matematica fraude miss bumbum 2013 issuu

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COMO A MATEMÁTICA PODE AJUDAR A REVELAR A FRAUDE QUE OCORREU NA ETAPA DE VOTAÇÃO POPULAR DO CONCURSO MISS BUMBUM BRASIL 2013 RESUMO Houve uma alteração abrupta na classificação no último dia da etapa de votação popular do concurso Miss Bumbum Brasil 2013. Este documento toma como fonte de dados dois “prints” desta etapa de classificação. Um “print” tirado antes e o outro depois da referida alteração. Apresentamos uma discussão, sob uma perspectiva matemática, de algumas dinâmicas, ou comportamentos, que os números deveriam seguir neste tipo de votação: a dinâmica de inclusão, a dinâmica de exclusão e a dinâmica de transferência de votos. Concluímos que o argumento utilizado pela produção do concurso, de que a alteração abrupta teria sido consequência de uma operação de eliminação de votos inválidos, é muito frágil. Para isso, teríamos de aceitar que, no mínimo, 86,60% do total geral de votos teriam sido de votos inválidos; que pelo menos 26 das 27 candidatas teriam recebido votos inválidos, ou seja, que inclusive as campanhas despretensiosas da última e penúltima candidata haveriam de ter sido “turbinadas” por “hackers”; e, que, no instante desta alteração, por pura coincidência, todas as candidatas que foram beneficiadas acabaram ficando entre as quinze primeiras colocadas, ou seja, dentro da zona de classificação para a final. A análise matemática sugere claramente que a referida alteração não deve ter sido produto de uma dinâmica de exclusão de votos, mas de uma dinâmica de transferência de votos. Logo, muito provavelmente, de uma deliberada escolha de quem deveria subir ou descer na classificação. 1. Introdução acompanharam o concurso Miss Bumbum Brasil 2013 ficaram perplexos quando no dia 31/11/2013, último dia da etapa de votação popular, por volta das 15:30h, houve uma alteração abrupta na classificação: em minutos, vantagens consideradas enormes, de 4% ou mais, desapareceram como se fossem nada, o que ocasionou uma troca de posições radical. “identificamos e excluímos os votos suspeitos, votos simultâneos, votos de ‘hackers’. A classificação final representa a classificação legítima sem a presença desses votos”. Essa foi a única explicação que a produção do concurso forneceu como justificativa para esta mudança abrupta que ocorreu. Este documento tem por fim demonstrar através de conceitos básicos de matemática que esta alteração promovida na classificação muito dificilmente, conforme argumenta a produção do concurso, pode ter sido fruto de uma operação de exclusão de votos. A análise dos números sugere claramente que a alteração foi fruto de uma deliberada manipulação, uma troca, entre quem deveria subir ou descer na classificação. Este documento toma como fonte de dados dois “prints” da classificação do concurso. Um “print”, tirado às 00:47h do dia 31/10, representa a classificação antes da alteração. O outro “print”, tirado às 18:45h do mesmo dia, representa a classificação após a alteração. Antes de comparar e tirar conclusões a respeito destes dois momentos da classificação, tentaremos dar exemplos e sugerir conceitos de como os números da classificação deveriam se comportar em duas dinâmicas de votação: a dinâmica de inclusão ou adição de votos, e a dinâmica de exclusão ou subtração de votos. A dinâmica de inclusão ou adição de votos é a dinâmica padrão, comum, neste aspecto, a qualquer processo de votação. É a dinâmica que tomo Todos que 2. Organização deste documento u parte durante todo o concurso exceto durante a referida alteração abrupta que ocorreu às 15:30h do dia 31/10, momento Pág. 1 de 18

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COMO A MATEMÁTICA PODE AJUDAR A REVELAR A

FRAUDE QUE OCORREU NA ETAPA DE VOTAÇÃO POPULAR

DO CONCURSO MISS BUMBUM BRASIL 2013

RESUMO

Houve uma alteração abrupta na classificação no último dia da etapa de votação popular do

concurso Miss Bumbum Brasil 2013. Este documento toma como fonte de dados dois

“prints” desta etapa de classificação. Um “print” tirado antes e o outro depois da referida

alteração. Apresentamos uma discussão, sob uma perspectiva matemática, de algumas

dinâmicas, ou comportamentos, que os números deveriam seguir neste tipo de votação: a

dinâmica de inclusão, a dinâmica de exclusão e a dinâmica de transferência de votos.

Concluímos que o argumento utilizado pela produção do concurso, de que a alteração

abrupta teria sido consequência de uma operação de eliminação de votos inválidos, é muito

frágil. Para isso, teríamos de aceitar que, no mínimo, 86,60% do total geral de votos teriam

sido de votos inválidos; que pelo menos 26 das 27 candidatas teriam recebido votos

inválidos, ou seja, que inclusive as campanhas despretensiosas da última e penúltima

candidata haveriam de ter sido “turbinadas” por “hackers”; e, que, no instante desta

alteração, por pura coincidência, todas as candidatas que foram beneficiadas acabaram

ficando entre as quinze primeiras colocadas, ou seja, dentro da zona de classificação para a

final.

A análise matemática sugere claramente que a referida alteração não deve ter sido produto

de uma dinâmica de exclusão de votos, mas de uma dinâmica de transferência de votos.

Logo, muito provavelmente, de uma deliberada escolha de quem deveria subir ou descer na

classificação.

1. Introdução

acompanharam o concurso Miss Bumbum Brasil 2013 ficaram perplexos quando

no dia 31/11/2013, último dia da etapa de votação popular, por volta das 15:30h, houve

uma alteração abrupta na classificação: em minutos, vantagens consideradas enormes, de

4% ou mais, desapareceram como se fossem nada, o que ocasionou uma troca de posições

radical.

“identificamos e excluímos os votos suspeitos, votos simultâneos, votos de ‘hackers’. A

classificação final representa a classificação legítima sem a presença desses votos”. Essa foi

a única explicação que a produção do concurso forneceu como justificativa para esta

mudança abrupta que ocorreu.

Este documento tem por fim demonstrar através de conceitos básicos de matemática que

esta alteração promovida na classificação muito dificilmente, conforme argumenta a

produção do concurso, pode ter sido fruto de uma operação de exclusão de votos. A análise

dos números sugere claramente que a alteração foi fruto de uma deliberada manipulação,

uma troca, entre quem deveria subir ou descer na classificação.

