material auxiliar prática de ensino 1

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Referências Bibliográficas: - FONSECA, Selva Guimarães. “Revisitando a história da disciplina nas últimas décadas do século XX”. In: FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. 7ª Ed., Campinas, SP: Papirus Editora, 2008. (Fichamento por Vanessa de Jesus Queiroz, em 30/03/2015, 12h21min) O texto revisita a história da disciplina a partir das transformações ocorridas no Brasil pós-1964 até o século XXI. Correlação entre mudanças efetuadas no ensino de História das últimas décadas e transformações nas esferas socioculturais, econômicas e políticas (instituições); e também nos diversos espaços de ensino – academia, indústria cultural, etc. Importância do contexto. (p.19); Presentes na discussão sobre ensino de História: Estado, Mercado Editorial, Mídias. (p.19); Discutir o ensino de História no século XXI é discutir as relações de poder e modos de educar cidadãos numa sociedade marcada por desigualdades e diversidades. (p.20); Período ditatorial- papel da educação ligado ao ideário de segurança nacional e desenvolvimento econômico- Ideário coincidente com o dos setores políticos dominantes. Articulações- vinculações internas e externas. (p.20); Política educacional pós-1964: desobrigação do Estado com financiamento da educação, principalmente dos níveis médio e superior- crescimento da rede de ensino privado no Brasil. (p.20); 1968- Reforma Universitária de 1968- em pleno auge da ditadura- duas vertentes críticas:1) controle ideológico,2) resposta a demandas sociais por transformações. (p.21-2); Pós 1968- Série de mudanças no ensino de História- autoritarismo- pressões sociais. (p.23); 1971- Governo Médici completa configuração de projeto em andamento desde 1964- Lei 5.692 de 11/08/1971- associação do período de escolaridade obrigatória – 7-14 anos, 1º grau;- nível médio- profissionalização compulsória- declínio da área de ciências humanas. (p.22); 1982- Após dez anos de resistências ao projeto profissionalizante, altera-se projeto de 1971- algumas mudanças, mas muitas continuidades- acesso a escola foi ampliado, mas ao saber provavelmente não- exclusão social e lógica de mercado presentes- analfabetismo, herança desse período histórico. (p.22-3);

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Referências Bibliográficas: - FONSECA, Selva Guimarães. “Revisitando a história da disciplina nas últimas décadas do século XX”. In: FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Prática de Ensino de História. 7ª Ed., Campinas, SP: Papirus Editora, 2008.

