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A Descolonização Colégio Militar de Belo Horizonte História -

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Page 1: A Descolonização Colégio Militar de Belo Horizonte História -

A Descolonização

Colégio Militar de Belo Horizonte

História -

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Objetivosa.Analisar a consciência antiimperialista

surgida após a 2ª Guerra Mundial.

b.Arrolar os movimentos de independência da África e da Ásia.

c.Identificar as principais lideranças do processo de independência afro-asiática.

d.Ressaltar a importância da Conferência de Bandung.

e.Relacionar Descolonização e Guerra Fria.

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A Descolonização Afro-Asiática

A DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA• Entre 1945 e 1960 a maioria dos países africanos e asiáticos conquistaram a independência nacional.

(1/4 da população do planeta). Depois da independência muitos dessas jovens

nações mergulharam em sangrentas guerras civis.

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Fatores da Descolonização Declínio econômico da Europa; • Apoio dado

pelas superpotências – URSS (Apoiava movimentos de libertação nacional) – EUA (Apoio a governos que servissem de anteparo ao comunismo).

Luta histórica dos povos pela autonomia nacional após o domínio imperialista. (eclosão de movimentos nacionalistas).

Declínio político da Europa após a 2ª GM. Luta histórica nas antigas colônias em prol da

emancipação nacional.

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1. ÍNDIA (1947) Na primeira metade do século XX, o nacionalismo indiano

passou por um processo de amadurecimento que se personificou na figura do “Mahatma” (“Grande Alma”) Gandhi. Este, baseando-se nos princípios da “não-violência” e da “resistência passiva”, mobilizou milhões de seguidores e causou grandes transtornos aos ingleses. Gandhi visava à criação de uma Índia independente onde todas as etnias e religiões convivessem pacificamente. Contudo, seu ideal não era compartilhado pelos radicais hinduístas (que o assassinariam em 1948).

Hinduísmo e islamismo, para os indianos, eram muito mais que duas religiões antagônicas. O primeiro, nascido no próprio país há milhares de anos, possuía vários deuses e criara uma sociedade de castas. O islamismo de origem árabe é monoteísta e considera todos os homens iguais perante Deus.

Estudo de Casos

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À medida que o Congresso Nacional Indiano – partido fundado por Gandhi – ganhava força na luta pela independência, crescia entre os maometanos o temor de um Estado hinduísta que viesse a oprimi-los e persegui-los. Liderados por Mohamed Ali Jinnah, os islamitas advogavam a divisão do subcontinente em dois Estados – um deles de maioria maometana.

A Grã-Bretanha acabou concordando com a partilha. Assim, em 15 de agosto de 1947, surgiram dois Estados independentes: a Índia e o Paquistão (“País dos Puros”). Este último, implantado nas áreas majoritariamente muçulmanas, compreendia duas porções distintas, separadas por 1600 km de território indiano: o Paquistão Ocidental e o Paquistão Oriental (situado no Golfo de Bengala). Em 1971, apoiado pela Índia, o Paquistão Oriental proclamou sua independência e se transformou em Bangladesh (“Estado de Bengala”, em língua bengali).

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A Questão da Caxemira Com a aproximação da data da independência, as minorias

hindus e muçulmanas instaladas em território adverso procuraram alcançar a segurança dos futuros Índia e Paquistão. Cerca de 11 milhões de pessoas abandonaram seus lares e mais 1 milhão pereceu chacinado por turbas fanáticas de ambas as religiões.

Os príncipes indianos, pressionados a optar pela incorporação a um ou outro Estado, fizeram-no de acordo com sua orientação religiosa.O Marajá da Cachemira preferiu incorporar seu reino a Índia, provocando um conflito como o Paquistão. Este queria ver incorporado a Cahemira ao seu território.

Explode uma guerra vencida pela Índia (1947- 49). A Cachemira fica dividida entre Índia e Paquistão.Esta disputa passa ter especial relevância no contexto da Guerra Fria.

Uma nova guerra entre Índia e Paquistão, travada em 1965, não modificou o status quo. Atualmente, um movimento terrorista e guerrilheiro apoiado pelo Paquistão opera na Caxemira Indiana.

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2. ÁFRICA DO SUL (1910) Fatores sócio-políticos do Apartheid: Vitória da Inglaterra na Guerra dos Boers;

Controle sobre as ricas jazidas de ouro e diamantes;Necessidade de controle sobre a mão-de-obra barata (bandustões);

Evolução dos conflitos raciais: 1910: Independência formal da República Sul Africana.

