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    Llvros de OrentaoCatlica sobre o Espiritismo:As Fraudes Espritas e os FenrnenosMetapsquicos'pelo Pe. Car los Heredia, S. J. I vol . br .150x230 mm, 367 pp. Cr$ 40,00.Estudo Crtiro das CinciasOcultas,por F i I i p e a-

    chado Carr ion. 1 vol . br . 140x215 f i f f i ,175 pp. Cr$ 15,0.Os Segredoso Espir it ismo,eloPe.-Jlio I\ ' laria.I r.o1.br. l25xlg5 mm, 272 pp. Cr$ 25,00Tol icesde Al lan Kardec, or Just ino Mendes.1 vol, br. 135x190mm, lgg pp. Cr.$20,00.A l luso Espr i ta, or Ramos cle Ol iveira.I vol. br. l35XigO mm, 101 pp. Cr$ 10,00.Por que a lgreja condenou o Espiritismo, or FreiBoaventura, O, F. ' . vol .br . 125x180mm ,4B pp. Cr$ 4,00Material parn Instruosobre a HeresiaEsprita (Pri-meiroCic lo) , or Frei Boaentura, O. F. 1v1. ,i vol. br. 125X180mm, 64 pp. Cr$ 5,00.Material para Instruosobre a HeresiaEspirita (Se-gundoCc lo) , or F'reiBoaventura, O. F. I \ ,1.,1 vol. trr. 125x18mm, 96 pp. Cr$ 8,ft0Respostaaos Espritas, or Frei Boaventra,{_1., \ i . , . ' .'ol.br. 125XI8Cnm,144pp.Crg13,0f i.Fosoeat,5lica eranlea [rnbaruda, or' rei I o a*,'; c ri . t r ;1, O. F. .l''1,no g:leic').Por qil catsilico no podr s*r Esiririla, por *reitJoavcnti i a, O. F. i l . Fclhet,;de lt i pp. ' fa*trela; l0 exs. Cr$ 5,ff1; lOD :xs.45,C{};5{[) exs.200,C[; l.{.1 xs. 35q0O.Por que nc adnrito a Reencarnao,por Frei B o a*ventura, O. F. h, l . Folheto rJe 16 pp. Tabela:l0 exs. Cr$ 5,0O; 100 exs. 45,00; 500 exs.' 200,t10;1.00 exs. 350,00.

    )CONTRAA TIERESIAESPRTTA

    FREI Bo*ver.ituRl, O. F. M.

    Material para Instruessobrg \. =s:ia'

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    CONTRAA FIERESIAESPRITA

    FRet BolvenruRl, O. F. M.

    . *r-=.:. \ \.i =1a..aq * .iI' i

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    ffi1954

    Material para fnsffuessobrefr,FteresiaEspritaSEGUNDOCICLO

    II EDIO

    EDITORA VOZES LI,4,IITADA, ETRPOLIS,Rro DE JANETRO SO PAULO

    **u*-tR. J.

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    I{PRI '1 TURPOR COMISSO ESPECIAL DO E}:.O.B REVMO. SR. DOM MANUEL PEDRODA CUNHA CINTRA, BISPO DE PE-TRPOLIS. FlitsI LAURO OSTER{NN,O. F. v1..PBTRPOI,IS, l3-IX-1954.

    Neste segundo ciclo de instruesestudaremos dou-trna do Espiritismo, coteiando-acom a tradicional DoutrinaCrist tal como foi conservadapela lgreja e por ela a nstransmitida atravs dos sculos. Este confro nto tem du asvanfagens:D-nos o ensejo de rep etir as principais verdadesde nossa santa f e ao mesmo empo mostra aos ouvintesaevidentssima radical oposioentre a doutrina esprita ea Doutrina Crist e, por conseguinte,ermite-nosirar sem-pre de novo a concluso em que importa nsistir muito -de que de todo em todo impossvelser ao mesmo tempocatlico e espirita.Na determinaocla dou'trina esprita inspiramo-nosdi-retamente nas obras dos maiores mestres do Espiritisrno. Eo principal deles, econhecido muito propagadopelos nos-sos espritas, Leo Hiplito Denizart Rivail (1804-1869),mais conhecido ob o pseudnimoe Allan Kardec. Foiele, na r.erdade, uem ccimpilou u, como dzem, codificou"a Doutrina Espriia.E para mostrar que as lucubraes eAllan Kardeccontinuama ter plena atualidade os meioses-pritas nacionais,ser suficiente transcrever algumas de-claraesdo rgc oicia1 da FederaoEsprita BrasileiraFEB), o Refornador de Setembro o correnteano de [953,em que; p. 199,se diz corn ufania: "Gi"aas FEB, ao seutrabalhode propagauda, , 99% dos espiritasbrasieiros cei-tam a Dorrrrirade Kardec, rrciucia realidade os erisiilamen-tos reencarnacionistas";mars: "Craas FEB, aos tra-ballros dos ebianos,entre todos os pasesdo mundo oBrasi l aqueie que se acha mais kardequizado"; ainda:"Graas IEB, propagandaque ela sempre desenvclveuem torno cias obras de Kardec,o Brasil delaseditou rnuitase muitas vezes mais que a soma das edies anadasportodos os pasesdo mundo, e por preo sempre nferior, svezes conr 60% de diferena"; e afinal: "Graas FEB,TODOSOS DIREITOSRESERVDOS

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    Allan Kardec e Chico Xaxier esto penetrandoem 80 pases,atravs das suas ediesem Esperanto".Basta isso para provr que, se quisermos conhecer averdadeira doutrina esprita - esta que os nossos milharesde Centros espalhadospelo Brasil inteiro querem propagar"por todas as formas e meios possveis" preciso recorrefsobretudos obras de Allan Kardec.E porquecorn muita fre-quncia devemoscitar este nome, usaremos apenas as ini-ciais AK (Allan Kardec). Para f acilitar as numerosaseinevitveis citaes dos livros de AK, em vez de repetirmoesempre de noyo o t tulo e a edio brasileira dos mesmos,indicaremos penasum nmero romano (que corrcsponde sobras segundo a ordem cronolgica em que foram publi-caclaspelo autor) com a respectivapgina. Eis a lista doslvros e a ordem em que sero citados:l. O Livro dos Espiritos (1857), 22t edio brasileira;ll. O que o Espiritsmo 1859), 10r edio brasileira;IIL O Livro dos Mdians (1861), 20 edio brasileira;IV. O Euangelho segundo o Espiritsma (1864), 39' edi-

    o brasileira;V. O Cu e o Inferno (1865), 16+ dio brasileira;\tI. Gnese 1868), edio de 1949.YIl. Obras Pstamas, 10+ edio brasileira...ssim, or exernplo,a citao 1ll, 240 quer dizer: ObrasFstumas,10' edio da FeCerao sprita Brasileira, p. 240.-A.lmde AK citaremos ainda outros autores espritasde competncia eccnhecida os arraiais do espiritismona-cional, como Leo Denis, "o f isofo inconfuudvel o Es-piritismo", e Carlos Imbassahy, o nosso maior poiemista",etc. No nos serviremos,pornt, de autores espiritas estran-geiros ainda no importados.O mtodoque adotamos muito fcil: No primeiropott-to resumimosalguma doutrina fundamentalda f crist eque podeser desenvoluida vontade;no segundo onto mos-tramos cono a doutrina esprita se ope direta e frontal-mente expostadoutrina crist, e para isso oferecernosi-taes extuaisdos mestres econhecidos o EspiritismoBra-sileiro; estes textos podem rnuito bem ser lidos, para que

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    os ouvintesno tenham a -impresso e que o orador esta inventar histrias. lmpue-seern seguida a cencluso:impossvelser catlico e esprita ao mesmo tempo.1) O Mlstrlo.

    A fonte principal dos erros doutrinrios do Espiritismoest na orgulhosapretenso acionalista e querercompreen-der tudo a ponto de considerarerrado e falso o que supeaou transcende o entendimento a intelignciahurnana,E'por isso que iniciamos este segundo ciclo de instruescomconsideraes obre o mistrio.1) a) A palavramistrio em sua origem do verbo gregomje.n: fechar, lapar, escurecer.Etimolgicamente,ortanto,mistrio significa uma coisa velada, arcana, desconhecida.Comumente rnpregamos palavra para designaro que nos inteiramentedesconhecidou cujo conhecimento podeser adquirido com grande esforo, Ningumnega que exis-tem verdades e leis naturais ainda no conheidaseoutras conhecidas por alguns especialistas pf longosesfudose complicadasnvestigaes gue os leigos no as-sunto admitemsenrcompreender s por causada reconhe-cida competncia o respectivocientista (leis da matem-tica superior,da fsica ou qumica,etc.). - Em sentdo es ,trilo e prpriamente eolgico (como o entendemos qui),a palavra mistrio cornpreende s verdadesdivinas que su-perarn, ranscenden ultrapassam s capacidades aturaisdarazohumana.So-nos onhecidas peras ela autoridade i-vina que no se engaa porqueDeLrs inf irr i tamentebio)nen ilos pode iludir (porque inJinitamente anto).b) A possihilidnde e tais mistrios evidente, a:rto daparte de Deus como da parte dos homens.Pois no custacompreender ue Deus, nfinitamente nteligente, o qual na -da escapa,possa revelar aos homens,de inteligncia imi-tada, verdades ue, em si, ultrapassem s oras naturaisdainteligncia riada e principalmente erdadesque nos falemda prpria naturezadivina e da nossa vida futura e outrascujo conhecimentc eus ulgue necessriou til para a ete-na salyaodos homens.Tambmda parte dos homensn o

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    que h duas ordensde conhecimento,istintasno s po rseu princpio,mas tambmpo seu objeto; por seu princ-pio, visto que numaconhecemosela razo natural e na outrapela f divina; e po seu objeto,porque'alm daquiloqu ea raro natural pode atingir, propem-se-nos crer mist-rios escondidos m Deus, que no podemosconhecersem arevelao ivina.E eis porqueo Apstolo, ue assegura ueo, g.ntio, conheceram Deuspor meiodas suas

    obras (Roml, -201,discorrendo,odavia,sobre a graa e verdadeQu eforam anunciados or JesusCristo (cr ' Jo 1, 17), diz: Fa -lamos da sabedora e Deus em mistro,gue fora descoberta

    vemosestudaros misteriosda-'f:

    com o fim ltimo do homem;nunca,porm,se totna capaz6

    de compreend-los omo compreende s verdadesque cons-tituem o seu objeto prprio, pois os mistriosdivinos, porsua prpria natureza,excedem de tal modo a intelignciacriada,que,mesmodepoisde revelados aceitospela f, per-manecem indaenvoltos m um nevoeiro, nquanto urantees -ta vida vivermosausentesdo Senhor; pois andamosguiadospela f, e n.oguiados pela contemplao2 Cor 5, 6 s)".e) "Porm, ainda que a f esteja acima da razo, a-mais pode haver verdadeiradesarmonia ntre uma e outra,porquantoo mesmoDeus que revelaos mistrios infundea f, dotouo espri tohumanoda luz da razo; e Deus n opode negar-se si mesmo, em a verdade amaiscontradizer verdade. A v aparnciade tal contradionasce princi-palmente u de os dogmasda f no teremsido entendidose expostos egundoa menteda lgreja, ou de se terem as sim-pfesopinies m conta de axiomas ertosda razo... E nos no pode amais haver desarmonia ntre a f e a razo,mas uma serve de auxlio outra, visto que a reia razodemonstraos fundamentos a f, e cultiva, luminadaco ma luz desta,a cinciadas coisasdivinas" (DB 1795-1799).2) A doutrina espirita inteiramente racionalistq e ne-ga o mistrio, O Espiri timso,declara AK, "proscrevendoa cega,quer ser compreendido. ara ele, absolutamenteno h mistrios,mas uma f racional, ue se baseiaem fa -tos e que desejaa luz" e por isso "proclamao direito abso-Iuto l iberdade e conscincia do l ivre exameem matria

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    damente que a razoe o bom senso eprovaem" lll, 24 2Ji.-'n ".itr: "Frecisamos ubmeter udo ao cadinhoda ra -to,l $t,37). "Os Espritosverdadeiramenteuperioresns,aao*.ndu* de contnuoque submetamos s comunicaesao crisotda tazoe da mais rigorosa gica" (ll l ' 149)' etc'Com semelhantesprincpios os espiritas abrem tambmos sagrados livros do Evangelho: "Se os Evangelhos so"..itai"i* em muitos pontos, , todavia, necessrio ubmeter;;; conjunto inspeoclo raciocnio" (Denis' Cristianis'*i-, ntpirtsmoS- a' p' 33)' E s^porquea razo detesno compteende SS' 'irindade, a Divindadede Jesus'op..udo oiiginal, a redeno,a graa' o inferno' etc'' s porisso eles negam e reieitam to*J luttut todas essasdoutrinas'Para mostrar at que ponto pode chegaro orgulho raciona-lista dos esprilas, omemoseste exemplo; Para quem leu osee;il- *"iii.rto que Jesus alou ciarissimamente oinf.ro; considerando, rm, a eternidadedo inferno' amente'h'umana ncontia-nopoucasdiiculdades no che-gr * .o*preender bem este ensino de Jesus; concluso:-aaima verdadeiramente rist, que reconheceos limites desua inteligncia, mborano compreenda em um estadode.onn"nuat sem im, mas verificand'o ue a revelac'o.divi-na clara a este respeito,aceitasem scmhrasde dirvidaoquu n*u= lhe ensinou; pode ter dificuldades'mas no temdvidas.'Ora,a posioracionalistados espritas bem di -ferente: Num lr'ro de Cartcs Imbassahy margem da Es-prtisnrc,2qd. p. 162), respoircle nossoespr'ita o segtLin-te mado: se lor rrsno rcvacloque a Bblia elrsillaa esis-tncia do interr lo,ento rejeit ' ' nlcs Bbl ia; e sc ttos t lc-mongtrarem, ,oobstante, rte a Bblia vem de l)eirs' entoi*n.gur"n,os o prprio Deus, "ettto esse

