março | agosto 2017 o colÉgio militar revista

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240 março/agosto 2017 Revista O Colégio Militar

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Revista

O Colégio Militar

ÍNDICE

FICHA TÉCNICA:PUBLICAÇÃO SEMESTRAL: n.º 240E-mail: [email protected]

março | agosto 2017

ISBN: 0871-3936NÚMERO DE EXEMPLARES: 150ADMINISTRAÇÃO: Colégio MilitarDIRETOR: Aluno 192, Tomás de Sousa Bastos

COORDENAÇÂO

Professora Graça PauloProfessora Dulce Salgado

REDATOR-CHEFE: Aluno 266, Jaime Coutinho Lanhoso da Costa MesquitaAPOIO: Aluna 602, Maria Madalena Ramos Pereira

REDATORESALUNOS

12. º ANO: 99, 209, 244, 262, 266, 60211. º ANO: 145, 343, 50410. º ANO: 182, 248 9. º ANO: 200 8. º ANO: 684 7. º ANO: 385 5. º ANO: 37, 373, 392, 433, 471, 763 3 . º ANO: 465

PROFESSORES

Alexandra Coutinho, Alexandre Fernandes, Domingos Fradinho, Emília Martins, Esmeralda Baleizão, Graça Augusto, Helena Beja Lopes, José Sena Neves (Prof. aposentado), Luísa Pais, Marina Aguiar, Nuno Marques, Pedro Ferreira, Rita Carvalho, Rui Farinha, Tânia Jordão, Vanda Gonçalves, Vânia Ferreira

MILITARES

TCOR ART Hélder Alves, MAJ CAV Jorge Santos, CAP MED VET João Machado, ALF Sofia Nascimento

APOIO

Crisália SilvaMiguel Ferreira

DESIGN E EXECUÇÃO GRÁFICA:

Sersilito - Empresa Gráfica, Lda.www.sersilito.pt | [email protected]

FOTOS:Atelier Sérgio GarciaRenato OliveiraOutros

DEPÓSITO LEGAL N º.o º º 108931/97

3 COMEMORAÇÕES

22 ATIVIDADES ESCOLARES

50 ESPAÇO CIÊNCIA

56 ESPAÇO SAÚDE

59 NOTÍCIAS

76 ARTE E CULTURA

87 EVENTOS DESPORTIVOS

96 TRADIÇÕES E MEMÓRIAS

Págs. 3-21 Págs. 22-49 Págs. 50-55

Págs. 56-58

Págs. 59-75

Págs. 87-95Págs. 76-86 Págs. 96-104

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Excelentíssimo Senhor Tenente-General José António Carneiro Rodrigues da Costa, Ilustre Vice-Chefe do Esta-do-Maior do Exército, Meu General,

Permita-me que, em nome de todos quantos servem no Colégio Militar, apresente formalmente as boas-vindas e expresse o nosso grato reconhecimento por se ter dignado presidir a esta cerimónia. A presença de V. Exa. reveste-se de particular significado para todos nós, pela constatação da importância e superior atenção que o Exército dedica ao acompanhamento da nossa mis-são, desafiante e exigente. Hoje, aqui, nos claustros do nosso Colégio, voltamos também a ter a oportunidade de receber V. Exa. na Casa que o acolheu em jovem e na qual, como em muitos outros casos, iniciou caminhada firme e determinada na carreira das Armas. Bem-haja.

Comemorações do 3 de Março 214º ANIVERSÁRIO DO COLÉGIO MILITAR

ALOCUÇÃO DO EXMO. DIRETOR DO COLÉGIO MILITAR

COMEMORAÇÕES

Excelentíssimo Senhor General António Eduardo Queiroz Martins Barrento, Meu General,

Excelentíssimos Senhores Oficiais Generais,

Excelentíssimo Senhor Major-General João Manuel Lopes Nunes dos Reis, Ilustre Diretor de Educação do Exército,

Excelentíssimos Senhores Antigos Diretores e Subdiretores do Colégio Militar, que saúdo na pessoa do Senhor Major-General Cóias Ferreira aqui presente.

Excelentíssimos Senhores representantes do Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana e do Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública,

Excelentíssimos Senhores Adidos Militares de Países Amigos,

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COMEMORAÇÕES

Excelentíssimo Senhor Diretor do Instituto dos Pupilos do Exército, a quem saúdo, de forma particular, pelo que nos une na missão que cumprimos.

Excelentíssimos Senhores Presidentes e Representantes dos órgãos sociais da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar e da Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos do Colégio Militar,

Deixo-vos uma palavra de reconhecimento e apreço pela forma participativa, dedicada e construtiva como têm vindo a exercer a vossa ação em prol do nosso Colégio, visando a sua consolidação e continuidade após um delicado período de reforma e mudanças. A vossa permanente atenção, presença e estímulo ao trabalho em desenvolvimento, é motivo do nosso regozijo e satisfação pela identificação de inúmeros objetivos comuns. Permitam-me que, na pessoa de cada um de vossos ilustres Presidentes, saúde todos os antigos alunos, pais e encarregados de educação presentes nesta cerimónia.

Distintos Convidados,

Obrigado por terem aceite o nosso convite e aqui estarem presentes, neste dia de aniversário, testemunhando o

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quanto estes jovens alunos se dedicam e querem honrar exemplos passados desde há mais de dois séculos.

Estimados Oficiais, Professores, Sargentos, Praças e Funcionários Civis que servem no Colégio Militar,

A todos saúdo e dirijo uma palavra de reconhecido apreço pelo esforço, dedicação e profissionalismo que vêm revelando em prol da nossa Missão coletiva. Este é um desafio envolvente e absorvente, que exige total disponibilidade e renovada dinâmica. Contem comigo da mesma forma que eu conto convosco para esta complexa, mas estimulante tarefa. A seu tempo teremos o sucesso por que todos almejamos.

Caros Alunos e Antigos Alunos do Colégio Militar,

O processo de criação do Colégio Regimental da Artilharia da Corte, Colégio de Educação Militar, também conhe-cido por Colégio da Feitoria, e que deu origem ao atual Colégio Militar, prolongou-se entre 1802 e 1803, tendo sido fixada, mais tarde, a data oficial de 3 de março de

1803 para assinalar a efeméride. Preocupado com a ocupação e educação das crianças e jovens familiares da sua guarnição e de civis da região, o então Coronel António Teixeira Rebelo, personalidade de referência para todos quantos frequentaram, frequentam, serviram ou servem o Colégio, criou, desse modo, uma escola cujos agentes de ensino seriam os próprios militares do seu Regimento. Oficiais e sargentos incumbiram-se do ensino da matemática e fortificação, do desenho, do jogo de florete, das primeiras letras e da gramática portuguesa. Os exercícios espirituais eram exercidos pelo Prior de Oeiras. Os alunos eram cerca de vinte.

A qualidade das aulas ministradas e os bons resultados dos Alunos trouxeram ao Regimento uma excelente reputação. Motivado pelo constante sucesso, o Coman-dante decide levar mais longe a sua ânsia de ensinar, conseguindo estender o ensino aos órfãos, carenciados e filhos de militares destacados, num momento em que eram múltiplas as dificuldades que marcavam a vida da sociedade portuguesa.

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COMEMORAÇÕES

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COMEMORAÇÕES

Cumprimos 214 anos de História de um passado repleto de páginas e páginas de feitos, figuras ilustres e tradições cumpridas.

Hoje, passados mais de dois séculos em que evoluímos ultrapassando múltiplas transformações económicas, sociais, militares e políticas, soubemos mudar de loca-lização sem perder a identidade e o rumo, evoluir no modelo pedagógico sem nos restringirmos a acolher as revisões dos sistemas de ensino público, manter uma matriz formativa global de natureza castrense, norteada por princípios e valores éticos, do carácter à coragem, da lealdade à camaradagem e solidariedade, sem deixarmos de acompanhar as mudanças na sociedade. O Colégio Militar é, e quer convictamente continuar a ser, uma Escola de referência, ultrapassando com determinação, sem vacilar, os desafios da realidade atual.

É, pois, com um enorme sentimento de nostalgia, mas também de extremo orgulho e renovada energia, que aqui estou perante vós e de todos quantos testemunham este dia festivo. Nestes Claustros, sempre relembramos

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nos dias de hoje, são cada vez mais determinantes numa sociedade cada vez mais competitiva, há que cultivar um relacionamento colegial leal e correto nas atitudes, assente na disciplina individual e coletiva que decorre

e revemos muitos momentos de felicidade, alegria e cumplicidade com os quais construímos amizades para sempre. Só nós, Meninos da Luz, podemos perceber a dimensão desta Casa, o significado de estar desse lado, integrado numa formatura de 3 de Março, e a marca que tais momentos deixam nas nossas vidas. Muito para além dos momentos difíceis, que também existem e que todos também partilhamos, em particular, no seio de cada curso, estas são ocasiões para as quais nos prepa-ramos ano após ano.

Alunos do Colégio Militar,

Este é o nosso, o vosso dia!!! Amanhã será o vosso desfile Avenida abaixo e Lisboa reviverá o garbo e o aprumo da nossa marcha, da vossa marcha deter-minada, jovial e segura.

Ser Menino da Luz não é opção fácil! Para além de se ter de saber viver as exigências do estudo, cujos resultados,

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COMEMORAÇÕES

que de entre Nós já partiram, aos Nós que, como eu, continuamos a viver intensamente esta experiência, agora como ex-alunos, aos Nós que sois Vós atuais alunos e aos muitos de Nós que continuarão a aqui trazer descendentes, presentes e futuros, que alimentarão a História desta Bissecular Instituição. Só o vivido é, de facto, compreendido!

Ser Aluno desta Casa é um mérito, um orgulho con-quistado e reiteradamente renovado. Não basta estar

do cumprimento, assumido e consciente, dos princípios e valores enunciados no nosso Código de Honra e nas nossas tradições que fortalecem a forma de ser e de estar do aluno do Colégio Militar.

Basta ler e reler as placas colocadas nas paredes destes notáveis claustros, por ocasião das visitas de antigos alunos, para sentir o quanto nos une, o quanto o Colé-gio marca gerações e gerações de jovens que por aqui passaram.

De igual forma, desde os mais notáveis aos mais discretos, a barretina na lapela é uma referência. Mais do que um cartão de visita é a garantia da lealdade, da frontalidade, da amizade espontânea, da proximidade incógnita de quem nem sequer se conhecendo, independentemente da diferença de idades, por vezes bem significativa, se trata de imediato por tu e se mostra disponível para Servir, para apoiar desinteressadamente, partilhando histórias estranhamente comuns vividas em tempos distantes.

Não vale a pena tentar explicar esse comportamento. É assim ... de forma natural, simples, envolvente e amiga. Esta é a essência de sermos Sempre Nós, desde aqueles

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Excelentíssimo Senhor General Vice-Chefe, do Estado--Maior do Exército, Meu General,

Ilustres Convidados, Minhas Senhoras e Meus Senhores,

Durante 210 longos anos, ricos de História e de múltiplos exemplos de grandeza, fomos uma Escola de referência exclusivamente masculina e, quase sempre, em regime de internato.

Hoje, passados apenas mais quatro anos, estamos dife-rentes... Fruto da recente reforma, temos um Colégio misto, com alunos de todos os ciclos, do ensino básico ao ensino secundário, num total de cerca de 730 alunos e alunas que puderam optar pela frequência em regime de internato ou externato. Mudámos no contexto do visível, com a inclusão de um 1º ciclo que tem cerca de 23% do efetivo total de alunos, com a presença de alunas que constituem cerca de um terço do efetivo total, com a construção de um internato feminino, já insuficiente para a procura atual e muito insuficiente para a procura espe-rada no curto prazo, mas não mudámos nem queremos

presente, fazer parte do dia a dia, importa viver esta experiência com um envolvimento e uma dedicação ímpares sendo um exemplo para os mais novos. Disci-plina, lealdade, caráter, respeito mútuo, camaradagem e solidariedade são reflexo natural da prática da nossa divisa, “Um por Todos, Todos por Um”, que para sempre vos guiará!

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COMEMORAÇÕES

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COMEMORAÇÕES

assim não se sentir, não pensar e não agir, dificilmente terá lugar no nosso futuro. Este é um projeto coletivo de sentido único, o da melhor preparação e valorização dos nossos jovens alunos. Assim faremos, assim contribui-remos para cumprir o desígnio que o nosso Fundador um dia idealizou e tornou realidade. A nossa História é demasiado rica para que o nosso futuro levante qualquer dúvida ou sequer reticência.

Termino, agradecendo uma vez mais a presença de todos neste dia do ducentésimo décimo quarto aniversário do nosso Colégio, que bem merece os nossos parabéns.

A Todos Vós, Alunos do Colégio Militar,

Que o dia de hoje e o de amanhã sejam o prenúncio da Atitude disciplinada, determinada e confiante que os novos desafios vos exigem. Só com tranquilidade escolar, trabalho, aprumo, garbo, camaradagem e verdadeira amizade, Nós, Meninos da Luz, seremos Sempre Nós!

A Bem do Colégio, pelo Marechal Teixeira Rebelo e por todos os Meninos da Luz

Um Forte ZACATRAZmudar na Essência do que sempre fomos. Se o desafio de saber integrar alunos externos e internos é o maior dos provocados pelas mudanças operadas, a convicção de que a nova realidade é uma oportunidade que Todos temos que saber aproveitar é, da minha parte, total.

O Colégio sempre foi uma Escola de Referência, o Colégio é hoje uma Escola com um potencial renovado, indepen-dentemente das opiniões individuais de cada um de nós. Não serei exagerado ao afirmar que esta Escola única pode ser a Melhor Escola de Portugal. Uma Escola em que Saber Saber e Saber Fazer se ensina e se pratica como em muitas outras escolas, mas em que o Saber Ser é crucial e diferenciador. Essa é, de facto, a nossa Vantagem Competitiva expressa num modelo de formação completo, global, que prepara cidadãos e cidadãs para serem líderes, para serem referências profissionais na sociedade portuguesa. A Todos cumpre contribuir para esta causa: aos Alunos, com trabalho, ênfase e dedicação ao nosso Código de Honra, com Disciplina, Orgulho, Dedicação, Humildade e Empenho; aos restantes elementos desta comunidade colegial, Corpo Docente, Pais e Encarregados de Educação, demais Educadores, com total envolvimento e identificação com o nosso Projeto Educativo. Quem

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4.º – Dedicar à sua formação todo o seu esforço e inteli-gência.

5.º – Ser verdadeiro e leal, assumindo sempre a respon-sabilidade dos seus atos.

6.º – Praticar a camaradagem sem denúncia nem cum-plicidade.

7.º – Ser modesto no êxito, digno na adversidade e confiante face às dificuldades.

8.º – Ser generoso na prática do Bem 9.º – Repudiar a violência, a delapidação e o despotismo.10.º – Ser sempre respeitador, afável e correto.

Alunos do Colégio Militar,

temos um Código de Honra que, com palavras simples, mas poderosas, nos indica claramente qual é o caminho.

Por isso vos peço que não esqueçais que será na vossa conduta que se determinará o futuro do Colégio Militar que tanto amamos.

Meninos da Luz,

TODOS, novos e mais antigos,

amanhã, e uma vez mais, daremos imagem pública do nosso Código de Honra, pois estaremos TODOS juntos, orgulhosa e empenhadamente, a desfilar e a gritar na Avenida.

Assim, termino com um pedido ao Aluno Comandante de Batalhão: que o primeiro ZACATRAZ destas comemorações seja por PORTUGAL, Pátria que servimos, amamos e res-peitamos.

Parabéns ao NOSSO COLÉGIO.

Obrigado, meu MARECHAL.

DISCURSO DO PRESIDENTE DA DIREÇÃO DA AACM

Camaradas,Alunos do Colégio Militar,

Sois vós a razão de ser desta Casa.

Por isso mesmo, nesta parada Marechal Teixeira Rebelo, está toda a Família Colegial a comemorar o Aniversário do NOSSO Colégio.

A mim, como Presidente da Direção da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar, foi-me dada a honra de me poder dirigir ao Batalhão Colegial.

Alunos do Colégio Militar,

já lá vão 214 ANOS, repito, duzentos e quatorze anos.Não precisais, pois, de extensos discur-sos ou de motivações novas.

O caminho está, há muito, traçado, com palavras simples e fórmulas intemporais.Portanto, em vez de exercitar a retórica, vou pedir-vos que me acompanhem num exercício de reflexão e, em conjunto, recor-demos, uma vez mais, os grandes princípios inscritos no nosso decá-logo de conduta: o Código de Honra do Aluno do Colégio Militar.

Recordemos, pois: 1.º – Amar e honrar a Pátria. 2.º – Dignificar a farda que enverga. 3.º – Cultivar a disciplina.

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COMEMORAÇÕES

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COMEMORAÇÕES

MEDALHA D. AFONSO HENRIQUES

A Medalha D. Afonso Henriques destina-se a galardoar os militares e civis que, no âmbito técnico-profissional, revelem elevada competência, extraordinário desempenho e relevantes qualidades pessoais, contribuindo, significa-tivamente, para a eficiência, o prestígio e o cumprimento da Missão do Exército.

MEDALHA DE COMPORTAMENTO EXEMPLAR

A Medalha de Comportamento Exemplar destina-se a galardoar os militares que manifestem, ao longo da sua carreira, exemplar conduta moral e disciplinar, zelo pelo serviço e comprovado espírito de lealdade.Medalha de Comportamento Exemplar, Grau Ouro.

CONDECORAÇÕES E PRÉMIOS

Após a intervenção do Exmo. Diretor, procedeu-se à entrega de prémios instituídos pelo Comando de Instrução e Doutrina do Exército e pelo Colégio Militar aos alunos e à imposição de condecorações a oficiais e sargentos que prestam serviço no Colégio.

SCH ART José António Malveiro da Glória

TCOR CAV Luís Carlos Gomes da Silva

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Prémios instituídos pelo Comando da Instrução e Doutrina do Exército – “Educação Física”, “Esgrima” e “Equitação”:

Estes prémios são atribuídos aos alunos que, em regra, nos dois últimos anos, melhor tenham correspondido aos parâmetros de avaliação em Educação Física, Esgrima e Equitação, respetivamente, a par de notável dedicação e empenho pelas atividades, nomeadamente, em competições e representações exteriores.

