material de direito administrativo para o cargo de assistente em administração ufpe ( nível...

65
7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio) http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 1/65

Upload: marcos-fonseca

Post on 03-Apr-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 1/65

Page 2: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 2/65

Ética

2 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

4. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Em sentido subjetivo, orgânico ou formal , é oconjunto de entes que exercem a atividade adminis-trativa: pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos;

Em sentido objetivo, funcional  ou material , é oconjunto das funções necessárias aos serviçospúblicos em geral, designando a natureza da funçãoadministrativa.

Em acepção operacional, é o desempenho pere-ne e sistemático, legal e técnico, dos serviços própriosdo Estado ou por ele assumidos em benefício dacoletividade. O regime jurídico administrativo podeser definido em termos do sistema jurídico que vaireger as relações da administração pública,estabelecendo suas prerrogativas sujeições, oulimitações. A submissão ao interesse públicoindisponível é a característica predominante doregime jurídico administrativo, ou seja, o interesse

público não pode ser negociado. A Administração não pratica atos de governo(atos políticos). Pratica atos de execução, commaior ou menor autonomia funcional, segundo acompetência do órgão e de seus agentes. São oschamados atos administrativos. Comparativamente,podemos dizer que governo é atividade política ediscricionária; administração é atividade neutra,normalmente vinculada à lei ou à norma técnica.Governo é conduta independente; administração éconduta hierarquizada.

 A Administração é o instrumental de que dispõe oEstado para pôr em prática as opções políticas doGoverno. Isso não quer dizer que a Administração não

tenha poder de decisão, mas que o tem somente naárea de suas atribuições e nos limites legais de suacompetência executiva, só podendo opinar e decidir sobre assuntos jurídicos, técnicos, financeiros ou deconveniência e oportunidade administrativas, semqualquer faculdade de opção política sobre a matéria.

A administração pública não ocorre apenas noâmbito do Poder Executivo, embora seja a atividadeprincipal deste, mas também no âmbito do Legislativoe do Judiciário, embora nestes últimos a atividadeadministrativa é atípica, servindo apenas paraoperacionalização de suas funções principais (legislar e exercer jurisdição, respectivamente).

4.1 NATUREZA E FINS DA ADMINISTRAÇÃOa) NATUREZA: É a de um múnus público para

quem a exerce. Traduzindo do juridiquês, é a deuma obrigação de defender, conservar eaprimorar os bens, serviços e interesses dacoletividade.

 Ao ser investido em função ou cargo público, todoagente do poder assume para com a coletividade ocompromisso de bem servi-la, visto que este é odesejo do povo, legítimo destinatário dos bens,serviços e interesses administrados pelo Estado.b) FINS: Os fins da administração pública resu-

mem-se num único objetivo: o bem comum da

coletividade administrada.O Direito Administrativo passa apenas a disci-plinar as atividades e os órgãos estatais para oeficiente funcionamento da Administração Pública.

5. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Constituem os princípios um conjunto deproposições que alicerçam ou embasam um sistema elhe garantem a validade. A Constituição Federal, noart. 37 (é necessário ao aluno ler do art. 37 ao art. 42da CF), preceitua que a Administração Pública, tantoa direta como a indireta (adiante aprenderemos adistinção!), de qualquer dos Poderes da União, dosEstados-membros, do Distrito Federal e dosMunicípios, obedecerá aos princípios da Legalidade,Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência(processo de memorização L I M P E).

5.1LEGALIDADE

O administrador está, em toda a sua atividade

funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exi-gências do bem comum. A administração privadapode fazer tudo que não está proibido na lei. Aadministração pública só pode fazer o que a leidetermina. Tudo que não está permitido é proibido.No Direito Administrativo, o conceito de legalidadecontém em si não só a lei, mas, também, o interessepúblico e a moralidade.

 Assim sendo, a Administração Pública: tem odever de aplicar a lei e de velar pelo cumprimento dalei; não pode atuar contra a lei ou acima da lei; nãopode descumprir a lei, a pretexto de sua inconsti-tucionalidade (que deve ser declarada pelo Judiciário);sujeita-se ao controle jurisdicional de sua atuação;

sujeita-se à fiscalização legislativa dos seus atos;deverá anular os atos ilegais que praticar; e poderárevogar seus atos administrativos inconvenientes einoportunos.

5.2 IMPESSOALIDADE

Toda a atuação do administrador se destina aatender ao interesse público. É o clássico princípio dafinalidade, o qual impõe ao administrador público quesó pratique o ato para o seu fim legal. O fim legal éunicamente aquele que a norma de Direito indicaexpressa ou virtualmente como objetivo do ato, deforma impessoal. O administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não devendo fazer distinçõesfundamentadas em critérios pessoais ou partidários.Daí decorre o princípio de que os atos devem ser,sempre, atribuídos à entidade ou ao órgão que ostitula e não ao agente público que os pratica, ou seja,o mérito dos atos pertence à Administração e não àsautoridades que o executam (isto é, pertence ao“Governo do Estado” e não ao “Governador Fulano”).A publicidade oficial deve seguir esse critério (art.37, § 1º da CF).

5.3 MORALIDADE

 A moral administrativa significa o dever do admi-nistrador não apenas cumprir a lei formalmente, mascumprir substancialmente, procurando sempre o me-lhor resultado para a administração. Por esse princípioo administrador não aplica apenas a lei, mas vai além,

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 3: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 3/65

Ética

3 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

aplicando sua substância. Trata-se não da moralcomum, mas da moral administrativa ou ética profis- sional.

 A Constituição de 1988 enfatizou a moralidadeadministrativa, prevendo que os atos de improbidadeimportarão a suspensão dos direitos políticos, a perda

da função pública, a indisponibilidade dos bens e oressarcimento ao erário (cofres públicos) na forma egradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penalcabível (art. 37 § 4º).

5.4 PUBLICIDADE

Destina-se de um lado, à produção dos efeitosexternos dos atos administrativos e, do outro, àgarantia da transparência da administração da coisapública. Dar publicidade aos atos administrativossignifica: informar, orientar e educar a populaçãoadministrada a respeito da atuação da Administração.

Existem atos que não se restringem ao ambienteinterno da administração porque se destinam aproduzir efeitos externos – daí ser necessária apublicação, como requisito para sua eficácia. Entre asexceções estão os assuntos de segurança nacional (art. 5º, XXVIII da CF), certas investigações policiais(art. 20 do CPP), processos cíveis em segredo justiça(art. 155 do CPC).

5.5 EFICIÊNCIA

É um princípio meramente retórico, introduzidopela EC 19/98, uma vez que se encontra implícito noprincípio da Moralidade Administrativa. Analisado

isoladamente, é o atributo que justifica a existência deuma organização administrativa. É possível, também,invocá-lo para limitar a discricionariedade do adminis-trador, levando-o a escolher a melhor opção. Eficiên-cia é a obtenção do melhor resultado com o usoracional dos meios.

6. OUTROS PRINCÍPIOS PRESENTES NA CFOU IMPLÍCITOS

6.1. PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSEPÚBLICO

De acordo com a CF, um dos objetivos funda-mentais da república brasileira é promover o bem detodos  (inciso IV do art. 3º).  O interesse coletivo,portanto, prevalece sobre o individual, tendo em vistaque as pessoas, ao constituírem o Estado, abrirammão de parte de seus interesses, em favor do bemcomum. Todavia, num estado democrático de Direitodevem ser respeitadas as garantias constitucionais epagas as indenizações devidas, quando for o caso.

6.2. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE

 Sendo o Brasil uma república democrática, todosos bens e interesses gerenciados pela AdministraçãoPública e seus agentes pertencem ao povo. Assimsendo, ao agente público não é permitida, em regra, aprática de quaisquer atos que impliquem renúncia dedireitos ou prejuízo para a sociedade.

6.3. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA

 A administração tem o dever de zelar pelalegalidade e eficiência dos seus próprios atos. É por isso que se reconhece à Administração o poder-dever de declarar a nulidade dos seus próprios atospraticados com infração à lei, e a prerrogativa de

revogá-los, quando inconvenientes ou inoportunos.Tal princípio foi consagrado pela súmula 473 do STF,que diz: “ A administração pode anular os seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornemilegais, porque deles não se originam direitos; ourevogá-los, por motivo de conveniência ou oportu-nidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressal-vada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

6.4. PRINCÍPIO DO PODER-DEVER

 A Administração tem não só o poder, mas o dever de agir, dentro de sua competência legal.

6.5. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA

O Estado Democrático de Direito é aquele queoferece aos seus administrados a garantia de ummínimo de estabilidade nas relações jurídicas, dianteda dinâmica das mudanças sociais e, por conse-guinte, do Direito. Essa segurança serve para que aspessoas possam discernir quais podem ser osresultados de seus atos e negócios, realizados a partir da legislação em vigor, em face de mudançasposteriores, ou na forma de interpretá-las. Institutos jurídicos, como irretroatividade da lei (salvo parabenefício, na esfera penal!), o ato jurídico perfeito, odireito adquirido e a coisa julgada, bem como a

prescrição e a decadência, existem para garantir certaestabilidade jurídica aos atos atingidos por eles.Quando o cidadão sente a sua segurança jurídicaperante o Estado ameaçada, poderá invocar, em sua

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 4: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 4/65

Ética

4 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

defesa, o princípio seguinte.6.6. PRINCÍPIO DO CONTROLE JUDICIAL (CONS-

TITUCIONAL)

Previsto no art. 5º, XXXV, da CF, é tambémconhecido como princípio da inafastabilidade da tutela

 jurisdicional, que significa que, por previsão consti-tucional, todos os atos administrativos (mesmo osdiscricionários) estão sujeitos ao crivo judicial, quepoderá exercer apenas o controle de legalidade elegitimidade. Essa possibilidade de controle é caracte-rística do sistema inglês, ou de jurisdição única,adotado pelo Brasil em relação ao controle judicialsobre os atos praticados pela Administração.

6.7. PRINCÍPIO DA IGUALDADE (CONSTITU-CIONAL)

 Apesar de não inserido na relação dos princípiosda Administração Pública, não podemos esquecer aaplicabilidade do princípio da igualdade (isonomia). AConstituição Federal, no art. 5°, estabelece que, semdistinção de qualquer natureza, todos são iguaisperante a lei. É o princípio da igualdade ou isonomia. Assim, todos os iguais em face da lei também o sãoperante a Administração Pública. Vale salientar queesse princípio apresenta “exceções”, a saber: a dife-rença de tempo para a aposentadoria entre homens emulheres (as mulheres têm um privilégio de 5 anos amenos de idade e contribuição – inc. III, do § 1º, doart. 40); percentual de cargos (cotas) para portadoresde deficiências em concursos (inc. VIII, do art. 37)

6.8. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇOPÚBLICO

O serviço público se destina a atender neces-sidades sociais. É com fundamento nesse princípioque nos contratos administrativos não se permite sejainvocada pelo particular que contrata com a Adminis-tração a EXCEÇÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRI-DO (possibilidade de rescindir um contrato quandouma das partes não cumprir a sua obrigação),permitido nos contratos civis bilaterais.

6.9. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE

Os poderes concedidos à Administração devemser exercidos na medida necessária ao atendimentodo interesse coletivo, sem exageros. As opçõesimorais e ilegítimas não devem sequer ser cogitadaspelo administrador. A razoabilidade é uma dasprincipais limitações ao exercício do poder discri-cionário. Este princípio é exigido, por exemplo, quan-do se vai estabelecer, por lei, distinções ou requisitosmínimos para os candidatos. Por Exemplo: é razoávela exigência de altura mínima para o exercício docargo de policial militar, mas não o seria para o cargode juiz.

6.10. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADEÉ um desdobramento da Razoabilidade. No

exemplo citado acima, ao estabelecer critérios dealtura para o cargo de policial, tal altura não deve ser 

exagerada, ou muito acima da média (ex.: exigir que ocandidato tenha 2 metros de altura seria despro-porcional à média nacional). Ao adotar a medidanecessária para atingir o interesse público almejado, oadministrador age com proporcionalidade. Esseprincípio é particularmente exigido no exercício do

poder de polícia, em que o Estado impõe restriçõesaos administrados.

6.11. PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE

Refere-se às entidades integrantes da Adminis-tração Pública Indireta (autarquias, fundações públi-cas, empresas públicas, sociedades de economiamista e, ainda, convênios ou consórcios administra-tivos), independentemente do tipo de personalidade jurídica adotada (publica ou privada). Esse princípioservirá de limite para que tais entidades não venhama se afastar das finalidades que lhe foram atribuídaspela lei criadora ou que autorizou a criação.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 5: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 5/65

Ética

5 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

EXERCÍCIOS

1. (Tec. Jud. – Administrativa – TRT 11ª R – 2012 – FCC) De acordo com o princípio da

legalidade o administrador público pode fazer (A) tudo o que a lei não proibir expressamente.(B) tudo aquilo que julgar compatível com o

interesse público.(C) apenas aquilo que as normas sociais consi-

derarem moralmente adequado.(D) apenas aquilo que as leis expressamente

autorizarem ou determinarem.(E) aquilo que o bom senso e a ética aprovarem.

2. (ANAL. JUD. – TRE – 2011 - FCC) A condutado agente público que se vale da publicidadeoficial para realizar promoção pessoal atenta

contra os seguintes princípios da Adminis-tração Pública:(A) razoabilidade e legalidade.(B) eficiência e publicidade.(C) publicidade e proporcionalidade.(D) motivação e eficiência.(E) impessoalidade e moralidade.

3. (ANAL. JUD. – Administrativa – TRT 11ª R –2012 - FCC) A ideia de que a Administraçãotem que tratar todos os administrados semdiscriminações, traduz o princípio da

(A) legalidade.(B) indisponibilidade.

(C) impessoalidade.(D) publicidade.(E) unicidade.

4. (ANAL. JUD. – Administrativa – TRF – 2011 -FCC) Carlos, auditor fiscal do tesouro nacio-nal, ao preencher incorretamente documentode arrecadação do tesouro, causou prejuízoao fisco na ordem de trinta reais. Tal fatoacarretou sua demissão do serviço público.Em razão disso, postulou no Judiciário aanulação da pena, o que foi acolhido pelosseguintes fundamentos: o servidor procurouregularizar o erro, buscando recolher aoscofres públicos a quantia inferior recolhida;sua ficha funcional é boa e não desabona suaatuação; a quantia inferior recolhida éirrisória; a pena de demissão é ato extremoque deve ser efetivado apenas em casosgravíssimos.

O exemplo citado refere-se ao restabeleci-mento dos princípios, que devem semprenortear a atuação da Administração Pública:

(A) moralidade e impessoalidade.(B) eficiência e motivação.(C) motivação e moralidade.(D) razoabilidade e proporcionalidade.

(E) probidade e eficiência.

5. (Técnico Judiciário – Área Administrativa –TJ/PE – 2012 – FCC) Tendo em vista os princí-pios constitucionais que regem a Adminis-tração Pública é INCORRETO afirmar que a

(A) eficiência, além de desempenhada com legali-

dade, exige resultados positivos para o serviçopúblico e satisfatório atendimento das neces-sidades da comunidade e de seus membros.

(B) lei para o particular significa pode fazer assim, epara o administrador público significa deve fazer assim.

(C) moral administrativa é o conjunto de regras que,para disciplinar o exercício do poder discricio-nário da Administração, o superior hierárquicoimpõe aos seus subordinados.

(D) publicidade não é elemento formativo do ato; érequisito de eficácia e moralidade.

(E) impessoalidade permite ao administrador públicobuscar objetivos ainda que sem finalidadepública e no interesse de terceiros.

6. (Agente – Polícia Civil – RN – 2009 – CESPE/UNB) O art. 37, caput, reportou de modoexpresso à administração pública apenascinco princípios. Fácil é ver-se, entretanto,que inúmeros outros merecem igualmenteconsagração constitucional: uns, por consta-rem expressamente da Lei Maior, conquantonão mencionados no art. 37, caput; outros,por nele estarem abrigados logicamente.

Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008, 25.a ed., p. 378 

(com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial,assinale a opção correta acerca dos princípiosda administração.

 A) O princípio da indisponibilidade objetiva aigualdade de tratamento que a administraçãodeve dispensar aos administrados que seencontrem em idêntica situação jurídica.

B) O princípio da continuidade do serviço públicotem caráter absoluto, o que permite a administra-ção, em qualquer hipótese, utilizar os equipamen-tos e instalações de empresa que com ela contra-te, para assegurar a continuidade do serviço.

C) O núcleo do princípio da publicidade é a procurada economicidade e da produtividade, o que exigea redução dos desperdícios do dinheiro público,bem como impõe a execução dos serviços compresteza e rendimento funcional.

D) O princípio da supremacia do interesse públicotem como objetivo impor ao administrador públiconão dispensar os preceitos éticos que devemestar presentes em sua conduta, pois além deverificar os critérios de conveniência e oportuni-dade, deve distinguir o que é honesto do que édesonesto.

E) Pelo princípio da autotutela, a administraçãopública controla seus próprios atos, com a

possibilidade de revogar os inconvenientes ouinoportunos, independentemente de recursos aoPoder Judiciário.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 6: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 6/65

Ética

6 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

7. (Agente da Polícia Civil – TO – 2008 – CESPE)A Constituição Federal traz, em seu texto,vários princípios a serem observados peloadministrador público. Acerca dessesprincípios, julgue os itens que se seguem.

1. ( )   A redução do desperdício de dinheiropúblico enquadra-se na definição do princípio dapoupança dos recursos do Estado.

2. ( )  Um princípio que ganhou destaque naConstituição de 1988 é o da administraçãocompartilhada de recursos humanos.

8. (Anal. Jud. – Administrtiva – STF – 2008 –CESPE) A respeito do direito administrativo, julgue os itens seguintes.

1. ( ) Os princípios da razoabilidade e daproporcionalidade estão previstos de formaexpressa na CF.

2. ( ) Nos municípios em que não exista imprensaoficial, admite-se a publicação dos atos por meiode afixação destes na sede da prefeitura ou dacâmara de vereadores.

Gabarito1. D 2. E 3. C 4. D 5. E6. E 7. FF 8. FV

7. AGENTES PÚBLICOS

7.1. CONCEITO

Considera-se agente público todo aquele queexerce, ainda que transitoriamente ou sem remu-neração, por eleição, nomeação, designação,contratação ou qualquer forma de investidura ouvínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.

 A expressão “agente público” tem sentido amplo,alcançando todas as pessoas que, a qualquer título,exercem uma função pública, remunerada ou gratuita,definitiva ou transitória, política ou jurídica, comopreposto do Estado. O agente público é a pessoanatural mediante a qual o Estado se faz presente.

7.2. ESPÉCIES DE AGENTES PÚBLICOS

AGENTES  POLÍTICOS – Que são os componentesdo governo nos primeiros escalões, investidos emcargos, funções, mandatos e comissões, por nome-ação, eleição, designação para o exercício deatribuições constitucionais. Ex.: Presidente, prefeito,deputado, senador, membros do Tribunal de Contas,membros do Ministério Público. Existe ainda o agentepolítico especial que é o chefe da representaçãodiplomática no exterior, que é nomeado pelo presi-dente da República.

AGENTES  ADMINISTRATIVOS  – Que são todosaqueles que se vinculam ao Estado ou às suasentidades autárquicas e fundacionais por relações

profissionais, sujeitos à hierarquia funcional e aoregime jurídico da entidade estatal a que servem. Ex.:Servidores públicos efetivos, em comissão e oscontratados temporariamente; e os dirigentes dasentidades paraestatais.

AGENTES  HONORÍFICOS – São cidadãos convo-cados, designados ou nomeados para prestar, transi-toriamente determinados serviços ao Estado, emrazão de sua condição cívica, honorabilidade ou noto-ria capacidade profissional. É um múnus (dever)público. Ex.: Mesário, jurado. Não são servidores pú-blicos, mas momentaneamente exercem funçãopública, sem problema de acumulação de cargo.

AGENTES  DELEGADOS  – São particulares querecebem a incumbência da execução de determinadaatividade de obra ou serviço público e o realizam emnome próprio, por sua conta e risco, mas segundo asnormas do Estado e sob permanente fiscalização dodelegante. Ex.: Permissionários e concessionários,serventuários de cartórios extrajudiciais, oficiais,leiloeiros.

AGENTES CREDENCIADOS  – São os que recebema incumbência da Administração de representá-la emdeterminado ato ou praticar certa atividade especí-

fica, mediante remuneração do Poder Público creden-ciante. Não possuem vinculação estatutária ou celetis-ta com a Administração, podendo ser cooperativadosou não. Ex.: Agentes de Saúde da prefeitura.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 7: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 7/65

Ética

7 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

7.3. DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAISRELATIVAS AOS AGENTES PÚBLICOS

7.3.1 –  Acesso a funções, cargos e empregos públicos

Prevê o inciso I do art. 37 da CF/88:

“I – os cargos, empregos e funções públicassão acessíveis aos brasileiros que preen-cham os requisitos estabelecidos em lei,assim como aos estrangeiros, na forma dalei”.

Entretanto, existe restrição constitucional relativa-mente aos cargos privativos de brasileiro nato, enu-merados no art. 12, § 3º, da Constituição Federal(Presidente e Vice-Presidente da República; Presi-dente da Câmara dos Deputados; Presidente doSenado Federal; Ministro do Supremo Tribunal 

Federal; carreira diplomática; oficial das Forças Armadas; Ministro de Estado da Defesa).

7.3.2. – Criação, transformação e extinção decargos, empregos e funções públicas

Somente por lei podem ser criados cargos, empregose funções públicas. Assim temos:a) a criação, transformação e extinção de cargos,

empregos e funções públicas é competência doCongresso Nacional, exercida por meio de lei,que será de iniciativa privativa do Presidente daRepública quando se tratar de cargos, funçõesou empregos públicos na Administração Direta e

autárquica (CF/88, art. 61, § 1º).b) a extinção de funções ou cargos públicos vagos

é de competência privativa do Presidente daRepública, exercida por meio de decretoautônomo (CF/88, art. 84, VI, “b”).

c) a criação e extinção de ministérios e órgãos da Administração Pública é competência doCongresso Nacional, exercida por meio de lei deiniciativa privativa do Presidente da República(CF/88, art. 48, XI).

d) a organização e funcionamento da Adminis-tração Federal, quando não implicar aumento dedespesa nem criação ou extinção de órgãospúblicos é de competência privativa do Presi-dente da República, exercida por meio dedecreto autônomo (CF/88, art. 84, VI, “b”).

7.3.4. –  Requisitos para o acesso a cargos ou empregos públicos

O inciso I do art. 37 veda o estabelecimento deexigências ou condições pelos editais de concursospúblicos que não possuam amparo legal. Embora oseditais de concursos públicos para provimento decargos ou empregos públicos sejam elaborados pelas Administrações encarregadas da contratação, estasnão podem prever condições para a participação nocertame, e menos ainda para o ulterior ingresso dos

aprovados, com base exclusiva em atos normativosinfralegais. Além disso, o princípio da isonomia (igualdade),

previsto no art. 5º da Constituição, impede quemesmo a lei estabeleça quaisquer outras restrições

discriminatórias, como, por exemplo, restrições rela-tivas à origem, religião, raça, etc. Os requisitos a quese refere este inciso I do art. 37 devem, obriga-toriamente, mostrar-se necessários ao adequadodesempenho da função pública correspondente.

7.3.4 – Exigência de concurso públicoPrevê o inciso II do art. 37 da CF/88:

“II – a investidura em cargo ou emprego públicodepende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, deacordo com a natureza e a complexidade docargo ou emprego, na forma prevista em lei,ressalvadas as nomeações para cargo emcomissão declarado em lei de livre nomeação eexoneração” .

 A exigência de concurso público aplica-se à no-

meação para cargos ou empregos públicos de pro-vimento efetivo. Não abrange a nomeação para car-gos em comissão, os quais, por definição, são de livrenomeação e exoneração com base exclusiva emcritérios subjetivos de confiança da autoridade compe-tente. Não abrange também os casos de contrataçãotemporária previstos no inciso IX do art. 37.

7.3.5. – Prazo de validade do concursoO inciso III do art. 37 da Constituição assim

dispõe:

“III – o prazo de validade do concurso públicoserá de até dois anos, prorrogável uma vez, por 

igual período”.

Entende-se por prazo de validade do concurso operíodo durante o qual a Administração poderánomear ou contratar os aprovados para o provimentoou preenchimento do cargo ou emprego público a quese destinava o concurso. O prazo de validade écontado da homologação do concurso.

7.3.6 – Prioridade na nomeaçãoPrevê o inciso IV do art. 37 da CF/88:

“IV – durante o prazo improrrogável previsto no

edital de convocação, aquele aprovado emconcurso público de provas ou de provas etítulos será convocado com prioridade sobrenovos concursados para assumir cargo ouemprego, na carreira”.

Pela dicção do dispositivo em apreço, “prazoimprorrogável” seria somente o período de prorroga-ção, porque findo este, não pode haver outro. AConstituição de 1988 não veda a realização, pelamesma Administração, de um novo concurso para omesmo cargo ou emprego enquanto ainda válido umconcurso anteriormente efetuado, mesmo que aindahaja candidatos aprovados neste concurso anterior.

Nesse ponto é fundamental atentar para odisposto na Lei nº 8.112/90, que disciplina acontratação pela Administração Direta, autarquias efundações públicas federais para o provimento de

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 8: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 8/65

Ética

8 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

cargos públicos. Essa lei, no seu § 2º de seu art. 12,estabelece regra mais restritiva do que a prevista noinciso IV do art. 37 da CF/88, proibindo a realizaçãode novo concurso enquanto ainda válido concursoanterior, em que haja candidatos aprovados, para omesmo cargo, nos seguintes termos:

“§ 2º Não se abrirá novo concurso enquantohouver candidato aprovado em concursoanterior com prazo de validade nãoexpirado” :

Essa regra da Lei nº 8.112/90, frise-se, aplicávelapenas à esfera federal.

7.3.7. – Reserva de percentual de cargos e empre- gos aos portadores de deficiências

O inciso VIII do art. 37 da CF/88 assim disciplina:

“VIII – a lei reservará percentual dos cargose empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá oscritérios de sua admissão” .

Na esfera federal, a Lei nº 8.112/90, no § 2º doseu art. 5º, regulou a matéria, no que diz respeito aoscargos públicos, nos seguintes termos:

“§ 2º - Às pessoas portadoras de deficiência éassegurado o direito de se inscrever em concurso público para o provimento de cargo cujas atribuiçõessejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até

20% (vinte por cento) das vagas oferecidas noconcurso” . A exata sistemática de reserva de vagas será

definida pelo edital. O mais comum é que os defi-cientes se inscrevam como tal e concorram entre sipara o preenchimento das vagas a eles reservadas.

7.3.8. – Funções de confiança e cargos emcomissão

O inciso V do art. 37 da CF/88 assim disciplina:“V – as funções de confiança, exercidas

exclusivamente por servidores ocupantes de cargoefetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos,condições e percentuais mínimos previstos em lei,destinam-se apenas às atribuições de direção, chefiae assessoramento” .

 A Lei nº 8.112/90, em seu art. 3º, assimestabelece o conceito de cargo público:

“Art. 3º Cargo público é o conjunto deatribuições e responsabilidades previstas naestrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.Parágrafo único. Os cargos públicos, aces-síveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento

 pago pelos cofres públicos, para provimentoem caráter efetivo ou em comissão” .

Os cargos em comissão são declarados em leicomo de livre nomeação e exoneração. Significa issoque em princípio qualquer pessoa, mesmo que nãoseja servidor público de qualquer Poder ou esfera daFederação, pode ser nomeada para exercer um cargoem comissão. A mesma autoridade competente para

nomear é competente para, a seu critério, exonerar oservidor ocupante do cargo comissionado.

 A exoneração não possui caráter punitivo. É atoadministrativo amplamente discricionário. O servidor de carreira exonerado de cargo em comissão retornaautomaticamente para seu cargo efetivo e volta aexercer, normalmente, as funções a ele correspon-dentes. Já o servidor nomeado para o cargo emcomissão que não possua vínculo efetivo com oserviço público evidentemente perde toda e qualquer relação com a Administração quando é exonerado.

No caso de função de confiança, a designaçãopara seu exercício deve recair, obrigatoriamente,sobre servidor ocupante de cargo efetivo.

7.3.9. – Contratação temporária

O inciso IX do art. 37 da CF/88 prevê acontratação por tempo determinado, para atender necessidade temporária de excepcional interessepúblico, nos seguintes termos:

“IX – a lei estabelecerá os casos de contra-tação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;” 

Na esfera federal, a contratação por prazo deter-minado encontra-se disciplinada pela Lei nº8.745/1993 e alterações Seu âmbito de aplicaçãorestringe-se aos órgãos da Administração Diretafederal, às autarquias e às fundações públicasfederais. O pessoal contratado com base nessa leinão pode ser considerado estatutário (pois o regime jurídico trabalhista a que se submetem é contratual),nem celetista (não são regidos pela CLT). Nãoocupam cargos na Administração Pública. O regimede previdência social a que estão sujeitos é o regimegeral de previdência social – RGPS, aplicável a todostrabalhadores civis, com exceção dos ocupantes decargos públicos efetivos. Os contratados por prazodeterminado exercem função pública remuneradatemporária para determinado órgão ou entidade da Administração.

 A Lei nº 8.745/1993 estabelece, como determinaa Constituição, as situações que podem ser consi-deradas como necessidade temporária de excepcionalinteresse público, aptas a ensejar a contratação depessoal por tempo determinado. Entre essas hipó-teses, destacamos:1) assistência a situações de calamidade

pública;2) combate a surtos endêmicos;3) realização de recenseamentos e outras

pesquisas de natureza estatística efetuadas pelaFundação Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística – IBGE (talvez essa seja a hipótesemais frequen-temente utilizada; observe-se que aautorização somente se aplica ao IBGE e a

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 9: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 9/65

Ética

9 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

nenhuma entidade da Administração federal);4) admissão de professor substituto e

professor visitante;5) admissão de professor e pesquisador  

visitante estrangeiro; etc.

 A contratação temporária não é feita medianteconcurso público, mas sim por meio de processoseletivo simplificado sujeito a ampla divulgação,inclusive através do Diário Oficial, sendo dispensadoprocesso seletivo na hipótese de contratação paraatender às necessidades decorrentes de calamidadepública.

7.3.10. – Direito de greve dos servidores públicoscivis

O inciso VII do art. 37 concede aos servidorespúblicos civis o direito de greve. A norma, entretanto,insere-se na categoria das normas constitucionais deeficácia limitada. Significa que o referido dispositivonão é autoaplicável, ou seja, o direito de greve doservidor público civil não pode ser consideradoautomaticamente exercitável com a simples promul-gação da CF/88, pois é necessária a edição de leiordinária específica. Assim, a priori , enquanto nãoeditada essa lei específica regulamentadora, qualquer movimento paredista dos servidores públicos éilegítimo, sujeitando-os à aplicação de penalidadespor parte da Administração.

Entretanto, por decisão do STF nos Mandados deInjunção nº 670; 708 e 712, enquanto não for editadaa lei que regulamenta o direito de greve para osservidores públicos, aplicar-se-á, no que couber, a lei

de greve dos trabalhadores privados (Lei nº 7.783/89).Vale lembrar que o direito de greve é vedado aosmilitares, sem nenhuma exceção, nos termos do art.142, IV, da CF/88.

Finalmente, essa restrição ao direito de greve dosservidores públicos civis não se aplica aos empre-gados públicos.

7.3.11. – Fixação da remuneração e revisão geral O inciso X do art. 37 da CF/88 disciplina:

“X – a remuneração dos servidores públicose o subsídio de que trata o § 4º do art. 39somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisãogeral anual, sempre na mesma data e semdistinção de índices”.

 A mais importante alteração introduzida pelaEmenda Constitucional nº 19/98 diz respeito à exigên-cia de lei ordinária específica para que se fixe oualtere a remuneração dos servidores públicos.

 Após a EC nº 19/98, o sistema remuneratório dosagentes públicos em geral passou a ser composto por três distintas categorias jurídicas, a saber:a) subsídio: caracteriza-se por ser um estipêndio

(salário) fixado em parcela única, vedado oacréscimo de qualquer gratificação, adicional,abono, prêmio, verba de representação ou outraespécie remuneratória. É modalidade de remu-neração (em sentido amplo).

b) vencimentos ou remuneração: são percebidospor servidores públicos submetidos a regime jurídico estatutário. Os vencimentos são compos-tos pelo vencimento (no singular) básico docargo + as vantagens pecuniárias estabelecidas

em lei (gratificações e adicionais).c) salário: é a contraprestação pecuniária paga aos

empregados públicos, contratados sob o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho –CLT, das pessoas jurídicas de direito privado da Administração Indireta, ou, ainda, aos empre-gados públicos contratados pela AdministraçãoDireta Federal.

 A parte final do inciso X do art. 37 assegurarevisão geral anual da remuneração e do subsídio dosservidores públicos sempre na mesma data e semdistinção de índices.

10.3.12 – Limites de remuneração dosservidores públicos (teto constitucional)

O inciso XI do art. 37 estabelece a regraconhecida como teto constitucional de remuneraçãodos servidores públicos. A EC nº 41/2003 modificou odispositivo em análise.(A) As principais observações acerca dos tetos de

remuneração previstos no texto constitucionalapós a EC nº 41/2003 são as seguintes:

a) Há um teto absoluto, correspondente ao subsídiodos ministros do STF, a ser fixado em lei deiniciativa do STF, estando o projeto de leiresultante, como qualquer outro projeto de lei,sujeito à sanção ou veto do presidente da

república.b) Além do limite absoluto representado pelo sub-sídio dos ministros do STF, o texto constitucionalestabelece limites para os Estados, o DF e osMunicípios, a saber: (1) nos Municípios, o teto éo subsídio percebido pelo prefeito; (2) nosEstados e no DF há um limite diferenciado por Poder, correspondendo ao subsídio dos depu-tados estaduais e distritais, no Poder Legislativo,e ao subsídio dos desembargadores do Tribunalde Justiça, no âmbito do Poder Judiciário.

c) Os subsídios dos desembargadores do Tribunalde Justiça não podem ser superiores a 90,25%do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal

Federal e servem de limite, também, aosmembros do Ministério Público estadual, aosprocuradores estaduais e aos defensorespúblicos estaduais.

d) Os subsídios dos governadores e dos prefeitosnão podem ser superiores ao subsídio dosministros do STF, mas nada impede que sejamiguais a este.

e) Os limites incluem todas as espécies remune-ratórias e todas as parcelas integrantes do valor total percebido, incluídas as vantagens pessoaisou quaisquer outras.

f) Os limites abrangem os valores resultantes de

acumulação de remunerações ou subsídios, oude remunerações ou subsídios com proventos,pensões ou qualquer outra espécie remune-ratória, seja ou não lícita à acumulação.

g) Relativamente ao salário dos empregados

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 10: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 10/65

Ética

10 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

públicos das empresas públicas e das socieda-des de economia mista, e suas subsidiárias, ostetos somente se aplicam àquelas que rece-berem recursos da União, dos Estados, doDistrito Federal ou dos Municípios para paga-mento de despesas de pessoal ou de custeio em

geral (CF/88, art. 37, § 9º).

