalho nas nossas famílias, nas Paróquias e na sociedade.

EUCARISTIAHomilia de D. Anacleto Oliveira Na homilia o nosso Bispo começou por realçar

alguns dos testemunhos dos novos Cursilhistas da sua forte experiencia de Deus nestes três dias da Cursilho, relacionando alguns testemunhos com o espírito do Evangelho de domingo que estávamos a viver “O Evangelho da Luz” em que o velho Simeão ao receber o menino que já esperava há muito excla-mou – “Segundo a vossa palavra Senhor podeis dei-xar partir em paz o vosso servo”. Demos os braços e a nossa língua, para que outros sintam esta luz pela experiencia de uma vida com amor e com o coração. A luz que em nós se transmite por exemplo num sor-riso dado a um idoso.

Dom Anacleto terminou a sua homilia com estas palavras – Apelo a todos para que sejamos Simeão ou profetiza Ana na Igreja do Senhor Jesus.

Dados estatísticos do Cursilho: Cursilhista mais novo 31 anos, Cursilhista mais velho 81 anos, médias das idades 52 anos

Arciprestados de proveniência: Viana do Castelo 13, Ponte de Lima 4, Guimarães/Vizela 1.

José BorlidoSecretariado Viana do Castelo

71º. Cursilho de Homens

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18 PEREGRINO

PORTALEGRE E CASTELO BRANCO

Realizou – se na Casa Diocesana de Mem Soares, o 86º cursilho de cristandade para Homens, tendo tido início no dia 20 de Fevereiro, p.p., com o acolhi-mento e terminado pelas 21 horas do dia 23 do refe-rido mês, com a celebração da Eucaristia na Igreja Matriz de Gavião, presidia pelo Bispo da Diocese, D. Antonino Dias e concelebrada por diversos sacerdo-tes, oriundos das diversas paróquias de onde provi-nham os leigos participantes neste cursilho e após cerimónia de encerramento (clausura), que encheu por completo o Cine – Teatro de Gavião.

Era um grupo de 23 homens de diversas origens e profissões e acima de tudo com diferente formação e prática religiosa e com diversas habilitações acadé-micas, em suma, pessoas diferentes, mas unidas num único objetivo: a procura do Senhor no seu 4º dia, o desenvolver e fomentar a sua Fé, a sua Esperança, a sua Caridade, a fim de alcançarem o REINO.

Certamente que, como todos os que já são cur-silhistas, para ali entraram com alguma apreensão, incredulidade ou até indiferença.

Mas de lá saíram com outra dinâmica, com outra força, com outra vontade.

Lia-se nos seus rostos, mostraram nos seus tes-temunhos e alegraram-se com os seus familiares e amigos.

Tal como o Senhor, através do relato de S. Mateus no Evangelho dominical (7º Domingo do Tempo Comum), nos referia:

“… Se alguém te bater na face direita, oferece--lhe também a outra;

Se alguém te quiser tirar a túnica, dá-lhe também a capa;

Dá a quem pede e não voltes as costas a quem te pedir emprestado;

Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos per-seguem…”!

Assim os esperam a família e os amigos, a comu-nidade paroquial, os outros irmãos nos grupos e nas ultreias, enfim, o seu contributo para a construção da Igreja Universal.

Como escreveu Paulo (Cor. 3,16-23): - …”Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espirito de Deus habita em vós?”.

José Gravelho

Homens

86º Cursilho de Cristandade

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PEREGRINO 19

ÉVORA

No dia a seguir ao encerramento do cursilho 148º de homens da nossa Arquidiocese, trocamos, como é habitual e desejável, muitas mensagens, quer por telemóvel, por e-mail, ou ainda de viva voz. Não podíamos quebrar abruptamente a experiência que durante aqueles três dias tínhamos vivido. Intensa, profunda, libertadora e envolvente. Sim, envol-vente. Porque o Espírito Santo nos envolveu a todos: equipas e novos cursilhistas.

Por isso tínhamos de nos manter em contacto, sentindo um apelo enorme de transmitirmos uns aos outros o que continuávamos a viver. Não apenas a sentir; isso é pouco. Mas a viver e a viver em comu-nhão.

Numa das mensagens, um dos novos cursilhistas exprimia desta forma a sua vivência deste cursilho: “Que saudade, que saudade, que saudade! 3 dias maravilhosos de Intensa e Sincera Amizade e Felici-dade, foi o que recebi de todos vocês, meus Irmãos

em Cristo. Chega de egoísmos. Deus quer AÇÃO da nossa parte e é AÇÃO que vai ter.

Sinto-me simplesmente em PAZ, meu Irmão. (sic)Um Grande Abraço em CRISTO.”Outro, apontando já pistas para o seu 4º dia,

rezava assim “AMIGO e IRMÃO em CRISTO, a FESTA foi e continua a ser FANTÁSTICA porque na verdade não acabou. Iniciei uma nova etapa da minha VIDA. Foi muito GRATIFICANTE aprender e reaprender a ter a capacidade de distinguir o que é realmente IMPORTANTE daquilo que é apenas e só superficial e supérfluo. SENHOR, FAZ COM QUE OS maus SEJAM BONS E QUE OS BONS SEJAM MUITO MELHORES. UM ABRAÇO FORTE EM CRISTO. DE COLORES” (sic)

Palavras para quê? Remetamo-nos ao silêncio e louvemos o Senhor pela enorme maravilha que ope-rou em todos nós.

DE COLORES Frederico Zagalo

A Vivência do Cursilho 148º

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20 PEREGRINO

No dia 15 de Dezembro o secretariado Diocesano promoveu, na sua sede, na Igreja do Calvário a 2ª Escola Diocesana. Foi em ambiente de alegria e espí-rito de oração, que sob a presidência do nosso dire-tor espiritual, Cónego Senra Coelho, se procedeu ao momento celebrativo de escuta da palavra de Deus, de louvor e súplica e culminaria com a apresenta-ção e solene envio das equipas dos cursilhos 149º de homens e 120º de senhoras. A referida apresentação foi feita pelo David Rodrigues e pela Maria do Anjo Roque a quem o Senhor chamou para conduzir os respetivos cursilhos.

Depois da invocação do Espírito Santo sob cada um dos elementos das equipas foi feita, pelo Con. Senra, a entrega do Crucifixo que acompanha todos os atos de preparação e realização destes até aos seus encerramentos.

Seguidamente teve início a reflexão da Escola que foi feita pelo Con. Senra e teve como tema a Revelação de Deus e a Tradição da Igreja. Foi, como sempre, uma reflexão que ajudou todos os presentes a olhar para Deus que vem ao encontro do homem e como a partir da primitiva Igreja se foi tornando pre-sente no meio do Seu povo. O tema teve como fonte os capítulos I e II do documento conciliar Vaticano II – Dei Verbum – e foi deixado o repto para que, não só os presentes, mas todos aprofundássemos estes dois capítulos deste documento como estudo.

