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MATERIAL OBJETIVO INTEGRADO GRAMÁTICA - 1º BIMESTRE AULA 1 - ACENTUAÇÃO Acentue as palavras de cada item e, a seguir, complete as lacunas da conclusão. 1. Monossílabos tônicos ja, pas, fe, cre, ve, le, pes, tres, so, sos, ceu, geis, doi, da-lo, te-lo, pos-se, di-lo, pu-lo, da-lo-as, di-lo-as Conclusão: devem ser acentuados os monossílabos tônicos terminados em__________________________________________________________________________ 2. Oxítonos faras, fuba, ate, atraves, jilo, paletos, Santarem, parabens, papeis, chapeu, herois, constroi, juriti, urubus, Pacaembu, gasta-lo, exercê-la, dispo-lo, admiti-lo, ama-lo-a, vive-lo-as, repo-lo- as Conclusão: devem ser acentuados os oxítonos terminados em ____________________________________________________________________________ 3. Paroxítonos a) intoleravel, hifen, Nelson, eden, martir, lider, conteiner, destroier, latex, onix, biceps, hifens, eletron, proton, biquini, juris, gratis, virus, bonus, onus, oasis, martini, biceps, forceps, faceis, uteis Conclusão: devem ser acentuados os paroxítonos terminados em _____________________________________________________________________________ b) album(ns), medium(ns), forum, quorum, imã(s), orfã, sotão(s), benção(s), orgão(s) Conclusão: acentuam-se os paroxítonos terminados em _______________________________ c) agencia, historia, vestigios, criterio, reliquias, Vania, Indonesia, Marcia Conclusão: acentuam-se os paroxítonos terminados em _______________________________ 4. Proparoxítonos interim, pessego, lucido, arvore, lampada, medico, figado Conclusão: acentuam-se _____________ os proparoxítonos 5. Verbos ter, vir e derivados ele tem / eles tem ele vem / eles vem

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MATERIAL OBJETIVO INTEGRADO

GRAMÁTICA - 1º BIMESTRE

AULA 1 - ACENTUAÇÃO

Acentue as palavras de cada item e, a seguir, complete as lacunas da conclusão.

1. Monossílabos tônicos

ja, pas, fe, cre, ve, le, pes, tres, so, sos, ceu, geis, doi, da-lo, te-lo, pos-se, di-lo, pu-lo, da-lo-as, di-lo-as

Conclusão: devem ser acentuados os monossílabos tônicos terminados em__________________________________________________________________________

2. Oxítonos

faras, fuba, ate, atraves, jilo, paletos, Santarem, parabens, papeis, chapeu, herois, constroi, juriti, urubus, Pacaembu, gasta-lo, exercê-la, dispo-lo, admiti-lo, ama-lo-a, vive-lo-as, repo-lo-as

Conclusão: devem ser acentuados os oxítonos terminados em ____________________________________________________________________________

3. Paroxítonos

a) intoleravel, hifen, Nelson, eden, martir, lider, conteiner, destroier, latex, onix, biceps, hifens, eletron, proton, biquini, juris, gratis, virus, bonus, onus, oasis, martini, biceps, forceps, faceis, uteis

Conclusão: devem ser acentuados os paroxítonos terminados em _____________________________________________________________________________

b) album(ns), medium(ns), forum, quorum, imã(s), orfã, sotão(s), benção(s), orgão(s)

Conclusão: acentuam-se os paroxítonos terminados em _______________________________

c) agencia, historia, vestigios, criterio, reliquias, Vania, Indonesia, Marcia

Conclusão: acentuam-se os paroxítonos terminados em _______________________________

4. Proparoxítonos

interim, pessego, lucido, arvore, lampada, medico, figado

Conclusão: acentuam-se _____________ os proparoxítonos

5. Verbos ter, vir e derivados

ele tem / eles tem ele vem / eles vem

ele mantem / eles mantem ele intervem / eles intervem

6. Acento diferencial

pôde (pretérito) - pode (presente)

pôr (verbo) - por (preposição)

eles têm, eles vêm - ele tem, ele vem

7. Hiato

paises, saude, faisca, baus, Tatui, tambau, construida, subtrai-lo, distrai-la-iamos, rainha, Raul, Coimbra, saindo, diurno, raiz, raizes, juizes, substituido, gratuito, intuito, feiura, taoismo

Conclusão: acentuam-se o__________ e o __________, 2.ª vogal tônica após hiato, quando ________________ na sílaba ou com S, não seguidos de __________ e não precedidos de _________________ .

8. (FGV) As regras que justificam a acentuação das palavras "honorários", "atrás" e "público" também justificam, respectivamente, a acentuação das seguintes palavras, cujos acentos gráficos foram omitidos.

a) frequencia, ananas, ritmico.

b) heroi, tenaz, frenesi.

c) sumaria, guaranas, serio.

d) perfumaria, perspicaz, etico.

e) agraria, caibras, veneto.

9. "FIFA INTERVÉM NO FUTEBOL DO PAÍS E CRIA COMITÊ PARA ORGANIZAR ELEIÇÃO"

a) Conforme o Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009, não se usam mais acentos para diferenciar singular e plural dos verbos derivados do vir.

b) segundo a norma gramatical, o verbo intervir, na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo, deve receber acento circunflexo.

c) caso o autor optasse por usar o verbo intervir no pretérito perfeito do indicativo, ele deveria usar interveio.

d) para indicar a ideia de possibilidade ou hipótese, o verbo intervir, no contexto em que aparece, poderia ser conjugado assim: intervisse.

e) embora seja empregado com frequência na variante popular de linguagem, esse verbo é defectivo e não pode ser conjugado no presente do indicativo.

AULA 2 - VERBO I - PRESENTE

Texto para a questão 1

Folha - De todos os ditados envolvendo o seu nome, qual o que mais lhe agrada?

Satã - O diabo ri por último.

Folha - Riu por último.

Satã - Se é por último, o verbo não pode vir no passado.

1. (FUVEST) - Rejeitando a correção ao ditado, Satã mostra ter usado o presente do indicativo com o mesmo valor que tem em:

a) Neymar recebe a bola e chuta. Gooool!

b) D. Pedro, indignado ergue a espada e dá o brado da Independência.

c) Todo dia ela faz tudo sempre igual...

d) O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

e) Uma manhã destas, Jacinto, apareço no 202 para almoçar contigo.

2. Justifique o emprego do presente do indicativo nas demais alternativas do exercício anterior.

3. Complete os espaços pontilhados, utilizando os verbos dos parênteses no presente do indicativo ou no presente do subjuntivo.

a) Hoje, nós, artistas, ............................................ aqui a fim de parabenizá-los por esse grandioso evento. (vir)

b) Talvez nós .................................................................de ajuda, quem sabe vocês........................................colaborar. (precisar, querer)

c) Os palhaços .......................................................as crianças internadas que ............................. de cidades distantes. (entreter, provir)

d) Os hospitais não ...................................................de recursos, por isso não se .......................................... a fazer cirurgias de emergências. (dispor, predispor)

e) Os antigos moradores ........................................... saudosos os rios que .................................. das montanhas. (rever, vir)

4. "É necessário que as mães ........................ histórias aos filhos, principalmente as que ............ um fundo de verdade, ou seja, a mesma verdade que a vida ......................"