7.3.13 – Vedação de vinculações e equiparações

O inciso XIII do art. 37 traz regra proibindo oestabelecimento de vinculações e equiparações entreas remunerações pagas no serviço público. O incisoXIII do art. 37 da CF/88 assim disciplina:

“XIII – é vedada a vinculação ou equipa-ração de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal doserviço público;” 

Equiparar significa prever, em lei, para umdeterminado cargo, remuneração igual à de um outrocargo. Não há equiparação quando duas leis distintasestabelecem, cada uma, remuneração idêntica paraos servidores por cada uma abrangidos, contanto quenão se crie vinculação automática entre as remu-nerações. Já a vinculação é a utilização, pela lei, deíndices ou critérios automáticos de reajustamento daremuneração, como o salário mínimo, determinadoíndice de inflação, a arrecadação orçamentária etc.

7.3.14 – Base de incidência de acréscimos pecuniários

O inciso XIV do art. 37 estabelece:

“XIV- os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computadosnem acumulados para fins de concessão deacréscimos ulteriores;” 

 A aplicação da regra transcrita é bastante clara:qualquer vantagem pecuniária – adicionais ou gratifi-cações – somente pode incidir sobre o vencimento bá-sico. Não é admissível a incidência de um acréscimosobre um adicional ou uma gratificação anterior.

7.3.15 – Vedação à Acumulação de Cargos,Empregos e Funções Públicos

Os incisos XVI e XVII do art. 37 da CF/88preveem a vedação à acumulação de cargos,empregos e funções públicos remunerados. Assim,somente nas hipóteses expressamente previstas naConstituição da República será ela lícita, mesmoassim, quando houver compatibilidade de horários.

É a seguinte a redação dos referidos dispositivos:

“XVI- é vedada a acumulação remuneradade cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado emqualquer caso o disposto no inciso XI:a) a de dois cargos de

 professor;b) a de um cargo de

 professor com outro, técnico ou científico;c) a de dois cargos ouempregos privativos de profissionais desaúde, com profissões regulamentas; XVII – a proibição de acumular estende-se

a empregos e funções e abrangeautarquias, fundações, empresas públicas,sociedades de economia mista, suassubsidiárias, e so-ciedades controladas,direta ou indiretamen-te, pelo poder  público”.

Contudo, é de se observar que o textoconstitucional elenca algumas hipóteses em que élícita a acumulação remunerada, sendo elas:

1) a permissão de acumulação para osvereadores, prevista no art. 38, III;

2) a permissão para os juízes exercerem o

magistério, conforme o art. 95, parágrafo único, I;3) a permissão para os membros do MinistérioPúblico exercerem o magistério, estabelecida no art.128, § 5º, II, “d”.

[

Merece ainda destaque o tratamento dado àpercepção simultânea de remuneração e de proventosde aposentadoria. O assunto encontra-se disciplinadopela EC nº 20/98, que acrescentou o § 10 ao art. 37da Constituição, expressamente estendendo aproibição de acumulação aos proventos, como abaixose lê:

“§ 10 – É vedada a percepção simultânea

de proventos de aposentadoria decorrentesdo art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com aremuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveisna forma desta Constituição, os cargos eleti-vos e os cargos em comissão declaradosem lei de livre nomeação e exoneração.” 

Entretanto, convém esclarecer que escapamdessa proibição de acumulação:a) os proventos relativos a cargos que seriam acu-

muláveis se o servidor estivessem em atividade;b) o exercício de cargos em comissão cumulado

com proventos de aposentadorias; ec) a acumulação de remuneração ou proventos

atinentes a cargos eletivos.

7.3.16 – Disposições Constitucionais Relativasaos Servidores em Exercícios de MandatosEletivos

O art. 38 da CF/88 dispõe:

a) o servidor público que seja eleito para qualquer cargo, do Executivo ou do Legislativo, federal,estadual ou distrital (presidente da república,governador, deputado federal ou estadual) será,obrigatoriamente, afastado do seu cargo (efetivoou comissionado) emprego ou função públicos. A

remuneração percebida será, obrigatoriamente, ado cargo eletivo.

b) o servidor público investido no mandato de pre-feito será, obrigatoriamente, afastado de seucargo, emprego ou funções públicos. Nesse

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 11: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 11/65

Ética

11 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

caso, o servidor poderá optar entre a remu-neração do cargo de prefeito e a remuneraçãodo cargo, emprego ou função de que foiafastado.

c) o servidor eleito para o cargo de vereador po-derá, caso haja compatibilidade de horário,

acumular o exercício da vereança com o de seucargo, emprego ou função públicos. Nessa hipó-tese, o servidor receberá as duas remunerações;a de vereador e a de seu outro cargo, empregoou função públicos, obedecidos, evidentemente,os limites de remuneração do anteriormentecomentado inciso XI do art. 37 da Constituição.

7.3.17 – Regime Jurídico Único

O caput do art. 39, originariamente, estabelecia aobrigatoriedade de adoção, por cada ente da Fede-ração, de um só regime jurídico aplicável a todos osservidores integrantes de suas Administrações direta,autárquica e fundacional.

Logo, antes da EC nº 19/98, cada município, cadaestado-membro, o Distrito Federal e a União tinham aliberdade de estabelecer o regime jurídico a queestariam submetido seus servidores, e os de suasautarquias e fundações públicas, com a só condiçãode que este regime jurídico fosse unificado para todosos servidores daquela pessoa política.

Com base neste dispositivo constitucional aUnião editou a Lei nº 8.112/90, que instituiu o RegimeJurídico Único (RJU) dos servidores públicos civis daUnião, das autarquias e das fundações públicasfederais.

 A EC nº 19/98 alterou o caput do art. 39 com oobjetivo de eliminar a obrigatoriedade de adoção,pelas pessoas políticas de um regime jurídico unifica-do para seus agentes atuantes na Administraçãodireta, autarquias e fundações públicas. Assim,simplesmente passou a ser possível a existência deagentes públicos sujeitos a diferentes regimes jurídicos na mesma Administração, isto é, regimeestatutário e celetista.

Contudo, “esse cenário alterou-se profundamentecom o julgamento pelo STF, ainda em sede cautelar,da ADI 2.135 (relator Ministro Néri da Silveira, julgamento em 02/08/2007), onde se discute aconstitucionalidade da EC nº 19/98, em especial noque concerne à alteração do art. 39, caput, CF/88.

Ocorre que, quando das votações na Câmara dosDeputados, em primeiro turno, a proposta dealteração do caput do art. 39, CF/88, não foi aprovadapela maioria qualificada constitucionalmente exigida(art. 60, § 2º, CF/88). Ao elaborar o texto enviado paravotação, em segundo turno, a comissão especial deredação da Câmara dos Deputados teria deslocado o§ 2º do art. 39 – que havia sido aprovado, para o lugar do caput do artigo 39, cuja proposta de alteraçãohavia sido rejeitada no primeiro turno. Com essa

substituição, a redação original do caput do artigo 39simplesmente desapareceu. Naturalmente que essatransposição não pode ser tida por mera emendaredacional, de acordo com o art. 118 do RegimentoInterno da Câmara dos Deputados. Havia neces-

sidade, então, de nova votação, para cumprimento daexigência de aprovação por dois turnos em cada umadas Casas legislativas do Congresso Nacional (art.60, § 2º, CF/88).

Com isso, haveria inconstitucionalidade formal.Nesse julgamento afastou-se, em sede cautelar, a

nova redação do caput desse art. 39, retomando-se aredação original do texto constitucional.

Para que fique claro, compare-se a redaçãooriginal e a alterada pela EC nº 19/98:

Texto original da CF/88: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e

os Municípios instituirão, no âmbito de sua compe-tência, regime jurídico único e planos de carreira paraos servidores da administração pública direta, dasautarquias e das fundações públicas.

Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,de 1998:

 Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e

os Municípios instituirão conselho de política deadministração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

 À decisão foi dado efeito ex nunc, é dizer,irretroativo, não atingindo as situações jurídicashavidas entre a promulgação da EC nº 19/98 e adecisão do STF.

A partir de então, repise-se, retorna a regra daexigência de um Regime Jurídico Único, sendoincabível, hoje, contratação pelo regime da CLT,no âmbito federal.

Como efeito imediato, tem-se a inaplicabilidadeda Lei nº 9.962/2000, que disciplinou o regime deemprego público do pessoal da Administração federal

direta, autárquica e fundacional. Como agora só cabeum regime, único, o estatutário, não será maispossível a existência de novos empregos públicosno âmbito da Administração federal direta,autárquica e fundacional. Aqueles contratados sobesse regime antes da decisão do STF seguem emseus empregos, já que, como se disse, a decisãocautelar teve efeito ex nunc.”

(Texto do Prof. Leandro Cadenas)

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 12: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 12/65

Ética

12 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

8. ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOSCIVIS FEDERAIS (LEI 8.112/90)

8.1. INTRODUÇÃO

 As disposições legais reguladoras das relações jurídicas entre os servidores públicos civis e a Administração federal encontram-se na Lei nº  8.112,de 11 de dezembro de 1990. Essa lei foi editada paracumprir a disposição originariamente constante docaput  (primeira parte, cabeça)  do art. 39 daConstituição de 1988. Esse dispositivo, antes de ser completamente alterado pela EC 19/1998 (Reforma Administrativa), determinava à União, aos Estados, aoDF e aos Municípios a instituição de Regime JurídicoÚnico (não obrigatoriamente estatutário, mas

único) para seus servidores integrantes da Administração Direta, de suas autarquias e de suasfundações públicas.

O Congresso Nacional, então, editou a Lei nº8.112/1990 estabelecendo, para todos os servidoresda Administração Direta, das autarquias e dasfundações públicas federais, o regime jurídicoestatutário.

 A admissão para provimento de cargo efetivo depessoal só pode ocorrer mediante concurso público,como regra, excetuando-se a contratação temporária,em caráter excepcional (Lei 8745/93). Os servidoresde ógãos, autarquias e fundações públicas federaisdevem ser estatutários, tendo em vista que o STF

suspendeu liminarmente, desde agosto de 2007 (ADI2.135/DF), a eficácia da nova redação do caput  doartigo 39 da CF, dada pela EC 19/98, que permitia aexistência de regime misto (CLT e Estatuto). Taldecisão ocorreu, visto que não foi observada pelaCâmara dos Deputados a exigência da aprovação emdois turnos (§2°, art. 60 da CF). Todavia, a decisão demérito não produzirá efeitos retroativos, ou seja, nãoafetará os efeitos produzidos até agosto de 2007.

8.2. CARGOS E FUNÇÕES PÚBLICOS

Cargo público é o conjunto de atribuições eresponsabilidades previstas na estrutura organizacio-nal da Administração que devem ser cometidas a umservidor (art. 3º  da Lei nº  8.112/1990). Os cargospúblicos são criados por lei, com denominaçãoprópria e vencimento pago pelos cofres públicos,para provimento em caráter efetivo ou em comissão.Todo cargo, por representar um conjunto deatribuições, obrigatoriamente está relacionado a umafunção pública. É possível haver servidores comfunção pública e sem cargo (os agentes honoríficos,por exemplo: mesário eleitoral, jurados, etc.), mas nãoo inverso, pois isso significaria um lugar na estruturada Administração onde o servidor não teria o quefazer.

Os cargos públicos podem ser de:

PROVIMENTO  EFETIVO, quando se tratar de cargoisolado de provimento efetivo ou de carreira, sempre

exigindo aprovação prévia em concurso público paraseu preenchimento;PROVIMENTO EM COMISSÃO, inclusive na con-dição de interino, para cargos de confiança vagos,declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

O servidor ocupante de cargo em comissão ou

de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo de confi-ança, sem prejuízo das atribuições do que atual-mente ocupa, hipótese em que deverá optar pelaremuneração de um deles durante o período dainterinidade.

OBS.: Existem ainda os cargos VITALÍCIOS, oriundosda CF (magistrados, membros do Ministério Público eministros dos Tribunais de Contas). Tais cargos sãoregulamentados por leis próprias, por isso não osabordaremos.

 As FUNÇÕES PÚBLICAS podem ser autôno-mas, que são funções provisórias destinadas aatender necessidades temporárias ou transitórias,como as desempenhadas no caso de contratação por prazo determinado (recenseador do IBGE, por exemplo, ou Agente Temporário de Segurança – ATSda PMPE). De outra parte, as funções públicaspermanentes, ou funções de confiança da admi-nistração, apenas podem ser exercidas por ocupantesde cargos efetivos (art. 37, V, da CF/1988).

IMPORTANTE: As funções de confiança, bem comoos cargos em comissão. destinam-se exclusi-vamente a atribuições de DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO.

O servidor ocupante de cargo em comissão oufunção de confiança submete-se a regime de integraldedicação ao serviço, podendo ser convocado sempreque houver interesse da Administração (art. 19, §  1º,da Lei 8.112/1990).

8.3. PROVIMENTO

Provimento é o ato administrativo por meio doqual é preenchido cargo público, com a designação deseu titular. Os cargos públicos podem ser deprovimento efetivo ou de provimento em comissão(comumente chamados de “cargos de confiança”). A

Lei 8.112/1990 apresenta as seguintes formas deprovimento de cargo público:(1) NOMEAÇÃO;(2) PROMOÇÃO;(3) READAPTAÇÃO;(4) REVERSÃO;(5) APROVEITAMENTO;(6) REINTEGRAÇÃO; E(7) RECONDUÇÃO.

8.3.1 CLASSIFICAÇÃO

 As formas de provimento em cargo público são

classificadas em:a) formas de provimento originárias; eb) formas de provimento derivadas.

a) PROVIMENTO ORIGINÁRIO é o preenchimento

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 13: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 13/65

Ética

13 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

de classe inicial de cargo não decorrente dequalquer vínculo anterior entre o servidor e a Administração. A única forma de provimentooriginário atualmente compatível com a Constitui-ção é a NOMEAÇÃO e, para os cargos efetivos,depende sempre de aprovação prévia em

concurso público de provas ou de provas e títulos(CF, art. 37, II). Fica mais fácil, portanto,memorizar por eliminação: Se a forma de provi-mento não for nomeação, mas qualquer uma dasoutras seis formas acima citadas, tratar-se-á dePROVIMENTO DERIVADO.

b) PROVIMENTO DERIVADO é o preenchimento decargo decorrente de vinculo anterior entre oservidor e a Administração. As formas de provi-mento derivado compatíveis com a CF/88 e enu-meradas no art. 8º da Lei nº 8.112/90 são a pro-moção, a readaptação, a reversão, o aprovei-tamento, a reintegração e a recondução. Pode-mos ver um exemplo na figura do APROVEITA-MENTO, que é o preenchimento de cargo por servidor que fora posto em disponibilidade(devido à extinção do cargo que ocupava oudeclaração de sua desnecessidade). Esse cargo,preenchido por aproveitamento, não é o mesmono qual o servidor havia sido originariamenteinvestido, o qual pode, inclusive, não mais existir.Nota-se, então, que o provimento do cargo por essa forma depende necessariamente do vinculoanterior-mente existente entre o servidor aproveitado e a Administração. Não há nessecaso concurso público, nomeação ou posse.

IMPORTANTE: A ASCENSÃO E A TRANSFERÊN-CIA, duas outras formas de provimento derivadoanteriormente previstas no mesmo art. 8º  da Lei nº8.112/1990, foram consideradas inconstitucionaispelo STF. Por isso, não existem mais no ordenamento jurídico, sendo expressamente revogadas pela Lei nº9.527/1997.

8.3.2 FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOSPÚBLICOS

(1) NOMEAÇÃOÉ a única forma de provimento originário atual-

mente existente, única compatível com o sistemaestabelecido pela CF/88. A nomeação pode dar-se emcaráter efetivo ou em comissão, para cargos deconfiança, esta última não exigindo concurso público,podendo tanto recair sobre quem já seja integrante da Administração Pública (onde mesmo assim continuasendo provimento originário, já que a causa danomeação em comissão não é a relação existenteentre o servidor e a Administração) ou sobre pessoasem qualquer vínculo anterior com a Administração. Anomeação poderá ser: I - em caráter efetivo, quandose tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou decarreira; II - em comissão, inclusive na condição de

interino, para cargos de confiança vagos. (Red. dadapela Lei nº 9.527, de 10.12.1997).Sempre que o provimento decorrer de concurso

público haverá nomeação e o provimento é efetivo eoriginário. Ex.: Se José ingressou na Polícia Federal

por concurso como Agente, mais tarde concluiu ocurso de Direito e deseja tornar-se Delegado naPolícia Federal, terá que fazer novo concurso paraesse cargo. Se aprovado, será nomeado no cargo edepois tomará posse. Embora José possuísse umvinculo anterior com a mesma Administração,

nenhuma relação há entre o provimento desse cargode Agente e seu cargo anterior. Sua nomeação comoDelegado decorre exclusivamente de sua aprovaçãono novo concurso e seu provimento, portanto, éoriginário.

 A NOMEAÇÃO é  ato administrativo unilateralque não gera, por si só, qualquer obrigação para oservidor, mas sim o direito subjetivo para que essevenha a tomar posse de seu cargo, aperfeiçoandoassim o vínculo com a Administração.

 A POSSE, que só ocorre nos casos de provi-mento por nomeação, esta, sim, é ato jurídicobilateral, em que o servidor é investido das atribui-ções e responsabilidades inerentes ao cargo.IMPORTANTE: O nomeado somente se tornaservidor (investidura) com a POSSE.

O nomeado tem o prazo de trinta dias(IMPRORROGÁVEIS) , contados da nomeação, paratomar posse, salvo nos casos de licença ouafastamento, hipótese em que se inicia a contagem apartir do término do impedimento. Não o fazendo noprazo previsto, o nomeado não chega a aperfeiçoar ovínculo com a Administração, e o ato de provimento étornado sem efeito. Não é caso de anulação porquenão há vicio no ato de nomeação que tal justificasse etambém não cabe falar em exoneração, pois onomeado não chegou a tornar-se servidor .

(2) READAPTAÇÃO A readaptação ocorre quando o servidor, estável

ou não, havendo sofrido uma limitação física oumental em suas habilidades, torna-se inapto aoexercício do cargo que ocupa, mas, por não ser casode invalidez permanente, pode ainda exercer outrocargo para o qual a limitação sofrida não o inabilita.

O cargo provido por readaptação deverá ter atribuições semelhantes às do anterior. Tem que ser respeitada a habilitação exigida, o nível de esco-laridade e a equivalência de vencimentos. Na hipótesede inexistência de cargo vago, o servidor exercerásuas atribuições como excedente, até a ocorrência de

vaga. Assim, fica claro que a readaptação nãosignifica provimento de cargo “inferior ” (e nem“superior ”) pelo servidor que sofreu limitação emsuas habilidades. Simplesmente o novo cargo, paraseu exercício, não exige utilização da habilidade que oServidor teve reduzida. É a primeira opção da Administração ante a hipótese de aposentar servidor por invalidez permanente, evidentemente muito maisvantajosa para ela, Administração, e também para oservidor, especialmente nos casos em que a aposen-tadoria a que ele faria jus seria a com proventosproporcionais.

(3) REINTEGRAÇÃO A reintegração é forma de provimento derivadoexpressamente prevista na Constituição (art. 41, §  20)e ocorre quando o servidor estável, anteriormentedemitido, tem a decisão administrativa ou judicial que

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 14: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 14/65

Ética

14 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

determinou sua demissão invalidada. O irregular-mente demitido retomará, então, ao cargo de origem,com ressarcimento de todas as vantagens a que teriafeito jus durante o período de seu afastamento ilegal,inclusive às promoções por antiguidade.

Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor 

ficará em DISPONIBILIDADE , até seu adequadoaproveitamento.

Encontrando-se provido o cargo, o seu eventualocupante, se estável, será RECONDUZIDO ao cargode origem, sem direito a indenização, ou aproveitadoem outro cargo, ou, ainda, posto em DISPONI-BILIDADE (nesse caso com remuneração propor-cional). Se não estável deverá ser exonerado.

 A CF se reporta apenas à reintegração que seaplica ao servidor estável. O que se pode concluir daínão é que o servidor não estável, demitido irregular-mente e que tenha a demissão invalidada pelaAdministração ou pelo Judiciário, simplesmentenão retorne ao cargo. Também não é corretoentender-se que servidor não estável não pode ser demitido, somente exonerado, pois demissão épunição por falta grave e exoneração é:

a) desligamento, sem qualquer caráter punitivo;b) por insuficiência de desempenho (CF, art. 41,

§ 1º, III), ou, ainda,c) por inabilitação no estágio probatório.

Logo, o servidor não estável que tenha sua de-missão invalidada retornará ao serviço público, certode que esse retorno não será chamado de reinte-gração, mas apenas de anulação da demissão ilegal.

(4) APROVEITAMENTOÉ  forma de provimento derivado expressamenteprevista pela Constituição (art. 41, §  3º)  Trata-se doretomo do servidor posto em DISPONIBILIDADE(portanto, estável) a cargo de atribuições e vencimen-tos compatíveis com o anteriormente ocupado (o qualfoi extinto ou declarado desnecessário).

Será tomado sem efeito o aproveitamento ecassada a disponibilidade se o servidor não entrar emexercício no prazo legal, salvo por motivo de doença,comprovada por junta médica oficial. De acordocom pareceres administrativos, esse prazo será de 30dias. Observe-se que a cassação da disponibilidadeé penalidade administrativa, punição, equivalente à

demissão.

(5) PROMOÇÃO A promoção é forma de provimento derivado, nas

carreiras em que o desenvolvimento do servidor ocorre por provimento de cargos sucessivos eascendentes. Não se aplica aos cargos isolados,somente aos escalonados em carreira e sempre serefere ao progresso dentro da mesma carreira,NUNCA à passagem de uma carreira à outra (comoacontecia na ascensão), o que seria impossível por provimento derivado.

 A promoção não interrompe o tempo de exercício,

que é contado no novo posicionamento na carreira apartir da data de publicação do ato que promover oservidor.

(6) REVERSÃO

 A reversão, forma de provimento derivado nãocitada pela Constituição, aplicava-se, segundo aredação original da Lei nº  8.112/1990, exclusivamenteao servidor que, aposentado por invalidez permanente(portanto, estável ou não), tivesse declaradasinsubsistentes por junta médica oficial as causas que

determinaram sua aposentadoria (deixaram de existir os motivos que determinaram a invalidez, o servidor curou-se ou o diagnóstico que originalmente haviadeterminado sua invalidez era infundado). Deduz-se,assim, que a reversão, como estava prevista origina-riamente na Lei, sempre era ato de ofício, sendoobrigatória, caso constatada a insubsistência citada.Não se aplicaria em hipótese nenhuma ao servidor aposentado por tempo de serviço.

Esse regramento da reversão vigorou até apublicação da Medida Provisória nº 2.225-45. EssaMedida Provisória alterou substancialmente o institutoda reversão, dando nova redação ao art. 25 da Lei nº8.112/1990. Portanto, atualmente a reversão podedar-se, também, a pedido do servidor que tenha seaposentado por tempo de serviço (as regras relativasà reversão de ofício, determinada pela insubsistênciados motivos que hajam levado à aposentadoria por invalidez, permaneceram as mesmas). O servidor aposentado por tempo de serviço pode pedir o retornoao cargo anteriormente ocupado, mediante reversão,desde que atendidos os demais pressupostosconstantes das alíneas do inciso II. A regulamentaçãofoi realizada pelo Decreto 3.644, de 30.11.2000.

Resumindo, vale registrar os seguintes aspectospertinentes à reversão:a) a reversão faz-se no mesmo cargo ante-

riormente ocupado ou no cargo resultante de suatransformação;b) no caso da reversão de ofício, encontrando-se

provido o cargo, o servidor exercerá suas atribui-ções como excedente, até a ocorrência de vaga;

c) no caso da reversão a pedido, não existe apossibilidade de o servidor exercer suas atri-buições como excedente, pois somente ocorreráo deferimento da reversão se existir cargo vago(alínea “e” do inciso II do art. 25);

d) em qualquer hipótese, não pode reverter oaposentado que já tiver completado 70 anos deidade (pois cairia na aposentadoria compulsória);

e) sendo a reversão a pedido concedida no

interesse da Administração, resta claro que seudeferimento é ato administrativo discri-cionário;

f) a reversão de ofício, resultante da declaração deinsubsistência da invalidez do aposentado, éefetivada por meio de ato administrativo vinc-ulado: declarada a insubsistência da invalidezserá necessariamente revertido o servidor, nãocabendo à Administração, nessa hipótese, opinar sobre a oportunidade ou a conveniência da voltado servidor ao serviço.

(7) RECONDUÇÃO

 A recondução, nos termos do art. 29 da Lei nº8.112/1990, é o retorno do servidor estável ao cargoanteriormente ocupado, podendo decorrer de:(1) inabilitação em relativo a outro cargo; ou

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 15: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 15/65

Ética

15 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

(2) reintegração do anterior ocupante.

Em relação à primeira hipótese, inabilitação emestágio probatório, o legislador garante ao servidor estável sua permanência no serviço público nahipótese de ser considerado pela Administração não

apto ao exercício do novo cargo para o qual foiaprovado em concurso público. Esta previsão decorredo fato de ser a estabilidade atributo do servidor, apóso preenchimento dos requisitos constitucionais elegais. O servidor não é estável em determinadocargo, mas sim no serviço público. Prova disso é quepode o cargo ocupado pelo servidor ser extinto semque ele perca sua condição de estável, sendo, então,posto em disponibilidade remunerada (proporcional-mente ao tempo de serviço) ou aproveitado em outrocargo compatível com o extinto. O estágio probatórioé que visa a avaliar a aptidão e capacidade doservidor para o desempenho de determinado cargo.Por isso, cada vez que um servidor seja nomeadopara um cargo, necessita cumprir todo o período deestágio probatório a fim de ser considerado apto aoexercício daquele cargo. Caso já cumprido o estágioprobatório – em cargo anterior e adquirida, peloservidor, a estabilidade no serviço público nos termosdo art. 41 da CF/1988, pode ocorrer que o servidor seja considerado inapto para o exercício de novocargo no qual tenha sido nomeado. Ex.: Um analistaprevidenciário estável do INSS é aprovado noconcurso de Delegado da Polícia Federal e pedevacância no INSS, assumindo o cargo de Delegado.No entanto, por um dos motivos legais, após ocumprimento do período legal, é inabilitado no estágio

probatório do cargo de delegado. Nesse caso, oservidor tem assegurado o seu direito de retorno aoantigo cargo de analista previdenciário do INSS.

 A segunda hipótese de ocorrência de recon-dução é muito simples: O servidor “X” é demitido e,uma vez vago o seu cargo, a Administração Pública opreenche com o servidor “Y”. Num momento posterior,o demitido (“X”) consegue, administrativa ou judicialmente, invalidar a sua demissão, obtendodireito de retorno ao cargo (reintegração), com todasas vantagens do período. Com a reintegração de “X”,o servidor “Y”, que estava ocupando o seu cargo, seestável, será reconduzido ao seu anterior cargo, semdireito a indenização, ou aproveitado em outro cargo,

ou, ainda, colocado em disponibilidade (neste casorecebendo proporcionalmente ao seu tempo deserviço – CF, art. 41, § 2º, com a nova redação da EC19/1998).

8.4 POSSE

O art. 7º da Lei nº 8.112/1990 estabelece que ainvestidura no cargo público ocorre com a posse.Só há posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. Enquanto a nomeação é um ato unilateralda autoridade competente, mediante o qual é dadoprovimento a um cargo público, a posse é um ato

bilateral por meio do qual o servidor investe-se dasatribuições e responsabilidades inerentes a seu cargo.Com a posse o nomeado torna-se servidor, aceitandoas regras legais de regência de sua relação jurídicacom a Administração decorrentes do cargo que passa

a estar apto a exercer. A posse pode dar-se por procuração específica (§3º, art. 13 da Lei 8112/90).

O art. 13 da Lei nº 8.112/1990 torna clara anatureza de ato bilateral da posse, determinando: “Aposse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo,no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as

responsabilidades e os direitos inerentes ao cargoocupado, que não poderão ser alterados unilateral-mente, por qualquer das partes, ressalvados os atosde ofício previstos em lei.”

O prazo para o nomeado tomar posse é de trintadias, improrrogáveis, contados da nomeação ou, nocaso de servidor que se encontre em licença nestadata, do término de seu impedimento. Se o nomeadonão toma posse no prazo previsto, não chega acompletar-se o vínculo jurídico funcional entre ele a Administração. Não há, portanto, como se falar emexoneração. Será simplesmente tornado sem efeito oato de nomeação (art. 13, § 6º).

8.5. EXERCÍCIO

Exercício é o efetivo desempenho das atribui-ções do cargo público ou da função de confiança (art.15). O servidor tem o prazo de quinze dias, IMPROR-ROGÁVEIS, contados da data da posse, para entrar em exercício. Vale destacar que O servidor que devater exercício em outro município em razão de ter sidoremovido, redistribuído, requisitado, cedido ou postoem exercício provisório terá, no mínimo, dez e, nomáximo, trinta dias de prazo, contados da publicaçãodo ato, para a retomada do efetivo desempenho dasatribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo

necessário para o deslocamento para a nova sede(art. 18 da Lei 8.112/90).No caso de designação para função de confiança

a regra é diversa: o início do exercício de função deconfiança deve coincidir com a data de publicaçãodo ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outromotivo legal, hipótese em que recairá no primeiro diaútil após o término do impedimento, que não poderáexceder a trinta dias da publicação (art. 15, § 4º). Adesignação para função de confiança será tornadasem efeito quando o servidor não entrar em exercíciono prazo legal.

IMPORTANTE: Embora o agente torne-se servi-dor público a partir da posse, somente com o exerci-cioformar-se-ão as relações jurídicas entre ele e a Administração que tenham por base o tempo deefetivo desempenho das atribuições do cargo. É apartir da data em que o servidor entra em exercícioque começam contar os prazos para todos os seusdireitos relacionados ao tempo de serviço, como, por exemplo, o gozo de férias, a percepção de remu-neração, o cálculo da gratificação natalina propor-cional, a aquisição da estabilidade, etc.

 A jornada de trabalho dos servidores federaisdeverá respeitar a duração máxima semanal de qua-

renta horas, observados os limites mínimo e máximode seis horas e oito horas diárias. Estes limites nãosão aplicáveis à duração de trabalho estabelecida emleis especiais (servidores que trabalham em regime deplantão, que exercem atividades especialmente

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 16: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 16/65

Ética

16 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

penosas ou insalubres, etc.).

8.6. ESTÁGIO PROBATÓRIO

Seguiremos o conceito de Maria Silvya Zanella DiPietro, doutrinadora mais utilizada em concursos, que

define: “(...) o período compreendido entre o início doexercício e a aquisição da estabilidade é denominadode estágio probatório (...)” (Di Pietro, 2006, p. 574).Deve-se ter bastante atenção para não confundir aprovação em estágio probatório com aquisiçãode estabilidade. Após a EC nº 19/1998 o períodonecessário para a aquisição da estabilidade passou aser de TRÊS ANOS. Recentemente,  houve  umatentativa de resolver o problema de interpretação arespeito do estágio probatório através da  MedidaProvisória nº 431, de 2008 , que dava nova redação aoartigo 20, estabelecendo 36 meses para o referidoestágio. Todavia, tal alteração foi rejeitada quandoda transformação da mesma em lei, a saber, Lei n°11.784/2008. Assim, o artigo passou a ter a seguinteredação:

“Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivoficará sujeito a estágio probatório por períodode vinte e quatro meses durante o qual a suaaptidão e capacidade serão objeto de avalia-ção para o desempenho do cargo, observadosos seguintes fatores:I - assiduidade;II - disciplina;III - capacidade de iniciativa;

IV - produtividade;V- responsabilidade.

§1o 4 (quatro) meses antes de findo o períododo estágio probatório, será submetida àhomologação da autoridade competente aavaliação do desempenho do servidor, reali-zada por comissão constituída para essa fina-lidade, de acordo com o que dispuser a lei ouo regulamento da respectiva carreira ou car-go, sem prejuízo da continuidade de apu-ração dos fatores enumerados nos incisos I aV do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008

O servidor não aprovado no estágio probatórioserá exonerado ou, se estável, reconduzido aocargo anteriormente ocupado, como já estudado.

Deve-se observar que a inabilitação no estágioprobatório não acarreta penalidade para o servidor,mas simplesmente sua exoneração. Declarar oservidor inabilitado no estágio probatório significa tãosomente afirmar que ele não possui aptidão para oexercício daquele cargo (tanto é assim que se ele for estável pode ser reconduzido ao cargo anteriormenteocupado). O servidor inabilitado não cometeuqualquer infração de natureza grave, caso em que a

hipótese seria de demissão. Apesar de ser pacifico não possuir a exoneraçãocaráter punitivo, o STF entende que a exoneração doservidor em decorrência de inabilitação em estágioprobatório deve ser precedida do devido processo

legal em que lhe seja assegurado o contraditório e aampla defesa. O STF já afirmou que o estágio proba-tório não protege o servidor na hipótese de extinçãodo cargo, ou seja, se o cargo for extinto o servidor emestágio probatório será exonerado.

O servidor em estágio probatório poderá exercer 

quaisquer cargos de provimento em comissão oufunções de direção, chefia ou assessoramento noórgão ou entidade em que se encontra lotado.Diversamente, para poder ser cedido a outro órgão ouentidade, o servidor em estágio probatório deverá ter sido nomeado para cargo de natureza especial oupara cargos em comissão dos níveis mais elevadosda Administração federal (DAS – Direção e Assessoramento Superiores, níveis 4, 5 ou 6 e cargosde Natureza Especial).

8.7. VACÂNCIA

 A Lei nº 8.112/1990 refere-se à vacância como ashipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo,tornando-o passível de ser preenchido por outrapessoa. A vacância pode acarretar rompimentodefinitivo do vinculo jurídico entre o servidor e a Administração, como ocorre nas hipóteses de exone-ração, demissão e falecimento, ou pode simplesmentealterar esse vínculo ou fazer surgir um novo, comoocorre nas hipóteses de promoção, readaptação,aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável.

 As hipóteses de vacância enumeradas na Lei nº8.112/1990 encontram-se nos incisos do art. 33 e sãoas seguintes:(1) EXONERAÇÃO;

(2) DEMISSÃO;(3) PROMOÇÃO;(4) READAPTAÇÃO;(5) APOSENTADORIA;(6) POSSE EM OUTRO CARGO INACUMU-

LÁVEL;(7) FALECIMENTO.

Há hipóteses de vacância que implicam, simul-taneamente, o provimento de novo cargo pelo servidor (promoção, readaptação e posse em outro cargoinacumulável). Nas demais hipóteses, ocorre apenasvacância.

 Ainda sobre a exoneração, a Lei arrola as se-

guintes possibilidades de que ela ocorra:a) Para o servidor   ocupante de cargo efetivopoderá ser:(1) A pedido;(2) De oficio, em decorrência de: Inabilitação em

estágio probatório ou caso o servidor não entrar em exercício no prazo legal após a posse.

b) para o servidor em cargo comissionado poderáser:(1) A pedido;(2) De ofício, livremente, a juízo da autoridade

competente (exoneração ad nutum).

EMBORA A LEI NÃO MENCIONE, HAVERÁ TAM-BÉM EXONERAÇÃO:

(1) quando for   extinto o cargo do servidor  em

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 17: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 17/65

Ética

17 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

estágio probatório;(2) na hipótese de reintegração, quando o cargo

em que deva ser reintegrado o servidor encontrar-se ocupado por servidor não estável;

(3) por  insuficiência de desempenho (prevista noart. 41, § 1º, III, da CF/1988);

(4) por excesso de despesa com pessoal (previstano art. 169, § 4º da CF/1988).