1948: Vitória do Partido Nacional (inspiração Nazista).A Africa do Sul instala o regime de segregação racial.

1961: África do Sul abandona a Commonwealth 1989: Início da distensão racial com as negociações para o fim

do Apartheid.1994: Nelson Mandela chega à presidência da RSA.

A resistência política contra o Apartheid: Interna: Congresso Nacional Africano(CNA), liderado por

Nelson Mandela.Externa: Países capitalistas, pressionados pela comunidade internacional, que boicotaram a economia Sul Africana

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3. INDONÉSIA (1949) Região de colonização holandesa, sofreu a invasão japonesa durante

a guerra, quando se formou uma heróica resistência comandada pelo general Sukarno, logo em seguida era negociada a independência.Foi durante o seu governo que a Indonésia sediou, em 1955, a Conferência de Bandung reunindo diversos países africanos e asiáticos recém-independentes.

Resoluções de Bandung: a) Não alinhamento dos países aos blocos do 1º e 2º mundos.

b) Defesa da soberania interna dos países diante dos interesses das superpotências (EUA e URSS).

Sukarno foi vítima de um golpe conservador, desfechado por setores militares, liderado pelo general Suharto, inaugurando uma ditadura que durou de 1966 a 1998.

No ano de 1975, o Timor Leste, até então colônia portuguesa, proclamou sua independência, quando o exército da Indonésia, alegando uma ameaça comunista na região promove a intervenção do país em 1976.

Recentemente, em 2005, Timor Leste conseguiu definitivamente fazer sua independência.

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“A Conferência de Bandung fez nascer o Terceiro Mundismo” – O Movimento de países Não-alinhados.

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4. VIETNÃ (1954) O Vietnã era uma colônia francesa. Durante a

Segunda Guerra Mundial, o Japão ocupou o Vietnã. Os comunistas organizaram uma ampla Frente Vietminh (Liga para a Independência do Vietnã). Em 1945, o exército vietminh declarou a independência da república em Hanói. Eclodiu a guerra que durou quase oito anos. Após a batalha de Dien Bien Phu, o governo francês aceitou negociações para finalizar a guerra. Foi feito um acordo em 1954 no qual o país foi dividido na altura do paralelo 17 com o Vietminh ao norte e um governo pró-ocidental ao sul.

Em 1959, eclode um movimento comunista no Sul (os vietcongs) apoiado pelo Vietminh. Os EUA decidem em intervir no sul para evitar a vitória dos Vietcongs.

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A guerra se arrastou durante muitos anos consumindo cerca de 2 milhões de mortos vietnamitas e 57 mil americanos.

Em 1975 o Vietnã do Norte invade o Sul, unificando o país.

Em 1976, instalou-se a unificada República Socialista do Vietnã. Saigón passou a se chamor Ho Chi Minh, nome do líder comunista do Vietnã do Norte.

Em 1986, os políticos reformistas alcançaram o poder e proclamaram uma nova política de doi moi (renovação) rumando o Vietnã para uma economia semelhante a da China, mais próxima do capitalismo.– "Vietnã."Enciclopédia® Microsoft® Encarta 2001.

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Guerra do Vietnã (1959-75)

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5. ARGÉLIA (1962) Sofreu a colonização francesa. Existia um

grande contraste entre a população de origem européia e a população local (origem árabe e bérbere).

A FLN (Frente de Libertação Nacional) iniciou a luta pela independência utilizando táticas de guerrilha urbana.

Após um longo período de guerra anticolonial, o presidente francês Charles de Gaulle aceitou a independência do país.

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Soldados franceses guarnecendo prisioneiros argelinos

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6. ANGOLA (1975): Colônia portuguesa mais rica com petróleo, diamantes, ferro, urânio, além de outros minerais.

Em 1962 foram criadas duas organizações: MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), movimento de tendência marxista, liderado por Agostinho Neto. UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), movimento de tendência pró EUA.

1975: a MPLA liderou a luta e negociou a independência do país.

IMPORTANTE: No caso do Império Português na África, foi fundamental para a independência das antigas colônias a eclosão da Revolução dos Cravos (1974), movimento ocorrido em Portugal que derrubou o fascismo salazarista.

Além de Angola, se tornaram independentes Moçambique, Guiné Bissau, Cabo Verde e Timor Leste.

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Revolução dos Cravos em Portugal (25 de abril de 1975) possibilitou o fim do Império Português.

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