PRÉMIOS

Prémio instituído pelo CM – “Instrução Militar”:

Este prémio destina-se ao aluno do 12º ano que obtenha melhor média a Instrução Militar ao longo do ensino secun-dário, a par de comportamento igual ou superior a “Bom” em todos os correspondentes períodos letivos, bem como tendo obtido a menção de “Satisfaz Bem” na disciplina de Instrução Militar no 12.º ano.

Foi distinguida com este prémio a aluna n.º 602, Maria Madalena Ramos

Prémio “Educação Física”: aluno n.º 208, Francisco Godinho Correia Vallejo de Carvalho

Prémio “Esgrima”: aluna n.º 343, Catarina Setim Madeira

Prémio “Equitação”: aluno n. º 405, Afonso Maria Cachado Galvão e Lorena Ponte

Foi distinguida com este prémio a aluna n.º 626, Maria Beatriz Rainha Miranda Antunes dos Santos

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COMEMORAÇÕES

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COMEMORAÇÕES

A 3 de março de 1803 nasceu o Colégio Militar, o nosso tão amado

Colégio e a instituição a que alguns têm o privilégio de chamar Casa. Este dia, que para muitos não passa de mais um dia, é para nós, Meninos da Luz,

uma data de grande importância e um momento de comemoração. É uma época que nos relembra toda a história desta tão nobre Casa, que nos traz à memória o verdadeiro porquê de amarmos o Colégio e é uma altura de unidos demonstrarmos aquilo de que somos capazes, aplicando tudo o que esta instituição nos ensinou.

São poucas as instituições que chegam aos 214 anos e muitos menos aquelas que o fazem mantendo-se fiéis aos seus princípios e objetivos iniciais. Ao longo destes mais de dois séculos, muita coisa mudou, contudo, os valores que caracterizam um menino da luz foram e serão sempre intemporais. Porque o nosso Colégio permanece vivo e a chama colegial perdura!

As comemorações do 3 de Março exigem um esforço redobrado por parte de todo o Batalhão Colegial e uma especial focalização no Colégio. Esta tão marcante data recorda a necessidade da responsabilidade, do esforço, do brio e da união.

O 3 de Março não é só uma cerimónia, não é só um desfile, um dia ou um fim de semana. O 3 de Março é todo um espírito que se renova a cada ano e que dura e persiste.

No passado dia 5 de março, mais uma tradição se cumpriu, mais uma vez “Todos os Meninos da Luz com cabeças altas, olhar em frente, carabinas ao ombro, marcharam triunfantes como se fossem conquistando, passo a passo, “o terreno que pisavam com os pés”. Todo o Batalhão Colegial desfilou na Avenida da Liber-dade, mostrando à cidade de Lisboa os ideais que nos movem e o brio que sentimos por integrar esta instituição. Fizemo-lo com uma enorme emoção e, sobretudo, com grandeza e dedicação.

Mais um desfile se realizou e, no meu caso, foi menos um... Contudo, não poderia sentir maior orgulho em ter marchado ao lado daqueles a quem sei que poderei sempre chamar de irmãos. Todos os treinos, todo o suor e lágrimas derramados se resumiram a este momento. A emoção sentida ao descer a décima maior avenida do mundo fez com que todo o esforço e dedicação tenham valido a pena. Com efeito, nada do que é louvável se consegue sem esforço!

Foi o meu último desfile a marchar ao lado do meu curso, o que me traz um enorme sentimento de melancolia, este momento que outrora parecia tão distante che-gou cedo demais. Todavia, sinto uma felicidade e brio enormes em poder pertencer a esta tão nobre casa e a esta eterna família. Tenho a perfeita consciência de que todos nós demos tudo o que tínhamos, demos o nosso melhor e deixámos muito de nós naquela avenida. Exaltámos o orgulho de sermos meninos da Luz! Aproveitámos cada segundo, cada passo dado naquela que é a artéria de Lisboa e este momento ficará, decerto, perpetuado na nossa memória e preencherá um lugar especial nos nossos corações.

O meu percurso, enquanto aluna do Colégio aproxima-se do fim, a passos mais largos do que o desejado. Porém, nunca deixarei de ser uma Menina da Luz até ao dia em que diga adeus ao mundo e desça à terra.

Concluo deixando uma breve mensagem para todos os Meninos da Luz: deem sempre o melhor de vós, aproveitando cada momento como se fosse o último, pois eu sei que pode parecer que ainda falta muito, mas quando derem por vós tudo terá passado demasiado rápido.

Sejam unidos e nunca desistam porque vocês são o que verdadeiramente caracteriza o Colégio e o que o mantém vivo!

145 – Videira

O 3 DE MARÇO

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No passado dia 3 de março, comemo-rou-se o 214º aniversário do Colégio

Militar, mas, para mim, foi o primeiro desfile que realizei. Foi um dia muito emocionante que jamais irei esquecer.

É impossível descrever a imensidão de emoções que senti ao descer a Avenida, ao marchar ao lado dos meus camaradas, a quem espero chamar sempre de irmãos.Não digo que tenha sido fácil fazê-lo, mas todos os treinos, todo o esforço, suor e lágrimas valeram a pena.Obrigado aos nossos graduados e a todos aqueles que nos apoiaram e sempre acreditaram em nós.Sinto um enorme orgulho por fazer parte desta família e tudo farei para honrar esta casa.

471 – Videira

O dia 3 de março de 2017 foi um dos dias mais importantes da minha vida.

Eu estava ansiosa e nervosa, porque era a primeira vez que ia descer a avenida e queria que corresse bem. Também estava

muito feliz por participar numa cerimónia tão importante para a vivência colegial.No caminho, entre o Colégio e a Avenida da Liberdade, em Lisboa, fui falando com os meus camaradas e graduados, para ficar mais calma, e apercebi-me que eles sentiam as mesmas emoções. Para os “ratas” era o primeiro desfile, para os graduados era o último. Quando a cerimónia começou, os nervos foram passando e fiquei arrepiada ao ver todas as pessoas orgulhosas por nos ver. Foi então que fiquei com a certeza que tudo ia correr bem. À medida que marchava pela enorme Avenida e a con-quistava com os meus passos no alcatrão, ao lado dos meus irmãos e graduados, o meu coração ia batendo com força devido ao orgulho em dignificar o Colégio Militar. Tenho a certeza de que quero ser uma Menina da Luz!

763 – Sousa

Ao acordar no dia 3 de março, desejei um feliz aniversário a cada um dos

meus colegas, pois era o aniversário do Colégio. Este dia foi importante para todos, desde os alunos mais novos até ao

Exmo. Diretor. Quando fomos dormir, estávamos muito empolgados com o dia seguinte, no qual teríamos a nossa primeira cerimónia do 3 de Março.Na manhã seguinte, após o pequeno almoço, acabámos de nos preparar para a cerimónia, sempre com a emoção de a cumprir na pele de um Menino da Luz e não da de um espetador. Quando demos conta, já estávamos a marchar para a parada. A cerimónia correu muito bem. Quando desfilámos ao lado do Colégio, consegui sentir um pouco da felicidade que teria no dia seguinte ao marchar na Avenida.No dia 5 de março, sentimos uma enorme expectativa. Iríamos desfilar na Avenida da Liberdade! A certa altura, já estávamos a marchar. Tudo passou muito rápido, com alunos, ex-alunos, pais e amigos a dar-nos apoio. No fim da Avenida, nós e os graduados chorámos de emoção. Tocámos abraços e palavras. No final, gritámos o Zacatraz.Foi um acontecimento que excedeu as minhas expec-tativas!

37 – Carvalho

Para mim, o 3 de Março foi a melhor cerimónia desde que estou no Colé-

gio. Todos mostrámos orgulho, garra e espírito colegial. A minha parte preferida foi o desfile na Avenida.

Logo de manhã bem cedo, os graduados vieram acor-dar-nos para nos prepararmos para a grande cerimónia.Começámos com um pequeno almoço reforçado, depois vestimo-nos de gala, pegámos nas armas e dirigimo-nos para os autocarros. A caminho da Avenida, eu estava muito ansioso. Na verdade, todos estávamos ansiosos e nervosos! Os graduados deram-nos ânimo e as palavras deles encheram-nos de confiança de que tudo iria correr bem. Todo o Batalhão Colegial cantou o hino do colégio, gritámos um forte Zacatraz e, cheios de orgulho, iniciámos o desfile.Havia muita gente na Avenida a ver-nos marchar. Família, amigos e antigos alunos gritando o Zacatraz; todos nos observavam com encanto e orgulho.Terminado o desfile, já no palácio D. João IV, os graduados, muito emocionados, disseram-nos que estavam muito orgulhosos. Estavam tão emocionados que choraram de alegria e de tristeza ao mesmo tempo, por saberem

O MEU PRIMEIRO 3 DE MARÇO

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COMEMORAÇÕES

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COMEMORAÇÕES

que era o seu último desfile na Avenida como alunos. Por fim, celebrou-se a missa na Igreja de S. Domingos.O meu primeiro 3 de Março foi empolgante e emocionante, senti muito orgulho em ser aluno do Colégio Militar.

373 – Barros

O meu primeiro 3 de Março foi a experiência mais emocionante da

minha vida!No início estava ansioso, mas, quando comecei a cantar o Hino Nacional, senti um

enorme orgulho em ser Menino da Luz e em pertencer ao CM, porque era a minha vez, enquanto “rata”, de descer a Avenida junto dos meus camaradas.A marcha começou e, logo no início, ouvi um tremendo Zacatraz dos ex-alunos que me entusiasmou e me fez sentir feliz.Depois da marcha ter terminado, houve um momento que me marcou muito e me encheu o coração: começámos todos a dar abraços e havia pessoas emocionadas a chorar de alegria. Estávamos assim porque nos sentíamos unidos, o nosso curso tinha conseguido chegar ao fim do seu primeiro 3 de Março!!No regresso ao Colégio, fiquei triste ao pensar que seria o último 3 de Março dos graduados do 12º ano.Obrigado pelo que me ensinaram!Obrigado ao CM pela experiência inesquecível!!

433 - Marques

Neste dia não sabia o que sentir ou como reagir ao misto de emoções,

estava nervosa mas orgulhosa ao mesmo tempo.Estava tudo numa grande correria, “limpa

isto”, “escova a farda”, “como estou?”. Sentia-se uma grande tensão no ar. Depois de termos tudo arrumado, juntámo-nos e cantámos o “Sempre nós”. As lágrimas caíram e não sabia ao certo porquê, não era capaz de explicar por palavras. Fomos para a Companhia formar para os graduados nos passarem revista e, nesse momento, sentia o coração nas mãos de tanta ansiedade, mas estava determinada a dar o meu melhor. Depois da revista, os graduados abraçaram cada um de nós. Em pelotão, fomos até à Sala de Armas buscar as armas e, depois, entrámos no autocarro.

Quando chegámos à Avenida, formámos e, de repente, a tensão desapareceu. Foi tudo tão natural como se já o tivesse feito, senti-me confiante e o desfile passou depressa. Foi algo inesquecível e inexplicável!

182 – Paulo

Este ano, o Colégio Militar comemorou 214 de existência. Eu, como “rata”,

participei nas cerimónias que decorreram no Colégio e na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Neste primeiro ano, senti um grande orgulho, não só por marchar na

maior avenida de Portugal, mas por marchar pelo Colégio e com os meus camaradas. Espero continuar a participar nas cerimónias do Colégio, com o mesmo orgulho, até ao fim da minha vida colegial.

385 – Almeida

O meu primeiro 3 de Março foi muito emocionante, principalmente no

domingo, dia 5 de março. No sábado, fize-mos uma grande cerimónia nos claustros, na parada, na Estrada da Luz...

No domingo, seria o acontecimento mais importante de todo o ano letivo. Fiquei muito feliz, pois descer a Avenida provo-cou um conjunto de grandes emoções. Todos nos esforçá-mos para atingir um elevado nível de brio e de concentração. Descer aquela tão grande avenida pela primeira vez foi a melhor sensação que já senti desde que entrei para o colégio. O primeiro desfile é sempre o melhor. Gostei muito de o fazer com os meus graduados e colegas.

392-Alves

O 3 de Março é um momento especial para qualquer Menino da Luz, uma

explosão de sentimentos.Atendendo ao passado do Colégio e aos valores que nos ensinam nesta Casa, o

aniversário do Colégio é importante, uma altura de união entre cursos.Neste meu primeiro desfile, penso que o meu curso atingiu o sucesso desejado. Mas esse sucesso não foi só nosso, mas também dos nossos graduados, por todos os valores que nos incutiram e por nunca desistirem de nós.

684 – Coelho

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JANTAR CONVÍVIO DE ANTIGOS ALUNOS

No dia 5 de março, reuniram-se, no Colégio Militar, antigos alunos para o tradicional jantar no refeitório.

São recordados momentos marcantes da vivência colegial e reforçados os laços de amizade e de camaradagem que os unem.

Não se conhece a origem desta tradição que, com o passar dos anos, se consolidou. Sabe-se, apenas, que, já nos finais do século XIX, se realizava, regularmente, um encontro de antigos alunos no dia da comemoração do aniversário do Colégio.

COMEMORAÇÕES DO DIA DE PORTUGAL

No dia 9 de junho, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal,

a Classe de Ginástica e a Classe Especial de Ginástica do Colégio, fizeram várias apresentações gímnicas no Largo de São João Novo.

Essas demonstrações permitiram ilustrar as competências desportivas dos nossos alunos. A todos um voto de agradecimento e os parabéns pela sua exibição.

Professor Domingos Fradinho

Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

COMEMORAÇÕES

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COMEMORAÇÕES

Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

19 Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

COMEMORAÇÕES

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COMEMORAÇÕES

ROSTOS DO 3 DE MARÇO

Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

21 Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

COMEMORAÇÕES

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ATIVIDADES ESCOLARES

5º ANO 25 – RAFAEL SILVA 37 – MATILDE CARVALHO 68 – GONÇALO COSTA 99 – BRUNO PEREIRA 105 – MATILDE SANTOS 124 – MIGUEL BICHO 130 – GUILHERME SANTOS 141- DAVID CAEIRO 142 – MARIANA CARVALHO150- DUARTE PEREIRA 179 – MARTIM REIS 195 – HUGO TRINDADE 222 – SEBASTIÃO GOUVEIA250 – MARIA CARDOSO 306 – MAFALDA LOPES 311 – ENEIAS ANTUNES 328 – TIAGO CLEMENTE 336 – MARIA SIMÕES 365 - BEATRIZ SILVA 373 – MIGUEL BARROS 392 – LAURA ALVES 433 – GABRIEL MARQUES 457 – JOÃO GARCIA 471 – JOÃO VIDEIRA 484 – INÊS GUSMÃO 527- MARIANA GUERREIRO543- LEONARDO CAPÍTULO623 – MADALENA ROMÃO 628- MIGUEL PASCOAL 661 – ANDRÉ ALEXANDRE671- JÉSSICA FRANCISCO714 – RAFAEL SOUSA 715 – BEATRIZ NASCIMENTO 734 – GASPAR PINTO 743 – LUCAS PINTO 748 – GUILHERME MARQUES 760- NUNO SALDANHA763- JOANA SOUSA 768 – MARIA BRANDÃO776 – JOÃO SOUSA 769 – TOMÁS PEREIRA

6º ANO 22 – ELISABETE CARDOSO 38 – MARTIM PEREIRA 44 – MADALENA DORES 47 – ANA ARES 65 – GONÇALO FERNANDES 95 – GONÇALO DUARTE 103 – TIAGO LEITÃO 125 – DIOGO RIBEIRO 126 – VITÓRIA AFONSO 127 - RODRIGO BASTOS 144 – CAMILA SILVA 152 – MADALENA VERÍSSIMO 154 – ANTÓNIO MIRONES 163 – BEATRIZ MARIA 183 – BEATRIZ PESSOA 218 – DIANA BRANQUINHO 230 –ALEXANDRE PONTE 238 – CATARINA MACHADO 242 – FRANCISCO SIMÕES 247 – PATRÍCIA CALEJO 253 – JOÃO MARCELINO 260 – MIGUEL VALDREZ 345 – RAQUEL RIBEIRO 346 – RICARDO ALMEIDA 355 – MARTA FAUSTINO 363 – DIOGO RODRIGUES

(cont. 6º ANO) 414 – MARTIM MARQUES 428 – LUÍSA PENA 452 – TOMÁS FERNANDES 474 – DIANA CANHETO 523 – CÁTIA SEVERINO 536 - TIAGO EPALANGA 578 – LAURA BRÁS 594 – ANTÓNIO AGULHEIRO 609 – MIGUEL MELO 637 – DIOGO SILVA 702 – NOÉ FERREIRA 711 – GUILHERME GARCIA 712 – CATARINA GARCIA 713 – INÊS NASCIMENTO 717 – FILIPE ROCHA 724 – MARIA AIRES 730 – REGINA IBRAGIMOVA 775 – RAFAEL FERREIRA

7º ANO 53 – JOÃO FERREIRA 72 – VASCO CAETANO 81 – GONÇALO RUIVO 97 – CAROLINA CRISPIM 147 – GUILHERME CASCALHAIS 194 – CONSTANÇA TRINDADE 210 – MATILDE MATOS 288 – JORGE SILVA 296 – JOÃO LEITÃO 298 – INÊS VILELA 299 – AFONSO RIBEIRO 307 – DIOGO HENRIQUES 325 – GUILHERME CASTANHO 350 – VITÓRIA JESUS 352 – MARIA SILVA 372 – GUILHERME GOUVEIA 376 – PEDRO ANTÓNIO 461 – DIOGO ONOFRE 491 – ALBERTO BARBEDO 492 – MATILDE ABEL 493 – MARIA CARDOSO 495 – SARA SANTOS 496 – FRANCISCA MARQUES 502 – GONÇALO CALADO 509 – NUNO SIMÕES 514 – RENATO ZAVA 518 – ANA BAPTISTA 524 – CATARINA PINTO 528 – JOÃO BOTTO 540 – JOÃO MIMOSO 545 – PEDRO DIAS 546 – MIGUEL INÁCIO 550 – INÊS JORGE 565 – ALEXANDRA BERNARDINO 576 – MARIA ALBUQUERQUE 577 – HENRIQUE OLIVEIRA 584 – MÁRCIO CARIMA 600 – MARIA ALMEIDA 605 – AFONSO SANTOS 610 – INÊS MARTINS 614 – MANUEL GUERREIRO 622 – MARTA DIAS 634 – TIAGO RIBEIRO 636 – DANIEL CANILHO 659 – FRANCISCA FIGUEIREDO 676 – JOSÉ SOTERO

