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2012 AGOSTO Nº81 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Mensal - Ano 7 Jornal da Junta de Freguesia MARVILA Atletas olímpicas promovem valores desportivos em Marvila (Dia 22 de Setembro, Caminhada Marvila Olímpica (ver no interior)) Reestruturação da Carris afeta população da freguesia Oriental entra com pé direito na nova época O BemServir faz cerca de 150 intervenções por ano Entrevista a António Alves HIGIENE E LIMPEZA URBANA NO TOPO DAS PREOCUPAÇÕES DA J. F. DE MARVILA

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2012

AGOSTO Nº81DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Mensal - Ano 7

Jornal da Junta de FreguesiaMARVILA

Atletas olímpicas promovem valores desportivos em Marvila(Dia 22 de Setembro, Caminhada Marvila Olímpica (ver no interior))

Reestruturação da Carrisafeta população da freguesia

Oriental entra com pé direitona nova época

O BemServir faz cerca de 150 intervenções por anoEntrevista a António Alves

HIGIENEE LIMPEZAURBANA NO TOPO DAS PREOCUPAÇÕESDA J. F. DE MARVILA

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Editorial

Jornal da Junta de FreguesiaMARVILA

FICHA TÉCNICA

Visite o nosso perfil no Facebook em Conselho Marvilense Website: www.jf-marvila.pt

Mensal - Ano 7 - n.º 81Agosto de 2012

Diretor: Belarmino Ferreira Silva

Propriedade: Junta de Freguesia de Marvila Avenida João Paulo II, lote 526, 1.º A 1950-159 Lisboa – Telefone: 21 831 03 50Fax: 21 831 03 59Site: www.jf-marvila.pt Facebook: www.facebook.com/conselhomarvilense E-mail: [email protected] (divulgação de iniciativas, atividades e assuntos relativos ao jornal)

[email protected] (outros assuntos)

NotíciasDescentralização não pode ser alcançada a qualquer preçoCom a publicação, em maio deste ano, da Lei que aprova o novo regime jurídico da reorganização admi nistrativa territorial, iniciou-se todo um percurso que conduzirá à descentralização de competências das autarquias para as freguesias. Por agora, sabe--se apenas que as freguesias nacionais passarão a ter mais competências atribuídas em áreas como a manutenção de instalações e equipamentos educa-

tivos, a construção, gestão e conservação de espaços e equipamentos coletivos, o apoio social, o licenciamento de atividades económicas ou a promoção do desenvolvimento local. Desconhece-se, porém, que reforço de meios beneficiará as freguesias, para que possam fazer frente aos múltiplos desafios.É bom que sejamos claros: sem uma significativa deslocação de verbas financeiras, bem como de meios humanos e técnicos, hoje canalizados para os municípios, as freguesias portuguesas não poderão ser bem sucedidas. Isto é, o processo de descentralização de poder – hoje visto pela generalidade da população portuguesa como essencial para dinami-zar as comunidades locais – ficará desde logo manietado, se os pensadores da reforma se esquecerem do ditado popular: sem omeletas, não se fazem ovos! Nunca gostei de sofrer por antecipação, por isso, aguardo (com curiosidade e interesse) aquilo que será decidido nesta matéria, nos próximos meses. Uma coisa é certa, os diplo-mas legais que em breve conhecerão a luz do dia têm de salvaguardar pontos indispen-sáveis. Ao lote de competências transferidas dos municípios para as freguesias deve correspon-der um deslocamento, sensato e equilibrado, de meios. Para que a Freguesia de Marvila, por exemplo, possa fazer mais e melhor em prol dos seus residentes, em campos como a gestão de equipamentos ou o apoio a famílias carenciadas, é necessário que passe a integrar na sua estrutura mais técnicos e uma adequada dotação financeira. É impossível pedir às freguesias que passem a ter a seu cargo a quase totalidade dos deveres perante a população, ao mesmo tempo que se mantêm inalteradas as condições de funcionamento, o dispositivo de atuação, o pessoal e as verbas disponíveis para investimento. Tal seria empurrar as freguesias para uma armadilha social, de proporções inimagináveis… Por outro lado, as muitas mulheres e homens que se dedicam ao trabalho intenso desen-volvido nas freguesias não podem continuar a ser, dia após dia, os parentes pobres da cidadania. Note-se que, atualmente, a maioria dos membros dos executivos das freguesias portuguesas dedicam-se à causa pública sem qualquer tipo de compensação pelos seus esforços, à exceção de senhas de presença em reuniões. Na realidade, é fora das salas de reuniões que os dirigentes das freguesias conseguem ser mais valiosos para as suas comu-nidades, escutando quem os procura, promovendo ligações entre interlocutores, agilizando procedimentos que de outra forma se perderiam em burocracias e equívocos. Todavia, o tempo e a energia que assim entregam, acabam por merecer fraco agradecimento. Se queremos ter freguesias competentes, habilitadas do ponto de vista técnico, em contacto permanente com os residentes e capazes de executar o que delas se exige com profissio-nalismo e rapidez, temos de saber premiar quem se sacrifica. É de elementar justiça que, daqui em diante, o mérito seja recompensado nas freguesias, à semelhança do que tem acontecido nos centros de decisão nacional, regional e municipal.

SUMÁRIO

Depósito Legal: 237649/06 Tiragem: 17.500 exemplares

Redação: Lx ConsultingProdução Gráfica: Grafe Publicidade, Lda. Impressão: Soartes - Artes Gráficas, Lda.

O Jornal de Marvila usa o novo Acordo Ortográfico

• ReestruturaçãodaCarris afeta população da freguesia 3

•MarvilaAtivaemagosto 4• +inclusão,+qualidadedevida

combalançomuitopositivo 5

• Orientalentracompédireito nanovaépoca 10

• Atletasolímpicaspromovemvaloresdesportivos emMarvila 11

• AMBAcomsaúde,desportoeeducação para240sóciosmuitoativos 13

•MiniMaratonaEDP 14

DestaqueHigiene e limpeza urbana no topo das preocupações da J. F. de Marvila

PÁGS. 8 e 9

EntrevistaEntrevistaAntónio AlvesO BemServir faz cerca de 150 intervenções por ano

PÁGS. 6/7

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Não fomos nem ouvidos, nem antecipadamente infor-mados.

Vítor Simões

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Espaço Público e Mobilidade

A população marvilense, em particular os moradores do Bairro do Armador, po-derão usufruir, muito em breve, de um novo espaço: a Praça do Armador. A obra, a cargo do programa Viver Marvila, da Câmara Municipal de Lisboa, encontra-se em fase de conclusão. O Bairro do Armador beneficiará, assim,

de um lugar agradável, onde a população poderá passear, descansar, brincar e conviver, fomentando a interação entre os todos moradores do bairro e não só.

NOVA PRAÇA DO ARMADOR

MUITO EM BREVE

A s carreiras de autocarros da Car-ris, que transitam pela Freguesia de Marvila, têm conhecido um conjunto de graves limitações

e restrições, ao longo dos últimos dois anos. Este facto tem se traduzido num largo acrésci-mo de reclamações e pedidos de ajuda que os utilizadores de transportes públicos têm feito chegar à Junta de Freguesia de Marvila (JFM). Apesar da Junta não possuir qualquer compe-tência neste domínio, está bem ciente de como o contexto presente é insatisfatório e tudo tem feito para criar canais de comunicação com a Carris, no sentido de minorar os prejuízos para a população. In-felizmente, a empresa pública de transportes tem revelado pouca abertura. As dificuldades dos marvilenses na utilização de autocarros agra-varam-se, logo, a partir de março de 2011, quando a Carris suspendeu a carreira 39, que circulava entre Marvila e Xabregas.Depois, os problemas acentuaram-se, no pri-meiro trimestre deste ano. Assim, em março foi eliminada a carreira 10, que ia desde o Insti-tuto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) até à Praça do Chile, servindo vários bairros, nomeadamente os do Armador, da Flamenga, dos Lóios e das Amendoeiras.Na mesma altura, foi suprimida a 203 (carreira noturna, entre o ISEL e a Boa Hora). A carrei-ra 793, que circula entre a Estação de Metro Roma/Areeiro e Marvila Velha, passando, por exemplo, pelo Bairro do Armador e pelo Bair-ro das Salgadas, deixou de funcionar à noite. No início deste ano, foi ainda condicionada a carreira 49 (ISEL-Entrecampos), que passou a designar-se 749 e a ter intervalos de partida mais alargados, de 30 minutos.

Já a 21 de julho deste ano, foi suprimida a car-reira 21, que fazia ligação entre o Saldanha e Moscavide, através dos Olivais. Apesar de não servir diretamente Marvila, este autocarro ti-nha paragens na Avenida Marechal Gomes da Costa que facilitava muito o acesso ao Bairro das Amendoeiras. Vítor Simões, Vogal da JFM com o Pelouro do Espaço Público, Segurança e Mobilidade, assegurou-nos que o Executivo da Junta não foi alertado pela Carris, relativamente a qual-quer uma destas mudanças: “Não fomos nem ouvidos, nem antecipadamente informados”.