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Referncias Bibliogrficas: - FONSECA, Selva Guimares. Revisitando a histria da disciplina nas ltimas dcadas do sculo XX. In: FONSECA, Selva Guimares. Didtica e Prtica de Ensino de Histria. 7 Ed., Campinas, SP: Papirus Editora, 2008. (Fichamento por Vanessa de Jesus Queiroz, em 30/03/2015, 12h21min)O texto revisita a histria da disciplina a partir das transformaes ocorridas no Brasil ps-1964 at o sculo XXI. Correlao entre mudanas efetuadas no ensino de Histria das ltimas dcadas e transformaes nas esferas socioculturais, econmicas e polticas (instituies); e tambm nos diversos espaos de ensino academia, indstria cultural, etc. Importncia do contexto. (p.19); Presentes na discusso sobre ensino de Histria: Estado, Mercado Editorial, Mdias. (p.19); Discutir o ensino de Histria no sculo XXI discutir as relaes de poder e modos de educar cidados numa sociedade marcada por desigualdades e diversidades. (p.20); Perodo ditatorial- papel da educao ligado ao iderio de segurana nacional e desenvolvimento econmico- Iderio coincidente com o dos setores polticos dominantes. Articulaes- vinculaes internas e externas. (p.20); Poltica educacional ps-1964: desobrigao do Estado com financiamento da educao, principalmente dos nveis mdio e superior- crescimento da rede de ensino privado no Brasil. (p.20); 1968- Reforma Universitria de 1968- em pleno auge da ditadura- duas vertentes crticas:1) controle ideolgico,2) resposta a demandas sociais por transformaes. (p.21-2); Ps 1968- Srie de mudanas no ensino de Histria- autoritarismo- presses sociais. (p.23); 1971- Governo Mdici completa configurao de projeto em andamento desde 1964- Lei 5.692 de 11/08/1971- associao do perodo de escolaridade obrigatria 7-14 anos, 1 grau;- nvel mdio- profissionalizao compulsria- declnio da rea de cincias humanas. (p.22); 1982- Aps dez anos de resistncias ao projeto profissionalizante, altera-se projeto de 1971- algumas mudanas, mas muitas continuidades- acesso a escola foi ampliado, mas ao saber provavelmente no- excluso social e lgica de mercado presentes- analfabetismo, herana desse perodo histrico. (p.22-3); Ps 1982- legalmente deixa de existir a predominncia da formao especfica sobre a geral- revalorizao de disciplinas como Histria e Geografia ocorre com dificuldade- ensino de Histria alvo de especial ateno dos planejadores, legisladores e gestores da educao. (p.23); 1983- auge da redemocratizao poltica- presses dos movimentos organizados- aprovao EC Joo Calmon sobre mnimo estipulado para investimentos de impostos em educao- aplicao de recursos em escolas pblicas e instituies de ensino sem finas lucrativos. (p.21); Negar formao geral foi uma lgica que prevaleceu as humanidades representavam perigo ideologia de controle/segurana nacional. (p. 23); Princpios norteadores do ideal estatal de segurana nacional chocaram-se com os princpios de autonomia do professor, logo Estado passou a investir no processo de desqualificao/requalificao dos profissionais da educao. poucos recursos, proletarizao da categoria, livro didtico no escolhido pelo professor- aperfeioamento da tcnica-racionalizao capitalista. Ataque central formao dos professores. (p.24); AI-5 (1968)- decreto autorizando cursos profissionais de curta durao para atender s demandas de mercado. Educao , professor, ensino- baratos. Educao encarada como investimento. Licenciaturas curtas cumpriam papel de legitimar o controle tcnico e as relaes de poder, o controle ideolgico e a submisso no interior das escolas. Estudos Sociais- compresso das Humanas. (p.24-5); Reaes contrrias aos Estudos Sociais- MEC recua superficialmente- princpios inalterados. Preocupao em revitalizar o ensino de Educao Moral e Cvica (ao longo do tempo, existente de diferentes modos) de acordo princpios de Segurana Nacional- Decreto-Lei 869/1969- EMC obrigatria, inclusive no ensino superior, como Estudos dos Problemas Brasileiros. Criao da Comisso Nacional de Moral e Civismo- do interior das escolas a outras esferas. Decreto 68.065/71- Histria e Geografia ofuscadas por EMC e OSPB- preconizao de conceitos como nao, integrao nacional, tradio, lei, trabalho e heris. Ensino de Histria a dispor de EMC e OSPB. Atividades extra-classe, vide atos cvicos, comemorao futebol. Processo confundido com o ensino de Histria ! Aprofundamento da prtica tradicional na escola brasileira. (p.26-8); EMC- legitimao do poder de grupos dominantes- moral, liberdade e democracia reduzidas aos conceitos de civismo, subservincia e patriotismo- Lei 5.700/1971 forma e apresentao dos smbolos nacionais, punio a quem a desrespeitasse. Resistncias- culpa das dificuldades de implantao da EMC jogadas nos diretores e professores, considerados despreparados. (p.28); Lei 5.692/71 Nova organizao curricular, mas desprestgio aos ensinos de Histria e Geografia. Currculo escolar- diluio, reduo do contedo Histrico = Estudos Sociais utilizava instrumental das cincias sociais e no crtica histrica = dimenso doutrinria e conservadora da EMC- inteno de gradativa destruio das disciplinas formadoras de esprito crtico. (p.29-30); Sobretudo aps-1968: Ensino de Histria instrumento de poder, dominao e estratgia do Estado- poder manipulador da Histria como disciplina formativa- educao escolar bsica submetida lgica poltica do governo- extra-Brasil- influncia norte-americana, exemplo p. 30. (p.30); Fazer histrico realizava-se no campo da luta poltica- ora aproximava ora distanciava da ordem dominante- As prticas sociais em determinadas pocas so parte do movimento de construo da memria histrica no interior das lutas polticas (p. 31); Fins de 1970 e incio de 1980- apesar de entulho autoritrio ainda aparecer no ensino de currculo escolar, mudanas significativas- invaso de contedos de Histria. Contexto: democratizao do pas- lutas polticas, sociais e culturais, novos grupos reformulao curricular na maioria dos estados brasileiros. Desenhados outros caminhos do ensino de Histria- (p. 31-2); Texto constitucional - impactos nas polticas pblicas educacionais tanto na educao superior como na bsica. As datas, como smbolos, do o que pensar.(p. 32) A partir de 1990: Contexto neoliberal, de globalizao econmica e consolidao da democracia, as lutas e disputas em torno de polticas educacionais e da nova LDB produziram alguns resultados- exemplo: extino dos Estudos Sociais e licenciaturas curtas referentes a estes. Dentre vrias. (ler p. 33); [...] a chegada de um novo sculo no produz, automaticamente, alteraes nas atividades humanas[..] (p. 34, apud introduo da obra Ensino de Histria no sculo XXI, autoria FONSECA, tambm); Mas periodizar pode ser importante instrumento de organizao, para comparao. Ao longo do tempo demandas sociais- instituies-troca de informaes e experincias- anpuh, abeh, etc. (p. 34); Tmidos debates das polticas educacionais para o ensino de Histria desde os anos 1990- crescimento cientfico, educacional e cultural (culturas escolar, saberes, prticas educativas)- reafirmao de que Histria no apenas repetir- cultura escolar mantm laos com outras reas sociais, no est isolada de outras culturas. Escola no est fora da Histria- repugna ideia da superioridade apenas acadmica (ler primeiro texto que resenhei para a disciplina porque tem a ver)- Estado no responsvel por tudo- troca de saberes e experincias. Histria do ensino de Histria- avanos em relao educao em geral- aumento participao no ensino, fomento a pesquisa- vide comprovao dados IBGE pp.36-7. Obtivemos conquistas, mas ainda h desafios. Histria da disciplina Histria, na educao escolar brasileira, tem sido objeto de vrios estudos. (p.35-6)