(cont. 7º ANO) 680 – JOANA CARMO 689 – SOFIA ALVES 752 – TIAGO GODINHO 780 – DOMINICIANO GUTERRES 798 – RITA GOMES

8º ANO 12 – JOSÉ FERREIRA 21 – ANA JESUS 29 – DIOGO MARTINS 118 – MADALENA PEREIRA 131 – RAFAELA PIRES 134 – RODRIGO SANTOS 161 – MARIANA FIENS 164 - DUARTE VELEZ 241 – MARIANA SOUSA 246 – LEONARDO ESTEVES 249 – ANTÓNIO COUTINHO 276 – DIOGO SANTOS 279 – DIOGO MARTINS 287 – MARIANA VAZ 302 – DIANA SARAIVA 338 – BERNARDO LOPES 341 – GASPAR RIBEIRO 360 – CAROLINA CORDEIRO 400 – JOAQUIM RAMOS 408 – MATILDE SILVA 412 – VICENTE DURÃO 430 – SALVADOR SANTOS 431 – ANGELO CASTRO 468 – INÊS DAMIÃO 478 – TELMO ALMEIDA 485 – CAROLINA RAMOS 486 – CAROLE MATEUS 487 – CLÁUDIA MATEUS 515 – MARIA VARÃO 601 – MARIA PEREIRA 630 – NUNO SANTOS 673 – HENRIQUES SIMÕES 703 – CAROLINA GARCIA 726 – CÍNTIA BARREIRA 755 – AFONSO LOBÃO 772 – JOANA ANDRADE 789 – ALEXANDRE BAPTISTA

9º ANO 36 – FILIPE SOUSA 46 – FILIPA GONÇALVES 75 – GUILHERME SERGIO 79 – CÉSAR MARIANO 88 – ANA PONTE 182 – MATILDE PAULO 190 – HENRIQUE LOPES 200 – DIOGO VALDREZ 206 – ÂNGELO SILVA 220 – PEDRO RAPOSO 234 – JOANA MARQUES 236 – MARIA FERREIRA 394 – SIMÃO RIJO 416 – PEDRO PAULO 417 – FRANCISCO AZEVEDO 508 – TIAGO GONÇALVES 562 – MARIANA CASTANHO

(cont. 9º ANO) 571 – GONÇALO LOUREIRO 580 – FILIPA SARGAÇO 603 – MARTA ALBERTO 607 – BEATRIZ PEREIRA 612 – CARLOTA ABREU 620 – JOANA DOMINGUES 621 – JOANA RUIVO 638 – MARIANA COELHO 678 – LARA ANDRADE 688 – MARIANA BRITO 740 – NATANIELA GUTERRES 785 – DANIEL CHIMA

10º ANO 10 – SEBASTIÃO CARVALHO 11 – GUILHERME MORAIS 57 – ANDRÉ CARVALHO 221 – KUGIZA SANTOS 263 - LUIS GONÇALVE 371 – MARTIM CUNHA 472 – SEBASTIÃO FARIAS 477 – DAVID ALMEIDA 534 – ANA PINTO 542 – SARA RAMA 625 – ANA AFONSO 658 – MARIA SILVA 718 – MARIA BAPTISTA

11º ANO 16 - FILIPE CARVALHO 96 – DANIEL SOUSA 145 – ANDREIA VIDEIRA 196 – CATARINA VIDIGAL 224 – ANTÓNIO MISSAU 268 – LÍGIA RIBEIRO 670 - MÓNICA LOPES

12º ANO 32 – PEDRO MARTINS 115 – TIAGO FIGUEIRAS 158 – GUILHERME FERREIRA 189 – JOSÉ ALVES 192 – TOMÁS SANTOS 262 – JOSÉ SARAMAGO 266- JAIME MESQUITA 405 – AFONSO PONTE 566 – DIANA SANTOS 574 - ELISA AGOSTINHO 590 – ANTÓNIO SILVA 602 – MARIA PEREIRA 626 – MARIA SANTOS 682 - FILIPA CHORINCAS

Nota: Os Alunos inscritos neste Quadro de Honra obtiveram no Período, Comportamento BOM ou MUITO BOM e média igual ou superior a 14 valores (ou 140 pontos) sem qualquer classificação inferior a 10 valores (ou 100 pontos).

Colégio Militar na Luz, 09 de Maio de 2017

O Diretor do Colégio Militar

António Emídio da Silva Salgueiro Cor Art

QUADRO DE HONRA 2º Período

An o Letivo 2016-2017

Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

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5º ANO 25 – RAFAEL SILVA 37 – MATILDE CARVALHO 68 – GONÇALO COSTA 99 – BRUNO PEREIRA 105 – MATILDE SANTOS 124 – MIGUEL BICHO 130 – GUILHERME SANTOS 141- DAVID CAEIRO 142 – MARIANA CARVALHO 150- DUARTE PEREIRA 179 – MARTIM REIS 195 – HUGO TRINDADE 222 – SEBASTIÃO GOUVEIA 250 – MARIA CARDOSO 284 – GUILHERME FERNANDES 306 – MAFALDA LOPES 311 – ENEIAS ANTUNES 328 – BERNARDO LOPES 336 – MARIA SIMÕES 365 - BEATRIZ SILVA 373 – MIGUEL BARROS 392 – LAURA ALVES 433 – GABRIEL MARQUES 457 – JOÃO GARCIA 471 – JOÃO VIDEIRA 479 – JOÃO SOUSA 484 – INÊS GUSMÃO 527- MARIANA GUERREIRO 543- LEONARDO CAPÍTULO 619 – ALEXANDRE VÚ 623 – MADALENA ROMÃO 624 – TOMÁS ROBALO 628- MIGUEL PASCOAL 661 – ANDRÉ ALEXANDRE 671 - JÉSSICA FRANCISCO 675 – RODRIGO TORRES 714 – RAFAEL SOUSA 715 – BEATRIZ NASCIMENTO 734 – GASPAR PINTO 743 – LUCAS PINTO 748 – GUILHERME MARQUES 760 - NUNO SALDANHA 762 – GONÇALO CALMÃO 763 - JOANA SOUSA 768 – MARIA BRANDÃO 769 – TOMÁS PEREIRA 776 – JOÃO SOUSA

6º ANO 22 – ELISABETE CARDOSO 38 – MARTIM PEREIRA 44 – MADALENA DORES 47 – ANA ARES 65 – GONÇALO FERNANDES 95 – GONÇALO DUARTE 103 – TIAGO LEITÃO 125 – DIOGO RIBEIRO 126 – VITÓRIA AFONSO 127 - RODRIGO BASTOS 144 – CAMILA SILVA 152 – MADALENA VERÍSSIMO 154 – ANTÓNIO MIRONES 163 – BEATRIZ MARIA 183 – BEATRIZ PESSOA 218 – DIANA BRANQUINHO 230 –ALEXANDRE PONTE 238 – CATARINA MACHADO 242 – FRANCISCO SIMÕES 247 – PATRÍCIA CALEJO 253 – JOÃO MARCELINO 260 – MIGUEL VALDRE 345 – RAQUEL RIBEIRO 346 – RICARDO ALMEIDA 355 – MARTA FAUSTINO 363 – DIOGO RODRIGUES

(cont. 6º ANO) 414 – MARTIM MARQUES 428 – LUÍSA PENA 452 – TOMÁS FERNANDES 474 – DIANA CANHOTO 523 – CÁTIA SEVERINO 536 - TIAGO EPALANGA 578 – LAURA BRÁS 594 – ANTÓNIO AGULHEIRO 609 – MIGUEL MELO 637 – DIOGO SILVA 702 – NOÉ FERREIRA 711 – GUILHERME GARCIA 712 – CATARINA GARCIA 713 – INÊS NASCIMENTO 717 – FILIPE ROCHA 724 – MARIA AIRES 727 – MARIANA BARATA 730 – REGINA IBRAGIMOVA 775 – RAFAEL FERREIRA 778 – MÁRCIA PINTO

7º ANO 53 – JOÃO FERREIRA 72 – VASCO CAETANO 81 – GONÇALO RUIVO 97 – CAROLINA CRISPIM 147 – GUILHERME CASCALHAIS 194 – CONSTANÇA TRINDADE 210 – MATILDE MATOS 288 – JORGE SILVA 296 – JOÃO LEITÃO 298 – INÊS VILELA 299 – AFONSO RIBEIRO 307 – DIOGO HENRIQUES 312 – MIGUEL CALHAU 325 – GUILHERME CASTANHO 350 – VITÓRIA JESUS 352 – MARIA SILVA 372 – GUILHERME GOUVEIA 376 – PEDRO ANTÓNIO 379 – NELINTON ALMEIDA 385 – GABRIEL ALMEIDA 461 – DIOGO ONOFRE 491 – ALBERTO BARBEDO 492 – MATILDE ABEL 493 – MARIA CARDOSO 495 – SARA SANTOS 496 – FRANCISCA MARQUES 502 – GONÇALO CALADO 509 – NUNO SIMÕES 514 – RENATO ZAVA 518 – ANA BAPTISTA 521 – DIOGO COSTA 524 – CATARINA PINTO 528 – JOÃO BOTTO 540 – JOÃO MIMOSO 545 – PEDRO DIAS 546 – MIGUEL INÁCIO 550 – INÊS BERNARDINO 565 – ALEXANDRA BERNARDINO 576 – MARIA ALBUQUERQUE 577 – HENRIQUE OLIVEIRA 584 – MÁRCIO CARIMA 600 – MARIA ALMEIDA 605 – AFONSO SANTOS 610 – INÊS MARTINS 614 – MANUEL GUERREIRO 622 – MARTA DIAS 634 – TIAGO RIBEIRO 636 – DANIEL CANILHO 645 - SÉRGIO ROCHA 659 – FRANCISCA FIGUEIREDO 676 – JOSÉ SOTERO

(cont. 7º ANO) 680 – JOANA CARMO 689 – SOFIA ALVES 752 – TIAGO GODINHO 757 – SOFIA CARVALHO 780 – DOMINICIANO GUTERRES 798 – RITA GOMES

8º ANO 21 – ANA JESUS 29 – DIOGO MARTINS 118 – MADALENA PEREIRA 131 – RAFAELA PIRES 134 – RODRIGO SANTOS 161 – MARIANA FIENS 164 - DUARTE VELEZ 241 – MARIANA SOUSA 246 – LEONARDO ESTEVES 249 – ANTÓNIO COUTINHO 276 – DIOGO SANTOS 279 – DIOGO MARTINS 287 – MARIANA VAZ 302 – DIANA SARAIVA 318 – LÍDIA VICENTE 323 – MATILDE ANTÓNIO 327 – TERESA SIMÕES 338 – BERNARDO LOPES 341 – GASPAR RIBEIRO 360 – CAROLINA CORDEIRO 400 – JOAQUIM RAMOS 404 – MARIANA CAPARICA 408 – MATILDE SILVA 412 – VICENTE DURÃO 430 – SALVADOR SANTOS 431 – ANGELO CASTRO 442 – VÃNIA BRITO 468 – INÊS DAMIÃO 478 – TELMO ALMEIDA 485 – CAROLINA RAMOS 486 – CAROLE MATEUS 487 – CLÁUDIA MATEUS 515 – MARIA VARÃO 601 – MARIA PEREIRA 630 – NUNO SANTOS 673 – HENRIQUES SIMÕES 703 – CAROLINA GARCIA 726 – CÍNTIA BARREIRA 755 – AFONSO LOBÃO 772 – JOANA ANDRADE 777 – PEDRO LEBREIRO

9º ANO 36 – FILIPE SOUSA 46 – FILIPA GONÇALVES 75 – GUILHERME SERGIO 79 – CÉSAR MARIANO 88 – ANA PONTE 93 – RODRIGO GOMES 122 – NUNO ROCHA 182 – MATILDE PAULO 190 – HENRIQUE LOPES 200 – DIOGO VALDREZ 206 – ÂNGELO SILVA 220 – PEDRO RAPOSO 234 – JOANA MARQUES 236 – MARIA FERREIRA 359 – MATILDE BARROSO 394 – SIMÃO RIJO 416 – PEDRO PAULO 417 – FRANCISCO AZEVEDO 453 – JOÃO MIRA

(cont. 9º ANO) 508 – TIAGO GONÇALVES 551 – ANA PONTES 562 – MARIANA CASTANHO 571 – GONÇALO LOUREIRO 580 – FILIPA SARGAÇO 603 – MARTA ALBERTO 607 – BEATRIZ PEREIRA 612 – CARLOTA ABREU 620 – JOANA DOMINGUES 621 – JOANA RUIVO 631 – ERICA FRANCISCO 638 – MARIANA COELHO 672 – MARIANA LOPES 677 – MARIA GUIMARÃES 678 – LARA ANDRADE 679 – MATILDE LOPES 688 – MARIANA BRITO 694 – VICENTE LOURENÇO 740 – NATANIELA GUTERRES 785 – DANIEL CHIMA

10º ANO

2 – NUNO SOUSA 10 – SEBASTIÃO CARVALHO 11 – GUILHERME MORAIS 30 – ANTÓNIO ALVES 57 – ANDRÉ CARVALHO 221 – KUGIZA SANTOS 263 - LUIS GONÇALVES 264 – DIOGO FERNANDES 371 – MARTIM CUNHA 410 – FRANCISCO SOBRAL 413 – DIOGO NEVES 460 – FUIMILEE KANGANJE 472 – SEBASTIÃO FARIAS 477 – DAVID ALMEIDA 534 – ANA PINTO 587 – MARIA ROQUE 625 – ANA AFONSO 658 – MARIA SILVA 718 – MARIA BAPTISTA

11º ANO

16 - FILIPE CARVALHO 96 – DANIEL SOUSA 145 – ANDREIA VIDEIRA 196 – CATARINA VIDIGAL 224 – ANTÓNIO MISSAU 268 – LÍGIA RIBEIRO 395 – FRANCISCO SOUSA 504 – BERNARDO MOUTINHO 670 - MÓNICA LOPES

12º ANO

15 - GABRIEL AYANG 32 – PEDRO MARTINS 115 – TIAGO FIGUEIRAS 148 – PEDRO CASCALHAIS 158 – GUILHERME FERREIRA 189 – JOSÉ ALVES 192 – TOMÁS SANTOS 208 – FRANCISCO CARVALHO 235 – FRANCISCO ALMADA 262 – JOSÉ SARAMAGO 266- JAIME MESQUITA 375 – BERNARDO PEGADO 405 – AFONSO PONTE 566 – DIANA SANTOS 590 – ANTÓNIO SILVA 597 - INÊS MAURÍCIO 602 – MARIA PEREIRA 626 – MARIA SANTOS 682 - FILIPA CHORINCAS

Nota: Os Alunos inscritos neste Quadro de Honra obtiveram no Período, Comportamento BOM ou MUITO BOM e média igual ou superior a 14 valores (ou 140 pontos) sem qualquer classificação inferior a 10 valores (ou 100 pontos).

Colégio Militar na Luz, 09 de Agosto de 2017

O Diretor do Colégio Militar

António Emídio da Silva Salgueiro Cor Art

QUADRO DE HONRA 3º Período

Ano Letivo 2016-2017

Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

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PRÉMIO PRESTAÇÃO COLEGIAL2º e 3º Ciclos e Ensino Secundário ‒ 2º Período Escolar

5.º ANO 6.º ANO 7.º ANO 8.º ANO 9.º ANO 10.º ANO 11.º ANO 12.º ANO

Matilde Carvalho

N.º 37

Gonçalo Fernandes

N.º 65

Guilherme Gouveia

N.º 372

Bernardo Lopes

N.º 338

Filipe Sousa

N.º 36

Martim Cunha

N.º 371

Andreia Videira

N.º 145

Maria Pereira

N.º 602

2135 Pontos 2065 Pontos 2370 Pontos 2900 Pontos 2330 Pontos 17,3 Valores 17,6 Valores 18 Valores

Em 26 de maio, procedeu-se à cerimónia de entrega dos Prémios Prestação Colegial. Este prémio destina-se ao melhor aluno de cada ano de escolaridade que obtenha o somatório quantitativo mais elevado, por pontos

(Ensino Básico) ou valores (Ensino Secundário), de todas as áreas curriculares / disciplinas com avaliação quantitativa, ao abrigo da Alínea a), do Artigo 2, do Capítulo IX – Recompensas e Distinções, do Guia do Aluno.

Foram distinguidos os seguintes alunos:

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ATIVIDADES ESCOLARES

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A Muralha de D. Dinis é possível ser visitada e compreendida através de um Núcleo de Interpretação e localiza-se na cripta da antiga Igreja de S. Julião. Os objetos expostos ao longo da muralha comprovam a vocação comercial e marítima de Lisboa. Alguns destes objetos são virtualmente reconstruídos em 3D e acompanhados por sons que nos remetem para o período medieval. A relevância política, económica e cultural do reinado de D. Dinis é aqui destacada através de vídeos que apresentam o Tratado de Alcanises, a exposição de moedas portuguesas e francesas que assinalam a importância de Lisboa nas rotas do comércio internacional, assim como o legado trovadoresco deste monarca, através de sons da sua poesia.

O interesse manifestado pelos alunos e a avaliação posi-tiva que fizeram desta visita de estudo é reveladora da importância destas atividades no ensino-aprendizagem da disciplina de História.

Professoras Luísa Pais e Rita Carvalho

Fotografias no Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros

NÚCLEO ARQUEOLÓGICO DA RUA DOS CORREEIROS

Nos dias 10 e 15 de fevereiro, os alu-nos do 7ºano realizaram, no âmbito

da disciplina de História, uma visita de estudo ao Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros e uma outra ao Núcleo de Interpretação da Muralha de D. Dinis. Estas visitas tiveram como objetivos conscien-cializar os alunos para a preservação do património histórico, conhecer o impacto da presença romana na cidade de Lisboa, assim como sensibilizar os alunos para o estudo do período medieval, através da

ação política, económica e cultural do rei D. Dinis.

Os alunos foram acompanhados pelas professoras de His-tória, Dr.ª Luísa Pais e Dr.ª Rita Carvalho, assim como pelos respetivos Diretores de Turma, Dr.ª Esmeralda Baleizão, Dr.ª Maria Manuel Rosa, Dr. Rui Marreiros e Dr. Tiago Palinhos.