O mesmo dirigente su-blinha que tal atitude veio contrariar um acor-do não-verbal existente entre as duas partes: “Em 2011, numa reu-nião realizada comigo e com o Sr. Presidente

da Junta de Freguesia, dois altos responsáveis da Carris prometeram não suprimir ou condi-cionar carreiras na nossa área de intervenção, sem ouvir antecipadamente a Junta. Isto não veio a confirmar-se, de forma alguma! Temos sido surpreendidos pelas notícias, à medida que elas vão surgindo e os grupos de trabalho que têm apresentado as alterações à rede da Carris nesta área nunca envolveram as jun-tas de freguesia. Assim, Vítor Simões critica a ausência de diálogo por parte da Carris e, reconhece os obstáculos criados ao marvi-lense destas sucessivas mudanças impostas pela Carris: Temos recebido inúmeras queixas e relatos de utilizadores da Carris. De facto, embora não seja da nossa responsabilidade, lamentamos muito a atual situação. Trata-se de um somatório de pequenos inconve-nientes que resultam num grande inconve-niente de mobilidade para os habitantes da Freguesia.

Em declarações ao nosso jornal, o Secretário--Geral da Carris, Luís Vale, admite que a em-presa efetuou determinados ajustamentos na sua rede e que tais ajustamentos resultam da necessidade de promover uma racionalização da rede e da respetiva oferta. O mesmo res-ponsável assegura que as mudanças incidiram, fundamentalmente, em carreiras ou períodos de reduzida procura, de modo a reduzir o im-pacto das medidas. Reconhecemos, contudo, que não existem impactos nulos, resultando necessariamente inconvenientes para algumas pessoas. De acordo com Luís Vale, a Carris mantém com a JF de Marvila um excelente re-lacionamento de há longos anos e reconhece a vontade da liderança local em procurar para a freguesia o que julga ser o melhor”.

REESTRUTURAÇÃO DA CARRIS

AFETA POPULAÇÃO DA FREGUESIA

LINHAS DA CARRIS AINDA OPERACIONAIS EM MARVILA

Carreiras que transitam na freguesia:718 (ISEL – Alameda)

749 (ISEL – Est. Entrecampos)755 (Poço Bispo – Sete Rios)

759 (Restauradores – Est. Oriente)782 (Cais Sodré – Moscavide)

793 (Marvila – Est. Roma-Areeiro)794 (Terreiro do Paço – Est. Oriente)

Carreiras que servem as proximidades da freguesia:

708 (Martim Moniz – Parque das Nações Norte)750 (Est. Oriente – Algés)

781 (Cais Sodré – Prior Velho)

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Ação SocialAção Social

O terceiro e último turno do Praia Campo 2012 despediu-se em beleza, no passado dia 10 de

Agosto, com uma festa de arromba no Polidesportivo do Vale Fundão. Para além dos monitores e das 89 crianças e adolescentes que

integraram este turno, marcaram presença para celebrar o fecho des-ta feliz iniciativa estival as famílias dos participantes, bem como dois elementos do executivo da Junta de Freguesia de Marvila, no caso, Júlio Reis (Pelouro do Ambiente, Higiene

e Espaços Verdes) e António Alves (Tesoureiro, com a responsabilidade da Gestão Financeira e Orçamental e o Pelouro da Habitação).Segundo afirmou publicamente na ocasião António Alves, este progra-ma que todos os anos permite a mais

de 250 crianças desfrutarem de um Verão bem animado continuará a ter o suporte da Junta de Freguesia de Marvila, mesmo que os tempos sejam de contenção: “apesar das di-ficuldades económicas que afetam o país, queremos manter o Praia

Campo em 2013 com as mesmas condições, ou similares”.Durante a festa que se seguiu, os vários grupos em que se dividiu este turno tiveram a oportunidade de oferecer aos pais e familiares uma canção que aprenderam em conjun-

to, hino simbólico do espírito que marcou os seus dias de Praia Campo. Restou ainda tempo para muitas brinca-deiras, passatempos e jo-gos, prova de que o Praia Campo é para aproveitar mesmo até ao fim!

MARVILAATIVA EM AGOSTO

PRAIA CAMPO REGRESSA EM 2013!

O projeto Marvila Ativa, gi-zado e desenvolvido pela Junta de Freguesia de Marvila (JFM), realizou,

a 7 e 9 de Agosto, duas iniciativas direcionadas para a população ido-sa. Durante os dois dias, os parti-cipantes tiveram a possibilidade de se envolver num conjunto de ações pensadas para romper com a roti-na que, habitualmente, se instala durante o mês tradicionalmente de férias. Assim, foi possível desfrutar de animados bailes e de um diver-sificado leque de outras atividades lúdico-sensoriais.Face aos sorrisos e ao contenta-mento que reinou ao longo da dupla

jornada, é forçoso dizer que a ideia de dinamizar o dia-a-dia destes ido-sos não poderia ter sido mais bem--sucedida.“No final, ficou apenas a saudade e a vontade de repetir e ampliar es-tas iniciativas”, explicou-nos Joa-na Pereira, colaboradora da JFM e responsável pela coordenação das ações. De recordar que estas atividades não poderiam ter sido realizadas sem o apoio direto dos parceiros da JFM no projeto Marvila Ativa, no caso, o Centro de Dia e Residência da Quinta das Flores e Centro de Desenvolvimento Comunitário do Bairro dos Lóios (ambos da Santa

Casa da Misericórdia de Lisboa), o Centro Social e Paroquial São Ma-ximiliano Kolbe e o Lar Evangélico.

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Marvila, Freguesia Solidária

P ara promover a inclusão de pessoas com deficiência in-telectual e multideficiência, potenciar a sua participa-

ção social ativa, e fomentar a quali-dade de vida dos portadores desta patologia e seus familiares, o projeto “+inclusão, +qualidade de vida” - de-senvolvido pela Cooperativa de Edu-cação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados (CERCI Lisboa), no âm-bito do programa Marvila, Freguesia Solidária – ajudou dois portadores de deficiência intelectual.O projeto, que integrou os seus usu-fruidores no Centro de Transição para a Vida Adulta e Ativa (CTVAA), teve um balanço “extremamente positivo, na medida em que é também positiva a evolução de ambos os beneficiá-rios”, avançou Ana Beja, responsável pelo projeto, dizendo ainda: “Muito participativos e ativos em todas as atividades que escolheram, o Luís e o João [beneficiários] e suas famílias, mostraram vontade em continuar na CERCI e já definiram, em conjunto com os técnicos, os seus objetivos individuais de desenvolvimento.”Ambos estavam nos primeiros luga-res da lista de espera da CERCI pelas suas necessidades e potenciais. O projeto foi realizado em várias fases, durante as quais foram cumpridos os processos e procedimentos internos estabelecidos no European Quality in Social Services (EQUASS), o siste-ma de qualidade em vigor na institui-ção. À fase de acolhimento, que du-rou um mês, seguiu-se uma reunião individual - que contou com interven-ção de elementos da equipa técnica da CERCI, dos dois utentes e respe-tivas famílias – com a finalidade de partilhar considerações e determinar o prosseguimento, ou não, de ambos os beneficiários. Para deliberar sobre a continuidade dos beneficiários do projeto, “foi ponderado entre todos os participantes a adequação da respos-

ta dada pela CERCI Lisboa às reais necessidades/potenciais e expetati-vas dos beneficiários e suas famílias e o seu grau de satisfação com o ser-viço prestado”, disse-nos Ana Beja. Depois, os objetivos individuais de in-tervenção foram estabelecidos para o Luís e para o João. Na fase seguinte, todas as pessoas envolvidas partici-param em reuniões, onde os objeti-vos individuais foram compartilhados e debatidos, os quais foram formali-zados através de um Plano Individual de Intervenção. Muitas foram as ativi-dades - atividade motora, expressão dramática, expressão plástica, fisio-terapia, jardinagem e natação - nas quais os beneficiários participaram.Ana Beja realça a importância do Programa Marvila, Freguesia Soli-dária, dizendo: “No que diz respeito à CERCI Lisboa e à sua missão, o projeto Marvila Solidária foi muito importante, pois permitiu dar respos-ta a mais pessoas com deficiência intelectual e, desta forma, contribuir diretamente para a promoção da sua qualidade de vida e inclusão social. Parabéns à Junta de Freguesia por mais uma iniciativa de tanta relevân-cia social!”