As lacunas do texto acima se preenchem corretamente, na ordem dada, da seguinte maneira:

a) côntem - contém - contém b) contêm - contém - contêm

c) contem - contêm - contém d) cóntem - contem - contém

e) contem - contém - contém

5. (FUVEST) - Os verbos estão corretamente empregados apenas na frase:

a) No cerne de nossas heranças culturais se encontram os idiomas que as transmitem de geração em geração e que assegurem a pluralidade das civilizações.

b) Se há episódios traumáticos em nosso passado, não poderemos avançar a não ser que os encaramos.

c) Estresse e ambiente hostil são apenas alguns dos fatores que possam desencadear uma explosão de fúria.

d) A exigência interdisciplinar impõe a cada especialista que transcenda sua própria especialidade e que tome consciência de seus próprios limites.

e) O que hoje possa vir a tornar-se uma técnica para prorrogar a vida, sem dúvida amanhã possa vir a tornar-se uma ameaça.

6. (FUVEST ) - "Ficam desde já excluídos... os sonhadores, os que amem o mistério, e procurem justamente esta ocasião de comprar um bilhete na loteria da vida."

Se a primeira frase fosse volitiva, e o segundo e terceiro verbos destacados denotassem ação no plano da realidade, teríamos, respectivamente, as seguintes formas verbais:

a) fiquem, amassem, procurassem.

b) ficam, tenham amado, tenham procurado.

c) ficariam, amariam, procuraram.

d) fiquem, amam, procuram.

e) ficariam, tivessem amado, tivessem procurado.

7. Assinale a opção que explica corretamente o emprego do presente do indicativo na frase: "Não convém a gente levantar escândalo de começo, só aos poucos é que o escuro é claro."

a) Enuncia um fato atual, isto é, que ocorre no momento em que se fala.

b) Expressa uma ação habitual, ainda que não esteja ocorrendo no momento da fala.

c) Dá vivacidade a fatos ocorridos no passado, por isso é chamado presente histórico,

d) Indica ações e estados permanentes ou assim aceitos, como verdade universal.

8. Leia estes versos de Carlos Drummond de Andrade.

Os amantes se amam cruelmente

e com se amarem tanto não se veem.

Um se beija no outro, refletido,

Dois amantes que são? Dois inimigos.

a) Reescreva os dois versos iniciais, passando-os para a primeira pessoa do plural.

b) Reescreva os dois últimos versos, substituindo Um por Eu.

AULA 3 - VERBO II - IMPERATIVO

1. Complete o esquema de formação dos imperativos afirmativo e negativo do verbo "estudar".

POR FAVOR, DEIXAR EM BRANCO UM ESPAÇO DE UMAS 10 LINHAS!

2. Complete os espaços com o verbo no imperativo afirmativo ou negativo.

a) ............................... -me os livros que te emprestei. (devolver)

b) ................................ daí! .............................. mais perto de mim. ............................... -te sem me. (sair, chegar, aproximar)

c) ................................ sua capacidade, mas não ............................... com reconhecimento. (exercitar, contar)

d) ............................... de vossos interesses, não os ................................. a terceiros. (cuidar, relegar)

3. Leia o trecho do poema "Aniversário", do heterônimo Álvaro de Campos.

Para, meu coração"!

Não penses! Deixa o pensar na cabeça!

Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!

Hoje já não faço anos.

Duro.

Somam-se-me os dias.

Serei velho quando o for.

Mais nada.

Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

Se as formas verbais "para", "penses" e "deixa" fossem transpostas para a 2.ª pessoa do plural (vós), teríamos:

a) Pare, não pense, deixe.

b) Parei,não penseis, deixais.

c) Parai, não penseis, deixai.

d) Pares, não penses, deixes.

e)Parais, não pensei, deixais.

4. (FUVEST) - Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:

a) Confira as receitas incríveis preparadas para você. Clica aqui.

b) Mostra que você tem bom coração. Contribua para a campanha do agasalho.

c) Cura-te a ti mesmo e seja feliz.

d) Não subestime o comprador. Venda produtos de boa procedência.

e) Em caso de acidente, não siga viagem. Pede o apoio de um policial.

5. Assinale a alternativa em que a uniformidade de tratamento está mantida.

a) Seja feliz. Relaxa. Toma um Fruthos.

b) Seja feliz. Relaxe. Tome um Fruthos.

c) Prova também os sabores laranja e pêssego. Conheça a nossa linha light.

d) Sê feliz. Prove também os sabores laranja e pêssego.

e) Relaxe. Tome um Fruthos. Conhece nossa linha light.

6. Conta Rubem Braga o conselho que um amigo lhe deu certa vez: "Olhe, Rubem, faça como eu, não tope parada com a gramática."

Tratando Rubem por tu e respeitando o padrão culto, o amigo deveria dizer:

a) Olhai, Rubem, faz como eu, não enfrente a gramática.

b) Olhai, Rubem, faze como eu, não te vás atemorizar com a gramática.

c) Olha, Rubem, faças como eu, cuide de seguir a gramática.

d) Olhe, Rubem, faças como eu, evita fugir à gramática.

e) Olha, Rubem, faz como eu, não desafies a gramática.

7. Leia o texto.

AMORIM, PEDE PARA SAIR

O fracasso das negociações comerciais de Doha ecoa a falência verbal que levou o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, a entrar nas reuniões com o pé esquerdo e a sair delas com a autoridade destroçada por duas declarações de natureza intrinsecamente perversa.

a) Explique o título do texto, associando-o às informações apresentadas.

b) Se fosse retirada a vírgula do título do texto, haveria alteração de sentido? Justifique a sua resposta.

Texto para a questão 8

Mostre que sua memória é melhor do que a de computador e guarde esta condição: 12 X sem juros.

(ENEM) - Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como práticas de linguagem, assumindo configurações específicas, formais e de conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publicitário, seu objetivo básico é

a) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos que visam à adesão ao consumo.

b) definir regras de comportamento social pautadas no combate ao consumismo exagerado.

c) defender a importância do conhecimento de informática pela população de baixo poder aquisitivo.

d) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes sociais economicamente desfavorecidas.

e) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a máquina, mesmo a mais moderna.

Texto para as questões 9 e 10

INFLUENZA A (GRIPE SUÍNA)

Se você esteve ou manteve contatos com pessoas da área de risco e apresenta os seguintes sintomas:

* Febre alta repentina e superior a 38 graus.

* Tosse.

*Dor de cabeça.

*Dores musculares e nas articulações.

Entre em contato imediatamente com o Disque epidemiologia: 0800-283-2255.

Evite a contaminação:

* Quando tossir ou espirrar, cubra sua boca e nariz com lenço descartável. Caso não o tenha, utilize o antebraço.

Se utilizar as mãos, lave-as rapidamente com água e sabão.

* O uso de máscaras é indicado para prevenir contaminações.

(BRASIL. Ministério da Saúde)

9. (ENEM) - O texto tem o objetivo de solucionar um problema social,

a) descrevendo a situação do país em relação à gripe suína.

b) alertando a população para o risco de morte pala Influenza A.

c) informando a população sobre a iminência de uma pandemia de Influenza A.

d) orientando a população sobre os sintomas da gripe suína e procedimentos para evitar a contaminação.

e) convocando toda a população para se submeter a exames de detecção da gripe suína.

10. (ENEM) - Os principais recursos utilizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha institucional incluem

a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de títulos expressivos.

b) o uso de orações subordinadas condicionais temporais.

c) o emprego de pronomes como "você" e "sua" e o uso do imperativo.

d) a construção de figuras metafóricas e o uso da repetição.

e) o fornecimento de número de telefone gratuito para contato.

AULA 4 - VERBO III - PRETÉRITO E FUTURO

1. Reescreva as frases abaixo, corrigindo-as quando for necessário.

a) Se você não se opor, faremos uma nova tentativa.

b) Quando virmos o fruto do seu trabalho, certamente o elogiaremos.

c) Caso alguém intervisse no resultado do exame, ele seria anulado.

d) Se a babá entretesse as crianças como deveria, os pais teriam um pouco de sossego.

e) A mulher deixará de reclamar quando o marido fizer as compras e prover a geladeira.

f) Nosso chefe não descobriu de onde provia o desfalque.