Os trabalhos arqueológicos, iniciados no início dos anos 90 do século XX, decorrentes da instalação da sede do Banco Comercial Português na Baixa Pombalina, colocaram a des-coberto um valioso e bem conservado património que veio a originar o Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros. Os vestígios aqui encontrados são reveladores da importância e da vocação industrial e portuária da antiga zona ribeirinha que atraiu, deste cedo, povos oriundos do Mediterrâneo.

É possível identificar, no atual núcleo, parte de uma necrópole, assim como a instalação de unidades fabris de preparados piscícolas como o garum, importante atividade económica na vida da cidade, a par de outras atividades complementares como a pesca, a exploração de sal, a construção naval, olarias e outras, entre os séculos I e V. Foi também possível visitar um espaço balnear e zonas de apoio à laboração da fábrica. As zonas industrial e de serviços são delimitadas por uma via, cujos vestígios de um dos troços foi possível serem visitadas pelos alunos do Colégio Militar. Muitos são os artefactos expostos e que nos remetem também para a presença de outros povos, entre eles os muçulmanos, e de outras épocas, como o período pombalino.

VISITAS DE ESTUDO

Artefactos de cerâmica que atestam a importância da olaria.

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ATIVIDADES ESCOLARES

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Vista do espaço balnear de apoio à laboração da fábrica de prepara-dos piscícolas, composto por uma sala pavimentada e três pequenas

piscinas.

Sala de exposição com artefactos de cerâmica, vidro e fragmentos de azulejo correspondente a diferentes períodos. Sala de exposição que captou a atenção dos alunos do Colégio Militar

Sala de exposição com artefactos e fragmentos em vidro

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ATIVIDADES ESCOLARES

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NÚCLEO DE INTERPRETAÇÃO DA MURALHA DE D. DINIS

A linha defensiva de Lisboa e a sua importância comercial (projeção interativa)

Alunos do Colégio Militar acompanhados pela guia que explicou de forma dinâmica a história da Igreja de S. Sebastião, local onde foram

encontrados vestígios da Muralha de D. Dinis

A linha defensiva de Lisboa e a tradição de devoção ao Sto António (projeção interativa)

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ATIVIDADES ESCOLARES

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O Colégio Militar associou-se às comemorações do Dia Internacional

das Florestas com duas iniciativas:

• Plantação de uma macieira na Álea dos Presidentes pelas turmas do 1º Ciclo. Vários alunos intervieram com a leitura de poemas, após breves palavras introdutórias do Professor Carlos Bernardino, Coordenador do 1º Ciclo.

• Inauguração, pelo Exmo. Diretor, da exposição “Ima-gina a tua Árvore” com uma interessantíssima mostra de desenhos e de 93 trabalhos a três dimensões da autoria de alunos do 5º e 6º anos de escolaridade. Esta

Dia Internacional das Florestas • 21 março

exposição, a todos os títulos notável pela imaginação e criatividade dos seus autores, esteve patente ao público até ao final do segundo período e pôde ser visitada no átrio de acesso ao Auditório. Para o sucesso desta exposição, contribuiu decisivamente o apoio das professoras Graça Augusto e Marina Aguiar.

Professor Pedro Ferreira

DIA INTERNACIONAL DAS FLORESTAS

As Nações Unidas deliberaram, numa Resolução de novembro de 2012, que o dia 21 de março de

cada ano fosse celebrado, a partir de 2013, como o Dia Internacional das Florestas.

Esta decisão, que teve como ponto de partida os sucessos alcançados com o Ano Internacional das Florestas de 2011, assume como objetivo principal garantir que as gerações futuras continuarão a beneficiar dos múltiplos serviços e produtos que devemos a todos os tipos de florestas, defendendo para tal um incessante empenho na gestão sustentável das florestas, em paralelo com um continuado esforço de conservação e ordenamento dos espaços florestais naturais.

AS COMEMORAÇÕES NO COLÉGIO MILITAR

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ATIVIDADES ESCOLARES

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Origem e histórico

No Nebrasca (EUA), em 1872, face à escassez de árvores e florestas, a população decidiu dedicar um dia à plantação de árvores. Inicialmente, a comemoração não tinha um dia fixo.

Muitos países se seguiram nesta iniciativa, tendo a pri-meira “Festa da Árvore” sido comemorada em Portugal, em 1907, estendendo-se estas comemorações, sobretudo durante o período inicial da 1.ª República, até 1917.

Em dezembro de 1970, no âmbito das comemorações do Ano Europeu da Conservação da Natureza, foi retomada a celebração oficial do “Dia da Árvore”, por proposta da então Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas e da Liga para a Proteção da Natureza.

A Festa passou da Árvore à da Floresta quando, em 1971, a FAO estabeleceu o “Dia Mundial da Floresta” com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra. Como consequência, em Portugal, em 1974, foi celebrado o primeiro “Dia Mundial da Floresta”, tendo sido escolhida, como em muitos outros países do hemisfério norte, a data de 21 de março, o primeiro dia de primavera.

Em 30 de novembro de 2012, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que declara o dia 21 de março de cada ano como Dia Internacional das Flo-restas, encarregando o Secretariado de, em colaboração com os governos e as demais organizações internacionais e da ONU, organizar anualmente as comemorações do Dia Internacional.

A Importância da Floresta

O papel central das florestas no abastecimento energético das sociedades atuais e futuras é o tema lançado em 2017 no âmbito das comemorações do Dia Internacional das Florestas.

A nível mundial, a Floresta é responsável pela produção de 40% da energia renovável, tanto quanto as fontes solar, eólica e hídrica juntas; e quase 900 milhões de pessoas trabalham no setor do aproveitamento da biomassa

florestal para produção de energia, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento.

A importância desta função da Floresta para a vida das pessoas é enorme, não só na vertente tradicional (como principal fonte de lenhas e de outro tipo de biomassa desde os primórdios da Humanidade), como também numa vertente mais recente, como é o caso da produção de biocombustíveis, que possam substituir progressiva-mente o consumo de hidrocarbonetos, contribuindo para a mitigação das alterações climáticas e para a segurança energética dos países.

Nos países desenvolvidos, a produção de biomassa florestal para energia é um dos principais fatores de valorização dos recursos florestais, promovendo o desenvolvimento rural em regiões mais desfavorecidas. Mesmo nas zonas urbanas, as árvores e Florestas desempenham igualmente um papel relevante na poupança de energia, atenuando os fenómenos climáticos extremos e aumentando o conforto térmico dos edifícios e dos espaços públicos.

Também em Portugal, a energia constitui uma das maiores riquezas obtidas a partir das nossas florestas.

A biomassa florestal é uma das principais fontes de energia hoje utilizadas em Portugal e é, de entre as fontes de energia renovável, a mais facilmente utilizável em qualquer período do ano.

Numa avaliação recente, estimou-se em 2,2 Mt/ano a disponibilidade potencial de biomassa para produção de energia com origem na floresta e na indústria transfor-madora da madeira e da cortiça.

Segundo a Direção-Geral de Energia e Geologia, em Por-tugal, cerca de 54% da produção de energia renovável provém da biomassa [2,7 ktep], a qual corresponde a 13% do total de consumo de energia final do país.

No que respeita ao sistema eletroprodutor, a potência instalada é de 553 MW (4,1% do total das renováveis), dos quais 123 MW sem cogeração (9 centrais dedicadas).

São também muito relevantes aslenhase ocarvão vege-talpara consumo industrial e doméstico, ascendendo aprodução de carvãoa uma média de16,8 mil toneladas

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anuaisna última década. É também significativa a pro-dução portuguesa depeletes, com1,1 Mt/ano, das quais 80% seguem para exportação.

A produção sustentável de biomassa florestal para energia e a sua integração num modelo que permita a máxima valorização dos recursos florestais é um dos aspetos centrais da política florestal portuguesa, estando traduzida nos principais documentos de política florestal.

(in site do ICNF- Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas)

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Ama-se a vitória difícil, porque a derrota lhe preen-chia quase todo o espaço possível. E foi com o que restava que se venceu em todo ele.

Vergílio Ferreira

F oram mais de dez mil os alunos do 9.º Ano e centenas as escolas de todo

o país (mais de trezentas) a participar nas 1.ª e 2.ª eliminatórias da Olimpíada Nacional de Biologia Júnior, organizada pela Ordem dos Biólogos. O aluno n.º 36,

Sousa (do 9.º A) alcançou o 4.º lugar a nível nacional.

Até ao momento da cerimónia, desconhecia-se qual a posição que o aluno 36, Sousa, havia alcançado, sabia-se, apenas, que figurava entre os dez melhores do país. Foi com muito orgulho que, no dia 27 de maio, o aluno subiu ao palco do Auditório Mariano Gago, do Pavilhão do Conhecimento, envergando a farda de Menino da Luz, para receber um troféu e um diploma das mãos do Bastonário da Ordem, Doutor José Matos, correspondente à 4.ª posição. Na vasta audiência, estavam, na qualidade de convidados, o professor responsável pela organização das eliminatórias ao nível do Colégio, e a família mais próxima do aluno, que puderam, assim, acompanhá-lo e aplaudi-lo naquele momento marcante. A cerimónia contou com a transmissão ao vivo no sítio da Internet da Ordem dos Biólogos.

No dia seis de junho, o aluno teve oportunidade de apresentar ao Excelentíssimo Senhor Diretor o troféu e o diploma que recebeu. No Gabinete onde foi acolhido, o aluno fez uma reflexão sobre todo o processo e um balanço muito positivo da sua participação. Foi-lhe, então, lançado o repto de continuar a participar, com os outros alunos, nas edições destinadas ao Ensino Secundário na tentativa de conseguirem representar Portugal na Olimpíada Internacional ou na Ibero-Americana…

A 1.ª prova consistia num conjunto de 30 itens de escolha múltipla e nela participaram trinta e cinco alunos do referido ano de escolaridade. Destes, foram apurados 24 para a 2.ª eliminatória, que consistiu numa prova com 40

Olimpíada Nacional de Biologia Júnior

Aluno 36, Sousa, do 9.º Ano, classificou-se no 4.º lugar a nível nacional

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itens e de maior duração. Ao aluno 36, Sousa, e a todos os alunos do 9.º Ano que responderam positivamente aos desafios lançados, apresentamos os nossos sinceros parabéns. Todos receberam um diploma de participação, que poderão juntar aos muitos elementos que, estamos certos, compilarão ao longo da sua vida e agigantarão o seu currículo que, sendo individual, se enriquece a cada dia pela partilha resultante da vivência no coletivo.

Como costuma referir o bastonário da Ordem dos Biólogos “A vida pode ser curta, mas é muito larga”. A participação neste tipo de eventos é sempre de louvar e contribui, indubitavelmente, para alargar as perspetivas dos jovens alunos que nelas participam e, quem sabe, a própria vida.

Obrigado a todos, particularmente à Direção do Colégio Militar e à Coordenação Pedagógica, pelo incentivo e pela

disponibilização de tempos letivos e meios materiais e humanos para a concretização logística desta iniciativa.

Professor Rui Farinha

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Semana da Literacia

Na semana de 29 de maio a 02 de junho de 2017,

decorreu a II Semana da Lite-racia do Colégio Militar – “Ler e Escrever… para Ser”. Depois do sucesso d o ano transato, o grupo do 1º ciclo decidiu dar continuidade a este projeto, que tanto enriqueceu os alunos e desenvolveu a sua capacidade de ler e de escre-

ver. Autores, ilustradores e atores/atrizes de teatro infantil dinamizaram e abrilhantaram as várias apresentações e aguçaram o imaginário dos alunos. Desta forma, o grupo pretendeu articular as metas curriculares de Português com as diferentes áreas de Expressões Artís-ticas. No final de cada dia, entre as 18:00h e as 19:00h, na entrada do edifício do 1º ciclo, decorreu a Feira do Livro visitada por muitos elementos da comunidade colegial. Este espaço foi enriquecido com trabalhos alusivos aos encontros de autor, elaborados pelos alunos, com a orientação pedagógica das respetivas professoras.

Professoras Tânia Jordão e Vânia Ferreira

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Crítica ao Conto “A Raposa Azul”

Considero que o texto está correta-mente escrito, num estilo descritivo.

Possui um título adequado à história, uma correta introdução, bem como um bom desenvolvimento. Um livro típico de contos

para crianças, com ideias e pensamentos muito fáceis de compreender.

Na minha opinião, este conto faz-me pensar que não se deve mentir, pois quando se mente, depressa se descobre a mentira. Também me faz pensar que não devo ser ambicioso, enganando os outros.

No meu ver, as personagens estão muito bem retratadas, fisicamente e psicologicamente. O local da história está adequado e a sequência de acontecimentos também.

Na minha opinião, os aspetos negativos são: a raposa ser muito mentirosa e muito ambiciosa, querer ser admirada, poderosa e rica. Os aspetos positivos são: a raposa sentir saudades da família e não obrigar nenhum animal a fazer as funções de transporte, de guarda e de mensageiro.

No meu ver, a mãe da raposa enviou a correta mensagem à filha, ela disse: “Enquanto durar a aldrabice, ela que não conte comigo para nada!”. Foi uma boa lição.

Parece-me que existia uma jovem raposa mais esperta e que teve uma boa ideia para enganar a rainha, pois disse: “Na próxima noite de lua cheia juntamos todas as raposas da região e regougamos em coro à meia-noite. Se a rainha for raposa como nós, não resiste e responde.”. Foi um bom plano.

Eu concordo com a opinião das autoras, relativamente à mensagem do conto. É um conto que todas as crian-ças deveriam ler. Já existem muitos contos com estes pensamentos, mas é sempre bom lembrar.

Este conto lembra-me o provérbio português “Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo”.

465 – Gião

CONCURSO UMA AVENTURA LITERÁRIA 2017

Vencedor do 2º lugar na Modalidade de Crítica

Concurso de Presépios

Os alunos do 6º ano, turma C, no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica,

participaram no Concurso de Presépios a nível do Exército, promovido pela DSP, tendo ficado em 4º lugar.

Professora Graça Augusto

Visita de EstudoEspaço Fortuna — Artes e Ofícios

No âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, os alunos do 5º ano de escolaridade, turmas A, B, C e D,

realizaram uma visita de estudo ao Espaço Fortuna – Artes e Ofícios que não só se caracteriza por ser um local histórico, mas também por ser um espaço onde a história da cerâmica é tratada de forma genuína e artesanal. Os alunos criaram uma peça com as suas próprias mãos no Atelier de Azulejos, com o auxílio de um pintor e ceramista profissional.

Professora Graça Augusto

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em situação real, assim como motivar os alunos para a continuação da aprendizagem dessas línguas estrangeiras e respetivas culturas.

O grupo teve a oportunidade de visitar sítios ligados a áreas tão distintas como a história, a arte e a diversão destes dois países: Château de Versailles, Musée du Louvre, passeio pelo Sena em bateau-mouche, subida à Tour Eiffel, um dia na Disneyland, visita ao Museo del

Os grupos de Francês e Espanhol realizaram, de 5 a 11 de abril de

2017, uma viagem a França e a Espanha com os alunos destas duas disciplinas, motivados pelo gosto pela disciplina que optaram no início do 3º Ciclo. A viagem teve como objetivo contactar com as culturas francesa e espanhola, desenvol-vendo as competências de comunicação

VIAGEM A FRANÇA E A ESPANHA

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Prado, Palácio Real e Catedral de Almudena, passeio pela Plaza Mayor y Puerta del Sol e um jantar de ‘’despedida’’, no Hard Rock, em Madrid.

Acompanharam os alunos as professoras Maria Helena Beja Lopes, Emília Martins, Susana Pereira, Palmira Pereira e o oficial Capitão Hugo Rodrigues.

O trabalho, empenho e profissionalismo de todos os intervenientes foram essenciais para o sucesso da viagem.

Professoras Emília Martins Maria e Helena Beja Lopes

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1º OPEN DAYACTIVIDADES DESPORTIVAS & CULTURAIS 2017

Como corolário do final do Ano Letivo, o Colégio Militar levou a cabo o encerramento das atividades letivas,

realizando demonstrações e Workshops interativas nas áreas desportivas, culturais, lúdicas e de âmbito militar.

Assim, no dia 3 de junho, pais e familiares dos alunos e população que nos visitou puderam observar a diversidade e a qualidade do trabalho desenvolvido, dia a dia, no Colégio. Tiveram contacto direto com as diferentes ativi-dades, participando em alguns eventos, tais como, provas hípicas, teatro, dança, drones, ginástica, experiências vivas de química, esgrima, música, e puderam também experimentar voar num balão de ar quente, ver como atuam os cães militares e assistir à brilhante atuação da Reprise da Escola de Mafra.

ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO 2016/2017

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Programação das Atividades

Localização das Atividades

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FESTA DO 1º CICLO

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ATIVIDADES ESCOLARES

Se consultamos a história da mate-mática, podemos ficar surpreendidos

com a diferença tão grande que existe entre o número de matemáticos homens e o número de matemáticos mulheres mas, este facto, pode explicar-se por, nos

primeiros milénios da humanidade, o papel da mulher estar, praticamente, confinado a ser mãe, o que lhe ocupava todo o seu tempo a cuidar dos filhos. Conhecedor deste facto foi, com curiosidade, que li um livro intitulado “Matemática és nombre de mujer”. Nele se descreve o percurso de várias mulheres que, conseguindo superar este e outros obstáculos, se distinguiram na área da matemática.

Atualmente já se aceita que a mulher é capaz de desem-penhar qualquer das tarefas até há pouco consideradas como próprias do homem mas, na matemática, ainda existem obstáculos naturais que justificam a predomi-nância do número de homens sobre o de mulheres neste ramo do saber. A história da matemática mostra-nos que os grandes criadores desta ciência lhe deram a sua contribuição mais valiosa quando eram muito jovens, sendo menos importante a que lhe deram depois dos 50 anos.

O matemático Godfrey Harold Hardy (1877 – 1947) referia este facto, ao comentar os grandes matemáticos, no seu ensaio “Em Defesa de um Matemático”: “Galois morreu com vinte e um anos, Abel com vinte e sete, Ramanujan com trinta e três, Riemann com quarenta. Houve homens que fizeram bons trabalhos bem mais tarde; o grande ensaio de Gauss foi publicado quando ele tinha cinquenta anos (embora as ideias fundamentais tivessem surgido dez anos antes). Não conheço nenhum grande progresso matemático importante realizado por um homem com mais de cinquenta anos.”