Como se aproxima o cursilho 119º de Senhoras, o Con. Senra sugeriu a deslocação e sacrifício, certa-mente para alguns irmãos a presença nesta Escola

fosse tida como intendência deste Cursilho, tendo no final sido assinada uma folha pelos presentes a enviar como mensagem para o Cursilho.

Com votos de um ano 2014 muito ativo em cada escola e em cada ultreia e relembrando que é neces-sário um pré-cursilho forte e com muita oração, falando ao Senhor dos irmãos que queremos que também sejam felizes, porque ele os quer abraçar.

Diácono António Machado

ÉVORA

No dia 7 de dezembro realizou-se o primeiro dia de “Reviver”, na Igreja do Espírito Santo, em Portel. Foram convidados a participar todos os cursilhistas do Concelho.

Foi um dia experienciado de forma muito intensa, cheio de momentos enriquecedores com a presença dos Padres Ricardo Lameira e José Lelo, dos elemen-tos da Equipa Diocesana: Peixe, Domingos Conde, João Rocha, José Carvalho e dos irmãos em Cristo Vítor Leal e Dora, de Reguengos de Monsaraz.

Iniciado com a Via Sacra, o dia decorreu com uma visível entrega de cada um a cada momento que surgia. Assim, o Padre Ricardo encheu a aconche-

gada igreja com a meditação feita sobre “ O Amor de Deus”. E, de igual forma fizeram o Vítor Leal e a Dora com o seu testemunho da vivência desse Amor. Mais uma vez o Padre Ricardo levou todos os cursi-lhistas a envolverem-se de forma plena com o tema “ Reino de Deus”.

E foi assim, com toda a alegria, simplicidade e humildade que decorreu o “Reviver”, tendo ter-minado com a Eucaristia presidida pelo Padre José Lelo, na Igreja de Nossa Senhora da Lagoa.

No momento da despedida, uma frase imperou: “Valeu a Pena!”

DECOLORES

“Reviver” em Portel

ll ESCOLA DIOCESANA

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PEREGRINO 21

Este ano foi a noite fria e chuvosa do dia quinze de dezembro que os cursilhistas escolheram para se “aquecerem” e “aconchegarem”, reunindo em ultreia e convívio à volta de uma lareira.

Graças a Deus contámos com a presença dos sacerdotes padre Jerónimo, padre José António e do diácono Fernando Santana e também de irmãos cursilhistas de outros centros de ultreia da nossa zona, nomeadamente de Campo Maior e da Terrugem.

Este ano contámos também com a presença do presidente do secretariado nacional, Saúl Quintas, que nos falou da importância de Portugal ter sido chamado a presidir ao Comité Executivo do O.M.C.C., bem como da responsabilidade que recai em todos nós, membros ativos do movimento, para o sucesso desta nova missão.

Mas o tema central que nos tinha conseguido arrancar do conforto e do calor das nossas casas naquela noite era o NATAL. Aquele Natal que

esperamos e desejamos todos os anos com toda a fé, aquele Natal que cada ano volta a alimentar--nos e a encher-nos de esperança, aquele Natal em família ao quentinho e em vigília…

E foi mesmo isso que naquela noite sentimos todos. Meditámos, lemos, jantámos, convivemos e cantámos ao “Nosso Menino” que estava prestes a nascer. Foi como que um antecipar daquela noite para a qual todos nos estávamos a preparar e pela qual todos esperávamos com entusiasmo. Foi o transformar de uma noite fria e chuvosa numa noite acolhedora que nos aqueceu uns aos outros em comunidade Cristã, em família.

Provavelmente muitos de nós, naquela noite, chegámos a casa mais quentes do que quando saí-mos e com a satisfação de ter começado já a viver verdadeiramente o espírito do Natal.

De Colores Rui Carmo

Realizou-se de 16 a 19 de Janeiro de 2014, o cur-silho 119º de Senhoras na Casa das Irmãs Concepcio-nistas em Elvas.

Neste tempo conturbado que atravessamos, num mundo onde se desprestigia os valores da fé, senti-mo-nos chamadas, escolhidas e preferidas para fazer este encontro com Jesus Cristo ressuscitado.

Chegámos, cinquenta: trinta e duas novas, dois na equipa sacerdotal, doze na equipa responsável e quatro na equipa da cozinha. Na bagagem… só Deus sabe o que se carregava. Parámos, fizemos silêncio,

limpámos o casão da nossa consciência, arranjámos espaço para ouvir a voz de Deus.

Fomos acolhidas pelo abraço do Pai que nos deu o Seu colo de amor, descobrimos um ideal maior para a nossa vida e um tripé para a equilibrar. Tomámos consciência do maior acontecimento da nossa vida, o nosso batismo, que nos tornou Filhas de Deus e Irmãs de Jesus a quem queremos seguir. Sentimos o poder da força da oração e da intendência.

Com toda a entrega e entusiasmo crescente, deixámo-nos seduzir pelo olhar de Jesus, pela sua

ÉVORA

15 Dez. 2013

Convívio de Natal em Elvas

Cursilho 119º de Senhoras

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Palavra , pelas maravilhas que tem operado em cada uma de nós, pelos sinais que nos deixou, especial-mente pela Sua morte e ressurreição, que se torna presente em cada Eucarístia, por mim, por ti, por todos. Perante tanto amor e misericórdia abrimos o nosso coração para Ele fazer morada , com a certeza que nos ama e aceita como somos, por maior que seja a nossa fraqueza.

Depois deste encontro, todas ficámos mais fortale-cidas, mais confiantes , não vamos ficar acomodadas , o que temos vamos dar, queremos ser militantes.

Resta-nos agradecer a todos quantos rezaram e se sacrificaram para que esta vivência fosse possível, que Deus vos abençoe.

De ColoresMarília Lopes.

INTRODUÇÃOTodos os Movimentos e Associações da Igreja de-

vem manter a sua eclesialidade. Mas para se ter a certeza da sua eclesialidade são estabelecidos crité-rios segundo os quais podem ser considerados ecle-siais ou não. Por isso é que se exige o reconhecimen-to oficial da Igreja. E este reconhecimento torna-se necessário, sobretudo, quando se trata de formas de apostolado relevantes, como é o caso do Movimento dos Cursilhos de Cristandade.