8.8. REMOÇÃO

 A denominada remoção não constitui forma deprovimento. Trata-se, o instituto da remoção, dodeslocamento do servidor para exercer suas ativida-des em outra unidade do mesmo quadro, ou seja, oservidor permanece no seu mesmo cargo. Semqualquer alteração a esse respeito. A remoção podeimplicar, ou não, mudança na localidade de exercíciodo servidor. O servidor pode, simplesmente, ser removido da Delegacia da Receita Federal em Porto Alegre para a Inspetoria da Receita Federal, tambémem Porto Alegre. Diversamente, o servidor pode ser removido da Delegacia da Receita Federal emManaus para a Delegacia da Receita Federal no Riode Janeiro.

 A remoção pode ocorrer de ofício ou a pedido. Aremoção de oficio será sempre determinada nointeresse da Administração e, em tese, independe davontade do servidor removido. A remoção a pedidopode ocorrer  a critério da Administração (discri-cionária) ou pode, em algumas hipóteses, a Adminis-tração ser obrigada a conceder a remoção ao servidor que a requeira. Esse último caso corresponde à

denominada remoção a pedido independentementedo interesse da Administração.O primeiro ponto digno de nota é a existência de

remoção a pedido independentemente do interesseda Administração somente nos casos de alteração nalocalidade de exercício do servidor. Repita-se, nãoexiste remoção a pedido independentemente do inte-resse da Administração sem mudança de sede. Aremoção a pedido, para outra localidade, indepen-dentemente do interesse da Administração, podeocorrer nas seguintes hipóteses legais (Lei nº8.112/1990, art. 36, III):b) para acompanhar cônjuge ou companheiro,

servidor público ou militar, de qualquer dos

Poderes da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, que foi deslocado nointeresse da Administração;

c) por motivo de saúde do servidor, cônjuge,companheiro ou dependente que viva às suasexpensas e conste do seu assentamentofuncional, condicionada à comprovação por juntamédica oficial;

d) em virtude de processo seletivo promovido, nahipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo comnormas preestabelecidas pelo órgão ou entidadeem que aqueles estejam lotados.

Por último, devemos enfatizar que remoção não ésinônimo de transferência. A transferência era formade provimento (a remoção não é!), previstaoriginalmente no art. 8º,  IV, da Lei nº 8.112/1990,

consistente na passagem do servidor estável de cargoefetivo para outro de igual denominação, pertencentea quadro de pessoal diversos, de órgão ou instituiçãodo mesmo Poder. A forma de provimento transfe-rência foi declarada inconstitucional pelo STF (ADIn231; ADIn 837) e, posteriormente, foi expressamente

revogada pela Lei nº 9.527/1997.

8.9. REDISTRIBUIÇÃO

Redistribuição é definida no art. 37 da Lei nº8.112/1990 como “o deslocamento de cargo deprovimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito doquadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidadedo mesmo Poder ”. Como vemos, redistribuiçãotambém não é forma de provimento. Ocorre deslo-camento do cargo, esteja ou não ocupado, para outroórgão ou entidade, e não preenchimento de um cargopreexistente nesse órgão ou entidade. Deve-seobservar também que, no caso de redistribuição decargo ocupado, não é necessário que o servidor ocupante seja estável.

 A redistribuição deve ser previamente apreciadapelo órgão central do Sistema de Pessoal Civil(SIPEC) e possui os seguintes pressupostos:II. interesse da administração;III. equivalência de vencimentos;IV. manutenção da essência das atribuições do

cargo;V. vinculação entre os graus de responsabilidade e

complexidade das atividades;VI. mesmo nível de escolaridade, especialidade ou

habilitação profissional;

VII. compatibilidade entre as atribuições do cargo eas finalidades institucionais do órgão ouentidade.

É importante notar que a redistribuição somenteexiste ex officio, ou seja, não pode ser requerida peloservidor, como no caso da remoção. 

 A redistribuição é uma técnica que permite à Administração adequar seus quadros às reais neces-sidades de serviço de seus órgãos ou entidades. Per-mite, também, o remanejamento de cargos nas hipó-teses de extinção ou criação de órgãos ou entidades.

Nos casos de reorganização ou extinção deórgão ou entidade, o servidor  estável que tenha seu

cargo extinto ou declarado desnecessário, não sendoredistribuído, será colocado em disponibilidade, comproventos proporcionais, até seu aproveitamento. Alternativamente, o servidor que não for redistribuídoou colocado em disponibilidade poderá ser mantidosob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, atéseu adequado aproveitamento. Essa hipótese deexercício provisório será, em regra, mais interessantepara a Administração, uma vez que o servidor nãopermanece em inatividade remunerada, e para oservidor, tendo em vista o fato de a remuneração dadisponibilidade ser, hoje, proporcional ao tempo de

serviço.8.10. DA SUBSTITUIÇÃO

Os servidores investidos em cargo ou função de

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 18: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 18/65

Ética

18 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Nature-za Especial terão substitutos indicados no regimentointerno ou, no caso de omissão, previamente desig-nados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

O substituto assumirá automática e cumulativa-mente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício

do cargo ou função de direção ou chefia e os deNatureza Especial, nos afastamentos, impedimentoslegais ou regulamentares do titular e na vacância docargo, hipóteses em que deverá optar pela remune-ração de um deles durante o respectivo período.

O substituto fará jus à retribuição pelo exercíciodo cargo ou função de direção ou chefia ou de cargode Natureza Especial, nos casos dos afastamentosou impedimentos legais do titular, superiores a trintadias consecutivos, paga na proporção dos dias deefetiva substituição, que excederem o referidoperíodo (redação dada pela Lei nº 9.527, de10.12.1997).

8.11. DIREITOS E VANTAGENS DOS SERVIDORESPÚBLICOS CIVIS FEDERAIS

8.11.1 VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO

 A percepção de remuneração como contrapres-tação dos serviços prestados à Administração é umdireito dos servidores públicos. A Lei n 0 8.112/1990,em seu art. 4º,  proíbe a prestação de serviçosgratuitos à Administração, salvo na hipótese deexpressa previsão legal.

Para efeitos de concursos, ficaremos, no pre-sente tópico, estritamente vinculados às definições

expressas na Lei nº 8.112/1990, sem adentrar nasdivergências doutrinárias.O art. 40 da lei define vencimento como a

retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público,com valor fixado em lei. Por sua vez, o art. 41conceitua remuneração como a soma do vencimentocom as vantagens pecuniárias permanentes estabe-lecidas em lei. Recentemente a Lei 11.784/08 acres-centou o § 5o ao art. 41: “Nenhum servidor receberáremuneração inferior ao salário mínimo”.

 A lei confere grande proteção à remuneração (eaos proventos dos inativos), em razão do caráter alimentício que esta possui. Por esse motivo, veda aincidência de qualquer desconto sobre a remu-

neração, a menos que estejam previstos em lei oudecorram de mandado judicial (Pensão alimentícia,por exemplo, art. 45).

 Além dessa garantia, a Lei assegura que a re-muneração e o provento não serão objeto dearresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos deprestação de alimentos resultante de decisão judicial(art. 48). Portanto, se um servidor público estiver sofrendo execução judicial em razão de inadim-plemento de divida não alimentícia, deverá ser efetua-da a penhora, ou outros procedimentos assecuratóriosda execução, sobre seus bens penhoráveis e, se oservidor não possuir bens penhoráveis, a execução

será frustrada, uma vez que sua remuneração estáprotegida pela Lei.

8.11.2 VANTAGENS

 A Lei denomina vantagens, de forma genérica,

qualquer valor recebido pelo servidor que não seenquadre na definição de vencimento. As denomi-nadas vantagens podem ou não integrar o conceito deremuneração. Como vimos, integram a remuneraçãoas vantagens pecuniárias permanentes estabelecidasem lei .

Conforme o art. 49 da Lei, as vantagens dividem-se em:

(1) indenizações;(2) gratificações; e(3) adicionais.

As indenizações, em nenhuma hipótese, inte-gram o conceito de remuneração. Já os adicionais eas gratificações podem, ou não, fazer parte daremuneração. São remuneração as vantagens queforem permanentes.

 As indenizações não se incorporam ao venci-mento ou provento para qualquer efeito. As gratifi-cações e os adicionais podem incorporar-se ao venci-

mento ou provento, nos casos e condições indicadosem lei.

(1) INDENIZAÇÕES

 As indenizações estão enumeradas no art. 51 daLei nº 8.112/1990. As indenizações não fazem parteda remuneração, conforme definida nessa Lei. Asindenizações geralmente possuem caráter eventual esão devidas ao servidor em situações nas quais elenecessitou efetuar alguma despesa para desem-penhar suas atribuições. As indenizações visamrecompor  o patrimônio do servidor que sofreu umaredução em decorrência do regular exercício de suasfunções. A Lei arrola três espécies de indenizações:

a) Ajuda de custo (arts. 53 a 57)

 A ajuda de custo destina-se a compensar asdespesas de instalação do servidor que, no interessedo serviço, passar a ter exercício em nova sede, commudança de domicílio em caráter  permanente. Alémdo valor pago a título de ajuda de custo decorrente damudança do servidor para um novo domicílio, a Administração assume das despesas de transporte doservidor e de sua família, compreendendo passagem,bagagem e bens pessoais.

O valor pago a titulo de ajuda de custo é calcu-lado sobre a remuneração do servidor não podendo

exceder a importância correspondente a 3 meses deremuneração. O servidor ficará obrigado a restituir aajuda de custo quando, injustificadamente, não seapresentar na nova sede no prazo de 30 dias. Àfamília do servidor que falecer na nova sedesão assegurados ajuda de custo e transporte para alocalidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano,contado do óbito.

b) Diárias (arts. 58 e 59)

O servidor que, a serviço, afastar-se da sede emcaráter eventual ou transitório para outro ponto doterritório nacional ou para o exterior, fará jus apassagens e diárias destinadas a indenizar as parce-las de despesas extraordinárias com pousada,alimentação e locomoção urbana.

É importante notar que as diárias somente sãodevidas ao servidor quando o deslocamento é de

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 19: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 19/65

Ética

19 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

caráter eventual. O § 2º do art. 58 deixa claro que noscasos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.

O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-

las integralmente, no prazo de 5 dias. Se o afasta-mento do servidor durar menos tempo do que ooriginalmente previsto, ele deverá restituir as diáriasrecebidas em excesso no prazo de 5 dias.

c) Indenização de transporte (art. 60)

 A indenização de transporte é devida ao servidor que realiza serviços externos utilizando meio detransporte próprio. Geralmente é paga por dia dedeslocamento. Dá ensejo a essa indenização, por exemplo, a realização de visita a estabelecimentoscomerciais realizada por fiscais de tributos em queeles utilizem seus próprios veículos para transportar-se.

d) Do Auxílio-moradia(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressar-cimento das despesas comprovadamente realizadaspelo servidor com aluguel de moradia ou com meio dehospedagem administrado por empresa hoteleira, noprazo de um mês após a comprovação da despesapelo servidor.Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos:

I. não exista imóvel funcional disponível para usopelo servidor;II. o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe

imóvel funcional;III. o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não

seja ou tenha sido proprietário, promitentecomprador, cessionário ou promitente cessio-nário de imóvel no Município aonde for exercer ocargo, incluída a hipótese de lote edificado semaverbação de construção, nos doze meses queantecederem a sua nomeação;

IV. nenhuma outra pessoa que resida com oservidor receba auxílio-moradia;

V. o servidor tenha se mudado do local de residên-

cia para ocupar cargo em comissão ou função deconfiança do Grupo-Direção e AssessoramentoSuperiores – DAS, níveis 4, 5 e 6, de NaturezaEspecial, de Ministro de Estado ou equivalentes;

VI. o Município no qual assuma o cargo emcomissão ou função de confiança não seenquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, emrelação ao local de residência ou domicílio doservidor;

VII. o servidor não tenha sido domiciliado ou tenharesidido no Município, nos últimos doze meses,aonde for exercer o cargo em comissão oufunção de confiança, desconsiderando-se prazo

inferior a sessenta dias dentro desse período; eVIII. o deslocamento não tenha sido por força dealteração de lotação ou nomeação para cargoefetivo.

IX. o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho

de 2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007).

Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não seráconsiderado o prazo no qual o servidor estava ocu-pando outro cargo em comissão relacionado no incisoV.

Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada períodode 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 11.784, de2008)Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 8 (oito)anos dentro de cada período de 12 (doze) anos, opagamento somente será retomado se observados,além do disposto no caput deste artigo, os requisitosdo caput do art. 60-B desta Lei, não se aplicando, nocaso, o parágrafo único do citado art. 60-B. (Incluídopela Lei nº 11.784, de 2008)Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia élimitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor docargo em comissão, função comissionada ou cargo deMinistro de Estado ocupado. (Incluído pela Lei nº11.784, de 2008)§ 1º O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração deMinistro de Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de2008)§ 2º Independentemente do valor do cargo emcomissão ou função comissionada, fica garantido atodos os que preencherem os requisitos o ressarci-mento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentosreais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008)Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração,colocação de imóvel funcional à disposição do ser-

vidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradiacontinuará sendo pago por um mês. (Incluído pela Leinº 11.355, de 2006)

(2) GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

 As gratificações e adicionais a que fazem jus osservidores públicos civis federais estão enumeradosno art. 61 da Lei nº 8.112/1990. A lista não étaxativa, isto é, existem outras gratificações eadicionais, previstos em lei, além dos arrolados noreferido dispositivo. São as seguintes as gratificaçõese adicionais disciplinadas na Lei nº 8.112/1990:

a) retribuição pelo exercício de função de direção,chefia e assessoramento;

 A lei determina que o servidor ocupante de cargoefetivo investido em função de direção, chefia ouassessoramento, cargo de provimento em comissãoou de natureza especial receba uma retribuição peloseu exercício. Portanto, o servidor ocupante de cargoefetivo, nomeado para cargo em comissão, ficaráafastado de seu cargo efetivo, mas receberá, além daremuneração deste, uma retribuição pelo desem-penho do cargo comissionado. A remuneração doscargos em comissão deve ser estabelecida em lei

específica.b) b) gratificação natalina;

 A gratificação natalina equivale ao décimo tercei-

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 20: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 20/65

Ética

20 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

ro salário dos trabalhadores regidos pela CLT. Agratificação natalina corresponde a 1/12 (um dozeavos) da remuneração a que o servidor fizer jus nomês de dezembro, por mês de exercício no respectivoano, sendo fração igual ou superior a 15 (quinze) diasconsiderada como mês integral para efeito de cálculo.

(art. 63). Assim, por exemplo, se o servidor entra emexercício no dia 10 de setembro e sua remuneraçãoem dezembro for de  R$ 3.000,00, sua gratificaçãonatalina será de 4/12 de R$ 3.000,00, ou seja, R$1.000,00.

c) c) adicional pelo exercício de atividades insalu-bres, perigosas ou penosas;

O adicional de insalubridade é devido ao servi-dor que, em razão de suas funções, está em constan-te contato com substâncias ou elementos que podem,em longo prazo, provocar deterioração de sua saúde,como, por exemplo, o servidor que trabalha com raiosX. O adicional de periculosidade é pago ao servidor que coloca em risco sua integridade física em razãodo exercício de suas funções. Ex.: O trabalhador quetrabalha em redes de alta tensão.

Os adicionais de insalubridade e de periculo-sidade não podem ser recebidos cumulativamente. O§ 1º  do art. 68 da lei determina que o servidor quefizer jus a ambos os adicionais deverá optar por umdeles.

O adicional de penosidade está relacionado àlocalidade em que o servidor é lotado. O art. 71 da leidetermina o pagamento desse adicional aos servi-dores em exercício em zonas de fronteira ou em

localidades cujas condições de vida (penosas) o justifiquem.

d) adicional pela prestação de serviço extraor-dinário;

O serviço extraordinário é aquele exercido alémda jornada normal de trabalho (hora extra). A leidetermina que o serviço extraordinário seja remu-nerado com acréscimo de 50% em relação à horanormal de trabalho (art. 73). Para evitar que oexercício de serviço extraordinário acabe constituindouma forma de o servidor aumentar sua remuneração,a lei estabelece que ele somente será admitido para

atender a situações excepcionais e temporárias. Alémdisso, o limite máximo de horas extras permitido é de2 horas por jornada diária (art. 74).

e) adicional noturno (art. 75);

O adicional noturno é devido pela prestação deserviço no horário compreendido entre 22 horas deum dia e 5 horas da manhã do dia seguinte. Oservidor que presta serviço noturno recebe, a título deadicional noturno, 25% de acréscimo sobre o valor dahora paga pelo mesmo serviço exercido em horáriodiurno. Além disso, considera-se uma hora de serviço

noturno o período de cinquenta e dois minutos etrinta segundos.O adicional de serviço noturno é calculado cumu-

lativamente com o adicional de serviço extraordinário. Assim, se o serviço noturno for extraordinário (estiver 

além da jornada diária normal do servidor), oacréscimo de 25% será calculado sobre a remune-ração já aumentada em 50% correspondentes aoadicional por serviço extraordinário. Exemplificando,se a hora de trabalho do servidor é normalmenteremunerada em R$ 24,00, esse servidor receberia R$

36,00 pelo exercício de serviço extraordinário. Se oserviço extraordinário for exercido em horário noturno,a hora (de 52 minutos e meio) será remunerada emR$ 45,00 (R$ 36,00 + 25% de R$ 36,00).

f) adicional de férias;

O adicional de férias está disciplinado no art. 76da Lei 8.112/1990. Sua base é constitucional, estandoprevisto no art. 7º  XVII, da Carta. O adicionalcorresponde a 1/3 (um terço) da remuneração doperíodo das férias. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ouocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem

será considerada no cálculo do adicional.g) gratificação por encargo de curso ou concurso

(OBS.: Até o fechamento desta apostila, areferida gratificação estava prevista na MP 283,de 23 fevereiro de 2006. Assim sendo, por ser instituída por medida provisória, caso esta nãoseja aprovada pode vir a deixar de existir!consulte pela internet o sitewww.planalto.gov.br, a fim de estar sempreatualizado).

Art. 76-A: “A Gratificação por Encargo de Curso ouConcurso é devida ao servidor que, em caráter EVENTUAL:I. atuar como instrutor em curso de formação, de

desenvolvimento ou de treinamento regular-mente instituído no âmbito da administraçãopública federal;

II. participar de banca examinadora ou de comissãode análise de currículos, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concursopúblico, ou supervisionar essas atividades.

O valor da gratificação será calculado em horas,observadas a natureza e a complexidade da atividadeexercida; a retribuição não poderá ser superior acento e vinte horas de trabalho anuais;III. o valor máximo da hora trabalhada corresponde-

rá aos seguintes percentuais, incidentes sobreo maior vencimento básico da administraçãopública federal:

a) dois vírgula dois por cento, em se tratando deatividade prevista no inciso I;

b) um vírgula dois por cento, em se tratado deatividade prevista no inciso II.

§ 2º “A Gratificação por Encargo de Curso ouConcurso somente será paga se as atividades refe-ridas forem exercidas sem prejuízo das atribuições docargo de que o servidor for titular, devendo ser objetode compensação de carga horária quando desem-penhadas durante a jornada de trabalho, A Gratifi-

cação por Encargo de Curso ou Concurso não seincorpora ao vencimento ou salário do servidor paraqualquer efeito e não poderá ser utilizada como basede cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 21: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 21/65

Ética

21 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria edas pensões".8.12 FÉRIAS

O gozo de férias anuais remuneradas é um direitoprevisto no art. 7º,  inciso XVII, da CF/88. O servidor 

faz jus a trinta dias de férias anuais. As férias poderãoser parceladas em até três etapas, desde que assimrequeridas pelo servidor. O parcelamento, entretanto,é ato discricionário da Administração, que deferirá orequerimento do servidor conforme sua avaliação deoportunidade e de conveniência para o serviço. Emcaso de parcelamento, o servidor receberá o valor doadicional de férias por ocasião da fruição do primeiroperíodo.

 As férias podem ser acumuladas, até o máximode dois períodos, no caso de necessidade do serviço.Como se vê, a regra é a fruição das férias no próprioexercício a que se refiram. Somente por necessidadedo serviço poderão ser acumuladas, até o máximo de

dois períodos. Acumulando o servidor  mais de doisperíodos de férias, perderá o direito àqueles exce-dentes. Para o primeiro período aquisitivo de fériasserão exigidos 12 meses de exercício (art. 77 § lº),vedando a lei seja levado à conta de férias qualquer falta ao serviço (art. 77, §  2º). A partir do segundoperíodo, as férias passam a ser concedidas por exercício (não se exigindo mais o cumprimento deperíodo aquisitivo de 12 meses para a sua fruição).Ex. 1: Caso o servidor entre em exercício no primeirodia do mês de novembro de 2000, somente comple-tará seu primeiro período aquisitivo no último dia domês de outubro de 2001. Suas primeiras férias serão,portanto, relativas ao exercício de 2001 (ano em quese completou o primeiro período aquisitivo). A partir daí, seus períodos de férias serão por exercício,independentemente do cumprimento do interstício de12 meses. Logo, a partir de 1º de janeiro de 2002 jáfará jus às férias referentes ao exercício de 2002; apartir de 1º janeiro de 2003, às férias de 2003, eassim sucessivamente.Ex. 2: Caso o servidor entre em exercício no primeirodia de fevereiro de 2001, somente completará seuprimeiro período aquisitivo no último dia do mês de janeiro de 2002. Suas primeiras férias serão, portanto,relativas ao exercício de 2002 (ano em que secompletou o primeiro período aquisitivo). A partir daí,

seus períodos de férias serão por exercício. Logo,somente terá direito a novo período de férias a partir de 1º de janeiro de 2003 (referente ao exercício de2003); a partir de 1º de janeiro de 2004 (referente aoexercício de 2004), e assim sucessivamente.

O pagamento da remuneração das férias seráefetuado até 2 dias antes do início do respectivoperíodo (art. 78). Caso o servidor seja exonerado docargo efetivo, ou em comissão, fará jus à percepçãode indenização relativa ao período das férias a quetiver direito (férias vencidas) e ao incompleto (fériasproporcionais), na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior aquatorze dias. Essa indenização será calculada com

base na remuneração do mês em que for publicado oato exoneratório.

As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna,convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou

por necessidade do serviço declarada pela auto-ridade máxima do órgão ou entidade (art. 80).8.13 LICENÇAS

a) Licença por Motivo de Doença em Pessoa daFamília (suspende o estágio probatório)

O art. 83 da Lei nº  8.112/1990 prevê a concessãode licença ao servidor por motivo de doença, median-te comprovação por junta médica oficial, que acometaseu(s):1) cônjuge ou companheiro;2) pais;3) filhos;4) padrasto ou madrasta e enteado;5) dependente que viva às expensas do servidor e

conste do seu assentamento funcional.

A licença somente será concedida se o servidor comprovar indispensável sua assistência direta e essanão puder ser prestada simultaneamente com oexercício do cargo ou mediante compensação dehorário. É vedado ao servidor o exercício de atividaderemunerada durante o período da licença.

Alteração recente no estatuto estabeleceu que alicença, bem como cada uma de suas prorrogaçõesserão precedidas de exame por perícia médica oficiale será concedida, sem prejuízo da remuneração docargo efetivo, por até 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogada por até 30 (trinta) dias e, excedendo estesprazos, sem remuneração, por até 90 (noventa) dias.(Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

O período de licença remunerada é contadocomo tempo de serviço apenas para efeito de aposen-

tadoria e disponibilidade (art. 103, II). O período delicença não remunerada não é contado como tempode serviço. Não será concedida nova licença emperíodo inferior a 12 (doze) meses do término daúltima licença concedida.

b) Licença por Motivo de Afastamento doCônjuge (suspende o estágio probatório)

Poderá ser concedida licença ao servidor paraacompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslo-cado para outro ponto do território nacional, para oexterior ou para o exercício de mandato eletivo dosPoderes Executivo e Legislativo.

 A licença será por prazo indeterminado e semremuneração e o período de fruição não é computadocomo tempo de serviço para qualquer efeito. A leiprevê a possibilidade de exercício provisório em órgãoou entidade da Administração Federal direta, autár-quica ou fundacional, para o cônjuge ou companheiroque também seja servidor público, civil ou militar, dequalquer dos Poderes da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios, desde que para oexercício de atividade compatível com o seu cargo.

c) Licença para o Serviço Militar (não suspendeestágio probatório)

 Ao servidor convocado para o serviço militar seráconcedida licença, na forma e condições previstas nalegislação especifica. Concluído o serviço militar, oservidor terá até 30 dias, sem remuneração, parareassumir o exercício do cargo. O período de licença

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 22: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 22/65

Ética

22 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

é considerado como de efetivo exercício (art. 102, VIII,“f”).d) Licença para Atividade Política (suspende o

estágio probatório)

 A licença para atividade política é concedida ao

servidor nas seguintes condições:1) sem remuneração, durante o período que

mediar entre a sua escolha em convençãopartidária, como candidato a cargo eletivo, e avéspera do registro de sua candidatura perante aJustiça Eleitoral. Esse período não é computadocomo tempo de serviço;

2) com a remuneração do cargo efetivo, a partir doregistro da candidatura e até o décimo diaseguinte ao da eleição. A remuneração somenteserá paga pelo período de três meses. Caso operíodo entre o registro da candidatura e o déci-mo dia seguinte ao da eleição supere trêsmeses, o servidor poderá – permanecer delicença, mas sem direito à remuneração. Esseperíodo de licença será computado como tempode serviço apenas para efeito de aposentadoria edisponibilidade (art. 103, III).

e) Licença para Capacitação (concedida ape-nasa servidor estável)

 Após cada cinco anos de efetivo exercício, nãoacumuláveis, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efeti-vo, com a respectiva remuneração, por até três me-ses, para participar de curso de capacitação profis-

sional. A concessão dessa licença é ato discricionárioda Administração. Como os períodos não são acumu-láveis, não é possível, por exemplo, o servidor, apósdez anos de exercício, realizar um curso de seismeses.

Pode-se afirmar que essa licença veio, de certaforma, substituir a licença-prêmio por assiduidade,não mais existente para os servidores regidos pela Leinº 8.112/1990. A concessão da licença-prêmio era atovinculado, a ela fazendo jus todos os  servidores quepreenchessem os requisitos da Lei. O período delicença para capacitação é considerado como deefetivo exercício para efeito de contagem do tempo deserviço, nos termos do art. 102, VIII, “e” da Lei n 0

8.112/1990.

f) Licença para Tratar de Interesses Parti-culares (concedida apenas a servidor estável)

 Ao servidor ocupante de cargo efetivo, que nãoesteja em estágio probatório, poderá ser concedidalicença não remunerada para tratar de assuntosparticulares. A licença poderá durar até três anos epode ser interrompida a qualquer tempo, a pedido doservidor ou no interesse do serviço.

 A concessão dessa licença é ato inteiramentediscricionário, podendo, mesmo após concedida, ser 

interrompida no interesse da Administração, comoacima visto. O período de licença, evidentemente, nãoé computado como tempo de serviço para qualquer efeito.

g) Licença para o Desempenho de MandatoClassista

É assegurado ao servidor o direito à licença sem

remuneração para o desempenho de mandato emconfederação, federação, associação de classe deâmbito nacional, sindicato representativo da categoriaou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, paraparticipar de gerência ou administração em sociedadecooperativa constituída por servidores públicos paraprestar serviços a seus membros. A licença somenteserá concedida se o servidor houver sido eleito paracargos de direção ou representação e se a entidadeestiver cadastrada no Ministério da AdministraçãoFederal e Reforma do Estado.

 A licença terá duração igual à do mandato, po-dendo ser prorrogada, no caso de reeleição, por umaúnica vez. O tempo de fruição da licença é com-putado como de efetivo exercício para todos osefeitos, exceto para efeito de promoção por mereci-mento (art. 102, VIII, “c”).

h) Licença para Tratamento de Saúde (nãosuspende o estágio probatório)

Essa licença será concedida ao servidor, a pedidoou de ofício, com base em perícia médica, semprejuízo da remuneração a que fizer jus. Findo oprazo da licença, o servidor será submetido a novainspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço,pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

O prazo máximo contínuo de licença para trata-

mento de saúde é de 24 meses. Ao fim de 24 meses,se o servidor não estiver em condições de reassumir ocargo ou de ser readaptado, será aposentado por invalidez permanente. Nesse caso, o lapso de tempocompreendido entre o término da licença e apublicação do ato da aposentadoria será consideradocomo de prorrogação da licença.

O período de licença é computado como tempode efetivo exercício até o limite de vinte e quatromeses, cumulativos ao longo do tempo de serviçopúblico prestado à União, em cargo de provimentoefetivo. A partir de 24 meses, o período de licençaserá considerado como tempo de serviço apenas paraefeito de aposentadoria e disponibilidade.

A licença para tratamento de saúde inferior a 15(quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida emregulamento. (Redação dada ao art. 204 pela Lei nº11.907, de 2009)

i) Licença à Gestante, à Adotante e Licença-Paternidade (não suspende o estágio proba-tório)

 A licença à gestante tem base no art. 7º  incisoXVIII, da Constituição Federal e é um direito de todasas trabalhadoras. O art. 207 assim dispõe: “Seráconcedida licença à servidora gestante por 120 (cento

e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remune-ração”. (Vide Decreto nº 6.691, de 2008)

 A concessão dessa licença é ato vinculado, ouseja, é um direito da gestante não condicionado aqualquer valoração de oportunidade ou conveniência

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 23: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 23/65

Ética

23 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

da Administração, ou de interesse, ou prejuízo, que alicença possa acarretar ao serviço.

O direito à licença pode ser exercido pela servi-dora a partir do primeiro dia do nono mês degestação, salvo antecipação por prescrição médica.No caso de nascimento prematuro, a licença terá

início a partir do parto.No caso de natimorto, a servidora ficará em licen-

ça por 30 dias e, após, será submetida a exame medi-co, reassumindo o exercício se julgada apta. No casode aborto atestado por médico oficial, a servidora terádireito a 30 dias de repouso remunerado.

 A servidora que adotar ou obtiver guarda judicialde criança tem direito a licença remunerada de:1) 90 dias se a criança tiver até 1 ano idade; ou2) 30 dias se a criança tiver mais de 1 ano de

idade.

Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença paternidade, remunerada, de 5

dias consecutivos.Os períodos de gozo das licenças descritas nesse

tópico consideram-se como de efetivo exercício paraefeito de contagem do tempo de serviço (art. 102, VIII,“a”).

 j) Licença por Acidente em Serviço (não sus-pende o estágio probatório)

 A licença por acidente em serviço assemelha-se àlicença para tratar da própria saúde. O principal pontoa ser observado é que, se do acidente em serviçoresultar invalidez permanente do servidor, será eleaposentado com proventos integrais, não importa

quanto tempo tenha de serviço. A licença, evidentemente, é remunerada e o

tempo de afastamento é contado como de efetivoexercício para todos os efeitos legais. Se, ao términode 24 meses, o servidor for considerado inapto para oserviço, será aposentado por invalidez permanentecom proventos integrais. A prova do acidente deve ser feita no prazo de 10 dias, prorrogável quando ascircunstâncias o exigirem.

OBS.:  A licença concedida dentro de 60 (sessenta)dias do término de outra DA MESMA ESPÉCIE seráconsiderada como prorrogação.

8.14 DAS CONCESSÕES (art. 97)

Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-sedo serviço:I. por 1 (um) dia, para doação de sangue;II. por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;III. por 8 (oito) dias consecutivos em razão de:a) casamento;b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais,

madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.

8.15 DOS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO

SÃO DEVERES DO SERVIDOR:  (art. 116 da Lei8.112/90)I. exercer com zelo e dedicação as atribuições

do cargo;

II. ser leal às instituições a que servir;III. observar as normas legais e regulamentares;IV. cumprir as ordens superiores, exceto quando

manifestamente ilegais;V. ATENDER COM PRESTEZA :

 A) ao público em geral, prestando as informa-ções requeridas ressalvadas as protegidaspor sigilo;

B) à expedição de certidões requeridas paradefesa de direito ou esclarecimento desituações de interesse pessoal;

C) às requisições para a defesa da FazendaPública.

VI. levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência emrazão do cargo;

VII. zelar pela economia do material e a conser-vação do patrimônio público;

VIII. guardar sigilo sobre assunto da repartição;IX. manter conduta compatível com a moralidade

administrativa;X. ser assíduo e pontual ao serviço;XI. tratar com urbanidade as pessoas;XII. representar contra ilegalidade, omissão ou

abuso de poder.

8.16 DAS PROIBIÇÕES

AO SERVIDOR É PROIBIDO:  (art. 117 da Lei8.112/90)I. ausentar-se do serviço durante o expediente,

sem prévia autorização do chefe imediato;II. retirar, sem prévia anuência da autoridade

competente, qualquer documento ou objeto darepartição;III. recusar fé a documentos públicos;IV. opor resistência injustificada ao andamento de

documento e processo ou execução de serviço;V. promover manifestação de apreço ou desapreço

no recinto da repartição;VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos

casos previstos em lei, o desempenho deatribuição que seja de sua responsabilidade oude seu subordinado;

VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido defiliarem-se a associação profissional ou sindical,ou a partido político;

VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo oufunção de confiança, cônjuge, companheiro ouparente até o segundo grau civil;

IX. valer-se do cargo para lograr proveito pessoal oude outrem, em detrimento da dignidade dafunção pública;

X. participar de gerência ou administração desociedade privada, personificada ou não perso-nificada, exercer o comércio, exceto na quali-dade de acionista, cotista ou comanditário;(Redação dada pela Lei 11.784/08)

XI. atuar, como procurador ou intermediário, junto arepartições públicas, salvo quando se tratar de

benefícios previdenciários ou assistências deparentes até o segundo grau, e de cônjuge oucompanheiro;

XII. receber propina, comissão, presente ou vanta-gem de qualquer espécie, em razão de suas

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 24: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 24/65

Ética

24 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

atribuições;XIII. aceitar comissão, emprego ou pensão de estado

estrangeiro.XIV. praticar usura sob qualquer de suas formas;XV. proceder de forma desidiosa;XVI. utilizar pessoal ou recursos materiais da

repartição em serviços ou atividades particulares;XVII.cometer a outro servidor atribuições estranhas

ao cargo que ocupa, exceto em situações deemergência e transitórias;

XVIII. exercer quaisquer atividades que sejamincompatíveis com o exercício do cargo oufunção e com o horário de trabalho.

XIX. recusar-se a atualizar os seus dados cadastraisquando solicitado.

 Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso

X não se aplica nos seguintes casos: (incluído pelaLei 11.784/08)

I- participação nos conselhos de administração efiscal de empresas ou entidades em que a Uniãodetenha, direta ou indiretamente, participação nocapital social ou em sociedade cooperativa constituídapara prestar serviços a seus membros; e

II- gozo de licença para o trato de interessesparticulares, na forma do art. 91, observada alegislação sobre conflito de interesses.

8.17 DAS RESPONSABILIDADES

O servidor responde civil, penal e administra-tivamente pelo exercício irregular de suas atribuições.(art. 121 da Lei 8.112/90). Há ainda, uma outra hipó-

tese quando o servidor praticar ato de improbidadeadministrativa, ocasião em responderá numa quartaresponsabilização, a saber: a política. (§ 4º do art. 37da CF, disciplinada pela Lei nº 8 429/92).

8.17.1 RESPONSABILIDADE CIVIL (art. 122 da Lei8.112/90)

 A responsabilidade civil decorre de ato omissivoou comissivo, doloso ou culposo, que resulte emprejuízo ao erário ou a terceiros, decorrendo daí odever de indenizar aquele que injustamente sofreualgum gravame pessoal, material ou moral, pelaatuação do agente público, isto porque o Direito Civil

não se preocupa em punir, mas em restaurar o direitoviolado, através de indenização.