Este documento toma como fonte de dados dois “prints” da classificação do concurso. Um

“print”, tirado às 00:47h do dia 31/10, representa a classificação antes da alteração. O

outro “print”, tirado às 18:45h do mesmo dia, representa a classificação após a alteração.

Antes de comparar e tirar conclusões a respeito destes dois momentos da classificação,

tentaremos dar exemplos e sugerir conceitos de como os números da classificação

deveriam se comportar em duas dinâmicas de votação: a dinâmica de inclusão ou adição de

votos, e a dinâmica de exclusão ou subtração de votos.

A dinâmica de inclusão ou adição de votos é a dinâmica padrão, comum, neste aspecto, a

qualquer processo de votação. É a dinâmica que tomo

Todos que

2. Organização deste documento

u parte durante todo o concurso

exceto durante a referida alteração abrupta que ocorreu às 15:30h do dia 31/10, momento

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em que, segundo a produção do concurso, houve um procedimento de exclusão de votos

inválidos. Como o próprio nome diz, na dinâmica de inclusão ou adição de votos, há apenas

inclusão de votos. Nenhum voto computado poderá ser depois retirado, ou seja, há apenas

adição e não subtração de votos. Falaremos mais sobre esta dinâmica no tópico 4.

A dinâmica de exclusão ou subtração de votos, como o próprio nome diz, é o contrário da

dinâmica de inclusão ou adição de votos. Nesta dinâmica há apenas exclusão de votos,

nenhum voto pode ser adicionado, mas sim subtraído, do total geral de votos da

classificação. Falaremos mais desta dinâmica no tópico 7.

Após apresentarmos estas duas dinâmicas partiremos para a comparação dos “prints”, que,

como já mencionamos, são os registros que tomamos como referência para representar os

estados anterior e posterior da classificação mediante a referida alteração. Nesta etapa,

durante a comparação dos “prints”, tentaremos mostrar que estas alterações não sugerem

nem uma dinâmica de exclusão de votos e nem uma dinâmica de inclusão de votos. As

alterações sugerem uma terceira dinâmica, que seria uma dinâmica de transferência de

votos. Falaremos mais sobre esta dinâmica no tópico 10.

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3. A classificação antes da exclusão dos votos.

Este é um

horas antes da alteração que ocorreu às 15:30h (ver figura 1). Durante este

“print” da classificação feito às 00:47h do dia 31/10/2013, aproximadamente 15

período a

classificação não sofreu grandes alterações. Algumas candidatas podem ter subido cerca de

0,50% no máximo, mas em geral, os números mantiveram-se praticamente os mesmos.

precisamos de um número qualquer para exemplificar. Portanto,

Para exemplificar a demonstração vamos arbitrar um total geral de votos. Ressaltamos que

saber ou não o número exato de votos não altera em nada as conclusões desta

demonstração. Apenas

Figura 1:

“print” da classificação feito às 00:47h do dia 31/10/2013, aproximadamente 15 horas antes da alteração que ocorreu às 15:30h.

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vamos supor, que no instante do “print” da figura 1, o total geral de votos era de 1.000.000

(um milhão). Desta maneira, então, poderíamos representar a classificação e o total de

votos de cada candidata conforme ilustra a figura 2.

É a dinâmica padrão, comum, neste aspecto, a qualquer processo de votação.

Nesta dinâmica há apenas inclusão de votos. Nenhum voto computado poderá ser depois

retirado, ou seja, há apenas adição e nunca subtração de votos. Logo, a diminuição, queda,

na porcentagem de uma candidata é devido ao recebimento de votos e consequente

aumento da porcentagem das candidatas concorrentes. Portanto, a queda na porcentagem

de uma candidata nunca será consequência da subtração, exclusão, de qualquer voto que a

própria candidata tenha recebido.

são da porcentagem de uma candidata atribuindo-lhe votos.

Portanto, basta que, por algum motivo, os votos concentrem-se numa candidata por um

período para que a porcentagem desta candidata ascenda destacadamente (ver exemplo 1

no tópico 5).

Probabilisticamente, nesta dinâmica, as guinadas descendentes, ao contrário das guinadas

ascendentes, seriam incomuns basicamente por dois motivos:

4. A Dinâmica de inclusão ou adição de votos

É razoável observar que, neste tipo de dinâmica, é comum que aconteçam guinadas,

sobressaltos, ascendentes e incomum que aconteçam guinadas descendentes. Em outras

palavras, é comum que ocorra uma grande e destacada subida (ascensão) e incomum que

ocorra uma grande e destacada descida (queda, descenso) (ver figura 3).

Em relação ao comportamento dos números, uma grande e destacada subida (guinada

ascendente) deve ser entendida como o crescimento destacado da porcentagem de uma só

candidata enquanto as porcentagens das outras candidatas caem. Por outro lado, uma

grande e destacada descida (guinada descendente), seria o contrário: a queda destacada da

porcentagem de uma só candidata enquanto as porcentagens das outras candidatas sobem.

Probabilisticamente, as guinadas ascendentes são comuns nesta dinâmica porque pode-se

agir diretamente para a ascen

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2 4 6 8 10 12 14 16

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

138.400

95.900

92.500

87.400

73.600

68.100

56.100

45.300

38.000

36.300

36.100

30.700

29.600

24.900

23.800

19.900

19.500

16.200

12.200

11.300

10.900

9.600

8.100

5.300

4.600

3.700

1.900

999.900

13,84 %

9,59 %

9,25 %

8,74 %

7,36 %

6,81 %

5,61 %

4,53 %

3,80 %

3,63 %

3,61 %

3,07 %

2,96 %

2,49 %

2,38 %

1,99 %

1,95 %

1,62 %

1,22 %

1,13 %

1,09 %

0,96 %

0,81 %

0,53 %

0,46 %

0,37 %

0,19 %

99,99 %

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5 6

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7

Coluna que indica a colocação da candidata.

Coluna que indica o nome da candidata.

Coluna que indica o total de votos da candidata na atual classificação.

Coluna que indica a porcentagem de votos da candidata na atual classificação.

5 Soma geral dos votos ou total geral de votos da classificação. Notar que, devido a soma das porcentagens, que não é 100% e sim 99,99%, o total de votos arbitrado, na prática, também não acabou sendo um milhão e sim 999.990.

6 Soma das porcentagens.

Representação da porcentagem de votos em gráfico de barras.

Escala do gráfico de barras.

Figura 2: representação do “print” da classificação feito às 00:47h do dia 31/10/2013 com arbitração do total geral de votos.

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a)

utras palavras, o “prejuízo”

de uma guinada ascendente não é custeado apenas por uma outra candidata.