+ INCLUSÃO, + QUALIDADE DE VIDA COM BALANÇO MUITO POSITIVO

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Jornal de Marvila - Haverá quem ain-da não conheça o Programa Bem Ser-vir. Explique-nos o que está em causa com este projeto e quem se encontra abrangido…António Alves - O Programa Bem Ser-vir foi lançado por este Executivo para dar resposta às muitas pessoas que nos procuravam para resolver problemas de-tetados na sua habitação, problemas que não movimentam grandes verbas e que afetam famílias desfavorecidas, do ponto de vista socioeconómico.O programa disponibiliza, sobretudo, mão-de-obra que permita satisfazer as necessidades dos moradores que nos procuram. Não fazemos intervenções que exijam uma certificação legal. Estamos, isso sim, vocacionados para ações como a substi-tuição de lâmpadas, de torneiras ou qual-quer outro tipo de pequenas reparações e manutenções.J.M. - Apenas os residentes em habi-tações sociais podem beneficiar desta ajuda?A.A. - Não. É um serviço transversal, dis-ponível a todos os moradores da freguesia.As pessoas têm, obviamente, de fazer prova de que pertencem a famílias neces-sitadas e em função desses dados, deli-berar-se-á se o apoio é concedido ou não. J.M. - Como se processam os pedidos?A.A. - Os requerentes dirigem-se ao balcão de atendimento da Junta de Fre-guesia, onde preenchem uma ficha de obra. Depois, um profissional do progra-ma desloca-se à habitação e realiza o levantamento integral das necessidades. Caso se confirme a obrigatoriedade de compra de um qualquer equipamento, o beneficiário tem de o fazer e o profissio-

nal regressará mais tarde, para proceder à instalação. O material fica, portanto, a expensas do utente. Poderá, todavia, acontecer, em casos especiais, que a Junta assuma este encargo. Para tal, é necessário que o requerente agende uma entrevista pes-soal, comigo, e sejam claramente funda-mentados os motivos pelos quais a famí-lia não pode pagar o material em causa. J.M. - Este programa é inédito, ou co-nhece algo de similar implementado em outras regiões do país?A.A. - Não é normal as juntas de fregue-sia oferecerem este serviço. Quando foi lançado, o programa tornou-se um ver-dadeiro case-study, o que significa que fomos de certa forma inovadores. Atual-mente, várias outras juntas de freguesia já arrancaram com programas parecidos, como acontece no Dafundo ou em Car-nide. A titulo de exemplo, esta experiên-cia foi considerada tão interessante pelo IASFA (Instituto de Ação Social das For-ças Armadas ) que este acabou por nos convidar para fazermos uma apresenta-ção formal sobre o Programa Bem Servir, num congresso interno realizado no início de 2012.J.M. - Pensa que será possível aperfei-çoar o Bem Servir?A.A. - Gostaria muito de encontrar uma equipa de voluntários que permita re-solver outro tipo de necessidades pre-mentes, em particular, a pintura das re-sidências. Muitas das pessoas que nos procuraram já têm uma certa idade e falta-lhes a energia, a capacidade e os meios financeiros para pintar as suas ha-bitações. Poderíamos avançar com base em protocolos e já falei, inclusive, com a responsável de uma instituição particular

de solidariedade social que, pela sua es-pecificidade, nos poderia ajudar a cami-nhar no bom sentido.J.M. - Neste momento, todos os volun-tários que colaboram com a Junta no Bem Servir pertencem à Associação de Reformados do Bairro do Condado?A.A. - Chegámos à conclusão que seria útil mobilizar os reformados para esta missão. São pessoas que, apesar de apo-sentadas, se sentem muito úteis quando trabalham em prol da comunidade. Lan-çámos, portanto, um repto à Associação de Reformados do Bairro do Condado, que foi desde logo aceite. Firmámos um protocolo, o qual estipula que a associação disponibiliza os profis-sionais (sócios da instituição) indispensá-veis às intervenções.Aproveito para dizer que a Associação de Reformados do Bairro do Condado está a fazer um belíssimo trabalho, ao nível da cidadania ativa. Um trabalho já reconhecido para além das fronteiras da freguesia, em toda região da Grande Lis-boa. Pessoalmente, gostaria de envolver um maior número de associações cívicas neste programa, mas não é fácil! J.M. - Perto de 20% dos habitantes da freguesia já têm 65 ou mais anos de idade e dispõem de muito tempo livre. Seria importante aproveitar este capi-tal humano e de conhecimento, para iniciativas centradas no envelheci-mento ativo e na participação cívica… A.A. - Marvila é, desde logo, um caso exemplar, porque as pessoas gostam muito de participar em ações comunitá-rias. A Junta de Freguesia de Marvila e as pessoas que constituem o seu Execu-tivo (todas elas também voluntárias, diga--se de passagem) gostariam que fosse a

António Alves (Tesoureiro do Executivo da Junta de Freguesia de Marvila – JFM) coorde-na o Bem Servir, um programa pioneiro lançado na freguesia, em 2010, o que contribui para melhorar as condições de habitabilidade de muitas famílias carenciadas de Marvila. Na entrevista que nos concedeu, o dirigente faz também um balanço de todo o trabalho desenvolvido pela Junta, ao nível da habitação, um pelouro que está a seu cargo e que tem conhecido um acréscimo de solicitações.

ENTREVISTA ANTÓNIO ALVES

“O BEMSERVIR FAZ CERCA DE 150 INTERVENÇÕES POR ANO”

Entrevista

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Entrevista

sociedade civil a tomar a dianteira neste campo, com o nosso apoio, é claro. J.M. - Quantas intervenções já foram feitas, ao abrigo do Programa Bem Servir?A.A. - São cerca de 150 intervenções por ano. A cada casa desloca-se sempre uma equipa de dois profissionais, para termos todas as garantias quanto a transparên-cia e responsabilidade.J.M. - Veria com bons olhos que em-presas radicadas na freguesia se as-sociassem ao programa, ajudando a financiá-lo ou fornecendo equipamen-tos relevantes?A.A. - No âmbito do Fórum Empresarial – que a Junta está neste momento a di-namizar – temos todo o interesse em con-vidar as empresas para uma participação ativa. É importante relembrar que muitas destas empresas têm nas suas instala-ções materiais que consideram quase desperdício e que, para nós, seriam ex-tremamente valiosos. J.M. - Façamos agora um balanço so-bre a atividade da Junta de Freguesia, no domínio geral da habitação. O tra-balho tem sido intenso, nesta área?A.A. - A habitação é um dos pelouros da Junta que realiza mais atendimentos. Aten-do, em média, quatro pessoas todas as segundas-feiras. Isto significa que recebo cerca de 170 pessoas por ano, a fim de resolver questões associadas à habitação.É importante ressalvar que a generalida-de das pessoas desconhece que a Junta tem um protocolo específico com a Câ-mara Municipal de Lisboa, de apenas 28 mil euros e direcionado para o património disperso, casas muito antigas (cerca de 60), inseridas sobretudo em Marvila Ve-lha (grande parte delas construídas com paredes de tabique, soalhos de madeira e barrotes no teto). Os últimos executivos da Junta, graças ao seu significativo esforço de gestão, con-seguiram criar um saldo de gerência. Ou seja, as verbas não despendidas, durante

o exercício anual, acabaram por ser afe-tadas a vários pelouros, no ano seguinte. Deste modo, para além de darmos res-posta ao património disperso e envelheci-do, conseguimos apoiar intervenções em casas mais recentes, integradas no patri-mónio da Câmara Municipal de Lisboa.J.M. - Julga que os residentes da Fre-guesia estão, na grande maioria, erra-damente convencidos de que as ques-tões relacionadas com a habitação dizem respeito à Junta?A.A. - Muitos residentes recorrem, de facto, à Junta, em matérias relacionadas com a habitação camarária. Porventura, nunca lhes foi transmitida a informação de que são as estruturas da Câmara que assumem a responsabilidade pela habi-tação camarária. Ora, é preciso separar o trigo do joio! A nossa porta está sempre aberta para ajudar a contornar problemas e a encaminhar pedidos, mas é importan-te que todos saibam a quem devem exigir soluções (neste caso, à Câmara Munici-pal de Lisboa e à Gebalis).É fundamental, pois, que as pessoas ga-nhem consciência de que a Junta tem as suas limitações, no âmbito da habitação.J.M. - Parece-lhe que a Junta deveria ter luz verde para ir mais além? A.A. - Numa lógica de reflexão política, diria que a Junta se apercebe com enor-me facilidade das necessidades das fa-mílias, por comparação com as macroes-truturas da cidade. Assim, deveríamos estar integrados em todo o dispositivo que gere estes pro-blemas de habitação, algo que poderia ser alcançado com base numa filosofia de parceria alargada. Repare que, no presente, algumas pessoas procuram--nos para reparar uma simples janela, ou uma porta em habitações camarárias. Mas como estas intervenções não estão contempladas em protocolo, não deve-mos, em teoria, intervir nesta áreas, que efetivamente escapam às nossas atuais competências.

J.M. - Como sugere que se ultrapasse tal obstáculo?A.A. - Através de um protocolo de dele-gação de competências, entre a Junta e a Câmara, fundamentado pela circunstân-cia de conhecermos muito bem a realida-de local. Não queremos passar à frente de ninguém, apenas afirmamos que po-demos resolver os pequenos problemas habitacionais das pessoas, localmente e sem burocracia.J.M. - A Junta de Freguesia de Marvila teria capacidade, por exemplo, para in-tervir ao nível da requalificação do pa-trimónio camarário mais recente? A.A. - Temos, em Marvila, muitas casas, propriedade da Câmara Municipal de Lis-boa, que se encontram devolutas. Estão, aliás, dispersas por vários bairros. Com alguns arranjos, estas casas poderiam ser de novo habitadas! Se nos fosse entregue uma bolsa de cin-co ou seis casas nestas condições, pode-ríamos reabilitá-las com a ajuda das em-presas integradas no Fórum Empresarial e de voluntários (seja da Associação de Reformados, seja do ISEL ou de outras entidades). Estamos a falar de casas que, neste momento, não podem ser ar-rendadas, face à inexistência de verbas disponíveis para a sua reabilitação. O nosso objetivo era apenas um: acabar com a degradação que diferencia estes imóveis, por intermédio de uma rede co-munitária de boas vontades. Seria uma excelente forma de a Junta participar na requalificação de um património que per-tence a todos nós.