 A indenização de prejuízo dolosamente causadoao erário somente será liquidada na forma prevista noart. 46 (desconto na remuneração), na falta de outrosbens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

Tratando-se de dano causado a terceiros, res-ponderá o servidor perante a Fazenda Pública, emação regressiva.

 A obrigação de reparar o dano estende-se aossucessores e contra eles será executada, até o limitedo valor da herança recebida.

8.17.2 RESPONSABILIDADE PENAL

 A responsabilidade penal abrange os crimes econtravenções imputadas ao servidor, nessa quali-

dade, sendo apuradas segundo as leis penal e pro-cessual penal, respondendo o servidor  pessoal-mente pelo crime ou contravenção praticados noexercício de função pública, valendo ressaltar que,para fins penais, considera-se funcionário públicoquem, embora transitoriamente ou sem remuneração ,

exerça cargo, emprego ou função pública, inclu-sive em entidade para estatal (art. 327 e § 1º doCódigo Penal).

As sanções civis, penais e administrativas pode-rão cumular-se, sendo independentes entre si.

IMPORTANTÍSSIMO! Apesar dessa independên-cia, existem duas únicas exceções: a responsa-bilidade administrativa do servidor será afasta-da no caso de absolvição criminal que NEGUEA EXISTÊNCIA DO FATO ou SUA AUTORIA (asentença judicial declara que não houve crime ou,se houve crime, o servidor comprovadamente não

foi o autor.)

8.17.3 RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA

É propriamente funcional, caracterizando-se pelaquebra da lei ou do regulamento disciplinar, pelaprática de falta administrativa. A Administração exami-nará o comportamento do seu agente, conferindo-lheo direito de defesa e julgando-o disciplinarmente,segundo as regras específicas para tal, através deprocesso administrativo disciplinar.

 A responsabilidade administrativa será afastada,caso a sentença absolutória criminal negue a existên-cia do fato ou a sua autoria como atribuível ao

servidor.

8.17.4 AS PENALIDADES

São penalidades disciplinares:I. advertência;II. suspensão;III. demissão;IV. cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V. destituição de cargo em comissão;VI. destituição de função comissionada.

Na aplicação das penalidades serão conside-radas a natureza e a gravidade da infração cometida,

os danos que dela provierem para o serviço público,as circunstâncias agravantes ou atenuantes e osantecedentes funcionais.

São infrações sujeitas à pena de ADVERTÊNCIA:I. ausentar-se do serviço durante o expediente, sem

prévia autorização do chefe imediato;II. retirar, sem prévia anuência da autoridade

competente, qualquer documento ou objeto darepartição;

III. recusar fé a documentos públicos;IV. opor resistência injustificada ao andamento de

documento e processo ou execução de serviço;V. promover manifestação de apreço ou desapreço

no recinto da repartição;VI. cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos

casos previstos em lei, o desempenho deatribuição que seja de sua responsabilidade ou deseu subordinado;

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 25: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 25/65

Ética

25 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

VII. coagir ou aliciar subordinados no sentido defiliarem-se a associação profissional ou sindical, oua partido político;

VIII. manter sob sua chefia imediata, em cargo oufunção de confiança, cônjuge, companheiro ou

parente até o segundo grau civil;IX. recusar-se a atualizar os seus dados cadastrais

quando solicitado.

Pode ser aplicada ainda a advertência no caso deinobservância de dever funcional previsto em lei,regulamentação ou norma interna, que não justifique aimposição de penalidade mais grave, sempre sendoobservado o princípio constitucional da ampla defesa.

 Além da aplicação na reincidência de uma dasinfrações capituladas nos casos previstos acima, apena de SUSPENSÃO aplica-se no caso de violaçãodas demais proibições que não tipifiquem infraçãosujeita a DEMISSÃO, não podendo exceder 90 dias.O exemplo do § 1º diz que o servidor poderá sofrer suspensão de até quinze dias se, injustificadamente,recusar-se a ser submetido a inspeção médica deter-minada pela autoridade competente. A suspensãopode ainda, havendo conveniência para o serviço, ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficandoo servidor obrigado a permanecer no serviço.

 As penalidades de advertência e de suspensãoterão seus registros cancelados, após o decurso de 3(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respecti-vamente, se o servidor não houver, nesse período,praticado nova infração disciplinar. Todavia, o cance-

lamento da penalidade não surtirá efeitos retroa-tivos. A destituição de cargo em comissão exercido

por pessoa que não ocupe cargo efetivo será aplicadanos casos de infração sujeita às penalidades desuspensão e de demissão.

 A pena de DEMISSÃO deverá ser aplicada naocorrência de uma das seguintes infrações:I. crime contra a Administração Pública;II. abandono de cargo (ausência injustificada acima

de 30 dias CONSECUTIVOS);III. inassiduidade habitual (quantidade de faltas não

 justificadas igual ou superior a 60 dias em 12

meses);IV. improbidade administrativa (Lei 8.429/92);V. incontinência Pública e conduta escandalosa, na

repartição;VI. insubordinação grave em serviço;VII. ofensa física, em serviço, a servidor ou a

particular, salvo em legítima defesa própria ou deoutrem;

VIII. aplicação irregular de dinheiros públicos;IX. revelação de segredos do qual se apropriou em

razão do cargo;X. lesão aos cofres públicos e dilapidação do

patrimônio nacional;

XI. corrupção;XII. acumulação ilegal de cargos, empregos ou fun-ções públicas;

XIII. transgressão dos incisos IX a XVI do art.117;

Inserem-se também nesse rol a prática de crimescontra licitação (art. 83 da Lei nº 8.666/93) e a falta deapresentação de declaração de bens ou declaraçãodolosamente inexata (art. 3º da Lei nº 8.730/93).

8.18. APLICAÇÃO DAS PENALIDADES (art. 141)

 As penalidades disciplinares serão aplicadas:I. pelo Presidente da República, pelos Presidentes

das Casas do Poder Legislativo e dos TribunaisFederais e pelo Procurador-Geral da República,quando se tratar de demissão e cassação deaposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entida-de;

II. pelas autoridades administrativas de hierarquiaimediatamente inferior  àquelas mencionadasno inciso anterior quando se tratar de suspen-são superior a 30 (trinta) dias;

III. pelo chefe da repartição e outras autoridadesna forma dos respectivos regimentos ou regula-mentos, nos casos de advertência ou de sus-pensão de até 30 (trinta) dias;

IV. pela autoridade que houver feito a nomeação,quando se tratar de destituição de cargo emcomissão.

8.19. PRESCRIÇÃO (art. 142)

 A ação disciplinar prescreverá (a Administração perdeo direito de punir):I. em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis

com demissão, cassação de aposentadoria ou

disponibilidade e destituição de cargo em comis-são;II. em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;III. em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á adver-

tência.

§ 1º - O prazo de prescrição começa a correr da dataem que o fato se tornou conhecido.§ 2º - Os prazos de prescrição previstos na lei penalaplicam-se às infrações disciplinares capituladastambém como crime.§ 3º - A abertura de sindicância ou a instauração deprocesso disciplinar interrompe a prescrição, até adecisão final proferida por autoridade competente.

§ 4º - Interrompido o curso da prescrição, o prazocomeçará a correr a partir do dia em que cessar ainterrupção.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 26: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 26/65

Ética

26 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

EXERCÍCIOS

1. (Anal. Jud. – Administrativa - TRT 9ª R – 2010 – FCC) Analise as seguintes assertivasacerca do tema cargos, empregos e funçõespúblicas:

I. As funções de confiança podem ser exercidaspor servidores ocupantes de cargo efetivo ou nãoe destinam-se apenas às atribuições de direção,chefia e assessoramento.

II. Nas funções exercidas por servidores contra-tados temporariamente, como ocorre nos casosde contratação por prazo determinado, não seexige, necessariamente, concurso público.

III. A extinção de funções ou cargos públicos,quando vagos, exige lei de iniciativa privativa doChefe do Poder Executivo.

IV. Empregos públicos são núcleos de encargos de

trabalho permanentes a serem preenchidos por agentes contratados para desempenhá-los, sobrelação trabalhista.

Está correto o que consta APENAS em(A) II e III.(B) I, III e IV.(C) II e IV.(D) I e IV.(E) II e III.

2. (Anal. Jud. – Administrativa - TRT 9ª R – 2010 – FCC) Sobre as licenças previstas na Lei nº8.112/1990, é correto afirmar:

(A) O servidor terá direito à licença, sem remune-ração, para atividade política, durante o períodoque mediar entre a sua escolha em convençãopartidária, como candidato a cargo eletivo, e àvéspera do registro de sua candidatura perante aJustiça Eleitoral.

(B) Concluído o serviço militar, o servidor terá atésessenta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

(C) A licença por motivo de afastamento do cônjugepode ser concedida, no máximo, por dois anosconsecutivos.

(D) Após cada triênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-

se do exercício do cargo efetivo, com arespectiva remuneração, por até três meses,para participar de curso de capacitaçãoprofissional.

(E) Não faz jus à licença por motivo de doença empessoa da família se a doença for do padrasto oumadrasta do servidor.

3. (Técnico Judiciário – TRF 4ª R – 2010 – FCC)A reintegração é

(A) o retorno do servidor estável ao cargo anterior-mente ocupado em razão de inabilitação emestágio probatório relativo a outro cargo.

(B) a reinvestidura do servidor estável no cargoanteriormente ocupado, ou no cargo resultantede sua transformação, quando invalidada a suademissão por decisão administrativa ou judicial,com ressarcimento de todas as vantagens.

(C) o retorno à atividade de servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria.

(D) a investidura do servidor em cargo de atribuiçõese responsabilidades compatíveis com a limitação

que tenha sofrido em sua capacidade física oumental verificada em inspeção médica.

(E) o retorno à atividade de servidor em disponibili-dade, mediante aproveitamento obrigatório emcargo de atribuições e vencimentos compatíveiscom o anteriormente ocupado.

4. (Téc. Jud. – Administrativa – TJ/SE – 2009 –FCC) A respeito dos servidores públicos,considere:

I. A União, os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios instituirão, no âmbito de sua compe-tência, regime jurídico único e planos de carreirapara os servidores da administração pública

direta, das autarquias e das fundações públicas.II. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário

publicarão semestralmente os valores do subsí-dio e da remuneração dos cargos e empregospúblicos.

III. São estáveis após três anos de efetivo exercícioos servidores nomeados para cargo de provi-mento efetivo em virtude de concurso público.

IV. Os servidores titulares de cargos efetivos daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, serão aposentados compulsoriamen-te, aos sessenta e cinco anos de idade, comproventos integrais.

De acordo com a Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil está correto o que seafirma APENAS em

(A) I, II e III.(B) I, II e IV.(C) I e III.(D) I, III e IV.(E) II e III.

5. (Anal. Jud. – Administrativa – TRT 9ª R – 2010 – FCC) No tocante à administração pública, éINCORRETO afirmar:

(A) É lícita a vinculação ou equiparação dequaisquer espécies remuneratórias para o efeito

de remuneração de pessoal do serviço público.(B) Os acréscimos pecuniários percebidos por servi-dor público não serão computados nem acumu-lados para fins de concessão de acréscimosulteriores.

(C) A proibição de acumular estende-se a empregose funções e abrange autarquias, fundações,empresas públicas, sociedades de economiamista, suas subsidiárias, e sociedades contro-ladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

(D) A administração fazendária e seus servidoresfiscais terão, dentro de suas áreas de compe-tência e jurisdição, precedência sobre os demais

setores administrativos, na forma da lei.(E) Somente por lei específica poderá ser criada

autarquia e autorizada a instituição de empresapública, de sociedade de economia mista e defundação, cabendo à lei complementar, neste

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 27: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 27/65

Ética

27 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

último caso, definir as áreas de sua atuação.6. (Inspetor da Polícia Civil – CE – 2011 –

CESPE) No que se refere a agentes públicos, julgue os itens seguintes.

1. ( ) A remoção é uma forma de provimento.

2. ( ) O servidor público estável de autarquiafederal que, mediante aprovação em novoconcurso público, ocupe cargo em órgão doPoder Judiciário poderá optar, durante o estágioprobatório no novo cargo, pelo retorno ao cargoanteriormente ocupado.

3. ( ) A exoneração de servidor público emconsequência de inabilitação em estágio proba-tório não configura punição.

7. (Analista Administrativo – MPU – 2010 –CESPE) Julgue o seguinte item, acerca dosagentes públicos.

1. ( ) A vacância do cargo público decorre de:exoneração, demissão, promoção, ascensão,transferência, readaptação, aposentadoria, pos-se em outro cargo inacumulável e falecimento.

8. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – 2010 –CESPE) Com relação ao cargo, ao emprego eà função dos servidores públicos e à Lei n.º8.112/1990, julgue os itens subsequentes.

1. ( ) As pessoas com qualquer tipo de deficiênciafísica têm garantido o direito de se inscrever emconcurso público para provimento de cargo cujasatribuições sejam compatíveis com a deficiência

de que são portadoras, além da reserva de, pelomenos, 25% das vagas oferecidas no concurso.

2. ( ) Os servidores temporários, ao seremcontratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcionalinteresse público, exercem função pública e,portanto, passam a estar vinculados a empregopúblico.

9. (Anal. Jud. – Administrativa – TRT 11ª R –2012 – FCC) Nos termos da Lei nº 8.112/1990,no que diz respeito ao auxílio-moradia, écorreto afirmar:

(A) O valor do auxílio-moradia poderá superar 25%(vinte e cinco por cento) da remuneração deMinistro de Estado.

(B) Será possível a concessão da vantagem, aindaque a pessoa que resida com o servidor tambémreceba auxílio-moradia.

(C) No caso de falecimento, exoneração, colocaçãode imóvel funcional à disposição do servidor ouaquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuarásendo pago por um mês.

(D) Conceder-se-á a vantagem ao servidor desdeque, dentre outros requisitos legais, odeslocamento tenha sido por força de alteração

de lotação ou nomeação para cargo efetivo.(E) Será possível a concessão da vantagem, aindaque o cônjuge ou companheiro do servidor ocupeimóvel funcional.

10. (Anal. Jud. – Administrativa – TRE/SP – 2012 – FCC) Silvia exerce o cargo de analista judiciário (área administrativa) há mais de dezanos no Tribunal Regional Federal. Concor-rendo a eleições, foi eleita Deputada Federal.

Seu marido Diógenes é técnico judiciário,área administrativa, no Tribunal RegionalEleitoral. Ambos residem no Município de SãoPaulo. Nesse caso, poderá ser concedidalicença a Diógenes para acompanhar Silviaque tomou posse junto à Câmara dos Depu-tados em Brasília, Distrito Federal. Diantedisso, a licença de Diógenes será por prazo

(A) indeterminado, ou não, com ou sem remu-neração, sempre a critério da AdministraçãoFederal, permitido o exercício de atividade emórgão público ou particular.

(B) determinado, não excedendo a 8 (oito) anos, esem remuneração, facultado o exercício emórgão da Administração Federal, em qualquer cargo disponível.

(C) determinado, não excedendo a 8 (oito) anos, ecom remuneração, vedado qualquer exercícioem órgão ou entidade da Administração Federal.

(D) indeterminado e sem remuneração, vedadoqualquer exercício em órgão ou entidade da Administração Federal, mas permitido nasesferas estadual e municipal.

(E) indeterminado e sem remuneração, facultado oexercício provisório em órgão da AdministraçãoFederal direta, desde que para o exercício deatividade compatível com o seu cargo.

Gabarito1. C 2. A 3. B 4. C 5. A

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 28: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 28/65

Ética

28 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

6. FVV 7. F 8. FF 9. C 10. E9. LICITAÇÃO

 

 A Constituição estabeleceu a exigência de licita-

ção para as contratações de obras, serviços, comprase alienações da Administração direta e indireta.Compete à União legislar sobre as normas geraisaplicadas à licitação. A Lei n° 8.666/93 institui asreferidas normas gerais.

Licitação é o procedimento administrativo vincu-lado pelo qual a Administração seleciona aproposta mais vantajosa para o contrato de seuinteresse. Procedimento administrativo é umasucessão ordenada de atos administrativos.

O artigo 3° da Lei n° 8.666/93 menciona osprincípios da licitação: LEGALIDADE, IMPES-SOALIDADE, MORALIDADE, IGUALDADE,PUBLICIDADE, PROBIDADE ADMINISTRATIVA,VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVO-CATÓRIO, JULGAMENTO OBJETIVO.

 A licitação visa a duplo objetivo: Assegurar atodos a possibilidade de concorrerem às contra-tações com a Administração e possibilitar acelebração do melhor contrato para a Adminis-tração. É princípio implícito da licitação a competi-tividade.

9.1. PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO

I. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

O princípio da legalidade impõe que o administrador observe as regras que a lei traçou para o proce-dimento. Trata-se da aplicação do devido processolegal, segundo o qual se exige que a Administraçãoescolha a modalidade certa; que seja bem claraquanto aos critérios seletivos; que só deixe de realizar a licitação nos casos permitidos na lei.

II. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE A impessoalidade indica vedação a distinçõesfundadas em caracteres pessoais dos interessados.Por esse princípio, todos os licitantes devem ser tratados igualmente em termos de direitos e obriga-ções, devendo a Administração, em suas decisões,

pautar-se em critérios objetivos, sem levar emconsideração as condições pessoais do licitante ou asvantagens por ele oferecidas.

III. PRINCÍPIO DA MORALIDADE E DA PROBI-DADE

Na licitação, a conduta moralmente reprovávelacarreta a nulidade do ato ou do procedimento. Aconduta do administrador público deve atentar para odisposto na regra legal e nas condições do atoconvocatório. Os princípios aplicam-se tanto à condu-ta do agente da Administração como a dos próprioslicitantes.

IV. PRINCÍPIO DA IGUALDADEO princípio da isonomia ou igualdade constitui um dosalicerces da licitação, na medida em que esta visa,não apenas permitir à Administração a escolha da

melhor proposta, como também assegurar igualdadede direitos a todos os interessados em contratar. O §1º do art. 3º da Lei nº 8.666/93 veda expressamenteaos agentes públicos qualquer ato capaz de ferir aigualdade e a competitividade entre os participantesda licitação. O mesmo dispositivo legal também proíbe

que se estabeleça tratamento diferenciado denatureza comercial, legal, previdenciária ou qualquer outra entre empresas brasileiras e estrangeiras.

V. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADEEsse princípio visa a garantir a qualquer interessadoas faculdades de participação e de fiscalização dosatos da licitação. A publicidade desempenha duasfunções. Na primeira, objetiva permitir o amplo acessodos interessados ao certame. Na segunda função, apublicidade orienta-se a facultar a verificação daregularidade dos atos praticados.

VI. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUME-NTO CONVOCATÓRIO

 A vinculação ao instrumento convocatório é garantiado administrador e dos administrados. Significa queas regras traçadas para o procedimento devem ser fielmente observadas por todos. Se a regra fixada nãoé respeitada, o procedimento se torna inválido esuscetível de correção na via administrativa ou judicial. Se o instrumento de convocação, normal-mente o edital, tiver falha, pode ser corrigido, desdeque ainda oportunamente, mas os licitantes deverãoter conhecimento da alteração e a possibilidade de seamoldarem a ela.

VII. PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVOJulgamento objetivo é o que se baseia no critérioindicado no edital e nos termos específicos daspropostas. Objetiva-se afastar a discricionariedade naescolha da proposta vencedora. A noção de critérioobjetivo de julgamento vincula-se ao conceito de tipode licitação. Os tipos de licitação aplicáveis a todasas modalidades de licitação, exceto as modalidadesdo concurso e do pregão, estão previstos no § 1º doart. 45 da lei. São tipos de licitação: a de menor preço; a de melhor técnica; a de técnica e preço; ea de maior lance ou oferta.

VIII. PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS

Esse princípio decorre da própria lógica do proce-dimento e encontra-se enunciado, embora indireta-mente, no § 3º do art. 3º, que, ao propugnar apublicidade das licitações, declara “ públicos eacessíveis ao público os atos de seu procedimento,salvo quanto ao conteúdo das propostas, até arespectiva abertura” .É em razão disso que as propostas devem vir lacradas e só devem ser abertas em sessão públicapreviamente marcada.

IX. PRINCÍPIO DA ADJUDICAÇÃO COMPUL-SÓRIA

O princípio da adjudicação compulsória ao vencedor impede que a Administração, concluído o proce-dimento licitatório, atribua seu objeto a outrem quenão o legítimo vencedor. Esse princípio também vedaque se abra nova licitação enquanto válida a

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 29: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 29/65

Ética

29 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

adjudicação anterior. Não se deve confundir  adjudi-cação com a celebração do contrato. A adjudicaçãoapenas garante ao vencedor que, quando a Administração for celebrar o contrato relativo aoobjeto da licitação, ela o fará com o vencedor.Todavia, o contrato pode não ser celebrado, por 

motivos como anulação do procedimento, ou quetenha sua celebração adiada por motivo que justifiquetal procedimento (interesse público, por exemplo).

9.2. MODALIDADES DE LICITAÇÃO, PREVISTASNA LEI 8.666/93:

a) CONCORRÊNCIAb) TOMADA DE PREÇOSc) CONVITEd) CONCURSOe) LEILÃOf) PREGÃO (MODALIDADE INSTITUÍDA PELA

LEI Nº 10.520/02)

IMPORTANTE: É BOM NÃO CONFUNDIR TIPOSCOM MODALIDADES DE LICITAÇÃO. MODALIDA-DE tem haver com o procedimento a ser adotado,enquanto TIPO tem haver com o critério que seráutilizado para julgar  e escolher a proposta maisvantajosa. Veja a tabela:

OBS.: Podemos ter uma concorrência do tipo melhor técnica; um convite do tipo menor preço; uma tomadade preços do tipo técnica e preço. Vale salientar que oCONCURSO é uma modalidade de licitação que nãoadota os tipos de licitação descritos acima.

MODALIDADES LICITATÓRIAS:

a) CONCORRÊNCIA: Modalidade de licitação entrequaisquer interessados que, na fase inicial dehabilitação preliminar, comprovem possuir osrequisitos mínimos exigidos no edital para

execução de seu objeto. É exigida concorrência:1. Para obras e serviços de engenharia acima deR$ 1.500.000,00; para compras e serviços acimade R$ 650.000,00. 2. Qualquer que seja o valor do seu objeto, na compra ou alienação debens imóveis, nas concessões de direito real deuso e nas licitações internacionais.

b) TOMADA DE PREÇOS: Modalidade de licitaçãoentre interessados devidamente cadastradosou que atenderem a todas condições exigidaspara o cadastramento até o terceiro dia anterior àdata do recebimento das propostas. Exige-setomada de preços: 1. Para obras e serviços deengenharia – até R$ 1.500.000,00; para compras

e serviços até R$ 650.000,00. Pode-se adotar tomada de preços nas licitações internacionais,se a Administração possuir cadastro interna-cional.

c) CONVITE: É a modalidade de licitação entre

interessados do ramo pertinente ao seu objeto,cadastrados ou não, escolhidos e convidados emnúmero mínimo de três pela unidade adminis-trativa, a qual afixará, em local apropriado, cópiado instrumento convocatório e o estenderá aosdemais cadastrados na correspondente espe-

cialidade que manifestarem seu interesse comantecedência de até 24 horas da apresentaçãodas propostas. O convite é exigido: 1. Para obrase serviços de engenharia – até R$ 150.000,00.Para compras e serviços – até R$ 80.000,00.

d) CONCURSO: É a modalidade de licitação entrequaisquer interessados para escolha de trabalhotécnico, científico ou artístico, mediante ainstituição de prêmios ou remuneração aosvencedores.

e) LEILÃO: É a modalidade de licitação entrequaisquer interessados para a venda de bensmóveis inservíveis para a Administração ou deprodutos legalmente apreendidos. O leilão tam-bém pode ser utilizado para a alienação de bensimóveis, cuja aquisição haja derivado deprocedimentos judiciais ou de dação em paga-mento.

f) PREGÃO - É modalidade de licitação que desti-na-se à aquisição de bens e serviços comuns,ou seja, bens e serviços que  possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio deespecificações usuais no mercado. O pregãoserá utilizado não importa o valor do contrato,mas o tipo de bem ou serviço que será contra-tado. Exemplo de bens comuns: água mineral,combustíveis, gêneros alimentícios, material

hospitalar e de limpeza, uniformes, gás, materialde expediente, mobiliários, veículos automóveis.

Exemplo de serviços comuns: assinaturas de jornais e revistas, serviços gráficos, assistência hospi-talar e odontológicas, de transportes, de vigilância esegurança, etc. Um detalhe característico do pregão éque, nesta modalidade, a habilitação dos licitantes éposterior à abertura e julgamento das propostas.O pregão pode ser presencial ou eletrônico. 9.3. ESCOLHA DE MODALIDADES LICITAÓRIASEM FUNÇÃO DO VALOR

O art. 23. da lei de licitações e contratos (com

redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998), prevê asmoda-lidades de licitação que serão determinadasem fun-ção dos seguintes limites, tendo em vista ovalor esti-mado da contratação:I. para obras e serviços de engenhariaa) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta

mil reais);b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um

milhão e quinhentos mil reais);c) concorrência - acima de R$ 1.500.000,00 (um

milhão e quinhentos mil reias);

II. para compras e serviços não referidos no incisoanterior:

a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seis-

centos e cinquenta mil reais);c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seis-

centos e cinquenta mil reais );

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 30: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 30/65

Ética

30 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

A partir desses dois dispositivos, teremos aseguinte TABELA, para facilitar a memorização:

IMPORTANTE: O § 8o do art. 23 prevê que, no casode consórcios públicos, aplicar-se-á o DOBRO dosvalores mencionados acima, quando formado por  até

3 (três) entes da Federação, e o TRIPLO, quandoformado por maior número. (incluído pela Lei nº11.107, de 2005)

Existem também exceções à regra da práticalicitatória: os casos de dispensa e de inexigibi-lidade.  Os casos de dispensa são situações em que alicitação seria possível, mas deixa de ser realizada por conveniência da Administração. Exemplo: Obras,serviços e compras de pequeno valor.

Os casos de inexigibilidade são situações emque a licitação não é possível pela inviabilidade decompetição. Exemplos: Aquisição de materiais, equi-pamentos ou gêneros que só possam ser fornecidospor produtor, empresa ou representante comercialexclusivo. Vejamos os dispositivos legais previsto naLei 8.666/93, com destaques em negrito nos pontosmais interessantes:

DISPENSA

Art. 24. É dispensável a licitação:I. para obras e serviços de engenharia de valor até

10% (dez por cento) do limite previsto na alínea"a", do inciso I do artigo anterior (R$ 15.000,00),desde que não se refiram a parcelas de umamesma obra ou serviço ou ainda para obras e

serviços da mesma natureza e no mesmo localque possam ser realizadas conjunta econcomitantemente; (Redação dada ao incisopela Lei nº 9.648, de 27.05.1998)

II. para outros serviços e compras de valor até 10%(dez por cento) do limite previsto na alínea "a",do inciso II do artigo anterior (R$ 8.000,00) epara alienações, nos casos previstos nesta Lei,desde que não se refiram a parcelas de ummesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;(Redação dada ao inciso pela Lei nº 9.648, de27.05.1998)

III. nos casos de guerra ou grave perturbação da

ordem;IV. nos casos de emergência ou de calamidade

pública, quando caracterizada urgência de aten-dimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança depessoas, obras, serviços, equipamentos e outrosbens, públicos ou particulares, e somente paraos bens necessários ao atendimento da situaçãoemergencial ou calamitosa e para as parcelas deobras e serviços que possam ser concluídas noprazo máximo de 180 (cento e oitenta) diasconsecutivos e ininterruptos, contados da ocor-rência da emergência ou calamidade, vedada aprorrogação dos respectivos contratos;

V. quando não acudirem interessados à licitaçãoanterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração,mantidas, neste caso, todas as condições

preestabelecidas (ISTO É CHAMADO DELICITAÇÃO DESERTA);

VI. quando a União tiver que intervir no domínioeconômico para regular preços ou normalizar oabastecimento;

VII. quando as propostas apresentadas consignarem

preços manifestamente superiores aos prati-cados no mercado nacional, ou forem incom-patíveis com os fixados pelos órgãos oficiaiscompetentes, casos em que, observado o pará-grafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo asituação, será admitida a adjudicação direta dosbens ou serviços, por valor não superior aoconstante do registro de preços, ou dos serviços;(obs.: Isso é chamado de LICITAÇÃO FRACAS-SADA. Diz o § 3º, do art. 48: Quando todos oslicitantes forem inabilitados ou todas aspropostas forem desclassificadas, a adminis-tração poderá fixar aos licitantes o prazo de oitodias úteis para a apresentação de nova docu-mentação ou de outras propostas escoimadasdas causas referidas neste artigo, facultada, nocaso de convite, a redução deste prazo para trêsdias úteis).

VIII. para a aquisição, por pessoa jurídica de direitopúblico interno, de bens produzidos ou serviçosprestados por órgão ou entidade que integre aAdminstração Pública e que tenha sido criadopara esse fim específico em data anterior àvigência desta Lei, desde que o preço contratadoseja compatível com o praticado no mercado;(Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.883, de08.06.1994)

IX. quando houver possibilidade de comprome-timento da segurança nacional, nos casosestabelecidos em decreto do Presidente daRepública, ouvido o Conselho de DefesaNacional;

X. para a compra ou locação de imóvel destinadoao atendimento das finalidades precípuas daadministração, cujas necessidades de instala-ção e localização condicionem a sua escolha ,desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;(Redação dada ao inciso pela Lei nº 8.883, de08.06.1994)

XI. na contratação de remanescente de obra, ser-

viço ou fornecimento, em consequência derescisão contratual, desde que atendida a ordemde classificação da licitação anterior e aceitas asmesmas condições oferecidas pelo licitantevencedor, inclusive quanto ao preço, devida-mente corrigido;

XII. nas compras de hortifrutigranjeiros, pão eoutros gêneros perecíveis, no tempo necessáriopara a realização dos processos licitatórioscorrespondentes, realizadas diretamente combase no preço do dia; (Redação dada ao incisopela Lei nº 8.883, de 08.06.1994)

XIII. na contratação de instituição brasileira incum-

bida regimental ou estatutariamente da pesquisa,do ensino ou do desenvolvimento institucional,ou de instituição dedicada à recuperação socialdo preso, desde que a contratada detenhainquestionável reputação ético-profissional e não

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 31: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 31/65

Ética

31 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

tenha fins lucrativos; (Redação dada pela Lei nº8.883, de 08.06.1994)

XIV. para a aquisição de bens ou serviços nostermos de acordo internacional específicoaprovado pelo Congresso Nacional, quando ascondições ofertadas forem manifestamente

vantajosas para o Poder Público; (Redação dadaao inciso pela Lei nº 8.883, de 08.06.1994)

XV. para a aquisição ou restauração de obras dearte e objetos históricos, de autenticidadecertificada, desde que compatíveis ou inerentesàs finalidades do órgão ou entidade.

XVI. para a impressão  dos diários oficiais, deformulários padronizados de uso da adminis-tração, e de edições técnicas oficiais, bem comopara prestação de serviços de informática apessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Adminis-tração Pública, criados para esse fim específico;(Inciso acrescentado pela Lei nº 8.883, de08.06.1994)

XVII.para a aquisição de componentes ou peças deorigem nacional ou estrangeira, necessários àmanutenção de equipamentos durante o pe-ríodo de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando talcondição de exclusividade f or indispensávelpara a vigência da garantia; (Inciso acres-centado pela Lei nº 8.883, de 08.06.1994)

XVIII. nas compras ou contratações de serviçospara o abastecimento de navios, embarca-ções, unidades aéreas ou tropas e seus meiosde deslocamento quando em estada eventual de

curta duração em portos, aeroportos oulocalidades diferentes de suas sedes, por motivode movimentação operacional ou de adestra-mento, quando a exiguidade dos prazos legaispuder comprometer a normalidade e os propó-sitos das operações e desde que seu valor nãoexceda ao limite previsto na alínea "a" do incisoII do art. 23 desta Lei: (Inciso acrescentado pelaLei nº 8.883, de 08.06.1994)

XIX. para as compras de material de uso pelasForças Armadas, com exceção de materiais deuso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização reque-rida pela estrutura de apoio logístico dos meios

navais, aéreos e terrestres, mediante parecer decomissão instituída por decreto; (Inciso acres-centado pela Lei nº 8.883, de 08.06.1994)

XX. na contratação de associação de portadoresde deficiência física, sem fins lucrativos e decomprovada idoneidade, por órgãos ou entida-des da Administração Pública, para a prestaçãode serviços ou fornecimento de mão-de-obra,desde que o preço contratado seja compatívelcom o praticado no mercado. (Inciso acres-centado pela Lei nº 8.883, de 08.06.1994)

XXI. Para a aquisição de bens destinados exclusi-vamente a pesquisa científica e tecnológica com

recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPqou outras instituições de fomento a pesquisacredenciadas pelo CNPq para esse fim espe-cífico. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.648, de27.05.1998)

XXII.na contratação de fornecimento ou suprimentode energia elérica e gás natural com conces-sionário, permissionário ou autorizado, segundoas normas da legislação específica; (Incisoalterado pela Lei nº 10.438, de 26,04.2002)

XXIII. na contratação realizada por empresa pú-

blica ou sociedade de economia mista  comsuas subsidiárias e controladas, para a aqui-sição ou alienação de bens, prestação ou obten-ção de serviços, desde que o preço contratadoseja compatível com o praticado no mercado.(Inciso Incl.p/Lei nº 9.648, de 27.5.98)

XXIV. para a celebração de contratos de presta-ção de serviços com as organizações sociais,qualificadas no âmbito das respectivas esferasde governo, para atividades contempladas nocontrato de gestão. (Inciso Incl.p/Lei nº 9.648, de27.5.98)

XXV. na contratação realizada por InstituiçãoCientífica e Tecnológica - ICT ou por agência defomento para a transferência de tecnologia epara o licenciamento de direito de uso ou deexploração de criação protegida. (Inciso acres-centado pela Lei nº 10.973, de 02.12.2004)

XXVI. na celebração de contrato de programa comente da Federação ou com entidade de suaadministração indireta, para a prestação deserviços públicos de forma associada nos termosdo autorizado em contrato de consórcio públicoou em convênio de cooperação.  (Acrescen-tado o inciso pela Lei nº 11.107, de 06.04.2005) 

XXVII. na contratação da coleta, processamento ecomercialização de resíduos sólidos urbanos

recicláveis ou reutilizáveis, em áreas comsistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusi-vamente por pessoas físicas de baixa rendareconhecidas pelo poder público como catadoresde materiais recicláveis, com o uso de equipa-mentos compatíveis com as normas técnicas,ambientais e de saúde pública. (Redação dadapela Lei nº 11.445, de 2007)

XXVIII. para o fornecimento de bens e serviços, pro-duzidos ou prestados no País, que envolvam,cumulativamente, alta complexidade tecnológicae defesa nacional, mediante parecer de comis-são especialmente designada pela autoridade

máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de2007)

XXIX. na aquisição de bens e contratação deserviços para atender aos contingentes militaresdas Forças Singulares brasileiras empregadasem operações de paz no exterior, necessa-riamente justificadas quanto ao preço e àescolha do fornecedor ou executante e ratifi-cadas pelo Comandante da Força. (Incluído pelaLei nº 11.783, de 2008)

Parágrafo único. Os percentuais referidos nosincisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vintepor cento) para compras, obras e serviços contratados

por consórcios públicos, sociedade de economiamista, empresa pública e por autarquia ou fundaçãoqualificadas, na forma da lei, como AgênciasExecutivas. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº11.107, de 06.04.2005)

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 32: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 32/65

Ética

32 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

INEXIGIBILIDADE

Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:I. para aquisição de materiais, equipamentos, ou

gêneros que só possam ser fornecidos por 

produtor, empresa ou representante comercialexclusivo, vedada a preferência de marca, de-vendo a comprovação de exclusividade ser feitaatravés de atestado fornecido pelo órgão deregistro do comércio do local em que serealizaria a licitação ou a obra ou o serviço, peloSindicato, Federação ou Confederação Patronal,ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

II. para a contratação de serviços técnicos enu-merados no art. 13 desta Lei, de naturezasingular, com profissionais ou empresas denotória especialização, vedada a inexigibilidadepara serviços de publicidade e divulgação;

III. para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empre-sário exclusivo, desde que consagrado pelacrítica especializada ou pela opinião pública.