O impacto, “prejuízo”, de uma guinada ascendente é distribuído

proporcionalmente entre todas as candidatas presentes na classificação, o que

impede, ou torna incomum, nesta dinâmica, as guinadas descendentes (ver

exemplo 1 no tópico 5).

Como não se pode excluir votos, consequentemente também não se

pode agir diretamente para a queda específica da porcentagem de uma

determinada candidata. Como já mencionado, nesta dinâmica, a queda na

porcentagem de uma candidata só pode ser causada indiretamente, através

da atribuição de votos às candidatas concorrentes, e nunca pela retirada,

exclusão, direta dos votos já atribuídos à referida candidata (ver exemplo 2 no

tópico 6).

b) As guinadas ascendentes não têm como consequência, ou não causam

como contrapartida, guinadas descendentes. Em o

Figura 3: exemplos de guinada ascendente e guinada descendente que serão abordados nos exemplos 1 e 2 respectivamente.

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2 4 6 8 10 12 14 2 4 6 8 10 12 14162 4 6 8 10 12 14

13,73 % 139.750

9,43 % 95.995

9,14 % 93.050

8,68 % 88.312

6,71 %

7,23 % 73.630

5,52 %

68.250

4,76 %

56.185

4,57 %

48.400

3,74 %

46.530

3,58 %

38.045

3,05 %

36.385

2,91 %

31.020

29.637

2,45 % 24.926

2,35 % 23.879

1,96 % 19.959

1,92 % 19.539

1,60 % 16.249

1,20 % 12.257

1,11 % 11.338

1,08 % 10.986

0,96 % 9.720

0,80 % 8.163

0,52 % 5.315

0,45 % 4.607

0,36 % 3.703

0,19 % 1.905

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

138.400

95.900

92.500

87.400

73.600

68.100

56.100

45.300

38.000

36.300

36.100

30.700

29.600

24.900

23.800

19.900

19.500

16.200

12.200

11.300

10.900

9.600

8.100

5.300

4.600

3.700

1.900

999.900 + 17.835 + 0,01 % 1.017.735

13,84 %

9,59 %

9,25 %

8,74 %

7,36 %

6,81 %

5,61 %

4,53 %

3,80 %

3,63 %

3,61 %

3,07 %

2,96 %

2,49 %

2,38 %

1,99 %

1,95 %

1,62 %

1,22 %

1,13 %

1,09 %

0,96 %

0,81 %

0,53 %

0,46 %

0,37 %

0,19 %

99,99 % 100,00 %

- 0,11 %+ 1.350

- 0,16 %+ 95

- 0,11 %+ 550

- 0,06 %+ 912

- 0,13 %+ 30

- 0,10 %+ 150

- 0,09 %+ 85

+ 0,04%+ 1230

- 0,06 %+ 45

- 0,05 %+ 85

+ 1,15 %+ 12300

- 0,02 %+ 320

- 0,05 %+ 37

- 0,04 %+26

- 0,03 %+ 79

- 0,03 %+ 59

- 0,03 %+ 39

- 0,02 %+ 49

- 0,02 %+ 57

- 0,02 %+ 38

- 0,01 %+ 86

0,00 %+ 120

- 0,01 %+ 63

- 0,01 %+ 15

- 0,01 %+ 7

- 0,01 %+ 3

0,00 %+ 5

CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR CLASSIFICAÇÃO POSTERIOR

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

TRANSIÇÃO

Figura 4: exemplo de guinada ascendente na dinâmica de inclusão de votos.5. Exemplo 1: guinada ascendente na dinâmica de inclusão ou adição de

votos

Em todos os exemplos dados utilizaremos como ponto de partida (como primeira parcial ou

classificação anterior), a classificação do “print” das figuras 1 e 2. Conforme arbitramos,

vamos considerar que o total geral de votos neste instante era de 1.000.000 (um milhão) de

votos.

Como já mencionamos, a dinâmica de inclusão ou adição de votos é o cenário ideal para

que as guinadas ascendentes aconteçam. Como podemos observar, no caso deste exemplo

(exemplo 1), num cenário com 1 milhão de votos já computados, basta apenas que uma

candidata, no caso a Vanessa, receba 12.300 votos para que suba 1,15% e pule da 11ª para

a 8ª posição.

É fundamental observar que a guinada ascendente da Vanessa não causa como

contrapartida a guinada descendente de nenhuma outra candidata. O “prejuízo” da

guinada é distribuído proporcionalmente entre todas as outras candidatas da classificação

como se o crescimento da Vanessa tirasse uma pequena parcela da porcentagem de cada

uma.

Como a figura 4 mostra, todas as candidatas receberam votos. O total de votos acrescidos

foi de 17.835, porém, devido a grande concentração de votos na Vanessa, 23 das 27

candidatas tiveram a porcentagem diminuída, inclusive a 1ª colocada, Jéssica, que, mesmo

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Bernardo
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recebendo 1.350 votos (a segunda candidata mais votada neste exemplo), teve uma

redução de 0,11%.

5.1. Como, sem conhecer o número de votos, conseguir

estimar o crescimento do percentual geral de votos

baseando-se no crescimento do percentual de uma

candidata

Uma habilidade que pode ser útil neste tipo de análise da votação é, sem conhecer o

número de votos, saber estimar a diferença no percentual total geral de votos baseando-se

na diferença do percentual de uma candidata entre as parciais. Em outras palavras, no caso

do exemplo dado (exemplo 1), a questão é: sendo a Vanessa a candidata mais beneficiada e

sabendo que esta candidata cresceu 1,5% entre as parciais, quanto teria crescido o

percentual do total geral de votos?

No exemplo dado podemos tecer o seguinte raciocínio: a Vanessa foi a candidata que mais

cresceu (1,5%). Vamos, então, supor que apenas ela, a Vanessa, tenha recebido votos. Logo,

poderíamos tentar estimar o crescimento no total geral de votos através das seguintes

relações:

Posição final da barra após a transição, ou posição da barra na segunda parcial ou classificação posterior.

Variação da colocação da candidata entre as duas parciais. A cor indica a variação na porcentagem (se foi positiva, negativa ou neutra).

Coluna que indica a variação da porcentagem das candidatas entre as duas parciais.

Coluna que indica a variação (diferença) do número de votos das candidatas entre as duas parciais.

Total da variação do número de votos entre as parciais.

Total da variação das porcentagens das candidatas entre as parciais.

Porção da barra que foi diminuída entre as duas parciais.