“O BEMSERVIR FAZ CERCA DE 150 INTERVENÇÕES POR ANO”

PROGRAMA BEM SERVIRTEM UMA LÂMPADA A PRECISAR DE SER SUBSTITUÍDA? PRECISA DE UMA MAÇANETA

NOVA PARA A SUA PORTA? A TORNEIRA DA COZINHA ESTÁ A DAR PROBLEMAS? A Junta de Freguesia de Marvila acautela o bem-estar dos seus fregueses mais idosos

e incapacitados com pequenos arranjos como estes. LIGUE PARA O 218 31 03 50 E O PROGRAMA BEM SERVIR TRATA DO PROBLEMA!

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Institucional

HIGIENE E LIMPEZA URBANA NO TOPO DAS PREOCUPAÇÕES DA J. F. DE MARVILA

A o longo dos últimos meses, têm chegado à Junta de Freguesia de Marvila (JFM) recorrentes queixas e pedi-

dos de intervenção relacionados com a higiene e limpeza urbana, nomea-damente, em áreas como remoção de lixo espalhado pelos arruamentos, esvaziamento de contentores, elimi-nação de ervas e vegetação, podas de árvores, etc.

É importante, contudo, sublinhar que a JFM apenas tem competências para intervir em termos de higiene e lim-peza nas áreas ajardinadas alvo de protocolo com a Câmara Municipal de Lisboa (CML) ou seja as zonas verdes da Freguesia, à exceção daquelas que estão sob responsabilidade direta da Gebalis, a empresa municipal que gere os bairros camarários (Bairro das Salgadas, Alfinetes, Marquês de Abrantes, Flamenga e Armador). Toda a restante atividade de limpeza e higiene urbana, cumprida fora destas áreas ajardinadas, tem necessaria-mente de ser realizada pelos compe-tentes departamentos e técnicos qua-lificados da CML.Ainda assim, a JFM – preocupada com o acumular de situações de dete-rioração do espaço público verificadas

no último ano – tem feito assinaláveis esforços e ido além dos seus deveres. Foi deste modo que recentemente, conseguiu, em coordenação estreita com a CML, avançar para a remoção de vegetação e ervas daninhas que infestavam muitos passeios da fre-guesia. Graças ao contributo da JFM (que adquiriu os herbicidas e partici-pou no planeamento de toda a ope-ração de limpeza), foi possível expur-gar muitas ruas. Locais que, poucas semanas antes, pareciam verdadei-ros matagais. “Em algumas zonas, a quantidade e altura das ervas era tal que as pessoas não conseguiam pas-sar, ou sequer perceber que caminha-vam em cima de um passeio”, recorda Júlio Reis, membro do Executivo da JFM com o Pelouro do Ambiente, Hi-giene e Espaços Verdes.

A quem pedir contas…

“Semanalmente, surgem-nos diver-sas reclamações relacionadas com a higiene urbana, limpeza e varredura de espaço público, manutenção do arvoredo ou esvaziamento de conten-tores. Queixas formuladas no espaço de atendimento da Junta (ou até por correio eletrónico) e que dizem res-peito a matérias que não dependem de nós, enquanto JFM, em relação às quais não temos competências atri-buídas. A população dirige-se a nós devido ao fator proximidade – algo que entendemos perfeitamente – mas a verdade é que a nossa única obri-gação (a qual cumprimos com zelo) é reportar os problemas aos departa-mentos competentes da CML”, assi-nala Júlio Reis.Cerca de 95% dos assuntos susci-tados no atendimento semanal da JFM direcionado para a higiene e limpeza urbana não entram nas competências diretas da Junta. O mesmo responsável sensibiliza a população de Marvila para o atual

quadro de responsabilidades: “É pre-ciso que todos entendam que quando o lixo não é recolhido durante três ou quatro dias num determinado bairro a falha não deve ser assacada à JFM. Nada podemos fazer relativamente a tal problema, a não ser canalizar

as reclamações para as estruturas camarárias. Aliás, arrisco dizer que despachamos a maioria das reclama-ções, para quem de direito, em menos de 24 horas”.Este membro do executivo frisa a ex-celente colaboração que existe entre a JFM e a maioria dos departamentos camarários que intervêm no campo da higiene e limpeza de espaços pú-blicos. Infelizmente, esta sintonia aca-ba por ser prejudicada, muitas vezes, pela ausência de meios (humanos e

Apesar da limpeza urbana ser uma responsabilidade

da CML, muitas reclamações são dirigidas

à Junta de Freguesia

No passado mês de Julho, a JFM colaborou com a CML

na eliminação de ervas daninhas em dezenas de arruamentos

da freguesia.

...despachamos a maioria das reclamações, para quem de direito, em menos de 24 horas

Júlio Reis

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Institucional

HIGIENE E LIMPEZA URBANA NO TOPO DAS PREOCUPAÇÕES DA J. F. DE MARVILA

técnicos) com que se deparam deter-minadas áreas funcionais da CML. Júlio Reis conhece de perto a frustra-ção dos marvilenses relativamente a estas matérias, mas apela a uma cor-reta compreensão dos factos: “Enten-do a impaciência das pessoas, por não verem os problemas tratados e por se depararem com a freguesia suja e de-gradada. Mas a verdade é que à JFM resta apenas uma saída: reportar os casos e pressionar os departamentos camarários no sentido de encontra-rem as melhores soluções”.

Baldios requerem atenção

Na freguesia de Marvila é possível encontrar muitos baldios e vastas áreas não urbanizadas. Nestes terre-nos, floresce a vegetação indesejável e acumula-se lixo, com enorme faci-lidade. É necessária, portanto, uma vigilância e um controlo constantes por parte das entidades camarárias. Algo que não tem acontecido com a regularidade ideal. “Neste tipo de terrenos é obrigató-rio fazer, com pontualidade, certas intervenções, em particular o corte de ervas ou vegetação e a aplicação de herbicidas. É a CML que o deve fazer, porque nós não possuímos quer os meios humanos e financeiros para levar a cabo a tarefa, quer a competência para atuar”, lembra Júlio Reis.

Árvores apenas podem ser inter-vencionadas com o aval de peritos camarários

Outra área em que os residentes da freguesia têm sido pródigos nas quei-xas é a da poda de árvores e manu-tenção de caldeiras, sobretudo nas situações em que o crescimento das árvores afeta as condições de habita-bilidade nos prédios. Todavia, é pre-ciso clarificar que o corte de ramos apenas pode ser feito e supervisiona-do por técnicos específicos da CML, com aptidões e formação adequada. “As caldeiras das árvores são da in-teira competência da CML. De resto,

não podemos fazer qualquer interven-ção em termos de poda de arvoredo, mesmo nas áreas protocoladas, sem uma consulta e um parecer técnico fa-vorável dos responsáveis camarários por esta área”, frisa Júlio Reis. Este é um domínio, portanto, clara-mente na orla de atuação da CML e onde a responsabilidade municipal é absoluta, e que terá de assumir todas as responsabilidades e encargos rela-tivamente a eventuais acidentes que possam ocorrer.

Reforma do poder local pode agi-lizar competências das juntas de freguesia

Assistimos, hoje, no nosso país, a um processo de transferência de compe-tências das câmaras municipais para as juntas de freguesia. No âmbito deste processo, é expectável que al-gumas atuações respeitantes à higie-ne e limpeza urbana possam transitar para as juntas de freguesia. Será vital,

porém, que esta mudan-ça ocorra com um rigoro-so planeamento e garan-tias de sustentabilidade. “Com a reorganização da cidade de Lisboa, é bastante possível que tal transferência de compe-

tências aconteça. É, no entanto, fundamental que

venham para as juntas de freguesia meios e estruturas que hoje não estão disponíveis. Na minha ótica, faz sen-tido esta transferência de competên-cias, até porque a cidade de Lisboa é muito grande e sei que a CML tem, em certos momentos, dificuldades em responder a todas as necessidades. Já as juntas de freguesia podem atuar com celeridade e eficiência, uma vez que seguem os problemas com pro-ximidade e conhecimento aprofunda-do”, conclui Júlio Reis.Já Jorge Máximo, Secretário do Exe-cutivo da JFM, garante que o caminho da descentralização de poder e da delegação de competências é impa-rável, mas alerta para algumas incer-tezas que pairam no ar: “Estamos pe-rante uma tendência que aponta, sem

dúvida, para o aumento das responsa-bilidades das juntas de freguesia. Um princípio que surge, inclusive, trans-crito na Proposta de Lei sobre esta matéria que chegou à Assembleia da República. Neste momento, há, so-bretudo, uma grande expetativa sobre

a forma como as competências serão transferidas das autarquias para as juntas de freguesia, nomeadamen-te, sobre o modo como as estruturas existentes nas juntas de freguesia podem captar e organizar meios que, nesta fase, lhe são estranhos”.

