matéria da gazeta 16-11-2013 - arte contemporânea- breve trajetória dos ismos

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ARTE CONTEMPORÂNEA: BREVE TRAJETÓRIA DOS “ISMOS” (Por Jane Glauce – presidente da ACAPI) A Associação Cultural dos Artistas Plásticos do Iguaçu (ACAPI) nessa semana abriu sua exposição coletiva apresentando ao público uma breve trajetória dos movimentos e estilos chamados de “ismos”. Partindo do Impressionismo até chegar aos estilos mais recentes como o Minimalismo. Os artistas associados da ACAPI apresentam obras importantes em relação aos estilos e tendências da arte contemporânea. Ao pensar em arte e entendê-la, seria possível abordar de forma dinâmica e estimuladora ao público os muitos ismos que se formaram na história da arte ocidental até os dias de hoje? Essa seria a proposta, familiarizar-se com essas definições e compreendê-la é o objetivo dessa exposição. É importante lembrar que há ismos definidos por artistas, como o "impressionismo" e o "naturalismo", mas outros são identificados por historiadores. Determinados artistas e obras podem pertencer tanto a um estilo como pertencer a mais de um ismo. Essas categorias não são rígidas, dentro de cada uma delas, às vezes, há transformações, variações e divergências que podem definir alterações significativas entre artistas reunidos sob um único movimento. Quer dizer, essas classificações mais aproximam os artistas do que realmente em defini-las. Por isso sempre é bom questionarmos esses gêneros e como certos artistas ou obras se associam. Um pouco de história da arte a partir da metade do século XIX De acordo com Stephen Little, foi a partir do século XIX que muitos artistas começaram a se reunir sob-bandeira de movimentos, como Impressionismo e Neo-impressionismo. “No século

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Page 1: Matéria da gazeta   16-11-2013 - arte contemporânea- breve trajetória dos ismos

ARTE CONTEMPORÂNEA: BREVE TRAJETÓRIA DOS “ISMOS”

(Por Jane Glauce – presidente da ACAPI)

 

A Associação Cultural dos Artistas Plásticos do Iguaçu (ACAPI)  nessa semana abriu sua exposição coletiva apresentando ao público uma breve trajetória dos movimentos e estilos chamados de “ismos”. Partindo do Impressionismo até chegar aos estilos mais recentes como o Minimalismo.

                Os artistas associados da ACAPI apresentam obras importantes em relação aos estilos e tendências da arte contemporânea. Ao pensar em arte e entendê-la, seria possível abordar de forma dinâmica e estimuladora ao público os muitos ismos que se formaram na história da arte ocidental até os dias de hoje?

Essa   seria   a   proposta,   familiarizar-se   com   essas   definições   e   compreendê-la   é   o objetivo dessa exposição.

É importante lembrar que há ismos definidos por artistas, como o "impressionismo" e o "naturalismo", mas outros são identificados por historiadores. Determinados artistas e obras podem pertencer tanto a um estilo como pertencer a mais de um ismo. 

Essas   categorias   não   são   rígidas,   dentro   de   cada   uma   delas,   às   vezes,   há transformações,   variações  e  divergências  que podem definir  alterações  significativas  entre artistas reunidos sob um único movimento. Quer dizer, essas classificações mais aproximam os artistas do que realmente em defini-las. Por isso sempre é bom questionarmos esses gêneros e como certos artistas ou obras se associam.

Um pouco de história da arte a partir da metade do século XIX

De acordo com Stephen Little, foi a partir do século XIX que muitos artistas começaram a se reunir sob-bandeira de movimentos, como Impressionismo e Neo-impressionismo. “No século XX,  com o surgimento do Modernismo,  a  maioria  dos artistas,  em algum ponto da carreira, se envolveu ativamente em definir e dar forma a uma proposta artística específica. Essa tendência continua no século XXI, mas agora há mais relutância em se aprisionar uma obra a rótulos eu possam se identificar a meros modismos.” (página 06)

O   movimento   impressionista   originou-se   na   França   entre   1860   e   1900.   Esse movimento   rejeitava   a   tradição   acadêmica   de   representação   do   mundo.   Suas   pinturas evocavam fortes, mas quase sempre sutis, impressões perceptivas de luz solar, cor e sombras.

Os   neo-impressionistas   e   pós-impressionistas,   foram   movimentos   distintos.   A preocupação  estética  destas   linhas  concentrava  menos  na  pintura  espontânea  e  mais  nos aspectos preparatórios e técnicos da composição e da disposição das cores. No entanto, os pós-impressionistas não tinham objetivos artísticos comuns, mas visavam comunicar a emoção 

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e representar a visão social, reafirmando uma ruptura com outros estilos. Cézanne foi a figura central para os pós-impressionistas.

O movimento denominado de fauvismo expressa um sentimento de liberdade criativa, próprio dos seus artistas que utilizam-se de algumas características em especial,  entre elas podemos citar padrões de cor característicos, cenas simplificadas que são retratadas nas telas, bem como uma  intensidade  de  cores  e   temas  não  naturalistas.  Como artistas  expoentes, podemos citar Henri Matisse e Van Gogh.

Outro movimento que surge  logo em seguida,  é  denominado de Primitivismo,  que representa  a   antítese  da  arte  acadêmica  que   tanto   criticaram.  As  obras  denominadas  de “primitivas”   possuem   características   específicas   como   temas   que   retratam   aspectos etnográficos.   Cuja   força  expressiva   e  a  emoção   intuitiva  empregadas  pelos   artistas  desse movimento   expressam   um   vigor   e   por   que   não,   uma   insanidade   de   temas   de   natureza reprodutiva. Como artistas de renome desse movimento Gauguin e Paul Cézanne.

O Expressionismo como movimenta de arte, tem seu período auge entre as décadas de 1910 e 1920, não se distinguiu como movimento especificamente, mas usava cores fortes, figuras distorcidas e algumas vezes temas que levam a abstração e alienação, seus artistas utilizavam temas de críticas sociais, aspecto de comunidade, distorção, sempre utilizando de cores fortes.  Como exemplos desse movimento,  podemos citar Francis  Bacon,  Kandinsky e Edvard Munch.

A exposição dos artistas plásticos da ACAPI pretende percorrer, de forma singela, uma breve trajetória que aborda as variedades de movimentos e estilos que marcaram a história da arte, partindo do Impressionismo até chegarem aos estilos mais recentes.

Imbuídos e com objetivo de agregar prazer na busca pelo conhecimento e história da arte, os artistas da ACAPI estarão expondo suas obras até dia 30 de novembro na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, cuja programação segue abaixo.

AGENDA CULTURAL DA ACAPI

Exposição: Arte contemporânea: breve trajetória dos “ismos”

Data: 18 a 30 de novembro de 2013

Horário: 8h às 18h

Endereço:   Rua   Benjamin   Constant,   62   –   Centro   (Fundação   Cultural/   Biblioteca   Pública Municipal).