Porção da barra que foi acrescida entre as duas parciais.

2 4 6 8 10 12 14 16+ 17.835 + 0,01 %

- 0,11 %+ 1.350

- 0,16 %+ 95

- 0,11 %+ 550

- 0,06 %+ 912

- 0,13 %+ 30

- 0,10 %+ 150

- 0,09 %+ 85

+ 0,04%+ 1230

- 0,06 %+ 45

- 0,05 %+ 85

+ 1,15 %+ 12300

- 0,02 %+ 320

- 0,05 %+ 37

- 0,04 %+26

- 0,03 %+ 79

- 0,03 %+ 59

- 0,03 %+ 39

- 0,02 %+ 49

- 0,02 %+ 57

- 0,02 %+ 38

- 0,01 %+ 86

0,00 %+ 120

- 0,01 %+ 63

- 0,01 %+ 15

- 0,01 %+ 7

- 0,01 %+ 3

0,00 %+ 5

1 2

3 4

1

2

3

4

Figura 5: legenda do bloco de transição dos exemplos.

Relação 1: considerando que apenas a candidata em questão tenha recebido

votos, então, poderíamos dizer que, o número de votos da candidata na primeira parcial mais a diferença de votos da candidata entre as parciais seria igual a porcentagem de votos desta candidata na segunda parcial vezes o total geral de votos da segunda parcial.

Número de votos da

candidata na 1ª parcial (parcial

anterior).

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

Porcentagem de votos da

candidata na 2ª parcial (parcial

posterior).

Total geral de votos da 2ª

parcial (parcial posterior).

+ = x

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Bernardo
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Relação 5: Ainda considerando que apenas uma candidata recebeu votos e que o

total de votos da 1ª parcial como igual a 100, poderíamos escrever a seguinte relação para calcular a diferença entre as porcentagens dos totais gerais de votos entre as parciais:

Relação 2: o total geral de votos da segunda parcial seria igual ao total geral da

primeira parcial mais a diferença de votos da candidata em questão.

Total geral de votos da 2ª

parcial (parcial posterior).

Total geral da 1ª parcial (parcial

anterior)

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

+=

Relação 4: continuando a considerar o total geral de votos da primeira parcial

como igual a 100, poderíamos reescrever a relação 2 substituindo o total geral de votos da primeira parcial pelo número 100.

Total geral de votos da 2ª

parcial (parcial posterior).

100Diferença de

votos da candidata entre

as parciais.

+=

Relação 3: se ainda considerarmos que o total geral de votos da primeira parcial for

igual a 100, poderíamos dizer que o número de votos da candidata na primeira parcial seria igual a própria porcentagem de votos da candidata nesta parcial.

=Número de

votos da candidata na 1ª parcial (parcial

anterior).

Porcentagem de votos da

candidata na 1ª parcial (parcial

posterior).

Diferença entre as porcentagens dos totais gerais de votos entre

as parciais.

100

100

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

Total geral da 1ª parcial (parcial

anterior).

Total geral da 1ª parcial (parcial

anterior).X + -=

Porcentagem da 2ª parcial.

Total geral de votos da 2ª

parcial. Aplicação da relação 2.

Porcentagem da 1ª parcial.

100

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

X + -=100

100100

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

=

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Logo, tomando a Vanessa como referência, que no exemplo (exemplo 1, figura 4) foi a

candidata mais beneficiada (a candidata que mais cresceu ou multiplicou a sua

porcentagem), e, considerando as relações 3 e 4 (nas quais consideramos que o total de

votos da primeira parcial como igual a 100), podemos reescrever a relação 1 da seguinte

maneira:

Para simplificar, substituiremos a expressão diferença de votos da candidata entre as

parciais pelo termo “DIF”. Então:

Portanto, DIF, ou a diferença de votos da candidata entre as parciais

iferença entre as porcentagens dos

totais gerais de votos entre as parciais iferença entre

as porcentagens dos totais gerais de votos entre as parciais

entre as porcentagens dos totais gerais de votos

“ ”, é aproximadamente

igual a 1,134. Lembrando da relação 5, que diz que a “d

” é igual a própria DIF, então, neste caso, a “d

” é igual a 1,134%. Valor estimado a

partir do crescimento da porcentagem da Vanessa, desconsiderando o número de votos, no

exemplo 1 (figura 4).

É importante observar que este valor (1,134%) é um percentual mínimo que o total geral de

votos pode ter aumentado entre as parciais. É um percentual mínimo porque consideramos

que apenas a candidata mais beneficiada (no caso, a Vanessa) recebeu votos, o que seria

bastante improvável. O provável é que, no caso, a Vanessa tenha conseguido crescer 1,15%

mesmo com as outras candidatas também recebendo votos (como, inclusive, ilustra a figura

4). Então, caso considerássemos que as outras candidatas também tenham recebido votos,

a diferença entre o percentual do total geral de votos seria maior, mas sabemos, devido a

Vanessa, que não pode ser menor que esta: 1,134%. No exemplo dado (exemplo 1, figura

4), conhecendo e considerando os votos recebidos pelas outras candidatas a real diferença

é de 1,783%.Diferença de

votos da candidata entre as parciais.

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

3,68 1004,76% X+ +=

Número de votos da

candidata na 1ª parcial (parcial

anterior).

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

Porcentagem de votos da

candidata na 2ª parcial (parcial

posterior).

Total geral de votos da 2ª

parcial (parcial posterior).

+ = x

Relação 1

3,68 + DIF = 4,76% X (100 + DIF)

3,68 + DIF = 0,0476 X (100 + DIF)

3,68 + DIF = 4,76 + 0,0476 DIF

0,9524 DIF = 1,08

DIF ~= 1,134

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2 4 6 8 10 12 14 2 4 6 8 10 12 14162 4 6 8 10 12 14