Lê-se na Exortação Apostólica do Papa João Pau-lo “Cristifideles Laici” (Os Fiéis Leigos) nº 29: “A ra-zão profunda que justifica e exige o agregar-se dos fiéis leigos é de ordem teológica: uma razão ecle-siológica, como abertamente reconhece o Concílio Vaticano II, ao apontar o apostolado associado como um “sinal da comunhão e da unidade da Igreja em Cristo”… “É a própria razão eclesiológica apontada

que explica, por um lado, o “direito” de agregação próprio dos fiéis leigos e, por outro, a necessidade de “critérios” de discernimento sobre a autenticida-de eclesial das suas formas agregativas”. Para tanto, temos no MCC o “Organismo Mundial do Movimen-to dos Cursilhos de Cristandade” (OMMCC), como estrutura operacional de serviço, criado durante o V Encontro Interamericano em Santo Domingo (Re-pública Dominicana) em Junho de 1980, que nos re-presenta perante a Santa Sé e que procura dar cum-primento à sua responsabilidade, de modo preferen-cial e em primeiro lugar, em tudo o que se refere à fidelidade do Movimento à Igreja Universal e ao seu Magistério.

O presente artigo procura evidenciar como o MCC mantém a eclesiologia da comunhão, no respeito e realização dos critérios de eclesialidade, com que João Paulo II (ChL.30) abriu maiores horizontes às

ÉVORA / COMO MCC ASSUME E REALIZA OS CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE

COMO O MCC ASSUME E REALIZA OS CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE

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COMO MCC ASSUME E REALIZA OS CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE

Notas de Ação Apostólica Organizada, constantes do Decreto Conciliar “Apostolicam Actuositatem (Apos-tolado dos Leigos) AA20. Os critérios referidos foram assumidos pelo MCC – I.F.645 e comentados em I.F.93 a 193 – e que têm passado a inspirar o pensamento e a ação do Movimento na Pastoral da Igreja.

1º CRITÉRIO – O PRIMADO DADO À VOCAÇÃO DE CADA CRISTÃO À SANTIDADE

Na Igreja todos somos chamados à santidade: “Sede perfeitos, como o vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5, 48); “Esta é, na verdade a vontade de Deus: a vossa santificação” (1 Tes. 4, 3); “Todos na Igreja, quer pertençam à hierarquia, quer façam parte da grei, são chamados à santidade”(LG. 39).

Embora tenha havido várias descrições do que é o Movimento, só desde o 1º Encontro Latinoa-mericano de 1968 em Bogotá (Colômbia), se definiu e foi aceite que a essência do MCC consiste em ser “um Movimento de Igreja que, mediante um méto-do próprio, possibilita a vivência e a convivência do fundamental cristão, que ajuda a descobrir e a rea-lizar a vocação pessoal e torna possível a criação de núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes” (I.F.74-75). Se a vivência do fundamental cristão é essencial aos Cursilhos, a convivência é es-sencial à vida cristã e, consequentemente, à própria vivência dos Cursilhos. Eduardo Bonnín dizia que o fundamental cristão “é Cristo vivo no cristão, por in-termédio da GRAÇA, e que se exprime no amor a Deus e aos irmãos”. Acrescentava ainda “que, quan-do os Cursilhos não servirem para nos ajudar a viver e a realizar o fundamental cristão, teremos que pen-sar noutra coisa…” A finalidade próxima da essência do MCC é a mudança interior de cada pessoa, é a sua conversão. É a santidade conseguida por cada homem concreto, renovado no espírito. É o homem novo de que nos fala S. Paulo (Ef.4, 22-24). E se ti-vermos presente que uma das grandes verdades do fundamental cristão é a GRAÇA, é oportuno lembrar o que nos refere J. Maria Pujadas no livro “Fermento de Cristandade”: “Todo o cristão, desde o momento que se põe em Graça, começa a ser santo… vivendo em Graça, o Céu já é seu… O Céu está onde está Deus e Deus está na alma quando vive em Graça. Para usufruir de Deus no Céu pela Glória, temos an-tes que possui-Lo na terra pela Graça”.

Sebastião Gayá, um dos obreiros das primeiras horas do Movimento, autor do “Guia do Peregrino” e da “Hora Apostólica”, ao falar da santidade no seu livro “Reflexões para Cursilhistas de Cristandade”

alerta-nos dizendo que “a santidade não consiste em fazer coisas espetaculares, mas em fazer bem as mil bagatelas de todos os dias, quase impercetíveis, do que é feito o amor”. Bonnín no “Aprendiz de Cristão” dirá ideia semelhante: “eu creio que Deus se aproxima mais nas coisas normais do que nas coi-sas extraordinárias”.

“No MCC a Escola de Dirigentes entende-se, em primeiro lugar, na sua aceção evangélica, como o conjunto de cristãos que buscam caminhos de san-tidade no seguimento e na imitação de um único Mestre: Cristo”(I.F. 534). Na natureza da Escola de dirigentes em que convergem três vertentes, aquela que é indicada em primeiro lugar é a santidade, e só depois a comunhão do Movimento, seguida da formação (I.F. 533).

Após o cursilho, o pós-cursilho é também o tempo privilegiado e comunitário que procura incrementar e impulsionar a conversão e a vivência cristã iniciada no cursilho e com o seu processo dinâmico oferece aos cursilhistas os meios para cumprirem o que lhes é exigido como membros da Igreja, e, em primeiro lugar, a vocação à santidade (I.F. 445 e 447). E assim se conclui que o MCC tem toda uma estrutura e mé-todo adequados para que os cursilhistas caminhem para a santidade suposta obviamente a intercessão da Graça divina e a indispensável opção pessoal de cada um.

2º CRITÉRIO – A RESPONSABILIDADE EM PROFES-SAR A FÉ CATÓLICA

Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém pode ir até ao Pai, senão por mim” (Jo.14, 6). O 2º critério de eclesialidade implica uma aceita-ção e proclamação da Verdade sobre Cristo, sobre a Igreja e sobre o Homem, mas não uma verdade hu-mana. “Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhece-reis a Verdade e a Verdade vos tornará livres”(Jo. 8, 31-32). Os fiéis, por sua vez, para formarem a sua própria consciência, devem atender diligentemente à doutrina sagrada e certa da Igreja. Pois, por vonta-de de Cristo, a Igreja Católica é mestra da Verdade, e tem por encargo dar a conhecer e ensinar autenti-camente a Verdade que é o próprio Cristo (DH. 14). Como disse o Papa Paulo VI a doutrina garantida e ensinada pela Igreja é bem apresentada pelo Sagra-do Magistério sob a direção do Papa. O MCC inte-gra-se perfeitamente na exigência deste critério de eclesialidade. Porque uma das características funda-mentais do seu método é o Cristocentrismo (IF. 165),