2. (FAMECA) - Assinale a alternativa cujos verbos completam a frase.

.............................. haver novos perfis para os médicos. No entanto aqueles que não se

............................. atualizados, perderão seu espaço no mercado de trabalho; mesmo que nesse campo de atuação ............................... faltando alguns especialistas como pediatras e oncologistas.

a) Deverá - manterem - estejam

b) Deverão - mantiverem - estejem

c) Deverá - mantiverem - estejam

d) Deverão - manterem - estejam

e) Devem - manterem - estejem

3. (FUVEST) - Dos verbos assinalados, só está corretamente empregado o que aparece na frase:

a) A atual administração quer crescer a arrecadação do IPTU em 40%.

b) A economia latino-americana se modernizou sem que a estrutura de renda da região acompanhou as transformações.

c) Se fazer previsões sobre a situação econômica já era difícil antes das eleições, agora ficou ainda mais complicado.

d) A indústria ficará satisfeita só quando vender metade do estoque e transpor o obstáculo dos juros.

e) Por mais que os leitores se apropriam de um livro, no final, livro e leitor tornam-se uma só coisa.

4. (FUVEST) - Estas duas estrofes encontram-se em O samba da minha terra, de Dorival Caymmi:

Quem não gosta de samba

bom sujeito não é,

é ruim da cabeça

ou doente do pé.

Eu nasci com o samba,

no samba me criei,

do danado do samba

nunca me separei.

a) Reescreva a primeira estrofe, iniciando-a com a frase afirmativa Quem gosta de samba e fazendo as adaptações necessárias para que se mantenha a coerência do pensamento de Caymmi. Não utilize formas negativas.

b) Reescreva os dois primeiros versos da segunda estrofe, substituindo as formas nasci e me criei, respectivamente, pelas formas verbais correspondentes de provir e conviver e fazendo as alterações necessárias.

5. (FGV) - Assinale a alternativa em que todos os verbos estejam empregados de acordo com a norma culta.

a) Você quer,depois de tudo o que me fez, que eu vou ao jantar com sua amiga?

b) Não faz isso, que os meninos estão para chegar e eu ainda não preparei o almoço.

c) Tende dó,meus filhos! Todos nós, pecadores, estamos sujeitos a essas tentações. Tende dó!

d) Quem haveria de dizer que ele pode vim fazer esse conserto sem nenhuma dificuldade?

e) Sai, que esse dinheiro é meu. Não me venha dizer que o viu primeiro.

6. --- Você estudou para a prova?

--- Não!

--- Pensei que você tinha estudado.

A linguagem do diálogo revela

a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.

b) uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.

c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal na terceira fala.

d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência.

e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.

7. (CÁSPER LÍBERO)

I. Considerou perca de tempo ficar na fila do passaporte.

II. Depois das seis horas, o ônibus nunca para no ponto.

III. Se eu reavesse o dinheiro, melhorariam os negócios.

IV. Ele achou melhor por o carro na garagem antes que chovesse.

V. É provável que o projeto seje aprovado esta semana.

Sobre o correto emprego verbal nas frases acima, pode-se dizer que

a) estão corretas I, II e III.

b) estão corretas IV e V.

c) somente a II está correta.

d) todas estão corretas.

e) todas estão erradas.

Texto para as questões 8 e 9

Tu amarás outras mulheres

E tu me esquecerás!

É tão cruel, mas é a vida! E no entretanto

Alguma coisa em ti pertence-me!

Em mim alguma coisa és tu.

O lado espiritual do nosso amor

Nos marcou para sempre.

Oh, vem em pensamento em meus braços!

Que eu te afeiçoe e acaricie... (Manuel Bandeira. "A vigília de Hero")

8. Manuel Bandeira usa, no poema, os pronomes pessoais com muitas variações. O pronome pessoal de primeira pessoa do singular, por exemplo, está empregado na sua forma reta e nas formas oblíquas (eu, me, mim). O mesmo acontece com o pronome pessoal de

a) segunda pessoa do singular.

b) terceira pessoa do singular.

c) primeira pessoa do plural.

d) segunda pessoa do plural.

e) terceira pessoa do plural.

9. Se usasse a forma de tratamento você para designar a segunda pessoa, Manuel Bandeira deveria mudar a flexão de alguns verbos. Esses verbos seriam os seguintes:

a) amar, ser (3. verso), marcar, afeiçoar.

b) amar, esquecer, ser (5. verso), vir.

c) ser (3. verso), pertencer,marcar, acariciar.

d) ser (3. verso), pertencer, afeiçoar, acariciar.

e) amar, pertencer, vir, afeiçoar, acariciar.

AULA 5 - VERBO IV - CORRELAÇÃO VERBAL

1. Complete as lacunas com os verbos indicados, mantendo a correlação verbal.

a) Por mais que se ............................... justificar a falta de energia, ninguém acreditava nas explicações do governo. (tentar)

b) Esperamos que o futuro chegue, conquanto me ............................... muito demorado. (parecer)

c) Muito tempo passará sem que o governo .............................. nossa crise econômica. (resolver)

d) A política econômica do governo não sofreria alterações mesmo que ............................. manifestações públicas. (haver)

e) O país ficará melhor quando todos os brasileiros se ............................. a agir honestamente. (propor)

f) Eu aceitaria a proposta, contanto que eles não ....................................... no meu trabalho. (intervir)

g) Não dê conselhos salvo se ............................... lhe pedidos. (ser)

h) Se ..................................... a ocorrer uma separação, o casal não poderá rever o regime adotado. (vir)

i) Caso ela .................................. ao cinema amanhã, deverá avisar-me antecipadamente. (vir)

Texto para as questões 2 e 3

Os bondes elétricos começaram a chegar em 1892, também pelo Rio de Janeiro, e mudaram radicalmente o cotidiano urbano. Poucas foram as capitais que não tiveram suas linhas. Eram o passaporte para o mundo, mesmo que este se restringisse aos limites do município. Foram vistos com medo e admiração. Em "O bonde e a cidade", o paulistano Oswald de Andrade narra: "Eu tinha notícia pelo pretinho Lázaro, filho da cozinheira de minha tia, vinda do Rio, que era muito perigoso esse negócio de eletricidade. Quem pusesse os pés nos trilhos ficava ali grudado e seria esmagado facilmente pelo bonde. Precisava pular".

Machado de Assis também não deixou passar em branco. Em 16 de outubro daquele ano, registrou nas páginas de "A semana": "O que me impressionou, antes da eletricidade, foi o gesto do cocheiro. Os olhos do homem passavam por cima da gente que ia no meu bonde, com um grande ar de superioridade. Sentia-se nele a convicção de que inventara, não só o bonde elétrico, mas a própria eletricidade".

O tal do bonde era meio de transporte democrático. Em uma época em que poucos tinham carro, e outros preferiam deslizar sobre trilhos a sacolejar em ruas esburacadas, diversas classes sociais o compartilhavam. No Rio de Janeiro, no início do século passado, propalava-se que a cidade não tinha uma rua sequer sem trilhos. O lema era: "Onde chega o bonde, chega o progresso".