13,84 % 203.113

9,75 % 143.079

9,29 % 136.312

8,90 % 130.604

6,97 %

7,52 % 110.352

5,90 %

102.280

4,72 %

86.539

3,80 %

69.287

3,63 %

55.768

3,07 %

53.273

2,96 %

45.055

2,49 %

43.440

36.543

36.1002,46 %

2,38 %

1,99 %

1,95 %

1,62 %

1,22 %

1,13 %

1,09 %

0,96 %

0,81 %

0,53 %

0,46 %

0,37 %

34.928

29.205

28.618

23.775

17.904

16.584

15.997

14.089

11.887

7.778

6.751

5.430

2.7880,19 %

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

138.400

95.900

92.500

87.400

73.600

68.100

56.100

45.300

38.000

36.300

36.100

30.700

29.600

24.900

23.800

19.900

19.500

16.200

12.200

11.300

10.900

9.600

8.100

5.300

4.600

3.700

1.900

999.900 + 467.580 + 0,01 % 1.467.480

13,84 %

9,59 %

9,25 %

8,74 %

7,36 %

6,81 %

5,61 %

4,53 %

3,80 %

3,63 %

3,61 %

3,07 %

2,96 %

2,49 %

2,38 %

1,99 %

1,95 %

1,62 %

1,22 %

1,13 %

1,09 %

0,96 %

0,81 %

0,53 %

0,46 %

0,37 %

0,19 %

99,99 % 100,00 %

0,00 %+ 64.713

+ 0,16 %+ 47179

+ 0,04 %+ 43812

+ 0,16 %+ 43204

+ 0,16 %+ 36752

+ 0,16 %+ 34180

+ 0,29 %+ 30439

+ 0,19%+ 23987

0,00 %+ 17768

0,00 %+ 16973

- 1,15 %0

0,00 %+ 14355

0,00 %+ 13840

0,00 %+ 11643

0,00 %+ 11128

0,00 %+ 9305

0,00 %+ 9118

0,00 %+ 7575

0,00 %+ 5704

0,00 %+ 5284

0,00 %+ 5097

0,00 %+ 4489

0,00 %+ 3787

0,00 %+ 2478

0,00 %+ 2151

0,00 %+ 1730

0,00 %+ 888

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR CLASSIFICAÇÃO POSTERIORTRANSIÇÃO

6. Exemplo 2: guinada descendente na dinâmica de inclusão ou adição de

votos

Como já mencionamos, a dinâmica de inclusão de votos é um cenário bastante adverso

para a ocorrência de guinadas descendentes. No exemplo 1 (figura 4), conseguimos fazer

com que a candidata Vanessa subisse 1,15% com 12.300 votos (sendo 17.835 votos no

geral). Neste exemplo (exemplo 2, figura 7), se quisermos fazer o contrário, ou seja, causar

uma guinada descendente de 1,15% na mesma candidata, teremos que, no mínimo,

acrescentar mais 467.580 votos ao total geral de votos, ou seja, mais que 26 vezes o

número necessário para gerar uma equivalente guinada ascendente na mesma candidata,

na mesma dinâmica e no mesmo cenário. Essa enorme diferença no número de votos

necessários para provocar cada tipo de guinada pode nos dar a ideia de quão a dinâmica de

Figura 7: exemplo de guinada descendente na dinâmica de inclusão de votos.

inclusão de votos é favorável ou desfavorável ao acontecimento de cada uma delas.

É fácil perceber porque precisamos de um número tão elevado de votos para provocar uma

guinada descendente. O raciocínio é simples: no caso da Vanessa, que na primeira parcial

possuía 36.100 votos, o que equivalia a 3,61% dos votos, quantos votos teríamos que

acrescentar ao total geral de votos para que essa candidata caia 1,15%?

Como já dissemos, na dinâmica de inclusão de votos não podemos excluir votos, a queda

na porcentagem de uma candidata é devido ao recebimento de votos e consequente

aumento da porcentagem das candidatas concorrentes. Logo, o máximo que podemos fazer

para que a porcentagem da Vanessa caia é não atribuir-lhe nenhum voto. Então, subtraindo

1,15 da porcentagem da Vanessa na primeira parcial (3,61%) e conservando o seu número

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de votos nesta parcial (36.100), precisamos apenas saber qual o total geral de votos no qual

36.100 votos equivaleriam a 2,46% (3,61% - 1,15%)?

Fazendo uma regra de três simples, chegamos ao número 1.467.480 votos. Ou seja,

precisamos acrescentar, como já dissemos, mais 467.580 aos já 999.900 votos existentes.

No exemplo em questão (exemplo 2, figura 7), distribuímos os 467.580 votos

proporcionalmente entre as candidatas de modo que alterasse o mínimo possível a

porcentagem da cada uma. Este aumento proporcional não seria necessário para provocar

a queda no percentual da Vanessa, mas para fazer com que ela perdesse posições, as

candidatas abaixo dela na classificação haveriam de receber votos. Vanessa caiu da 11ª para

a 14ª posição.

7. Dinâmica de exclusão ou subtração de votos

É o contrário da dinâmico de inclusão ou adição de votos. O raciocínio é o mesmo, sendo

que a dinâmica é o inverso. É a dinâmica que, segundo a produção do concurso, tomou

parte e é a responsável pela alteração abrupta que ocorreu na classificação às 15:30h do

dia 31/10.

Nesta dinâmica há apenas exclusão de votos. Nenhuma candidata pode receber votos, logo,

o aumento na porcentagem de uma candidata é devido à exclusão, subtração, de votos das

candidatas concorrentes e não devido ao recebimento de votos pela própria candidata.

Ao contrário da dinâmica de inclusão de votos, nesta dinâmica é comum que aconteçam

guinadas descendentes e incomum que aconteçam guinadas ascendentes. O raciocínio é o

mesmo, mas como a natureza da dinâmica é o contrário da inclusão de votos, então os

efeitos também são os contrários.

diretamente

Assim, probabilisticamente, ao contrário da dinâmica de inclusão de votos, as guinadas

descendentes são comuns na dinâmica de exclusão de votos porque pode-se agir

para a queda da porcentagem de uma candidata retirando-lhe votos.

Probabilisticamente, nesta dinâmica, as guinadas ascendentes, ao contrário das guinadas

descendentes, seriam incomuns basicamente por dois motivos:

a) Como

Em outras palavras, o “lucro” de

uma guinada descendente não é herdado apenas por uma outra candidata. O

impacto, “lucro”, de uma guinada ascendente é distribuído proporcionalmente

entre todas as candidatas presentes na classificação, o que impede, ou torna

incomum, nesta dinâmica, as guinadas ascendentes (ver exemplo 3).

não se pode incluir votos, consequentemente também não se

pode agir diretamente para a ascenção específica da porcentagem de uma

determinada candidata. Como já mencionado, nesta dinâmica, a ascenção na

porcentagem de uma candidata só pode ser causada indiretamente, através

da retirada de votos das candidatas concorrentes, e nunca pelo recebimento

direto de votos pela própria candidata.

b) As guinadas descendentes não têm como consequência, ou não causam

como contrapartida, guinadas ascendentes.