O grupo Bourbaki pensava do mesmo modo. Este grupo, criado em 1935 e constituído por antigos alunos da École Normale Supérieure, descontentes com a matemática que se ensinava nas universidades francesas, decidiu reconstruir todo o edifício matemático, de acordo com

o pensamento formalista de Hilbert, do que resultou a publicação de quarenta volumes da obra “Éléments de mathématique”. Uma das regras do grupo era a de que os seus membros se retirariam aos 50 anos, sendo substituídos por elementos cooptados entre matemáti-cos competentes para continuarem a realizar o objetivo definido pelos fundadores.

O principal prémio matemático, Medalha Fields, criado em 1936, cujo nome oficial é “Medalha Internacional por descoberta excecional em Matemática”, e por muitos considerado o prémio Nobel da Matemática, é atribuído pelo Congresso Internacional de Matemática que se realiza de quatro em quatro anos, a um máximo de quatro matemáticos que tenham menos de quarenta anos no dia 1 de janeiro do ano da atribuição do prémio. Isto parece indicar-nos que uma mulher tem menos hipóteses do que um homem de ser laureada com a Medalha Fields, pois para se dedicar à matemática tem que abdicar do natural desejo de ser mãe, já que o período fértil da mulher coincide com o período áureo da criação matemática e, como diz o Professor Doutor Jorge Buescu, a criação matemática é incompatível com noites mal dormidas. Mas ter menos hipóteses não significa que seja impos-sível como se prova com a atribuição da Medalha Fields, pela primeira vez, em 2014, a uma mulher que é mãe. Trata-se de Maryam Mirzhkani que segundo Benson Farb, matemático da Universidade de Chicago, “produziu mais ciência matemática na sua tese de doutoramento do que a maioria dos matemáticos numa vida inteira”. Maryam Mirzhkani é uma matemática iraniana que desde muito cedo mostrou a sua aptidão para esta ciência ganhando a medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Mate-mática, em 1994 e 1995, quando ainda era aluna do liceu feminino Farzanegan de Teerão e obteve em 1999, um bacharelato em matemática na Universidade Tecnológica de Sharif em Teerão. Doutorou-se na Universidade Harvard, em 2004, orientada por Curtis McMullen (Medalha Fields 1998) e em setembro de 2008, com 31 anos, torna-se professora de Matemática na Universidade Stanford depois de ter realizado conferências na Universidade Princeton.

ESPAÇO CIÊNCIA

Matemática é nome de mulher

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Maryam Mirzakhani pesquisa sobre a teoria de Teichmüller, a geometria hiperbólica, a teoria ergódica e a geometria simplética (sistemas dinâmicos, porém, aplicados à geometria). Descobriu como calcular o volume em espaços de superfícies hiperbólicas e, devido a esta descoberta, obteve a Medalha Fields em 2014.

Mas há mais exemplos de mulheres que se distinguiram em matemática em diferentes épocas ultrapassando obstáculos naturais ou preconceituosos e contrariando os desígnios impostos por sociedades nas quais se reservava para os homens as atividades científicas. Segue-se a vida e obra de outras quatro mulheres que se destacaram na investigação matemática.

Hipátia de Alexandria

Nasceu entre 351 e 370 em Alexandria, Egito, e faleceu a 8 de março de 415 na mesma cidade. Era filha de Téon de Alexandria, um conceituado filósofo, astrónomo, matemático, autor de diversas obras e professor em Alexandria. Foi, pois, criada em ambiente cultural de excelência, valorizado por uma forte ligação com o pai que, diz-se, a submeteu a uma rigorosa disciplina física, para atingir o ideal helénico de ter a mente sã num corpo são. Foi também o seu pai que lhe transmitiu, além de conhecimentos, uma forte paixão pela busca de respostas para o desconhecido. Estudou na Academia de Alexandria, tendo aí aprendido matemática, astronomia, filosofia, religião, poesia e artes assim como oratória e retórica.

Alguns autores pensam que, quando adolescente, viajou para Atenas, para completar a educação na Academia

Neoplatónica, onde se teria destacado pelos esforços para unificar a matemática de Diofanto com o neoplatonismo de Amónio Sacas e Plotino, isto é, aplicando o raciocínio matemático ao conceito neoplatónico do Uno (mónada das mónadas). Quando regressou a Alexandria foi nomeada professora na Academia onde fizera a maior parte dos estudos, ocupando a cadeira que fora de Plotino. Aos 30 anos já era diretora da Academia e muitas das suas obras foram escritas nesse período.

Um dos seus alunos foi o notável filósofo e bispo Sinésio de Cirene (370 – 413), que lhe escrevia frequentemente, pedindo-lhe conselhos. Através destas cartas, sabemos que Hipátia melhorou alguns instrumentos usados na Física e na Astronomia, entre os quais o hidrómetro. Sabemos também que desenvolveu estudos sobre a Álgebra de Diofanto (“Sobre o Cânon Astronómico de Diofanto”), tendo escrito um tratado sobre o assunto, além de comentários sobre os matemáticos clássicos, incluindo Ptolomeu. Em parceria com o pai, escreveu um tratado sobre Euclides. Ficou famosa por ser uma grande solucionadora de problemas. Matemáticos confusos, com algum problema em especial, escreviam-lhe pedindo uma solução. E ela raramente os desapontava.

Obcecada pelo processo de demonstração lógica, quando lhe perguntavam porque jamais se casara, respondia que já era casada com a verdade. O seu fim trágico começou a escrever-se a partir de 412, quando Cirilo foi nomeado Patriarca de Alexandria, título de dignidade eclesiástica, usado na época em Constantinopla, Jerusalém e Alexandria. Era um cristão fervoroso que lutou toda a vida defendendo a ortodoxia da Igreja e combatendo as

Maryam Mirzakhani, com o marido e a filha no dia

da entrega da ‘Medalha Fields’ de 2014

Hipátia de Alexandria na pintura de Rafael Sanzio, “A Escola de Atenas”

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ESPAÇO CIÊNCIA

“As nossas bibliotecas estão sobrecarregadas com narrativas de cercos, batalhas e revoluções. Quantas vidas de heróis são apenas uma ilustra-ção do rastro de sangue que deixaram? Poucos autores se propõem transmitir à posteridade os nomes dos benfeitores da humanidade, aqueles que trabalharam para inventar coisas úteis ou para aumentar a capacidade de entender as suas meditações e pesquisa “.

Estas palavras incitaram-me a ler o livro. Com a ténue esperança de conseguir evadir-me dos horrores de tantas mortes e anti-heróis que havia gerado a história recente de França explorei outra faceta do passado. Queria recrear-me na beleza e na superioridade do ser humano fora de batalhas e episódios sangrentos. Em particular impressionou-me a descrição de Montucla sobre o final de Arquimedes às mãos de um guerreiro romano, por estar absorto no seu trabalho. Entusiasmou-me que as suas lucubrações o tenham alheado tanto da realidade a ponto de ignorar um soldado que empunhava uma arma. Desde esse mesmo instante, Arquimedes converteu-se no meu herói, no meu modelo, e decidi que seguiria os seus passos dedicando-me às matemáticas.”

Por ser mulher, teve que ser autodidata, mas contou com o incentivo do pai. Dedicou-se inicialmente a estudar os trabalhos de Leonhard Euler (1707-1783) e Isaac Newton (1643-1727). Tinha 18 anos quando foi aberta a École Polytechnique de Paris (1794), um centro de excelência para a formação de matemáticos e cientistas

heresias. Diz-se que Cirilo ficou desagradado com Orestes, governador de Alexandria, por este ter mandado executar um monge cristão e esse desagrado estendeu-se ao povo cristão da cidade que, não podendo retaliar sobre Orestes, fizeram-no sobre Hipátia alegando, ao que se sabe sem razão, que esta tinha exercido a sua conhecida influência sobre o governador para que este condenasse o monge à morte. Ela foi arrastada pelas ruas da cidade e cruelmente torturada até a morte.

Não chegou até nós nenhum trabalho escrito da que é considerada a primeira mulher matemática do mundo, ao que se julga, devido ao incêndio da Biblioteca de Alexandria ocorrido em meados do séc VI d.C. Mas há um certo consenso em considerar que as obras que se seguem sejam da sua autoria:

♦ Um comentário sobre o volume 13 Arithmetica de Diofanto.

♦ Um comentário sobre Cônicos de Apolônio de Pérgamo.

♦ Editou a versão existente da obra Almagesto de Ptolomeu.

♦ Editou o comentário de seu pai sobre a obra Os Ele-mentos de Euclides

♦ Escreveu um texto “O Cânone Astronómico”.

Marie-Sophie Germain (1776 – 1831)

Foi uma matemática, física e filósofa francesa que nasceu e faleceu em Paris. Filha de Marie Madelaine Gruguelin e de Ambroise François um comerciante de seda financei-ramente bem-sucedido, adquiriu o gosto pela matemática ainda criança. Ela própria nos conta como esse gosto surgiu: “Aquando da tomada da Bastilha, eu tinha 13 anos e um desejo enorme de fugir à realidade. A biblioteca da minha casa era um lugar perfeito para me esconder e alhear-me do turbilhão de acontecimentos que ocorriam diariamente. Fechada dentro de quatro paredes, escondida de olhares curiosos, cercada de livros, passava longas horas com a minha imaginação presa nas histórias de outros. Dessas leituras conservo a recordação de um livro que me impressionou. Era a História da matemática de Jean-Étienne Montucla. Alguns meses atrás encontrei entre os meus papéis uma transcrição do prólogo que me chamou à atenção quando era criança:

Marie-Sophie Germain

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ESPAÇO CIÊNCIA

reservado exclusivamente para homens. Para poder entrar nessa escola, assumiu clandestinamente a identidade de Monsieur Antoine-August Le Blanc, quando este deixou Paris e, sem que o mesmo soubesse, passou a assinar as suas respostas aos problemas de matemática, como se fosse Le Blanc. O supervisor do curso, Joseph-Louis Lagrange (1736-1813), surpreendido com a repentina e extraordinária subida de qualidade do seu antes medíocre aluno, solicitou-lhe um encontro e, assim, ela foi des-coberta. No entanto Lagrange tornou-se seu mentor e amigo e, finalmente, teve um professor de alto nível para a orientar nas suas atividades. Embora já tivesse uma certa reputação em Paris, continuou, por ser mulher, a usar o pseudónimo Le Blanc sempre que lhe convinha, principalmente quando se correspondia com matemáticos de renome de outros países. Dessa correspondência, é de destacar a que manteve com Carl Gauss (1777-1855) que, em 30 de abril de 1807, lhe dirige uma carta onde escreve “Quando uma pessoa do seu sexo, que por nossos costumes e preconceitos deve encontrar infinitamente mais obstáculos e dificuldades que os homens para se familiarizar com estas difíceis investigações, consegue apesar disso, ultrapassar todos os obstáculos e penetrar profundamente na investigação matemática, é preciso ter a mais nobre coragem, os talentos mais extraordinários e uma inteligência superior.”

Depois dos 30 anos de idade, mudou os seus interesses para a física, disciplina na qual também foi brilhante dando, por exemplo, importantes contribuições para a moderna teoria da elasticidade, apesar de continuar a sofrer dos mesmos preconceitos antifeministas. Os seus estudos para estabelecer a teoria da elasticidade dos metais foram fundamentais para a construção da Torre Eiffel mas, por preconceito, o seu nome foi omisso da relação dos sábios cujas pesquisas contribuíram definitivamente para a construção do notável monumento. A convite do amigo e admirador Carl Gauss, iria receber um grau honorário da Universidade de Göttingen, mas antes de lhe ter sido concedida a honraria, morreu de cancro no seio, em Paris. Nunca se casou, e sendo uma das mulheres mais inteligentes de todos os tempos, a notícia oficial de sua morte referia-se a ela como sendo uma rentière-annuitant, ou seja, solteira sem profissão que vive dos seus rendimentos.

Em ligação com os seus estudos sobre números primos, desenvolveu um trabalho sobre o Último Teorema de Fermat, que lhe valeu uma medalha do Instituto de França. Na tentativa de provar este teorema adota uma nova estratégia chamada abordagem geral para o problema, ou seja, o seu objetivo imediato não era provar o teorema para um caso particular, mas sim dizer algo sobre muitos casos de uma só vez, tomando como base um tipo especial de número primo.

É de assinalar que foi a primeira mulher que, não sendo esposa de um membro da academia, podia participar nas conferências da Académie des Sciences de Paris.

Ada Lovelace (1815-1852)

Ada Augusta Byron King, Condessa de Lovelace, filha do poeta Lord Byron e de sua esposa Anne Isabella “Anabella” Byron, nasceu em 10 de dezembro de 1815 e faleceu em 27 de novembro de 1852. Foi uma matemática e escritora inglesa atualmente conhecida como Ada Lovelace.

Na juventude os seus talentos matemáticos levaram-na a uma relação de trabalho e de amizade com o colega matemático britânico Charles Babbage e, em particu-lar, com o seu trabalho sobre a Máquina Analítica. Em 1842, Charles Babbage foi convidado para ministrar um seminário na Universidade de Turim sobre sua Máquina

Ada Lovelace

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ESPAÇO CIÊNCIA

Analítica. Ada Lovelace (1815-1852) Com base nesse seminário, Luigi Menabrea, um jovem engenheiro militar italiano e futuro Primeiro-Ministro da Itália publicou, em francês, um trabalho intitulado “Esboço do engenho analítico inventado por Charles Babbage”.

Babbage pediu a Ada para traduzir o artigo de Menabrea para inglês ao que ela acedeu, tendo levado nove meses para o fazer, pois resolveu adicionar à tradução anotações da sua autoria. A tradução com as notas de Ada Lovelace, que são mais extensas do que o artigo original, foram então publicados no The Ladies’ Diary e no Memorial Científico de Taylor sob as iniciais “AAL”.

Ada Lovelace também apresentou uma antevisão sobre o futuro da Máquina Analítica de Babbage. A sua menta-lidade “poética” levou-a a imaginar como os indivíduos e a sociedade se relacionariam com a tecnologia que considerava como uma ferramenta de colaboração entre todos e a questionar sobre a capacidade de os compu-tadores irem além do mero cálculo ou processamento de números, enquanto outros, incluindo o próprio Babbage se focavam apenas nessa capacidade.

Em 1953, mais de cem anos depois da sua morte, as notas de Ada sobre a Máquina Analítica de Babbage foram republicadas. A máquina foi reconhecida como um primeiro modelo de computador e as notas de Ada como a descrição de um computador e um software. De facto, na nota G ela descreve o algoritmo para a Máquina Analítica computar a Sequência de Bernoulli. É considerado o primeiro algoritmo especificamente criado para ser implementado num computador, e por isso, Ada é considerada como a primeira programadora de computadores.

Emmy Noether (1882-1935) (foto n.º 5)

Amalie Emmy Noether nasceu em Erlangen, Baviera, Alemanha, a 23 de março de 1882 e faleceu em Bryn Mawr, Pensilvânia, Estados Unidos, a 14 de abril de 1935. Foi uma matemática, conhecida pelas suas contribuições de fundamental importância nos campos da física teórica e álgebra abstrata. Considerada por David Hilbert, Albert Einstein, Hermann Weyl e outros como a mulher mais importante na história da matemática, revolucionou as

teorias sobre anéis e corpos. Em física, o teorema de Noether explica a conexão fundamental entre a simetria na física e as leis de conservação.

Nasceu numa família judia. O seu pai era o matemático Max Noether. Emmy parecia destinada a ser professora de francês e inglês, pois foi aprovada nas provas exigi-das para tal, mas em vez disto estudou matemática na Universidade de Erlangen-Nuremberg, onde o seu pai lecionava. Após defender a sua tese de doutoramento sob a supervisão de Paul Gordan, trabalhou no Instituto Matemático de Erlangen sem receber salário durante sete anos. Em 1915 foi convidada por David Hilbert e Felix Klein a unir-se ao departamento de matemática da Universidade de Göttingen, que então era um centro de investigação matemática de fama mundial. O departamento de filosofia, no entanto, opôs-se a conceder-lhe o posto, ao que se crê, por ser mulher e, por isto, ela passou quatro anos a lecionar sob o nome de David Hilbert. Só em 1919 foi contratada como Privatdozent.

Noether continuou sendo um dos membros mais impor-tantes do departamento de matemática de Göttingen até 1933 e os seus alunos eram, por vezes, chamados de “os meninos de Noether”. Em 1924 o matemático holandês B. L. van der Waerden adere ao seu círculo matemático e logo começou a ser o principal divulgador das ideias de Noether: O trabalho dela foi a base do segundo volume do seu influente livro didático, publi-cado em 1931, Moderne Algebra. Quando discursou na sessão plenária de 1932 do Congresso Internacional de Matemáticos em Zürich, as suas obras algébricas já

Emmy Noether

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ESPAÇO CIÊNCIA

eram conhecidas mundialmente. Nos anos seguintes, o governo nazista da Alemanha expulsou os judeus que ocupavam postos em universidades, e Noether teve que emigrar para os Estados Unidos, onde trabalhou no Bryn Mawr College, na Pensilvânia. Em 1935 foi submetida a uma operação de um quisto nos ovários e, apesar dos sinais de recuperação, morreu quatro dias depois, com a idade de 53 anos.

O trabalho de Noether em matemática divide-se em três épocas: Na primeira (1908–1919), efetuou contribuições significativas à teoria dos invariantes e dos corpos numé-ricos. O seu trabalho sobre os invariantes diferenciais em cálculo das variações, o teorema de Noether, foi conside-rado “um dos teoremas matemáticos mais importantes já provados dentre os que guiaram o desenvolvimento da física moderna”. Na segunda época, (1920–1926), iniciou trabalhos que “mudaram a face da álgebra abstrata”. No seu artigo Idealtheorie in Ringbereichen (Teoria de ideais nos domínios dos anéis, 1921) Noether transformou a teoria dos ideais em anéis comutativos numa poderosa ferramenta matemática com diversas aplicações. Utilizou de forma elegante a condição da cadeia ascendente e os objetos que a satisfazem são hoje denominados noetherianos em sua homenagem. Na terceira época, (1927–1935), publicou os seus principais trabalhos sobre álgebras não comutativas e números hipercomplexos e realizou a união entre a teoria das representações dos grupos e a teoria dos módulos e ideais. Além das obras que publicou com o seu nome, Noether permitiu que várias das suas ideias e linhas de investigação fossem publicadas por outros matemáticos, o que influenciou campos bastante distantes do seu trabalho principal, como a topologia algébrica.