§ 1º Considera-se de notória especialização oprofissional ou empresa cujo conceito no campo desua especialidade, decorrente de desempenhoanterior, estudos, experiências, publicações, organiza-ção, aparelhamento, equipe técnica, ou de outrosrequisitos relacionados com suas atividades, permitainferir que o seu trabalho é essencial e indiscutível-mente o mais adequado à plena satisfação do objetodo contrato.§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos

casos de dispensa, se comprovado superfaturamento,respondem solidariamente pelo dano causado àFazenda Pública o fornecedor ou o prestador deserviços e o agente público responsável, sem prejuízode outras sanções legais cabíveis.

DICA:Para concursos de 2º grau, obviamente o cândi-dato não terá de decorar os incisos de dispensa ede inexigibilidade. O melhor é decorar os de inexi-gibilidade, que são somente 03. Por eliminação, oscasos que não se enquadrarem nos três tipos deinexigibilidade serão casos de DISPENSA.

Por último, é importante destacar a necessidadeda prática de ato pela autoridade superior, a fim dedar eficácia à dispensa e à inexigibilidade:

Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2º e 4º do art.17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situaçõesde inexigibilidade referidas no art. 25, necessária-mente justificadas, e o retardamento previsto no finaldo parágrafo único do art. 8º desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridadesuperior, para ratificação e publicação na imprensaoficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição paraa eficácia dos atos. (Redação dada ao caput pela Lei

nº 11.107, de 06.04.2005)Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigi-bilidade ou de retardamento, previsto neste artigo,será instruído, no que couber, com os seguinteselementos:

Ι. caracterização da situação emergencial ou cala-mitosa que justifique a dispensa, quando for ocaso;

ΙΙ. razão da escolha do fornecedor ou executante;ΙΙΙ. justificativa do preço.

Ις. documento de aprovação dos projetos de pesquisaaos quais os bens serão alocados. (Incisoacrescentado pela Lei nº 9.648, de 27.05.1998)

9.4. PROCEDIMENTO DA LICITAÇÃO

Fica a cargo de uma comissão permanente ouespecial, composta de pelo menos três membros,sendo no mínimo dois servidores dos quadrospermanentes da Administração (efetivos). No caso deconvite, a comissão poderá ser substituída por umservidor formalmente designado pela autoridadecompetente.

O procedimento é mais complexo na concor-

rência, um pouco menos complexo na tomada depreços e mais simplificado no convite.

FASES DO PROCEDIMENTO:a)  ABERTURA;b) EDITAL;c) HABILITAÇÃO;d) CLASSIFICAÇÃO E JULGAMENTO DAS PRO-

POSTAS;e) HOMOLOGAÇÃO;f)  ADJUDICAÇÃO.

a) ABERTURA:   Ato que inicia o procedimento

administrativo, contendo a autorização respectiva, aindicação sucinta do seu objeto e do recurso própriopara a despesa, devendo ser devidamente autuado,numerado e protocolado.

b) EDITAL: É a lei interna da licitação. No convite, ésubstituído pela carta-convite.

c) HABILITAÇÃO: É a comprovação dos requisitos decapacidade jurídica, qualificação técnica, qualificaçãoeconômico-financeira e regularidade fiscal.

d) CLASSIFICAÇÃO E JULGAMENTO DAS PRO-POSTAS: Faz-se de acordo com os critérios estabe-

lecidos no Edital. Em função dos critérios, poderemoster os seguintes TIPOS de licitação: melhor preço,melhor técnica, técnica e preço e maior lance.

MENOR PREÇO – é a regra. MELHOR TÉCNICA – contratos que tenham por 

objeto serviços de natureza predominantementeintelectual, em especial elaboração de projetos,cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamen-to e de engenharia consultiva em geral e, emparticular, para a elaboração de estudos técnicospreliminares e projetos básicos e executivos. ALei também valorizou o preço, nesse caso, pois

após a definição da melhor proposta técnica, oprimeiro classificado se não houver ofertado omenor preço, será convidado para reduzir opreço.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 33: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 33/65

Ética

33 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

TÉCNICA E PREÇO – critério que pode ser adotado para as mesmas hipóteses em que écabível a melhor técnica. São atribuídos pesos àspropostas técnicas e de preço, vencendo olicitante que obtiver a melhor média ponderada.

MAIOR LANCE – vence a proposta que oferecer 

o maior preço à Administração, pelo objeto queestá sendo vendido

e) HOMOLOGAÇÃO: É a confirmação do procedi-mento por parte da autoridade que mandou abrir alicitação, sendo verificado o aspecto do cumprimentoda Lei.

f) ADJUDICAÇÃO: É o ato final do procedimentolicitatório. É a atribuição ao vencedor da preferênciapara a celebração do contrato. A Administração nãoestá obrigada a contratar. No entanto, não poderárealizar o contrato com outrem.

9.5. ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DE PROCE-DIMENTO LICITATÓRIO

O disposto na lei fala por si mesmo, sendo defácil interpretação:

Art. 49. A autoridade competente para a aprovaçãodo procedimento somente poderá revogar a licitaçãopor razões de interesse público decorrente de fatosuperveniente (que ocorra posteriormente) devida-mente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegali-dade, de ofício ou por provocação de terceiros,

mediante parecer escrito e devidamente fundamen-tado. (É obrigatória a motivação!)§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivode ilegalidade não gera obrigação de indenizar,ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59desta Lei. (“A nulidade não exonera a Administraçãodo dever de indenizar o contratado pelo que estehouver executado até a data em que ela for declaradae por outros prejuízos regularmente comprovados,contanto que não lhe seja imputável, promovendo-sea responsabilidade de quem lhe deu causa.”)§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à docontrato, ressalvado o disposto no parágrafo único doart. 59 desta Lei.§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório,fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e deinexigibilidade de licitação.

10. CONTRATOS

Introdução

 As relações jurídicas ajustadas pela Adminis-tração Pública com terceiros decorrem de atosunilaterais (atos administrativos) e de atos plurilaterais(contratos). As avenças disciplinadas pelo Direito Administrativo são denominadas contratos adminis-trativos, e como tais a doutrina tem considerado osque: a) recebem da lei essa denominação; b) tem por objeto o uso de bem público e a prestação de serviçopúblico; c) contêm cláusulas exorbitantes.

Contratos da Administração

Toda vez que a Administração Pública celebracompromissos recíprocos com terceiros, firma umcontrato. São esses contratos que se convencionoudenominar de contratos da Administração,caracterizado pelo fato de que a AdministraçãoPública figura num dos polos da relação contratual.

Contratos Privados da Administração

Trata-se de uma das espécies de contratos da Administração, regulados pelo Direito Civil eComercial. São exemplos de contratos de direitoprivado da Administração a compra e venda, adoação, a locação, etc.

Contratos Administrativos

Os contratos administrativos também constituemespécie do gênero contratos da Administração, mastêm normas reguladoras diversas das que disciplinamos contratos privados firmados pelo Estado. Sendocontratos típicos da Administração, sofrem aincidência de normas especiais de direito público, sólhes aplicando supletivamente as normas de direitoprivado.

Conceito

Para o professor José dos Santos CarvalhoFilho, contrato administrativo é “o ajuste firmadoentre a Administração Pública e um particular,regulado basicamente pelo direito público, e tendopor objeto uma atividade que, de alguma forma,traduza interesse público”.Já o professor Hely Lopes Meirelles conceituacontratos administrativos como “o ajuste que aAdministração Pública, agindo nessa qualidade,firma com particular ou outra entidadeadministrativa para a consecução de objetivos deinteresse público, nas condições estabelecidaspela própria Administração”.

Características dos contratos administrativos

I. Relação Contratual  Possui a relação jurídica do contrato administrativo

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 34: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 34/65

Ética

34 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

algumas peculiaridades próprias de sua natureza,apresentado as seguintes características:1 - formalismo, porque não basta o consenso daspartes, mas, ao contrário, é necessário que seobservem certos requisitos externos e internos;2 - comutatividade, já que existe equivalência entre

as obrigações, previamente ajustadas e conhecidas;3 - confiança recíproca (intuitu personae), porque ocontratado é, em tese, o que melhor comprovoucondições de contratar com a Administração;4 - bilateralidade, indicativa de que o contratoadministrativo sempre há de traduzir obrigações paraambas as partes.

II. Posição Preponderante da AdministraçãoOs contratos administrativos visam a alcançar um fimútil para a coletividade, e, além disso, deles participa aprópria Administração. É lógico, então, que no conflitoentre os interesses do particular contratado e oEstado contratante tenham que prevalecer ospertencentes a este último. Não se pode deixar dereconhecer, em consequência, uma certadesigualdade entre as partes contratantes, fato queconfere à Administração  posição de supremacia emrelação ao contratado.

III. Finalidade PúblicaEssa característica está presente em todos os atos econtratos da Administração Pública, ainda que regidospelo direito privado; às vezes, pode ocorrer que autilidade direta seja usufruída apenas pelo particular,como ocorre concessão de uso de sepultura, mas,indiretamente, é sempre o interesse público que a

 Administração tem que ter em vista, sob pena dedesvio de poder.

IV. FormalismoOs contratos administrativos são formais e escritos.É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras depronto pagamento, assim entendidas aquelas devalor não superior a R$ 4.000,00 (quatro mil reais),feitas em regime de adiantamento (art. 60, parágrafoúnico).

Todo contrato deve mencionar os nomes daspartes e os de seus representantes, a finalidade, o atoque autorizou a sua celebração, o número do proces-

so da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, asujeição dos contratantes às normas da Lei nº 8.666 eàs cláusulas contratuais (art. 61).

 Além desses requisitos, o resumo do instrumentode contrato, qualquer que seja seu valor (inclusive oscontratos sem ônus), deve ser publicado na imprensaoficial no prazo máximo de vinte dias, contados apartir do quinto dia útil do mês seguinte ao de suaassinatura. A publicação é condição indispensávelpara a eficácia do contrato (art. 61, parágrafo único).Conforme o art. 62 da Lei nº 8.666, o instrumento decontrato é obrigatório nos casos de concorrência e detomada de preços, bem como nas dispensas e

inexigibilidades cujos preços estejam compreendidosnos limites destas duas modalidades de licitação. Nosdemais casos, o instrumento de contrato é facultativo.Não significa isso que o vínculo obrigacional sejaverbal. A lei estabelece que, na hipótese de dispensar 

o uso do instrumento de contrato, a Administraçãodeverá substituí-lo por outros instrumentos hábeis,tais como carta-contrato, nota de empenho dedespesa, autorização de compra ou ordem de execu-ção de serviço.

 A lei permite, também, que a Administração

dispense o "termo de contrato", facultando asubstituição por outros meios hábeis, como acimaexemplificado, a seu critério e independentemente deseu valor, nos casos de compra com entrega imediatae integral dos bens adquiridos, dos quais não resultemobrigações futuras, inclusive assistência técnica (art.62, § 4º).

No intuito de assegurar a publicidade dos contra-tos administrativos, dispõe a lei que é permitido aqualquer licitante o conhecimento dos termos do com-trato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, me-diante o pagamento dos emolumentos devidos (art.63).

V. Natureza de Contrato de AdesãoTodas as cláusulas dos contratos administrativos sãofixadas unilateralmente pela Administração. Em umcontrato de adesão, uma das partes propõe ascláusulas e a outra parte não pode propor alterações.Pelo instrumento convocatório (normalmente o edital)da licitação, o poder público faz uma oferta a todos osinteressados, fixando as condições em que pretendecontratar; a apresentação de propostas peloslicitantes equivale à aceitação da oferta feita pela Administração.Importante registrar que a minuta do futuro contrato a

ser celebrado entre o vencedor da licitação e a Administração integrará sempre o edital ou atoconvocatório do certame.

VI. Natureza “intuitu personae” (pessoalidade)Todos os contratos para os quais a lei exige licitaçãosão firmados intuitu personae, ou seja, em razão decondições pessoais do contratado, apuradas noprocedimento da licitação. Não é por outra razão quea Lei nº 8.666/93, no artigo 78, VI, veda asubcontratação total ou parcial do seu objeto, aassociação do contratado com outrem, a cessão outransferência, total ou parcial; essas medidas somentesão possíveis se expressamente previstas no edital da

licitação e no contrato.

VII. Presença das Cláusulas ExorbitantesCláusulas exorbitantes ou cláusulas de privilégio sãoas prerrogativas especiais conferidas à Administraçãona relação do contrato administrativo em virtude desua posição de supremacia em relação ao particular contratado. A lei relaciona as seguintes cláusulas exorbitantes(art. 58 da Lei nº 8.666/93):

a) Exigência de garantia A faculdade de exigir garantia nos contratos de obras,

serviços e compras está prevista no art. 56, § 1º, daLei de Licitação, podendo abranger as seguintesmodalidades: caução em dinheiro ou títulos da dívidapública; seguro-garantia e fiança bancária. A escolhada modalidade de garantia cabe ao contratado, não

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 35: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 35/65

Ética

35 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

podendo ultrapassar o correspondente a 5% do valor do contrato, salvo nos casos de obras, serviços efornecimentos de grande vulto envolvendo altacomplexidade técnica e riscos financeiros considera-veis, podendo o limite de garantia ser elevado paraaté 10% do valor do contrato. A garantia, quando

exigida do contratado, é devolvida após a execuçãodo contrato.

b) Alteração unilateral  Ao contrário do que ocorre nos contratos de direitoprivado, a alteração unilateral do contrato celebradopela Administração é possível, conforme prevê o art.65 da Lei nº 8.666/93. A alteração dos contratos administrativos se dá emdois casos:1) quando há modificação do projeto ou das

especificações, com vistas à melhor adequaçãotécnica aos fins do contrato; e

2) quando é preciso modificar o valor em virtude doaumento ou diminuição quantitativa do objetocontratual.

Se a alteração imposta aumentar os encargos doparticular contratado, tem este direito a receber asdiferenças respectivas; o mesmo ocorrendo se foremcriados tributos ou encargos legais após a celebraçãodo contrato, que tenham repercussão no preço.

Outra vantagem da Administração reside napossibilidade de obrigar o contratado a aceitar , nasmesmas condições, acréscimos ou supressões emobras, serviços ou compras até 25% do valor originário do contrato, ou até 50% no caso de reforma

de edifício ou equipamento.

c) Rescisão unilateral   A rescisão unilateral está prevista no art. 58, II,combinado com os arts. 79, I, e 78, incisos I a XII eXVII, e ocorre nos seguintes casos:1. inadimplemento (incisos I a VIII do art. 78),

abrangendo hipóteses como não cumprimentoou cumprimento irregular das cláusulascontratuais, lentidão, atraso injustificado,paralisação, subcontratação total ou parcial, etc.

2. situações que caracterizem desaparecimentodo sujeito, sua insolvência ou comprome-timento da execução do contrato (incisos IX a

XI do art. 78): falência, dissolução da sociedade,falecimento do contratado entre outras.

3. razões de interesse público (inciso XII do art.78).

4. caso fortuito ou de força maior (inciso XVII doart. 78).

d) FiscalizaçãoTrata-se de prerrogativa do poder público, tambémprevista no artigo 58, III, e disciplinada mais especi-ficamente no artigo 67, que exige seja a execução docontrato acompanhada e fiscalizada por um represen-tante da Administração, especialmente designado,

permitida a contratação de terceiros para assisti-los esubsidiá-lo de informações pertinentes a essaatribuição. O não atendimento das determinações daautoridade fiscalizadora enseja rescisão unilateral docontrato (art. 78, VII), sem prejuízo das sanções

cabíveis.

e) Aplicação de penalidades A inexecução total ou parcial do contrato dá à Administração a prerrogativa de aplicar sanções denatureza administrativa (art. 58, IV), dentre as

indicadas no artigo 87, a saber:I. advertência;II. multa, na forma prevista no instrumento convo-

catório ou no contrato;III. suspensão temporária de participação em

licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

IV. declaração de inidoneidade para licitar oucontratar com a Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes da puni-ção ou até que seja promovida a reabilitação, perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que ocontratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazoda sanção aplicada com base no inciso anterior”.

 A  pena de multa pode ser aplicada juntamentecom qualquer uma das outras (art. 87, § 2º), ficandovedada, em qualquer outra hipótese, a acumulação desanções administrativas. Enquanto a  pena de sus-  pensão não pode ultrapassar  dois anos, a dedeclaração de inidoneidade não tem um limitepreciso definido na lei. Apesar da má redação doinciso IV do artigo 87, deduz-se que o limite mínimo éde dois anos, já que a lei, na parte final do dispositivo,

emprega a expressão após decorrido o prazo dasanção aplicada com base no inciso anterior ; o limitemáximo é a data em que ocorrer a reabilitação, ouseja, quando, após decorrido dois anos, o interessadoressarcir os prejuízos causados à Administração (art.87, 3º).

Da aplicação das penas de advertência, multa esuspensão temporária cabe recurso, no prazo decinco dias úteis a contar da intimação do ato, dirigidoà autoridade superior, por intermédio daquela queaplicou a pena; esta tem o prazo de cinco dias úteispara reconsiderar a sua decisão ou, no mesmo prazo,fazer subir o recurso à autoridade competente, quedeverá decidir também no prazo de cinco dias úteis,

contado do recebimento (art. 109, I, f, e § 4º). A esse recurso a autoridade administrativa

poderá dar efeito suspensivo (art. 109, § 2º). No casode declaração de inidoneidade, cabe pedido dereconsideração à autoridade que aplicou a pena, noprazo de 10 dias úteis da intimação do ato (art. 109,III).

f) Anulação A Administração Pública, estando sujeita ao princípioda legalidade, tem que exercer constante controlesobre seus próprios atos, cabendo-lhe o poder-dever de anular aqueles que contrariam a lei, é a prerro-

gativa que alguns chamam de autotutela e que nãodeixa de corresponder a um dos atributos dos atosadministrativos, que diz respeito à sua executoriedadepela própria Administração. Em se tratando deilegalidade verificada nos contratos de que é parte, a

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 36: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 36/65

Ética

36 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

 Administração tem também o poder de declarar a suanulidade, com efeito retroativo, impedindo os efeitos jurídicos que elas ordinariamente deveriam produzir,além de desconstituir os já produzidos.

Há que se observar que a ilegalidade no proce-dimento da licitação vicia também o próprio contrato,

 já que aquele procedimento é condição de validadedeste; de modo que, ainda que a ilegalidade dalicitação seja apurada depois de celebrado o contrato,este terá que ser anulado.

g) Retomada do objetoO artigo 80 da Lei nº 8.666/93 prevê, ainda, comocláusula exorbitante, determinadas prerrogativas quetêm por objetivo assegurar a continuidade daexecução do contrato, sempre que a sua paralisaçãopossa ocasionar prejuízo ao interesse público e,principalmente, ao andamento de serviço públicoessencial; trata-se, neste último caso, de aplicação doprincípio da continuidade do serviço público.

Essas medidas, que somente são possíveis nos casosde rescisão unilateral, são as seguintes:I. assunção imediata do objeto do contrato, no

estado e local em que se encontrar, por atopróprio da Administração;

II. ocupação e utilização do local, instalações,equipamentos, material e pessoal empregadosna execução do contrato, necessários à suacontinuidade, na forma do inciso V do art. 58desta Lei;

III. execução da garantia contratual, para ressarci-mento da Administração, e dos valores dasmultas e indenizações a ela devidos;

IV. retenção dos créditos decorrentes do contratoaté o limite dos prejuízos causados à Adminis-tração.

h) Restrições ao uso da “Exceptio Non Adimpleti Contractus” 

No direito privado, quando uma das partes descumpreo contrato, a outra pode descumpri-lo também,socorrendo-se da exceptio non adimpleti contractus(exceção do contrato não cumprido). No direitoadministrativo, o particular não pode interromper aexecução do contrato, em decorrência dos princípiosda continuidade do serviço público e da supre- macia do interesse público sobre o particular; em

regra, o que ele deve fazer é requerer, administrativaou judicialmente, a rescisão do contrato e pagamentode perdas e danos, dando continuidade à suaexecução, até que obtenha ordem da autoridadecompetente (administrativa ou judicial) para paralisá-lo. Note-se que a Lei nº 8.666/93 só prevê apossibilidade de rescisão unilateral por parte da Administração (art. 79, I); em nenhum dispositivoconfere tal direito ao contratado.

Equação Econômico-Financeira

Trata-se de adequação entre o objeto e o preço,que deve estar presente ao momento em que se firmao contrato. A manutenção da equação econômico-financeira do contrato objetiva propiciar às partes(Administração e contratado) “oportunidade de resta-belecer o equilíbrio toda vez que de alguma formamais profunda for ele rompido ou, quando impossível

o restabelecimento, ensejar a própria rescisão docontrato”. As formas permitidas pela Lei nº 8.666/93 doreequilíbrio são as seguintes:a) reajuste – que se caracteriza por ser uma fórmula

preventiva normalmente usada pelas partes já ao

tempo do contrato, com vistas a preservar oscontratados dos efeitos de regime inflacionário.Entre as cláusulas necessárias do contratoadministrativo encontram-se “o preço e ascondições de pagamento, e quando for o casoos critérios de reajustamento” (art. 55, III).

b) revisão – deriva da ocorrência de um fatosuperveniente, apenas suposto, porém nãoconhecido pelos contratantes quando celebraramo contrato, como, por exemplo, o aumento deimpostos sobre determinado produto.

Duração dos Contratos

Os contratos administrativos devem ser celebrados por prazos determinados, sendo suaduração limitada à vigência dos créditos orçamen-tários (art. 57). Considerando que os créditos orça-mentários têm a duração de um ano, os contratosdeverão também, como regra, ter sua duração emigual período. Tais créditos vigoram durante cadaexercício financeiro – 1º de janeiro a 31 de dezembro. A lei de licitações prevê três exceções à regra geral;nesses casos, os contratos podem ter duração maislonga do que os créditos orçamentários de cadaexercício financeiro:1) os contratos relativos a projetos fixados no Plano

Plurianual;2) os contratos que tenham por objeto a prestaçãode serviços a serem executados de formacontínua, quando houver a previsão de preços econdições mais vantajosas para a Administração,ficando a duração limitada a 60 meses; e

3) os contratos em que a Administração quer alugar equipamentos e utilizar  programas deinformática, caso em que a duração pode seestender pelo prazo de até 48 meses após oinício do ajuste.

Prorrogação dos Contratos

Como regra geral, a duração dos contratos admi-nistrativos é limitada à vigência dos respectivoscréditos orçamentários. Escapam a essa limitação astrês hipóteses elencadas no item anterior. A leienumera taxativamente as situações que autorizam aprorrogação dos contratos no § 1º do seu art. 57.Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridadecompetente para celebrar o contrato. A prorrogação épossível em razão da ocorrência de um dos seguintesmotivos, devidamente autuados em processo:I. alteração do projeto ou especificações, pela

 Administração;

II. superveniência de fato excepcional ou impre-visível, estranho à vontade das partes, que alterefundamentalmente as condições de execução docontrato;

III. interrupção da execução do contrato ou diminuição

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 37: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 37/65

Ética

37 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;

IV. aumento das quantidades inicialmente previstas nocontrato, nos limites permitidos pela Lei nº 8.666;

V. impedimento de execução do contrato por fato ouato de terceiro reconhecido pela Administração em

documento contemporâneo à sua ocorrência;VI. omissão ou atraso de providências a cargo da

 Administração, inclusive quanto aos pagamentosprevistos de que resulte, diretamente, impedimentoou retardamento na execução do contrato, semprejuízo das sanções legais aplicáveis aos respon-sáveis.

Extinção dos Contratos

 A extinção do contrato administrativo é o términodo vínculo obrigacional existente entre a Adminis-tração e o contratado. A extinção pode ocorrer emvirtude da conclusão do objeto do contrato (términoda obra ou entrega do material de expedientecomprado) ou término de seu prazo de duração(término de um contrato de um ano de fornecimentode água mineral), ou, ainda, por motivo de anulaçãoou de rescisão do contrato.

Nas duas primeiras hipóteses – conclusão doobjeto ou término de prazo de duração – houve oadimplemento do contratado e o término do vínculocontratual ocorre de pleno direito, isto é, semnecessidade de intervenção do Judiciário.

 A anulação do contrato pode ser feita a qualquer tempo, pela autoridade administrativa ou pelo Poder Judiciário, sempre por motivo de ilegalidade. Já a

rescisão do contrato implica sua extinção antes deconcluído o seu objeto, antes do término do prazo desua duração. A rescisão pode se dar por culpa docontratado ou por culpa da Administração.

Inexecução dos Contratos

Caracteriza inadimplemento do contrato odescumprimento total ou parcial de suas cláusulas por qualquer das partes, podendo ser com culpa ou semculpa da Administração ou do particular contratado.

Inexecução culposa

 A inexecução culposa do contrato é caracterizadapelo descumprimento ou cumprimento irregular dascláusulas contratuais em razão da ação ou omissãoculposa ou dolosa da Administração ou do contratado. A inexecução culposa do contrato pelo contratadoacarreta a aplicação das sanções legais e contratuais. A inexecução por culpa do contratado possibilita, tam-bém, a rescisão unilateral do contrato pela Adminis-tração.

 A inexecução por culpa da Administração possi-bilita ao contratado pleitear a rescisão judicial ou por acordo.

Inexecução sem culpa A inexecução sem culpa pressupõe a existência

de uma causa justificadora do inadimplemento e liberao inadimplente de responsabilidade, em razão da

aplicação da denominada Teoria da Imprevisão.Para que se caracterize uma causa justificadora deinadimplemento contratual é necessário que ocorra,após a celebração do ajuste, um evento imprevisível eextraordinário, que impeça, retarde ou torneinsuportavelmente onerosa a execução do contrato

como originalmente avençado.

a) Teoria da ImprevisãoOcorre a teoria da imprevisão quando, no curso docontrato, sobrevêm eventos excepcionais e impre-visíveis ou, embora previsíveis, sejam de consequên-cias incalculáveis que prejudiquem a equaçãoeconômico-finaceira do pacto.

O efeito da teoria da imprevisão firma-se em duasvertentes. Se a parte prejudicada não puder cumprir,de nenhum modo, as obrigações contratuais, dar-se-áa rescisão sem atribuição de culpa. Se o cumprimentofor possível, mas acarretar ônus para a parte, teráesta direito à revisão do preço para restaurar oequilíbrio rompido.

b) Fato do PríncipeCorresponde a medidas de ordem geral, nãorelacionadas diretamente com o contrato, mas quenele repercutem, provocando desequilíbrioeconômico-finaceiro em detrimento do contratado.Cite-se o exemplo de um tributo que incida sobrematérias-primas necessárias ao cumprimento docontrato; ou medida de ordem geral que dificulte aimportação dessas matérias-primas.

No caso de medida geral, que atinja o contratoapenas reflexamente, a responsabilidade é extracon-

tratual; o dever de recompor o equilíbrio econômico docontrato repousa na mesma ideia de equidade queserve de fundamento à teoria da responsabilidadeobjetiva do Estado. Na Lei nº 8.666/93 há expressareferência à teoria do fato príncipe, no art. 65, II, d,com a redação dada pela Lei nº 8.883/94.

c) Caso Fortuito e Força Maior Consoante as lições de Celso Antônio Bandeira deMello e Maria Sylvia Di Pietro, a força maior ocorrequando estamos diante de um evento externo,estranho a qualquer atuação da Administração ou docontratado, que, além disso, de ser  imprevisível eirresistível ou inevitável, como, por exemplo, um

furacão, um terremoto, uma guerra, etc.Já o caso fortuito seria sempre um evento

interno, ou seja, decorrente de uma atuação da Administração ou do contratado, como ocorre, por exemplo, na greve de servidores; no rompimento deuma adutora ou de um cabo elétrico tornandoexcessivamente onerosa a execução do contrato.Ocorrendo tais situações, rompe-se o equilíbriocontratual, porque uma das partes passa a sofrer umencargo extremamente oneroso, não tendo dadocausa para tanto.

 A lei de licitações prevê hipótese de rescisãocontratual pela ocorrência de caso fortuito ou força

maior regularmente comprovados (inciso XVII do art.78 da Lei nº 8.666/93), admitindo, inclusive, indeni-zação ao prejudicado pelos prejuízos causados,desde que, é lógico, não tenha havido culpa doinadimplente.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 38: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 38/65

Ética

38 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

d) Fato da Administração Ocorre toda vez que uma ação ou omissão do Poder Público, especificamente relacionada ao contrato,impede ou retarda sua execução. Nesta

especificidade da ação ou omissão da Administraçãorelativamente ao contrato reside a diferença entreessa causa justificadora e o fato do príncipe,precedentemente analisado. O fato da Administraçãopode ensejar a rescisão judicial ou amigável docontrato, ou, em alguns casos, a paralisação de suaexecução pelo contratado até a normalização dasituação. As hipóteses de fatos da Administração estãoprevistas na Lei nº 8.666, art. 78, incisos XIV, XV eXVI, transcritos:“Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:

XIV - a suspensão de sua execução, por ordemescrita da Administração, por prazo superior a 120(cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidadepública, grave perturbação da ordem interna ouguerra, ou ainda por repetidas suspensões quetotalizem o mesmo prazo, independentemente dopagamento obrigatório de indenizações pelas suces-sivas e contratualmente imprevistas desmobilizaçõese mobilizações e outras previstas, assegurado aocontratado, nesses casos, o direito de optar pelasuspensão do cumprimento das obrigações assumi-das até que seja normalizada a situação;

XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dospagamentos devidos pela Administração decorrentesde obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas

destes, já recebidos ou executados, salvo em caso decalamidade pública, grave perturbação da ordeminterna ou guerra, assegurado ao contratado o direitode optar pela suspensão do cumprimento de suasobrigações até que seja normalizada a situação;

XVI - a não-liberação, por parte da Administração,de área, local ou objeto para execução de obra,serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bemcomo das fontes de materiais naturais especificadasno projeto”.

Principais Contratos Administrativos

1. Contrato de Obra Pública

 A Lei nº 8.666/93, em seu art. 6º, inciso I, define obracomo toda construção, reforma, fabricação, recupe-ração ou ampliação, realizada por execução direta ouindireta.No tocante à forma de execução, as obras poder ser executadas diretamente pela própria Administraçãoou, indiretamente, quando a execução incumbe aterceiros contratados.Eis os casos de regime de execução, quando indire-tamente executados:a) empreitada por preço global – é fixado um

preço certo, que pode ser reajustável, para remu-nerar o empreiteiro pela totalidade da obra.

b) empreitada por preço unitário – ocorre quandose contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas.

c) empreitada integral – se presta à realização deobras de maior vulto e complexidade, abrangendo

não só as obras, mas também os serviços.

d) tarefa – é caracterizada pela contratação de mãode obra para pequenos trabalhos por preço certo,com ou sem fornecimento de materiais.

2. Contrato de ServiçosO art. 6º, inciso II, da Lei nº 8.666/93 define serviçocomo “toda atividade destinada a obter determinadautilidade de interesse para a Administração, taiscomo: demolição, conserto, instalação, montagem,operação, conservação, reparação, adaptação, manu-tenção, transporte, locação de bens, publicidade,seguro ou trabalhos técnico-profissionais”.

3. Contrato de Fornecimento“É o contrato administrativo por meio do qual a Administração adquire coisas móveis, como materialhospitalar, material escolar, equipamentos, gênerosalimentícios, necessários à realização e à manu-tenção de seus serviços”. O contrato pode ser defornecimento integral, semelhante à compra e venda,sendo o objeto contratado entregue de uma só vez emsua totalidade; de fornecimento parcelado, em que aquantidade a ser entregue é certa e determinada; e defornecimento contínuo, em que a entrega é sucessivae prolonga-se no tempo pelo período estipulado comde duração do contrato.

4. Contrato de ConcessãoTrata-se de “ajuste pelo qual a Administração delegaao particular a execução remunerada de serviço ou deobra pública ou lhe cede o uso de um bem público

(concessão de uso de bem público), para que oexplore por sua conta e risco, pelo prazo e nascondições legais e contratuais”.Os contratos de concessão de uso podem ser celebrados sob duas modalidades:a) concessão administrativa de uso, que confere ao

particular um direito pessoal, intransferível; oub) concessão de direito real de uso, atribuindo ao

particular um direito real (relacionado ao bem enão à sua pessoa), por esse motivo alienável aterceiros.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 39: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 39/65

Ética

39 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

EXERCÍCIOS

1. (Tec. Jud. – Administrativa – TRE/CE – 2012 –

FCC) O princípio da vinculação ao instru-mento convocatório

(A) aplica-se somente aos licitantes, vez que estesnão podem deixar de atender os requisitos doinstrumento convocatório.

(B) é princípio básico das licitações, no entanto, suainobservância não enseja a nulidade do proce-dimento licitatório.

(C) tem por objetivo evitar que a AdministraçãoPública descumpra as normas e condições doedital, ao qual se acha estritamente vinculada.

(D) permite à Administração Pública, excepcional-mente, aceitar proposta com eventual inobser-vância às condições estabelecidas no edital,desde que mais favorável ao interesse público.

(E) não está expressamente previsto na Lei deLicitações (Lei nº 8.666/1993), porém carac-teriza-se como um dos mais importantesprincípios das licitações.

2. (Tec. Jud. – Administrativa – TRE/PR – 2012 –FCC) A Secretaria da Cultura de determinadoEstado pretende promover um evento degrandes proporções para angariar fundospara auxiliar as vítimas das enchentes queassolaram determinada região. O artista com-vidado, consagrado pela crítica especializada,

apresentou proposta de orçamento bastantereduzido (R$ 15.000,00) em razão da naturezado evento. De acordo com a Lei nº 8.666/93, acontratação

(A) deverá ser precedida de licitação, na medida emque não se trata de serviço singular.

(B) poderá ser feita com inexigibilidade de licitação.(C) poderá ser feita independentemente de licitação

em razão da natureza beneficente do evento.(D) deverá ser precedida de concurso, em razão da

natureza artística da contratação.(E) deverá ser feita com dispensa de licitação,

apenas se comprovando a notória especia-lização.

3. (Anal. Jud. – Administrativa – TRE/PR – 2012 – FCC) Concluída determinada licitação, aAdministração Pública entendeu por homolo-gá-la, mas adjudicar o objeto da licitação aoutro licitante, por entender que o vencedor não cumpriria o contrato adequadamente. Olicitante vencedor 

(A) poderá exigir a assinatura do contrato e o inícioda execução da avença.

(B) deverá exigir a revogação da licitação, tendo emvista que a Administração não pode adjudicar oobjeto do certame a outro que não ao vencedor.

(C) poderá exigir a adjudicação do objeto do certame

em seu favor, embora a Administração aindapossa revogar a licitação por razões de oportu-nidade e conveniência.

(D) deverá pleitear indenização equivalente ao valor do contrato que seria celebrado, uma vez que

tem direito subjetivo à formalização da referidaavença.