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2 4 6 8 10 12 14 2 4 6 8 10 12 14162 4 6 8 10 12 14

10,31% 95.900

9,94 % 92.500

9,40 % 87.400

7,91 % 73.600

7,32 %

7,44 % 69.200

6,03 %

68.100

4,87 %

56.100

4,09 %

45.300

3,90 %

38.000

3,88 %

36.300

3,30 %

36.100

3,18 %

30.700

29.600

24.9002,68 %

2,56 %

2,14 %

2,10 %

1,74 %

1,31 %

1,21 %

1,17 %

1,03 %

0,87 %

0,57 %

0,49 %

0,40 %

23.800

19.900

19.500

16.200

12.200

11.300

10.900

9.600

8.100

5.300

4.600

3.700

1.9000,20 %

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

138.400

95.900

92.500

87.400

73.600

68.100

56.100

45.300

38.000

36.300

36.100

30.700

29.600

24.900

23.800

19.900

19.500

16.200

12.200

11.300

10.900

9.600

8.100

5.300

4.600

3.700

1.900

999.900 + 0,06 % 930.700

13,84 %

9,59 %

9,25 %

8,74 %

7,36 %

6,81 %

5,61 %

4,53 %

3,80 %

3,63 %

3,61 %

3,07 %

2,96 %

2,49 %

2,38 %

1,99 %

1,95 %

1,62 %

1,22 %

1,13 %

1,09 %

0,96 %

0,81 %

0,53 %

0,46 %

0,37 %

0,19 %

99,99 % 100,05 %

-6,40 %- 69.200

+ 0,72 %

+ 0,69 %

+ 0,66 %

+ 0,55 %

+ 0,51 %

+ 0,42 %

+ 0,34%

+ 0,29 %

+ 0,27 %

+ 0,27 %+ 0,27 %

+ 0,23 %

+ 0,22 %

+ 0,19 %

+ 0,18 %

+ 0,15 %

+ 0,15 %

+ 0,12 %

+ 0,09 %

+ 0,08 %

+ 0,08 %

+ 0,07 %

+ 0,06 %

+ 0,04 %

+ 0,03 %

+ 0,03 %

+ 0,01 %

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

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0

0

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0

0

0

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

- 69.200

CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR CLASSIFICAÇÃO POSTERIORTRANSIÇÃO

8. Exemplo 3: guinada descendente na dinâmica de exclusão ou subtração

de votos

Neste exemplo, provocamos uma guinada descendente na primeira colocada da

classificação, a Jéssica, retirando metade dos votos dessa candidata, 69.200 votos. A

porcentagem da candidata caiu 6,40% fazendo com que esta caísse da 1ª para a 5ª posição.

É importante observar que a guinada descendente não provoca em contrapartida uma

equivalente guinada ascendente de nenhuma outra candidata. A porcentagem perdida pela

Jéssica é distribuída proporcionalmente entre todas as outras candidatas da classificação.

Se quiséssemos provocar uma guinada ascendente equivalente, fazendo com que a Jéssica

subisse 6,40%, teríamos que retirar das outras candidatas um total de, no mínimo, 316.105

Figura 8: exemplo de guinada descendente na dinâmica de exclusão de votos.

votos, aproximadamente 31,62% do total geral de votos e aproximadamente 4,57 vezes o

número de votos necessários para provocar a guinada descendente que provocamos. O

raciocínio é similar ao que apresentamos nos itens 5.1 e 6.

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9. A classificação após a exclusão dos votos.

ste é um

horas após da alteração que ocorreu entre as 15:30h e 16:00h (ver figura 9). O

E “print” da classificação feito às 18:45h do dia 31/10/2013, aproximadamente 3

s números

são praticamente idênticos aos da classificação às 16:00h.

Figura 9:

“print” da classificação feito às 18:45h do dia 31/10/2013, aproximadamente 3 horas após a alteração que ocorreu entre as 15:30h e 16:00h.

Como já dissemos, este documento toma como fonte de dados dois “prints” da

classificação do concurso. Um “print”, tirado às 00:47h do dia 31/10 (ver figura 1),

representa a classificação antes da alteração. Este “print” representa a classificação após a

alteração.

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2 24 46 68 810 1012 1214 14162 4 6 8 10 12 14

10,40 % 13.947

8,17 % 10.957

7,92 % 10.622

7,54 % 10.112

6,67 %

6,71 % 8.999

5,78 %

8.945

5,29 %

7.752

3,92 %

7.094

3,53 %

5.257

3,51 %

4.734

3,46 %

4.707

3,43 %

4.640

4.600

3,39 % 4.546

3,29 % 4.412

2,92 % 3.916

2,69 % 3.608

2,66 % 3.567

2,29 % 3.071

1,82 % 2.441

1,21 % 1.623

0,91 % 1.220

0,84 % 1.127

0,81 % 1.086

0,40 % 536

0,28 % 376

0,14 % 188

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

138.400

95.900

92.500

87.400

73.600

68.100

56.100

45.300

38.000

36.300

36.100

30.700

29.600

24.900

23.800

19.900

19.500

16.200

12.200

11.300

10.900

9.600

8.100

5.300

4.600

3.700

1.900

999.900 - 865.817 -0,01 % 134.083

13,84 %

9,59 %

9,25 %

8,74 %

7,36 %

6,81 %

5,61 %

4,53 %

3,80 %

3,63 %

3,61 %

3,07 %

2,96 %

2,49 %

2,38 %

1,99 %

1,95 %

1,62 %

1,22 %

1,13 %

1,09 %

0,96 %

0,81 %

0,53 %

0,46 %

0,37 %

0,19 %

99,99 % 99,98 %

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chr, Gui.

Cris. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

-3,44 %- 124.453

-1,42 %- 84.943

-1,33 %- 81.878

-5,28 %- 82.760

+0,18 %- 63.488

-3,28 %- 63.366

+1,10 %- 47.101

-1,14 %- 41.692

+2,87 %- 33.454

+2,15 %- 27.355

- 0,92 %- 28.348

- 0,78 %- 27.629

+ 2,33 %- 22.506

+ 1,43 %-19.643

- 0,56 %- 21.359

+ 0,93 %- 15.984

+ 1,56 %- 14.793

- 0,41 %- 14.577

- 0,31 %- 10.980

- 0,29 %- 10.173

- 0,28 %- 9.814

+ 2,33 %- 5.188

+ 1,85 %- 4.533

- 0,13 %- 4.764

+ 2,97 %0

- 0,09 %- 3.324

- 0,05 %- 1.712

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR CLASSIFICAÇÃO POSTERIORTRANSIÇÃO

10. Análise da alteração abrupta da classificação que ocorreu entre as

15:30h e 16:00h do dia 31/10/2013

A figura 10, enfim, confronta os dois “prints”. O “print” da figura 1, representado na

classificação anterior, e o “print” da figura 9, representado na classificação posterior.