Depois destes exemplos de mulheres matemáticas de topo, na sua época, que ultrapassaram entraves naturais e artificiais, não há dúvida de que a matemática é uma ciência que, como as outras, está perfeitamente ao alcance de qualquer ser humano seja qual for o seu género.

Convém recordar que o Colégio Militar se orgulha de, ao longo dos seus duzentos e catorze anos de existência, ter dado a Portugal muitos nomes ilustres não só nas letras, nas ciências e nas artes mas também na mate-mática pois na sua galeria de ex-alunos notáveis conta

com três ilustres matemáticos de renome internacional: Fernando de Almeida e Vasconcelos, n.º 56 de 1884, António Aniceto Monteiro, n.º 78 de 1917 e Luís Guilherme Mendonça de Albuquerque, n.º 89 de 1929. Outros se perfilam no horizonte. Neste momento, seguimos com fundadas expetativas, a carreira de Miguel Tribolet de Abreu n.º 66 de 1977, doutorado em Matemática pela prestigiada Universidade de Stanford, professor cate-drático de Matemática no Instituto Superior Técnico, especialista em Geometria Simplética. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, associação dedicada à divulgação, ao desenvolvimento do ensino e da investigação matemática em Portugal fundada por António Aniceto Monteiro.

Uma vez que o Colégio Militar é agora um estabelecimento militar de ensino aberto a raparigas, é de esperar que, tão breve quanto possível, possa incluir na galeria dos seus ilustres ex-alunos uma matemática portuguesa de renome.

Bibliografia:

Buescu, Jorge – Primos Gémeos, Triângulos Curvos e outras histórias da Matemática

Hardy, G.H.- Em defesa de um Matemático – Martins Fontes S. Paulo, 2000

Mataix, Susana – matemática es nombre de mujer- Editorial RUBES, 1999

http://www-history.mcs.st-andrews.ac.uk/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Maryam_Mirzakhani

José Manuel Sena NevesProf. de Matemática Aposentado do C. Militar

Matemáticos ilustres ex-alunos do Colégio Militar

Luís Guilherme Mendonça de Albuquerquen.º 89 de 1929

António Aniceto Monteiron.º 78 de 1917

Fernando de Almeida e Vasconcelosn.º 56 de 1884

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ESPAÇO CIÊNCIA

ESPAÇO SAÚDE

A paragem cardiorrespiratória (PCR) é uma das principais causas de morte

em Portugal. A maioria dos casos de PCR ocorre fora do ambiente hospitalar, em que as hipóteses de sobrevivência para

a vítima variam em função do tempo de intervenção (diminuem 7 a 11% a cada minuto sem suporte básico de vida)1. Na grande maioria destas situações o cidadão comum surge como primeiro interveniente e o seu papel é limitado e temporário, mas primordial. A sua capacidade de avaliar rapidamente a urgência da situação e a aplicação imediata dos conhecimentos de suporte básico de vida (SBV) são determinantes. 2

O SBV engloba um conjunto de procedimentos e atitudes que, quando desencadeados de forma adequada e eficaz, aumentam indiscutivelmente a possibilidade de sobre-vivência em vítimas de PCR. Torna-se fundamental, que quem presencia esta ocorrência, reconheça a gravidade da situação e saiba como atuar, ligando de imediato o 112 e iniciando manobras de SBV, vulgarmente conhecidas como manobras de reanimação.2

Estas manobras englobam a manutenção da via aérea permeável, da circulação e respiração de suporte, sem o

uso de qualquer equipamento especializado. As mano-bras de reanimação cardiopulmonar (RCP) permitem um fluxo de sangue pequeno, mas essencial, para os órgãos vitais (coração e cérebro), aumentam a probabilidade de reverter a fibrilhação ventricular (FV) com desfibrilhação e de a vítima recuperar com menores sequelas. Assim, o objetivo principal do SBV será permitir ganhar tempo até à chegada de meios de socorro diferenciados, capa-zes de instituir procedimentos de suporte avançado de vida.2

O ensino de técnicas de SBV em crianças em idade escolar

O conhecimento e o domínio dos procedimentos de SBV podem salvar vítimas e devem, por isso, ser aprendidos desde cedo na vida de cada cidadão. 2

Embora em Portugal apenas se tenham dado os primeiros passos, no que toca à ressuscitação em contexto escolar, no ano de 2015, com a integração teórica do SBV no currículo da disciplina de Ciências Naturais do 9º ano de escolaridade, a literatura internacional refere já há alguns anos a importância do ensino de procedimentos

Suporte Básico de Vida em contexto escolar

Figura 1 – Reanimação cardiopulmonar em vítima de paragem cardiorrespiratória 3

Figura 2 – Representação esquemática do efeito das compres-sões torácicas na circulação 4

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“life saving” em jovens com idades compreendidas entre os 9 e os 18 anos.5

Neste contexto, tornou-se evidente que algumas crianças não tinham a capacidade física ou o volume respiratório necessários para a realização de manobras eficazes de SBV em adultos, como as compressões torácicas e as ventilações oro-traqueais, derivado do seu baixo índice de massa corporal. Esta limitação física não ocorria em caso de ser necessário aplicar SBV a outras crianças, onde se verificou que as manobras realizadas por crianças treinadas teriam a mesma eficácia que por adultos.5

Por outro lado, as competências cognitivas, que os jovens desenvolveram no decorrer do treino de SBV, nomea-damente a realização de uma chamada telefónica de meios diferenciados de emergência, a identificação de sinais vitais, a utilização de um desfibrilhador automático externo (DAE) e até a colocação da vítima em posição lateral de segurança (PLS), não eram influenciadas pela idade ou estatura da criança.5

Concluiu-se também que muitos dos erros associados a um método de reanimação inadequado nestas crianças, como o número incorreto de compressões e ventilações por minuto, eram semelhantes aos dos adultos.5

Assim, apesar de a população mais jovem não ser aquela que mais frequentemente poderá presenciar uma paragem

cardiorrespiratória, o ensino e o treino de técnicas de SBV, quer seja por profissionais de saúde ou mesmo por professores, poderá permitir aos jovens salvar vidas de pessoas mais próximas ou mesmo de desconhecidos, quer seja no presente ou no futuro.7

Treino de reanimação cardiopul-monar

A implementação do treino de reanimação cardiopulmo-nar nas escolas do nosso país deverá ser associado ao ensino teórico de SBV que é realizado atualmente. Este treino deverá representar no mínimo 3 horas anuais para permitir que as competências aprendidas pelos jovens não sejam esquecidas e possam ser adequadamente postas em prática quando necessário.7

O programa de treino de SBV deverá abordar os seguintes conteúdos:

1 – Verificar as condições segurança para si próprio e para vítima;

2 – Avaliar o estado de consciência da vítima e pedir ajuda caso esta esteja inconsciente, sem nunca abandonar a vítima;

3 – Permeabilizar a via aérea através da extensão do pescoço e elevação do queixo e verificar se a vítima

Figura 3 – Jovem a efetuar reanimação de criança vítima de afogamento 6

Figura 4 – Treino de SBV em crianças 8

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ESPAÇO SAÚDE

está a respirar com execução do VOS (ver, ouvir e sentir);

4 – Colocação da vítima em PLS caso esta esteja a respirar;

5 – Caso a vítima não respire, realizar de chamada tele-fónica para o 112 e ativação imediata do sistema de emergência médica;

6 – Aplicação de compressões torácicas e ventilações (30/2) até à chegada de meios diferenciados de socorro ou até à exaustão.9

Cadeia de sobrevivência

Em alguns países da Europa, nomeadamente na Noruega e na Dinamarca, além do ensino curricular dos primeiros elos da cadeia de sobrevivência (reconhecimento imediato da vítima, pedido de ajuda diferenciada e reanimação cardiopulmonar) as crianças aprendem a realizar o 3º elo da cadeia (desfibrilhação precoce) com recurso ao DAE. A desfibrilhação representa o único tratamento eficaz para resolver a fibrilhação ventricular que é uma alteração do ritmo cardíaco presente na maioria dos casos de paragem cardiorrespiratória.

Referências bibliográficas

1 “guia suporte básico de vida” in: https://www.portoeditora.pt/conteudos/emanuais_pe_2015_

amostra/85320/9789720853202-TE-1/assets/resources/documents/ctic9_guia_sbv.pdf. consultado em 01/08/2017

2 Tavares, A., Pedro, N., & Urbano, J. (2016). Ausência de formação em suporte básico de vida pelo cidadão: um problema de saúde pública? Qual a idade certa para iniciar?. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 34(1), 101-104.

3 “CPR” in: http://www.aafp.org/news/health-of-the-publi-c/20151109ahacprguide.html. consultado em 01/08/2017

4 “cpr physiology” in: https://www.youtube.com/watch?v=OIdC8aw1xdw. consultado

em 01/08/2017

5 Fleischhackl, R., Nuernberger, A., Sterz, F., Schoenberg, C., Urso, T., Habart, T., ... & Chandra-Strobos, N. (2009). School children sufficiently apply life supporting first aid: a prospective investigation. Critical Care, 13(4), R127.

6 “basic life support chidren” in: http://www.nickcampos.com/2011/06/. consultado em 01/08/2017

7 Colquhoun, M. (2012). Learning CPR at school–everyone should do it.

9 “cadeia de subrevivência” in: http://www.inem.pt/2017/05/30/cadeia-de-sobrevivencia-2/. consultado em 01/08/2017

João Pedro Rapazote MachadoCapitão Médico Veterinário

Figura 5 – Quatro elos da cadeia de sobrevivência 9

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ESPAÇO SAÚDE

Dia Internacional das Florestas ‒ 21 março

DIA MUNDIAL DA ÁRVORE

Entre os dias 21 e 31 de março, esteve patente no átrio do auditório uma exposição comemorativa do

“Dia Mundial da Árvore/da Floresta”.

A referida exposição integrou trabalhos efetuados por alunos dos 5.º e 6.º anos. Os alunos do 6º ano, turmas A, B, C e D, no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, coordenados pela Professora Marina Aguiar, desenvolve-ram o projeto “A Árvore da Minha Imaginação”.

Cada aluno, procurando contribuir e sensibilizar para a defesa do meio ambiente, escolheu um tema e “inventou” uma árvore em 3D, reutilizando e reciclando materiais. Surgiu, assim, uma “floresta” única, plena de imaginação e criatividade, composta por cerca de cem árvores.

Com o mesmo objetivo, e no âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, os alunos do 5º ano, turmas A, B, C e D e alguns alunos do 6º ano, coordenados pela Professora Graça Augusto, criaram a imagem da Barretina, aplicando técnicas manuais (pintura, colagem ou objetos tridimensionais).

Desde já, um muito obrigado aos alunos e a todos os que de alguma forma contribuíram para esta iniciativa.

Professora Marina Aguiar

NOTÍCIAS

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A acompanhar a interpretação de alguns temas estiveram alunas da ACC de Dança, que prepararam coreografias de inegável beleza e qualidade para abrilhantar as afinadas e entusiasmadas prestações dos nossos Alunos Cantores.

O júri foi composto pelo Exmo. Diretor do Colé-gio, Coronel de Artilha-ria António Emídio da Silva Salgueiro, o Exmo. Comandante do Corpo de Alunos, Tenente- Coronel Sérgio Castanho, o Exmo. Coordenador Pedagógico

No passado dia 24 de março, decorreu, no Auditório do Colégio, a Final do

2.º Festival da Canção do Colégio Militar.

A edição deste ano foi subordinada ao tema “Canções Portuguesas dos últimos

25 anos” e, de entre os 11 alunos finalistas, ditou a votação do júri o 1.º lugar para o aluno n.º 733, Rodrigo Melo, com o tema “Rosa Sangue”, do grupo Amor Electro, o 2.º lugar para a aluna n.º 402, Vitória Coletto, com o tema “A Máquina”, também dos Amor Electro e, por último, o 3.º lugar, para o aluno n.º 193, João Inácio, com o tema “Canoas do Tejo”, de Frederico de Brito Carlos Coutinho e imortalizado por Carlos do Carmo.

2.º Festival da Canção do Colégio Militar

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NOTÍCIAS

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do Colégio, Dr. Pedro Ferreira, o Comandante de Batalhão, aluno 192, Tomás Bastos e, ainda, o famoso e muito acarinhado fadista António Pinto Basto que, para além de ter aceitado, para grande honra e gosto nossos, o convite para integrar o júri, ainda a todos presenteou com a excelente interpretação de algumas canções no início da 2.ª parte do Festival. Contámos, ainda, com a importante votação do público, durante o intervalo, através de um sistema online.

Os apresentadores, alunos 262, José Saramago, e 597, Inês Maurício, brilharam pela competência e boa disposição com que animaram todo o Festival.

Foi uma atividade que, mais uma vez, colheu grande adesão e entusiasmo dos alunos e da Comunidade Cole-gial em geral, o que nos dá motivação acrescida para continuarmos a desenvolvê-la no futuro.

Professora Alexandra Coutinho

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Visita do Exmo. CEME de Timor-Leste

17 de abril

Visita de Sua Exª o Ministro da Defesa de Timor Leste

31 de maio17

O Ministro da Defesa de Timor Leste, Dr. Cirilo Cris-tóvão, visitou, no passado dia 31 maio, o Colégio

Militar, onde foi recebido pelo CEME, General Rovisco Duarte, Vice- CEME, Tenente-General Rodrigues da Costa, Diretor de Educação, Major-General João Nunes dos Reis, Diretor do Colégio Militar, Coronel António Salgueiro e o Subdiretor do Colégio Militar, Tenente-Coronel Rui Rebordão de Brito.

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Conforme o previsto no Plano Anual de Atividades, e assinalando o final do

segundo período, realizou-se a Celebração da Palavra para os alunos do 1º Ciclo, uma iniciativa do nosso Capelão que juntou alunos, professores e auxiliares de ação educativa.

Os alunos tiveram a oportunidade de reviver o Mistério Divino da Páscoa nos cânticos, nas palavras, nos gestos muito simples do Capelão, e também nos episódios da Última Ceia e do Lava-Pés, os antecedentes da Paixão em que Cristo deu o supremo bem da vida, por amor, para salvar os Homens.

Através desta cerimónia, as crianças aperceberam-se do verdadeiro significado da caridade cristã, da importância para as relações humanas do estar disponível para o serviço aos outros e do estar pronto para partilhar, no fundo, o sentido profundo da camaradagem.

Professor Pedro Ferreira

CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

1º CICLO

VIA SACRA

Em 3 de abril, pelas 20H00, realizou-se uma Via Sacra que juntou a Família Colegial, alunos, profes-

sores, oficiais, funcionários, ex-alunos e encarregados de educação, numa jornada de Fé em torno dos eventos trágicos da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e da sua Ressurreição triunfal no primeiro dia da Páscoa.

Esta iniciativa, que resultou de um excelente trabalho de equipa das nossas professoras de EMRC – Maria do Rosário

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À luz de velas e, por vezes, de alguns telemóveis, foram entoados cânticos alusivos e lidos textos e reflexões com muita emoção que aqueceram a noite e nos reconfortaram a alma. A Via Sacra iniciou-se na Parada Teixeira Rebelo, seguindo cada uma das Estações, estrategicamente colocadas, a cargo de cada um dos grupos represen-tativos da Comunidade Colegial, incluindo, obviamente, os alunos do 1º Ciclo, passando pelo Monte Sinai, pleno de significado, e terminando em apoteose na escadaria do Palácio da Mesquitela com o lançamento de centenas de balões brancos significando o triunfo da Luz sobre as Trevas.

A nossa gratidão às professoras que em tão boa hora gizaram esta jornada, proporcionando a muitos o confronto do inquietante episódio do sofrimento de Cristo com quadros da nossa própria existência enquanto homens e a Esperança cristã do triunfo sobre o mal e o pecado que a Ressurreição nos trouxe.

Professor Pedro Ferreira

Gonçalves, Palmira Pereira e Marta Campos ‒ e o apoio da Capelania, congregou boas vontades e o espírito de entreajuda de muita gente, tornando possível a realização de uma cerimónia, plena de singeleza, com parcos meios, num fantástico momento que não deixou ninguém, dos muitos que o vivenciaram, indiferente.

Parabéns a todos pela sua participação, principalmente aos nossos alunos, que se portaram com muita dignidade.

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Todos os alunos, quer vencedores, quer participantes, estão de parabéns pelo seu contributo positivo na pro-moção da Educação Literária.

As professoras estão amplamente satisfeitas com os resultados obtidos, pois, mais uma vez, refletem todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelos seus grupos de trabalho.

Professoras Vânia Ferreira e Tânia Jordão

De forma a potenciar a promoção da leitura e da escrita junto dos

alunos de 1º ciclo do Colégio Militar, as professoras das turmas 2º B e 3º C desa-fiaram os mesmos a concorrer, quer em contexto coletivo de turma, quer a título individual, ao Concurso Nacional “Uma Aventura… Literária 2017”. Este é um concurso literário que contempla várias modalidades, sendo elas: texto original, crítica, desenho, teatro e olimpíadas da história.

Desta forma, e após um trabalho de pesquisa acerca das obras propostas a concurso, os alunos, sob a coordenação pedagógica das respetivas docentes, desenvolveram, com empenho e entusiasmo, os seus trabalhos.

Este esforço e dedicação resultou no reconhecimento de todo este processo de pesquisa, planeamento e execu-ção, sendo, uma vez mais, os alunos do Colégio Militar agraciados com prémios:

‒ Modalidade texto original individual: 1º lugar – aluna 787, Madalena Garcia – 2ºB

‒ Modalidade texto original coletivo: 2º lugar – turma 2ºB

‒ Modalidade desenho individual baseado na obra sugerida “A Joaninha Vaidosa”: 1º lugar – aluna 709, Madalena Garcia – 2ºB

‒ Modalidade crítica à obra sugerida “A Raposa Azul”: 2º lugar – aluno 465, Gonçalo Gião – 3ºC

CONCURSO UMA AVENTURA… LITERÁRIA 2017

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NOTÍCIAS

FEIRA DAS UNIVERSIDADES

Com o apoio da YORN Inspiring Future, o Colégio Militar levou a cabo a FEIRA DAS UNIVERSIDADES,

no dia 26 de abril de 2017.

Para além das Escolas Militares de Ensino Superior, os alunos do 9º ao 12º ano tiveram também oportunidade de contactar com as Instituições de Ensino Superior de referência, numa altura crucial das suas vidas em que se torna necessário optar.

Foi uma ocasião de troca de informação e de esclare-cimento de dúvidas em palestras, mesas redondas e workshops que ocorreram durante o dia.