(E) poderá exigir a realização de nova licitação, naqual concorrerá com preferência em relação aosoutros.

4. (Anal. Jud. – Judiciária – TRE/PA – 2011 –FGV) A licitação é dispensável nos seguintescasos:

I. em casos de guerra ou grave perturbação daordem;

II. quando não acudirem interessados à licitaçãoanterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração;

III. para aquisição de materiais que só possam ser fornecidos por produtor exclusivo, devendo acomprovação de exclusividade ser feita por meiode atestado;

IV. quando a União tiver que intervir no domínioeconômico para regular preços ou normalizar oabastecimento.

Analisando-se os itens acima, estão corretossomente

(A) II e III.(B) I, II e IV.(C) II, III e IV.(D) I e IV.(E) I, I II e IV.

5. (Tec. Jud. – Administrativa – TRE/SP – 2012 –FCC) A Secretaria Estadual de Habitaçãopretende contratar a construção de casas

populares e estima que o valor das obras sejada ordem de R$ 1.000.000,00 (um milhão dereais). Para a contratação das obras, deveráadotar a modalidade licitatória

(A) leilão.(B) pregão.(C) convite.(D) concorrência.(E) tomada de preços.

6. (Agente da Polícia Federal – 2012 – CESPE)No que se refere às licitações, julgue os itensque se seguem.

1. ( ) Os contratos de concessão de serviços

públicos sempre exigem licitação prévia namodalidade concorrência.

2. ( ) Configura-se a inexigibilidade de licitaçãoquando a União é obrigada a intervir no domínioeconômico para regular preço ou normalizar oabastecimento.

7. (Defensor Público – MA – 2011 – CESPE/UNB)Configurar-se-á licitação deserta quando

(A) todos os licitantes forem inabilitados.(B) nenhum dos licitantes adjudicar o objeto do

certame.(C) verificar-se conluio entre os licitantes, carac-

terizando-se ausência de concorrência.(D) não aparecerem interessados e a licitação nãopuder ser repetida sem prejuízo para aadministração.

(E) nenhum dos licitantes atender aos requisitos do

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 40: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 40/65

Ética

40 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

edital.

8. (Tec. Jud. – Administrativa – TRE/CE – 2012 –FCC) O Estado do Ceará pretende realizar procedimento licitatório na modalidadeconcurso, para a escolha de trabalho cientí-

fico. Nos termos da Lei nº 8.666/1993, o editaldeverá ser publicado na imprensa oficial comantecedência mínima de

(A) 30 dias.(B) 45 dias.(C) 10 dias.(D) 15 dias.(E) 40 dias.

9. (CESPE/UNB) A Lei nº 8.666, de 21 de junhode 1993, e alterações, regulamentou o art. 37,inciso XXI, da Constituição, instituindonormas para licitações e contratos da Admi-nistração Pública. Sobre o assunto, julgue ositens a seguir.

1. ( ) O leilão é uma modalidade de licitação entreinteressados previamente cadastrados, que podeser utilizada para a alienação de bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição tenhadecorrido de procedimentos judiciais.

2. ( ) O concurso é a modalidade adequada delicitação para um Tribunal de Contas quepretender premiar as melhores monografias sobreo controle externo.

3. ( ) A utilização de convite exclui a participaçãode quaisquer interessados não-cadastrados, quepoderão, entretanto, manifestar seu interesse

após a afixação do instrumento convocatório pelaunidade administrativa.4. ( ) Quando couber convite ou tomada de

preços, a Administração poderá valer-se daconcorrência, e, no caso de convite, também datomada de preços.

10. (Anal. Jud. – Administrativa – TRF 2ª R – 2012 – FCC) No que diz respeito ao pregão, comomodalidade de licitação, NÃO é vedada

(A) a exigência de pagamento de emolumentosreferentes ao fornecimento do edital, desde quenão seja superior ao custo de sua reproduçãográfica.

(B) a exigência de aquisição de edital pelos licitan-tes, como condição para participação no certa-me.

(C) a exigência de garantia de proposta.(D) a quitação ou pagamento de taxas exigidas para

o custeio de todas as despesas do certame.(E) a prática de especificações excessivas da

definição do objeto do certame, ainda quelimitem a competição.

11. (Analista – BACEN – 2010 – CESGRANRIO)Indagado sobre o regime jurídico a que sesubmetem os contratos administrativos, o

assessor especial do Departamento deAdministração de uma autarquia municipal,apontou, corretamente, como característicade tais contratos a

(A) imutabilidade de condições.

(B) presença de cláusulas exorbitantes.(C) impossibilidade de prorrogação.(D) vedação à exigência de prestação de garantia.(E) indeterminação do prazo de vigência.

12. (Tec. Jud. – Administrativa – TRF 2ª R – 2012

 – FCC) Analise, sob o tema dos contratosadministrativos, as prerrogativas conferidas àAdministração em relação a esses contratos:

I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,respeitado os direitos do contratado.

II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer hipótese, desde que necessário.

III. Ocupar provisoriamente, em determinadashipóteses, bens móveis e imóveis e serviçosvinculados ao objeto do contrato nos casos deserviços essenciais.

IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução totalou parcial do ajuste.

Nesses casos, está correto o que constaAPENAS em

(A) I, III e IV.(B) II e III.(C) II, III e IV.(D) I e IV.(E) I e II.

13. (Tec. Jud. – Administrativa – TRE/SP – 2012 –FCC) Os contratos administrativos, de acordocom a Lei nº 8.666/1993, possuem vigênciaadstrita aos respectivos créditos orçamen-tários, constituindo EXCEÇÃO

(A) os contratos de obras, que poderão ser prorro-gados por até 24 meses, caso comprovada aocorrência de condições supervenientes quedeterminem a alteração do projeto.

(B) os contratos para entrega futura e parcelada debens, que poderão ser prorrogados até o limitede 24 meses, para atender necessidade contínuada Administração.

(C) os contratos de prestação de serviços a seremexecutados de forma contínua, que poderão ser prorrogados, por iguais e sucessivos períodos,até o limite de 60 meses.

(D) os contratos por escopo, até limite de 12 meses,

e desde que o objeto esteja contido nas metasestabelecidas no Plano Plurianual.(E) o aluguel de equipamentos e a utilização de

programas de informática, até o limite de 60meses e por mais 12 meses, em caráter excepcional.

14. (Anal. Jud. – Administrativa – TJ/PE – 2012 –FCC) Nos casos de inexecução total ouparcial de um contrato firmado com aAdministração Pública NÃO pode ser adotadapara com o contratado a sanção adminis-trativa, de

(A) impedimento de contratar com a Administração

Pública, por um prazo não superior a 04 (quatro)anos.(B) suspensão temporária em participar de licitação

por um prazo não superior a 02 (dois) anos.(C) declaração de inidoneidade para licitar ou

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 41: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 41/65

Ética

41 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

contratar com a Administração, enquanto perdu-rarem os motivos determinantes da punição.

(D) declaração de inidoneidade aplicada juntamentecom a de multa.

(E) advertência aplicada isoladamente.

15. (Defensor Público – MA – 2011 – CESPE/UNB)Com relação ao que estabelece a Lei deLicitações acerca dos contratos adminis-trativos, assinale a opção correta.

(A) Será nulo e sem nenhum efeito o contrato verbalcom a administração, ainda que seu objetoenvolva pequenas compras de prontopagamento.

(B) Os contratos podem ser alterados unilate-ralmente pela administração quando convenientea substituição da garantia de execução.

(C) As cláusulas econômico-financeiras e monetáriasdos contratos administrativos podem ser alteradas sem prévia concordância do contra-tado.

(D) A declaração de nulidade do contrato, imputávelao contratado, exonera a administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data da declaração.

(E) Tratando-se de serviços essenciais, é vedada aocupação provisória de bens móveis, imóveis,pessoal e serviços vinculados ao objeto docontrato, caso haja rescisão do contratoadministrativo.

Gabarito1. C 2. B 3. C 4. B 5. E6. VF 7. D 8. B 9. FVFV 10. A11. B 12. A 13. C 14. A 15. D

11. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

 A Administração Pública, integrante de um EstadoDemocrático de Direito, fundamentada no princípio dalegalidade e na separação de poderes, não pode ser conivente com atuação administrativa irresponsável,ou seja, sem nenhum tipo de controle. Por isso,existem mecanismos de controle, que podem ser tanto em sentido horizontal (entre os poderes) comovertical (por parte dos administrados). Quem admi-nistra coisa alheia deve sempre, responder por seusatos de gestão, sobretudo quando se trata degerenciar a coisa pública.

Dessa forma, o controle da função administrativaenvolve os limites formais da legalidade e a fisca-lização sobre a observância dos direitos adminis-

trados. Portanto, o administrador não é apenas umexecutor de normas, mas, em cada caso, deveconferir-lhes a exata dimensão e o senso deproporcionalidade que fazem com que elas alcancema sua finalidade.

O princípio da indisponibilidade do interesse públi-co, ou seja, o interesse público não pode ser nego-ciado, é uma das bases principais do regime jurídico-administrativo. Como o interesse público é dinâmicocomo a sociedade, cada circunstância deve ser ava-liada com eficiência e impessoalidade pelo admi-nistrador, para identificá-lo com precisão, buscandosempre a finalidade da lei. Assim, o controle do exer-cício administrativo não se limita apenas à dimensão

meramente formal. É preciso identificar quando ecomo a atuação administrativa se apartou do realinteresse público, precisando, portanto, ser corrigida.

11.1. MECANISMOS DO CONTROLE

Tanto o Poder Executivo tem instrumentos nor-mativos para exercer tutela, internamente, sobre aconduta de seus órgãos e agentes, como os demaispoderes detêm meios legais de fazê-lo, externamente.Diante disso, teremos:

• Controle Interno (Auto ou controle executivo)

• Controle Externo (controle legislativo e controle jurisdicional).

O art. 31 da CF, por exemplo, reza que “a fisca-lização do município será exercida pelo poder legis-lativo municipal, mediante controle externo e pelossistemas de controle interno do poder executivomunicipal, na forma da lei”.

11.1.1. CONTROLE INTERNO 

Diz-se interno ou endógeno o regime de fisca-lização próprio da administração pública, que temcomo finalidade avaliar e, eventualmente, reparar os

erros e exageros de suas posturas, seja REVO-GANDO-AS por conveniência e oportunidade, sejaANULANDO-AS por  ilegalidade. É o autocontrole epode ser oficial  (ex officio) ou provocado, estandotais prerrogativas alicerçadas na súmula 473 do STF,

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 42: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 42/65

Ética

42 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

que consagra o principio da autotutela da Adminis-tração sobre os seus atos, particularmente quandosuperveniente interesse público relevante, do mesmograu e medida, resguardando, contudo, direitoadquiridos e não excluindo a eventual apreciação judicial sobre seus atos.

Exemplos de instrumentos de controle adminis-trativo EX OFFICIO (feito pela própria adminis-tração, sem necessidade de provocação): a) Exercício do poder hierárquico;b) Supervisão Ministerial;c) Parecer vinculante preventivo;d) Ouvidoria; ee) Recurso administrativo ex officio.

Exemplos de instrumentos de controle internoPOR PROVOCAÇÃO DE TERCEIROS:a) Exercício do direito de petição, através derecursos administrativos (representação, recla-

mação, pedido de reconsideração, recursoshierárquicos [próprios e impróprios] e revisão) 

O administrador público tem o dever de anular seus próprios atos quando viciados pela ilegalidade(ou ilegitimidade). Por outro lado, ainda que estejamnos moldes da lei, se inadequados, pode tambémrevogá-los quando inconvenientes ou inoportunos.Todavia, não se admite que o terceiro de boa-févenha ser prejudicado pela ausência de zelo nafiscalização da conduta do Poder Publico. O art. 74 daCF impõe aos três poderes manter “de forma inte-grada, sistema de controle interno...”. E de forma maisincisiva, no § 1° do mesmo dispositivo, adverte sobre

os riscos da responsabilidade solidária dos quedevem exercer o controle, se cientes de eventuaisirregularidades não cientificarem o respectivo Tribunalde Contas. No mesmo sentido, o art. 4° da lei nº8.429/92 impõe ao agente público a velar pela estritaobservância dos princípios administrativos no tratodos assuntos que lhe são afetos.

11.1.1. CONTROLE EXTERNO

O controle externo, ou exógeno, se desenvolveem duas modalidades:

1) CONTROLE POLÍTICO-ADMINISTRATIVO (ouLEGISLATIVO ou ainda PARLAMENTAR), que éconstante ou permanente, sendo praticado pelo poder Legislativo, com o auxilio dos tribunais de contas;

2) CONTROLE DE LEGALIDADE (OU JUDICIAL ),que é eventual e provocado, decorrendo de instigaçãopopular (controle popular) ou de implementação peloMinistério Publico. O controle popular concretiza-se,sobretudo em caráter pessoal, na ação de mandadode segurança, e em defesa do interesse público, naação popular. O controle ministerial verifica-se napromoção da ação civil pública para defesa dosinteresses difusos.

3) CONTROLE LEGISLATIVO, que é exercido por meio de comissões parlamentares de inquérito (CPIs),convocações, pedidos de informações e mediante aatuação do respectivo tribunal de contas. As

comissões parlamentares de inquérito estão fundadasno art. 58, § 3º, da CF, que lhes confere poderes deinvestigação próprios das autoridades judiciais para aapuração de fato determinado e por prazo certo. Suasconclusões, quando positivas, devem ser enviadas aoMinistério Público para assunção das medidas penais

e/ou civis necessárias. No âmbito estadual, as CPIssão instituídas pela Assembleia Legislativa por reque-rimento de um terço de seus membros (art.13 §2º) e,no âmbito municipal, pela câmara de vereadores local.Os pedidos de informações, convocações e requi-sições têm base no art. 50, §1º, da CF. Comissõespermanentes ou temporárias têm o poder de promo-ver audiências públicas com entidades da sociedadecivil, convocar qualquer cidadão a depor, etc.

O Tribunal de Contas do Estado é órgão auxiliar do Poder Legislativo (Assembleia Legislativa e Cama-ras Municipais), pois, como se sabe, o legislativo nãoapenas aprova o orçamento, como também suaexecução, visando assegurar sua fiel observância noque tange à receita e à despesa. Contudo, não hárelação de subordinação hierárquica entre o TC e opoder Legislativo, já que é órgão autônomo. Suasatribuições podem ser resumidas à fiscalização contá-bil, financeira, orçamentária operacional e patrimonialdo estado e dos municípios. Subsidia tecnicamente aCâmara Municipal no controle externo do Executivo.

Por isso, estão sujeitos a sua fiscalização:a) Qualquer agente público que der causa a perda,

extravio ou dano de bens e valores públicos;b) Qualquer pessoa ou entidade mantida, ainda que

parcialmente pelos cofres públicos;

c) Os responsáveis por entidades jurídicas de direitoprivado que recebam contribuições parafiscais eprestem serviços públicos;

d) Quem receber benefícios dos Poderes Públicospor antecipação ou adiantamento;

e) Qualquer pessoa física ou jurídica de direito públi-co ou de direito privado do que houver arreca-dado ou recebido depósito, auxílio, subvenção, eadministração bens ou valores públicos.

O Tribunal de Contas, por meio de inspeções everificações, acompanhará a execução orçamentáriae patrimonial dos órgãos da administração direta eindireta, inclusive a aplicação de subvenções e renún-

cia de receitas quanto à legalidade, legitimidade eeconomicidade. Nenhum processo, documento ouinformação lhe poderá ser sonegado. Cumprindo asua função paralela de orientador da administraçãoPública, o Tribunal de Contas pode expedir instruçõesgerais ou especiais, relativas à fiscalização contábil,financeira, orçamentária, operacional e patrimonial,exercida pelo meio do controle externo.

Sempre que detectar irregularidade ou abuso nasatividades sujeitas àquela fiscalização e nos proces-sos de tomada de contas, representará ao poder competente. Assim, por exemplo, se incorrer acorreção da irregularidade pela administração ao

Tribunal de contas só resta sustar as despesas queconsidera ilegais, assinalando prazo para as provi-dencias corretivas. Persistindo a situação de ilegali-dade a Corte de Contas remeterá a documentaçãopertinente ao legislativo.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 43: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 43/65

Ética

43 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

Qualquer cidadão, partido político, associaçãoou sindicato é parte legítima para representar (delatar) irregularidades ou ilegalidades perante oTribunal de Contas. Esta deve referir-se a agente

público, conter a qualificação e o endereço do de-nunciante e oferecer a prova ou indicio pertinenteao fato ilegal ou irregular denunciado.

Praticamente, todos os atos administrativos queenvolvam dinheiro público podem ser objeto de julga-mento pelo Tribunal de Contas. Por exemplo: convê-nios, aplicação de auxílios, subvenções ou contribui-ções a entidades particulares de caráter assistencialou que exerçam atividades relevantes ao interessepublico; renuncia de receitas e contratos, ajustes eacordos, contas relativas à aplicação, pelos municí-pios, dos recursos recebidos;

 Ao julgar as contas, o Tribunal de Contas decidese são:a) Regulares quando expressam, de forma clara e

objetiva, a exatidão dos demonstrativos contá-beis, a legalidade, a legitimidade e a economi-cidade dos atos de gestão do responsável;

b) Regulares com ressalva quando evidenciamimpropriedade ou qualquer outra falta de naturezaformal, que não resulte dano ao erário; ou

c) Irregulares quando comprovada infração ànorma legal ou regulamentar, omissão no dever de prestar contas, reincidência nodescumprimento de determinação anterior, danoao erário oriundo de ato de gestão ilegítimo ouantieconômico e apropriação ou desvio de bens

ou valores.O Tribunal de Contas definirá também, conforme

o caso, a responsabilidade patrimonial dos respon-sáveis. Diante de indícios pelo ilícito penal, o Tribunalde Contas envia peças ao Ministério Publico pelaadoção das providencias cabíveis.

O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contassó deixará de prevalecer por decisão de dois terçosdos membros do Legislativo. Isto porque, o Tribunalde Contas não julga; apura fatos. O resultado de seutrabalho trata-se de parecer  de índole contábil-administrativa que, por exemplo, conclui pela ilegali-dade da despesa, mas não julga o agente público

que a determinou. Esta última tarefa é do Poder Judi-ciário ou do Legislativo, conforme o caso.

4) CONTROLE JUDICIALO art. 5º, inciso XXXV da CF, ao dispor que “a lei

não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesãoou ameaça a direito”, consagra a adoção do sistemainglês, no ordenamento jurídico brasileiro. Contudo,complementado a norma, o art. 2º do Código deProcesso Civil, diz que o controle jurisdicional delegalidade e moralidade dos atos administrativosdepende de iniciativa do interessado. Isso revela oprincípio de que o Poder Judiciário não atuará por iniciativa própria, pois precisa ser provocado pelas

partes. Mesmo os atos administrativos discricionáriosdo agente administrativo podem sofrer o controle judicial, uma vez que a opção discricionária é limitadapela própria lei (competência, forma e finalidade doato) e pelo dever jurídico da boa administração.

 A CF estipula remédios constitucionais controla-dores da atividade pública (o que não exclui outraspossibilidades jurídicas!), a saber:a) AÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA (art. 5º,

LXIX e XX da CF – Lei nº 1.533/51);b) AÇÃO POPULAR (art. 5º LXXIII, da CF e Lei nº

4.717/65);c) AÇÃO DE MANDADO DE INJUNÇÃO (art. 5º,

LXXI, da CF);d) AÇÃO DE HABEAS CORPUS (art. 5º LXVIII, da

CF);e) AÇÃO DE HABEAS DATA (art. 5º LXXII, da CF);

ef) AÇÃO CIVIL PÚBLICA (art. 129, III, da CF e Lei

nº 8.347/85)

O Ministério Público, como fiscal do exercício dasatividades administrativas, está legitimado para imple-mentar o controle consequente da atividade adminis-trativa. Seus poderes de atuação na esfera criminalforam ampliados e consolidados também na esferacivil, através de sua atuação fiscalizadora exercida noinquérito civil e na ação civil pública para a prote-ção da probidade administrativa, do patrimônio públicoe dos serviços de relevância pública.

a) MANDADO DE SEGURANÇAO mandado de segurança (Lei nº 1.533/51) tem

por objetivo o amparo a direitos individuais (art. 5º,inciso LXIX, da CF) ou coletivos (art. 5º, inciso LXX,da CF), desde que comprováveis de maneira clara(direitos líquidos e certos, comprovados na petiçãoinicial), e que não possam ser protegidos pelas açõesde habeas corpus e habeas data, quando violados(repressivo) ou ameaçados de violação (preventivo)por ato ilegal ou abusivo de autoridade.

Pode ser impetrado por :I) Mandado de Segurança Individual: a) Pessoafísica (nacional ou estrangeiro) ou jurídica, pública ouprivada; b) Órgãos públicos com personalidadeprocessual; c) universalidade jurídica (espólios emassas falidas);II) Mandado de segurança coletivo: a) Partidopolítico, representado no Congresso Nacional, paradefesa de interesses relativos às finalidades partidá-rias; e b) Sindicato, associação ou entidade de classe

legalmente constituídos e em funcionamento há, nomínimo, um ano, para a defesa de interesses de seusmembros (O STF já se pronunciou a respeito de que oprazo de um ano não é exigível para os sindicatos).

O PRAZO DECADENCIAL PARA A IMPETRA-ÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA É DE 120DIAS, a contar da data da prática do ato (ação lesiva)ou a contar da data em que a administração extra-polou seu prazo de ação, após ser provocada pelaparte (omissão lesiva).

O destinatário do mandado de segurança é aautoridade que, tendo editado ou praticado o atoimpugnado, tem competência para desfazê-lo. Não o

é o mero executor material nem o superior hierárquicoque o recomenda, mas aquele que, efetivamente, oexecuta ou determina sua execução.

Não é cabível, em regra, mandado de segurançacontra ato legislativo, mas, excepcionalmente, tem

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 44: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 44/65

Ética

44 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

cabimento quando se trata de atacar lei de efeitosconcretos, como, por exemplo, a que desapropriaimóvel.

Em relação às decisões judiciais, também nãocaberá o mandamus, SE o ato jurisdicional é passívelde recurso ou correição (da Súmula 267 do STF).

Igualmente descabe contra decisão judiciária transi-tada em julgado (Súmula 268 do STF). Admite-secontra decisão cujo recurso é destituído de efeitosuspensivo, precisamente para obtenção desse atri-buto. Ainda assim, SOMENTE quando tratar-se dedecisão interlocutória ou ameaça de violação a direitolíquido e certo.

Em principio, não caberá também mandado desegurança contra ato administrativo disciplinar.Contudo, se maculado por vício formal ou praticadopor autoridade incompetente, pode ser atacado por essa via judicial, até porque nulo.

O fato de ainda existir recurso administrativocontra decisão que viola direito líquido e certo nãoimpede que seja impetrado o mandado de segurança.Mesmo que o recurso tenha efeito suspensivo(Súmula 429 do STF), tendo em vista o princípio dainafastabilidade do controle judicial, previsto na CF(XXXV, art. 5º).

b) AÇÃO POPULARSobre a ação popular (art. 5º, inciso LXXIII, da CF

e Lei nº 4.717/65) podem ser alinhadas as seguintescaracterísticas:a) Só pode ser ajuizada por cidadão;b) O foro competente é o do ente lesado;c) O rito processual é ordinário;

d) Seu objeto é o ato ilegal e lesivo ao patrimôniopúblico e social, à moralidade e ao meioambiente;

e) O sujeito passivo é o autor do ato, agente públicoou terceiro;

f) Não detêm legitimação as pessoas jurídicas, osestrangeiros, os brasileiros com direitos políticossuspensos e o Ministério Público, que, entretanto,poderá adquirir legitimação, se o autor desistir da ação;

g) O representante do ministério Público não podeassumir a defesa do ato atacado;

h) Comporta liminar de suspensão dos efeitos do atoatacado. Julgada procedente, a sentença

invalidará o ato e condenará os responsáveis ebeneficiários;

i) Julgada improcedente por falta de provas, nadaobsta seja novamente impetrada com novasprovas;

 j) Podem executar a sentença qualquer cidadão, oente prejudicado e o Ministério Público;

l)  Prescreve em cinco anos a partir da data depublicação do ato ilegal.

c) MANDADO DE INJUNÇÃO A ação de mandado de injunção (art. 5º, inciso

LXXI, da CF) tem por finalidade garantir o exercício de

direito ou liberdade constitucional, bem como deprerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania eà cidadania, quando inviabilizados pela falta de normaregulamentadora. Pode ser ajuizada por pessoa físicaou jurídica pela omissão, perante o tribunal compe-

tente para processar e julgar o ente público de quemse reclama a regulamentação.

Sendo procedente o mandado de injunção, oPoder Público não fica obrigado a, imediatamente,editar a regulamentação requerida. A jurisprudência

tem informado que, ao decidir a lide, o Poder Judi-ciário deve tão só comunicar  formalmente àquele aausência da norma regulamentadora. Entretanto, háconsiderável divergência doutrinária a respeito.

d) HABEAS CORPUS A ação constitucional penal de habeas corpus

(art. 5º inciso LXVIII, da CF) é remédio judicialgratuito assegurado a qualquer pessoa, com o fitode prevenir ou reprimir  o abuso de poder ou o atopraticado por autoridade ou particular contra aliberdade de locomoção.

e) HABEAS DATA Ação de habeas data (art. 5º, inciso LXXII) visa

garantir o conhecimento de informações relativas aoimpetrante, constantes de registros ou bancos dedados de entes públicos, para a retificação de dados,quando não se prefira fazê-lo por processos sigilosos,seja judicial ou administrativos, bem como para aanotação em assentamentos do interessado decontestação ou explicação sobre dado verdadeiro,mas justificável que esteja sob pendência judicial ouamigável (art. 7º, inciso III, da Lei nº 9.507/97).

Os processos de habeas data terão prioridadesobre todos os atos judiciais, exceto habeascorpus e mandado de segurança.

 A petição inicial será apresentada em duas vias,e os documentos que instruírem a primeira serãoreproduzidos por cópia na segunda. Deverá ser instruída com prova:

da recusa ao acesso às informações ou dodecurso de mais 10 dias sem decisão;

da recusa em fazer-se a retificação ou do decursode mais 15 dias, sem decisão; ou

da recusa em fazer-se a anotação.

O juiz ordenará que se notifique o coator doconteúdo da petição, entregando-lhe a segunda via

apresentada pelo impetrante, com as cópias dosdocumentos, a fim de que, no prazo de 10 dias,preste as informações que entender necessárias.Findo o prazo de resposta e ouvido o representantedo Ministério Público, dentro de cinco dias, os autosserão conclusos ao juiz para decisão a ser proferidaem cinco dias.

Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juizmarcará data e horário para que o coator:

apresente ao impetrante as informações a seurespeito, constantes de registros ou bancos dedados; ou

apresente em juízo a prova da retificação ou daanotação feita nos assentamentos do impetrante.

 A decisão será comunicada ao coator, por cor-reio, com aviso de recebimento, ou por telegrama,

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 45: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 45/65

Ética

45 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

radiograma ou telefonema, conforme o requerer oimpetrante.

f) AÇÃO CIVIL PÚBLICA

 A ação civil pública (art. 1º da Lei nº 7.347/85) é aque tem por objetivo prevenir ou reprimir danos: aomeio ambiente; ao consumidor; à ordem urbanística; abens e direitos de valor artístico, estético, histórico,turístico e paisagístico; por infração da ordem econô-mica e da economia popular.

Poderá ter por objeto a condenação emdinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.

Podem promovê-la no foro do local do dano ouda sede do ente público lesado:a) O Ministério Público (art. 129, inciso III, da CF). O

Ministério Público, se não intervier no processocomo parte, atuará obrigatoriamente como fiscalda lei;

b) As pessoas políticas (União, Estados, DistritoFederal e Municípios);

c) A entidades da administração indireta (autarquias,fundações públicas, empresas públicas esociedades de economia mista); e

d) As associações, fundações e sindicatos regular-mente constituídos há, no mínimo, um ano queobjetivem a proteção do interesse difuso oucoletivo defendido.

IMPORTANTE: Assim, fica claro que não é só oMinistério Público que pode promovê-la.

EXERCÍCIOS

1. (Tec. Jud. – Administrativa – TRE/AC – 2010 –FCC) O dever do Administrador Público deprestar contas

(A) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas,exceto aos Tribunais de Contas por serem osórgãos encarregados da tomada de contas dosadministradores.

(B) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.

(C) não alcança os particulares, mesmo que estesrecebam subvenções estatais.

(D) não se aplica aos convênios celebrados entre a

União e os Municípios, por se tratar de acordoentre entidades estatais.(E) é imposto a qualquer agente que seja

responsável pela gestão e conservação de benspúblicos.

2. (Anal. Jud. – Execução de Mandados – TRF 4ªR – 2010 – FCC) No que diz respeito aocontrole da Administração, analise:

I. O controle administrativo é um controle de lega-lidade e de mérito derivado do poder-dever deautotutela da Administração.

II. O controle legislativo configura-se, sobretudo,como um controle político, podendo ser controla-

dos aspectos relativos à legalidade e à conveni-ência pública dos atos do Poder Executivo.

III. O controle judicial, regra geral, é exercido a priori e de ofício, concernente à legalidade e àconveniência dos atos administrativos, produz-zindo efeitos ex nunc.

IV. Dentre outros, são instrumentos de controle judicial a ação popular, a representação, omandado de segurança e os processosadministrativos em geral.

Nesses casos, é correto o que consta APENASem

(A) I, II e IV.(B) II e III.(C) I e II.(D) II, III e IV.(E) I, III e IV.

3. (Anal. Jud. – Administrativa – TJ/PE – 2012 –FCC) Considere sob a ótica do controle daAdministração Pública:

I. Pedidos que as partes dirigem à instânciasuperior da própria Administração, proporcio-nando o reexame do ato inferior sob todos osseus aspectos.

II. Solicitação da parte dirigida à mesma autoridade

que expediu o ato, para que o invalide ou omodifique nos termos da pretensão do reque-rente.

III. Oposição expressa a atos da Administração queafetem direitos ou interesses legítimos do Admi-

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 46: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 46/65

Ética

46 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

nistrado.

Essas hipóteses dizem respeito, respec-tivamente,

(A) à revisão do processo, ao recurso hierárquico e àrepresentação administrativa.

(B) ao recurso hierárquico, ao pedido de reconsi-deração e à reclamação administrativa.

(C) à reclamação administrativa, ao pedido de recon-sideração e à revisão do processo.

(D) ao pedido de reconsideração, à reclamaçãoadministrativa e ao recurso hierárquico.

(E) ao recurso hierárquico, à revisão do processo e àrepresentação administrativa.

4. (Analista – Administrador – ECT – 2011 –CESPE) No que se refere aos mecanismos decontrole da administração pública, julgue oitem abaixo.

1. ( ) O Tribunal de Contas da União, órgão decontrole externo, auxilia tecnicamente o Poder Legislativo em suas atividades fiscalizadoras.

5. (Anal. Jud. – Judiciária – TRE/BA – 2009 -CESPE) Quanto ao controle da administraçãopública, julgue o item seguinte.

1. ( ) O controle exercido pelo Poder Legislativosobre os atos praticados pela administraçãopública limita-se às hipóteses previstas na CF,

bem como nas modalidades de controleestabelecidas nas constituições estaduais.

6. (CESPE/UNB) Acerca do controle da Adminis-tração Pública, julgue os itens.

1. ( ) Qualquer cidadão pode, em princípio, pro-mover, pessoalmente, o controle da administra-ção pública.

2. ( ) A Constituição determina que os PoderesLegislativo, Executivo e Judiciário mantenhamsistema de controle interno.

3. ( ) A sustação, pelo Congresso Nacional, deatos normativos do Poder Executivo queexorbitem do poder regulamentar é exemplo decontrole externo.

7. (CESPE/UNB) Julgue os itens que versamsobre o controle da Administração Pública.

1. ( ) O controle afeto ao Tribunal de Contas daUnião compreende, entre outros, admissões depessoal na Administração Pública Federal.

2. ( ) A fiscalização contábil, financeira e

orçamentária exercida pelo Tribunal de Contas daUnião, atualmente, não alcança as entidades da Administração Indireta Federal.

3. ( ) A fiscalização contábil, financeira, orçamen-tária, operacional e patrimonial dos atos da

 Administração Pública, exercida pelo Tribunal deContas da União, no desempenho das suas fun-ções institucionais de controle externo, conformeprevisto na Constituição, expressamente, compor-ta exame quanto aos aspectos de legalidade,legitimidade, economicidade, conveniência eoportunidade dos atos de gestão.

4. ( ) Um agente de polícia federal pode ter seusdireitos políticos suspensos e perder o cargopúblico que ocupa em decorrência da prática deato de improbidade administrativa que importeenriquecimento ilícito.

5. ( ) O Departamento de Polícia Federal (DPF),por estar inserido na estrutura do Poder Execu-tivo, não pode sujeitar-se à fiscalização mediantecontrole externo, exercida pelo CongressoNacional, quanto à legalidade, legitimidade eeconomicidade.

Gabarito

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 47: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 47/65

Ética

47 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

1. E 2. C 3. B 4. V 5. V6. VVV 7. VFFVF

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 48: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 48/65

Ética

48 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

12. DO DIREITO ADMINISTRATIVO

LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999.

 Regula o processoadministrativo no âmbitoda Administração PúblicaFederal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que oCongresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinteLei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre oprocesso administrativo no âmbito da Administração

Federal direta e indireta, visando, em especial, àproteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aosórgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União,quando no desempenho de função administrativa.§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:I. órgão - a unidade de atuação integrante da

estrutura da Administração direta e da estruturada Administração indireta;

II. entidade - a unidade de atuação dotada depersonalidade jurídica;

III. autoridade - o servidor ou agente público dotadode poder de decisão.

Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentreoutros, aos princípios da legalidade, finalidade,motivação, razoabilidade, proporcionalidade, morali-dade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica,interesse público e eficiência.Parágrafo único. Nos processos administrativosserão observados, entre outros, os critérios de:I. atuação conforme a lei e o Direito;II. atendimento a fins de interesse geral, vedada a

renúncia total ou parcial de poderes oucompetências, salvo autorização em lei;

III. objetividade no atendimento do interesse público,vedada a promoção pessoal de agentes ouautoridades;

IV. atuação segundo padrões éticos de probidade,decoro e boa-fé;

V. divulgação oficial dos atos administrativos,ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas naConstituição;

VI. adequação entre meios e fins, vedada aimposição de obrigações, restrições e sançõesem medida superior àquelas estritamentenecessárias ao atendimento do interesse público;

VII. indicação dos pressupostos de fato e de direitoque determinarem a decisão;

VIII. observância das formalidades essenciais à

garantia dos direitos dos administrados;IX. adoção de formas simples, suficientes parapropiciar adequado grau de certeza, segurança erespeito aos direitos dos administrados;

X. garantia dos direitos à comunicação, à apresen-tação de alegações finais, à produção de provase à interposição de recursos, nos processos deque possam resultar sanções e nas situações delitígio;

XI. proibição de cobrança de despesas processuais,

ressalvadas as previstas em lei;XII. impulsão, de ofício, do processo administrativo,

sem prejuízo da atuação dos interessados;XIII. interpretação da norma administrativa da forma

que melhor garanta o atendimento do fim públicoa que se dirige, vedada aplicação retroativa denova interpretação.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros quelhe sejam assegurados:I. ser tratado com respeito pelas autoridades e

servidores, que deverão facilitar o exercício deseus direitos e o cumprimento de suas obri-gações;

II. ter ciência da tramitação dos processos admi-nistrativos em que tenha a condição de interes-sado, ter vista dos autos, obter cópias de docu-mentos neles contidos e conhecer as decisõesproferidas;

III. formular alegações e apresentar documentosantes da decisão, os quais serão objeto de consi-deração pelo órgão competente;

IV. fazer-se assistir, facultativamente, por advogado,salvo quando obrigatória a representação, por força de lei.

CAPÍTULO III

DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros previstos emato normativo:I. expor os fatos conforme a verdade;II. proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;III. não agir de modo temerário;

IV. prestar as informações que lhe forem solicitadase colaborar para o esclarecimento dos fatos.

CAPÍTULO IV

DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se deofício ou a pedido de interessado.Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvocasos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:I. órgão ou autoridade administrativa a que se

dirige;II. identificação do interessado ou de quem orepresente;

III. domicílio do requerente ou local para recebi-mento de comunicações;

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 49: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 49/65

Ética

49 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

IV. formulação do pedido, com exposição dos fatose de seus fundamentos;

V. data e assinatura do requerente ou de seu repre-sentante.

Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa

imotivada de recebimento de documentos, devendo oservidor orientar o interessado quanto ao suprimentode eventuais falhas.Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverãoelaborar modelos ou formulários padronizados paraassuntos que importem pretensões equivalentes.Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade deinteressados tiverem conteúdo e fundamentos idênti-cos, poderão ser formulados em um único requeri-mento, salvo preceito legal em contrário.