Como o bloco “transição” da figura 10 ilustra, há um grande número de guinadas tanto

descendentes como ascendentes. A maior guinada descendente é a da Renata que cai

5,28% e da 4ª para a 12ª colocação. A maior guinada ascendente é da Juliana que sobe

2,97% e da 25ª para a 13ª colocação.

Como já assinalamos, segundo a própria produção do concurso informou, esta alteração

abrupta na classificação teria siso provocada por uma eliminação de votos considerados

Figura 10: alteração abrubta que ocorreu entre as 15:30h e 16:00h do dia 31/10/2013.

inválidos, ou seja, esta alteração na classificação teria sido causada então por uma dinâmica

de exclusão ou subtração de votos. Portanto, nenhuma candidata, nem as que desceram e

nem as que subiram podem ter recebido nenhum voto. Todas as subidas e descidas seriam,

então, fruto apenas de exclusão de votos.

Como vimos nos tópicos 4 e 7, ao estudar as dinâmicas, na dinâmica de exclusão de votos

não é comum a ocorrência de guinadas ascendentes. Promover uma guinada ascendente

numa dinâmica de exclusão de votos exigi um “esforço” (ou grau, dificuldade, de alteração

no cenário) bem maior do que o “esforço” necessário para promover uma guinada

descendente. Baseando-nos nesta informação e examinando a guinada da Juliana (a maior

guinada ascendente), concluímos a primeira grande anomalia desta análise: para a Juliana

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Highlight
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conseguir uma ascensão de 2,97% nesta dinâmica (sem receber nenhum voto),

precisaríamos excluir, no mínimo, 865.817 votos, ou seja cerca de 86,60 do total geral de

votos! Já fizemos operações similares nos tópicos 5.1 e 6.

Podemos fazer como fizemos no tópico 6 e utilizar os próprios números de votos já

arbitrados para o exemplo. No caso atual, que, ao contrário do tópico 6, se passa numa

dinâmica de exclusão de votos, considerando que a Juliana não tenha perdido nenhum voto

entre as parciais, então teríamos de considerar o fato de que os mesmos 4.600 votos da

primeira parcial, que antes representavam 0,46%, passaram a representar 3,43% na

segunda parcial. Através de uma regra de três simples chegamos a conclusão que o total

geral de votos da segunda parcial é de 134.083 votos, ou seja, aproximadamente 86,60%

menor que o total de votos da primeira parcial (999.990 votos).

Também podemos chegar a este mesmo valor, 86,60%, se aplicarmos a relação 1

demonstrada no tópico 5.1. A única alteração seria em relação ao “

”, que, devido ao fato do caso atual passar-se numa dinâmica de exclusão de

votos, não pode ser representado por “

”, mas sim por “ ”, conforme

ilustramos na figura 11 (sempre considerando o total de votos da primeira parcial como

igual a 100 e que a Juliana não perdeu nenhum voto entre as parciais).

Se, ao invés da Juliana, utilizássemos a Patrícia (a candidata que teve a segunda maior

ascendente, +2,87%) como referência para a aplicação da relação 1, obteríamos como

resposta o valor 42,84% dos votos ao invés de 80,60% dos votos. Este valor, 42,84%,

significaria que 428.357 votos teriam sido excluídos e que o total de votos da segunda

parcial (da classificação posterior) seria de 571.543 votos.

É importante observar que, se o total de geral de votos tivesse caído “ ” 42,84% a

Juliana não poderia deter 3,43% dos votos sem que tivesse recebido nenhum voto, pois

3,43% de 571.543 votos são 19.604, ou seja, 15.004 votos a mais do que os 4.600 que a

candidata detinha na primeira parcial. Portanto, precisamos escolher como referência, ou

tomar como parâmetro, a candidata mais beneficiada, no caso a Juliana, para que

possamos alcançar todos os percentuais das outras candidatas apenas através da exclusão,

subtração, de votos. Lembramos que a própria produção do concurso justificou esta

alteração que ocorreu na classificação apenas como produto de uma operação de exclusão

de votos.

Total geral de votos da

2ª parcial

100 + ‘diferença de votos da candidata entre as

parciais’ 100 - ‘total geral de votos excluídos entre as parciais’

apenas

Figura 11: aplicação da relação 1 apresentada no tópico 5.1 para calcular a diferença

entre as porcentagens dos totais gerais de votos entre as parciais neste novo caso.

Total geral de votos

excluídos entre as parciais.

Total geral de votos

excluídos entre as parciais.

0,46

80,60 votos

0 1003,43% X+ -=

Número de votos da

candidata na 1ª parcial (parcial

anterior).

Diferença de votos da

candidata entre as parciais.

Porcentagem de votos da

candidata na 2ª parcial (parcial

posterior).

Total geral de votos da 2ª

parcial (parcial posterior).

+ = x

Relação 1

Como estipulamos que o número total de votos da

primeira parcial é igual a 100, então, menos 80,60 votos

significa também uma redução de dos votos80,60%

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Outro ponto a ser observado nesta dinâmica se exclusão de votos é que uma candidata só

pode ter o seu percentual diminuído entre as duas parciais se esta tiver votos excluídos. Em

outras palavras, nesta dinâmica, nenhuma candidata pode receber votos, então, se uma

determinada candidata não teve votos excluídos, esta candidata deveria aumentar, ou, no

mínimo, deveria manter o percentual que já tinha na parcial anterior, mas nunca, nesta

condição, poderia ter o seu percentual diminuído.

Levando em conta a informação do parágrafo anterior, concluímos a segunda grande

anomalia desta análise: pelo menos 26 das 27 candidatas tiveram votos excluídos, incluindo

as candidatas de campanha completamente despretensiosas como as da última e

penúltima colocadas (Janaína e Rafaela respectivamente). Isto é, segundo o argumento da

produção do concurso, até as última e penúltima colocadas haveriam de ter recebido votos

de “hackers”.

Como estamos observando, tentar justificar matematicamente a transição da primeira para

a segunda parcial (classificação anterior para a posterior) através de uma simples dinâmica

de exclusão de votos requer que aceitemos a ocorrência de anomalias ou fatos bastante

improváveis. Como dissemos, teríamos de aceitar o fato de que 86,60% do total geral de

votos, no mínimo, ter sido votos de “hackers” e por isso terem sido invalidados e excluídos.