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em que Cristo é o centro de toda a vida cursilhista e é o núcleo da mensagem proclamada por dirigentes cursilhistas que vivem a experiência da riqueza da fé, que autenticamente interpretam em conformidade com o Magistério da Igreja. As meditações, a cargo dos sacerdotes nos cursilhos, são todas direcionadas para Cristo. São estas meditações que dão a tónica a cada dia do cursilho. No retiro: “Como é Cristo” (Pai misericordioso); no 1º dia: “Como te vê Cristo” (Os três olhares); no 2º dia: “A Figura de Cristo” (Como vês tu Cristo) e no último dia: “A mensagem de Cris-to aos cursilhistas”. Em síntese, a função de todos os dirigentes no cursilho é tornarem-se amigos dos cur-silhistas novos, para todos serem amigos de Cristo, despertando neles o desejo de conhecer Cristo com a sua mensagem, por forma a que todos consigam uma coerência entre a fé e a sua vida (IF. 526; GS, 43). E o rolho neste contexto que melhor encaminha para a conversão do cursilhista é o Estudo (Forma-ção), em que se expõem diversas fontes de forma-ção desde a contemplação da natureza até à escuta da Palavra de Deus, interpretada pelo Magistério da Igreja. No 3º dia do cursilho, no rolho da “Vida Cristã” que de início se denominava “Vida em Gra-ça”, são também apresentados como manifestação de toda a vida autenticamente cristã três meios ca-racterísticos: Piedade, Estudo, Ação (célebre Tripé). Vida cristã que suscita e exige: o seguimento e imi-tação de Jesus Cristo, a escuta da Palavra de Deus, a reflexão sobre as Bem-aventuranças, a oração indi-vidual e comunitária, bem como nos são indicados os “alimentos” da nossa piedade cristã permanente (Eucaristia, orações da manhã e da noite, terço, etc).

3º CRITÉRIO – O TESTEMUNHO DE UMA COMU-NHÃO SÓLIDA E CONVICTA EM FILIAL RELAÇÃO COM O PAPA E COM O BISPO RESPETIVO

Na comunhão é que a epígrafe diz respeito, está comprometido todo o Povo de Deus: Hierarquia e Laicado. A comunhão consuma-se na Igreja, fazendo do Papa e dos Bispos aquilo que eles efetivamente são: princípio, fundamento e centro perpétuo e vi-sível da unidade (LG. 22-23). Por sua parte, os leigos “segundo o grau de ciência, competência e autori-dade que possuem, têm o direito e por vezes mesmo o dever, de expor o seu parecer sobre os assuntos que dizem respeito ao bem da Igreja” (LG. 37).

O Papa Pio XII, na sua encíclica “Mystici Corpo-ris Christi” diz-nos que “há os que se enganam pe-rigosamente, julgando que podem estar ligados a Cristo, Cabeça da Igreja, sem aderir fielmente ao seu

Vigário na terra”. Os Bispos, como sucessores dos Apóstolos pelo Sacramento da Ordem exercem em comunhão hierárquica o tríplice poder de ensinar, santificar e governar o Povo de Deus em cada Igreja particular (Diocese).

Por parte do MCC há uma abertura permanente e normal para acolher, assimilar e aderir ao Magis-tério da Igreja e às suas orientações pastorais. “Ser e atuar como Igreja, exige, pois, ao MCC uma comu-nhão orgânica com a hierarquia, expressa em obe-diência, diálogo, iniciativa e corresponsabilidade na colaboração recíproca” (IF. 646). No epílogo do livro “Vertebración de Ideas”, de Bonnín, Vadell e For-teza, lemos: “enquanto os Cursilhos de Cristandade se mantiverem em linha com a Igreja Viva, ao ritmo das suas melhores inquietações, e às ordens daque-les que a dirigem, nada tememos deles e muito es-peramos dos seus frutos”.

No “Ideias Fundamentais do MCC” são várias as passagens que atestam a nossa comunhão e com-promisso dentro do espírito deste terceiro critério de eclesialidade. Anoto sucintamente: “O MCC é um Movimento de Igreja…É um instrumento de renova-ção cristã dentro da Igreja” (nºs 631 e 632). “O MCC é essencialmente diocesano…e está ao serviço da pas-toral orgânica da Diocese” (nºs 693 e 694). “O Bispo é o primeiro responsável por toda a ação pastoral que se desenvolve na sua diocese. Por isso faz parte da estratégia do MCC uma estreita e íntima relação dos seus responsáveis com a hierarquia” (nº 195). “A introdução do MCC numa Diocese, deverá contar sempre com a aprovação da hierarquia” (nº 209). “Ao Secretariado Diocesano é o Bispo que confia a responsabilidade da promoção, desenvolvimento e adequada direção do MCC dentro da Diocese” (nº 590). Já o Secretariado Nacional do MCC é nomeado e reconhecido, mas pela Conferência Episcopal.

4º CRITÉRIO – A CONFORMIDADE E A PARTICIPA--ÇÃO NA FINALIDADE APOSTÓLICA DA IGREJA

Evangelizar constitui a vocação própria da Igre-ja. Por conseguinte, as Associações de Fiéis, os Mo-vimentos devem ser lugares de anúncio da Fé. S. Paulo, em 1Cor. 9,16, é bem explícito: “Porque se eu anuncio o Evangelho, não é para mim motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta: Ai de mim se eu não Evangelizar!” O fim apostóli-co da Igreja, conforme Decreto Conciliar “Apostola-do dos Leigos”, 20 “ordena-se à evangelização e à santificação dos homens e à formação cristã da sua consciência, de modo a poder imbuir do espírito do

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Evangelho, as várias comunidades e os vários meios (ambientes)”.

Por isso, o MCC desde o início tem utilizado sem-pre ativamente o seu carisma de apostolado asso-ciativo para atingir o fim apostólico da Igreja, que é uma característica fundamental da eclesialidade de qualquer Movimento (IF. 654). É que o MCC, sendo um instrumento da Pastoral Profética, optou por ser agente de evangelização. O Movimento tem no seu Método a realização de cursilhos de cristandade du-rante 3 dias, que constituem um maravilhoso e eficaz instrumento de evangelização, na linha do kerigma, em que se proclama uma mensagem, que é o nervo teológico do cursilho, centrado no mistério de Jesus Cristo, de forma interpelativa e testemunhada, que convida diretamente à conversão, na transformação do coração e da mente (santificação).