Mas havia também os efeitos colaterais: as mulheres puderam, enfim, conhecer outras paragens --- ainda que acompanhadas. Reações conservadoras não poderiam deixar de vir. A opinião é do jornalista França Júnior, no fim do século 19: "Se o impulso dado pelo bonde à nossa sociedade for em escala ascendente, havemos de ver em breve as nossas patrícias discutirem política, irem à praça do comércio, ler os jornais do dia, ocuparem-se de tudo enfim, menos do arranjo da casa." (Mariana Albanes: Para não perder o bonde da história)

2. A correlação de tempo e modo dos verbos é compatível com a variante coloquial oral na alternativa:

a) Os bondes elétricos começaram a chegar em 1892, também pelo Rio de Janeiro, e mudaram radicalmente o cotidiano urbano.

b) Poucas foram as capitais que não tiveram sua linha. Eram o passaporte para o mundo, mesmo que este se restringisse aos limites do município.

c) Eu tinha notícia pelo pretinho Lázaro, filho da cozinheira de minha tia, vinda do Rio, que era muito perigoso esse negócio de eletricidade.

d) Quem pusesse os pés nos trilhos ficava ali grudado e seria esmagado facilmente pelo bonde. Precisava pular.

e) Sentia-se nele a convicção de que inventara, não só o bonde elétrico, mas a própria eletricidade.

3. Considere as seguintes afirmações sobre esse texto:

I. Ao se referir a "efeitos colaterais", a autora do texto está expressando, ironicamente, a voz de outrem, para traduzir o pensamento conservador acerca das conquistas femininas à época.

II. No texto do jornalista França Júnior há, implícita, a ideia de que o papel das mulheres na sociedade devia limitar-se a cuidar de afazeres domésticos.

III. Ainda na fala de França Júnior, fica implícita a ideia de que não era usual as mulheres de sua época se dedicarem à leitura de jornais.

IV. Na passagem ... as mulheres puderam, enfim , conhecer outras paragens --- ainda que acompanhadas --- a expressão destacada introduz no contexto a ideia de concessão.

Deve-e concluir que estão corretas as afirmações

a) I e III, apenas.

b) I, II e IV, apenas.

c) I, III e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV

Texto para as questões de números 4 a 8

O HACKER E A LITERATURA

Para conceder a liberdade provisória a três jovens detidos sob a acusação de praticar crimes pela internet, um juiz federal do Rio grande do Norte determinou uma condição inédita: que leiam e resumam, a cada três meses, dois clássicos da literatura. As primeiras obras escolhidas foram "A hora e a vez de Augusto Matraga", conto de Guimarães Rosa, e "Vidas Secas", romance de Graciliano Ramos. (Folha de s. Paulo, Cotidiano)

Quando o juiz pronunciou a sentença, a primeira reação dele foi de revolta. Preferível a cadeia, disse para os pais e para o advogado. De nada adiantaram os argumentos deles, segundo os quais a decisão do magistrado tinha sido a melhor possível e, mais, um grande avanço na tradição judiciária.

Foi uma revelação, uma experiência pela qual nunca tinha passado antes. De repente, estava descobrindo um mundo novo, um mundo que sempre lhe fora desconhecido. "Vidas secas" simplesmente o fez chorar. Leu outros livros de Graciliano e Guimarães Rosa. Leu poemas de Bandeira e João Cabral. E de repente estava decidido: queria dedicar sua vida à literatura. Foi aprovado em Letras, fez o curso, tornou-se professor --- leciona na universidade.

Ah, sim, ele tem um sonho: gostaria de ser ficcionista. Tem na cabeça o projeto de um romance. É a história de um hacker que, entrando num site, descobre uma história tão emocionante que muda sua vida. Uma história como Graciliano Ramos escreveria, se, claro, ele fosse um ex-hacker. (Adaptado de Moacyr Scliar, Folha de S. Paulo)

4. (FUVEST) - Esses dois textos, uma vez inter-relacionados, estabelecem um diálogo entre

a) dois discursos ficcionais que tratam do mesmo fato.

b) dois fragmentos dissertativos que desenvolvem a mesma tese.

c) dois discursos ficcionais que tratam de fatos semelhantes.

d) um discurso informativo e um ficcional, que desenvolve o primeiro.

e) um discurso ficcional e um dissertativo, que desenvolve o primeiro.

5. (FUVEST) - No texto de Mocyr Scliar, as reações e iniciativas do hacker são expressas

a)numa contínua progressão temporal.

b) num tempo delimitado no passado.

c) em diferentes tempos do passado.

d) numa sucessão contínua do presente.

e) fragmentariamente, sem continuidade temporal.

6. Está inteiramente correta a redação da frase:

a) É mais preferível a cadeia do que enfrentar a literatura, pensou o hacker.

b) Preferia muito mais outra pena qualquer do que ficar lendo e resumindo.

c) Prefiro a cadeia ao em vez de ler e resumir essa tal de literatura.

d) O hacker teria preferido ir preso do que ler e resumir obras clássicas.

e) Ele achava preferível ficar preso a ter que ler e resumir aqueles livros.

7. (FUVEST) - Está adequada a correlação entre os tempos verbais da frase:

a) Será que o juiz, de fato, averiguará, se os três jovens lessem e resumissem clássicos da literatura

b) Espantou a todos a notícia de que o juiz determinara que os três jovens devam ter lido e resumido clássicos da literatura.

c) Ninguém imaginou que o juiz pudesse determinar que os três jovens haveriam de ler e resumir clássicos da literatura.

d) O juiz houve por bem determinar aos três jovens que se ocupariam da leitura e do resumo de clássicos da literatura.

e) O juiz preferiu que os jovens leiam e resumam clássicos da literatura, em vez de terem cumprido outro tipo de pena.

8. (FUVEST) - Em seu texto, Moacyr Scliar revela interesse em demonstrar que a

a) compreensão dos clássicos da literatura subordina-se à vocação para o curso de Letras.

b) dificuldade de compreensão dos clássicos da literatura é transposta quando se é obrigado a lê-los.

c) resistência à literatura deve-se ao fato de que a linguagem da informática é mais sedutora.

d) resistência à literatura pode ser atribuída à falta de uma aproximação real entre as obras e o leitor.

e) dificuldade de se encontrar prazer na literatura deve-se ao rigor formal de algumas obras clássicas.

AULA 6 – Correção, coesão e coerência (I)

Para responder às questões 1 e 2, leia atentamente o texto e a tira a seguir. A coerência, responsável pela continuidade dos sentidos no texto, não se apresenta,

pois, como mero traço dos textos, mas como o resultado de uma complexa rede de fatores de ordem linguística, cognitiva e interacional. Assim, diz Marcuschi, “a simples justaposição de eventos e situações em um texto pode ativar operações que recobrem ou criam relações de coerência”. (KOCH, Ingedore G. V. A coesão textual. São Paulo: Contexto, 2001. p. (19)

1. (ESPM) – De acordo com a tirinha e o texto transcrito, é possível afirmar que a) um exemplo de justaposição de eventos na tirinha é o uso das exclamações, fato já anunciado no subtítulo da mesma. b) um exemplo de coerência na tirinha se dá pelo uso do conectivo “que”, cuja função é retomar o evento anterior. c) na tirinha, a sequência de ilustrações não participa minimamente da construção de seu sentido. d) a coerência na tirinha se dá menos pela presença de elementos coesivos e mais pelos implícitos desvendados pelo leitor a partir da situação nela sugerida. e) no último quadrinho, a ausência do elemento coesivo “que” e a justaposições das ações prejudicam substancialmente a coerência da tirinha. 2. (ESPM) – Levando-se em consideração os aspectos textuais e visuais da tirinha, assinale a afirmação incorreta. a) Apesar de o texto não apresentar todos os elementos essenciais para o gênero narrativo (espaço, tempo e foco narrativo), pode-se afirmar, ainda assim, que existe uma ação em desenvolvimento. b) O tédio enunciado no primeiro quadrinho é rompido pelas ações sugeridas nos quadrinhos seguintes e retomado no quadrinho final por meio da generalização do sentimento de decepção da personagem em relação aos homens. c) Na passagem da segunda para a terceira linha, a revelação de uma terceira personagem provoca em Radical Chic uma irritação, posteriormente transformada em decepção e finalmente no tédio do início.

