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Legislação Previdenciária Curso SuperIntensivo INSS 2012 Parte II Prof. Ítalo Romano Eduardo 1 1. MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO (art. 13 RPS) 1.1. PERÍODO DE GRAÇA: lapso de tempo em que o segurado mantém esta condição, mesmo após a interrupção da atividade remunerada. 1.1.1. Durante o período de graça, o segurado conserva “todos” os seus direitos perante a Previdência Social. Fique atento!! Recentes alterações!! 1.2. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 1.2.1. Sem limite de prazo : quem está em gozo de benefício. 1.2.2. Até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade. 1.2.3. Até doze meses após a cessação das contribuições : o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; 1.2.4. Até doze meses após cessar a segregação: o segurado acometido de doença de segregação compulsória. 1.2.5. Até doze meses após o livramento : o segurado detido ou recluso. 1.2.6. Até três meses após o licenciamento : o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar. 1.2.7. Até seis meses após a cessação das contribuições : o segurado facultativo.

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Legislação Previdenciária Curso – SuperIntensivo INSS 2012 – Parte II

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1. MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO (art. 13 RPS)

1.1. PERÍODO DE GRAÇA: lapso de tempo em que o segurado mantém esta condição, mesmo após a interrupção da atividade remunerada.

1.1.1. Durante o período de graça, o segurado conserva “todos” os seus direitos perante a Previdência Social.

Fique atento!! Recentes alterações!!

1.2. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:

1.2.1. Sem limite de prazo: quem está em gozo de benefício.

1.2.2. Até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade.

1.2.3. Até doze meses após a cessação das contribuições: o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;

1.2.4. Até doze meses após cessar a segregação: o segurado acometido de doença de segregação compulsória.

1.2.5. Até doze meses após o livramento: o segurado detido ou recluso.

1.2.6. Até três meses após o licenciamento: o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar.

1.2.7. Até seis meses após a cessação das contribuições: o segurado facultativo.

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1.2.7.1. Após a inscrição, o segurado facultativo poderá recolher as contribuições em atraso, desde que não tenha ocorrido a perda da qualidade de segurado.

1.3. Os prazos do itens 1.2.2 e do 1.2.3 serão prorrogados para até vinte e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.

1.4. O prazo do item 1.2.2, 1.2.3 ou 1.3 (12 ou 24 meses) será acrescido de doze meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.

O que significa registro no MTE??

1.5. O reconhecimento da perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término do período de graça.

1.5.1. EXEMPLO: Um empregado foi despedido em 02/01/2006. Por estar desempregado e contar com menos de 120 contribuições, poderá conservar todos os seus direitos perante a previdência social durante 24 meses. Em 02/01/2008 completa-se o período de vinte e quatro meses. O mês posterior ao término do prazo é fevereiro, e o vencimento da contribuição do contribuinte individual no mês de fevereiro é em 15/03/2008. Logo, em 16/03/2008, se não houve contribuição até 15/03/2008, ocorrerá a perda da qualidade de segurado.

Conclusão sobre os prazos de manutenção da qualidade de segurado!!

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Complete a tabela você mesmo:

Situação do Segurado Manutenção da qualidade de segurado

1. Em gozo de benefício.

2. Após a cessação de benefício por incapacidade.

3. Após a cessação das contribuições dos segurados obrigatórios.

4. O segurado acometido de doença de segregação compulsória.

5. O segurado detido ou recluso.

6. O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar.

7. O segurado facultativo.

01. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 1ª REGIÃO) Mantém a qualidade de

segurado, independentemente de contribuição:

a) o segurado retido ou recluso, até dezoito meses após o livramento.

b) o segurado acometido de doença de segregação compulsória, até doze meses

após cessar a segregação, desde que já tenha pago mais de sessenta

contribuições mensais sem interrupção que acarreta a perda da Qualidade de

segurado.

c) o segurado facultativo, até doze meses após a cessação das contribuições.

d) quem está em gozo de benefício, sem limite de prazo. ( )

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02. (Analista INSS/2009) Com relação à manutenção da qualidade de

segurado, independentemente de contribuições, na forma da Lei 8.213/91, é

correto afirmar:

a) mantém-se a condição de segurado até 6 (seis) meses após o licenciamento, o

segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar.

b) mantém-se a condição de segurado até 10 (dez) meses após cessar a

segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória.

c) mantém-se a condição de segurado até 12 (doze) meses após a cessação das

contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida

pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração.

d) mantém-se a condição de segurado até 24 (vinte e quatro) meses após o

livramento, o segurado retido ou recluso.

e) mantém-se a condição de segurado até 3 (três) meses após a cessação das

contribuições, o segurado facultativo.