    Deus est rnttitoabaix'o las olasdosrrossos apatos ns nos ulgaiemos'po riruo, rnuitosuperiora um tal Deus " E isso .pata eles "a-cional" e "c isto",.-

    Cortdttso; oposioentre a atitudecatlicae a esp-rita evidente'A mentalidadeacionatista os espiritasqu ede aniemo ejeita a possibilidade o mistrio' no podeser consiaerad rist. O verdadeirocristo mais humildeI

    peranteDeus e aceita os mistriosdivinosporque sabe qu eno so contra mas acina das luzes de sua raz-ao. cnovemos.pois, a nossa inabalvelnos rnistriosde Deus.2) A Sagrada Escritura

    1) E'doutr ina da lgreja que os l ivros da SagradaEs .critura, tanto do Antigo corno do Novo Testamento, oramescritos sob a inspirao do Esprito Santo e, portanto, tma Deuspor autor. E' uma das verdades undamentais o Cris-tianismo. Em iodos os sculos,apesa de outras muitas di-vergnciasentre os cristos, odos sempreconcordararnnesteponto bsico. Negar a Bblia seria meter o machado raizda f crist.E' fcil desenvolver ste ponto.Aliq a prpriaSaglada Escritura nos ofereceos necessrios lementos a-ra afirmarmosa inspiraodivina da Bblia. Eis a algumasindicaes oligidaspor Mons. Salim enr sua Apologia doCristianismo:a) Nos livros do Antigo Testamento riaspassagensn-dicam que determinados omens foram movidos por Deuspara esceverem ertas coisas."Disse o Senhor a Moiss:Escrcve sto num livro, para monumento" x 17, 14), EmIsaas: "E o Senhor me disse: Tona um livro grande escreve ele em esti lo de homem..." (8, 1) .b) Nos livros do Novo Tesamentoatribui-se s palavrasda Escritura uma autoridadeabsoluta,s igual que secosturnaconsiderarem Dens. Por isso as frmulas "a Es-critura ri2", "st escito", etc., rltre ali ocorrem 150 vezes,valiam,por Lrmargutrtento e eficcia ncubitvel, o pr-prin Cristo argurnentava ssim.E por essas ficsmas efern-cias constaque a Escriturade que se trata so ou alguns ex-tos (como ern Jo 19,36,37), ou toda a coleo os l ivrossagrados(Lc 24,44; J 'lt 5, 17), e tanto esses extos cornoioda a coleoso encarados ob a nesmanaturezae au-toridade: "E' pecsoque se cumpam as Escrituras" (At l,16); "no assim ue estescri toen vossa ei" {Jo 10,34).c) A razo disso bvia: a Escritura a palavra deDeus: "No tendes ido o que Deus disse, alandoconosco:

    I,l

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    Eu sou o Deusde Abrao.,." (Mt ?2,31 ' Porque oi Deusquem falou pelos escritotes sagrados, Cristo pde senten-ciar: "E' mais fcil passao cu e a trra, do que perder-seum t i l da lei" (Lc 16, 17).d) frais claramente ainda So Paulo, escrevendoa Ti-mteo,airma que "toda a Escritura,diviname'ntenspitada(em grego: theopneustos;ssopradapor Deus), e til paraensinr.. . a f im de que o homemde Deus seja pereito"(2 Tim 3, i5 s). E So Pedroconfirmadizendoque "em ne-nhum tempo foi dada a profecia peia vontade dos homens,mas os hornens antosde Deus que falaram inspirados pe-lo Espirito Sant'o" (2 Pd l, 20 s).e) A persuaso e que toda a Escritura era inspirada pas-sou dos Apstolos para os escritoreseclesisticos os san-tos Padres. Seria um no mais acabar se tivssentosqueaduzir as exaustivase convincentes eclaraes os SS' Pa'dres em tornc desse nunca contestado dogma, reafirmadosolenementenos concilios de Florena,de Trento e doVaticano.

    a) Negcm o ttalordo Arigo Testmeno:Embora o pr-prio K no fale em parte nentuma iretanrenteesteproble-ma, ele mostra csnt'udopelo modo como trafa ou melhormaltrata constantemente Biblia que ele a tern como obrapuramente umana.EIe se comprzem mostraros "absurdos",s "cantratlies" as "monstruosidades"do Antigo Testa-mento.Falandodos erros da Bblia, pondera: 'lncontestvel-mente,no possvelque Deus,sendo odo verdade, nduzaos homens em erro, nen ciente, nem inscientemente, ois,do contrrio, no seria Deus' Logo, se os fatos (da Bbl'ia)contradizems palavras que lhe so atribudas,o que sedeve lgicarnente oncuir que ele (Deus) no as pronun-ciou, ou que tais paavras oram entendidasem seniido opos-10

    to ao que lhes prprio" (VI, 84). Declaraainda expressa_

    produto da inspiraodivina", mas que ,'ds origem pura_rnente humana,semeadade fices e alegorias,sob as quaiso pensamentoilosficose dissimulae desaparece mais dasvezs". E' esta tese que ele depois ienta provar em longaspginaspara concluirque a Bblia ,,nopodeser considerdaa palavra de Deus nsm uma revelao obrenatural,, p. Zg}j,mas " bem a obra dos homens, o testemunhoda sua f,das suas aspiraes,do seu saber, e tambrndos seus elrose supersties.. Foi com o intuifo de dar a essesensinosto dil'ersosmaior peso e autoridadeque foram eles apre_sentados como emanadosda soberana potncia que rege osmundos" (p.283),b) Todos elesnegam ambm a uutordadedo Novo Tes_tamento: AK pe em dvida os. prprios Evangelhos, or_que, diz ele, os pstolos nterpretarano pensamento eJesus conformesuas idias pessoaismuitas vezes erradae,primitivase supersticinsasVI, 368). Falandodo celebre r -logo do Evangelho e So Joo,ern que o Apdstoloafirma aDi',rindaderi Verbo -- doutrnaque AK no quer admitir __observao mestre spirita: "E' de notar-se, ntesde tudo, qu eas palavras acima citadas so de Joo e no de Jesuseque, ainda quandose admifa que no tenhamsido alteradas,elas no exprimem, a realidade,mais que uma opiniopes_soal, uma induo,efil que se deparacom o misticismoha_bitual de sua linguagem" VII, 135).euatquer exto do Evan_gelho que apresentarmos AK e que no concorda om suadoutrinaesprita, er descartado om uma d.estas uatro res-11

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    citos apostlicos (Atos, Epstolas, etc'), dos quais escreveexplcitamente: Todos os escritosposteriores ao Evangelho)'sen exclusodos de S. Paulo, so apenas,e no podemdeixar de ser, simples comentriosou apreciaes, elexosde opiniespessoais,muitas vezes contraditriasque, emcasoalgum,poderiam er a autoridadeda narrativados quereceberamdiretamentedo Mestre as instrues" (vl, ll0 s).

    tural, pela fora que teve na formaocultural dos povodo ocidente". E o atual lider intelectualdos nossosespritas,Carlos Imbassahy,ira dai a conclusogica: "Nem a B -blia prova coisa.nenhuma'nem temos a Bblia como pro-bante. O espiritismono um ramo do Cristlanismo omoas demais seitas crists. No assentaseusprincpios nas Es-cri turas.No rodopia unto Bbl ia.. . A nossabase oensinodos Espritos,daf o nolne: Espiritisrno" ( Margem doEspiritismo, s ed' u" 210)'E a est, confessadopetos prprios espritas: O Espi-ritismo no CristianismotConduso:Mais uma vez vertficamosa radical e absolu-

    critura e o nosso propsito de lermos com mais frequncia,piedade e amo o livro que Deus escreveupara ns'12

    3) A lgreJal) al A lgreja era necesstiriapan coflservar, propagar eexplicar a mensagem vanglica e Cristo. Isso se infere doprprio fracassodo "livre exams" dos racionalistase das con-tradies da "inspirao individual,' da dolorosa experinciaprotestante.Segue ambmda naturezado homem nclinadoa vi-ve em sociedade ue, po sua vez, in capazde manter-se emuma autoridade ompetente.oi concluso que chegou, oim de sua vidai o incrduloAgostinho Thierry quando onfes-sou: "Vejo, pelahistria,a necessidade anifesta e uma autori-

    toridade que procuro, e a eta me submeto',.b) Cristo, de fato, lundou uma lgreja. No possveldesenvolver aqui todo o tratado teolgico sobre a lgreja.lgumas indicars,ao menosl- Cristo anunciou a vinda do Reino de Deus como obrasua: "E'necessrioque eu anuncieo reino de Deus,pois pa_ra isso que fui enviado" (Lc 4, 43). Em igual misso enviatambm os discpulos;- claro que o elemento rincipaldesteReinode Deus o interno e invisivel; mas tambmexterno e visvel: Cris_to exige de seus seguidores pblica, prediz-lhesuma per-seguio sem trgua, impe mandamentos,presceve sacra_rnentos; alando de sua obra, compara-a corn um reino, umacidade, lma csr uma familia, ilma rede lanada no mar,um rebanho con fim s pastor, etc,;- reneseus discpulos, os quais seleciona oze Aps_tolos que recebem nstrues especiais,aos quais promete edepois concedepoderes bem concreios e urna particular as-sistncia do Esprito Santo;- d a esta sua sociedade explcltamenteo norne deIgreja (Mt lO l8; lB, l?);- e esta sua lgreja no deve ser uma sociedade anr-quica em que cada um acreditao que quer e az o que en -tende; sua ordem expressa: Todo poder foi-me dado nol3

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    cu e na terra- Ide, portanto, ensinar todas as naes'E eisque estou convosco at a consumaodos sculos (\1t 28'13-20); quem vos ouve, a mirn 6 Oul ouver e qflem vos re-ieita,' mim que rejeita (Lc 10, 16); se algum irmo nolunii a lgreja, seja tido como pago, seja excomungado;o qrun ligardes na tera, set ligado no cu e tudo quan-to desligardes a terra,serdesligado o cu (\1t18' 17-18);- portanto, se Jesus, ao dar semelhantes rdens e fa-zet to solenes ponessas' alou mesmo a \edade' evi-dente que Ele quer que sua doutrina se conserve ntegral-mente t o tit do mundo e portanto con os ensinamentospor Ele dados,com os ritos por Ele instituidos batizar' per-oar pecados,dar a Eucaristia,etc'); sgue-semais que'rnorr*rido os Apstolos, eles teriam quem lhes sucedesse ooficio de ensinar aquelasverdadese administrar estes saca-mentos, pois Jesus asseverouque estaria sempre com elesat o fim do mundo; e como os Apstolos haveriam de mor-,ar, **goa-re ainda que estaria com seus scessores' ois deouiru t*a no ficaria at "o fim do mufldo"'Tudo isso para ns, catlicos,claro como o so aomeio dia. Pois assim os prprios Apstolosentenderamepraticaramas palavras oid.n" de Cristo e assima lgreja'durantevinte sculos, entendeu praticott'convictade es-tar com ela Cristo.2) Mas paa os espritas uclo sso mais negro qre asrnais densas revas rta iCaOeM6ia (que eles o bern conhe'cenrl.tr.E'chegiida a hora - assiruproclanra enrgco ro -eta da Terceiia Revelao, K -* em qile a lgreja tem .d epreslar contasoo depsitoque lhe oi. confiado'da maneirapo, qu* pratieaos ensinos o Cristc, do uso que fez da suautoriC^,t*,entinr, do estado de increclulidade que levott

    os espritos.A hara vinda em que ela tem de dar a Csaro qu* de Cesar e de assumir a responsabiiidade e- o-dos os seus atos. Deus a iulgou e reconheceunapta' daquipor diante, pata a misso de progressoque incumbea todaautoridadeespiritual" (1ll, 279)' Por isso - dizemeles -;;-;;; agora a pocado Espiritismo e 0 magistro que oti-cialmente deve guardar e interpretar o Evangelho passotlt4