Assim, 2013 poderá ser – no enten-dimento de Jorge Máximo – o ano decisivo para se perceber “como as freguesias conseguem gerir um novo modelo operacional, de comando, coordenação e intervenção”. “A médio prazo, não temos dúvidas de que será melhor para a população que as juntas de freguesia assumam responsabilidades adicionais em se-tores como a higiene e limpeza urba-na, na medida em que conhecemos melhor a realidade local e temos ca-pacidade para oferecer mais eficiên-cia. Todavia, é preciso conscienciali-zar as pessoas de que, durante um período transitório – ao mesmo tempo que vão sendo transferidos os meios e consolidada a experiência – é pro-vável que os obstáculos não sejam resolvidos de imediato. Terá de haver uma adaptação à mudança”, explicita Jorge Máximo.

Exemplo de uma área ajardinada,

responsabilidade da JFM.

Júlio Reis junto a um terreno baldio.

O estado e quantidade destes espaços preocupam o vogal.

... A médio prazo, não temos dúvidas de que será melhor para a população que as juntas de freguesia assumam responsabilidades adicionais em setores como a higiene e limpeza urbana,...

Jorge Máximo

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Desporto

A equipa de futebol do Clube Oriental de Lisboa (COL) ven-ceu, no passado dia 11 de agos-to, o jogo de apresentação aos

sócios e simpatizantes, batendo o Barrei-rense por três golos sem resposta (dois golos de Samarra e um de Pedro Melo). O Oriental exerceu grande domínio durante quase toda a partida, tendo desperdiçado boas oportunidades para obter um resulta-do ainda mais folgado.

No total, exibiram-se aos adeptos 20 joga-dores do plantel, que na sua configuração final deverá incluir 25 ou 26 atletas.Ficaram assim dadas, no Campo Engenhei-ro Carlos Salema, excelentes indicações para o arranque da temporada 2012/2013, na qual o COL irá disputar a II Divisão - Zona Sul, em competição direta com quinze outros clubes.De regresso ao emblema, após um breve interregno, o Prof. João Barbosa orienta a nova equipa técnica. Em declarações ex-clusivas, garantiu-nos que existem condi-ções de sustentabilidade para a equipa de futebol do Oriental evoluir com qualidade: “A espinha dorsal deste grupo está formada desde o tempo em que trabalhámos no clu-be, há três anos. São jogadores que conhe-cemos bem, muitos deles trazidos por nós para o Oriental. Portanto, tal como na nos-sa primeira passagem pelo clube, o grupo de trabalho que temos hoje foi todo escolhi-do pela equipa técnica. Para essa escolha, levámos em conta vários critérios que não se prenderam apenas com questões técni-cas. O caráter e conduta do ponto de vista humano foram e são para nós tão importan-tes como qualquer outra componente, seja física ou psicológica”.O treinador está plenamente convencido de que este é “um grupo coeso e solidário”

e embora não queira fazer previsões ou promessas sobre o desfecho da corrente época, frisa que os resultados por que to-dos ambicionam irão surgir com a máxima naturalidade: “A subida de divisão não é um objetivo em si, um sucesso efémero. Será, antes, consequência de um projeto, de uma estabilidade, de uma grande seriedade das pessoas que dirigem o Oriental”.De acordo com o Prof. João Barbosa, acon-teça o que acontecer, os princípios éticos que regem o dia a dia do COL marcarão, com certeza, os jogos que o clube vier a realizar em 2012/2013: “Para nós, traba-lhar no Oriental é diferente de trabalhar noutro clube qualquer. Não só pela ques-tão de haver um projeto concreto, como pela história, pela comunidade em que está inserido, pelo respeito que o Oriental sente, aonde quer que se desloque”.

Clube ambicioso mas realista

O mês de agosto marcou o início da tempo-rada de futebol no Oriental, mas também a celebração do 66º aniversário do clube.Com um orçamento anual a rondar, atual-mente, os 320 mil euros e os bons resul-tados recentes (no ano passado, a equipa acabou em segundo lugar na sua série,

tendo ficado bem perto de ascender à Liga de Honra), a área do futebol é, sem dúvi-da, uma das que mais entusiasmo desperta nos adeptos desta agremiação histórica de Lisboa. Porém, o presidente do COL, José Nabais, não entra em euforias: “Nunca ali-mentei expetativas relativamente a esta ou aquela época desportiva, em particu-lar. Estou mais interessado na sustenta-bilidade e no longo prazo. O crescimento conquista-se a cada dia que passa e, com

pequenos passos, estou certo de que, mui-to em breve, chegaremos ao apogeu. O que significa o retorno à principal competição do futebol nacional. Por agora, o que posso afirmar sem dúvidas é que a época passada foi melhor do que a anterior para o Oriental e que a próxima será, julgo, ainda melhor”.José Nabais encara, pois, o futuro com oti-mismo e declara que o plantel surge refor-çado, com opções válidas para as diversas posições: “este ano continuamos a ter um onze de qualidade, mas o banco tornou-se mais consistente”.O dirigente relembra, também, que o COL apenas poderá regressar ao convívio dos grandes do futebol português (com os quais competiu em pé de igualdade durante mui-tas décadas, desde a sua fundação em 1946) se persistir no caminho de seriedade que elegeu recentemente: “Quando cheguei ao Oriental, há cerca de dez anos, o clube tinha dívidas astronómicas à Segurança Social. Foi necessário assentar os pés no chão e colocar o COL a competir nas condi-ções em que podia fazê-lo”. Depois desta travessia do deserto e de um enorme esforço de consolidação, José Na-bais acredita que o Oriental só pode enca-rar os próximos anos de forma positiva, na medida em que detém uma estrutura sólida, ao contrário de muitos clubes com os quais se bate: “A bandalheira dos apoios locais e regionais aos clubes está a chegar ao fim, fruto da crise que atravessamos. Neste con-texto, o Oriental apresenta condições úni-cas para crescer e superar os seus competi-dores. Tem fortes raízes numa comunidade em crescimento (as freguesias de Marvila e Beato somam, em conjunto, uma densi-dade populacional superior à de 95% das localidades portuguesas) e, além do mais, tem assistido a um enorme crescimento no número de atletas inscritos, quer no futebol, quer em outras modalidades chave”. Um dos objetivos centrais do COL, no pre-sente, é o desenvolvimento do seu com-plexo desportivo, desígnio para o qual é indispensável o apoio da autarquia lisboe-ta. “Tenho fé que, nos próximos três anos, possamos, pelo menos, edificar o segundo campo sintético e o pavilhão”, declara José Nabais.

ORIENTAL ENTRA COM PÉ DIREITONA NOVA ÉPOCA

Prof. João Barbosa, treinador do COL

José Nabais, presidente do COL

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Marvila Olímpica

A Junta de Freguesia de Marvila (JFM) e o Maratona Clube de Portugal vão organizar, no próxi-mo dia 22 de setembro, uma ca-

minhada multigeracional, no âmbito do projeto Marvila Olímpica. A iniciativa, designada “Dos 8 aos 80”, des-tina-se a valorizar o desporto na freguesia, bem como a promover a prática de exercí-cio físico regular ao ar livre, por parte de to-das as gerações (com ênfase especial para os mais jovens).A motivar e a trocar experiências com os caminhantes estarão as atletas olímpicas do Maratona Clube de Portugal, Dulce Félix e Sara Moreira.A caminhada vai iniciar-se às 10h00, com um percurso total a rondar os 6 km e passagens pelos Bairros do Condado, Amendoeiras, Lóios e Flamenga. A linha de meta estará ins-talada no Parque da Bela Vista. Após a con-clusão do trajeto, os participantes terão ainda a oportunidade de desfrutar de uma aula de alongamentos e de confraternizar em conjunto. De acordo com Jorge Máximo, Secretário do Executivo da JFM e co-coordenador do Mar-vila Olímpica, a participação nesta caminhada está aberta a todos os interessados, sendo recomendável que os marvilenses cheguem cedo para as formalidades de inscrição: “É importante que, naquele dia, todos este-jam em frente às instalações da JFM pelas 08h30. Nessa altura, realizaremos os pro-cedimentos de inscrição, distribuição de dorsais e de t-shirts. A organização tem cerca de um milhar de t-shirts e dorsais disponíveis”.