03. (Procurador TCE-SC) Mantém a qualidade de segurado,

independentemente de contribuições à seguridade social, de acordo com a

Lei F. nº 8.213/91:

a) quem está em gozo de benefício, até o período máximo de doze meses.

b) o segurado acometido de doença de segregação compulsória, até vinte e

quatro meses após cessar a segregação.

c) o segurado recluso, até dezoito meses após o livramento.

d) o segurado facultativo, até seis meses após a cessação das contribuições.

e) o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar, até seis

meses após o licenciamento.

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04. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário) Independentemente de

contribuições, mantém a qualidade de segurado:

a) até doze meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças

Armadas para prestar serviço militar.

b) quem está em gozo de benefício, sem limite de prazo.

c) até doze meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

d) até três meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

e) até seis meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças

Armadas para prestar serviço militar.

2. DEPENDENTES

2.1. Os dependentes dos segurados são divididos pela legislação previdenciária em três classes:

CLASSE DEPENDENTES

I O cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

II Os pais.

III O irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

2.2. Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições.

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2.2.1. Exemplo: se o segurado falece deixando esposa e filho de 10 anos, cada um receberá 50% do benefício.

2.3. A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das classes seguintes.

2.3.1. Exemplo: se o segurado falece deixando esposa, pai e mãe e irmão menor de 21 anos, o benefício será devido apenas à esposa.

2.4. A dependência econômica dos dependentes de 1ª classe é presumida e a dos demais dependentes deve ser comprovada.

2.4.1. Exemplo: pais e irmãos, para serem considerados dependentes, deverão comprovar que dependiam economicamente do segurado. A comprovação se dá pela apresentação de, no mínimo, três dos documentos mencionados no § 3º do art. 22 do RPS – Decreto 3.048/99.

2.5. Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, desde que comprovada a dependência econômica:

2.5.1. O enteado.

2.5.2. O menor que esteja sob sua tutela, desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação (deve ser apresentado o termo de tutela).

2.6. Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o segurado ou segurada.

2.6.1. Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família.

2.6.2. O companheiro(a) homossexual integra o rol de dependentes da 1ª Classe com dependência econômica presumida.

2.7. A perda da qualidade de dependente ocorre:

2.7.1. Para o cônjuge: pela separação judicial ou (PEC do divórcio) pelo divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos; ou pelo óbito.

Atenção – A PEC do Divórcio

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Art. 226 da Constituição Federal

............

§ 6º - O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos. (REVOGADO)

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)

2.7.2. Para a companheira ou companheiro: pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos.

2.7.3. Para o filho e o irmão:

2.7.3.1. Ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos.

2.7.3.2. Pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior.

Nota: Casos de emancipação, conforme art. 5o do novo Código Civil Brasileiro:

Art. 5o. A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica

habilitada à prática de todos os atos da vida civil.

Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade:

I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento

público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz,

ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II – pelo casamento;

III – pelo exercício de emprego público efetivo;

IV – pela colação de grau em curso de ensino superior;

V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de

emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos

tenha economia própria.

2.8. Para os dependentes em geral: pela cessação da invalidez ou pelo falecimento.

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05. (AFRF Área da Tecnologia da Informação/ESAF) A Lei de Benefícios da

Previdência Social (Lei n. 8.213/91), no art. 16, arrola como beneficiários do

Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do

segurado, exceto.

a) o cônjuge.

b) a companheira e o companheiro.

c) os pais.

d) o filho não emancipado, de qualquer condição, inválido ou menor de 21 (vinte e

um) anos ou, se estudante, menor de 25 (vinte e cinco) anos.

e) o irmão não emancipado, de qualquer condição, inválido ou menor de 21 (vinte

e um) anos.

06. (Ministério Público/PR – 2008) Assinale a alternativa INCORRETA: São

beneficiários do RGPS, na condição de dependente do segurado:

a) o cônjuge.

b) os pais.

c) a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer

condição, menor de 21 anos ou inválido.

d) o sogro, sogra maior de 70 anos inválido.

e) o irmão não emancipado, de qualquer condição menor de 21 anos ou inválido.

07. (JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO DA 1ª REGIÃO) É presumida a dependência

econômica:

a) do cônjuge, do companheiro ou companheira, e do filho não emancipado, de

qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido.