    'para ele: "O Espiritismo a chave com que podemospne-trar no esprito, isto , no pensamento da letra evang-ica. . " O Evangelho deve ser interpretado luz do Espiri-tismo, pofque sem o auxilio do Espiritismo jamais .podera-mos aceitar conscientemente ertas passagensevanglicas. ,Temos observadoque atualnente ge procua inverter a po-sio dos assuntos:O Espiritismo que est sendo interpre-tado pelo Evangelho,quando na realidade o Evangelhoquedeve ser interpretadopelo Espiritismo... No o Evange-tho que explica o Espiritismo, mas o Espiritismo que expti-ca o Evangelho" (DeolindoAmorirn,em Almenara,Abril det953, p. 2) .E' impossvel citar aqui as mil calnias que os espri-tas constantementescevemcontra a lgreja, que teria falha-do em sua misso desde os tempos apostlicos,Lendo oslivros e jornais espritas, a gente tem a impresso de quena Igreja de todos os tempos s tem havido m vontade,ganncia, sede de pazeres e de domnio. A obra de Cristoteria Jiascadocompletamente. sua ponssade estar coma lgreia at a consumaodos temposnno se teria curn-prido. Para os espiritas a lgreja Catlica , entre todas asreligies, "a mais tirana"', "a mais negocista,a mais materia-Iona, a rnais imoral", "religo de mentiras e comdias bu-fas", "seita negocista,ultra-perversa,baseadanum Deus ma-terial, sua imagem diablica", "ufia associao, uandomui-to, de irolatria, imitadores do paganismo greg,nada mais","o nior fnco de todas as m entiras, de todas as vergonha s,de toda s as rnisri as rnnrais qe se conhecen", a rnais pu-lha, a rnais lavrad2, a mais assassinade quantas seas seconhecen", tc. (so textos colfrldosem obras espfritas )...tonclus.o: E' evidente ambrnaqui a oposioentreas doutrinas catlica e espirita. Como pode algum ser ca-tlico, professar-se discpulo de Jesus e ao mesmo tempoinjuriar assim a obra de Cristo? "Tu s Pedro - disse Jesusa Simo, filho de Jonas - e sobre esta pedra ediicarei aminha lgreja e as portas do inferno no prevalecero ontraela" (Mt 16, l8). Com estas palavras profetizou Nosso Se-nhor a vitoriosa marcha da lgreja atravs do,ssculose pre-

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    disse tambrn que as ,,poftas do inlerno" tudo ariam paraprevalecer.Esta profec d. 1.*ut se tetn realizado ao pa tetra. Visivelmenteassistida por Cristo, a igreja atraves-sou os sculos.Nascerarn, lorescerame desabaram einose dinastas,mas a lgreja e a dinastia de Pedro ficou sem-pre a mesna, a continuar ranquila e segura a sua marcha'bnquanto mii heresias e as mais discrepantes ilosofias selevantavam e se sucediam,a Igreja continuava imperturb-ve e indefectvelsua vitoriosa caminhada.Sempre a mesmaem sua doutrina, nflexvelem seus princpios recebidosdeDeus, ntolerantediante do mal e intransigente rente ao erro'a lgreja sempreprosseguiua sua peregrinaode santificaoe regenerao,evandoconsigoos hornensmais santos e maissbios. Tudo izeram e ainda lazem as portas do inferno pa-ra derrib-la, mil emboscadashe armaram, oda sorte de di-ficuldades he opuseram,as mais negras calnias contra elalevantaram; debalde,porm: a lgreja prosseguiue continuara sua missodivina at consumaoinal. As portas do in-erno no prevaleceram, em jamais prevalecero-E' a $1-de promesia. Com essa garantia divina a lgreja continuara rnarcha ndefectvel, encedora ambm das atuais e futurasnsdiasque o inferno poder urdir.

    4) O PaPaNa instruo precedente onsicleramos lgreia e vir$os

    mais atacado.

    thed.ra, sto , quanclo,no desempenho o ministrio de pastorl6

    e doutor de todos os cristos,defnecom sua supremaauto-ridade apostlicaalguma doutrina referente f e moralpara toda a lgreja, em virtude da assistncia ivina prometidaa ela na pes$oade So Pedro, goza daquela nfalibilidadecom a qual Cristo quis munir a sua lgreja quandodefine al-guma doutrina sobre a f e a moral; e que, portanto, ai sdeclaraes o RomanoPonticeso por si mesmas, noapenas em virtude do consensoda lgreia, irreformveis. -Se, porm, algum ousar contrariar esta nossa definio, otlue Deus no permita, - seja excomungado" (DB 183g s),b'1 O que no a inlalibilidode papal: l) no impeca-bilidade: o Papa pode pecar e at gravemente por isso to-das as histrias, verdadeiras umas poucas e caluniosas ouao menos muito exageradasoutras, que os espritas contamsobre os maus Papas,no so contra a sua infatibilidade);2) no inspirao positiva de Deus (diz o citado ConclioVaticanoque o Esprito Santo "no oi prometidoaos su-cessoes e S. Pedro para que estes,sob a revelaodo mes-mo, prgassem ma nova doutrina,mas para quercom a suaassistncia, onservassem antamentee expusessemielmenteo depsito da f, ou seja, a revelaoheriiada dos Apsto-los" (DB 1836); 3) nem quer dizer que sempreque o Papaf ala, infalvel.c) As quatro condies ar. inJalbiidade.' Papa s infalr'el quando se realizam conjuntamenteas seguintesqua-tro condies: ) necessrio ue ele fale no comopessoa;larticular, nas olicialmente, omo Pastor e l'lestre rprmode todos os fiis de Cristo; 2) necessrio ue ele fale so -bre questeselativas f e moral e no sobre coisaspura-mente cientifcas u disciplinares ue nada tm a ver cnl osprincpiosda f e da moral; 3) necessrio ue ele fale Igreja tcda irrteirae no a uma diocese u nao; 4) ne -cessrioque ele tenha a intenode decidir definitivamenteuma certa questode l ou moral, querendo brigar a lgrejauniversala aceitar a sua deciso. S assim, ealizadas o-das as quatro condies, izemosque o sucessor e So Pe-dro deve ser infalvel,Faltandoqualqueruma dessasquatrocondies, no h garantia de infalibilidade.AHereslaS-2 l?

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    Ira, independenteo mundo, nfnitamente uperiorao univer"so limitado e mutvel, Senhor absoluto e Criador de todasas coisas existentes ora d'Ele, Deus um ser pessoal, n'dividual e singulr e de modo nenhurnpode ser identificadocom o mundo, nem podemos cogit-Lo de tal maneira de-pendentedo universo cono a alma dependedo copo: "Sealgum disser que a substncia ou essnciade Deus amesmaque a substnciaou essnciade todas as coisas,seiaanJema" (DB 1803)., c) Deus tambm "sumamente eliz em si e por simesmo". No necessita das criaturas para sua felicidade.Deus criou o unjverso"no par,aadquirir nova felicidade oupaa aument-la" DB l?83) e por isso dizernos ue crioucom vontade plenamente ivre, sem necessidadenenhuma,mas apnas "para manifestar a sua perfeio pelos bensque prodigaliza s ciaturas"'2) A grande rnaioria dos nossos espritasbrasileiros -todos os urnbandistas, eosofistas (que entre ns so pr-ticamente espritas), eclticos,esotricos e quase todos oskardecistas cleendem monismo ou o pantercma, sto :identiicamDeus com o mundo: "Deus comouma olha depapel, rasgadinhaem milhese no sei quantasmais divi-ses. Lanadosessespedacinhosde papel no Universo, cadapedacinho de papel representa um homem e um ser exis-tente, e todos ,reunidos,ormando o todo, Drts" (modo po-pular como os espritasexplicamDeus; cf. K. Rangel \re-loso, PsErir/o-Sdiosu Fa[sos Frofetas, 194T, p. 34).a) F.K pessoalmenteo quer ser panteista t'rias ve -zes fala contra semelhanteeoria (1, 53 s; VII, 179); rnastambrnele tem expresses ue levam ao monismo,assim,

    por exemplo,quando ulga possvetque a ncssa ntelignciaseja uma "emanao a Dir.indadc" 1, 58), orr quando ma-gina Deus como um "centro de ao, um foco principal airradiar incessantemente,nunclandoo Uniuerso com seuseflvios" (VI, 61 , vivendo os espritos "mergulhados noJluido divino" (VI, 63). O Deus de AK, desde oda a eterni-dade criou necessriamenie continua irtadiando" incessan-20

    temente,porque,se no o fizesse,sria ,rumDeus ocioso" (cf.I; 56, 78; VI 107).b) Leo Denis, o "filsofo inconfundveldo Espiritismo"e uma espciede sucessorde AK, abertarnente anteista:Para ele Deus um se, "de que tudo emana,para o qual tu-do volta, eternamente.Deus a grande atrna universal,deque toda alma humana uma centelha, ma irradiao.Ca-da um de ns possui, em estado atente, oras emanadasdodivino Foco" (Crrstianismo e Espiritsmo,5+ d. p. 246)i"Deus infinito e no pode ser individualizado,sto , se-parado do mundo,nem subsistir parte,, (Depois d,a rilorte,68 ed, p. 114) "o Ser supremono existe fora do mundo,porque este a sua parte integrantee essencial,'p; tZ+);"o Eu do Universo Deus" (p. 3ag). Em vez do .,Deus fan-tstico da Bblia", ele quer o ,,Deusimanente, emprepre-sente no seio das coisas" (p. 123): Deus est no mundo.como a alma no corpo (pp. 123 ss).c) Tambmo Deus do "EspiritismoRacionale Cientfi-co" se identifica com o mundo: eles desprezam nesmoa pa-Iavra "Deus" e preferem alar do ',Grande Foco", da ,.ln-telignciaUniversal", do "Orande Todo", da ,\ruz Astral',.Esse Grande Foco "o primeiro componente o uni,erso',, "parceladopor tocloo Universo" e a nossa alma uma .,par-tcula da IntelignciaUniversal",etc.d) Panteista ainda o Espiritismode Umbanda,A quin-ta conclusounnimemente ceta pelo prirneiro Congressodo Espiritismade Umbanda{Ro, lg41) diz assim: ,,Suafi -losofia (de Umbanda)consiste o reconhecimentoo ser hu-nano como partculada Divindade,dela emanada,rnpidaeilura, e nela nalmente eintegrada o iim clo neccssrio icloer,olutir,o, o mesnloestadode limpideze pureza,conquistacopelo seu prprio esforoe vcntade".E nos livros umbandis-tas damos om rases ssim: Deuse o Todo e eu Suaparte";"Deus dorme no mineral,sonhano vegetal,despertano ani-mal, consciente o homem" (c. Doutrina e Ritual de IJm-hando, Rio l95l).Conuso:E' evidenteque a ,.teologia,'espirita no crist e que os espritasso atingidosdiretamente or essa2l

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    origem universalidadedas coisas, distinta em gnero' es-pe.i* u nos indivduos - seja excomungado" (DB 1804)'

    6) A Sanfisdma Trlndade'Cremos em um s Deus verdadeiroe distinto do mundo'

    28, l9); nesta f inicia o crisio suas oraese seus tra-balhos; e nesta f queremos odos morre'l) E por que cremosna Santssima rindade?Smentepoque assim o pregou Nosso Senh-or esusCristo, assim o"tut. os Apstolose assim a Santa lgreja sempe o

    (como ainda veremosem instruesespeciais);a temos oPai, na voz do cu; a temos o Esprito Santo, na formavisvel de Pomba.22

    b) Muitssimasvezes Jesus declarou claranrenteque ele o "Filho de Deus" e isso - v-lo-emos ainda melhar -em sentido prprio e natural, igualando-se inteiramente aDeus, de tal rnodo que os iudeus queriam mat-lo, "porquese faza igual a Deus" (cf. Jo 5, 18; 10, 30-33). Portanto,Deus tem um Filho. De outro lado, manifestoque o ,'Pai",de quemJesus o se cansade ,falar, verdadeiramenteeus.Mas Jesus ambm disse: "{eu Pai e eu somos umamesmacoisa" (Jo 10,30). No so, pois, dois deuses,mas um sDeus e duas Pessoasdistintas, Cristo, todavia, fala tarnbmdo Esprito Santo, como Terceira Pessoa,distinta .do pai edo Filho e verdadeiramente eus (Jo 14, 16 s; 14, 26; 15 ,26). Por conseguinte rs Pessoas distintas. Entretanto, detoda a Sagrada Escritura constaque existeum s Deus: ,.Ve-de que sou eu s e qire no h outro Deus fora de mim,'(Deut 32, 39, etc.). ConclusorDeus que se revela na Sa -grada Escritura diz-se um s em frs pessoas.. ai, Filho eEsprito Santo.Eis o dogma cristo da Santssima rindade.c) Da a ordem expressa clara de Jesus,que j ou-vimos, mandandobatizar a todas as gentes em nornedo paie do Filho e do Esprito Santo" (I\tt Zg, lg).d) E assimos Apstolos entenderam,raticarame pre_garam.E assim ambma lgreja primitiva,como con$taporexemploda Didaqu (do fim do primeiro sculo),do sm_bolo apostlico dosSantosPadres.E por issoa lgreja no secansa de repetir, desdeo segundosculol ,,Clria ao pai.ao Filho e ao Espirito Santo ,'2) O Espiriismo, porm, neg. o augusto nsrc daSantissinzaTrndtdt.a) AK prelere gnorar nteiramentestemistrio rsico adoutrina e da vida crist. Pornr, ratando-se em drivida deum verdadeiromistrio,e no admitndoele nenrummist-r io (VII,201), no concordarambm om o mistrio e ums Deus em trs Pessoas.b) Leo Denis, outro chefe da doutrina esprita,ge-se abertamentecontra esta verdade, dela falandofuma "estranhaconcepo o Ser divino, que semistrio cla Trindade" (Cristansmo Espiritismo, r-bcl. p. :{r#l9-bY**f**t^/