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A vida é tão efémera. A saúde é tão efémera. Estar-mos aqui, em forma, mais ou menos contentes, a ler um livro, é tão transitório. A ler um livro, imagine-se. As forças da doença, se quiserem, subjugam-nos e aniquilam-nos em menos de um instante.

José Luís Peixoto

O perfeito homem do mundo seria aquele que jamais hesitasse por indecisão e nunca agisse por precipitação.

Arthur Schopenhauer

No dia 10 de maio de 2017, decorreu, no Auditório do Colégio Militar, uma

palestra sobre Suporte Básico de Vida organizada no âmbito da disciplina de Ciências Naturais, da Formação Cívica e do Projeto de Liderança e Valorização Pessoal.

O suporte básico de vida é um conjunto de procedi-mentos bem definidos e com metodologias padroniza-das para todos os países da União Europeia. São seus objetivos:

— reconhecer as situações em que há risco de vida iminente;

— saber quando e como pedir ajuda;

— saber iniciar, de imediato e sem recurso a qualquer equipamento, manobras que contribuam para preservar a oxigenação e a circulação na vítima até à chegada das equipas diferenciadas.

Salvar uma vida envolve uma sequência de passos. Cada um deles influencia a sobrevivência. Esses passos são frequentemente descritos como os elos da “cadeia de sobrevivência”. Uma reanimação básica de qualidade amplia grandemente as hipóteses de sobrevivência da vítima.

Reconhecendo, assim, a importância de munir os alunos de ferramentas básicas que lhes permitam atuar numa situação de emergência, nomeadamente perante um aflitivo quadro de paragem cardiorrespiratória ou de obs-trução da via aérea, momentos em que muitos se agitam mas em que poucos conseguem, verdadeiramente, atuar com propriedade, organizou-se a referida sessão com um especialista, que permitiu partilhar os conhecimentos e as orientações mais recentes sobre a matéria.

PALESTRAS

Palestra sobre Suporte Básico de Vida para os alunos do 9.º Ano

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de Vida Pediátrico pelo European Ressurection Council, o “Enfermeiro Gonçalo” cativou os alunos abordando as temáticas de forma participativa e interativa, prática, fascinante e pedagógica.

Os alunos das quatro turmas do 9.º Ano, acompanhados pelos respetivos Diretores de Turma e pelos docentes da disciplina de Ciências Naturais, participaram ativamente e com profundo interesse em todas as atividades propostas e tomaram plena consciência de que o que ouviram e exercitaram foi extremamente relevante e que os dotou de conhecimentos que farão a diferença se, um dia, tiverem de contribuir para a manutenção da vida de outros. Aí, num contexto diferenciado, a divisa “um por todos e todos por um” revestir-se-á de novos matizes.

Professor Rui Farinha

A palestra foi proferida pelo Senhor Enfermeiro Gonçalo de Oliveira e Silva, Mestre em Enfermagem na Especialidade de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, que exerce, atualmente, as funções de Enfermeiro Chefe do Serviço de Urgência de Pediatria do Hospital Dr. José de Almeida, em Cascais.

Formador do Sistema de Triagem de Manchester e instrutor e formador de Suporte Básico de Vida pela American Heart Association, formado em Suporte Básico de Vida pela Intelligente Life Solutions e em Suporte Avançado

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NOTÍCIAS

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experienciar e realizar parte de uma das pistas de obstáculos do Exército. A escalada, as atividades de fomento de liderança (provas de situação) e o rapel já tinham sido realizadas pela maioria do curso, mas a sua repetição é sempre aliciante.

Os exercícios de campo foram bastante exigentes tanto no aspeto físico como psicológico. Como nem todos temos as mesmas capacidades foi necessária entreajuda e união para que todo o curso pudesse completar a semana. Esta semana de campo serviu para testar a união que, durante 7 anos, o Colégio fomentou em todos nós e para vivermos experiências que nos poderão ajudar num futuro próximo.

No decorrer destas atividades, para além dos militares responsáveis por nos enquadrarem, fomos sempre acompanhados por militares da Escola de Armas. O Curso 2010 agradece-lhes a hospitalidade e ajuda no decorrer desta semana.

“Onde o corpo é fraco, a alma é forte”

504 – Moutinho

Semana de Campo

Exercícios Finais de Campo

Os alunos do 11º Ano embarcaram rumo aos tradicionais Exercícios

Finais de Campo, que este ano decorre-ram de 5 a 8 de abril, na Tapada Militar de Mafra, na Escola das Armas.

Os Exercícios Finais de Campo fazem parte da disciplina de Instrução Militar e têm como objetivo proporcionar aos alunos atividades que se enquadrem nos conteúdos programáticos e funcionam como um meio de avaliação do que aprenderam durante 7 anos. Esta semana de campo teve uma “pequena” diferença em relação às anteriores, não foi permitido o uso da Espingarda Auto-mática G3, o que alterou as atividades programadas.

No decorrer dos exercícios, tivemos oportunidade de realizar atividades únicas, experiências de uma vida, e também de pôr em prática atividades que já tínhamos tido o prazer de experienciar. Realizamos duas atividades únicas que só poderemos repetir se prosseguirmos com a carreira militar: a Câmara de Gás e a Pista Molhada. Na Câmara de Gás, os alunos equiparam-se com os fatos de NBQ do Exército Portu-guês e, dentro de uma sala fechada, foi acionada uma granada de gás lacrimogénio. Esta atividade serviu para testarmos a eficiência do material NBQ à disposição do Exército Português. A Pista Molhada permitiu-nos

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Entre os dias 30 de março e 4 de abril, decorreu a Viagem de Finalistas do

Curso 2009 a Budapeste, Hungria. Tal como é possível imaginar, estes dias foram especialmente marcantes e permanecerão na nossa memória eternamente.

No dia em que partimos, ainda de madrugada, estávamos todos muito ansiosos e com expetativas bastante altas. O nosso primeiro voo levou-nos até Munique e só após essa paragem é que nos dirigimos para Budapeste. Che-gámos um pouco depois da hora do almoço e o primeiro local que visitámos foi o Monte de S. Gerardo. Nesse monte, conseguimos ter uma noção de quão bonita era a cidade, que, dividida pelo rio Danúbio, tinha uma parte denominada por Buda e outra por Peste. Após este passeio, fomos até ao hotel onde ficaríamos hospedados e, mais tarde, pudemos desfrutar de um passeio de barco no Danúbio, onde jantámos. A vista era incrível, e ter a

VIAGEM DE FINALISTAS A BUDAPESTE

oportunidade de ver o Parlamento de Budapeste à noite, completamente iluminado, foi algo fenomenal.

No dia 31 de março, visitámos o Castelo Húngaro da imperatriz Sissi, em Gödöllő. Após esta visita, assistimos a um espetáculo hípico, numa quinta típica da região, onde tivemos o privilégio de conhecer a famosa cultura hípica da Hungria. Mais tarde, andámos de carroça. Almoçámos nessa mesma quinta, enquanto ouvíamos música ao vivo. Ao regressarmos ao hotel, para nos prepararmos para assistir à ópera “Othello”, visitámos a Praça dos Heróis, um local com um grande significado histórico para esta nação.

Nos dias 1 e 2 de abril, visitámos vários locais desta linda cidade, nomeadamente o miradouro de Visegrád, a Igreja Matias e a Basílica de St. Estevão. No dia 3, da parte da manhã, desfrutámos dos Banhos Gellért, onde, durante algumas horas, pudemos descontrair.

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NOTÍCIAS

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No último dia, visitámos o Parlamento, onde, entre várias coisas, pudemos ver as joias da coroa de Budapeste, relíquias milenares com um grande valor simbólico. Depois, almoçámos, pela última vez, nesta cidade e partimos de regresso a casa.

É impossível, para mim, descrever com pormenor tudo aquilo que visualizámos, contudo, posso garantir que é uma cidade maravilhosa. Foi uma inesquecível experiência conhecer esta cidade, que nos cativou e será sempre fonte de ótimas lembranças.

602 – Pereira

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Curso 1950-195760 anos de saída[ 02jun17 ]

ALUNOS DE ONTEM

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NOTÍCIAS

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Curso 1960-196750 anos de saída[ 05maio17 ]

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NOTÍCIAS

Curso 1979-198730 anos de saída[ 24mar17 ]

Curso 1998-200610 anos de saída[ 21abr17 ]

Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 2017

NOTÍCIAS

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Curso 1999-200710 anos de saída[ 19maio17 ]

Revista “O Colégio Militar” • março | agosto 201775

NOTÍCIAS

ARTE E CULTURA

AEC - Expressão Plástica1º Ciclo – 2.º Ano | Turmas A e B

O trabalho das artes com as crianças é muito importante na medida em

que a criança, de uma forma mais direta, se pode refletir, se pode desenvolver e reconhecer.

A criatividade e a expressão na criança implicam amadurecimento, capacidade de comunicação, nível percetivo e motor, grau de motivação e, desde logo, conhe-cimentos da aplicabilidade de algumas técnicas no seu trabalho criativo. Ao

mesmo tempo, a expressão plástica converte-se num ótimo meio para a iniciação das aprendizagens básicas: leitura e escrita. É através do desenho, da pintura e da modelagem de formas que a criança melhor acede ao símbolo gráfico, à sua compreensão e utilização.

Ao longo do ano letivo 2016|2017, os alunos das turmas A e B do 2º ano realizaram trabalhos criativos no âmbito da disciplina de Expressão Plástica e foi com muita ale-gria que os partilharam com toda a família colegial os resultados da sua criatividade.

Professoras Esmeralda Baleizão e Vanda Gonçalves

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CARACTERIZAÇÃO DO ROSTO

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ARTE E CULTURA

A intenção da área da expressão plás:ca, pelo menos nos primeiros

níveis de ensino, é deixar total liberdade para que a criança possa explorar ao máximo o seu potencial imagina:vo, cria:vo e descobrir caracterís:cas de diversos materiais.

Trabalhos realizados pelos alunos das turmas A e B do 1º ano.

Professoras Graça Augusto e Vanda Gonçalves

AEC - Expressão Plástica1º Ciclo – 1.º Ano | Turmas A e B

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ARTE E CULTURA

78

1º Open Day do Colégio Militar

Exposição “Momentos de Artes” do 2º e 3º Ciclos

Professores: Ed. Visual | Ed. Tecnológica Vanda Gonçalves | Graça Augusto Esmeralda Baleizão | Alda Cesteiro | Anabela Bispo | Isabel Heitor | José Filipe

Trabalhos de Educação Tecnológica

5.º ano

Um dos objetivos da expressão criativa é aumentar e engrandecer a qualidade do Ser.

“Das Coisas Nascem Coisas”

Bruno Munari

Obrigada pela vossa presença no nosso 1º Open Day

Ao longo do ano letivo 2016|2017, os alunos do 2º Ciclo e 3º Ciclo realizaram trabalhos criativos no

âmbito das disciplinas de Educação Visual e Educação Tecnológica. A exposição, ”Momentos de Arte”, realizada no dia 3 de junho e inserida nas atividades do 1º Open Day do Colégio Militar, revelou os resultados do conhecimento da aplicabilidade de algumas técnicas no trabalho cria-tivo dos alunos. Foi com muita alegria que os alunos partilharam com toda a família colegial os resultados da sua criatividade.

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ARTE E CULTURA

6.º ano

7.º ano

7.º ano

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ARTE E CULTURA

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Trabalhos de Educação Visual

5.º ano

6.º ano

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ARTE E CULTURA

6.º ano

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ARTE E CULTURA

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7.º ano

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ARTE E CULTURA

8.º ano

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ARTE E CULTURA

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9.º ano

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ARTE E CULTURA

9.º ano

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ARTE E CULTURA

86

EVENTOS DESPORTIVOS

O Colégio Militar, mais um ano, fez-se representar no evento desportivo

castrense de maior tradição, a LXI Semana Equestre Militar, a decorrer entre 18 e 26 de março, na Escola das Armas, em Mafra,

com vinte e quatro alunos, um oficial e dezoito cavalos, em diferentes provas.

As participações iniciaram-se no passado fim de semana, 18 e 19 de março, com as provas de obstáculos, sendo estas o corolário do trabalho realizado pelos alunos do Colégio Militar na sua Atividade de Complemento Curricular de Equitação. Estas provas decorreram com um elevado grau de empenho e dedicação dos alunos participantes, tendo sido notório através dos resultados alcançados e evolução dos conjuntos.

Os alunos, no último sábado, participaram na Prova II, destinada aos Estabelecimentos Militares de Ensino, destacando-se, na classificação final nos primeiros cinco lugares, os seguintes alunos do Colégio Militar:

1º – 16, Filipe Carvalho2º – 453, João Mira3º – 10, Sebastião Carvalho4º – 427, Nicole Serafim5º – 651, Marcos Reis

Ainda no mesmo dia, dois alunos do Colégio Militar compe-tiram na prova de obstáculos de classe 1,00m, destinada a cavaleiros militares e civis convidado. Entraram em prova 45 conjuntos, obtendo a aluna 565, Alexandra Bernardino,

com Queenie, o primeiro lugar da classificação geral e o aluno 16, Filipe Carvalho, com Delta, o segundo lugar, classificações estas de elevado mérito e reconhecimento.

Já no domingo, na prova em que o “patrono” foi o Colégio Militar, vinte e dois alunos mostraram a sua garra e determinação, competindo entre si. Classificaram-se nos cinco primeiros lugares os seguintes alunos:

1º – 453, João Mira2º – 412, Vicente Durão3º – 428, Luísa Pena4º – 610, Inês Martins5º – 651, Marcos Reis

A encerrar a participação dos alunos no evento, mais uma vez a aluna 565, Alexandra Bernardino, classificou-se, agora numa prova de classe 1,20m, na 4ª posição, entre os 19 conjuntos participantes.

Os conjuntos representaram o Colégio Militar de forma digna e merecedora de elogios e do reconhecimento geral, e o Colégio Militar endereça os Parabéns aos participantes, fazendo votos de que continuem a esforçar-se para as futuras participações.

O Colégio Militar continuará a participar nas restantes provas, marcando presença com o Adjunto do mestre de Equitação, Tenente de Cavalaria Miguel Martins, até ao dia 26 de março, data em que a LXI Semana Equestre Militar terminará com a tradicional cerimónia de encerramento, na qual o Guião do Colégio Militar irá marcar presença.

O Colégio Militar congratula-se pelas prestações obtidas pelos seus alunos e manifesta enorme empenho na participação em eventos futuros.

Maj Cav Jorge Rodrigues dos Santos

EQUITAÇÃO

LXI Semana Equestre Militar 2017

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EVENTOS DESPORTIVOS

ESGRIMA

Cinco atiradores do CM a competir na 4ª Prova de Seniores

No dia 26 de fevereiro, decorreu, no Instituto dos Pupilos do Exército, em

Lisboa, a 4ª Etapa do Circuito Nacional de Seniores, que contou com a participação total de 46 atiradores e 24 atiradoras, na prova de espada.

O Colégio Militar fez-se representar por 5 atiradores, não sendo nenhum dos nossos alunos pertencentes a este escalão. Os nossos alunos conseguiram várias vitórias

na poule e nos quadros de eliminação direta, conseguindo afirmar-se perante vários atiradores mais experientes.

O CM é Campeão Nacional de Juniores de Espada Feminina individual e por equipas

Nos dias 18 e 19 de março, decorreu, no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, o Campeonato Nacional de

Juniores, que contou com a participação de 10 atiradores do Colégio Militar na prova individual e 2 equipas na prova de equipas de Espada.

Em destaque na prova individual, a aluna 343, Catarina Madeira, ( por alcançar o 3º lugar do pódio, entre 20

atiradoras de todo o país. A nível coletivo, em desta-que, as equipas femininas: CM1 (91, Inês Madeira; 343, Catarina Madeira, e 393, Constança Carapuço; CM2 (318, Lídia Vicente; 350, Vitória Jesus; 622, Marta Dias, e 667, Inês Estevão) que se sagraram Campeãs Nacionais e Vice-Campeãs Nacionais por equipas de Juniores, res-petivamente, na arma de Espada. Somaram, assim, o segundo titulo de Campeãs Nacionais por equipas, da época desportiva 2016/2017.

Do mesmo grupo de trabalho, de realçar o titulo de Cam-peão Nacional de Sabre, na prova individual, do atirador ex-aluno 591, Francisco Araújo, da AAACM. E o título de Campeões Nacionais por equipas de Sabre da AAACM (ex-aluno 261, Rafael Onofre; ex-aluno 270, Gonçalo Alves; ex-aluno 591, Francisco Araújo).

TCor Alves Alferes Sofia Nascimento

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EVENTOS DESPORTIVOS

2ª Prova do Circuito Juvenil

Nos dias 25 e 26 de março, decorreu, na Academia da Força Aérea, em Sintra, a prova de Juvenil 3, que contou

com a participação de 37 atiradores do Colégio Militar, na prova de Espada e Sabre nos escalões Iniciados e Cadetes. Em destaque, esteve a aluna 393, Constança Carapuço, por alcançar o 2º lugar no pódio de Iniciados em Espada, e, tam-bém, o aluno 200, Diogo Valdrez, que atingiu a final em Sabre. De realçar o 3º. lugar da atiradora Marta Alves da AAACM, na prova de Espada de Cadetes feminino.

Colégio Militar sobe a todos os pódios na prova de Desporto Escolar 4 e conquista 8 medalhas

No dia 29 de março, decorreu, na Escola Secundária José Cardoso Pires, em Loures, a 4ª Prova de Des-

porto Escolar do ano letivo de 2016/2017, que contou com a participação de cerca de 42 atiradores. O Colégio Militar fez-se representar por 20 atiradores, nos escalões de Iniciados e Juvenis em Espada.

Os nossos atiradores conseguiram, mais uma vez, ele-var o nosso Colégio a todos os pódios, ao conquistar 8 medalhas.

Em destaque estiveram as alunas, 343, Catarina Madeira, e 393, Constança Carapuço, ao conquistar o 1º lugar nos seus escalões.