d) Apesar da quase ausência de adjetivos na tirinha, em detrimento da presença de substantivos, é possível ao leitor perceber atribuições de qualidades positivas e negativas às personagens, respectivamente masculina e feminina. e) A partir da sequência dos quadrinhos, o leitor pode inferir a presença de apenas mais uma personagem, evidenciada pelo substantivo masculino “homens” enunciado pela personagem Radical Chic. Texto para a questão 3

A natureza selvagem não deve apenas ser protegida por ser a melhor garantia de salvação para a humanidade, mas também porque é bela. Ainda o homem não existia e já um mundo semelhante ou diferente do nosso desabrochara em todo o seu esplendor. O homem apareceu como um verme numa fruta, como a traça numa bola de lã, roeu o seu habitat, secretando teorias para justificar a sua ação. (Jean Dorst, Antes que a natureza morra) 3. (VUNESP) – Um problema na ordem de colocação das palavras prejudica a coesão e a coerência de trecho desse texto; além disso, ocorre quebra de paralelismo no emprego de formas verbais. Assinale a alternativa com redação que elimina o problema apontado. a) A natureza selvagem não deveria ser protegida por ser apenas a melhor garantia de salvação para a humanidade, mas porque é bela também. b) Apenas a natureza selvagem não deva ser protegida por ser a melhor garantia de salvação para a humanidade, mas porque e também bela. c) A natureza selvagem não deve ser protegida apenas porque é a ‘melhor garantia de salvação para a humanidade, mas também porque é bela. d) Ainda o homem não existira e um mundo já semelhante ou diferente do nosso desabrochara em todo o seu esplendor. e) O homem ainda não existia e um mundo já semelhante ou diferente do nosso desabrochou todo em seu esplendor. Texto para as questões de 4 a 6.

Para a TV, o esporte é a arena por excelência onde se criam e destroem heróis. Nas Olimpíadas, um raro momento em que a hegemonia absoluta do futebol como preferência nacional dá lugar a outras modalidades, outros nomes, outras imagens, essa possibilidade se multiplica, e daí essa espécie de corrida em determinar aqueles que devem ou não merecer nossa devoção. É ambígua a relação dos brasileiros com seus heróis esportivos. Em primeiro lugar, temos a tendência de ser condescendentes no atacado e rigorosos no varejo. Perdoamos com mais facilidade a um time que vai mal do que ao esportista individual ou à estrela do time que falha. Em segundo lugar, mesmo que os feitos atestem a potencialidade desse ou daquele atleta tornar-se um herói, temos um eterno pé atrás. Por alguma razão, por alguma espécie de premonição do desastre, desconfiamos de sua capacidade até o final, apostamos que eles não irão satisfazer plenamente nossa sede de triunfo. Talvez pela história errática de efeitos

esportivos, talvez por uma espécie de incapacidade de acreditarmos sem ressalvas no outro, o fato é que os nossos heróis do esporte nos parecem na iminência de um fracasso. Mas esporte na TV é, como se diz, emoção em estado obrigatório e essa desconfiança não combina com a espécie de histeria que toma a cobertura esportiva. A solução é bombardear o espectador com a certeza de que as previsões têm que dar certo. (Bia Abramo, Folha de S. Paulo).

4. (FUVEST) – Segundo o texto, a relação ambígua dos brasileiros com seus heróis esportivos tem como motivo, entre outros, a a) hegemonia do futebol sobre outras modalidades esportivas. b) tendência de serem mais rigorosos com o grupo do que com o indivíduo. c) desconfiança em relação ao sucesso do atleta individual. d) histeria que caracteriza a cobertura esportiva feita pela TV. e) certeza de que as previsões tem que dar certo. 5. (FUVEST) – O que está sublinhado no trecho “essa possibilidade se multiplica” retoma uma ideia do texto que esta corretamente expressa em: a) o esporte na TV. b) a criação e a destruição de heróis. c) um raro momento das Olimpíadas. d) a preferência pelo futebol. e) a existência de outras modalidades. 6. (FUVEST) – Uma expressão que provém de uma variedade linguística diversa daquela que predomina no texto ocorre em: a) “um raro momento”. b) “preferência nacional”. c) “um eterno pé atrás”. d) “premonição do desastre”. e) “iminência de um fracasso." Texto para a questão 7 Manuel Bandeira Filho de engenheiro, Manuel Bandeira foi obrigado a abandonar os estudos de arquitetura por causa da tuberculose. Mas a iminência da morte não marcou de forma lúgubre sua obra, embora em seu humor lírico haja sempre um toque de funda melancolia, e na sua poesia haja sempre um certo toque de morbidez, até no erotismo. Tradutor de autores como Marcel Proust e William Shakespeare, esse nosso Manuel traduziu mesmo foi a nostalgia do paraíso cotidiano mal idealizado por nós, brasileiros, órfãos de um país imaginário, nossa Cocanha perdida, Pasárgada. Descrever seu retrato em palavras é uma tarefa impossível, depois que ele mesmo já o fez tão bem em versos. (Revista Língua Portuguesa, n.° 40, fev. 2009.) 7. (ENEM) – A coesão do texto e construída principalmente a partir do (a)

a) repetição de palavras e expressões que entrelaçam as informações apresentadas no texto. b) substituição de palavras por sinônimos como "lúgubre" e "morbidez", "melancolia" e "nostalgia". c) emprego de pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos: "sua", "seu", "esse", "nosso", "ele". d) emprego de diversas conjunções subordinativas que articulam as orações e períodos que compõem o texto. e) emprego de expressões que indicam sequência, progressividade, como "iminência", "sempre", "depois". INSTRUÇÃO: Leia o texto seguinte e responda às questões de números 8 e 9

Há 2400 anos morria Sócrates. Filho de um escultor e de uma parteira, ele foi muito mais do que um filósofo, na época em que a Grécia era o centro do universo. Nas ruas de Atenas, dedicava-se a ensinar a virtude e a sabedoria. Revolucionário, rejeitava o modelo vigente, segundo o qual o conhecimento devia ser transmitido “de cima para baixo”. Seu método era dialogar com pequenos grupos em praças e mercados. Usava a consciência da própria ignorância (“Só sei que nada sei”) para mostrar que todos nós construímos conceitos. Acreditava que é preciso levar em conta o que a criança já sabe para ajudá-la a crescer intelectualmente. Na época, essas práticas representavam uma ameaça, porque tiravam o mestre do pedestal para aproximá-lo dos discípulos – exatamente o contrário do que faziam os sofistas, estudiosos e viajantes profissionais que cobravam caro por uma educação obviamente elitizada. Por isso, Sócrates foi levado a julgamento e punido com a condenação à morte bebendo cicuta, veneno extraído dessa planta. Vários séculos se passaram até que suas ideias fossem colocadas em seu devido lugar, o de primeiro professor da civilização ocidental. Professor, palavra de origem latina, é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina. É o mestre. Como tal, deve dar o exemplo, ser respeitado e imitado. Infelizmente, essa imagem nem sempre correspondeu à realidade. E, mais triste ainda, não acompanha o professorado nacional – tanto na sociedade quanto entre os próprios colegas. (...) No mundo todo, vem crescendo a consciência de que a educação é o único jeito de garantir o crescimento econômico das nações e propiciar a construção de uma sociedade mais justa. Em discursos, entrevistas e artigos, o tom é sempre o mesmo: não há outra saída. Por que, então, o docente não é valorizado como deveria? (Paola Gentile, Nova Escola, edição n.o 146, outubro de 2001).