No que diz respeito à Formação, que não é privi-légio de uns poucos, mas sim um direito e um dever para todos os movimentos e associações têm o seu lugar na formação dos fiéis e em fomentar a for-mação de formadores. O MCC leva muito a sério o dever de formar, sobretudo para a necessidade de formar permanentemente dirigentes para os cursi-lhos. O Papa Paulo VI na primeira Ultreia Mundial em 28 de Maio de 1966, em Roma, disse aos cursilhis-tas de uma forma bem clara: “O leigo, ao formar-se cristão, reforma a sua mentalidade e conforma a sua vida com a imagem de Cristo…; transforma atuan-do em plena responsabilidade própria, as estruturas temporais em que está imerso…” E o Movimento tem uma estrutura operacional que é a Escola de Responsáveis, onde se proporciona uma formação espiritual, doutrinal, humana, social e para o apos-tolado (I.F. 548 e ss). A evangelização e a formação cristã deste quarto Critério de Eclesialidade são mui-to válidas no sentido de conseguir permear de es-pírito evangélico as várias comunidades e os vários ambientes. Deste modo, o Movimento no terceiro dia do cursilho orienta-se integralmente para a in-serção do cristianismo na vida (4º dia), que mais não é que a realização da finalidade ultima do MCC: a fermentação evangélica das estruturas e ambientes. É o Movimento também como agente da pastoral ambiental, que é uma das suas opções específicas ajudada pela estratégia e método dos seus três tem-pos: Pré-cursilho, Cursilho e Pós-cursilho. Não pode-mos esquecer que o rolho “Estudo do Ambiente”, conforme esclarece Eduardo Bonnín no “Aprendiz de Cristão” (pg. 95), foi o 1º rolho que ele fez e que deste estudo nasceu tudo o mais.

5º Critério - O COMPROMISSO DA PRESENÇA NUMA SOCIEDADE HUMANA QUE SE PONHA AO SERVIÇO DA DIGNIDADE INTERAL DO HOMEM

O empenho ou compromisso de presença numa sociedade humana torna-se melhor compreendido à luz da Doutrina Social da Igreja. A DSI tem por fim a realização pessoal do Homem como indivíduo e em sociedade. Primazia das pessoas sobre as coi-sas. Tudo deve ser ordenado em função do homem, como centro e termo de tudo quanto existe sobre a terra (GS12). A DSI constitui a dimensão social da Fé. João Paulo II explicita que a DSI, por si mesma, tem o valor de um instrumento de evangelização (CA54). Cabe aos fiéis leigos um lugar de relevo em razão da sua índole secular que os empenha, com modalidades próprias e insubstituíveis, na animação cristã da ordem temporal”(ChL 36). Desta forma, no MCC, a Pastoral Ambiental especifica-se por ca-racterísticas fundamentais, entre elas a Opção pela Pessoa Humana, o antropocentrismo, que é um dos valores fundamentais do Movimento (IF 668). É a centralidade antropológica comum ao cristianismo e às melhores aspirações de todo o homem de hoje.

Eduardo Bonnín diz no “Aprendiz de Cristão”(pg. 158) que a solução dos problemas do mundo não está no mundo, mas no Homem sempre atento às pessoas e aberto às realidades. Donde não se es-tranhar que ele sempre entendeu que a designa-ção do rolho “O Leigo na Igreja” deveria antes ser “Pessoa no Mundo” ou “O Leigo no Mundo”, o que lhe dá uma perspetiva diferente. O fundamento da igualdade de todos os homens entre si, a dignida-de pessoal é, ao mesmo tempo, o fundamento da participação e da solidariedade dos homens entre si: o diálogo e a comunhão têm a sua raiz última naquilo que os homens são, antes e mais ainda do que naquilo que eles têm (ChL. 37). Quando avalia o quinto critério da eclesialidade, a Exortação “Fiéis Leigos”, no nº 30, expressa-se deste modo: “as agre-gações dos fiéis devem converter-se em correntes vivas de participação e de solidariedade para cons-truir condições mais justas e fraternas no seio da sociedade”. No “Aprendiz de Cristão” (pg. 130) lê-se que o novo modelo de virtude passa pela solidarie-dade. O princípio da solidariedade está intrinseca-mente ligado ao princípio da subsidiariedade. A solidariedade confere particular relevo à intrínseca sociabilidade da pessoa humana, à igualdade de todos em dignidade e direitos, ao caminho comum dos homens e dos povos em ordem à unidade. Se se exige como dever de todos, é ainda mais imperio-

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COMO MCC ASSUME E REALIZA OS CRITÉRIOS DE ECLESIALIDADE

so para os cristãos. O princípio da subsidiariedade é também fundamento da responsabilidade justa e solidária de todos na sociedade. Todos são respon-sáveis por todos, coletivamente, na procura do bem comum. Eduardo Bonnín, ao ser interrogado na “entrevista biográfica” (pg. 158), sobre qual o texto em que estaria a trabalhar nos princípios de 1999, após o entrevistador lhe ter lembrado alguns dos títulos de livros mais importantes por ele publica-dos, assim lhe respondeu: “tenho um por terminar, “Estudo Social”, e não sei se terei tempo de o escre-ver”. Dentro deste tema andou sempre a sua sensi-bilidade e pensamento de cristão convicto inserido nos ambientes da sociedade.

O nosso MCC assume também a causa dos pobres, situando-se junto do pobre e a partir daí analisar o facto, as estruturas e o sistema que o originam (IF. 659). Integra-se a sua abordagem na evangelização dos ambientes, como opção fundamental dentro do Movimento. O MCC compromete-se a colaborar com a Igreja total na tarefa de fermentar de Evan-gelho os ambientes, pondo ao serviço da Igreja o seu método próprio (IF. 653).

O bispo D. Juan Hervás nas normas pastorais constantes do “Cursos de Cristandade Instrumento de Renovação Cristã” diz-nos que o verdadeiro cris-tão não pode deixar de ser numa ou noutra forma o apóstolo, convertendo-se em fermento do meio ambiente, e se não estiver ligado ao Movimento terá sempre abertos à sua frente largos horizontes de campos de apostolado na família, na profissão, na vida pública e no seu próprio ambiente. O mes-mo bispo no seu livro “Interrogações e Problemas dos Cursos de Cristandade” dedica um capítulo in-teiro à Política, em que afirma que a preocupação com a política é um direito do cidadão e do cristão, mas que este direito inclui um dever de interessar-se ativamente pelo bem comum, acentuando, porém, que tudo decorra sem resvalar para partidarismos obsessivos e inconsequentes.

Para uma dinamização ambiental com maior efi-

cácia na sociedade, os Cursilhos de Cristandade da Diocese do Porto criaram em 1979 cursos específicos, os chamados “Cursos de Dinamização Ambiental” (CDAs) e que na diocese de Aveiro tiveram início em Junho de 1988. Os CDAs, pegando na dinâmica do terceiro dia do cursilho, procuram ir mais além num evidente complemento ao próprio cursilho, mas em tempo posterior ao encerramento do mesmo, utili-zando uma temática em parte afim à Doutrina So-cial da Igreja. Estes cursos, a partir do exemplo da Diocese do Porto, foram sendo adotados por outras dioceses em Portugal.