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    der, 8-3-1953).

    do Universo".24

    e) E para os espritasdo Centro Redentor, ossoDeusseria "um bonecomanipanudo, aganizado',, m Deus .,ani-malizado,escravocrata vingativo", uf, ,'Deus manipanudoque tem Me a quem denominam {aria,um Deus portanto,catlico apostlico romano, feroz, vingativo, estpido, queatira os sgus filhos paa as caldeirasdo inferno',,um ..Deus-Bzerro, Deus-Chacal,Deus Yingativo, Deus que manda assuas partculas ara as profundezas o inferno, 'etc.. .Concluso; S podemos ,ter sentimentos de compaixopaa com o cego dio dos espritas contra a doutrina crist.Eies tambm so nossos rmos, embora transviados, ,timasmuitas vezes da ignorncia ou da falsa propagandaesprita;mas eles tm tambmuma alma que foi criada para o cu,para ser ieliz com a "beatssirnaTrindade", e enquanto ain-da peregrinarem onosconesta terra, podemvoltar a Deus,Rezemospor eles, para que se convertam, afastando-sedoorgulhoso racionalismo de que so vtimas. Unamo-noscomCristo nesta orao que ele pronunciou na noite antes demorrer: "Pai Santo, guarda em teu nome os que me deste,paa que sejam um, assim como o somos ns. Mas no rogosmente por eles, seno tambm pelos que por sua palavrachegarema cer em mim, para que sejam um, assim como tu,Pai, ests em mim e eu em ti - que assim tambmeles se_jam um em ns" (Jo lT, l t . ZO-AI).

    7) A Criao.l) A doutrina crist sobre a criaose resumenos se-guintes pontos:a) O unii,ersono uma emanao e Deus (seria o

    pantesmo), em coexiste om Deus desde oda a eternidade,mas foi crado por Deus no lempo, consoanteas primeiraspalavrasda SagradaEscritura: No princpio riouDeuso cue a terra" (Cn l, 1); e mais: "porqueEle dissee tudo fo ifei to; Ele mandou, tudo exist iu" SI 32,9; 148,5); , . tudooque qu o faz o Senhor, o cu,na terra,no mar e em todosos abismosdas guas" (Sl 134,6; l l3, l l ; Apoc 4, l l ) ;"suplico-te, meu filho, que olhes para o cu e para a terra,25

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    s pada odas as coisasqrreh neles;e-que te.capacites em;.";;; b.u* u, criou do nada (eks ouk ntoon) a ees' e atodo os hornens" (2 {acab?, 28)'b) Atm deste muncomaterial e visvel' Deus criou tarn-bm serespuramente spirituais:os anjos' de cuia existncianos falam quase odos iivros da Bblia' Alguns deles rebela-am-se contia Deus, e so os demnos' ambm frequente-mente mencionados ela S, Escritura e para os Ou-ais-- -fizo**o Senhor "fi preparado fogo eterflo" ({t 25' 41)'c) A ora cradora de Deus interveio direta e imediata-mentc na formaodo primeirohamem (Ado) e da primeiramulher (Eva). No mais cristo qrem teima em e nohomemapenaso resultadode urna onga e paulatina evoluo'pur"unOo pelos vrios reinos, o mineral, o vegetal' o "ani-mal, e queiendoencontrarno macacoo tipo de transio me-aiaia para o homem-Pois a alma humana' que o elernentoprinciiat do composto umano, um ser sirnples espirituale no pode ser concebido omo etmo final de um longo tra-balho de evoluo.d) Todos os homensaiuaknenteexistentessa ithos deAdoe Eva, queeam pessoas eais e histricase no mitosou smbolos.E' o que nos relata singelamente S' Escriturae So Paulo resume-onestas palavras: "De um s homem'(Deus) fez sair todo o gnerohumano,para que habitassetorla a ace da terra" (At I?, 26)'2) Tudo isso,ponto por ponto, negadopelosespritas:a) J r'imos o ,nu=uopantesno da atrsalutamaioriaespriia. Para eles, os seres de universo so "irradiaes doFocoDivino"'Elesreieitamnossadoutr inatlacriao'oque AK charna e "criomiaculosa" V' 82) e teo Denisexplica assim: "No h, portanto,criaoespontnea'mira-culosa; a criao continua,sem coneonem fim' O Uni-veso sempre existiu; possui em si o seu princpio de fora'de rnovimento,Ttaz consigo seu ito' O Universo renova-sincessantementem suas partes; no conjunto eterno" (De-poisda Mortt, 6n ed. p. tZ+). SegundoAK, tudo veio da"matria csmica prirnitlva" que a "geradora do mundoffi

    e dos sers" (VI, 104), a "me fecundade todas as coisas,a primeira av r, sobretudo,a eterna geratiz" (Vl, 109).b)'Anjos, no sentidocatlcoda palavra,no existempa-ra os eBpititas: Os anjos - explica AK - so as almasdos homens chegados ao gru de perfeio que a criaturacomporta" V, 101; II , 15; VI, 28; Vl l , 85). Do rnesmomodono existem demnios,pols aquilo que ns assim denomina-mos, so as almas que ainda no esto evoludas,mas que,pelo sistema das reencarnaes, hegaro perfeio finalde toos os seres: "O Espiritismo - diz AK * no adrniteos demnios... no sentido vulgar da palavra, porrn, sim,o$ maus espritos. . que so seres atrasados, ainda im-perfeitos,mas aos quais Deus reservaro futuro" (l, 92);"os que se designampelo nome de demnios, o Espri-tos ainda atrasados e imperfeitos; que praticam o mal noespao,como o praticavarnna terra, mas que se adiantaroe aperieioaro"VI, 28; l , 98; I I I , 15; V, 114).

    c) O homem - segundoa doutrina esprita resul-tado da er.oluo. A vida orgnica e anmica vem, no te-nhamos dvida (garante-nosLeopoldoachado),de muitobaixo e de muito longe, dos seres norgnicos,at chegarao homem,ao esprito, ao anjo... A especie umana pro-r.rn material e espiritualmen[eda pedra bruta, das plantas,dos peixes, dos quadrpedeqdo mono. E, de homem ascen-der a espritc, anjo.. ." (Revista lnternadonal do Espirit[s-rruq Mato, SP, lg4l p. 193). "Da ti:ansformao onstanteda matria,essaalrna surge, ornose fasse ainda uma cen-telha, da Fassagm c minerat ao vegetal,deste ransrnigrapaa o animal na fornra mais rudimentare, at atingir aespciehumana, er atravessadoodas as escalasdos trsreinosda Natureza,ormandoum eservtrio e conhecirnen-tos que i,ro do chamado instinto mais h.'rcidantelign-cia. - Nascer, norre e renascer o trabaihocontnuoa queest sujeito o esprito, passandopor todas essas ransies,desdeo minrio at o homerne, da por diante,desdeo tipoboat ao gnio. No importa saber quantos milhares deanos foram precisospara tomar as feieshumanas, tem-po que demorouna raa indgenae na preta, at chegar

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    branca, e nem as vrias nacionalidades ue adotou 1u tT.utraietria.. E o ..pitito passaru olyo planetamais adi-antado. Da, em escala sempre ascensional'de planeta em;i;;;t". .."' (A. Disi, contiibuies.-lo:o o Espirtismo' 2u,ed. Rio 1950,p- rs is)' Tambm AK julga muito provvelque o homem descendediretamente do macaco' ao menosquanto ao corpo (VI, 200 s) e quanto parte espiritu-al'ele declara que deve "t pu'*do "pela serie divinamente a-tal dos seres nerior"r,,"nt'* os quais se elabora entarnentea obra da sua individualizao"VI' 111' cf ib' p' 204 eI, 290).d) Os espritas negam tambm a unidade do gnero hu-mano: No somos itn de Ado e Eva' SegundoAK' Adofoi "um mito ou uma alegoriaque personificaas prirneirasidadesdo mundo" if, osl"" deciaraabertamente ue "Adono ioi o primeiro, nem o nico a povoar a lera"'

    8) A Divindade de Cristo'Cristo verdadeiramenteSS. Trindade. Eis uma verd:fundamental negadaa qualpor isso necessronsistir nde Crsto, que tu*rn negadopela heresiaespirita' Fa-emos di'ersas in,i"6"* sore to importante e *ital as-sunto. considerarenu ugoru rpidamentealguns elemeltosda Evangelho m que Cristo mclmg' p-elo eu rnodode falare agir, testenrutrra sua divindade(primeiro ponto)' paraapresetar rn ,*g,id' a doltrina ,esprita oposta a estasdeclaraes le Jesus (segundopontol'1) /esus testemunhabertamente sus divindade:a) Apesar de muito humilde e modesto'Jesussabe edeclara que est acirna de todo o criado' acima dos homerse dos anjos: afirma-se naior do que Jonase Salomo Mt12,41; ic tI ,30); maior do que fr{oiss Elias' testemu-nhas da transtiguiao(l\{t 1?, 3); maior que David qu eochamadeSenhor(Mc12,35-3?);maiorqueJooBa-tsta, por sua vez o maior dentre os {ilhos de mulher (Mt

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    11, 1-11). Nele os discpulos em aquilo que os profetase reis em vo ansiaramver (Lc 70, 24l.. E' maior tambmque os anjos: az-seservir por eles (Mt 4, l1), basta umapalavra sua paa que o Fai lhe envie doze legies de anios(I,lt 26, 53) e a um sinal seu os anjos reuniro o mundotodo ante o seu conspecto {t 13, 31 24, 31). l\{ais do queos hotnense os anjos, acima de uns e de outros, ele tomaassento mediatamente unto a seu Pai celeste (Mc 13, 32).b) Jesus exige de seus seguidores sentimentosque sedevem srnente Deus: Exge absoluta em suas palavras enas suas obras; no crer nele, o pecadodo mundo (J o16,9); assim como se cr em Deus, assimdevemcrer nele(Jo 14, 1) e quem no cr nele, tambmno cr em Deus(Jo 5,37 ss; 12,M); exgeuft amor sem mites. 'seus is -cpulos devem distinguir-se por seu amor a ele (Jo 8, 42;14, 15; 21 23); "quem ama seu pai ou sua me mais doque a mim, no digno de mim" (J\{t 10,37); "se algumvem a mim e no odeia seu pai e sua me, sua mulher efilhos e irmos e at a sua prpria vida, no pode se rmeu discpulo" Lc 14,25 s; 't 10, 35 s); "bem-atenturadosos qlle padecem erseguio o arnor da justia,po causade mim..." (${t 12, 3S).c) Faz rnilagres or fora e em virtudeprpria: este po-der sai dele como fora e propriedade pessoal, quem querqrle se acerque dele tem esta sensao ainda f alaremossobre isso) e Cristo concede ambrn aos cliscpulos po-der cle fazer milages em nome dele (Mc 5, 9; Lc 8, 39;Jo 5, l9; 11, 41; 14, 10).d) Perdoa pecados,o que nenhunrprofeta jamais fr -z.era. o que os sus contemporneosualificavamde bas-fmia, opinio que ele aproyou citamente.Disse ao para-ltico: "Tem f, filho, perdoados e so os teus pecados".E eis que alguns escribasdiziam entre si "Ele blasfema "&IasJesus, onhecendos seuspensamentos,isse: "Por queajuizais mal em vossos coraes?Pois o que mais tcildizer: perdoados te so os teus pecados; ou: Levanta-tee anda?Ora, veteis que o Filho do Homem em na terra au-toridade para perdoar pecados"; disse ento ao paral{tico:

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    lj'il

    "Levanta-te, oma a tua canta e vai para tua casa" (JUi 9,2 ss). Jesus chegou mesmo a transmitir aos seus discipulosa aculdade de perdoar pecados em seu nome (Jo 2O, 23;Mt 18, l8).e) Cristo. atribui-se o poder de julgar os vivos e osmortos: o juzo e a sentena inal so to exclusivamentecoisa sua, que nem sequer o Pai celeste omar parte nela(Jo 5, 22; Mc 14, 62).) Jesus fala como superno Legislador, igual em tudoao Pai da Lei antiga'- Foi dito aos antigos.. ; eu pormvos digo..." (Mt S, Zl ss); senhordo Sbado Mc 2, XT)e proibe o divrcio, toleraclo por Moiss (Mt 5' 32)-g) ,A.ceita adotaodo cego de nascena Jo 9, l8)'dos discipulosdepoisde um miiagre (l tt 14, 33), das san-tas mulheresdepois de sua ressurreio {t 28, 9-17; Lc24, 52') e particularment e de Tom que exclarna: "Senhor'

    meu e Des meu " (Jo 20, 24-29).Bastam por ora estas consideraes ara tirarmos 'evidenteconclusode que Jesus no era apenas homem,no era pura criatura, mas que ele mesmo' alando de sie exigindo para si direitos exclttsivamente ivinos' se apre-sentou como verdadeiro Deus. Foi esta tambm a convicodo mais sincero Cristianismo de vinte sculos.2l iltlas os esprias negtrrn a divindade de Crtsto:a) AK, n coclificador la Doutrina F.spriia,deixou en-lre suas ;"cs Pdsurrcsunl "Estudo sobre a ttatttrezadeCristo" (pp. 110-l4i), feito exclusi', 'amenteaa "'povar'que Cristo no Deus. As dificuldades ue ele e os rnaisespritas tevantam contra a Divindarie de Cristo, ser exa-minadasem instruoespecial. ara AK Cristo era llm gran-de mclium,tadamais,era o maior dos mdiuns, "mdiumde Deus" (Vl, 294), mas no era Deus.bi TambmLeoDenis,Flarnmarion, oustaing os maisdoutrinadores spritasnegam unnimemente divindadedeJesus.Por exemplo,para .L. Denis, Cristo "no rnais queo profeta de Deus, isto , um intrprete, um porta-voz deDeus, um Esprito dotadc de iaculdadesespeciais, e po -30

    deres excepcionais, ras no superiores naturezahurnana',(Cristisnismoe Espritismo, + ed. p. Tgi, para ele Jesus"ea um divino missionrio,dotado de poderosas aculda_. des,um mdium ncomparvel',p. Bl), etc.c) Do mesmomodo os outros espritas, ambm os no_kardecistas, contestam a divindade de Cristc. para todoseles Jesus nd passa de "urrJ grande mdirim',,de um esp-rito "evoludo bastante pelas inmras encanaes or quepassou" (L. Braga, Untbanda e euimbanda Z, ed. p. 45),ou, como dizem os espritas do Redentor, ,o maior e, por-tanto, o mais esclarecido e liheral esprito que tem vindo trra".d) To comurn e propagada j a negao da divin-dade de Cristo entre os nossos esplitas populares, que umdeles nos escrelreu uma carta o seguinte: ..Agora vamosesclarecervossa opinio sobre Cristo: Dizeis que Ete Deus; eu digo e todos os espritas o dizem: Crsto no Delrs, e sim, um filho de Deus como todos ns o somos".Concluso: Ateno os espritas, embora neguen to-dos eles e renitentementea divindade de Cristo, toclayia,quando falam ou esceyemde Cristo, tm sempremuito cui-dado e costumarn sar de palavraselogiosasque enaltecema personalidadee a doutrina moral de Jesus, e com issoeles pretendem cobrir a negao da divindade de Cristo.JVluitos e deixam ludir com semelhantemodo de falar. Aten-o, portanlo No se deixemos catlicos laquearpor t ofalsa propaganda.A san,ta nos diz que Cristo no er aapenasum grande homem,um profundo filsofo, etc., masque ele tambm verdarleramente eus. E este o aspectoprincipalde Cristo. E este ponto, bsicoe fundamentalparanossa , unnimementeontestatlo ela Doutrina Esprital9) Jesus, o Filho de Deus"

    Insistamos ainda no dogma da Divindadede Cristo.Jvinros que os espritas contestam unnimementeurna dou-trina to imporfante e decisiva paa a nossa vida religiosa.Em vista da intensa propaganda esprita entre o nosso po-vo, necessrio epetir a verdadelra doutrina sobre a na-31

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    tureza de Cristo,doutrinaque no apenas oi crida e prega-da durante vinte sculosde cristianismo,mas que foi en-sinada pelo prprio Cristo, como veriicamos na instruoanterior e como veremosainda na presente;

    (Job l, 6; 38, 7; Sl 88, 7), os homens ustos (Sab 2, 13 ;Ecti a, 11), os israel i tas m geral (x 4, 22; Dt 14, ) e noNovo Testamento os discputos e fiis ('1t5, 9' 45; Lc 6'35; l l , 52; I Jo 3, l ; 5,2) ' i \ ' as uando esus irma de sique Filho de Deus, entendeesta expressonum sentidoprprio, natural e essencial. is algumasconsideraesaracomprovar o asserto:a) Sempreque fala das suas relaescorn'o Pai, ser-ve-se invarvelmente da expresso: "il{eu Pai, Pai meu"e quando fala das nossasrelaescom Deus usa com amesma insistncia o termo "Vosso Pai"' ILcom isso eledistinguentidamente ua liliao da nossa iliao divina-

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    d) Na Judia declara depois ao poyo ern ge.ral: ..Emverdade,em verdadevos digo... tudo o que o Pai iaz, oFilho o faz igualmente... Pois assim como o pai ressusci-ta os mortos e lhes d vida, assim tambm o Fitho d vidaquelesa quem o quer. Porque o Pai no lulga ningum,mas deu todo o juzri ao Filho, para que todos honrem oFilho como honram o Pai.. . Assim como o pai tem a vidaem si mesmo,assim tambmdeu ao Filho que tivessevidaem si mesmo" (Jo 5, 19-22.26\. Os judeus entendiambema palavra de Jesus,pois esclarece Evangelistal .Os judeusprocuravam com maior ardor mat-lo, porque no smenteyiolavao'sbado, mas tambmdizia que Deus era seu pai,fazendo-se gual a Deu(' (Jo 5, t8; 10, 3C33).e) Em Jerusalrndirigem a Jesus esta pergunta catego-rica: "Quern s tu?" Ao que Cristo respondeu outra vezcom tanta clarezaque era Deus (leia-se odo o captulogl )que os judeus tonaam a pegr em pedras para apedre-j-lo, pena que ea imposta aos blasfemadoresJo S, bg).

    f) E' irnpossvel esumir ou ao menos destacar odas asmais ntidas declaraes e Jesussobre sua Divindade, oabundantes o elas no Evangeihode So Joo: EIe .,aluz do mundo" (Jo 8, l2); "eu sou o carninho, verdadeea vida" (Jo 14,6); "eu sou.a ressurreio a vida" (Jo 11 ,25); "eu e o Pai somosum" (Jo 10,30);. ,o pai est emmim e eu no Pai" (Jo 10,39); "quernme v, v tambmme nPai" (Jo 14,0); "eu estouno Pai e o pai em mim', (J o14, l) ; "tudo o quc o Paj tem meu .. . pai, tucloo que rueu iu, e tudo o que teu neu', (Jo 16, 15: lT, 10);"quemodeiao Fi lho tambenodeao Pai" (Jo 15,23),, ,quemama o F'i lho ambtu ama.do elo Pai ' ' (Jo 16, 27\;, ,pai,glorif ca-n,e unto a ti mesmo com aquela glria que eutnha unto de ti antesque o mundoexistisse,'Jo 17,5), etc.g) Arrastado s barras do Sindrio,supremotribunalde Israel, foi solene e oficialmente ntimado por Caifs:"Conjuro-te pelo Deus f.ivo, que nos digas se tu s o Cristo,o Filho de Deus " Clara, categrica, olenee oficial foi tam-brn a resposta e porque Cristo se confessouDeus, porisso foi condenado morte (Mt 20, 59-62). Afinal, foi essa

    AHeresia3-3 33

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    lr;,illil

    ti.

    tambm a verdadeira tazo que seus inimigos deram a Pi-latos: "Ns temos uma lei, e segundoessa ei ele deve mor-rer, porque se fez Filho de Deus" (Jo 19, 7).2) 'fo claras, repetidas e solenesdeclaraes e Jesusso negadas e contraditadas tambm pelos espritas de to-dos os matizes, como antigamentepelos judeus' que o cr-cificaram. Jesus uta ser o Filho de Deus em sentido pr-prio e natural e moe crucificado em testemunho de suaDivindade. E vejam como AK expiica tudo isso: "Digamosque Jesus Fitho de Deus, corno todas as criaturas, queele charna a Deus Pai, como ns aprendemo$- trat-lo denossoPai. E' o Filho bem-amadode Deus,porque, tendo al-canado- perfeio, que aproxima a .Deus a criatura, pos-sui oda a coniana'e aeio de Deus. Ele se diz Filho'nco,no porque seja o nico ser que haja chegado pet-feio, mas porque era o nico predestinadoa dsernpenharaquelamissona Terra" (VIl, 137)' Eis como se sotisrnamas mais solenes afirmaes de Cristol Em vez de acreditarno que nos referem os Evangelhos,os espritas inventamhistrias e contam fbuas sem fundamento.Dizem que dos12 aos 30 anos Jesus oi estudar na escola de Jos de Ari-matia, que, como eles dizem, era chee de uma seita deCabalae ensinava cincias,maonafia, soterismo magia"."Seita esta que possuia muitos discpulos com vrios grusde adiantamentomoral, espirituate intelectual, estacando-seentre elesJooBatistan mais evoludo". Josde Arimatia.yendo em Jesus,aos 12 anos, uln espritoadiantadc,querodizer, espiritualmente voludo e reconhecendoer ele umpredestinarlo, ratou de educ-ocarinhosamente, esenvolven-do nee os dcns medinicos ue ele possuiaem estado la -tente e ensinando-ihes mistriosde Cabala e toda a filo-sofia da seita, da qual era o supremo chefe" (L- Braga,Ilmbonda e Quimbana, 80 ed, pp. 45-4?; ct. Leo Denis,Deposd.a Xtorte, 6a ed. p, 65). Para os espritas, ortanto,Jesus no passa de um jovem in'teligente que foi esiudarcinciasocultas, cabalismo,maonaria,esoterismoe magiana escolade Arinatia..34

    Concluso: Rejeitemos com energia as fantasias espri-tas Renovemosa nossa f na Divindade de Jesus CristolDigamos e repitamos com So Paulo: "A Ele, o Rei dossculos, mortal, invisve1,nico Deus, honra seja e glriapeios sculosdos sculos" (1 Tim l, 17).f0) Os Milagres de Jesus.

    1) a) A fim de provar sua Divindade, Nosso Senhorapontou frequentementepara seus milagres: "Se no qui-serdes crer em mim (nas minhas palavras), crede nas mi-nhas obras (milagres), poque essasdo testemunho e mim"(Jo 10, l8). Ressuscitando Lzaro, Cristo declara expressa.-mente que o laz "para que creiam que tu (Deus) me en-viaste" (Jo 11, 4l)- E assimoutras muitssimas ezesJesusaponta para seus milagres como prova da veracidade desuas palavrase doutrinas: cf. I\{t 11, 2-6; Lc 5,24;7, lg -23; lo 5, 36; 10,37-38; 75, 22, etc. E em vista dessesmila-gres todos, o povo ia acreditando em Jesus,os Apstolosse lhe lanavamaos ps e o adoravamcomo Deus, sem queJesus corrigisse tais interpretaes,QU,atis, eam poele intencionadas.Podemos, pois, dieer com seguana quCristo fez os milagres para provar sua Divindade e que,portanto,os milagresde Jesusso um verdadeiroargumentopara corroboraa nossa em Cristo, o Filho de Deus.b) So Joo fecha o seu Evangelho om estaspalavras:"{uitas outras coisas h que fez Jesus,as quais, se se escre-vesser ma por uma, creio que nem no mundo todo pode-riant caber os livros que seria precisoescrever" lo 21,25).No temos,portanto,uma relaocompleta los milagres deJesus.'tasos Evangelistas numeram nais de quarenta ede todas as espcies,anto sobre a nalweza animadacomoinanimada.Cristo a aparececomo o senhor absolutosobrea r,ida e a mote, sobre os elementos as enferrndades,sobre os 'demnios os pensamentos ais secretosde seusadversrios.Ele ressuscitamortosl com uma palavra suacura doentes,mesmoa grandesdistncias;amaina tempes-tades; transformagua em vinho; rnultipticapes; expulsademniose confundeos inimigos com a revelaode seus