8. (UNESP) – Certas expressões servem para retomar o que já foi mencionado, em um texto. Assim, na frase “Por isso, Sócrates foi levado a julgamento e punido...”, nomeie a classe gramatical da palavra em destaque e resuma as informações do texto a que ela se refere. 9. (UNESP) – E comum encontrar, em um texto, marcas linguísticas que evidenciam a opinião de seu enunciador, mesmo que se trate de um texto, como o de Nova Escola, pretensamente

mais “neutro”. Retire do fragmento duas expressões que sirvam para demonstrar que o enunciador inclui seu ponto de vista na abordagem dos fatos.

AULA 7 – CORREÇÃO, COESÃO E COERÊNCIA (II)

1. Em cada um dos períodos abaixo, ha um espaço a ser preenchido. Conforme o sentido da frase, preencha o espaço exclusivamente com um dos seguintes pronomes:

• que • quem • cujo ou cuja • onde Quando for o caso, utilize antes do pronome a preposição adequada. a) Chegou cedo. Aproximou-se da escrivaninha _____________ havia feito alusão durante o encontro com Bentinho. b) Laurita participa da reunião. Seu interlocutor é pessoa ____________________ ela desconfia, por isso não se põe a gosto. c) O jovem doutor depositou calmamente o instrumento _______________________ trabalhara durante a breve cirurgia. d) Apresse-se! Deixe a roupa ai mesmo, na mesa ________________se encontrava antes. e) Manuela, _____________ mãe o enteado sempre se referia com doces palavras, entrou a discorrer sobre outros assuntos. 2. Considerando a regência do verbo destacado, complete o espaço de cada frase com o pronome relativo adequado. Se o verbo exigir preposição, coloque-a antes do relativo. Modelo: Eu trouxe o material de que você precisa.

do qual você precisa. (o verbo precisar exige preposição de)

a) A cidade ________________________ moramos e muito calma. b) A cidade __________________________ saímos é muito calma. c) A cidade _____________________ nos dirigimos é muito calma. d) A cidade ___________________ estamos falando é muito calma. e) A cidade_________________________ partimos é muito calma. f) O cheque _____________________ o gerente visou foi roubado. g) Ele desconhece as leis __________________ devemos obedecer. h) Ele criticou muito o filme___________________ assistiu ontem.

Texto para as questões 3 e 4. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para conhecer o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.

(Amyr Klink, Mar sem fim)

3. (FUVEST) – A repetição de “precisa viajar” acentua, no contexto, o valor daquelas experiências que a) se traduzem na exploração de nossa plena capacidade imaginativa. b) concretizam o aprendizado das diferenças que formam a identidade pessoal. c) ratificam a convicção de quem julga conhecer o que apenas imaginou. d) acabam comprovando a importância de se viver tudo o que se planejou. e) reforçam a simplicidade do prazer de um cotidiano sem surpresas.

4. (FUVEST) – Na frase “...que nos faz professores e doutores do que não vimos...”, o pronome destacado retoma a expressão antecedente a) “para lugares”. b) “o mundo”. c) “um homem”. d) “essa arrogância”. e) “como o imaginamos”. Texto para responder as questões de 5 a 7. Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. (...) O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha de se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruibarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. (...) Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. (...) Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designaram para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser. "– Esse for aí, que verbo é esse?" Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente. "– Verbo for". "– Verbo o quê?" "Verbo for". "– Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo". "Eu fonho, tu fões, ele fõe" – recitou ele, impávido. – "Nós fomos, vós fondes, eles fõem". (...) Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar.

(RIBEIRO, João Ubaldo, "O Verbo 'For'".O Estado de São Paulo, 13/9/1998)

5. (FATEC) – Assinale a alternativa correta: a) Ha um erro intencional de gramática na seguinte frase "Havia provas escritas e orais", pois, quando significa "existir", o verbo "haver" deve concordar com seu sujeito, cujo núcleo é, no presente caso, "provas". b) Na frase "tinha só quatro matérias", a palavra grifada tem o mesmo significado que em "Eu tinha fama de professor carrasco" . c) O autor invoca o "sentido antigo" do adjetivo "chocante" (aquele ou aquilo que choca, ofende), porque este se opõe a um sentido moderno (muitíssimo bom), presente na linguagem coloquial dos jovens. d) A frase "a gente tinha de se virar por fora" faz recurso ao registro coloquial da linguagem e, se fosse transposta para a norma culta do idioma, seria "a gente virar-se-ia por fora". e) Na frase "sendo que esta não constava dos currículos", o pronome grifado tem como antecedente o substantivo "matéria", com o qual concorda em gênero e número. 6. (FATEC) – Assinale a alternativa que integra corretamente as frases I, II e III num único período: I. Havia provas escritas e orais. II. A prova escrita já dava nervosismo. III.Da prova oral muitos nunca se recuperaram. a) Havia provas escritas, às quais já davam nervosismo, e orais, nas quais muitos nunca se recuperaram. b) Havia provas escritas, a que já davam nervosismo, e orais, de que muitos nunca se recuperaram. c) Havia provas escritas, as quais já davam nervosismo, e orais, as quais muitos nunca se recuperaram. d) Havia provas escritas, que já davam nervosismo, e orais, das quais muitos nunca se recuperaram. e) Havia provas escritas, em que já davam nervosismo, e orais, que muitos nunca se recuperaram. 7. (FATEC) – Considere as seguintes ocorrências de "for": I. Quando eu for presidente, mandarei prender os que forem inimigos do país. II. Aquele que for culpado confessará tudo quando for à prisão. III.Os que forem espertos saberão quando for a hora de partir. IV. As vacas que forem para o brejo serão contadas quando eu for a Brasília. Dessas ocorrências, "for" equivale, respectivamente, ao verbo "ser" e ao verbo "ir"

a) somente na frase I. b) somente na frase II. c) somente na frase III. d) somente na frase IV. e) em todas as quatro frases.

AULA 8 – CORRREÇÃO, COESÃO E COERÊNCIA (III)

Texto para as questões de 1 a 7. A verdade é que, como Marx o vê, tudo o que a sociedade burguesa constrói é construído para ser posto abaixo. “Tudo o que é sólido” – das roupas sobre os nossos corpos aos teares e fábricas que as tecem, aos homens e mulheres que operam as máquinas, às casas e aos bairros onde vivem os trabalhadores, às firmas e corporações que os exploram, às vilas e cidades, regiões inteiras e até mesmo as nações que as envolvem – tudo isso é feito para ser desfeito amanhã, despedaçado ou esfarrapado, pulverizado ou dissolvido, a fim de que possa ser reciclado ou substituído na semana seguinte e todo o processo possa seguir adiante, sempre adiante, talvez para sempre, sob formas cada vez mais lucrativas. O pathos (1) de todos os monumentos burgueses é que sua força e solidez material na verdade não contam para nada e carecem de qualquer peso em si; é que eles se desmantelam como frágeis caniços (2), sacrificados pelas próprias forças do capitalismo que celebram. Mesmo as mais belas e impressionantes construções burguesas e suas obras públicas são descartáveis, capitalizadas para a rápida depreciação e planejadas para se tornarem obsoletas; assim, estão mais próximas, em sua função social, de tendas e acampamentos que das “pirâmides egípcias, dos aquedutos romanos, das catedrais góticas”.