Dentro da corresponsabilidade dos fiéis leigos na Igreja – Missão, a Exortação Apostólica “Cristifide-les Laici” desenvolve todo o Cap. III neste âmbito, e o “Ideias Fundamentais” sintetiza no seu nº 418 até onde chega o alcance do rolho “Estudo e Anima-ção Cristã dos Ambientes” no último dia do cursi-lho, impulsionando o cursilhista para aquele que vai ser chamado o seu quarto dia, para que se processe como tarefa permanente e inadiável a inserção do cristianismo na vida.

CONCLUSÃOFrancisco Forteza, que foi um dos melhores ami-

gos de Bonnín e seu colaborador, falecido em Se-tembro de 1995, no seu livro em versão castelhana “Historia y Memoria de Cursillos” (pg. 186), muito embora refira que, desde 1990, os Cursilhos tinham já sido reconhecidos pelo Pontifício Conselho para os Leigos, o certo é que oficialmente o que chegou até nós foi o Decreto nº 958/04/AIC-104, de 30 de Maio de 2004, que reconhece o Organismo Mun-dial do Movimento dos Cursilhos de Cristandade (OMMCC) como estrutura de coordenação, pro-moção e difusão da experiência dos Cursilhos de Cristandade, com personalidade jurídica privada, conforme o cânon 116, parágrafo 2º do Código do Direito Canónico.

José GranchoDiocese de Aveiro

SIGLAS utilizadas no texto:AA – Aposticam Actuositatem (o Apostolado dos Leigos): Decreto ConciliarCA – Centesimus Annus (o Centésimo Ano da “Rerum Novarum”): Encíclica do Papa João Paulo IICDA – Curso de Dinamização AmbientalChL – Christifideles Laici (Os Fiéis Leigos): Exortação Apostólica do Papa João Paulo IIDH – Dignitatis Humanae: Declaração Conciliar sobre a Liberdade ReligiosaDSI – Doutrina Social da IgrejaGS – Gadium et Spes (A Igreja no Mundo Contemporâneo): Constituição ConciliarIF – Ideias Fundamentais do Movimento dos Cursilhos de Cristandade: LivroLG – Lumen Gentium: Constituição Conciliar sobre a IgrejaMCC – Movimento dos Cursilhos de CristandadeOMMCC ou OMCC – Organismo Mundial do Movimento dos Cursilhos de Cristandade ou Organismo Mundial dos Cursilhos de Cristandade

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SETÚBAL / VISEU

Constituiu um grande momento de alegria, a ati-vidade promovida pela Escola do MCC de Viseu, no passado dia 06 de Fevereiro de 2014, como In-tendência Diocesana com vista a apoiar os dois Cur-silhos que se avizinham – o 153.º de Senhoras e o

154.º de Homens - por ocasião da celebração do CIN-QUENTENÁRIO do Movimento na Diocese de Viseu.

Esta atividade envolveu os núcleos de Ultreia e teve como seu ponto mais alto, a Adoração ao San-tíssimo Sacramento.

Comemorações dos 50 anos: Cursilho 95º de Senhoras

e Cursilho 120º Homens

Diocese de Setúbal

Intendência Diocesana

Diocese de Viseu

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28 PEREGRINO

VISEU

A participação foi extraordinária, e no final to-dos sugeriram a realização de novos espaços de ora-ção semelhantes.

Durante 2 horas foi uma participação como não há memória; um momento de meditação, de reco-

lhimento, de oração juntinhos ao Senhor, fazen-do-nos esquecer todas as contrariedades, as nossas preocupações, os nossos problemas…

Parecia que o Monte Tabor se havia deslocado para ali, naquele dia!...

No dia, 27 de Fevereiro pelas 21 horas no Centro Pastoral Diocesano, decorreu a cerimónia da receção e compromisso de mais 7 novos dirigentes cursilhis-tas, da diocese.

A cerimónia congregou mais de meia centena de Dirigentes e teve a presença sempre agradável e preciosa da Direção Espiritual e Secretariado, que durante o biénio que decorre, nos acompanha.

A mesma, teve o seu início à hora marcada e como ponto mais elevado, a celebração da Eucarística, pelo Rev. Padre José António, que na homilia, não desperdiçou a oportunidade aproveitando os textos litúrgicos, para fazer um apelo à Caridade, Humilda-de e espirito de Serviço e ainda, aos frutos do Espíri-to Santo, num feliz improviso que a todos despertou para a realidade de uma ESCOLA DE DIRIGENTES.

Seguiu-se a leitura do COMPROMISSO dos novos Dirigentes, cujo texto foi depositado sobre o altar, como oferenda destes Homens e Mulheres que se afirmam pela Generosidade e Entusiasmo que colo-cam nas coisas do Senhor.

Após a Eucaristia foi feita a apresentação dos no-vos Dirigentes a toda a Escola, que agora com mais este “punhado” de reforços, irá carregar sobre os seus ombros os tempos difíceis e trabalhosos que te-mos de enfrentar entusiasticamente.

O Coordenador teve para com os presentes bre-ves palavras de estímulo e gratidão, pela aceitação do convite que lhes havia sido feito pelo Senhor e pediu a todos que dessem o seu melhor na conquista do Ambiente para Cristo.

Relembrou o poder da oração e pediu a sua prá-tica diária como suporte de todas as atividades pro-gramadas para este ano pastoral.

A sessão atingiu o seu fim cerca das 23 horas mas lia-se no rosto dos participantes, uma alegria e um entusiasmo que só é capaz de entender, quem al-guma vez viveu a experiência de um CURSILHO DE CRISTANDADE.

Também na sequência da celebração do CIN-QUENTENÁRIO do 1º Cursilho de Cristandade na Dio-cese de Viseu, será realizada pelas 21h00 da noite de 27 de Março/14 uma via-Sacra no recinto do centro Pastoral Diocesano, e que será aberta a todos/as que queiram participar, manifestando assim, mais uma vez, a sua fé.

Os Cursilho nº 153 de Senhoras e 154.º de Homens realizar-se-ão em simultâneo, de 30 de Abril a 03 de Maio de 2014 (é o momento, de convidarmos à par-ticipação dos nossos/as Amigos/as e, comunicar ao Secretariado o mais breve possível através da ficha de aceitação).

O Encerramento destes Cursilhos terá lugar no Auditório do Centro Pastoral, do dia 03 de Maio, em hora ainda a designar.

Outras atividades programadas relacionadas com o cinquentenário, serão anunciadas futuramente.

P’lo Secretariado DiocesanoO Delegado da Comunicação

Carlos Pereira

O compromisso de novos dirigentes do Movimento dos Cursilhos

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VILA REAL

Caminhando, atingimos os cinquenta anos, desde os primeiros Cursilhos de CRISTANDADE, realizados na Diocese de Vila Real, no longínquo ano de 1964.