Apoio comunitário é essencial para fabricar campeões

Em declarações ao Jornal de Marvila, Dulce Félix assegura que a presença de atletas de alta competição neste tipo de iniciativas “é um ponto muito favorável que devia ser exemplo para outros eventos. Acaba por ter um real im-pacto porque, pelo menos naquele dia, as pes-soas estarão junto de atletas que são os seus ídolos”. A corredora vimaranense recorda que na sua adolescência teve também oportunida-de de conhecer, de perto, figuras que admira-va no atletismo, como Rosa Mota ou Manuela

Machado. “A paixão pelo desporto aumenta”, confessa Dulce Félix.A atleta está convencida de que o desporto está cada vez mais enraizado nos hábitos de vida dos portugueses, sobretudo, no quotidia-no dos mais novos: “No Norte do País, vejo muitas pessoas a fazerem caminhadas. Há seis anos atrás, isso não era comum. Por outro lado, quando me desloco a escolas para ini-ciativas de promoção do desporto, os jovens aderem em massa. Os próprios professores agradecem-me, mais tarde, porque os alunos ficam muito entusiasmados com essas visitas”.Para Dulce Félix, aquilo que permite a um atleta chegar ao patamar olímpico (afinal de contas, o mais desejado) é, sobretudo, muita “dedicação e profissionalismo”. Todavia, no iní-cio da carreira, é fundamental para os jovens atletas o apoio da comunidade em que estão inseridos, em particular das escolas, fregue-sias e clubes locais, como declara a atleta do Maratona Clube de Portugal: “Sem estas insti-tuições era impossível ter chegado onde che-guei enquanto atleta. Foram muito importantes na minha formação. Iam-me buscar à escola para treinar, levavam-me a casa e às compe-tições. A elas devo tudo o que tenho, a nível desportivo”.Já, Sara Moreira explica-nos que o sedenta-rismo, ainda muito vincado entre a população portuguesa, pode ser contornado, graças a iniciativas como aquela que foi projetada pela JFM e pelo Maratona Clube de Portugal: “é preciso mudar mentalidades. As pessoas adquirem hábitos que não são fáceis de mu-dar, mas é possível fazê-lo, através do nosso exemplo”. Aquela atleta recorda os bons resultados de eventos similares de sensibilização, pelos quais deu a cara: “Passado algum tempo, as pessoas encontram-me e dizem que caminham agora uma hora, todos os dias. É muito bom!”.

Originária de Santo Tirso, a atleta cresceu num período em que Fernanda Ribeiro dominava as pistas internacionais. A ex-campeã mundial e olímpica dos 10 mil metros era, sem dúvida, uma das suas maiores referências no despor-to. “Queria ser como ela. Julgo que é importan-te querer seguir alguém”, avança Sara Moreira. Para chegar à alta competição e marcar pre-sença contínua nos palcos mais importantes do atletismo, é indispensável ter traços distin-tivos de personalidade. Sara Moreira não es-conde a ambição e o empenho para chegar à liderança: “Pratico atletismo desde muito nova e sempre fui habituada a superar-me. É pre-ciso acreditar sempre e querer sempre mais, para não perder a vontade de chegar mais lon-ge. Para ser um atleta olímpico é necessário, acima de tudo, gostar muito daquilo que se faz. Temos de abdicar de algumas coisas que, embora importantes, não são compatíveis num determinado momento com a competição. Te-mos, ainda, de nos entregar de corpo e alma ao desporto, ser disciplinados e treinar muito”.Por fim, a atleta olímpica não esquece quem esteve ao seu lado, no tiro de partida: “A es-cola e os clubes da região foram fundamentais no meu crescimento. Foi a escola que me deu a conhecer o atletismo e foi através do clube local da minha freguesia que cheguei ao atle-tismo nacional”.

ATLETAS OLÍMPICAS PROMOVEM VALORES DESPORTIVOSEM MARVILA

DULCE FÉLIXPALMARÉS2012 Jogos Olímpicos de Londres | 21º | 2.28.12 (Maratona)2012 Campeonato da Europa | 1º | 10.000 metros | 31.44,752011 Maratona Cidade de Viena | 2º | 2.26.302011 Maratona de Nova Iorque | 4º | 2.25.40 (Recorde Pessoal)2011 Campeonato do Mundo de Atletismo - Daegu 2011 | 10.000 metros | 8º | 31.37,03 2011 Trofeu Ibérico 2011 – Pontevedra | 2º | 10.000 metros | 31.33,42 (Recorde Pessoal)

SARA MOREIRAPALMARÉS2012 Jogos Olímpicos de Londres | 10.000 metros | 14º | 31.16,44 (Recorde Pessoal)2012 Campeonato da Europa - Helsínquia | 5.000 metros | 3º | 15.12,05 (Recorde Pessoal) 2012 Bilbau | 10.000 metros | 31.23,51 2010 Campeonato da Europa de Pista (Ar Livre) - Barcelona | 5.000 metros | 14.54,712009 Campeonato do Mundo de Pista (Ar Livre) - Berlim | 5.000 metros | 10º Lugar | 15.12,22

(próximo dia 22 de Setembro, não falte. Mais informações no encarte anexo a esta edição)

Dulce FélixSara Moreira

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“Caminhada dos 8 aos 80”22 SETEMBRO, 10h (inscrições a partir das 8.30h no local da partida)

Partida - Sede da Freguesia de MarvilaChegada - Parque da Bela Vista(passagem pelos bairros do Condado, Amendoeiras,Lóios e Flamenga)

Uma iniciativa:

Mais informações: [email protected] ou pelo telefone: 21 831 03 50

Pelo envelhecimento ativo

pela solidariedade geracional

pela valorização do desporto

em 2012 Marvila é Olímpica

Participe!

PARTICIPE e traga um amigo. (Oferta de t-shirt alusiva e de outras surpresas)

6 Km de convívio e valorização do desporto

com a participação das atletas olímpicas:

Dulce Félix e Sara Moreira

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PARTICIPE e traga um amigo. (Oferta de t-shirt alusiva e de outras surpresas)

Em Foco

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ORÇAMENTO PARTICIPATIVO: PROJETOS VÃO A VOTOS PARA MARVILADe 17 de setembro a 31 de outubro, estarão em vo-tação as propostas para o Orçamento Participativo 2012/2013, no município de Lisboa.O Orçamento Participativo (OP) é uma das formas de participação dos cidadãos na governação da cidade de Lisboa. Através do Orçamento Participativo, os cida-dãos apresentam propostas para a cidade e os cida-dãos votam os projetos que querem ver concretizados em Lisboa. Ou seja, são os cidadãos que decidem diretamente, através de votação, quais os projetos a incluir na pro-posta de Orçamento e Plano de Atividades da Câmara Municipal de Lisboa, até ao limite da parcela de 2,5 mi-lhões de euros, definida para o Orçamento Participativo.Este ano o montante global do Orçamento Participati-vo será dividido por dois grupos de projetos: 1 milhão de euros para o conjunto dos projetos de valor igual ou inferior a 500.000 euros; e 1,5 milhões de euros para o conjunto dos projetos de valor igual ou inferior a 150.000 euros. Os cidadãos terão direito a dois votos, um por cada conjunto de projetos. A Lista Provisória dos Projetos OP 2012 a submeter a votação, foi entretanto divulgada e dela constam 8 propostas de melhorias a implementar no território de Marvila.Porque Marvila é uma responsabilidade de todos, a Junta de Freguesia apela para a importância de toda a população participar na citada votação e dessa forma defender os interesses da sua freguesia, que também são seus, contribuindo assim para melhorar a Freguesia de Marvila e, por sua vez, a cidade de Lisboa.Lista provisória de Projetos de Marvila:1- Vamos Fazer Filmes a Brincar (Local: Espaço Ju-

ventude do Bairro do Amador - sala de audiovisuais e auditório)

“É um projeto lúdico-pedagógico com uma duração prevista de dois anos letivos que visa promover o de-senvolvimento de competências sobre a linguagem do cinema e da televisão através da produção de fil-mes vídeo”.

O projeto tem um custo de 50.000.00 e um prazo de execução de 12 meses.

2- Barreiras Acústicas (Local: Avenida Marechal Antó-nio de Spínola)

“Instalação de 2 barreias acústicas, compostas por painéis em acrílico a serem instaladas no viaduto so-bre a “Quadra Central de Chelas”.

O projeto tem um custo de 500.000.00 e um prazo de execução de 18 meses.

3- Corredor Pedonal com Ciclovia (Local: Lisboa) “Criação de um corredor na Freguesia de Marvila,

com especial incidência entre Entrecampos e o Par-que da Bela Vista, sendo pedonal e concomitante-mente com ciclovia, viabilizando o acesso aos par-ques do Campo Grande e Bela Vista através destes modos suaves”.

O projeto tem um custo de 500.000.00 e um prazo de execução de 18 meses.

4- Qualificação de Espaços Verdes na Rua Tomás de Alcaide (Local: Rua Tomás de Alcaide)

“Qualificação de Espaços Verdes na Rua Tomás de Alcaide”.

O projeto tem um custo de 350.000.00 e um prazo de execução de 18 meses.

5- Estudo e implementação de estacionamento na via pública e requalificação da rede viária na J.F. de Marvila (Local: Avenida Ucrânia e Avenida Cidade Brastilava)

“Reordenamento de estacionamento e eventual reor-denamento viário na Freguesia de Marvila”.

O projeto tem um custo de 500.000.00 e um prazo de execução de 18 meses.

6- Parque Infantil (Local: Vale Formoso de Cima - Mar-vila)

“Implementação de Parque Infantil na Urbanização Cooperativas do Vale Formoso de Cima”.