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    $egredose pensamentose, depois de impiedosamente orto,reuscita por prpria fora e virtude'c) E observe-seque Cristo realizou estesmilagres ino-pinadamente, em preparao, num instante, simptes ma-niestao de sua vontade, sem auxlio de medicina ou in-gredientes,F-los nas paas pblicas e cidades,aos olhosdo povo e em pleno dia, enfrentando no raro os escribas efariieus empenhadosem descobrir algurna fraude. Algurnasvezes,como no caso do cego de nascena, eguia-sea maisrigorosa inquirio iurdica, promovida por seus inirnigos.d) Muitssimos destes milagres so de tal ordem queescapam nteiramente ao inf uxo de uma possvelsugestoou hipnotismo. No haver sugesto, nem hipnotismo nemfora natur l capaz de ressuscitar com uma simples ordernum morto, ou de multiplicar pes, ou transformar gua emvinho, ou amainar tempestades, ou mesmo crar* doentesdistantes.2) E o que nos dizem os espri'tasde tudo isso? Parano precisaremadmitir a Divindade de Cristo e, consequente-mente,suas doutrinas, todos eles negam nteiramenteos m'Iagresde lesus Chegarn mesmo a negar a possibilidade omilagre como tal. Segundo AK Jesusno passavade um po-deroso mdiumque possua "faculdades dnticass dos no+sos magnetizadores, uradores,sonmbulos, identes, ndiuns,etc." (VII, 114). E os charnados "milagres" eram simplesefeitos do magnetismo, o sonambulismo, a anestesia, atransnisso do pensamento,da dupta vista, do hipnotismo,da catalepsia, tc. (VII, 114). Donde conclui: "lmporta, pois,se risquemos milagresdo rol das provassobre que se pe-tende fundar a divindadecla pessoade Cristo" (VII, 115).E num tratadoespecialAK se pe a explicarassim odos osmilagres VI, 292-336):Segundoele tudo aquilo era simplesefeitodo poder de vista dupla (297,319), da irradiao ltr-dica (298,318), da corrente ludica (299)' do efeito magn-tico (299), do fluido curativo (308)' da a'aodo fluido es-piritual 0u magntico (308)' do poder fludico (315), dofluido vivificante (315), da,fora fludica (317), do fluidoperispirtico 318), etc.- E os homensa pensarem ue tudo36

    era milagtel E Jesus a sustentar que fazia tudo isso parapova sua misso e a veracidade de seus ensinamentosE os Apstolos a prostrarem-se-lhe os ps para o adorarcomo Deusl E Jesus nada explica, nada esclarece, eixaque acreditem,permite que o adorem, consenteque o tratemde Deus. , E assim a Cristandade oda, at a vinda de Kar-dec.,. Posi'tivamente: u Cristo era mesmoDeus, ou era ,unpobre iludido, ou ento - um verdadeiro patifelO interessante, orm, que os espritasno conseguemexplicar odos os milagres de Cristo: que os Evangelhos ar-am casos miraculososante os quais permanece mpotente aao fludica ou perispirital, como j mosiramosno primeiroponto. Por exemplo, as narratiya$ sobre a ressurreiodosmortos. O prprio AK concedecomo verdadeiro milagre ,.ofato de voltar vida corprea um indivduo que se achasserealnrentemoto" (VI, 315). E como explica ele ento estasressurreies em apelar ao milagre? Declara simplesmenteque os tais no estavam rnortogt ..E' de todo ponto pro-vyel - diz ele - que apenas sncope ou letargia bouves-se" (VI, 315). Prontol Eis a a exegese sprita.pouco jm -porta que Jesus rnesmo declarasseabertamente, alando deLzaro; "Lzaro moeu" (Jo 11, l4). Os espritas no que-rem milagres, Jesus no pode ter feito milagres e portantoLzaro no estava rnorto Do mesmo modo irreverente sotrataclosoutros miiagres:a mudanada gua em vinho nasbodasde Can(VI,: i20); a mult ipl icaoos pes(VI,32t),etc., tudo isso no passa - segundoAK - rie invcnodosEvangelistas, u de acrscirno osterior,ou de sirnplesale-goria de Cristo - Jnasmilagresno eranr.. .A absoluta alta de seriedade os espritasna explicaodo Evangelho, modo arbitrrio como etesprocedem, cegaobstinao com que regam a Divindade de Cristo, o rid-culo a que com isso mesmose expem,pode ser exemplifi-cado com um texto que tiramos dun livro esprita escritoaqui no Brasil, em que seu autor concedeo fato da ressur-reiode Lzato, explicando-o, orm, da seguintemaneira:"Jesus orou e pediu ao Pai a assistnciados Espritos dealta herarquiacientficaceleste,e, com o auxlio dos altos37

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    Cientistas nvisveis, por meio da quimica asiral' existenteno Laboratrio da o"tur."u, ernpregandoprocessosqumico-fsicos do astral natural, ps em movimentoos glbulos san-guin"o. sob a ao de luidos benficosda natureza' trans'formou cientficamenteos lomos deteriorados do cadverde Lzaro, fazendo circular o sangue novo m suas veiag gordenandoa vol'tado Esprito "o totpo' "Lirzato' a ti te digo:i;;;" e carninha". E o corpo morto pde receber seiva davida-, para continuar no convvio de sua famlia" (Kardecnr"c.i Veloso, Pscuda-Srios ou Fclsos Profeas' 1947'p. 80)., ,Concluso:Diz o Evangelhoque "muitos creram no seunome (de Cristo), vendo oJ ptodgios que fazia" (lo 2' 23.;It, 45); tendo presenciado mitagrede Can' "creram ne,leor' *.u, discipuios" (Io 2, tl), ; amainada a tempestade'"os que estavam nu Uutau, aproximaram-se dele e o adora-ram dizendo: Verdadeirament u s o Filho de Deus" (Mt14,33). Esta deve ser tambm a nossa atitude perante osmliagrs de Cristo, nosso Senhor: dobremos tambm nsos jethos, inclinemos nossa ltonte e adoremos o "Verboque se lez carnee habitouentre ns" (Jo 1, l4)'

    tl) Objees contra a vindade de Cristo'A decisiva mportnciaque a f na Div;indade e Jesustern para a nossavida terrestecomo tambmpara a eter-na Ielicidacle ue nos espera exige que continuemcs indano assunto.consideraremosagora as principais difculda-clesque os espiritas,obstinados dversrios esteponto cen-tral de nossa crist, tazem e propagancorrt a Divin-dacle de Cristo nosso Senhor:1) Em nenhumaparte do Novo Testamentoencontra-mos uma s v-ezCristo afirmando ormalmente ue era Deus'- R*"prsfa: O que Jesusnunca disse foi: "Eu sou DeusPai". Os espiritas n.g"* ou ignoram o mistrio trinitrioe por isso no so .up"* de entender. s palavras de-Cristo'quando diz, repete e jura ser o "Filho de Deus"' as naboca de Cristo signiticavaque era Deus, o verdadeiramenteque os inimigosde Jesusmuito bem o entenderam' ponto

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    mente nunca disse que"era mdium?..2) Jesusmesmo declarou que inferior ao pai: .,O pai maior do que eu" (Jo 14, 2g); togo no igual ao pai,nem Deus. - Resposa:Nossa f nos ensinaque em Cristoh duas naturezasperfeitas e inconfusas:Jesus verdadeira-menteDeus (e como tal pdedizer: ,,Eu e o pai somosum"(Jo 10, 30) e verdadeiiamente homem (e como tal dissJbem que "o Pai maior',) e or falava como Deus, oracomo homem; ora agia conro Deus, ora como homem.3) i\as muitasvezesJesus e diz ,'enviadodo pai"; ora,quem envia superior ao que enviado togo Cristo no Deus. - Resposfa:Esta, como outras dificuldadessernelhan-tes, eitas contra a doutrinacatlica, eimamem ignorar queJesus inha tambrnuma natureza humanaverdadeira e con-pleta, na qual era evidentementenferior naturezadivina.4) Se Jesus,ao morrer, entregasua alma s mos de {Deus, que ele tinha uma alma distinta de Deus,subrnissaa Deus.Logo ele no era Deus. Resposta; staspalavras.textuaisde AK (VII, 122).incidemno mesmoerro das di_iculdades nteriores:No negamosabsolutamenteue cristotinha uma r,erdadeiiaatnra humana,como ns, distinta deDeus e submissaa Deus. Mas dai no segueque no er aDeus;segueapenas ue era r.erdaclejranienteomem: o ouea f nos ensna.5) E'verdarle que uma vez Jesusparece er falado cl etal modoque os ouvntes odiamentender er ele vercladcira-rnenteDeus, de forma que os judeus queriamat apedrej_lo. Mas Jesusdesfez mediatamenfe equvoco, sclarecendoo sentidode suas palavras: ,No est escritona vossa ei:Disse eu: Vs sois deuses?Ora, se a Escritura chamoudeusesquelesa quem a palavra de Deus oi dirigida - ea Escrituras no pode falhar - a rnirn, a qflem o pai san-tificou e enviouao mundo,vs dizeis: Blasfemas oque eu39

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    disseque sou filho de Deus?" (Jo 10, 34-36)' E Jesusdei-xou de ser apedrejado. - Resposta: H nesta airmaode L. Dens- rios pontos que devem ser retificados: nofoi s 'juma vez" que Jesus deu aos ouvintes a impressode igualar-se a Deus Nem verdade que Jesus deixou deser apedrejado por causa deste esclarecimento,nas poque

    declaro Fitho de Deus?" No h nisto nenhum reco de

    6) A cincia moderna provou que muitas coisas queos antigos tinham como milagres, hoje so perfeitamenteexplicvis. Respos/a.'Os antigos eran, com eeito, menosveisados nas coisas da natureza.Mas tambm no devemosexagerara credulidade os conteporneost Jesus'Em Jog, i-:+ temos um belo exemplode uma rigorosa inquisioe anlisede um f ato milagrosoe os adversrios le Jesuslevantaram entc toda sorte de diiculdadespara con-testaro carterdivino dos prodigioscleCristo'Nem os Aps-tolos eram uns basbaques u irreletidos, estituidos e sen-so crtico.A teimosiade um So Tom, ostensiva empoada,bem o prova. E todos os dados da cinciamoderna amaispoderoo chamar vida um morto de quatro dias que "i cheira mai" (Jo t 1, 39) no rnomentoexato a que a issoo conjura.7) Nada h de anormal em que Jesuspossuisseacut-dades idnticas s dos nossos magnetizadores,curadores,sonmbulos,videntes, mdiuns, etc, - Rcspass.' H mu-40

    tssimo de anormal, sim, em que Jesus com tais meios na-turais produzisse ezenasde milagresatribuidospor ele ao"poder de Deus", "glria de Deus", etc. Seria urna in-fmia e urn embus,te.asso.Seria uma anormalidademoralinqualificvelmentemaliciosa. De resto, h, uma diferenainrensaentre o modo de proceder de Jesuse o dos tais m-diunse magnetizadores., notamosmais uma vez: muitosdo smilagres de Jesusescapamde todo s foras magnticasoufludicas, de modo que os. prprios espritas se vem obri_gados a neg-los.8) Particularmente as ressurreiesnada provarn, vis-to que no consta com certeza que estavamde fato mortos,pois hoje sabemosque h sncopese letargias que apresen-tarn todos os sintomasde morte. euanto ilha de Jairo,Jesusdiz expressarnenteue ela ..apenasdorme". - Resposfa..Quando Jesusdiz que filha de Jairo .,apenasdorme'i Kar-dec todo ouvidos e se apressa m acentuar este fato;mas quando Jesus,no caso de Lzaro, depois de dizer que"dorme" exptica e diz perentoriamente: ,,Lznro mort;u,,(Jo 11, l5), a o despreocupadomestre espirita no en_tencle nais a palavra do Evangelhoe nern a menciona. , t{as mesmo no caso da filha de Jairo, h no relato de SoLucas uma prova evidentb Ae que se lratava de uma mortereal. Pois o Evangelista, epoisda ressurreio perada porJesus,acrescenta: E voltou o seu espirio e ela (a menina)levantou-semediatamente" Lc g, 5b).9) A divindadede Jesus, ejeitada por trs snodos,omais imporiantedos quais oi o de Antioquia em 26g, fo,em 3?5, proclamada pelo conclio de Nicia. Logo oCristanisnro rimitivo no conheciaa divindadecle Cristo-Resposa.'Eis a como se falsifica a histrial LeoDenis (pois veio dele esta sabedoria) ala em trs snodos,mas rneneiona m s: o de Antioquiaem 268 (e no 26gliem que foi condenado recisamente aulo de Samsatapo rnegar a divindade de Cristo iVlas muito antes disso, naprpda lgreja apostlica, a Divindade de Cristo era umaverdade indubitvel. Apenas um texto de So paulo: ..8'ele (Cristo) o Primognito, anterior a toda a criatura;

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    porque nele foram ciadas todas as coisas,no cu e na terra,visveis e 'invisveis, quer sejam tronos ou dominaes oupotestades, udo fi criado por ele pa.ra ee. Ele est aci-ma de todos e nele udo subsiste" Col l, 15-17),E em vezde citar corno testemunhasda f na Divindade de Cristoos Santos Padres do prirneiro sculo, preferimos termnarcom a citao de um pago,Plnio (Ep, X, 97), que'falados cristos que costurnavamem dia designado "reunir-sede madruga a e tezar alternadamenteurn verso a Cristo co-mo se lora Deus" (ante lucem convenirecamenqueChristoquasi Deo dicere secum invicem).