Em 02/03/2014 relembrámos esta data e algo mais.Convidámos toda a Diocese, Movimentos, arci-

prestes, Srs. Padres Cursilhistas, e como não podia deixar de ser todos os que passaram por um Cursilho de Cristandade, não esquecendo os pioneiros, ainda no Quarto Dia.

Convidámos o País cursilhista, de uns, tivemos as suas orações, intendências e de outros, a sua presença.

Honraram-nos com a sua presença, Sua Ex.ª Re-verendíssima, D. António Montes, Director Espiritual Nacional; Presidente do Secretariado Nacional, Saúl Quintas, Coordenador do Núcleo Norte, Cor. Antu-nes, Presidente do Secretariado do Porto e elemen-to do OMCC. Joaquim Mota, Presidentes do Núcleo, Braga, Bragança e Aveiro, respectivamente, Inês, Carolina e Mário Braga. Vieram acompanhados de outros elementos cursilhistas, leigos e ordenados.

Foi uma honra receber todos estes irmãos.Destacamos a presença do nosso Bispo, D. Amân-

dio desde a primeira hora ao lado do MCC.Apresentámos em PowerPoint um tema “ Oração,

Reflexão e História do MCC em Vila Real”.Rezámos, cantámos e falámos de Reunião de Gru-

po e Revisão de Vida.Seguiram-se duas horas de partilha de testemu-

nhos e ressonâncias, individuais e colectivas. Foram testemunhos de fé, de vivência e diálogo.

Salientámos a intervenção dos pioneiros que nos deixaram o seu exemplo de perseverança.

D. António Montes centralizou esta Ultreia, dei-xou palavras e conselhos sábios e deu-nos pistas de evangelização, nos nossos ambientes.

Enquanto aguardámos a clausura do cursilho de Senhoras partilhamos um lanche frugal e convive-mos, nunca esquecendo a nossa condição de cursi-lhistas.

Permitam-me o meu testemunho:Por Delegação da Presidente do Secretariado Dio-

cesano (Graça Monteiro), a desempenhar as funções de Reitora do Cursilho de Senhoras, declaro que foi uma honra tal tarefa.

Dediquei-me a esta tarefa, acompanhado de mui-tas intendências e de muitas orações pessoais.

Agradeço o incentivo de muitos amigos, Eládio Presidente do Secretariado de Orense, do Mário Bas-tos, do Marcolino de Bragança, o meu amigo Jaime Custódio, o P. Francisco Gonçalves, realçando o in-centivo e ajuda do Pais Rodrigues e da minha esposa.

Há 9 anos persevero no nosso MCC. Durante 6 anos presidi ao seu caminhar, mas sinto-me pequeno quando pessoas como o Emílio de Sousa, o Madurei-ra, o Eduardo e Livia Silva e outros já perseveram há 50 anos.

O meu cursilho, mudou e continua a mudar muita coisa, na minha vida.

“Cristo liberta-me de Tudo e faz-me experimen-tar a alegria da CRUZ, para compreender TUDO, comparado com o seguir-Te todos os dias.”

DECOLORESAntónio Vale

Secretariado Diocesano de Vila Real

Cinquentenário do MCC

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Decorreu de 6 a 9 de Março, em Fátima, o Cur-silho de Homens nº 127 (diocese de Leiria/Fátima) e nº 38 (diocese de Santarém).

Foram 25 homens que deram o seu sim a Cristo, vivendo estes três dias com a ansiedade de quem tem sede e encontrou uma fonte de água límpida e fresca na qual foi convidado a beber, para conti-nuar o caminho com renovada energia.

Este cursilho teve como reitor Jaime Custódio que, juntamente com uma equipa de mais seis elementos, assumiu esta tarefa de evangeliza-ção, contando também com a indispensável dire-ção espiritual do Pe. Alcides Neves, que conjun-tamente com dois sacerdotes, um dos quais da diocese de Santarém (Pe. Tiago Pires), ajudaram a preparar estes homens para viverem plenamente o seu quarto dia.

O encerramento, que decorreu no Seminário Diocesano de Leiria, contou com cerca de 300 pes-soas a assistir, que, com a alegria que carateriza todos os que procuram viver em DECOLORES, rece-

beram com entusiasmo os novos irmãos, agora pre-parados para levar a mensagem do amor de Cristo aos seus ambientes.

Presidiu a este encerramento, Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo da Diocese de San-tarém, D. Manuel Pelino Domingues.

Da beleza dos testemunhos que se fizeram ouvir, sobressai a certeza de que «Deus não escolhe os capacitados, antes porém capacita os escolhidos».

A todos os que aceitaram viver esta experiência do cursilho de cristandade, cabe perfeitamente a mensagem deixada pelo Santo Padre na sua exor-tação apostólica EVANGELII GAUDIUM:

«113 - Eu gostaria de dizer àqueles que se sen-tem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo ou aos indiferentes: o Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e fá-lo com grande respeito e amor!» e «216 - Pequenos mas fortes no amor de Deus, como São Francisco de Assis, todos nós, cristãos, somos chamados a cuidar da fragili-dade do povo e do mundo em que vivemos.»

Notícias de Leiria-Fátima e SantarémCursilho de Homens

LEIRIA-FÁTIMA E SANTARÉM

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PEREGRINO 31

Comité Executivo do Organismo Mundial dos Cursilhos de Cristandade, constituído pelos seguintes Cursilhistas:

Presidente:Francisco Manuel SalvadorDiocese de Lisboa

Vice-Presidente:Joaquim Luis MotaDiocese do Porto

Tesoureiro:Fausto Jorge DâmasoDiocese de Angra

Assistente Espiritual:Con. Francisco Senra CoelhoDiocese de Évora

Secretária:Rosa Maria Raimundo (Romy)Diocese de Coimbra

Vogal:Mário de Oliveira BastosDiocese de Setúbal

CONSTITUIÇÃO DO OMCC / CP

Constituiçao do OMCC

Comissão Permanente do SN

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POESIA / MENSAGEM DO PAPA

Maria, eis-me aqui!Senhora do Sim,Maria minha mãe,Eu quero dizerMeu sim também!Quero envolver-meEm teu manto de Luz,Oh minha MãeE Mãe de Jesus!

Ensina-me MãeCom tua candura,A fazer o bem,A ir à procuraDa Palavra Santa,Do Supremo Amor,Da doce TernuraDo meu Senhor.

Que eu seja, na terra,Peregrino forte,Em luta contra a guerra,Apesar da morte.Pois a Vida EternaEspera por mim,Doce e maternaSenhora do Sim.