O projeto tem um custo de 250.000.00 e um prazo de execução de 18 meses.

7- Rua Pardal Monteiro - Melhoria da qualidade do espaço público (Local: Rua Pardal Monteiro – Mar-vila)

“Melhoria da qualidade do espaço público em zonas expectantes da Rua Pardal Monteiro: Intervenção em taludes. Melhoria dos circuitos pedonais. Intervenção em passeios”.

O projeto tem um custo de 400.000.00 e um prazo de execução de 18 meses.

8- Reabilitação do Bairro da Flamenga (Local: Bairro da Flamenga)

“Reabilitação dos lotes mais antigos e impróprios em termos de habitação do Bairro da Flamenga”

O projeto tem um custo de 500.000.00 e um prazo de execução de 18 meses.

Mais informação disponível em: http://www.lisboapar-ticipa.pt/pages/orcamentoparticipativo.php

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CONHEÇA AS INSTITUIÇÕES DA FREGUESIAAMBA COM SAÚDE, DESPORTO E EDUCAÇÃOPARA 240 SÓCIOS MUITO ATIVOS

C om sede na loja 5, da Via Principal de Peões, a Associação de Moradores do Bairro das Amendoeiras (AMBA) é uma associação jovem, constituída,

oficialmente, a 24 de fevereiro de 2006, pela mão de António Manuel Alves, Ana do Carmo, Isabel Rocha, Ana Saraiva e Manuel Saraiva, seus fun-dadores. A associação, fruto da força de vontade de alguns moradores daquele bairro, tem, atual-mente, cerca de 240 sócios. A AMBA proporciona várias atividades, tendo ampliado a sua oferta, o que leva a coletividade a expectar que o número de associados aumente. Manuel Saraiva, presidente da AMBA falou-nos das atividades desencadeadas pela associação: “Durante 2012, mantivemos em atividade regular uma equipa de ginástica sénior, com cerca de 60

elementos, uma oficina ativa, com uma dúzia de participantes e uma equipa de tai-chi, com cerca de 20 elementos. Organizámos, entre associados, alguns passeios pedestres pelo bairro e excur-sões convívio, tendo em conta, entre outras, duas preocupações: fortalecer o espírito de vizinhança e conhecer melhor o nosso maravilhoso país. A JFM disponibiliza-nos o autocarro, uma vez por ano e, nas restantes viagens, o custo do transpor-te é assegurado pelos associados participantes”.A área da saúde e da educação não são descura-das pela coletividade, uma vez que a associação realiza sessões de controlo da diabetes e da ten-são arterial a todos os interessados, tendo tam-bém em curso o programa “Nunca é tarde para aprender”, direcionado para a formação de senio-res na área da informática.

No desporto, a AMBA apoia o projeto Marvila Olímpica “por permitir e facilitar a aproximação entre várias entidades”. Manuel Saraiva orgulha--se de a associação responder aos desafios que lhe são colocados: “Somos membros do Conselho Marvilense, desde a primeira hora e, apesar da nossa falta de recursos, nunca deixámos de res-ponder afirmativamente a todos os desafios que nos foram colocados pela Junta de Freguesia de Marvila e pela Câmara Municipal de Lisboa/Viver Marvila”.

CONTACTOSVia Principal de Peões, Loja 5

1950-035 LisboaTel: 21 358 30 50

E-mail: [email protected]

Revista_81_F.indd 13 05-09-2012 18:33:09

ESTE MÊS TAMBÉM ACONTECEU...Com delegação em Marvila, nas insta-lações da Casa do Concelho de Castro Daire, a Associação Cultural e Social “Os Amigos do Peixeninho” inaugurou, no passado dia 18 de agosto, a sua sede social em Peixeninho, uma aldeia localizada na freguesia de Gosende, concelho de Castro Daire. As festas de

verão da coletividade contaram com a presença do Vereador Eurico Moita, em representação do presidente da Câmara de Castro Daire, que presi-diu à inauguração, em conjunto com o Padre Diogo, pároco de Gosende, que benzeu as instalações da nova sede social da associação.

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POEM

A

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Voz Ativa

QUE MELHORIAS GOSTARIA DE VER NO SEU BAIRRO?

Queremos dar voz ativa aos seus comentários, sugestões e notícias, para um jornal ainda

mais próximo da freguesia!

Envie a sua correspondência para: [email protected]

A Junta de Freguesia de Marvila irá ser parceira do Maratona Clube de Portugal no “Mini Campeões da EDP”, para crianças dos 6 aos 13 anos, que gostem de correr. A atividade será no Parque Expo no dia 29 de se-tembro entre as 14h e as 17h30. Basta fazer inscrição gratuita na JFM

ou no Espaço Jovem do Intervir em Marvila ou entregar por e-mail ([email protected] ) até ao dia 20 de setembro. Teremos transporte gratuito para todos (crianças e adultos acompanhantes) que se inscreverem até esta data.Aos adultos (Encarregados de educação, Técnicos, Professores ou Treinadores) que trouxerem 10 crianças consigo no dia 29 de setembro, vamos oferecer um dorsal gratuito para participar na Meia Maratona de Lisboa no dia 30 de setembro de manhã, com travessia da Ponte Vasco da Gama.Se as crianças não tiverem nenhum adulto disponível no dia para as acompanhar, podem-se inscrever na mesma pois a JFM terá técnicos disponíveis para isso.

Mataram uma árvore da borra-cha que dava uma sombra fa-bulosa aos idosos, agora tem lá bancos, tem lá tudo, mas eles não se podem lá sentar porque ficam à torreira do sol.

Francisca, Bairro dos Lóios

Há ali um largo muito grande na zona da Vidal Negreiros que está desaproveitado.

Fátima,Bairro das Amendoeiras

Gostava de ver muita coisa melhorada. Existem passeios que estão por arranjar, pôr o largo dos cor-de-rosa mais bo ni to para se poder fazer ali festas.

Aurora, Bairro dos Lóios

MINI MARATONA EDP

 

                                      

Se tens entre os 6/8 anos, 9/10 anos ou 11/

13 anos 

        

        e gostas de                                           corre

               inscreve‐te  nos  

na Junta de Freguesia de Marvila ou no 

Espaço Jovem do Intervir em Marvila 

Teremos transporte com partida no dia 29 de 

Setembro às 14h00 e regresso às 17h30 frente á Ju

nta 

de Freguesia de Marvila e adultos para te 

acompanhar, caso os teus pais, professores ou 

treinadores não possam ir. 

Necessário preenchimento da Ficha de inscrição e entrega até o di

a 20 

de  Setembro.  Cada  adulto  poderá  acompanhar  no  máximo  até  10 

crianças. A entrega dos dorsais e restante material será no próprio

 dia.  

Contatos: Espaço Jovem do Intervir em Marvila 

Av. Vergílio Ferreira Lote 765 1950 Lisboa – B

airro do Armador 

Telf.: 218595862 E‐mail: projetointervir@jf‐marvila.pt  

 

 

                                      

Se tens entre os 6/8 anos, 9/10 anos ou 11/

13 anos 

        

        e gostas de                                           corre

               inscreve‐te  nos  

na Junta de Freguesia de Marvila ou no 

Espaço Jovem do Intervir em Marvila 

Teremos transporte com partida no dia 29 de 

Setembro às 14h00 e regresso às 17h30 frente á Ju

nta 

de Freguesia de Marvila e adultos para te 

acompanhar, caso os teus pais, professores ou 

treinadores não possam ir. 

Necessário preenchimento da Ficha de inscrição e entrega até o di

a 20 

de  Setembro.  Cada  adulto  poderá  acompanhar  no  máximo  até  10 

crianças. A entrega dos dorsais e restante material será no próprio

 dia.  

Contatos: Espaço Jovem do Intervir em Marvila 

Av. Vergílio Ferreira Lote 765 1950 Lisboa – B

airro do Armador 

Telf.: 218595862 E‐mail: projetointervir@jf‐marvila.pt  

 

Associação “Os Amigos do Peixeninho” inaugurou sede social

 

                                       Se tens entre os 6/8 anos, 9/10 anos ou 11/13 anos         

        e gostas de                                           correr                inscreve‐te  nos  

na Junta de Freguesia de Marvila ou no Espaço Jovem do Intervir em Marvila 

Teremos transporte com partida no dia 29 de Setembro às 14h00 e regresso às 17h30 frente á Junta de Freguesia de Marvila e adultos para te acompanhar, caso os teus pais, professores ou treinadores não possam ir. Necessário preenchimento da Ficha de inscrição e entrega até o dia 20 de  Setembro.  Cada  adulto  poderá  acompanhar  no  máximo  até  10 crianças. A entrega dos dorsais e restante material será no próprio dia.  