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b) dos pais.

c) do irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)

anos ou inválido.

d) da mãe, quando viúva, e enquanto durar a viuvez.

08. (INSS/2012) João fora casado com Maria, com quem teve três filhos, João

Junior, de 22 anos e universitário; Marília, com 18 anos e Renato com 16

anos, na data do óbito de João, ocorrido em dezembro de 2011. João se

divorciara de Maria que renunciou ao direito a alimentos para si.

Posteriormente, João veio a contrair novas núpcias com Norma, com quem

manteve união estável até a data de seu óbito. Norma possui uma filha,

Miriam, que mora com a mãe e foi por João sustentada. Nessa situação, são

dependentes de João, segundo a legislação previdenciária:

a) Maria, João Junior, Marília, Renato e Norma.

b) João Junior, Marília, Renato, Maria, Norma e Miriam.

c) João Junior, Marília e Renato.

d) João Junior, Maria, Marília, Renato e Norma.

e) Marília, Renato, Miriam e Norma.

3. INSCRIÇÃO DO SEGURADO (ART. 18 RPS)

3.1. Inscrição é o ato pelo qual o segurado é cadastrado no RGPS, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização.

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SEGURADO FORMA DE INSCRIÇÃO

EMPREGADO E

TRABALHADOR AVULSO

Pelo contrato de trabalho, no caso de empregado, e pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, no caso de trabalhador avulso.

EMPREGADO DOMÉSTICO Apresentação de documento que comprove a existência de contrato de trabalho;

CONTRIBUINTE INDIVIDUAL

Apresentação de documento que caracterize a sua condição ou o exercício de atividade profissional, liberal ou não.

SEGURADO ESPECIAL Apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural.

FACULTATIVO Apresentação de documento de identidade e declaração expressa de que não exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório.

3.2. A filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, gerando efeito somente a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não permitindo o pagamento de contribuições relativas a competências anteriores à data da inscrição.

Filiação x Inscrição!!

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3.3. A inscrição dos empregados e trabalhadores avulsos será efetuada diretamente na empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra e a dos demais no INSS.

3.4. A inscrição do segurado em qualquer categoria mencionada exige a idade mínima de 16 anos.

3.4.1. Exceção: menor aprendiz, que pode se filiar a partir dos 14 anos na condição de segurado empregado.

3.5. Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas.

3.6. INSCRIÇÃO POST MORTEM: Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do segurado especial. É o único caso em que pode ser efetuada a inscrição do segurado após a sua morte.

4. INSCRIÇÃO DO DEPENDENTE (ART. 22 RPS)

4.1. A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do requerimento do benefício a que tiver direito, mediante a apresentação dos seguintes documentos:

4.2. Cônjuge e filhos - certidões de casamento e de nascimento;

4.3. Companheira ou companheiro - documento de identidade e certidão de casamento com averbação da separação judicial ou divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso.

4.4. Equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casamento do segurado e de nascimento do dependente.

4.5. Pais - certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos; e

4.6. Irmão - certidão de nascimento.

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4.7. No caso de dependente inválido, para fins de inscrição e concessão de benefício, a invalidez será comprovada mediante exame médico-pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social.

4.8. No ato de inscrição, o dependente menor de vinte e um anos deverá apresentar declaração de não emancipação.

4.9. Os pais ou irmãos deverão, para fins de concessão de benefícios, comprovar a inexistência de dependentes preferenciais, mediante declaração firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social.

09. (TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO) A filiação materializa a inscrição junto ao

RGPS e objetiva a identificação pessoal do segurado. ( )

10. (TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO) A inscrição é o ato pelo qual o segurado é

cadastrado no RGPS, por meio de comprovação de dados pessoais e outros

elementos. ( )

11. (ANALISTA PREVIDENCIÁRIO) A inscrição de dependente na previdência

social não pode ser feita antes do requerimento do benefício a que tiver

direito. ( )

5. DA CARÊNCIA (ART. 26 RPS)

5.1. Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício.

5.2. Para o segurado especial, considera-se período de carência o tempo mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses necessário à concessão do benefício requerido.

5.3. Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das contribuições do segurado empregado, do trabalhador avulso e, relativamente ao contribuinte individual, a partir da competência abril de 2003 quando o mesmo preste serviços a PJ obrigada a descontar e recolher a parte do segurado.