CAPÍTULO V

DOS INTERESSADOS

Art. 9º São legitimados como interessados noprocesso administrativo:I. pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como

titulares de direitos ou interesses individuais ouno exercício do direito de representação;

II. aqueles que, sem terem iniciado o processo, têmdireitos ou interesses que possam ser afetadospela decisão a ser adotada;

III. as organizações e associações representativas,no tocante a direitos e interesses coletivos;

IV. as pessoas ou as associações legalmenteconstituídas quanto a direitos ou interesses

difusos.Art. 10. São capazes, para fins de processo admi-nistrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvadaprevisão especial em ato normativo próprio.

CAPÍTULO VI

DA COMPETÊNCIA

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exercepelos órgãos administrativos a que foi atribuída comoprópria, salvo os casos de delegação e avocaçãolegalmente admitidos.Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão,

se não houver impedimento legal, delegar parte dasua competência a outros órgãos ou titulares, aindaque estes não lhe sejam hierarquicamente subor-dinados, quando for conveniente, em razão decircunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.Parágrafo único. O disposto no caput  deste artigoaplica-se à delegação de competência dos órgãoscolegiados aos respectivos presidentes.Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:I. a edição de atos de caráter normativo;II. a decisão de recursos administrativos;III. as matérias de competência exclusiva do órgão

ou autoridade.Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverãoser publicados no meio oficial.§ 1º O ato de delegação especificará as matérias epoderes transferidos, os limites da atuação do

delegado, a duração e os objetivos da delegação e orecurso cabível, podendo conter ressalva de exercícioda atribuição delegada.§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.§ 3º As decisões adotadas por delegação devem

mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, aavocação temporária de competência atribuída aórgão hierarquicamente inferior.Art. 16. Os órgãos e entidades administrativasdivulgarão publicamente os locais das respectivassedes e, quando conveniente, a unidade fundacionalcompetente em matéria de interesse especial.Art. 17. Inexistindo competência legal específica, oprocesso administrativo deverá ser iniciado perante aautoridade de menor grau hierárquico para decidir.

CAPÍTULO VII

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 18. É impedido de atuar em processo admi-nistrativo o servidor ou autoridade que:I. tenha interesse direto ou indireto na matéria;II. tenha participado ou venha a participar como

perito, testemunha ou representante, ou se taissituações ocorrem quanto ao cônjuge, com-panheiro ou parente e afins até o terceiro grau;

III. esteja litigando judicial ou administrativamentecom o interessado ou respectivo cônjuge oucompanheiro.

Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer emimpedimento deve comunicar o fato à autoridadecompetente, abstendo-se de atuar.Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar oimpedimento constitui falta grave, para efeitosdisciplinares.Art. 20. Pode ser arguida a suspeição de autoridadeou servidor que tenha amizade íntima ou inimizadenotória com algum dos interessados ou com osrespectivos cônjuges, companheiros, parentes e afinsaté o terceiro grau.Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeiçãopoderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo.

CAPÍTULO VIII

DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DOPROCESSO

Art. 22. Os atos do processo administrativo nãodependem de forma determinada senão quando a leiexpressamente a exigir.§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de suarealização e a assinatura da autoridade responsável.§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firmasomente será exigido quando houver dúvida deautenticidade.§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópiapoderá ser feita pelo órgão administrativo.§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradassequencialmente e rubricadas.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 50: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 50/65

Ética

50 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se emdias úteis, no horário normal de funcionamento darepartição na qual tramitar o processo.Parágrafo único. Serão concluídos depois do horárionormal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudiqueo curso regular do procedimento ou cause dano ao

interessado ou à Administração.Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos doórgão ou autoridade responsável pelo processo e dosadministrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo deforça maior.Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo podeser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação.Art. 25. Os atos do processo devem realizar-sepreferencialmente na sede do órgão, cientificando-seo interessado se outro for o local de realização.

CAPÍTULO IX

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita oprocesso administrativo determinará a intimação dointeressado para ciência de decisão ou a efetivaçãode diligências.§ 1º A intimação deverá conter:I. identificação do intimado e nome do órgão ou

entidade administrativa;II. finalidade da intimação;III. data, hora e local em que deve comparecer;IV. se o intimado deve comparecer pessoalmente,

ou fazer-se representar;V. informação da continuidade do processoindependentemente do seu comparecimento;

VI. indicação dos fatos e fundamentos legaispertinentes.

§ 2º A intimação observará a antecedência mínima detrês dias úteis quanto à data de comparecimento.§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência noprocesso, por via postal com aviso de recebimento,por telegrama ou outro meio que assegure a certezada ciência do interessado.§ 4º No caso de interessados indeterminados,desconhecidos ou com domicílio indefinido, a inti-mação deve ser efetuada por meio de publicação

oficial.§ 5º As intimações serão nulas quando feitas semobservância das prescrições legais, mas o compare-cimento do administrado supre sua falta ou irregu-laridade.Art. 27. O desatendimento da intimação não importa oreconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúnciaa direito pelo administrado.Parágrafo único. No prosseguimento do processo,será garantido direito de ampla defesa ao interessado.Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos doprocesso que resultem para o interessado emimposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao

exercício de direitos e atividades e os atos de outranatureza, de seu interesse.

CAPÍTULO X

DA INSTRUÇÃO Art. 29. As atividades de instrução destinadas aaveriguar e comprovar os dados necessários à

tomada de decisão realizam-se de ofício ou medianteimpulsão do órgão responsável pelo processo, semprejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias.§ 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os dados necessários à decisão doprocesso.§ 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dosinteressados devem realizar-se do modo menosoneroso para estes.Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativoas provas obtidas por meios ilícitos.Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, o órgão competente po-derá, mediante despacho motivado, abrir período deconsulta pública para manifestação de terceiros, antesda decisão do pedido, se não houver prejuízo para aparte interessada.§ 1º A abertura da consulta pública será objeto dedivulgação pelos meios oficiais, a fim de que pessoasfísicas ou jurídicas possam examinar os autos,fixando-se prazo para oferecimento de alegaçõesescritas.§ 2º O comparecimento à consulta pública nãoconfere, por si, a condição de interessado doprocesso, mas confere o direito de obter da Administração resposta fundamentada, que poderá

ser comum a todas as alegações substancialmenteiguais.Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo daautoridade, diante da relevância da questão, poderáser realizada audiência pública para debates sobre amatéria do processo.Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, emmatéria relevante, poderão estabelecer outros meiosde participação de administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações legalmentereconhecidas.Art. 34. Os resultados da consulta e audiência públicae de outros meios de participação de administradosdeverão ser apresentados com a indicação do

procedimento adotado.Art. 35. Quando necessária à instrução do processo,a audiência de outros órgãos ou entidades adminis-trativas poderá ser realizada em reunião conjunta,com a participação de titulares ou representantes dosórgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, aser juntada aos autos.Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos quetenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído aoórgão competente para a instrução e do disposto noart. 37 desta Lei.Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos edados estão registrados em documentos existentes na

própria Administração responsável pelo processo ouem outro órgão administrativo, o órgão competentepara a instrução proverá, de ofício, à obtenção dosdocumentos ou das respectivas cópias.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 51: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 51/65

Ética

51 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória eantes da tomada da decisão, juntar documentos epareceres, requerer diligências e perícias, bem comoaduzir alegações referentes à matéria objeto doprocesso.§ 1º Os elementos probatórios deverão ser consi-

derados na motivação do relatório e da decisão.§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediantedecisão fundamentada, as provas propostas pelosinteressados quando sejam ilícitas, impertinentes,desnecessárias ou protelatórias.Art. 39. Quando for necessária a prestação deinformações ou a apresentação de provas pelosinteressados ou terceiros, serão expedidas intimaçõespara esse fim, mencionando-se data, prazo, forma econdições de atendimento.Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação,poderá o órgão competente, se entender relevante amatéria, suprir de ofício a omissão, não se eximindode proferir a decisão.Art. 40. Quando dados, atuações ou documentossolicitados ao interessado forem necessários àapreciação de pedido formulado, o não atendimentono prazo fixado pela Administração para a respectivaapresentação implicará arquivamento do processo.Art. 41. Os interessados serão intimados de prova oudiligência ordenada, com antecedência mínima de trêsdias úteis, mencionando-se data, hora e local derealização.Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido umórgão consultivo, o parecer deverá ser emitido noprazo máximo de quinze dias, salvo norma especialou comprovada necessidade de maior prazo.

§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar deser emitido no prazo fixado, o processo não teráseguimento até a respectiva apresentação, respon-sabilizando-se quem der causa ao atraso.§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido com sua dispensa,sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiuno atendimento.Art. 43. Quando por disposição de ato normativodevam ser previamente obtidos laudos técnicos deórgãos administrativos e estes não cumprirem oencargo no prazo assinalado, o órgão responsávelpela instrução deverá solicitar laudo técnico de outro

órgão dotado de qualificação e capacidade técnicaequivalentes.Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá odireito de manifestar-se no prazo máximo de dez dias,salvo se outro prazo for legalmente fixado. Art. 45. Em caso de risco iminente, a AdministraçãoPública poderá motivadamente adotar providênciasacauteladoras sem a prévia manifestação do interes-sado.Art. 46. Os interessados têm direito à vista doprocesso e a obter certidões ou cópias reprográficasdos dados e documentos que o integram, ressalvadosos dados e documentos de terceiros protegidos por 

sigilo ou pelo direito à privacidade, à honra e àimagem.Art. 47. O órgão de instrução que não for competentepara emitir a decisão final elaborará relatório indican-do o pedido inicial, o conteúdo das fases do proce-

dimento e formulará proposta de decisão, objetiva-mente justificada, encaminhando o processo àautoridade competente.

CAPÍTULO XI

DO DEVER DE DECIDIRArt. 48. A Administração tem o dever de explici-tamente emitir decisão nos processos administrativose sobre solicitações ou reclamações, em matéria desua competência.Art. 49. Concluída a instrução de processo adminis-trativo, a Administração tem o prazo de até trinta diaspara decidir, salvo prorrogação por igual períodoexpressamente motivada.

CAPÍTULO XII

DA MOTIVAÇÃO

Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos funda-mentos jurídicos, quando:I. neguem, limitem ou afetem direitos ou

interesses;II. imponham ou agravem deveres, encargos ou

sanções;III. decidam processos administrativos de concurso

ou seleção pública;IV. dispensem ou declarem a inexigibilidade de

processo licitatório;V. decidam recursos administrativos;VI. decorram de reexame de ofício;VII. deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a

questão ou discrepem de pareceres, laudos,propostas e relatórios oficiais;VIII. importem anulação, revogação, suspensão ou

convalidação de ato administrativo.§ 1º A motivação deve ser explícita, clara econgruente, podendo consistir em declaração deconcordância com fundamentos de anteriores parece-res, informações, decisões ou propostas, que, nestecaso, serão parte integrante do ato.§ 2º Na solução de vários assuntos da mesmanatureza, pode ser utilizado meio mecânico quereproduza os fundamentos das decisões, desde quenão prejudique direito ou garantia dos interessados.§ 3º A motivação das decisões de órgãos colegiadose comissões ou de decisões orais constará darespectiva ata ou de termo escrito.

CAPÍTULO XIII

DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DEEXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestaçãoescrita, desistir total ou parcialmente do pedidoformulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.§ 1º Havendo vários interessados, a desistência ourenúncia atinge somente quem a tenha formulado.§ 2ºA desistência ou renúncia do interessado,conforme o caso, não prejudica o prosseguimento doprocesso, se a Administração considerar que ointeresse público assim o exige.Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto oprocesso quando exaurida sua finalidade ou o objeto

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 52: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 52/65

Ética

52 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

da decisão se tornar impossível, inútil ou prejudicadopor fato superveniente.

CAPÍTULO XIV

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

Art. 53. A Administração deve anular seus própriosatos, quando eivados de vício de legalidade, e poderevogá-los por motivo de conveniência ou oportu-nidade, respeitados os direitos adquiridos.Art. 54. O direito da Administração de anular os atosadministrativos de que decorram efeitos favoráveispara os destinatários decai em cinco anos, contadosda data em que foram praticados, salvo comprovadamá-fé.§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, oprazo de decadência contar-se-á da percepção doprimeiro pagamento.§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa queimporte impugnação à validade do ato.Art. 55. Em decisão na qual se evidencie nãoacarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo aterceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveispoderão ser convalidados pela própria Administração.

CAPÍTULO XV

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso,em face de razões de legalidade e de mérito.§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiua decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de

cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.§ 2º Salvo exigência legal, a interposição de recursoadministrativo independe de caução.§ 3º Se o recorrente alegar que a decisão adminis-trativa contraria enunciado da súmula vinculante,caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada,se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da aplica-bilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme ocaso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximopor três instâncias administrativas, salvo disposiçãolegal diversa.Art. 58. Têm legitimidade para interpor recursoadministrativo:I. os titulares de direitos e interesses que forem

parte no processo;II. aqueles cujos direitos ou interesses forem

indiretamente afetados pela decisão recorrida;III. as organizações e associações representativas,

no tocante a direitos e interesses coletivos;IV. os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou

interesses difusos.Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dezdias o prazo para interposição de recurso adminis-trativo, contado a partir da ciência ou divulgaçãooficial da decisão recorrida.

§ 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recursoadministrativo deverá ser decidido no prazo máximode trinta dias, a partir do recebimento dos autos peloórgão competente.§ 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior 

poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.Art. 60. O recurso interpõe-se por meio derequerimento no qual o recorrente deverá expor osfundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar convenientes.

Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recursonão tem efeito suspensivo.Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo dedifícil ou incerta reparação decorrente da execução, aautoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivoao recurso.Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competentepara dele conhecer deverá intimar os demaisinteressados para que, no prazo de cinco dias úteis,apresentem alegações.Art. 63. O recurso não será conhecido quandointerposto:I. fora do prazo;II. perante órgão incompetente;III. por quem não seja legitimado;IV. após exaurida a esfera administrativa.§ 1º Na hipótese do inciso II, será indicada ao recor-rente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido oprazo para recurso.§ 2º O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desdeque não ocorrida preclusão administrativa.Art. 64. O órgão competente para decidir o recursopoderá confirmar, modificar, anular ou revogar, totalou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.

Parágrafo único. Se da aplicação do disposto nesteartigo puder decorrer gravame à situação dorecorrente, este deverá ser cientificado para queformule suas alegações antes da decisão.Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação deenunciado da súmula vinculante, o órgão competentepara decidir o recurso explicitará as razões daaplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conformeo caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal areclamação fundada em violação de enunciado dasúmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridadeprolatora e ao órgão competente para o julgamento dorecurso, que deverão adequar as futuras decisões

administrativas em casos semelhantes, sob pena deresponsabilização pessoal nas esferas cível, adminis-trativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).Art. 65. Os processos administrativos de que resultemsanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, apedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos oucircunstâncias relevantes suscetíveis de justificar ainadequação da sanção aplicada.Parágrafo único. Da revisão do processo não poderáresultar agravamento da sanção.

CAPÍTULO XVI

DOS PRAZOS

Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da datada cientificação oficial, excluindo-se da contagem odia do começo e incluindo-se o do vencimento.§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 53: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 53/65

Ética

53 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

dia útil seguinte se o vencimento cair em dia em quenão houver expediente ou este for encerrado antes dahora normal.§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se demodo contínuo.§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se

de data a data. Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-secomo termo o último dia do mês.Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamentecomprovado, os prazos processuais não se suspen-dem.

CAPÍTULO XVII

DAS SANÇÕES

Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridadecompetente, terão natureza pecuniária ou consistirãoem obrigação de fazer ou de não fazer, asseguradosempre o direito de defesa.

CAPÍTULO XVIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 69. Os processos administrativos específicoscontinuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, emqualquer órgão ou instância, os procedimentosadministrativos em que figure como parte ouinteressado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).I. pessoa com idade igual ou superior a 60

(sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 

2009).II. pessoa portadora de deficiência, física oumental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

III. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).IV. pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose

múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatiagrave, doença de Parkinson, espondiloartroseanquilosante, nefropatia grave, hepatopatia gra-ve, estados avançados da doença de Paget(osteíte deformante), contaminação por radiação,síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outradoença grave, com base em conclusão damedicina especializada, mesmo que a doença

tenha sido contraída após o início do processo.(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá requerê-lo àautoridade administrativa competente, que determi-nará as providências a serem cumpridas.  (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).§ 2º Deferida a prioridade, os autos receberãoidentificação própria que evidencie o regime detramitação prioritária.  (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).§ 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).

EXERCÍCIOS

1. (FCC - 2013 - TRT - 9ª R (PR) - Técnico Jud.)As normas sobre processo administrativopostas na Lei no 9.784/99 aplicam-se aos

(A) servidores dos Poderes Executivo e Legislativo,na realização de suas funções típicas, excluído oPoder Judiciário em razão de sua competência judicante.

(B) órgãos do Poder Executivo integrantes da Administração direta ou indireta, excluídos osórgãos do Poder Legislativo e do Poder Judi-ciário quando se tratar de realização de funçãoadministrativa.

(C) órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário da União, no que se referir ao dessem-penho de funções administrativas atípicas.

(D) órgãos do Poder Executivo e aos servidores

integrantes do quadro da Administração direta,excluídos os afastados e os órgãos dos demaisPoderes.

(E) órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo eJudiciário, no exercício de suas funções típicas.

2. (FCC - 2013 - TRT - 9ª R (PR) - Técnico Judi-ciário) De acordo com a Lei no 9.784/99, queregula o processo administrativo no âmbitoda Administração Pública Federal, 

(A) aplica-se o princípio do formalismo, dispensada aindicação dos pressupostos de fato da decisão.

(B) é vedada a impulsão de ofício, cabendo aointeressado indicar os fundamentos de direito da

decisão.(C) os atos administrativos são sigilosos no decorrer 

da fase probatória.(D) é vedada a cobrança de despesas processuais,

salvo as previstas em lei.(E) os interessados deverão ser representados por 

advogado, salvo se hipossuficientes.

3. (ESAF - 2012 - MF - Assistente Técnico –Administrativo) Determinado servidor doMinistério da Fazenda recorre da decisão doChefe da Divisão de Recursos Humanos –DRH do órgão em que está lotado, que lhenegou o pedido de gozo de sua licençacapacitação. O único fundamento utilizadopelo recorrente centrou- se na ausência decompetência do chefe da DRH para decidir arespeito de seu pleito. O recorrente sustentaque, ante a ausência de previsão específicada competência decisória no regimentointerno do órgão para a referida DRH,somente o dirigente máximo poderia decidir opleito.Tendo em mente o caso concreto acima narradoe os termos da Lei n. 9.784/99, que regula oprocesso administrativo em âmbito federal,assinale a opção que contenha a resposta

correta.(A) Assiste razão ao recorrente. A ausência deprevisão legal específica desloca a competênciadecisória para a autoridade de maior grau.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 54: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 54/65

Ética

54 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

(B) A autoridade competente para julgar o recursodo servidor poderá delegar esta competênciadesde que para agente de grau hierárquicosuperior ao da primeira instância decisória.

(C) A delegação da competência para julgamento dorecurso deve ter sido prévia a sua interposição e

divulgada na internet do órgão.(D) A competência para decidir acerca da licença

capacitação era da DRH, unidade organizacionalde menor nível na hierarquia, não sendoadmissível em nenhuma hipótese, a avocatória.

(E) Inexistindo competência legal específica, oprocesso administrativo deverá ser iniciadoperante a autoridade de menor grau hierárquicopara decidir.

4. (FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - TécnicoJud) Em processo administrativo, tendo por objeto reconhecimento de pretensão de admi-nistrado em face de órgão da Administraçãopública federal, foi proferida decisão negandoo pleito. O interessado apresentou recurso,tempestivamente, porém o fez peranteautoridade incompetente. De acordo com asdisposições da Lei no 9.784/99, o recurso 

(A) deverá ser recebido e conhecido, em face doprincípio da economia processual.

(B) não poderá ser recebido, vedada a possibilidadede a Administração rever o ato de ofício, aindaque não operada a preclusão administrativa.

(C) deverá ser recebido, porém não conhecido,cabendo à autoridade à qual o mesmo foiendereçado encaminhá-lo à autoridade compe-

tente para seu julgamento.(D) não será conhecido, salvo se a Administraçãoconsiderar que as razões de fato e de direito sãosuficientes para justificar a modificação dadecisão.

(E) não será conhecido, sendo indicado aorecorrente a autoridade competente e devolvidoo prazo para apresentar o recurso.

5. (FCC - 2008 - TRF - 5ª R - Técnico Judiciário)Para os fins da Lei nº 9.784/99, que regula oprocesso administrativo no âmbito daAdministração Pública Federal, considera-seórgão 

(A) as associações legalmente constituídas quanto adireitos ou interesses difusos.

(B) a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.

(C) o servidor ou agente público dotado de poder dedecisão.

(D) a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.

(E) a associação representativa, no tocante adireitos e interesses coletivos.

6. (FCC - 2008 - TRF - 5ª R- Técnico Judiciário)

Nos processos administrativos serãoobservados, entre outros, os critérios deI. atendimento a fins de interesse individual, válida

a renúncia total ou parcial de poderes oucompetências, salvo autorização em lei.

II. objetividade no atendimento do interesse público,permitida a promoção pessoal de agentes ouautoridades.

III. divulgação oficial dos atos administrativos,ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas naConstituição.

IV. adoção de formas simples, suficientes parapropiciar adequado grau de certeza, segurança erespeito aos direitos dos administrados.

No tocante a Lei nº 9.784/99, está INCORRETOo que consta APENAS em

(A) I e II.(B) I e III.(C) II e III.(D) II e IV.(E) I, II e IV.

7. (FCC - 2008 - TRF - 5ª R - Técnico Judiciário)No tocante a instrução do processo, deacordo com a Lei nº 9.784/99, encerrada ainstrução, o interessado terá o direito demanifestar-se, salvo se outro prazo for legalmente fixado, no prazo máximo de

(A) trinta dias.(B) três dias.(C) cinco dias.(D) quinze dias.(E) dez dias.

8. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Adm) Consi-derando o disposto na Lei n.º 9.784/1999, quetrata do processo administrativo no âmbito

da administração pública federal, julgue oitem a seguir .

Havendo posterior alteração na interpretação delei que embasou a prática de determinado atoadministrativo, não poderá a administraçãoaplicar a nova interpretação a esse ato.( ) Certo ( ) Errado

9. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Administrativo)Quando importar em anulação, revogação,suspensão ou convalidação, o ato administrativodeverá ser motivado, com a indicação dos fatose dos fundamentos jurídicos que justifiquem suaedição.( ) Certo ( ) Errado

10. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Adm.) Combase na Lei do Processo Administrativo (Lein.º 9.784/1999), julgue o próximo item.

 Ao recurso administrativo poderá ser conferidoefeito suspensivo pela autoridade recorridaquando houver justo receio de prejuízo de difícilou incerta reparação decorrente da execução dedecisão administrativa proferida em processoadministrativo.( ) Certo ( ) Errado

Gabarito1. C 2. D 3. E 4. E 5. D6. A 7. E 8. C 9. C 10. C

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 55: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 55/65

Ética

55 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

EXERCÍCIOS FINAIS

Modulo 01

2. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Adm) À luz dodisposto na Lei n.º 8.666/1993, julgue os itensseguintes. A caução em dinheiro ou em títuloda dívida pública é uma das modalidades degarantia nas contratações de obras, serviçose compras.( ) Certo ( ) Errado

3. (CESPE - 2012 - PRF - Agente Adm) Qualquer cidadão tem legitimidade para acompanhar odesenvolvimento de licitação promovida por órgãos ou entidades públicas.( ) Certo ( ) Errado

4. (MOVENS - 2009 - PC-PA - Investigador) No

que se refere à Lei n.º 8.666/1993, assinale aopção correta.(A) Revoga tacitamente o conteúdo do art. 37, inciso

XXI, da Constituição Federal, ao trazer exceçõesao princípio da isonomia nas licitações públicas.

(B) Institui normas padronizadas para licitação deobras, sem exceção, e contratação de serviçoscom terceiros com a finalidade de coibir procedimentos sem prévia licitação.

(C) Estabelece normas gerais sobre licitações econtratos administrativos referentes a obras,serviços, compras, alienações e locações noâmbito dos poderes da União, dos estados, doDistrito Federal e dos municípios.

(D) Por se tratar de regulamentação de conteúdoconstitucional, subordina ao regime legal apenasos órgãos da Administração Pública direta, asautarquias e as fundações públicas.

5. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Adm.) Aadministração, diante da necessidade pre-mente de determinado serviço técnico denatureza singular, contratou a empresa deRicardo L., de notória especialização emauditoria financeira e tributária, sem a reali-zação de licitação. A partir desse exemplohipotético, e com base na Lei n.º 8.666/1993, julgue os itens a seguir. Caso a empresa deRicardo L. preste serviços técnicos depublicidade e divulgação, ainda assim, nãoseria necessária a realização de licitação.( ) Certo ( ) Errado

6. (CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Adm) Aadministração agiu de acordo com a legis-lação, sendo inexigível a licitação quandohouver inviabilidade de competição.( ) Certo ( ) Errado

7. (CESPE - 2012 - TCU - Técnico de ControleExterno) Julgue o item seguinte, acerca de

licitação.Poderá o cidadão, mesmo não sendo licitante,impugnar edital de licitação pública que nãoesteja em conformidade com a lei.( ) Certo ( ) Errado

8. (CESPE - 2012 - TCU - Técnico de ControleExterno) Dado que o instrumento convoca-tório da licitação não é imutável, pode haver modificações no edital, entretanto, de acordocom a referida lei, duas condições nuncapodem ser alteradas: a de que a divulgação

ocorra pela mesma forma que se deu o textooriginal, e a de que o prazo inicialmenteestabelecido seja reaberto.( ) Certo ( ) Errado

9. (CESPE - 2012 - TCU - Técnico de ControleExterno) Por representarem exceção aoprincípio da licitação consagrado no textoconstitucional, as hipóteses de inexigi-bilidade de licitação previstas na Lei n.º8.666/1993 configuram um elenco taxativo, enão meramente exemplificativo.( ) Certo ( ) Errado

10. (CESPE - 2012 - TCU - Técnico de ControleExterno) No processamento e julgamento deuma licitação, os envelopes com a documen-tação para habilitação e os que contêm aspropostas dos licitantes devem obrigato-riamente ser abertos em sessão pública, daqual se lavrará uma ata em que sejamnarrados os eventos, que deverá ser assinadapelos licitantes presentes e pela comissãocompetente.( ) Certo ( ) Errado

11. (CESPE - 2012 - IBAMA - Técnico Adminis-

trativo) Acerca de edital, conhecido como alei interna da licitação, julgue o item abaixo.

No edital, são definidas as normas do proce-dimento licitatório, com a determinação dosdireitos e das obrigações da administração e doslicitantes.( ) Certo ( ) Errado

12. (CESPE - 2012 - IBAMA - TécnicoAdministrativo) Com relação aos contratosadministrativos, julgue o item que sesegue.

O tipo de licitação denominada melhor técnica é

empregado, exclusivamente, para serviços denatureza predominantemente intelectual.( ) Certo ( ) Errado

13. (CESPE - 2012 - IBAMA - TécnicoAdministrativo) A modalidade de licitaçãodenominada pregão é obrigatória para acontratação de bens e serviços comuns noâmbito federal e opcional para a contrataçãono âmbito estadual e no municipal.( ) Certo ( ) Errado

14. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário)

Com relação a licitação e controle e respon-sabilização da administração, julgue o itemsubsecutivo.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 56: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 56/65

Ética

56 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

Uma das modalidades licitatórias previstas na Lein. o 8.666/1993 é o concurso.( ) Certo ( ) Errado

15. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Técnico Judiciário)No que concerne à Lei de Licitações, a com-

tratação de um conferencista de renome,durante a inauguração da nova sede dotribunal de justiça, para apresentar sua teseinédita e de interesse dos serventuários edesembargadores caracteriza caso de

(A) licitação por pregão.(B) licitação por convite.(C) licitação por leilão.(D) inexigibilidade de licitação.(E) dispensa de licitação.

16. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário)Julgue o item a seguir, acerca dos princípioslicitatórios, da dispensa e das modalidadesde licitação.

É dispensável a licitação para contratação deartista consagrado pela crítica especializada oupela opinião pública.( ) Certo ( ) Errado

17. (FUMARC - 2012 - TJ-MG - Técnico Judiciário)No que diz respeito à modalidade daslicitações, assinale a hipótese abaixo queNÃO corresponde a uma das previsões com-tidas na Lei nº 8.666/93:

(A) alienação direta

(B) concorrência(C) tomada de preços(D) convite

18. (FUMARC - 2012 - TJ-MG - Técnico Judi-ciário) Poderá ser dispensada a licitação:

(A) para obras e serviços de engenharia de valor equivalente a R$35.000,00, no máximo

(B) para outros serviços e compras de valor equivalente a R$20.000,00, no máximo

(C) nos casos de guerra ou grave perturbação daordem

(D) no caso de o Administrador Público identificar aimportância da contração mais célere

19. (ESAF - 2010 - SMF-RJ - Agente de Fazenda)Não é hipótese de dispensa de licitaçãoprevista legalmente: 

(A) contratação de instituição estrangeira incumbidaregimental ou estatutariamente da pesquisa, doensino ou do desenvolvimento institucional, oude instituição dedicada à recuperação social dopreso, desde que a contratada detenhainquestionável reputação ético-profissional e nãotenha fins lucrativos.

(B) compra ou locação de imóvel destinado aoatendimento das finalidades precípuas da

administração, cujas necessidades de instalaçãoe localização condicionem a sua escolha, desdeque o preço seja compatível com o valor demercado, segundo avaliação prévia.

(C) caso de emergência ou de calamidade pública,quando caracterizada urgência de atendimentode situação que possa ocasionar prejuízo oucomprometer a segurança de pessoas, obras,serviços, equipamentos e outros bens, públicosou particulares, e somente para os bens

necessários ao atendimento da situação emer-gencial ou calamitosa e para as parcelas deobras e serviços que possam ser concluídas noprazo máximo de 180 (cento e oitenta) diasconsecutivos e ininterruptos, contados daocorrência da emergência ou calamidade.

(D) aquisição ou restauração de obras de arte eobjetos históricos, de autenticidade certicada,desde que compatíveis ou inerentes às finali-dades do órgão ou entidade.

(E) aquisição de componentes ou peças de origemnacional ou estrangeira, necessários à manu-tenção de equipamentos durante o período degarantia técnica, junto ao fornecedor originaldesses equipamentos, quando tal condição deexclusividade for indispensável para a vigênciada garantia.

20. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial)Constitui hipótese de inexigibilidade delicitação a contratação de serviços públicosde coleta de lixo urbano com base emrescisão unilateral de contrato adminis-trativo.( ) Certo ( ) Errado

21. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial)

Segundo as normas da legislação específica,a contratação de fornecimento ou supri-mento de energia elétrica com concessio-nário do Estado é hipótese de dispensa delicitação.( ) Certo ( ) Errado

22. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário -Programação) É requisito básico para invés-tidura nos cargos públicos em geral: 

(A) nacionalidade brasileira ou estrangeira.(B) nível de escolaridade mínimo igual ou equi-

valente a ensino universitário.(C) idade mínima de vinte e um anos.

(D) aptidão física e mental.(E) aprovação em concurso público de provas e

títulos.

23. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário)A respeito dos agentes públicos e dospoderes administrativos, julgue os itens quese seguem. Cargos públicos são núcleos deencargos de trabalho permanentes a serempreenchidos por agentes contratados paradesempenhá-los sob relação trabalhista.( ) Certo ( ) Errado

24. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário)Com relação às espécies e à classificaçãodos agentes públicos, bem como a cargo,emprego e função pública, assinale a opçãocorreta.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 57: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 57/65

Ética

57 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

(A) Os servidores temporários são admitidos noserviço público para desempenhar, por tempodeterminado, atividades de natureza técnicaespecializada, mediante regime jurídico especialdisciplinado em lei.

(B) Os cargos, empregos e funções públicas são

acessíveis aos brasileiros e estrangeiros quepreencham os requisitos estabelecidos em lei,sendo-lhes assegurada isonomia de condiçõespara o ingresso.

(C) Admite-se a extinção pelo presidente da Repú-blica, independentemente de autorização legis-lativa, mediante decreto autônomo, de funções ecargos públicos que estejam vagos.

(D) A designação agente público restringe-se àpessoa física que, após se submeter a concursode prova ou de provas e títulos, passa a prestar serviços ao Estado e às pessoas jurídicas daadministração indireta.

(E) Os empregados públicos são contratados sob oregime da legislação trabalhista, não sesubmetendo, portanto, às regras constitucionaisrelativas à acumulação de cargos e vencimentos.

25. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário /Direito Administrativo) No que se refere àclassificação e às espécies de agentespúblicos, julgue o item seguinte.

Os servidores contratados para atender anecessidade temporária de excepcional interessepúblico estão sujeitos ao mesmo regime jurídicoaplicável aos servidores estatutários.

( ) Certo ( ) Errado

26. (CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário /Direito Administrativo) No que se refere àclassificação e às espécies de agentespúblicos, julgue o item seguinte.

Os empregados públicos, embora sujeitos àlegislação trabalhista, submetem-se às normasconstitucionais referentes a concurso público eà acumulação remunerada de cargos públicos.( ) Certo ( ) Errado

27. (FUMARC - 2012 - TJ-MG - Técnico

Judiciário) Segundo previsto na ConstituiçãoEstadual de Minas Gerais, é vedada a acu-mulação remunerada de cargos públicos,permitida, se houver compatibilidade dehorários e limita-dos a remuneração e osubsídio total do ser-vidor ao subsídio dosDesembargadores do Tribunal de Justiça:

(A) a de três cargos de professores(B) a de um cargo de professor com outro técnico ou

científico(C) a de um cargo de professor, de um cargo técnico

e de outro científico(D) a de quatro cargos e empregos privativos de

profissionais de saúde com profissões regula-mentadas

28. (PaqTcPB - 2012 - UEPB - Técnico deEnfermagem) Os servidores nomeados paracargo de provimento efetivo em virtude deconcurso público, são estáveis após: 

(A) Um ano de efetivo exercício do cargo.(B) Dois anos de efetivo exercício do cargo.