Também teríamos de aceitar que campanhas completamente inexpressivas e

despretensiosas como as da Janaína, última colocada com 0,19% do votos, e da Rafaela,

penúltima colocada com 0,37% dos votos, também tivessem sido “turbinadas” por

“hackers”.

Um cenário com tantas guinadas descendentes e ascendentes não é natural nem a uma

dinâmica de exclusão como a uma dinâmica de inclusão de votos. Nenhuma das duas

dinâmicas suporta com naturalidade uma alteração tão dramática na classificação. Esse

cenário de intensa troca de posições só é natural a uma terceira dinâmica que seria a

dinâmica de transferência de votos.

Na dinâmica de transferência de votos seria possível transferir votos já atribuídos a uma

candidata para outra. Assumindo essa nova possibilidade, qualquer alteração de posição

pode ser feita sem que sequer o total de votos seja alterado. A queda ou ascensão de uma

candidata estariam diretamente vinculadas a queda ou ascensão de outra candidata, ou

seja, uma guinada descendente poderia estar diretamente atrelada a uma determinada

guinada ascendente e vice-versa, o que consiste numa dinâmica ideal para a ocorrência

desta intensa troca de posições (ver figura 12).

Observando a figura 12 podemos concluir o quanto essa troca de posições é natural a uma

dinâmica de transferência de votos. No caso, o total geral de votos entre as parciais só

precisou ser alterado porque a própria soma de porcentagens originais dos “prints”

também é alterada entre as parciais (na primeira parcial a soma das porcentagens é 0,99%

e na segunda parcial é 0,98%). Toda a operação resume-se a praticamente escolher o

percentual que cada candidata deve possuir e alocar os votos necessários para tal.

Qualquer movimentação pode ser feita sem muito esforço.

Outro dado bastante relevante que fortalece a tese de que não houve exclusão, mas sim

transferência de votos, é o fato de que nenhuma das candidatas que começaram a subir

durante a referida alteração abrupta na classificação ficou de fora das quinze finalistas.

Nenhuma destas candidatas que começaram a subir ficaram no “meio do caminho”.

Mesmo as candidatas que começaram a subir neste instante, e que, mesmo subindo, não

conseguiram ficar entre as quinze primeiras colocadas na segunda parcial, conseguiram dar

um “jeitinho” e figurar entre as quinze finalistas quando a lista oficial foi divulgada.

Ellen e Christiane G., mesmo não constando entre as quinze primeiras colocadas ao final da

votação, às 24:00h do dia 31/10, apareceram entre as quinze finalistas na lista oficial que

foi divulgada às 12:00 do dia seguinte (ver figura 13).

Este dado não só fortalece a hipótese de que não houve exclusão, e sim transferência de

votos, como também sugere claramente que houve uma deliberada escolha de quem

deveria entrar ou sair do grupo das quinze primeiras colocadas.

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2 24 46 68 810 1012 1214 14162 4 6 8 10 12 14

10,40 % 104.400

8,17 % 81.700

7,92 % 79.200

7,54 % 75.400

6,67 %

6,71 % 67.100

5,78 %

66.700

5,29 %

57.800

3,92 %

52.900

3,53 %

39.200

3,51 %

35.300

3,46 %

35.100

3,43 %

34.600

34.300

3,39 % 33.900

3,29 % 32.900

2,92 % 29.200

2,69 % 26.900

2,66 % 26.600

2,29 % 22.900

1,82 % 18.200

1,21 % 12.100

0,91 % 9.100

0,84 % 8.400

0,81 % 8.100

0,40 % 4.000

0,28 % 2.800

0,14 % 1.400

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chri. Gui.

Cri. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

138.400

95.900

92.500

87.400

73.600

68.100

56.100

45.300

38.000

36.300

36.100

30.700

29.600

24.900

23.800

19.900

19.500

16.200

12.200

11.300

10.900

9.600

8.100

5.300

4.600

3.700

1.900

999.900 - 100 -0,01 % 999.800

13,84 %

9,59 %

9,25 %

8,74 %

7,36 %

6,81 %

5,61 %

4,53 %

3,80 %

3,63 %

3,61 %

3,07 %

2,96 %

2,49 %

2,38 %

1,99 %

1,95 %

1,62 %

1,22 %

1,13 %

1,09 %

0,96 %

0,81 %

0,53 %

0,46 %

0,37 %

0,19 %

99,99 % 99,98 %

Jés. Ama.

Dai Mac.

Pal. Go.

Ren. Pin.

Ali. Ber.

She. Mell

Lizy Sam.

Tha. Alv.

Pat. Sar.

Mari Sou.

Van. San.

Lua. Fra.

Pol. Lop.

Cris Lop.

Del. Ris.

Ell. San.

Eli. Ama.

Lan. Oli.

Cid. Alv.

Gab. Sou.

Fer. Lem.

Ro Fraga

Chr, Gui.

Cris. Dua.

Jul. Gue.

Raf. Car.

Jan. Bue.

-3,44 %- 34.400

-1,42 %- 14.200

-1,33 %- 13.300

-5,28 %- 52.800

+0,18 %+ 1.800

-3,28 %- 32.800

+1,10 %+ 11.000

-1,14 %- 11.400

+2,87 %+ 28.700

+2,15 %+ 21.500

- 0,92 %- 9.200

- 0,78 %- 7.800

+ 2,33 %+ 23.300

+ 1,43 %+ 14.300

- 0,56 %- 5.600

+ 0,93 %+ 9.300

+ 1,56 %+ 15.600

- 0,41 %- 4.100

- 0,31 %- 3.100

- 0,29 %- 2.900

- 0,28 %- 2.800

+ 2,33 %+ 23.300

+ 1,85 %+ 18.500

- 0,13 %- 1.300

+ 2,97 %+ 29.700

- 0,09 %- 900

- 0,05 %- 500

10ª

11ª

12ª

13ª

14ª

15ª

16ª

17ª

18ª

19ª

20ª

21ª

22ª

23ª

24ª

25ª

26ª

27ª

CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR CLASSIFICAÇÃO POSTERIORTRANSIÇÃO

Figura 12: a referida alteração abrubta do dia 31/10 pela perspectiva de uma dinâmica de transferência de votos.

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Figura 13: lista oficial divulgada às 12:00h do dia 01/11 contendo as quinze primeiras colocadas da etapa de votação popular do concurso.

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