Campeonatos do Mundo de Cadetes/Juniores

Realizaram-se de 30 de março a 4 de abril, em Plovdiv, Bulgária, os Campeonatos do Mundo de

Cadetes/Juniores. Portugal fez-se representar nas armas de espada, sabre e florete, integrando a Dele-gação Nacional de Espada a aluna do Colégio Militar 343, Catarina Madeira, no escalão de Cadetes. Na sua estreia, a atiradora Madeira obteve, na fase de poules, 3 vitórias (4-0 com a atiradora do Egipto, Habiba Sharaf; 5-1 com a atiradora Argentina, Ana Lombardo; 5-2 com a atiradora Dominika Pawlowska, da Polónia) e 3 derrotas (2-5 com a atiradora do Canadá, Ariane Leonard; 4-5 com a atiradora Ekaterina Gettueva do Quirguistão e com a atiradora Antonia Grabher da Áustria por 4-5). Com estes resultados passou à fase de eliminação direta, ficando isento do quadro 128. No quadro 64, perdeu por 15-14, frente à atiradora da Grã-Bretanha, Avery Louis. No seu primeiro Campeonato do Mundo, Catarina Madeira classificou-se em 48º lugar, de entre 104 atiradoras presentes. Com este resultado, a aluna passou a integrar o percurso de Alto Rendimento.

À delegação portuguesa, juntou-se o Colégio Militar, com os alunos 200, Diogo Valdrez, e 248, Diogo André. Estes

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EVENTOS DESPORTIVOS

alunos, durante o ano, destacaram-se, em representação do CM, nas atividades de esgrima, e tiveram a possibili-dade de acompanhar a prova da Catarina Madeira, as de outros atiradores de Portugal e as diversas competições de outras armas.

A visão dos nossos alunos:

“(…) O apoio permanente do Colégio tornou possível tudo o que vivi. Foi uma experiên-cia enriquecedora representar o Colégio, representar Portugal. No meu primeiro Mundial, algo marcante e inacreditável,

tive o prazer de me fazer acompanhar de dois outros alunos do Colégio, aos quais pude mostrar que os sonhos podem tornar-se realidade, pelo menos aqueles que incluem as palavras “esgrima” e “mundial”. Durante as competições, a interajuda foi evidente. Agradeço ao Colégio por acreditar em mim, no nosso grupo de trabalho e por nos ter proporcionado esta experiência. Outros Mundiais virão, espero, mas nenhum se igualará ao primeiro, onde conquistei o Estatuto de Alta Competição, que permitirá voos ainda mais altos sempre com o Colégio e com Portugal no coração.”

343 – Madeira

“ (...) Nos dias que se passaram, nós fomos aumentando o nosso espirito de equipa com os ex-alunos e com outros companheiros portugueses que também foram representar o nosso país. Conheci

pessoas de outros países, observei e aprendi novas formas de jogar esgrima, com a esperança de um dia poder participar.”

248 – André

“Eu gostei de ir ao Campeonato do Mundo em Plovid, onde pude ver os jogos da Cata-rina Madeira e de muitos outros partici-pantes portugueses e estrangeiros. (…) Foi uma oportunidade única e gostaria de, um

dia mais tarde, poder vir a ser eu a jogar num Mundial.”

200 – Valdrez

Um forte Zacatraz.

CM conquista 5 medalhas na 2ª etapa do Circuito de Esperanças

No dia 22 de abril, decorreu, no Pavilhão do Clube Desportivo de Mafra, a 2ª Etapa do Circuito de Espada

– Esperanças 2016/2017.

O encontro, que contou com cerca de 70 atiradores, teve como objetivo proporcionar mais uma experiência de competição e um convívio entre atiradores de diversos clubes. Os atiradores jogaram entre si, através de uma fase de poules, seguida de uma fase de eliminatória, com vários quadros de 8 atiradores,

O CM fez-se representar por 30 atiradores, alguns já federados e outros a iniciar o seu percurso na modalidade,

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EVENTOS DESPORTIVOS

e todos conseguiram, no mínimo, 2 vitórias. Cinco destes alunos alcançaram lugares no pódio.

Em destaque, no escalão de Benjamins, o aluno 714, Rafael Sousa, e a aluna 306, Madalena Lopes, por con-quistarem o 2º lugar; no escalão de Infantil, as alunas, 622, Marta Dias (1º lugar), 496, Francisca Marques ( 2º lugar) e 350, Vitória Jesus (3º lugar), por completarem o pódio feminino.

Parabéns a todos os alunos e um enorme obrigado a todos os que contribuíram para o sucesso destas atividades.

Catarina Madeira vence o Torneio da Academia da Força Aérea

Nos dias 28 e 29 de março, decorreu, na Academia da Força Aérea (AFA), em Sintra, o Torneio AFA 2017

de Esgrima. Este torneio integra o circuito de provas militares de 2017, sendo disputado, nas armas de Espada e Sabre, no escalão de seniores.

O CM fez-se representar em espada feminina com 4 alunas que afirmaram bem a sua presença, num escalão que não o seu.

A aluna 343, Catarina Madeira, atingiu o lugar mais elevado do pódio, vencendo a prova.

De realçar, do mesmo grupo de trabalho, as vitórias, nas provas de Sabre Masculino e Espada Masculino, dos atiradores da AAACM 270, Gonçalo Alves, e 298, André Vaz.

Muitos parabéns pelos resultados alcançados.

Campeonato Nacional de Iniciados

Nos dias 6 e 7 de maio, decorreu, na Escola Secun-dária Fernando Namora, na Brandoa, o Campeonato

Nacional de Iniciados, que contou com a participação de 23 atiradores do Colégio Militar, nas provas individuais das três armas (Florete, Sabre e Espada).

Nestas provas, esteve em maior destaque, a aluna 393, Constança Carapuço, ao alcançar o 3º lugar do pódio, entre 24 atiradoras de todo o país.

Na prova coletiva, o CM teve 4 equipas em pista na prova de Espada, subindo ao pódio com a equipa feminina CM1 (318, Lídia Vicente ; 350,Vitória Jesus; 393, Constança Carapuço; e 622, Marta Dias) por conquistar o 3º lugar.

Parabéns aos nossos alunos.

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EVENTOS DESPORTIVOS

Em destaque no Circuito Europeu sub-14, esteve o aluno 461, Diogo Onofre, ao conquistar o 2º lugar num pódio composto por Henrik Priimagi (Estónia) em 1º lugar, e Sancho Custódio (Portugal) e Nicolas Peña (Espanha) em 3º lugar. Já no Open Viana sub-17, terminou em destaque a aluna 393, Constança Carapuço, ao subir ao pódio com o 3º lugar, sendo a única portuguesa num pódio constituído por Anna Zens (Alemanha) em 1º lugar, Nicol Lixandru (Espanha) em 2º lugar e empatada com a aluna do CM a atiradora Madli Palk (Estónia) em 3º lugar.

Um forte Zacatraz a todos os que permitiram esta par-ticipação.

TCor Alves Alferes Sofia Nascimento

Circuito Europeu e Open Viana

Nos dias 13 e 14 de maio, em Viana do Castelo, realizou-se o Circuito Euro-

peu U14 e o Open Viana U17 de Esgrima.

Portugal fez-se representar nas armas de espada e florete e o Colégio Militar, com 9 atiradores, fez parte da Delegação de Clubes Portugueses.

Numa estreia em provas internacionais para a maioria dos alunos presentes, estes tiveram a oportunidade de estar

frente a frente com atiradores da Alemanha, Espanha, Estónia, Portugal e Bélgica.

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EVENTOS DESPORTIVOS

Mega Sprinter 2017

Realizou-se, no passado dia 7 de março, na Pista Municipal Prof. Mário

Moniz Perreia, na Alta de Lisboa, a Fase Regional do Projeto “MegaSprinter-Me-gaSalto-MegaQuilómetro-MegaLança-mento”.

O Mega Sprinter é apadrinhado pelo atleta Francis Obikwelu, o Mega Salto pelos atletas Naide Gomes e Nelson Évora,

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EVENTOS DESPORTIVOS

Mega Sprinter 2017

Realizou-se em Elvas, nos dias 31 de março e 1 de abril, a 13ª edição do Projeto “MegaSprinter , no qual

estiveram presentes alunos de todas as Coordenações de Educação (C.E.) de Portugal e uma representação dos Açores.

Depois de feitos os diversos apuramentos (fase de turma- fase escola- fase distrital- fase regional) , chegaram à final nacional, por escalão e sexo, os 2 primeiros classificados nos 40 metros e o 1º no quilómetro, no salto em comprimento e no lançamento (este apenas nos escalão de iniciados).

Estão por isso presentes os MELHORES dos MELHORES em cada disciplina.

A Coordenação Educativa de Lisboa foi representada por alunos de 13 estabelecimentos de ensino. O CM apresentou 6 alunos, sendo o que teve mais alunos participantes.

Uma vez mais foi alcançado o objetivo prioritário do CM, estar presente em todas as finais nacionais de atletismo. O que se passa depois tem muito a ver com as condições que cada aluno tem ao longo do ano letivo.

No atletismo, o CM foi representado, uma vez mais, com muita dignidade a nível competitivo, deixando uma imagem de camaradagem, solidariedade, espírito de entreajuda, espírito de equipa, que foram evidenciados em todos os momentos que passaram com jovens de outras escolas.

Por tudo o que fizeram, fica aqui o nosso agradecimento.

Professores Alexandre Fernandes e Nuno Marques

o Mega KM pelo atleta olímpico Rui Silva e o Mega Lan-çamento pelo atleta Marco Fortes.

O Projeto Mega é constituído por provas de velocidade de 40 metros, uma prova de salto em comprimento, uma prova de 1000 metros e uma prova de lançamento de peso.

Participam 2 alunos por Escalão/Sexo, na prova de 40 metros , 1 aluno por Escalão/Sexo nas provas de salto em comprimento e quilómetro e um aluno e uma aluna do Escalão de Iniciados no lançamento do peso.

Estiveram presentes mais de 700 alunos em represen-tação de mais de 30 escolas de Lisboa, e o CM fez-se representar por um grupo de alunos.

A representação do CM fez-se notar, uma vez mais, pelos excelentes resultados que os alunos alcançaram.

Foi uma presença que dignificou o nome desta Casa, não só pelos resultados que obtiveram mas também, e sobretudo, pela atitude demonstrada em competição e fora dela.

A TODOS, sem exceção, os nossos parabéns.

Professores Alexandre Fernandes e Nuno Marques

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EVENTOS DESPORTIVOS

O Corta-Mato Nacional do Desporto Escolar, que decorreu em 10 e 11

de março, em Torres Vedras, contou com a participação de mais de 1.100 jovens, em representação das 24 Coordenações Locais do Desporto Escolar e ainda da Região Autónoma dos Açores.

O CM integrou a Coordenação do Desporto Escolar de Lisboa e fez-se representar por um grupo de alunos.

A prova do escalão de INFANTIS, tanto feminino como masculino, apenas tinha classificação individual, e os escalões de Iniciados e Juvenis tinham classificação individual e coletiva.

A prova decorreu no Parque Verde da Várzea, num percurso exigente, em piso de terra batida, apenas com relva nas zonas de partida e chegada.

Os alunos e alunas do CM revelaram, uma vez mais, um espírito digno de referência, não só pela entrega competi-tiva como também pela postura e atitudes demonstradas em todos os momentos, desde a cerimónia de abertura até ao almoço final e à partida das delegações. Os Fizeram-se notar e foram objeto de elogios de todos os que com eles privaram naqueles 2 dias.

Os resultados obtidos são os normais, devendo ter-se em conta

a especificidade do percurso e o modo como se desen-rolaram as provas, chegando os atletas à meta com diferenças mínimas entre eles.

Sobre este ponto, podemos indicar alguns aspetos:

- No escalão de Iniciadas Femininas, a 1ª aluna do CM entrou na 91ª posição e fez mais 1 minuto do que a que entrou em 20º, ou seja, entre 71 atletas há uma diferença de 60 segundos;

- No escalão de Iniciados Masculinos, o 1º aluno do CM entrou na 101ª posição e fez mais 1 minuto do que o que entrou em 15º, ou seja, entre 86 atletas há uma diferença de 60 segundos;

- No escalão de Juvenis Masculinos, o 1º aluno do CM entrou na 112ª posição e fez mais 1 minuto do que o que entrou em 35º, ou seja, entre 77 atletas há uma diferença de 60 segundos.

Na prova de INFANTIS, as diferenças também são muito reduzidas, a saber:

- INFANTIS FEMININOS - a aluna do CM entrou na 26ª posição e ficou a 37 segundos do 1ºlugar e a 27 segundos do 3º lugar;

- INFANTIS MASCULINOS - o aluno do CM entrou na 32ª posição e ficou a 31 segundos do 1ºlugar e a 28 segundos do 3º lugar.

Por tudo isto, só podemos repetir o que publicou o Pro-fessor Alexandre Fernandes:

“Continuam a ser o nosso Orgulho, Parabéns e Obrigado!”

Professores Alexandre Fernandes e Nuno Marques

DESPORTO ESCOLAR | Corta-Mato Nacional

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EVENTOS DESPORTIVOS

TRADIÇÕES E MEMÓRIAS

JOGO ALUNOS FINALISTAS vs RESTANTE FAMÍLIA COLEGIAL

No final da tarde do dia 5 de junho, realizou-se este tão esperado derby. Foi uma partida renhida e sempre

equilibrada, tendo o resultado sido do agrado de ambas as partes. Entregou-se o tradicional osso aos jogadores da equipa contrária, acompanhado por uns biscoitos de consolação, bastante úteis no final do jogo.

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GARRAIADA

Mais uma vez a tradição foi cumprida, desta vez de uma forma diferente,

isto é, com a realização do espetáculo e, posteriormente, um convívio entre toda a Família Colegial e outros convidados.

Surpreendentemente, houve uma grande adesão a este evento por parte de todos que, deste modo, contribuiu

para uma tarde memorável com a demonstração de dotes tauromáquicos, não só por parte dos anos finalistas, mas também dos curiosos que maioritariamente eram alunos.

A tarde começou com o nosso cavaleiro, o aluno nº235, Francisco Almada, que é novato nesta categoria, porém

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TRADIÇÕES E MEMÓRIAS

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cumpriu bem, mostrando raça e ambição no momento da reunião. Apenas levou alguns toques, mas nada de grave. Para pegar, foi nomeado o aluno nº1, João Caetano, que, depois de brindar a sua pega à família, e arrancou com todas as “ganas” para a vaca, executando a pega ao 1º intento, ajudado pelo seu grupo coeso. De seguida, a lidar a segunda vaca, esteve a aluna nº 574, Elisa Agostinho, a mostrar as qualidades a que já nos habituou nestes anos, já que tem uma carreira no mundo dos toiros. Sendo apenas amadora, já é alvo de enormes elogios por parte de sites taurinos e outras “pessoas da festa”. Para pegar, saiu a sorte ao aluno nº375, Bernardo Pegado, que, com grande delicadeza, brindou de forma elegante e bonita aos alunos do 11º ano e aos antigos alunos mais recentes, representando a união entre todos. Começou a citar de forma precipitada, no entanto, conseguiu fazer uma boa pega também à primeira tentativa.

Após o tradicional espetáculo, seguiram-se, entre outras pegas, vários números como o “Jogo das Estacas”, “Futvaca”,

“Ataque Soviético”, “Os Peixes” “Por Cima da Vaca”, “Pega de Costas”, correndo tudo da melhor forma.

Para acabar, os alunos mais novos e outros aventurados saltaram para a arena e mostraram a sua raça e galhardia executando pegas de alto gabarito. Um momento de especial importância foi o nosso grito, enquanto a vaca se situava entre nós.

A última parte foi celebrada de uma forma muito bonita, com um convívio cheio de alegria e vida, devido à música e à presença de todos os convidados.

Um especial agradecimento à ganadaria Canas Vigouroux, à Herdade da Baracha pela simpatia que tiveram connosco ao emprestarem-nos o espaço, às pessoas que contri-buíram para o bom funcionamento da atividade e a todos os presentes.

Bem hajam todos!

266 - Mesquita

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TRADIÇÕES E MEMÓRIAS

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BAILE DE GALA

Foi em ambiente festivo e glamoroso que, no passado dia 26 de maio, decorreu o

tradicional Baile de Gala do Colégio Militar. Nos Claustros, convidados da Direção e dos Alunos Finalistas do Curso 2009 - 2017 partilharam

uma noite inesquecível.

Este baile, evento dedicado aos alunos finalistas, anuncia o fim do ano letivo e promove o convívio entre a família colegial. Inicia-se com a chegada dos convidados, todos com traje de cerimónia. Depois estes dirigem-se para os Claustros para o jantar, onde se sentam nas mesas dos finalistas. Após o jantar, os alunos finalistas são chamados ao palco para receberem uma lembrança oferecida pelo Colégio. Depois, no mesmo palco, abrem o baile com uma valsa tocada pela Banda do Exército. Esta valsa tem um significado bastante importante, pois cada aluno finalista dança com a mãe e cada aluna finalista com o pai. Terminada a valsa dos finalistas, os restantes convidados dançam também. Tudo decorre com um forte sentimento de nostalgia, amizade

e despedida. Este baile é um acontecimento marcante no percurso colegial de cada aluno.

266 - Mesquita

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TRADIÇÕES E MEMÓRIAS

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Oito anos passados Com os mesmos ao meu lado Um amor que não se expressa Uma chama que não se explica.

Colégio, minha vida, Simbolizado numa coisa tão pequenina Da cabeça para a lapela Lá está a barretina .

Pelo que o Colégio não é apenas símbolos Guardo também os princípios Para que Menino da Luz possa ser E a minha casa enaltecer.

A vós mais novos Que sob esta cúpula mais anos ficarão A quem a sorte ainda sorri Deixo uma palavra como irmão.

Este que agora é também o berço da vossa geração É uma nobre e secular instituição Agora nas vossas mãos Segurem-na bem.

Ao meu curso, aqueles a quem chamo de irmãos Tenho a prestar uma enorme gratidão Foi convosco que criei memórias E é de vós que terei saudades.

Juntos enfrentámos inúmeras adversidades Criadas pelas mais ínfimas pessoas Foi também juntos que desvendámos Aquele que é o nosso Colégio.

Ninguém fará nada por nós, nem agora, nem nunca. Ao longo dos anos a batalha foi nossa Agora é a vez dos próximos Olhando para trás apenas de uma coisa me arrependo

Não termos percebido mais cedo quem de facto é insignificante Quer vista o verde ou o traje civil.

No fundo, A esta vivência inigualável União e coerência é coisa indispensável Vós nunca estais sós Juntos numa divisa entoamos numa só voz Um por todos todos por um.

262 – Saramago

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TRADIÇÕES E MEMÓRIAS

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240março/agosto 2017

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