(C) Três anos de efetivo exercício do cargo.(D) Cinco anos de efetivo exercício do cargo.(E) Oito anos de efetivo exercício do cargo.

29. (ESAF - 2010 - SMF-RJ - Agente de Fazenda)Em relação à estabilidade do servidor públicoe conforme as disposições da ConstituiçãoFederal, assinale a opção corre-ta.

(A) São estáveis, após um ano de efetivo exercício,os servidores nomeados para cargo deprovimento efetivo em virtude de concursopúblico. São estáveis, após um ano de efetivoexercício, os servidores nomeados para cargo deprovimento efetivo em virtude de concursopúblico.

(B) Invalidada por sentença judicial a demissão doservidor público estável, ele será reintegrado.

(C) Extinto o cargo ou declarada sua desneces-sidade, o servidor público estável não ficará emdisponibilidade

(D) O servidor público estável pode perder seu cargomediante decisão judicial liminar.

(E) Não é cabível a perda do cargo do servidor público estável mediante processo adminis-trativo.

30. (FCC - 2012 - TRT - 6ª R (PE) - Técnico

Judiciário) A Constituição Federal previu, emseu artigo 37, inciso IX, a possibilidade decontratação por tempo determinado, paraatender a necessidade temporária de excep-cional interesse público, nos termos da lei.Partindo-se do pressuposto de que não foirealizado concurso público para acontratação de servidores temporários, écorreto afirmar que os admitidos 

(A) ocupam cargo efetivo.(B) ocupam emprego.(C) ocupam emprego temporário.(D) desempenham função.(E) desempenham função estatutária.

31. (NCE-UFRJ - 2010 - UFRJ - AssistenteAdministrativo) Um professor adjunto daUFRJ, servidor público estatutário, ocupa umcargo médico junto ao Ministério da Saúde,também pertencente à Administração Públicada União. Levando em consideração que hajacompatibilidade horária para os cargosocupados, é permitido a esse servidor ocupar somente:

(A) mais um cargo público remunerado de pes-quisador, desde que junto à administraçãopública estadual e/ou municipal;

(B) mais um cargo público remunerado de médico,desde que junto à administração pública estaduale/ou municipal;

(C) os cargos públicos já mencionados, indepen-dente da esfera pública em que situe;

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 58: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 58/65

Ética

58 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

(D) mais um cargo público remunerado de professor,independente da esfera pública em que situe;

(E) mais um cargo público remunerado depesquisador, independente da esfera pública emque situe.

32. (FUNCAB - 2012 - MPE-RO - Técnico emContabilidade) Assinale a alternativa correta.

(A) É vedado ao servidor público civil o direito à livreassociação sindical.

(B) A lei reservará percentual dos cargos e empre-gos públicos para as pessoas portadoras dedeficiência e definirá os critérios de suaadmissão.

(C) Os atos de improbidade administrativa impor-tarão a perda dos direitos políticos, a suspensãoda função pública, a indisponibilidade dos bens,sendo descabido o ressarcimento ao erário.

(D) As pessoas jurídicas de direito público e as dedireito privado prestadoras de serviços públicosnão responderão pelos danos que seus agentes,nessa qualidade, causarem a terceiros.

(E) O servidor público da administração direta,autárquica e fundacional, investido no mandatode Prefeito, será afastado do cargo, emprego oufunção, não lhe sendo facultado optar pela suaremuneração.

33. (FCC - 2011 - TRT - 19ª Região (AL) - TécnicoJudiciário) O servidor, ocupante de cargo emcomissão, poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, em outro cargo deconfiança, sem prejuízo das atribuições do

que atualmente ocupa. Durante o período dainterinidade, esse servidor  (A) receberá obrigatoriamente a remuneração prove-

niente do cargo de confiança que assumiuinterinamente.

(B) receberá obrigatoriamente a remuneração docargo em comissão originário.

(C) terá direito a receber duas remunerações.(D) deverá optar pela remuneração de um dos

cargos.(E) receberá duas remunerações, acrescidas de

percentual legal, por exercer, durante o mesmoperíodo, atribuições decorrentes de dois cargosdiversos.

34. (CONSULPLAN - 2010 - Prefeitura deItabaiana - SE) A Lei Orgânica do municípiode Itabaiana em seu artigo 72, assimestabelece:

I. “é garantido ao servidor público civil o direito àlivre associação sindical.” 

II. “o direito de greve será exercido nos termos enos limites definidos em lei complementar federal.” 

Analise as duas citações legais e marque aalternativa correta:

(A) As duas citações estão incompletas.(B) A citação I é correta e a II, incorreta.(C) A citação II é correta e a I, incorreta.(D) As duas citações estão corretas.(E) A citação I é correta e a II, incompleta.

35. (CONSULPLAN - 2010 - Prefeitura de Itabaia-na - SE) A acumulação remunerada de car-gos, quando há compatibilidade de horário,conforme a Lei Orgânica Municipal deItabaiana, é permitida:

(A) No caso de dois cargos de professor.

(B) No caso de dois cargos de assistenteadministrativo.

(C) Quando os dois cargos forem de dedicaçãoexclusiva.

(D) Quando um ocorrer na área financeira e outrocientífico.

(E) Por afastamento legal em férias.

36. (CESPE - 2007 - TCU - Técnico de ControleExterno) No que concerne aos servidorespúblicos e ao tratamento constitucional elegal dado a esses servidores, julgue opróximo item.

Em decorrência do princípio da organização legaldo serviço público, somente por meio de leipodem ser criados cargos, empregos e funçõespúblicas.( ) Certo ( ) Errado

Gabarito1. C 2. C 3. C 4. E 5. C6. C 7. E 8. E 9. C 10. C

11. C 12. E 13. C 14. D 15. E16. A 17. C 18. A 19. E 20. C21. D 22. E 23. C 24. E 25. C26. B 27. C 28. B 29. D 30. C31. B 32. D 33. D 34. A 35. C

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 59: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 59/65

Ética

59 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

Modulo 02

1. (FCC - 2012 - TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Segundo a literalidade docaput do art. 37 da Constituição de 1988, aAdministração pública obedecerá, entre

outros, ao princípio da (A) proporcionalidade.(B) razoabilidade.(C) igualdade.(D) moralidade.(E) boa-fé.

2. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário)Acerca dos princípios da administraçãopública, assinale a opção correta.

(A) O desvio de poder, conduta que viola o princípioda moralidade administrativa, submete-se aocontrole interna corporis da administraçãopública, sendo vedada sua apreciação peloPoder Judiciário, cuja atuação é admitida apenaspara controle de atos legais e de improbidade.

(B) O princípio da publicidade assegura a divulgaçãoampla dos atos praticados pela administraçãopública, quer tratem eles de assuntos deinteresse particular, quer tratem de assuntos deinteresse coletivo ou geral, ressalvadas ashipóteses de sigilo previstas em lei.

(C) A observância do princípio da legalidade —limitação imposta ao Estado, que só pode fazer oque a lei permite — não impede que aadministração, por simples ato administrativo,conceda direitos, crie obrigações ou imponha

vedações aos administrados em benefício dacoletividade.(D) A autoridade administrativa pode, em deter-

minadas situações, renunciar, total ou parcial-mente, aos interesses públicos, prescindindo deautorização expressa em lei para tal, visto que oprincípio da finalidade pública não é absoluto.

(E) O princípio da impessoalidade tem por finalidadeespecífica impedir que o administrador atue no julgamento de processo administrativo de queseja parte interessada seu cônjuge oucompanheiro ou parente em linha reta oucolateral, até o terceiro grau.

3. (FCC - 2012 - MPE-AP - Técnico Ministerial -Auxiliar Administrativo) O Prefeito de deter-minado Município, a fim de realizar promoçãopessoal, utilizou-se de símbolo e de sloganque mencionam o seu sobrenome na publici-dade institucional do Município. A utilizaçãode publicidade governamental para promoçãopessoal de agente público viola o disposto noartigo 37, § 1o , da Constituição Federal, oratranscrito: “A publicidade dos atos, progra-mas, obras, serviços e campanhas dosórgãos públicos deverá ter caráter educativo,informativo ou de orientação social, dela não

podendo constar nomes, símbolos ouimagens que caracterizem promoção pessoalde autoridades ou servidores públicos”.

O fato narrado constitui violação ao seguinteprincípio da Administração Pública, dentreoutros:

(A) Eficiência.(B) Publicidade.(C) Razoabilidade.

(D) Impessoalidade.(E) Supremacia do Interesse Particular sobre o Pú-

blico.

4. (ESAF - 2010 - SMF-RJ - Agente de Fazenda)Em relação aos princípios constitucionais daadministração pública, é correto afirmar que:

I. o princípio da publicidade visa a dar  transparência aos atos da administração públicae contribuir para a concretização do princípio damoralidade administrativa;

II. a exigência de concurso público para ingressonos cargos públicos reflete uma aplicaçãoconstitucional do princípio da impessoalidade;

III. o princípio da impessoalidade é violado quandose utiliza na publicidade oficial de obras e deserviços públicos o nome ou a imagem dogovernante, de modo a caracterizar promoçãopessoal do mesmo;

IV. o princípio da moralidade administrativa nãocomporta juízos de valor elásticos, porque oconceito de “moral administrativa” está definidode forma rígida na Constituição Federal;

V. o nepotismo é uma das formas de ofensa aoprincípio da impessoalidade.

Estão corretas:

(A) apenas as afirmativas I, II, III e V.(B) apenas as afirmativas I, III, IV e V.(C) as afirmativas I, II, III, IV e V.(D) apenas as afirmativas I, III e V.(E) apenas as afirmativas I e III.

5. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Técnico Ministerial -Área Administrativa) Julgue o item que seseguem, acerca do ato administrativo.

O princípio da impessoalidade em relação à atuaçãoadministrativa impede que o ato admi-nistrativoseja praticado visando a interesses do agentepúblico que o praticou ou, ainda, de terceiros,

devendo ater-se, obrigatoriamente, à vontade dalei, comando geral e abstrato em essência.

( ) Certo ( ) Errado

6. (FCC - 2012 - TRT - 6ª R (PE) - TécnicoJudiciário) Pode-se, sem pretender esgotar oconceito, definir o princípio da eficiênciacomo princípio

(A) constitucional que rege a Administração Pública,do qual se retira especificamente a presunçãoabsoluta de legalidade de seus atos.

(B) infralegal dirigido à Administração Pública paraque ela seja gerida de modo impessoal e

transparente, dando publicidade a todos os seusatos.(C) infralegal que positivou a supremacia do interes-

se público, permitindo que a decisão da Admi-nistração sempre se sobreponha ao interesse do

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 60: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 60/65

Ética

60 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

particular.(D) constitucional que se presta a exigir a atuação da

 Administração Pública condizente com amoralidade, na medida em que esta nãoencontra guarida expressa no texto consti-tucional.

(E) constitucional dirigido à Administração Públicapara que seja organizada e dirigida de modo aalcançar os melhores resultados no desempenhode suas funções.

7. (FCC - 2012 - TRT - 6ª R (PE) - TécnicoJudiciário) A aplicação do princípio daimpessoalidade à Administração Públicatraduz-se, dentre outras situações, na 

(A) proibição de identificação de autoria em qualquer requerimento dirigido à Administração, restrin-gindo - se a indicação numérica para, ao fim doprocesso, notificar o interessado.

(B) atuação feita em nome da Instituição, ente ouórgão que a pratica, sempre norteada aointeresse público, não sendo imputável ao fun-cionário que a pratica, ressalvada a respon-sabilidade funcional específica.

(C) conduta da Administração não visar a prejudicar ou beneficiar pessoas, salvo se, por conse-quência indireta, atingir finalidade de interessepúblico.

(D) conduta da Administração ser geral e indeter-minada, de modo que qualquer benefícioconcedido a um funcionário, ainda que por forçade ordem judicial, deve ser obrigatoriamenteestendido a todos os demais na mesma situação.

(E) atuação da Administração não reconhecer direitoindividual de servidor, somente podendoprocessar requerimentos coletivos para aobtenção de benefícios.

8. (CESGRANRIO - 2012 - Caixa - TécnicoBancário) Creso, servidor do órgão W,vinculado a determinado estado federado, foisurpreendido com recomendação verbal deque deveria atender, em horário especial forado expediente, a pessoas vinculadas adeterminada associação e que os problemasdessa associação deveriam ter preferênciasobre os demais que estivessem sob sua

responsabilidade. Sob a ótica dos princípiosconstitucionais da Administração Pública, talprática, fere, predominantemente, o princípioda

(A) publicidade(B) impessoalidade(C) eficiência(D) indisponibilidade(E) continuidade

9. (FCC - 2012 - TJ-RJ - Comissário da Infância eda Juventude) O princípio da supremacia dointeresse público

(A) informa toda a atuação da Administração Públicae se sobrepõe a todos os demais princípios e atodo e qualquer interesse individual.

(B) está presente na elaboração da lei e no exercícioda função administrativa, esta que sempre deve

visar ao interesse público.(C) informa toda a atuação da Administração

Pública, recomendando, ainda que excepcio-nalmente, o descumprimento de norma legal,desde que se comprove que o interesse públicorestará melhor atendido.

(D) traduz-se no poder da Administração Pública dese sobrepor discricionariamente sobre osinteresses individuais, dispensando a adoção deformalidades legalmente previstas.

(E) está presente na atuação da AdministraçãoPública e se consubstancia na presunção deveracidade dos atos praticados pelo Poder Público.

(Prova: CESPE - 2008 - TST - TécnicoJudiciário) Texto para o item 10.

Uma autoridade administrativa do TST, noexercício de sua competência, editou atoadministrativo que determinava a instalação dedetectores de metais nas entradas da sede doTribunal e estabelecia que todas as pessoasdeveriam submeter-se ao detector e quesomente poderiam ingressar no edifício ou sair dele caso apresentassem aos agentes dasegurança todos os pertences de metal. Porém,seis meses depois da instalação dos detectores,as reclamações dirigidas à administração do TSTfizeram com que a autoridade editasse atoanulando a referida determinação, por considerar que ela não alcançou devidamente os seusobjetivos.

Acerca da situação hipotética descrita notexto, julgue o item a seguir.

Considere que, ao avaliar a execução dasdeterminações descritas no texto, o chefe dadivisão de segurança tenha observado que umdos agentes de segurança a ele subordinadosatuava com racismo e preconceito, fazendoverificação cuidadosa de determinadas pessoase, sistematicamente, deixando outras pessoaspassarem sem qualquer tipo de verificação. Emfunção disso, o chefe tomou as providênciascabíveis para possibilitar a instauração de

sindicância que apurasse a referida situação.Tendo em vista essa situação hipotética, julgueos itens abaixo.

10. O referido agente de segurança atuou emdesconformidade com os princípios constitu-cionais da administração pública e praticouinfração administrativa disciplinar.( ) Certo ( ) Errado

11. (FCC - 2012 - TJ-PE - Técnico Judiciário -Área Judiciária) Tendo em vista os princípiosconstitucionais que regem a AdministraçãoPública é INCORRETO afirmar que a

(A) eficiência, além de desempenhada com lega-lidade, exige resultados positivos para o serviçopúblico e satisfatório atendimento das necessi-dades da comunidade e de seus membros.

 

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 61: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 61/65

Ética

61 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

(B) lei para o particular significa pode fazer assim, epara o administrador público significa deve fazer assim.

(C) moral administrativa é o conjunto de regras que,para disciplinar o exercício do poder discri-cionário da Administração, o superior hierárquico

impõe aos seus subordinados.(D) publicidade não é elemento formativo do ato; é

requisito de eficácia e moralidade(E) impessoalidade permite ao administrador público

buscar objetivos ainda que sem finalidadepública e no interesse de terceiros.

12. (FCC - 2011 - TRT - 20ª R (SE) - Técnico Jud)O serviço público não é passível de interrup-ção ou suspensão afetando o direito de seususuários, pela própria importância que ele seapresenta, devendo ser colocado à dispo-sição do usuário com qualidade e regula-ridade, assim como com eficiência e oportu-nidade. Trata-se do princípio fundamental dosserviços públicos denominado

(A) impessoalidade.(B) mutabilidade.(C) continuidade.(D) igualdade.(E) universalidade.

13. (CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Adm) Noque se refere aos poderes administrativos eaos princípios que regem a administraçãopública, julgue os itens subsequentes. Deacordo com o princípio da legalidade, a

administração pública somente pode fazer oque a lei lhe permite.( ) Certo ( ) Errado

14. (CESPE - 2007 - TCU - Técnico de ControleExterno) Julgue os itens a seguir de acordocom a Lei n.º 9.784/1999, que regula o proces-so administrativo no âmbito da administraçãopública federal.

Em obediência ao princípio da publicidade, éobrigatória a divulgação oficial dos atosadministrativos, sem qualquer ressalva de hipó-teses.

( ) Certo ( ) Errado

15. (Prova: COPEVE-UFAL - 2011 - UFAL – Assis-tente de Administração) Acerca dos princí-pios do Direito Administrativo, assinale aopção correta.

(A) O princípio da eficiência preconiza que aatividade administrativa deve ser exercida compresteza, qualidade e rendimento funcional.

(B) O princípio da publicidade impõe a presença donome do gestor público nos atos e obras doPoder Público.

(C) O princípio da autotutela é relacionado aocontrole que a administração pública exercesobre seus próprios atos, por meio do qual elaanula os atos ilegais, inconvenientes e inopor-tunos.

(D) O princípio da segurança jurídica possibilita, nosprocessos administrativos, a aplicação retroativapor parte da Administração Pública de novainterpretação.

(E) O princípio da moralidade administrativa éextraído dos critérios pessoais do administrador 

público.

16. (FCC - 2011 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - TécnicoJudiciário) Analise as seguintes proposições,extraídas dos ensinamentos dos respectivosJuristas José dos Santos Carvalho Filho eCelso Antônio Bandeira de Mello:

I. O núcleo desse princípio é a procura de produtividade e economicidade e, o que é maisimportante, a exigência de reduzir os desper-dícios de dinheiro público, o que impõe a execu-ção dos serviços públicos com presteza, perfei-ção e rendimento funcional.

II. No texto constitucional há algumas referências aaplicações concretas deste princípio, como por exemplo, no art. 37, II, ao exigir que o ingressono cargo, função ou emprego público dependede concurso, exatamente para que todos possam disputar-lhes o acesso em plenaigualdade.

As assertivas I e II tratam, respectivamente,dos seguintes princípios da AdministraçãoPública: 

(A) moralidade e legalidade.(B) eficiência e impessoalidade.(C) legalidade e publicidade.

(D) eficiência e legalidade.(E) legalidade e moralidade.

17. (CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Adm) Noque se refere aos poderes administrativos eaos princípios que regem a administraçãopública, julgue o item subsequente.

De acordo com o princípio da legalidade, aadministração pública somente pode fazer o quea lei lhe permite.( ) Certo ( ) Errado

18. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico

Judiciário) O Jurista Celso Antônio Bandeirade Mello apresenta o seguinte conceito paraum dos princípios básicos da AdministraçãoPública: De acordo com ele, a Administraçãoe seus agentes têm de atuar na conformidadede princípios éticos. (...) Compreendem-se emseu âmbito, como é evidente, os chamadosprincípios da lealdade e boa-fé.

Trata-se do princípio da(A) motivação.(B) eficiência.(C) legalidade.(D) razoabilidade.

(E) moralidade.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 62: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 62/65

Ética

62 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

19. (CESPE - 2009 - DETRAN-DF - Auxiliar deTrânsito) Julgue o item a seguir acerca daadministração pública e seus agentes.

 A administração pública é regida pelo princípioda autotutela, segundo o qual o administrador 

público está obrigado a denunciar os atosadministrativos ilegais ao Poder Judiciário e aoMinistério Público.( ) Certo ( ) Errado

20. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário -Área Administrativa) Acerca da administraçãopública e de seus princípios, julgue opróximo item.

Os princípios elencados na Constituição Federal,tais como legalidade, impessoalidade, morali-dade, publicidade e eficiência, aplicam-se àadministração pública direta, autárquica e

fundacional, mas não às empresas públicas esociedades de economia mista que explorematividade econômica.( ) Certo ( ) Errado

21. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário -Área Administrativa) Contraria o princípio damoralidade o servidor público que nomeie oseu sobrinho para um cargo em comissãosubordinado.( ) Certo ( ) Errado

22. (FGV - 2011 - TRE-PA - Técnico Judiciário -Segurança Judiciária) De acordo com a

Constituição Federal de 1988, a Adminis-tração Pública obedecerá aos seguintesprincípios:

(A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publici-dade e eficiência.

(B) legalidade, impessoalidade, moralidade, probi-dade e externalidade.

(C) legitimidade, impessoalidade, moralidade, probi-dade e externalidade.

(D) razoabilidade, proporcionalidade, improbidade epersonalismo.

(E) discricionariedade, ponderação, isenção eseparação de poderes.

23. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário -Área Administrativa) São princípios daAdministração Pública, expressamenteprevistos no artigo 37, caput, da ConstituiçãoFederal, dentre outros,

(A) eficiência, razoabilidade e legalidade.(B) motivação, moralidade e proporcionalidade.(C) legalidade, moralidade e impessoalidade.(D) publicidade, finalidade e legalidade.(E) eficiência, razoabilidade e moralidade.

24. (FCC - 2010 - TRT - 8ª R (PA e AP) - TécnicoJudiciário) O servidor público que deixa de

acatar as ordens legais de seus superiores ea sua fiel execução, infringe o dever de(A) conduta ética.(B) eficiência.(C) obediência.

(D) lealdade.(E) fidelidade.

25. (NUCEPE - 2010 - SEJUS-PI - Agente Peniten-ciário) São princípios constitutivos da Admi-nistração Pública, EXCETO:

(A) especialidade;(B) autotutela;(C) territorialidade;(D) razoabilidade;(E) proporcionalidade.

26. (CESPE - 2012 - IBAMA - Técnico Adm.) Comrelação aos contratos administrativos, julgueo item que se segue.Todo contrato celebrado pela administraçãopública será considerado um contrato adminis-trativo.( ) Certo ( ) Errado

27. (FCC - 2012 - TRF - 5ª R- Técnico Judiciário)Constitui característica peculiar dos contra-tos administrativos, a

(A) mutabilidade, consistente na possibilidade dealteração de seu objeto pela Administração.

(B) presença de cláusulas exorbitantes, que confe-rem privilégios à Administração em relações aosparticulares.

(C) possibilidade de alteração unilateral pelo contra-tado na hipótese de área econômica extraor-dinária.

(D) mutabilidade, consistente na alteração da équa-ção econômico-financeira original, nas hipóteses

de reequilíbrio previstas legalmente.(E) presença de cláusulas exorbitantes, que asse-guram à Administração a possibilidade dealteração unilateral, ainda que em detrimento doequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

28. (FCC - 2012 - MPE-AP - Técnico Ministerial)Nos termos da Lei nº 8.666/1993, é INCOR-RETO afirmar que os contratos adminis-trativos

(A) regulam-se pelas suas cláusulas e pelos pre-ceitos de direito público, não lhes aplicando, nemmesmo supletivamente, disposições de direitoprivado.

(B) devem estabelecer com clareza e precisão ascondições para sua execução, expressas emcláusulas que definam os direitos, obrigações eresponsabilidades das partes, em conformidadecom os termos da licitação e da proposta a quese vinculam.

(C) têm como cláusula necessária, dentre outras, aque estabeleça a legislação aplicável à execuçãodo contrato e especialmente aos casos omissos.

(D) podem ser modificados, unilateralmente, pela Administração Pública para melhor adequaçãoàs finalidades de interesse público, respeitadosos direitos do contratado.

(E) quando decorrentes de dispensa ou de inexi-gibilidade de licitação devem atender aos termosdo ato que os autorizou e da respectiva proposta.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 63: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 63/65

Ética

63 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

29. (FUMARC - 2012 - TJ-MG - Técnico Jud) Pelainexecução total ou parcial do contrato, aAdministração poderá, garantida a préviadefesa, aplicar ao contratado as seguintessanções, EXCETO:

(A) suspensão dos direitos civis e políticos

(B) advertência(C) declaração de inidoneidade para contratar com a

 Administração Pública(D) multa

30. (ESAF - 2010 - SMF-RJ - Agente de Fazenda)Referente aos contratos administrativos,assinale a opção incorreta.

(A) É motivo de rescisão contratual a subcontrataçãoparcial do objeto do ajuste, desde que nãoadmitida no edital e no contrato.

(B) Considera-se condição de eficácia do contratoadministrativo a publicação do seu extrato naimprensa oficial.

(C) A Lei 8.666, de 1993, mitigou a lição tradicionalde óbice à “Exceção de Contrato não Cumprido”,por parte do particular, quando houver inadimplemento da Administração, prevendohipótese de rescisão contratual em face doatraso de pagamento pelo Poder Público.

(D) É vedada a realização, pela Administração, decontratação verbal, de sorte que todo ajustepressupõe formalização mediante termo decontrato.

(E) O contratado é responsável pelos danos causa-dos diretamente à Administração ou a terceiros,decorrentes de sua culpa ou dolo na execução

contratual, não excluindo ou reduzindo talresponsabilidade a fiscalização do ajuste por agente da Administração.

31. (NCE-UFRJ - 2010 - UFRJ - Assistente Adm.)Quando a administração pública redige umcontrato administrativo pela Lei 8666/93, estaadministração dispõe de certas prerrogativasespeciais, mas mesmo assim é vedado a ela:

(A) rescindi-los;(B) ocupar bens do contratado;(C) descumprir o edital;(D) aplicar sanções;(E) modificar o contrato.

32. (NCE-UFRJ - 2010 - UFRJ - Assistente Adm.)Em razão da observância da Lei 8666/93,dentro das disposições preliminares docontrato, a critério da autoridade competente,em cada caso, e desde que prevista no instru-mento convocatório, poderá ser exigida pres-tação de garantia nas contratações de obras,serviços e compras. Portanto caberá aocontratado optar, entre outras, pela seguintemodalidade de garantia:

(A) nota promissória;(B) caução em cheque nominal;

(C) duplicata bancária;(D) seguro-garantia;(E) fiador pessoa física.

33. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Oscontratos administrativos, de acordo com aLei no 8.666/1993, possuem vigência adstritaaos respectivos créditos orçamentários,constituindo EXCEÇÃO

(A) os contratos de obras, que poderão ser prorro-

gados por até 24 meses, caso comprovada aocorrência de condições supervenientes quedeterminem a alteração do projeto.

(B) os contratos para entrega futura e parcelada debens, que poderão ser prorrogados até o limitede 24 meses, para atender necessidade contínuada Administração.

(C) os contratos de prestação de serviços a seremexecutados de forma contínua, que poderão ser prorrogados, por iguais e sucessivos períodos,até o limite de 60 meses.

(D) os contratos por escopo, até limite de 12 meses,e desde que o objeto esteja contido nas metasestabelecidas no Plano Plurianual.

(E) o aluguel de equipamentos e a utilização deprogramas de informática, até o limite de 60meses e por mais 12 meses, em caráter excepcional.

34. (FCC - 2012 - TRF - 2ª R - Técnico Jud) Anali-se, sob o tema dos contratos administrativos,as prerrogativas conferidas à Administraçãoem relação a esses contratos:

I. Modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,respeitado os direitos do contratado.

II. Rescindi-los unilateralmente, em qualquer 

hipótese, desde que necessário.III. Ocupar provisoriamente, em determinadashipóteses, bens móveis e imóveis e serviçosvinculados ao objeto do contrato nos casos deserviços essenciais.

IV. Aplicar sanções motivadas pela inexecução totalou parcial do ajuste.

Nesses casos, está correto o que constaAPENAS em

(A) I, III e IV.(B) II e III.(C) II, III e IV.(D) I e IV.

(E) I e II.

35. (FCC - 2012 - TRF - 2ª R - Técnico Judiciário)Sob o aspecto da inexecução e da rescisãodos contratos, NÃO constitui motivo, dentreoutros, para a rescisão contratual:

(A) a alteração social ou a modificação da finalidadeou da estrutura da empresa, que prejudique aexecução do contrato.

(B) a paralisação da obra, serviço ou fornecimento,sem justa causa e prévia comunicação à Administração.

(C) o cumprimento irregular de cláusulas contratuais,especificações, projetos e prazos.(D) a dissolução da sociedade ou do falecimento do

contratado.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 64: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 64/65

Ética

64 www.nuceconcursos.com.br | Informações: (81) 3198.1414NUCE | Concursos Públicos

Direito Administrativo

(E) o atraso justificado no início da obra, serviço oufornecimento.

36. (CONSULPLAN - 2012 - TSE - Técnico Jud) OTSE, em dezembro 2011, celebrou apósregular processo licitatório, um contrato com

a empresa Soluções Tecnológicas Ltda,tendo como objeto a prestação de serviçosde suporte na área de informática, comvigência de seis meses. Segundo a LeiFederal nº 8.666/93, só NÃO será motivo pararescisão do referido contrato pelo TSE

(A) a paralisação do serviço, objeto do contrato, sem justa causa e prévia comunicação à Adminis-tração.

(B) a dissolução da empresa contratada, SoluçõesTecnológicas Ltda.

(C) a alteração social ou a modificação da finalidadeou da estrutura da empresa contratada, queprejudique a execução do contrato celebradoentre as partes.

(D) o atraso, justificado no início do serviço, objetodo contrato.

37. (FCC - 2011 - TCE-SE - Técnico de ControleExterno) Sobre os contratos administrativos,é correto afirmar:

(A) Traço característico dos contratos adminis-trativos é sua imutabilidade.

(B) O particular poderá, via de regra, socorrer-se dacláusula de exceção do contrato não cumprido.

(C) A retomada do objeto contratual pela Adminis-tração Pública deverá ocorrer depois de proferida

sentença judicial de mérito.(D) A presença de cláusulas exorbitantes em contra-to administrativo enseja a anulação deste, dadaa contrariedade existente em relação ao direitopositivo vigente.

(E) A duração dos contratos administrativos poderáultrapassar a vigência dos respectivos créditosorçamentários, quando se tratar de contrato deprestação de serviços executados de formacontínua.

38. (FCC - 2011 - TRT - 20ª R (SE) - Técnico Jud)Analise a seguinte característica concernenteao contrato administrativo: "prerrogativa

especial conferida à Administração Públicana relação do contrato administrativo emvirtude de sua posição de supremacia emrelação à parte contratada". Trata-se

(A) do direito ao equilíbrio econômico-financeiro docontrato administrativo.

(B) da cláusula exorbitante.(C) da exigência legal de formalização por escrito e

com requisitos especiais do contrato adminis-trativo.

(D) da comutatividade do contrato administrativo.(E) da consensualidade do contrato administrativo,

exigindo o acordo entre as partes para a forma-

lização da avença.

39. (COPEVE-UFAL - 2011 - UFAL - Assistente deAdministração) De acordo com a Lei nº 8.666,não é hipótese de rescisão unilateral docontrato administrativo:

(A) razões de interesse público, de alta relevância eamplo conhecimento, justificadas e determinadas

pela máxima autoridade da esfera administrativaa que está subordinado o contratante e exaradasno processo administrativo a que se refere ocontrato.

(B) a subcontratação total ou parcial do seu objeto, aassociação do contratado com outrem, a cessãoou transferência, total ou parcial, bem como afusão, cisão ou incorporação, não admitidas noedital e no contrato.

(C) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade daconclusão da obra, do serviço ou do forne-cimento, nos prazos estipulados.

(D) a dissolução da sociedade ou o falecimento docontratado.

(E) a alteração social ou a modificação da finalidadeou da estrutura da empresa, ainda que nãoprejudique a execução do contrato.

40. (FGV - 2008 - Senado Federal - Técnico Legis-lativo) Em relação aos contratos adminis-trativos é correto afirmar que:

(A) podem sofrer alteração unilateral de naturezaquantitativa ou qualitativa.

(B) não podem ser celebrados por empresaspúblicas e sociedades de economia mista.

(C) só podem ser rescindidos se houver inadim-

plemento de obrigações por parte do contratado.(D) são formalizados por instrumento escrito, salvoquando se tratar de compra de bens móveis.

(E) nulos não conferem ao particular o direito àindenização pelo que já tiver executadoanteriormente à declaração de nulidade.

41. (CESPE - 2010 - TRT - 21ª R (RN) - TécnicoJud) Com relação aos contratos administra-tivos e à Lei de Licitações, julgue o próximoitem.

É nulo e não produz efeito o contrato verbal coma administração em qualquer hipótese, haja vista

a necessidade do rígido formalismo exigido pelaLei n. º 8.666/1993.( ) Certo ( ) Errado

42. (FGV - 2011 - TRE-PA - Técnico Judiciário)Quanto aos contratos administrativos, é cor-reto afirmar que

(A) a celebração de contrato verbal é vedada pelalei, sendo nula e não produzindo efeitos.

(B) a rescisão contratual se dá privativamente pelavia administrativa.

(C) é vedado o contrato com prazo de duraçãoindeterminado.

(D) a declaração de nulidade do contrato não opera

retroativamente para desconstituir os efeitos jurídicos já produzidos.

(E) a nulidade exonera a administração do dever deindenizar o contratante pelo que este houver executado.

Parte integrante da apostila do NUCE. Todos os direitos reservados ao professor Afrânio Barros © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra.

Page 65: Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

7/28/2019 Material de Direito Administrativo para o cargo de Assistente em Administração UFPE ( Nível Médio)

http://slidepdf.com/reader/full/material-de-direito-administrativo-para-o-cargo-de-assistente-em-administracao 65/65

ÉticaDireito Administrativo

43. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário -Área Administrativa) Dentre outras, sãocaracterísticas dos contratos administrativos:

(A) comutatividade e formalidade.(B) informalidade e natureza intuitu personae. (C) onerosidade e inexistência de obrigações

recíprocas para as partes.(D) presença de cláusulas exorbitantes e unila-

teralidade.(E) consensualidade e informalidade.

44. (FCC - 2010 - TRT - 8ª R (PA e AP) - TécnicoJudiciário) Os contratos administrativostípicos diferenciam-se dos contratos priva-dos, dentre outras características, pela

(A) finalidade pública como seu pressuposto.(B) presença de pessoas jurídicas como contra-

tantes.(C) natureza do objeto.(D) imposição de cláusulas exorbitantes.

(E) presença do Poder Público como partecontratante.

45. (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Adm.) Nostermos da Lei nº 8.666/93, a duração do com-trato de aluguel de equipamentos de infor-mática

(A) não pode ultrapassar o prazo de vinte e quatromeses.

(B) pode ter a duração máxima de trinta e seismeses.

(C) pode se estender, desde logo, pelo prazo de atéquarenta e oito meses.

(D) sujeita-se à regra geral, segundo a qual aduração dos contratos não pode superar avigência dos respectivos créditos orçamentários.

(E) pode se estender, desde logo, pelo prazo de atésessenta meses.

46. (CESPE - 2012 - TJ-AL - Auxiliar Judiciário)No que tange ao controle e à responsa-bilização da administração pública, assinale aopção correta.

(A) Não pode o Estado ser responsabilizado por dano resultante de atos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário.

(B) O controle externo exercido pelo Poder 

Legislativo restringe - se à legalidade, legiti-midade e economicidade dos atos praticadospela administração direta.

(C) A invalidação de atos administrativos eivados devícios é imperativa para a administração, aindaque deles não decorram consequências jurídicasou lesão aos cofres públicos.

(D) Os atos administrativos editados pelo Poder E ti d ã l d

Gabarito1. D 2. B 3. D 4. A 5. C6 E 7 B 8 B 9 B 10 C