(Marshall Berman, Tudo que é sólido desmancha no ar) 1 – Pathos: o que e muito triste por seu caráter transitório. 2 – Caniço: cana fina.

l. (FUVEST) – Leia as seguintes afirmações: I. O ponto de vista do autor do texto está em contradição com a concepção de Marx sobre a dinâmica do capitalismo. II. A transitoriedade define o modo de ser da sociedade burguesa, que destrói continuamente o que ela mesma construiu à custa de imensos capitais. III.O lucro é a finalidade última da autodestruição contínua promovida pelo capitalismo. Em relação ao excerto, está correto apenas o que se afirma em a)I b)II c)III d)IeII e) II e III

2. (FUVEST) – Diante da lógica da sociedade burguesa, o autor assume uma posição a) isenta, própria de quem busca descrever com objetividade a realidade em questão. b) entusiasta, de quem se deixa empolgar pela realidade que deveria, em princípio, criticar.

c) conformista, de quem reconhece tratar-se de uma realidade irreversível. d) irônica, que tende mais a encobrir do que a ressaltar os aspectos graves da realidade descrita. e) crítica, que se evidencia na ênfase dada à exploração e à ação destruidora do capitalismo. 3. (FUVEST) – ”...tudo isso é feito para ser desfeito amanhã, despedaçado ou esfarrapado, pulverizado ou dissolvido...”. Sobre as palavras grifadas neste trecho, é correto afirmar: a) a enumeração de termos similares enfatiza a lógica autodevastadora do capitalismo, exemplificando algumas de suas formas de destruição. b) a repetição de termos que se referem à desagregação é uma redundância dispensável. c) a sequência de termos associados à dissolução da matéria evidencia a condição final de tudo o que está submetido à ação do tempo. d) o elenco de termos equivalentes evidencia as formas de atuação destrutiva da natureza. e) a ordenação de termos relacionados à ideia de destruição obedece a uma lógica decrescente de dissolução. 4. (FUVEST) – A oposição entre “tendas e acampamentos” e “pirâmides egípcias", "aquedutos romanos", "catedrais góticas” é estabelecida para evidenciar que a) as construções modernas se aproximam mais da funcionalidade dos primeiros do que da monumentalidade dos segundos. b) as construções burguesas se aproximam mais da precariedade dos primeiros do que da permanência dos segundos. c) a arquitetura moderna se aproxima mais da simplicidade dos primeiros do que da ostentação dos segundos. d) as construções burguesas se aproximam mais dos fins sociais dos primeiros do que da função decorativa dos segundos. e) a arquitetura contemporânea se aproxima mais da leveza dos primeiros do que da solidez dos segundos. 5. (FUVEST) – A omissão do artigo definido em “de tendas e acampamentos” e seu emprego em “das pirâmides egípcias, dos aquedutos romanos, das catedrais góticas” tem por finalidade expressar,respectivamente, a) desvalorização e valorização. b) unidade e quantidade. c) espacialidade e temporalidade. d) denotação e conotação. e) generalização e particularização. 6. (FUVEST) – Os pronomes pessoais que ocorrem nos trechos “que as tecem”, “que os exploram” e “que as envolvem” substituem, respectivamente, as seguintes palavras do texto: a) fabricas; bairros; nações. b) roupas; bairros; regiões. c) teares; trabalhadores; nações. d) roupas; trabalhadores; vilas e cidades.

e) fabricas; corporações; vilas e cidades. 7. (FUVEST) – A elipse do sujeito presente em “que celebram” tem como referente: a) “O pathos de todos os monumentos”. b) “todos os monumentos burgueses”. c) “sua força e solidez material”. d) “frágeis caniços”. e) “próprias forcas do capitalismo”. 8. (UFPR) – Os cursos universitários tem 57% de estudantes mulheres e 43% de homens. Elas também ficam mais tempo na escola, nove anos em média, ante oito anos dos rapazes. ___________, são os homens que dominam os cargos de chefia nas empresas. “As companhias ainda fazem restrição a contratar mulheres”, disse Cimar Azeredo, do IBGE, citado por O Globo. (Revista da Semana, n. 38, 2/10/2008) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do trecho acima. a) Acerca disso b) Em vista disso c) Por conta disso d) Em virtude disso e) Apesar disso As questões de números 9 e 10 referem-se ao poema abaixo. CIDADE GRANDE Que beleza, Montes Claros. Como cresceu Montes Claros. Quanta indústria em Montes Claros. Montes Claros cresceu tanto, ficou urbe tão notória, prima-rica do Rio de Janeiro, que já tem cinco favelas por enquanto, e mais promete. (Carlos Drummond de Andrade) 9. (ENEM) – Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem. b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica. d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.

e) prosopopéia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida. 10.(ENEM) – No trecho “Montes Claros cresceu tanto, / (...),/ que já tem cinco favelas”, a palavra que contribui para estabelecer uma relação de consequência. Dos seguintes versos, todos de Carlos Drummond de Andrade, apresentam esse mesmo tipo de relação: a) “Meu Deus, por que me abandonaste / se sabias que eu não era Deus / se sabias que eu era fraco.” b) “No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu / a ninar nos longes da senzala – e nunca se esqueceu / chamava para o café.” c) “Teus ombros suportam o mundo / e ele não pesa mais que a mão de uma criança.” d) “A ausência é um estar em mim. / E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, / que rio e danço e invento exclamações alegres.” e) “Penetra surdamente no reino das palavras. / Lá estão os poemas que esperam ser escritos.”

AULA 9 – ORTOGRAFIA (I) (EMPREGO DO PORQUÊ, MAL E OUTROS)

1. Complete com por que (interrogativa direta ou indireta, equivale a pelo qual, indica razão, motivo) ou por quê (final de frase). a) — ______________________ devemos falar a verdade? b) Não é fácil saber _____________________ ele persiste em mentir. c) A estrada ______________________ deveríamos passar está interditada. d) Os motivos ____________________ não veio são desconhecidos. e) Não interessa ______________________ você se comportou daquela maneira. f) — Você ainda tem coragem de perguntar __________________ ?

2. Complete com porque (explicação ou causa, equivalendo a pois, já que, como) ou porquê (substantivo). a) Faça silêncio, _________________ você está em um hospital. b) A situação agravou-se _________________ ninguém reclamou. c) Resta ainda descobrir o _________________ dessas declarações. d) Todos desconhecem o ________________ de sua revolta.

3. (IBMEC) – Preencha a lacuna com porque, porquê, por que, por quê: “Nunca nos perguntaram _________________ cometemos tamanho equívoco. Talvez _________________ não quisessem ouvir a verdade. Os ____________ doem às vezes.” a) por que, porque, porquês. b) porque, porque, porquês. c) por que, por que, por quês. d) porquê, por que, porquês. e) porque, porque, por quês.

4. (IBMEC) – Na seguinte frase ...porque ao chegar a esse outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo,..., o conectivo porque está usado corretamente. Em qual das alternativas abaixo esse conectivo esta sendo usado de forma incorreta? a) Temos de procurar saber por que as novelas prendem tanto os telespectadores. b) O diretor não compareceu a reunião e nunca soubemos por quê. c) Se pago, quero saber porque pago.

d) Não entendo o porquê da rejeição. e) Sabes por que ela não veio?

5. Complete com mau (adjetivo, modifica substantivo ≠ bom) ou mal (advérbio, conj. temporal e substantivo ≠ bem). a) Ele não é _________ aluno. b) Era previsível que ele se comportaria ____________ . c) Falou ______ de você embora não estivesse _______ -intencionado. d) _______ cheguei, vi que ela estava triste. e) Isto é um _______ necessário.

6. (FGV-Econ.) – As lacunas das tirinhas devem ser preenchidas, respectivamente, com a) Por quê ... mau-entendido. b) Porque ... mau-entendido. c) Por que ... mau-entendido. d) Por quê ... mal-entendido. e) Por que ... mal-entendido.