    l2) A Humaridade de fesus.A f nos ensina que Cristo era verdadeirarnenteDeuse verdad.eirsmenteomem.E' necessrionsistir contra a pro-paganda esprita tarnbm na humanidadede Cristo, no sporque os espritasquerem azer crer que, segundoos cat-licos, Cristo seria apenasDeus e no tarnbm homem per-feito (cf. AK VII, 127), mas principalmente porque a Fe-derao Esprita Brasileira defende e propaga oicialmenlea tese de que Cristo no era nem Deus nem homem.t) Dizer que Jesus verdaderamenteomem o mes-no que afirrnar que ele tinha um verdaderioe real corpohumanoe uma verdadeira lma humana,coruo odos ns.a) Cristo tinha um corpo real- E' concebido omcihomem,pois o anjo diz a i\taria: "Eis que concebers o teu ventre,e dar luz um fi lho.-." (Lc 1, 31)' Nascecomo homem:"E deu tuz o seu lilho primognito, o enfaixo, o re -clinou nurna manjedoura"(Lc 2, 7). Est sujeito ao cres-cimento como todos os homens: "E Jesus crescia em sabe-rloria, em idade e ern graa dianie de Deus e diantedos ho-mens" {Lc 2,52). Em toda a parte se comporta omohomernentre os homens; fala com eles, sente fome (Mt 4, 2; Lc4,2), sede Jo 19,28), comee bebe (Mt l l , 19; Lc ?,34),dorme (Mt 8, 25), caminhae 6e cansa no andar (Jo 4, 6) ,sa sangue (Lc 22, 441, flagelado, crucificado, morte nacuz e sepultado - portanto se apresenta com um reale verdadeiro corpo humano, de modo que ainda depois de

    t2

    sua ressurreio cdia declarar:"Olhai para as minhasmose ps, porque sou o mesmo; palpai e vede, poque um esp-rito no tem carne, nem osso,como vs vedes que eu tenho"(Lc 24, 39). E So Joo inicia sua primeira epstola: "Oque ioi desde o princpio, o que ouvimos,o que virnos comos nossos olhos, e contemplamos, apalparam a$ nossa$mos relativo ao Verbo da Vida... o que vimos e ouvimos,volo anunciatnos".' b) Criso tnha tambm uma verdadera alma humana.No devemos maginar que Cristo s tinha corpo e em lugarda alma estaria a divindade,o Verbo. Ele mesmo falou di-versas vezes de sua alma: "A minha alrna est triste ata ffiorte" (Mt 2, 38); "agora a minha alma est turbada"(lo 12,2?); e moribundo, xclama: Pai, em tuas mosen -trego o meu esprito" (Lc 23, 4). Cristo fala tambm desua vontade humana: "Pai, no se faa a minha vontade(humana), mas a tua" (Lc 22, 52). Encontramosainda fre-quenlemente os Evangelhos s afetos da alma humanade Cris-to: afetosde amizade Mc lQ 2l; lo l l ,3), de desejo Lc22, l5), de dio contra o mal e a hipoctisia (Mt 23, I ss),de tristeza (Lc 19, 41; Jo 11, 35 s), de compaixo Lc 7,l5), ele emor (htc 14,33), de ira (Jo 2, 13 s; Jtvlc , 5),etc., tudo isso supe uma verdadeiraalma humana.E' portantocerto que Cristo era homemperfeito: constados Evangelhose ensinadopela lgreja como verdade de f.2) ,lascomo os espritas assulniramo compromissodenegar todas as verdadesde no ssa santa f ( esta ao menosa impresso que eles clo), resolverarn contestar tambmo dogma da humanidadede Cristo, para deender que fesustinha apents um corpo aparente ou, corno eles diz enr, lu-dico. AK pessoalmente contra a tese do corpo fludico deCristo (cf. VI 333-335).O autor desta singular teoria (alisuma repetiodo docetismodos primeiros enpos cristos) Joo Batista Roustainge po isso seus adeptosso cha-mados tambm "rustenistas". Aqui no Brasil, todavia, a teserustenista oficialmente amparada e patrocinada pela Fe-derao Esprita Brasileira, que sobre o assunto publicoudiversos livros e inmeros artigos. Entre os livros se des-

    I:II,tI

    II ,f3

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    tacam particularmente os do prprio Roustaing, agora in-teiramente efundidos pela Federao.O ento presidentedaFederaoEsprita, Cuillon Ribeiro, compendiou oda a ne-gativa doutrina esprita sobre Cristo no hertico ,titulo quedeu ao livro: /esas nem Deusnem Homem - ttulo que sin-tetiza com exatido todas as heresias e negaesespritasdiante de Cristo. Tambm Antnio Lima, em sua Vida detesus, editada pela mesma Federao,se mostra rustenis-ta convicto. Queremoscitar ao menos uma frase: Depois deexpor que Jesusno podia ficar sujeito a uma prova nemmuito menosa uma expiao, ob pena de periclitar a jus-tia de Deus, conclui: "Do que resulta que o Divino l\{es-tre, para descer a esta abafeira, f-lo sem necessidade eso revestir de um envoltrio carnal, no sentido ern que co-nhecemosesta mortalha, mas smplesmente traindo, com osseus poderes magnticos, condensando-os, s fluidos dis-persos no ter, os ions, conorme a Cincia os cla$sificaatualmente,de maneira a se tornar visvel e palpr.el, co-rno aps a sua Ressurreioo ez perante seus discpulose a Tom, testemunhando possibitidadede viver material-mente ndependenteo invlucrode carne e osso" (p. 187).Conc[aso;O primeiro a cornbateresta heresia, oi oprprio So Joo Evangelista,que j no seu tempo se en-rentou con os docetistas-A mesma admoestao ue estegrande Apstolo fez em sua primeria epstolacontra c do-cetismo, pode serr,'ir ambm hoje contra o espiritismo rus-tenistas: "Carissimos, o queiraiscrer enr todo o esprito,rnas examinai os espritos se so de Deus; porque muitosalsos profetasvieram para o mundo. Nisto se conheceoesprito de Deus: T'odo o esprito que conlessaque JesusCristo veio em carne, de Deus; e todo o espritoque di -vide Jesus,no de Deus; rnas este unr Anticristo,doqual ouvistesque vem, e agota est no mundo" (l Jo 4,l-3). E na segunda epstola: "Muitos sedutoresse tm le-vantadono mundo,que no confessam ue JesusCristo te-nha vindo em cane; este al sedutor Anticristo.Estai aler-ta sobre us, para que no percais o ruto do vosso tra-balho, mas recebaisuma plena recompensa,Todo o que $u

    aparta e no perrnanece a doutrina de Cristo, no tem uniocom Deus; o que permanece a doutrina, estd tem uniocom o Pai e Filho. Se algurn vem a vs, e no traz estadoutrina, no o recebais m casa, nem o saudeis. Porquequem o satida,participa das suas obras ms" (2 Jo 7-10)"13) Nossa Redenopor Crlsto.

    A fe no nos fala smente da natureza de Cr isto, nonotapresenta apenas o "Verbo que se fez carn", nasensina-nos ambm que Cristo nosso Mediador e Redentot.E os espritas,por seu tuno, essesprofissionais negadoresdos dogmas cristos, no se riem apenas das verdadesrelativas naiurezade Cristo, eleszombarn ambmda prin-cipal obra de Jesus:a nossa edeno or seu preciososangue.Veremospor isso: l) o que nos diz a Revelao ivina so-hre a nossa Redenopor Cristo e 2) a insolente atitudedos espritas perante essa maior maniestaoda bondade emisericrdia de Deus.l) Ensinaa lgreja que NossoSenhorJesusCristo "pela .nrnia caridade com que nos amou" (Ef 2, 4), "saisfezporns ao Eterno Pai com sua santssimaPaixo no lenho datrttz'o (DB 799). Cabea moral de todo o gnero humano,Cristo tomou livremente sobre si a obrigao de satisfazerpelos pecados dos homensgue, por si s, eram incapazesde reconciliar-secom Deus. E' o que transparecede quasetodas as pginas do Novo Testamento. Pode-se dizer queprecsamente ista consiste a Boa Nova do *'Evangelho".Vejamosao menosalgunraspassagensmais expressivas:a) J o profeta Isaas predisse, alando do Messias eJesus expressarnente plicou a si esta passagen,cf. Lc 22,37): "Verdadeiramentele foi o que tomou sobre si as nos-sas raquezas, ele mesmo arregoucom as nossasdores...foi erido por causa dos nossoscrimes; foi atribulado po rcausa das nossas maldades... Deus ps nele as iniquida-des de todos ns" (ls 53, tl-6).b) Quando nasceu Jesus, os anjos o anunciaram aospastores: "Eis que venho comunicar-vos uma grande ale-gria: Nasceuo Salvadort" (Lc 2, l0). E Joo Batista o apre-

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    sentour Eis o Cordeirode Deus que tira o pecadodo mun,do" (Jo 1, 29).c) Tambm o prprio Jesus declarou diyersas vezes tervindo para "dar a sua vida como preo de resgatepor mui-tos" (' ,c 0, 45; Mt 26, 28; Lc 19, 10; 22, ?,0;Jo 10, 15).d) E So Pedro admcesta: "Fostes remidos no peloouro e prata corruptveis, mas pelo sangue de Cris to ima-culado"; "o qual lavou no seu corpo o8 nossos pecadossobre o lenho, a fim de que, mortos para o pecado,vivamospara a justia" (l Pd 1, 18; 2, 24).e) As epistolas de So Paulo, ento, s se enendemluz desta idia, animada,ademais,pelo conceitodo CorpoMstico de Cristo pelo qual a paixo, a morte a ressur-reio de Cri sto se tornam nossos, como nosso o pecadode Ado. A epstola aos hebreus toda uma teoogia daredeno.Aos efsios escreve:"E' nele que temos a reden-o, devido riqueza da sua gaa, que em torrentes der-amou sobre ns" (1, 7). "Foi do agrado do Pai que e-sidissenele oda a plenitude,e que por ele fossem econciliadasconsigo todas as coisas, pacificando, pelo sangue da suacruz, tanto as coisas da terra, como as coisas do cu" (Coll, 20). E a Timteo, depois de lembrar que Jesus "se en-tregou como resgate por todos", escreveo grande Apstolodas gentes: "TaJ a mensagem a salvaoque em boa horase anunciou e da qual fui eu constitudo arauto e apstolo- digo a verdade e no minto --. para ser ttoutor dos gen-tios, fiel e verdico" (l Tirn 2,5-7,. Aos glatasensinaque"Cri$to livrou-rros a maldioda trei, ornando-se le mes-mo a maldiopor ns" (3, l3). E aos romanosdeclaraque"ionos reconciliados om Deus pela morte de seu F'itho"(5, 10).f) Tambm So Joo claro e explcito: "Ele mesmo a propiciaopelos nossos pecados,no pelos nossorsmente,mas tambm pelos de todo o rnundo" (l Jo 2, 2).g) Foi assirn ambrnque a fgreja o entendeu em in .terrupo. J o discpulode Joo, So Policarpo, escreveaosfilipenses: "Cristo Jesus que tomou os nossos pecados so-bre'o seu corpo no lenho da cruz, ete que no fez pecados,46

    tudo sofreu por nossa causa, pafa qile nele vit'amos" (cap.8). Etc. etc.2) Heregesproissionais,os espritas tm a ousadia denegar tambm este maior benefcio que Deus fez huma-nidade, Para defender as fantasias da reencarnao,sis-tema pelo qual cada um deve remir-se a si mesmopor umainterminvelsucesso e vidas terrestres,os pertinazesadep-tos de Allan Kardec e da Linha de Umbanda se levantamcontra Deus e contra a obra de Cristo. Ainda recentementeo rgo oiciat da FederaoEsprita Brasileira declarava:"A salvao no se obtem po graa nem pelo sangue der-ramado por Jesus no madeiro", nas "a salvao pontode esforo individual que cada um emprega, na medida desuas foras" (Retormador, Out. 1951, p. 236). E AK insis-te muitas vezes neste ponto: "As almas no atingem o grausupemo seno pelos esforos que faam por se melhora.m e depois de uma srie de provas adequadas sua pu-rilicao" (III, 15); "todos so filhos de suas prprias obras"(Vl, 28); o Criador "quis que a perfeio esulte da de-purao gradual do Espriio e seja oba sua" (VI, 70); acriatura "atinge a felicidadepeto prprio mrito" (V, 75),etc. etc. E Leo Denis: "No, a misso de Cristo no eraresgatar com o seu sangue os crimes da Humanidade:Osangue, mesmo de um Deus, no seria capaz de resgatarningum. Cada qual deve resgatar-sea si mesmo; resgatar-se da ignorncia e do mal. Nada de exterior a ns poderiafaz&lo. E' o que os Espritos (das sessesespritas), aosmilhales, afirmam, enr todos cs pontos do mundo" {rusr'a-nismo e Esprit[smo,5 ecl. p. 88).A fal cinismo chegam os espritas, que eles azem apa-recer Nossa Senh ora em suas sesses o que eles dizem )pata trazer mensagenscomo essas:

    o'Jesusno podia nemquis assumir todas as responsabilidadesndividuais, cot:traidas o por contrair, emanadasdos pecadosdos homense muito menos podia, pelo sacrifcio da sua vida, remir aHumanidadeda pena do desterro a que fora condenada... redeno da Humanidade no se firma, pois, nos mri-los e sacri cios de Jesus, e, sim, nas boas obras dos ho-{I