Contatos: Espaço Jovem do Intervir em Marvila Av. Vergílio Ferreira Lote 765 1950 Lisboa – Bairro do Armador Telf.: 218595862 E‐mail: projetointervir@jf‐marvila.pt  

 

 

                                       Se tens entre os 6/8 anos, 9/10 anos ou 11/13 anos         

        e gostas de                                           correr                inscreve‐te  nos  

na Junta de Freguesia de Marvila ou no Espaço Jovem do Intervir em Marvila 

Teremos transporte com partida no dia 29 de Setembro às 14h00 e regresso às 17h30 frente á Junta de Freguesia de Marvila e adultos para te acompanhar, caso os teus pais, professores ou treinadores não possam ir. Necessário preenchimento da Ficha de inscrição e entrega até o dia 20 de  Setembro.  Cada  adulto  poderá  acompanhar  no  máximo  até  10 crianças. A entrega dos dorsais e restante material será no próprio dia.  

Contatos: Espaço Jovem do Intervir em Marvila Av. Vergílio Ferreira Lote 765 1950 Lisboa – Bairro do Armador Telf.: 218595862 E‐mail: projetointervir@jf‐marvila.pt  

 

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www.jf-marvila.pt

POEM

A

A vemos mais alinhada

Vestiu o velho de novo

Com a sua cor garrida

Toda ela colorida

Dá as graças ao seu povo

Também a sua autarquia

Conquistou a simpatia

Da nossa terceira idade

O povo está mais feliz

Este poema nos diz

Aqui vive a felicidade

POEMAMARVILA RENOVADA ILÍDIO SOUSA

EXECUTIVO

MANDATO 2009-2013 Belarmino SilvaPresidenteCoordenação PelourosAdministração e FuncionamentoRelações Institucionais

Recursos HumanosUrbanismoPatrimónio

Atendimento ao público2.ª feira das 16H00 às 18H00(Por marcação prévia)

António AlvesTesoureiroPelouro Habitação

Vítor Morais VogalPelouro Desporto, Juventude e Cultura

Jorge MáximoSecretárioPelouro Economia e SociedadeConselho Marvilense

Isabel Fraga VogalPelouro EducaçãoSaúdeAção SocialConselho Educativode Marvila

[email protected] [email protected] [email protected]

Atendimento ao público2.ª feira das 10H00 às 12H00 (Por marcação prévia)

Atendimento ao público4.ª feira das 18H00 às 20H00(Por marcação prévia)

Vítor SimõesVogalPelouro Espaço PúblicoSegurança e MobilidadeCalçadas e PasseiosTransportes e TrânsitoIluminação PúblicaMobiliário Urbano

Júlio Reis VogalPelouro Ambiente HigieneEspaços VerdesSaneamento

Atendimento ao público5.ª feira das 16H00 às 18H00 (Por marcação prévia)

Atendimento ao público6.ª feira das 16H00 às 18H00 (Por marcação prévia)

Atendimento ao público6.ª feira das 14H00 às 16H00 (Por marcação prévia)

[email protected] [email protected] [email protected]

151515

INFORMAÇÕESÚTEIS

SAÚDECentro de Saúde de Marvila - Rua Dr. Estevão de Vasconcelos, 56 Tel: 21 862 07 51 / 21 868 69 51Centro de Saúde Dr. José Domingos Barreiros - Beco da Mitra, 2 - Tel: 21 861 86 00Unidade de Saúde dos Lóios - Tel: 21 836 60 75Unidade Local de Saúde da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa do Bairro do Armador - Av. Virgílio Ferreira, Lt. 770, R/C - Bairro do Armador Tel: 21 831 07 90/5Clínica de Chelas - Av. Dr. Augusto Castro, Lt. 107, Lj. A e B Tel: 21 859 30 40 / 21 837 30 40Centro Médico D. Dinis - Via Principal de Peões, Lt. 107, Loja 3 Tel: 218 595 875 / 218 590 504

FARMÁCIASFarmácia Almeida Vaz - Rua Luís Cristino da Silva, Lt. 248 Lj. 92 - Tel: 21 859 56 73Farmácia Barros Gouveia - Rua Vale Formoso de Cima, 79 B - Tel: 21 859 51 80Farmácia Falcão - Rua Rui de Sousa, Lt. 65 A - Tel: 21 859 65 65Farmácia Freitas - Rua Vale Formoso, 23 A - Tel: 21 868 11 36Farmácia de Marvila - B.º Marquês de Abrantes, Lt. 35 e 36 - Tel: 21 859 48 00Farmácia Sacramento - Rua Actriz Palmira Bastos, 42 Lj. Dt.ª - Tel: 21 859 09 04Farmácia Santo António - Avenida Paulo VI, 14 Lj. - Tel: 21 839 43 14Farmácia Santos Silva - Praça Raul Lino, Lt. 226, Loja 22 - Tel: 21 859 12 65Farmácia Serejo - Avenida João Paulo II, Lt. 531, Lj. B - Tel: 21 859 26 11Farmácia Pontes Leite - Av. François Mitterrand, 39 B - Tel: 21 859 37 20Farmácia Bela Vista - Av. República da Bulgária, Lote 12, Loja C - Telf. 218 682 241

SEGURANÇAPSP14.ª Esquadra Amendoeiras - Tel. 21 837 40 6016.ª Esquadra Condado - Tel. 21 837 48 8238.ª Esquadra Flamenga - Tel. 21 837 39 88Tel: 21 859 30 40 / 21 837 30 40

SERVIÇOS PÚBLICOSEPAL (Assistência Domiciliária) - Tel: 800 201 101EPAL (Roturas) - Tel: 800 201 600EDP (Fugas de gás) - Tel: 21 868 53 09

Intoxicações - Tel: 21 795 01 43Linha Vida - Tel: 1414 (gratuita)SOS Voz Amiga - Tel: 21 354 45 45B.S. Bombeiros - Tel: 21 342 22 22

ATENDIMENTO SOCIALServiço de Ação Social da Santa Casa da Misericórdia de LisboaPraça José Queiroz, 1 Piso 3 - Edifício Entreposto - Tel: 21 855 41 00

ATENDIMENTOSHorário de funcionamento da Junta: Das 10h às 18h de segunda a sexta-feiraHorário de licenciamento de canídeos: Das 11h às 17h

Psicoterapia Infantil - Drª. Joana GonçalvesAv. João Paulo II, Lote 526 - 1º A1950-159 LisboaTerças e Quintas, das 16h00 às 19h00(Marcações pelo Tel.: 21 831 03 50)

Apoio Psico-Social - Dr.ª Elisabete RibeiroAv. João Paulo II, Lote 526 - 1º A1950-159 LisboaTerças, das 10h00 às 13h00(Marcações pelo Tel.: 21 831 03 50)

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dia 22

Setembro dia 8 16h - Mexe-te na Praça do Armador Parceiro: Grupo Comunitário do Bairro do Armador - “Nova” Praça do Armador : Tai-Chi; Yoga; Capoeira; Danças Europeias

10h30 – Caminhada – “ dos 8 aos 80” Parceiro: Maratona Clube de Portugal; Secretariado- A partir das 8h30 no Polidesportivo Dr. Fernando Amado; Partida - Freguesia Marvila; Chegada – Parque da Bela Vista , passagem pelos Bairros: Condado, Amendoeiras, Lóios e Flamenga. Confraternização no final do evento Com a presença das atletas olímpicas Dulce Félix e Sara Moreira

dia 29 10h – Festa Comunitária na Flamenga Parceiro: Grupo Comunitário da Flamenga Parque da Bela Vista (Norte) Caminhada; Piquenique; Jogos Tradicionais; Gincana Ambiental; Torneio Futsal; Aulas de Dança.

Mais informações em www.jf-marvila.pt e www.facebook.com /conselhomarvilense e através do e-mail: [email protected]

Eventos SETEMBRO 2012

Eventos

BATISMO DE VOO Organizado pela ASOL (Associação Solidária Oriental de Lisboa) em par-ceria com a Junta F. Marvila.Direcionado a: instituições da fre-guesia com pessoas portadoras de deficiência (motora, visual e esclerose múltipla…)Quinta do Alqueidão, Azambuja

Tel.: 218 310 350 • e-mail: [email protected]

Dia 8

MINI MARATONA EDP Entre as 14h00 e as 17h30Parque Expo

Com a participação de crianças da freguesia (apoio J.F. Marvila)

Dia 29

XIX FESTIVAL NACIONAL DE FOLCLORE DE CASTRO D’AIRE 15h00Rua Vale Formoso de Cima, 94

Dia 29

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO Votação através do site http://www.lisboaparticipa.pt/

De 17 set. a 31 out.

REUNIÃO PÚBLICA DO EXECUTIVO DA JUNTA DE FREGUESIA DE MARVILA 19h00 Junta de Freguesia de Marvila

Dia 24

Tel.: 218 310 350 • e-mail: [email protected]

ABERTURA DO ANO LETIVO Rede de ensino básico

Tel.: 218 310 350 • e-mail: [email protected]

Entreosdias10e14

SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MARVILA Salão de Festas do Vale Fundão

Tel.: 218 310 350 • e-mail: [email protected]

Dia a designar

15º CONCURSO ANUAL DE FADO AMADOR DA ACOF “O FADO MORA EM MARVILA”Salão de Festas do Vale Fundão

Tel.: 218 310 350 • e-mail: [email protected]

Dias8,15,22e29

INICIATIVASDA FREGUESIA

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