Quero viverEm viva alegria.Que eu saiba ser,Oh Virgem Maria,Os braços da CruzDo meu Salvador,Seja Sal e Luz

De vivo fulgor.E na una Igreja,Peregrina e santa,Que eu servo seja,Com coragem tanta,Que dê de graçaA Paz que recebi,De alma pura o faça;Maria, eis-me aqui!

Victor Dias (02 Dez. 2013)

Não à guerra! O Senhor que habita nos CéusEstá sorrindo.Sorriso de compreensãoE infinita ternuraFace à insensataE humana ilusãoDe que na guerraEstá a solução.

Ó reisDescansai as armas,“Ó juízes da terraPrestai-lhe homenagemCom tremor”. E confiai,Porque a felicidadeEstá no Senhor.

Então a paz reinaráE “no dia em que houver guerraNinguém aparecerá”.

Duarte Nuno PiresBragança

Fez-Se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9)

Queridos irmãos e irmãs!Por ocasião da Quaresma, ofereço-vos algumas

reflexões com a esperança de que possam servir para o caminho pessoal e comunitário de conver-

são. Como motivo inspirador tomei a seguinte frase de São Paulo: «Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza» (2 Cor 8, 9). O Apóstolo escreve aos cristãos de Corinto encorajando-os a serem generosos na ajuda aos fiéis de Jerusalém que passam necessidade. A nós, cris-

Mensagem do Papa Franciscopara a Quaresma de 2014

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PEREGRINO 33

MENSAGEM DO PAPA

tãos de hoje, que nos dizem estas palavras de São Paulo? Que nos diz, hoje, a nós, o convite à pobreza, a uma vida pobre em sentido evangélico?

A graça de CristoTais palavras dizem-nos, antes de mais nada,

qual é o estilo de Deus. Deus não Se revela através dos meios do poder e da riqueza do mundo, mas com os da fragilidade e da pobreza: «sendo rico, fez-Se pobre por vós». Cristo, o Filho eterno de Deus, igual ao Pai em poder e glória, fez-Se pobre; desceu ao nosso meio, aproximou-Se de cada um de nós; despojou-Se, «esvaziou-Se», para Se tornar em tudo semelhante a nós (cf. Fil 2, 7; Heb 4, 15). A encarnação de Deus é um grande mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar--Se e sacrificar-Se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria igualdade, abate os muros e as distân-cias. Foi o que Deus fez connosco. Na realidade, Jesus «tra-balhou com mãos humanas, pensou com uma inteligên-cia humana, agiu com uma vontade humana, amou com um cora-ção humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (CONC. ECUM. VAT. II, Const. past. Gaudium et spes, 22).

A finalidade de Jesus Se fazer pobre não foi a pobreza em si mesma, mas – como diz São Paulo – «para vos enriquecer com a sua pobreza». Não se trata dum jogo de palavras, duma frase sensa-cional. Pelo contrário, é uma síntese da lógica de Deus: a lógica do amor, a lógica da Encarnação e da Cruz. Deus não fez cair do alto a salvação sobre nós, como a esmola de quem dá parte do próprio supérfluo com piedade filantrópica. Não é assim o amor de Cristo! Quando Jesus desce às águas do Jordão e pede a João Batista para O batizar, não o faz porque tem necessidade de penitência, de con-versão; mas fá-lo para Se colocar no meio do povo necessitado de perdão, no meio de nós pecadores, e

carregar sobre Si o peso dos nossos pecados. Este foi o caminho que Ele escolheu para nos consolar, sal-var, libertar da nossa miséria. Faz impressão ouvir o Apóstolo dizer que fomos libertados, não por meio da riqueza de Cristo, mas por meio da sua pobreza. E todavia São Paulo conhece bem a «insondável riqueza de Cristo» (Ef 3, 8), «herdeiro de todas as coisas» (Heb 1, 2).

Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na berma da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de

Cristo, que nos enri-quece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comu-nicando-nos a miseri-córdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ili-mitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, pro-curando sempre e ape-nas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que

se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu «jugo suave» (cf. Mt 11, 30), convida--nos a enriquecer-nos com esta sua «rica pobreza» e «pobre riqueza», a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogénito (cf. Rm 8, 29).

Foi dito que a única verdadeira tristeza é não ser santos (Léon Bloy); poder-se-ia dizer também que só há uma verdadeira miséria: é não viver como filhos de Deus e irmãos de Cristo.

O nosso testemunhoPoderíamos pensar que este «caminho» da

pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d’Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade.

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MENSAGEM DO PAPA

Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos Sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo.

À imitação do nosso Mestre, nós, cristãos, somos chamados a ver as misérias dos irmãos, a tocá-las, a ocupar-nos delas e a trabalhar concretamente para as aliviar. A miséria não coincide com a pobreza; a miséria é a pobreza sem confiança, sem solidarie-dade, sem esperança. Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual. A miséria material é a que habi-tualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pes-soa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a pos-sibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da huma-nidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à jus-tiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.

Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sen-tido da vida; sem perspetivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se veem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio inci-piente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afas-tamos de Deus e recusamos o seu amor. Se julgamos

não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos autossuficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadei-ramente salva e liberta é Deus.

O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubi-losos anunciadores desta mensagem de misericór-dia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.

Queridos irmãos e irmãs, possa este tempo de Quaresma encontrar a Igreja inteira pronta e solí-cita para testemunhar, a quantos vivem na miséria material, moral e espiritual, a mensagem evangé-lica, que se resume no anúncio do amor do Pai mise-ricordioso, pronto a abraçar em Cristo toda a pessoa. E poderemos fazê-lo na medida em que estivermos configurados com Cristo, que Se fez pobre e nos enriqueceu com a sua pobreza. A Quaresma é um tempo propício para o despojamento; e far-nos-á bem questionar-nos acerca do que nos podemos privar a fim de ajudar e enriquecer a outros com a nossa pobreza. Não esqueçamos que a verdadeira pobreza dói: não seria válido um despojamento sem esta dimensão penitencial. Desconfio da esmola que não custa nem dói.

Pedimos a graça do Espírito Santo que nos per-mita ser «tidos por pobres, nós que enriquecemos a muitos; por nada tendo e, no entanto, tudo pos-suindo» (2 Cor 6, 10). Que Ele sustente estes nossos propósitos e reforce em nós a atenção e solicitude pela miséria humana, para nos tornarmos misericor-diosos e agentes de misericórdia. Com estes votos, asseguro a minha oração para que cada crente e cada comunidade eclesial percorra frutuosamente o itinerário quaresmal, e peço-vos que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

Vaticano, 26 de dezembro de 2013Festa de Santo Estêvão, diácono e protomártir

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SN Junho 2012

NOVO GUIA DO PEREGRINO

sn-mcc-portugal.webnode.pt

SITE DO SECRETARIADO NACIONAL

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