Texto para as questões de 7 a 10. É impossível colocar em série exata os fatos da infância porque há aqueles que já acontecem permanentes, que vêm para ficar e doer, que nunca mais são esquecidos, que são sempre trazidos tempo afora, como se fossem dagora. É a carga. Há os outros, miúdos fatos, incolores e quase sem som – que mal se deram, a memória os atira nos abismos do esquecimento. Mesmo próximos eles viram logo passado remoto. Surgem às vezes, na lembrança, como se fossem uma incongruência. Só aparentemente sem razão, porque não há associação de ideias que seja ilógica. O que assim parece, em verdade, liga-se e harmoniza-se no subconsciente pelas raízes subterrâneas – raízes lógicas! – de que emergem os pequenos caules isolados – aparentemente ilógicos! Só aparentemente! – às vezes chegados à memória vindos do esquecimento, que é outra função ativa dessa mesma memória.

(Pedro Nava, Baú de ossos.)

7. (FUVEST) – Ao analisar os processos da memória, o autor manifesta a convicção de que a) os fatos que não são lembrados com constância cairão para sempre nos abismos do esquecimento. b) é mais dolorosa a lembrança de fatos que pareciam para sempre esquecidos do que a dos fatos que não saem da memória.

c) os fatos que pareciam inteiramente esquecidos podem de repente surgir na memória com o aspecto de uma associação imprópria. d) é mais prazerosa a memória assídua de fatos da infância do que a memória de fatos ocorridos mais recentemente. e) os fatos que, quando vividos, pareciam extravagantes costumam ser depois lembrados como inteiramente lógicos. 8. (FUVEST) – A expressão “O que assim parece” tem, no contexto, o sentido de a) o que aparenta ser uma pura lembrança. b) o que aparenta ser uma associação de ideias. c) o que parece harmonizado no subconsciente. d) o que parece uma incongruência. e) o que aparece como se fosse lógico.

9. (FUVEST) – O valor sintático-semântico do vocábulo sublinhado no trecho “Ha os outros, (...) que mal se deram”, corresponde ao do mesmo termo em: a) Vou aceitar o cargo, apesar de falar mal o português. b) Meu livro foi mal acolhido pelos críticos de plantão. c) Mal sabia eu o que me esperava atrás daquela porta. d) Em publico, ela mal olha para mim. e) Mal entrei em casa, o telefone tocou.

10.(FUVEST) – O que Pedro Nava afirma no final do texto ajuda a compreender o título do livro Esquecer para lembrar, de Carlos Drummond de Andrade, título que contém a) um paradoxo apenas aparente, já que designa uma das operações próprias da memória. b) uma contradição insuperável, justificada apenas pelo valor poético que alcança. c) uma explicação para a dificuldade de se organizar de modo sistemático os fatos lembrados. d) uma fina ironia, pois a antítese entre os dois verbos dá a entender o inverso do que nele se afirma. e) uma metáfora, já que o tempo do esquecimento e o tempo da lembrança não podem ser simultâneos. 11. (FGV-Econ.) – Leia os textos e responda ao que se pede em cada item. AO DESCONCERTO DO MUNDO Os bons vi sempre passar no mundo graves tormentos; e, para mais m’espantar, os maus vi sempre nadar em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim o bem tão _____ ordenado, fui _____, mas fui castigado. Assim que, só para mim anda o mundo _____.

(Luis Vaz de Camões)

E, outra coisa: o diabo é às brutas; mas Deus é traiçoeiro! Ah, uma beleza de traiçoeiro — dá gosto! A força dele, quando quer —moço! — me dá o medo pavor! Deus vem vindo: ninguém não vê.

(Guimarães Rosa)

a) No poema de Camões, considerando os pares mau/mal para as duas primeiras lacunas e consertado/concertado para a última, indique, na ordem, que palavras devem preenchê-las e justifique tais empregos. b) No texto de Guimarães Rosa, em – “A força dele, quando quer — moço! — me dá o medo pavor!” — indique a função sintática do termo moço e reescreva a frase, deslocando esse termo para o início ou para o fim do período.

AULA 10 - ORTOGRAFIA (II) (EMPREGO DO PORQUÊ, MAL E OUTROS) 1. Complete com onde (estático) ou aonde (movimento). a) ______________ você esta? / ______________ você vai ficar nas próximas férias? b) Discrimine os locais _______________ os aviões permaneceram estacionados. c) _____________ você vai? / _____________ você quer chegar com essa rebeldia? d) Ninguém sabe ____________ se dirigir para comprar as entradas. 2. (IBMEC) – Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases abaixo. Ignoramos ______________________ o governo não alterou a tabela do imposto de renda. O time teve um ______________________ desempenho. Conheci o apartamento ___________________ aconteceu aquela tragédia. a) por que, mau, onde. b) porque, mal, onde. c) porquê, mal, aonde. d) por que, mau, aonde. e) porque, mau, aonde. 3. Complete com acerca de (= sobre) ou há cerca de (= período aproximado de tempo), cerca de (=perto de, aproximadamente) a) A internet surgiu durante a Guerra Fria ___________________ cinquenta anos. b) Havia uma conferência ________________________ efeito estufa. c) Nada sei _______________________ manifestações que ocorreram no país _______________________ quinze anos. d) _______________ um bilhão de pessoas assiste à festa do Oscar. 4. (PUCCAMP) – Das cinco alternativas apresentadas nesta questão, apenas uma completa adequadamente as sentenças seguintes. Aponte-a. I. Afinal, chegou o presente ______________ tanto esperávamos. II. _________________ você vai com tanta pressa? III.______________ de dois meses, mudamos para este bairro. a) por que, aonde, há cerca. b) porque, onde, acerca. c) por que, onde, a cerca. d) porque, onde, há cerca. e) porque, aonde, a cerca. 5. Complete com a ou há: – a (tempo futuro, distância, pronome oblíquo e artigo) – há (tempo passado, com sentido de existir)

a) Sairemos daqui ___________ 20 dias, pois estamos ___________ poucos dias da eleição. b) Não ______________ encontro ______________ cinco dias. c) _____________ distância entre _____________ amizade e o amor pode ser ______________ distância de um beijo. d) Este trabalho foi planejado ______________ tanto tempo! e) Ainda ______________ dúvidas quanto a sua atuação. f) O avião caiu ______________ 5 km da pista. g) ______________ horas esperava por você! ______________ tempos desejava encontrá-lo! 6. Complete com afim (semelhante) ou a fim de (finalidade). a) Pessoas ___________________ tem os mesmos ideais. b) Trabalhou duramente __________________ comprar uma casa. 7. Complete com a princípio (na fase inicial, no principio) ou em princípio (em tese, de maneira geral). a) ___________________________, o relacionamento do casal era tranquilo; depois se tornou violento. b) ___________________________, todos os casamentos deveriam ocorrer por amor. 8. Complete com ao invés de ( = ao contrário de) ou em vez de (= no lugar de). a) ______________ prestarmos o concurso, resolvemos estudar mais. b) __________________________ vender, comprou mais um carro. 9. Complete com por ora (por enquanto) ou por hora (a cada sessenta minutos). a) O governo não pretende, _______________________ , suspender os programas sociais. b) Fui multado porque corria a 120 km _______________________ . l0. Complete com tampouco (advérbio = também não) ou tão pouco (advérbio de intensidade tão + pron. indefinido pouco): a) Ele mostrou ________________________________ entusiasmo pela viagem, que desistimos de fazê-la. b) Não comeu o risoto, _____________________________ o pavê. 11. Complete com ao encontro de (na direção de, favoravelmente a, em favor de) ou de encontro a (ao contrário de, contra, em choque com, em oposição a): a) O casal foi ____________________ amigos que se aproximavam. b) A polícia avançou _________________________ aos agitadores. c) Com o PAC, o governo pretende ir _________________________ necessidades populares. d) O carro foi ______________________________________ poste. 12. Preencha os espaços com se não ou senão. a) _______________________________ chover, iremos ao cinema. b) Estude, ________________________________ ficará de castigo. c) Perdoe, ___________________________ a vida lhe será amarga.

d) Todos, ________________________ ele, foram bem no simulado.