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    mens... Que cegueira Quania aberraolSupor e af ir4arque os sofrimentose a morte do Justo foranr ordenadosdoAlto, em expiaodos pecadosde todos, a mais orgulho-sa das blasfmias ontra a justia do Eterno" (Roms e oEvangelho,5+ ed. p. 129-131).Se incrvela ousadiado sespritas em publicar tais mensagenscom a assinatua de"JHaia", mais pasmosa ainda a cnica afirmao p. 63deste mesmo livro; "Registando as prdicas de Jesus e dosApstolos, captulo por captulo, versculo por versculo, vi-mos nelas claramenie sua perfeita concordnciacom toclosos fundamentosdo Espiritismo e no rnenosclara discot-dncia com grande nmerode. dogmas do papado".Um dos nossos mais intelectuais espritas, Carlos Im-bassahy, "declaraque "nunca poder crer no sacrifcio vi-crio", pois que sua razo "repelir sernpre,com uma for-a de esguicho, a iniquidade daquele processo, odo mec-nico. L, poque um outro pecou, ficarnos mecnicamenteresponsveis.E vai da preciso que cora o sangue doCristo, que no tinha nada corn isso, para, po esse meca-nismo, ficarmos todos puros de um crime que no comete-mos"; declara mais, que essa doutrina, "alnl de absurda,no passa de uma reminiscnciados antigos sacrifcios, develhas e estpidas hecatombes, m que animais, crianas ehomens eram imolados para aplacar a ira no menos estdr-pida dos deuses"; ensa ue udo seria apens para satisfazera vaidade divina" ( margem do Espiritisma,2] ed. p, 222).Cortc{ttso: spiritismo nc Cristianismo: purs-simo paganismo, a negao adical do Cristianismo Eisa conclus.oue se impe a esta altura. Pelo que j r'imos,das verdades undainentais la Doutrina Crist no ficou dep uma s: RevelaoDivina, SS. Trindade, Divindade deCristo, Redeno,greja - tudo negado e ridicularizadoIsso j no Cristianismo. ara ser cristo no basta falar{nesmo piedosamente)de Cristo: preciso aceitar e vivera doutrina de Jesus.Mas os espritas negam tudo. Elesno so cristos: so manifestamente nticristos,pagos.DeCristianismo icou s a fachada, ^ capa, a pele. Cristo tinhamuila razo em nof advertir contraos lobos qe se apresentam48

    ' 'vestidos em pele de ovelha". Ateno, portanto, catlicosAteno, pois que impossvel permanecerCatlico e seresprital Ateno,s votaz lobo esprita a est, em vossomeio, "procurando a quen devorar"l4) Maria Santssima,

    A contemplao o Filho nos leva meditaosobe suabeatssima VIe, \'[aria Santissima.Saudada pelo anjo como"cheia de graa" (Lc l, 28), ela disse de si mesma: "Fezern mim grandes ccisas aquele que podetoso" (Lc 1, 49)e de si proetizou:"Eis que, de hoje em diante, todas asgeraesme chamaro bem-aventurada" (Lc l, 48). Acom-panhemos tambem ns este jbi1o de "todas as geraes"e proclamemos bem-aventurada aqtela que deu lttz oCristo, o Filho de Deus. Veremos no primeiro ponto re -surnidamenteas principais glrias de 'aria e mostraremosno segundoque a doutrina espritanega um por um todosos dogmas mariolgicos.1) a) laria Santssima verdaderamente e de DmsPois ela em sentido prprio rne de JesusCristo, que verdadeiramente eus: "Eis que concebers o teu ventfe,e dars luz um fiiho. a quem pors o nome de Jesus. .O Esprito Sanlo descersobre ti, e a virtude do Altssimote ,cobrircom sua sornbra,E por isso o Santo,que h denascer de ti, ser chamadoFilho de Deus" (Lc l, 31. 35),Ora, j r'mos que Jesus Cristo verdadeiramente eus eisso desdeo primeiro instante de sua conceio. ogo, allirgenr realmente 'Ie e lleus, ctro cmo a chamavaSantaIsatrel,Mater Domini, "'1e o Senhor" (Lc 1, 43).b) Foi por causa desta sua sublime dignidadeque lheez "grandes coisas" Aquele que poderoso (Lc l, 40):"Cheia de graa", oi, desdeo primeiro nstantede sua exis-tncia conservada senta do pecado orignal. No podia, comefeito, nem po um s momento,estar sob o poder do dem-nio aquelaque seria a "Me do Senhor" e da qual j noProtoevangelhose afirmara que seria inimiga da Serpente{Gn 3, l5).

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    c) ProclarnaPio IX, na Ineftabitis Dells que "Deus , dis-peflsou a Maria mais amor que a {odas as outras criaturas"e po isso " cumulou, de maneira to admirr'el,da abun-dncia dos bens celestesdo tesouro de Sua diyindade, maisque a todos os espritos anglicose todos os santos de talforma que .'.. podia ostentaruma inocncia santidade oabundantes,quais outras no se conhecemabaixo de Deus,e que pessoaalguma, alm de Deus, jamais alcanaria,nemem esprito". E' ainda Pio lX que esume os louvores dosSantos Padres nestas palavras: "i\,Iuitas vezes se dirigiram {ede Deus comoa toda santa, a inocent ssima, maispura,santa e alheia a toda mancha de pecado, oda pura, todaperfeita, verdadeiro modeto de inocnciag pueza, mais for-mosa que a beleza,mais amr'elque o encanto,mais santaque a santidade,a mais santa e pura de alma e copo, aque superou a toda pureza e virgindade, tornando-se, eai-mente, a sede nica das gaas do Santssimo Esprito,sendo, exceode Deus, mais excelenteque todos os ho-mens, por natureza, e at mais qile os prprios Querubinse Serafins".

    d) Isenta de todo e qualquer pecado,ela foi livre tam-bm dos castigosdo pecaclo;sem concupiscncia,emprevirgem, e sem necessidade e morrer e, portanto, em corpoe alma assurnidaao cu. "A augLrstssima e de Deus- proclama Pio XII, na Munificenrssmus eus - associa-da a Jesusde modo nsondvel esde oda a eternidade omrum nico decreto de predestinao alcanou que fasseelevadaem corpo e alma ao cu, onde refulgecomo Rainha direita do seu Filho, Rei imortal dos sculos".2) a) I {as os espritas esto ange de pensar assirn.Noencontrameito de participarnesseuniversalbilo de "todasas geraes".Diante da Virgem, no se sentemhem; no sesentemem casa.Por isso geratnrente alam ou ao menoses-crevem pouco de Maria Santssima.as quando escevem, para proferir alguma irreverncia. Em AK encontamosapenasuma nica aluso,em que, porm,diz que "ela noazia idia muito exata da misso do filho, pois no se vque lhe tenha nunca seguido os seus ensinos,nem dado tes-50

    temunho dele, como Iez lo.o Batista" (lV, lgS). TambmLo Denis fala de {aria; mas para dizer que "flem mes-flio sua nre (de Cristo) acreditavana sua divindade" (Cris-llanismo e Espirtismo, 5t ed. p. 77).:'.t' . b) Alis, compreende-se erfeitamenteesta falta de en-', tusiasmodos espritasperantea Ie de Jesus; pois, con-r'r,iestando eles obstinadamentea divindade de Crsto, devem,: consequentemente egar tambm ,a Maternidade Divina de,;,,Maia Ssma. E corn isso perderam o ponto central 'de toda" a no$sa Mar,iologia.E' lgico, se Cristo no Deus, Maria,$a me, perde o su 'encantoe sua dignidade. Porque tcdaa grandeza de Maria, e toda 'a sua dignidade, est precisa-menfe em sua divina rnaternidade.A posio espirita pioraainda pai'a os que, com a Fede,raoEspr'i'ta Brasileira, ne-gam a real humanidade de Cristo, dizendo que Cristo ti-nha apenas um corpo aparente ou fludico. Para todos elesMaria no passade me"aparente" de Crsto,e no real, como, xpressnente iz Cuillon Ribeiro (presidente da FederaoEsprita) no livro lesusnem Deus nem Homem{ed. de 1941,p. 29 s) ., c) No sendo "Me de Deus", j no se encontrarnenhuma razo suiciente para afirrnar os demais privil-gics, prolas con que a piedosa e rverentepenetraodostelogos ornou a esplndidacoroa da Ie do Redentor. E'por isso que os espritas negam toda a Mariologia Cat-lica. Deus, alis,segundoos espritas, em poderiaconceder. avores ou privilgios: "Quatquer privilgio setia urna in -jnsta" (lV, ?6).d.) Por isso Mara Ssma.no teve o privilgioCa "inra-culada conceio",mesmoporque,paf os espritas, crn hpecadooriginal (trf,81). Negandoern tese o dogrnada res-surreio inal de todos os homens 1, 458), os espritasse

    riem tambmdo novo dogmada Assuno orporal de Mariaao cu. Escrevendo obre essedogma,um jornal espritadeBelo Horizonte (O Poder, 8-3-1953)declarourecentemente:{'No concordamos ue um corpo, verminado e apodrecidono seio da terra (como o de tiaria),possa,em ordem in-versa, se recompor". Falando do dogma da Virgindade de5l

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    l{arla, escevem s espritasdo CentroRedentor: O vossoma-teriaio dogma da Virgindadede Maria, quese tornou a veg:o-nha das vergonhas,a irriso das irrises, o ridiculo dos rid-culos, por ser a rneniira das mentiras, a mais baixa, a maisreles de todas as conhecidas e inventadas por vsn cairpor terra".Concluso: O amor e o respeito que temos para coma Me de Jesus,a fil ial confianaque nela depositamos,inabalvel esperanacom que a ela recorenos,nos deyernfaeer repudiar as cioutrinas espritas. Ns crenros na di-vindade de Cristo, e por isso cremos na excelsa dignidadede sua SantssimaMe E persuadidosdeta grandezadeMaria, rejeitarnos todos aqueles que, com suas doutrinas,querem amesquinharas glrias de nossaMe do Cu. Quemama Maria, no pode ser esprital E quem esprita,nopode amar a Mariall5) Pecado Orlginal e Oraa Divina.

    1) a) E' outra verdade undamentalda Doutrina Cristque lados os homefts rfiscemconl o"pecado ariginnl. E' dou-trina clara e constanteda Sagrada Escritura e da Tradi-o Crist. F-ilhosde Ado, o prevaricador,a humanidadeoi com ele expulsado paraisoe tornou-se, a dura expres-so de Santo Agostinhc,uma "massacondenada" os olhosde Deus, im potente de, por si mesma, regenear-see ee-'ar-se rrovanente ordem da vicla sobrnaturalda graae da amizade com Deus" Entende a maiaria dos telgcosque foi precisamente or is;c e s par isso que o "Vetbose fez Carne". A triste histria da humanidadee as indi-tosascondies e sofrimentoe de toda a sorte de rnisriasdos ndivduos urnanos esde nascimento,o comoquepro-vas sensveis e que scbre ns pesa uma rnaldio.Com Adotodos perderam graa santilicante er onsequentemente,arnizade e Deus; e a est o pecadooriginal. "ramos pornatuteza filhos da ira, como todos os outos", recorda SoPaulo aos efsios (2, 3). E aos romanosdeclara: "Todospecarame esto privados da glria de Deus" (3, 23); e de-pois: ''Por um s homem entrou o pecadono mundo e pelo52

    pecado a morte. E assim a morte passou para todos oshomens porqu todos pecaram" (5, l2>,b) Existe, com efeito, dentro de ns mesmosuma estra-nha desarmonia e luta e que os antigos chamavam dercncupscncaou estopmdo pecado (omes peccati), emyirtude do qual nos sentimosmuito rnais inclinados ao matu ao vcio de que ao bem ou r'irtude. "Ningum vem aete mundo inocente", lamentava-seOvdio; "inclinamo-nossempe para o proibido", constataya Cicero. E So Pauld ainda mais sincero: "No sei o que fao; no fao o quequero fao o que aborreo.. H em mim vontadede fa -ur o bem, mas no tenho o poder de iazer o bem.. , &{asfao o que no quero, no sou eu que ao, o pecadoque habita em mim. . Comprazo-me a lei de Deus se-gundo o homem nterior; mas vejo nos meus mernbrosou-tra lei que luta contra a lei da minha tazo e que me cativa lei do pecado que esi em mers membos" (Rom 7, 15 -23), Se ormos sinceros, odos podemosdizer coisas serne-lhantes de ns mesrnos.E' a grande confisso da humani-dade em peso. Todos podemos repetir com o mesrnoAps-tolo: "Que desgraado ue soul Quernme liyrar destecor-po de morte?" E ccm o mesrnoApstolo devemos esponder:'? graa de Deus por Jesus Cristo, Nosso Senhor" (Rom'1, 7A-25).c) Sim, a gaa de Deus,por C