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12. (Juiz Federal Substituto da 5a Região) O fato de o empregador deixar de

repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no

prazo e forma legal ou convencional, constitui crime; entretanto, mesmo que o

empregador não tenha promovido o recolhimento, a administração não pode,

sob o fundamento de que o empregador nada recolheu, indeferir requerimento

de segurado empregado que apresente pedido de benefício. ( )

5.4. As contribuições vertidas para regime próprio de previdência social serão consideradas para todos os efeitos, inclusive para os de carência.

5.5. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência.

Vamos entender isso!!

5.6. Início da contagem do período de carência:

5.6.1. Para o segurado empregado e trabalhador avulso: da data de filiação ao RGPS.

5.6.2. Para o segurado empregado doméstico, contribuinte individual e facultativo: da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores à inscrição.

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5.6.2.1. Também se iniciará no prazo acima, a carência do segurado especial que contribuir facultativamente na mesma forma que os contribuintes individuais.

5.6.3. Para o segurado especial, o período de carência é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação.

5.6.4. Para os segurados optantes pelo recolhimento trimestral (Contribuintes individuais, domésticos e facultativos), o período de carência é contado a partir do mês de inscrição do segurado, desde que efetuado o recolhimento da primeira contribuição no prazo estipulado (dia 15 do mês seguinte ao trimestre civil).

5.7. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, depende dos seguintes períodos de carência:

5.7.1. 12 contribuições mensais: auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

5.7.2. 180 contribuições mensais, nos casos de aposentadoria por idade, tempo de contribuição e especial.

5.8. 10 contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa.

5.8.1. Em caso de parto antecipado, o período de carência do salário maternidade será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.

5.8.2. Será devido o salário-maternidade à segurada especial, desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores à data do parto ou do requerimento do benefício, quando requerido antes do parto, mesmo que de forma descontínua.

5.9. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

5.9.1. Pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza;

5.9.2. Salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa.

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5.9.3. Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência e Assistência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado;

5.9.4. Reabilitação profissional.

5.10. Aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido; e

Tabela – Carência

0 10 12 180

13. (Analista INSS). 12 (doze) contribuições mensais, 180 (cento e oitenta)

contribuições mensais e nenhuma contribuição são os períodos de carência,

respectivamente, dos seguintes benefícios previdenciários:

a) auxílio-doença, aposentadoria por idade e pensão por morte.

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b) auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e pensão por morte.

c) auxílio-acidente, pensão por morte e serviço social.

d) auxílio-acidente, aposentadoria por idade e pensão por morte.

e) aposentadoria por invalidez, aposentadoria por tempo de contribuição e

aposentadoria por idade.

14. (AFPS) A respeito dos períodos de carência, assinale qual dos benefícios

abaixo necessita de período de carência:

a) Pensão por morte.

b) Auxílio-reclusão.

c) Salário-família.

d) Auxílio-acidente.

e) Auxílio-doença.

15. (Procurador TCE-SC/2006) De acordo com a Lei n.º 8.213/91, independe

de carência a concessão das seguintes prestações do Regime Geral de

Previdência Social:

a) pensão por morte, reabilitação profissional, aposentadoria por tempo de serviço

e auxílio moradia.

b) auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e auxílio alimentação.

c) auxílio-reclusão, serviço social, aposentadoria por idade e auxílio-funeral.

d) salário-maternidade, pensão por morte, salário- família e aposentadoria

especial.

e) pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente.

16. (JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO – 2008) Assinale a alternativa correta

em relação à carência dos seguintes benefícios previdenciários:

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a) A aposentadoria por invalidez e o auxílio-acidente independem de carência.

b) O auxílio-acidente e o auxílio-doença independem de carência.

c) O salário-maternidade para as seguradas empregada, empregada doméstica e

trabalhadora avulsa independe de carência.

d) O auxílio-reclusão possui a carência de 12 (doze) meses.

e) A aposentadoria por invalidez e auxílio-acidente possuem a carência de 12

(doze) meses.

17. (INSS/2012) Maria trabalhou de 02 de janeiro de 2006 a 02 de julho de

2006 como empregada de uma empresa, vindo a contrair moléstia não

relacionada ao trabalho, com prejuízo do exercício de suas atividades

habituais. Nessa situação, Maria

a) terá direito ao auxílio-doença, que independe de carência.

b) poderá receber aposentadoria por invalidez, se recolher mais duas

contribuições.

c) não terá direito ao recebimento do auxílio-doença, por ausência do

cumprimento da carência.

d) terá direito à aposentadoria por invalidez, que independe do cumprimento de

carência.

e) terá direito ao auxílio-acidente, que não exige carência.