MARINGÁ ESPÍRITAMARINGÁ ESPÍRITAÓrgão de divulgação da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá - ADEMA / Maringá, 3 de outubro de 2010 - Ano VI - nº 31

“AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS - ESPÍRITO DA VERDADE”

“É natural, portanto, que nós, os Espíritos encarnados e desencarnados, que formos

beneficiados pelas luminíferas claridades da Doutrina Espírita, evocando o teu nascimen-

to em Lyon, no já longínquo-próximo três de outubro de 1804, repitamos, em coro de agradecimento e júbilo: —Deus te abençoe, Hippolyte Léon Denizard Rivail, inolvidável mestre Allan Kardec, apóstolo da Era Nova,

por todas as contribuições que nos trouxeste ao conhecimento em nome de Jesus-Cristo”.

ANIVERSÁRIO DE ALLAN KARDEC

CURAS MEDIÚNICAS

Leia nossas homenagens no editorial na pág. 4

O TORMENTO DO PODER“Infelizes, portanto, as lutas pelo poder, mesmo nos pequenos grupos onde proliferam a presunção, a disputa doentia, a exorbitância da vaidade”.

“Ademais, os Espíritos perversos, quan-do não conseguem desviar os discípulos sinceros de Jesus do serviço, inspiram-nos, sor-rateiros e cruéis, às co-vardes contendas e combates pelo p o d e r. . .” . Joanna de Ângelis

leia matéria inédita a respeito nas págs. 4/5

“Eu sou o grande mé-dico das almas, e venho trazer-vos o remédio

que vos deve curar.”

veja pág. 3.

Maringá, 3 de outubro de 20102

MARINGÁ ESPÍRITA: tablóide da ADEMA (Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá), fundado em 3 de outubro de 2005 (Mat. no Reg. de Tít. e Docs. no Livro “B”, sob nº. 42. CNPJ: 07.665.554/0001-57) – ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: R. Arthur Thomas, 576, sala 2, Ed. Joanna de Ângelis, fone (44) 3226-9992, CEP 87013-250, Maringá/PR, e-mail: maringaespirita@gmail.com – RESPONSABILIDADE EDITORIAL: Conselho

Deliberativo da Adema, www.ademaespirita.org.br / ademaespirita@gmail.com – LOGOMARCA E ARTE: Fernando P. L. de Souza – JORNALISTA: Solon P. de Souza – EDITORAÇÃO: Fábio P. L. de Souza, Ronis Furquim Siqueira – REVISÃO: Andréa Miriam L. Siqueira, Ronis Furquim Siqueira – REDATOR RESPONSÁVEL: Francisco José de Souza – TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 5.000 exemplares (distribuição gratuita) – IMPRESSÃO: O Diário.

O MARINGÁ ESPÍRITA não devolve os originais e tampouco se responsabiliza pelos artigos assinados.

ENDEREÇO DAS CASAS ESPÍRITAS DE MARINGÁ E REGIÃO*ENTIDADE ENDEREÇO CIDADE FONE ATIVIDADES (passes e/ou palestras)

Assoc. Espírita Beneicente de Sarandi R. José de Alencar, 1.746, Jd. Independência Sarandi 3223-4581 2ª a 6ª às 20h / sábados às 16h

Assoc. Espírita Cristo Red. Allan Kardec Av. Paranavaí, 604, Maringá Velho Maringá 3224-1422 2as e 6as feiras às 19h30

Assoc. Espírita de Maringá - AMEM Av. Paiçandu, 1.156, Vila Operária Maringá 3227-4281 atividades todos os dias

Casa Assistencial Bezerra de Menezes R. Pion. José Jacinto Maia, 863, Jd. Copacabana Maringá 3034-9404 domingos às 9h30

Casa Espírita Allan Kardec R. Otacílio de O. Cardoso, s/n Colorado 3323-1432 2as feiras às 20h

Casa Espírita Aprendizes do Amor Rua Apucarana, 731 Santa Fé 3247-1331 3as feiras às 19h / 5as feiras às 20h

Casa Espírita Paulo de Tarso Rua Sírio Libanez, 1.338, Centro Marialva9979-8619 9948-2561

2as, 4as e 6as às 20h

Centro Espírita Allan Kardec R. Américo Brasiliense, 57, Jd. Novo Panorama Sarandi 3226-0977 5as feiras às 20h

Centro Espírita Allan Kardec R. Cesar Lattes, 284, Jardim Alvorada Maringá 3229-8019 3as feiras às 20h

Centro Espírita Caminheiros R. Mal. Floriano Peixoto, 400, Zona 07 Maringá 3028-0503 atividades todos os dias

Centro Espírita Chico Xavier R. Peruíbe, 1063, Parque das Grevilhas I Maringá 3268-3347 sábados às 17h

Centro Espírita Irmão Jacob R. Luiz Lopes, s/n, Centro Itambé 3231-1186 sábados às 20h

Centro Espírita Ismael R. Allan Kardec, 1.071 Maringá 3263-7088 3as feiras às 20h

Centro Espírita Jesus de Nazaré R. Davi R. de Oliveira, 706, Jd. Seminário Maringá 3227-1212 2as feiras às 20h / sábados às 15h

Centro Espírita Luz e Caridade R. Heróis de Monte Castelo, 219, Centro Mandaguaçu 9912-7046 6as feiras e domingos às 20h

Encontro Fraterno Lins Vasconcelos Av. Franklin Rossevelt, 5485, Guaiapó Maringá 3268-5546 6as feiras às 20h / sábados às 9h

Grupo de Estudos Espírita Maria Dolores Rua Triunfo, 65, Jardim Ibirapuera Maringá9803-27834141-2868

2as e 3as feiras às 19h / domingos às 08h30min

Grupo Espírita Jesus de Nazaré Av. Dr. José S. de Azevedo, 817, Centro Astorga atividades todos os dias

Núcleo Espírita Maria de Magdala R. Pioneiro A. Biazon, 693, J. Marumbi Maringá 3226-2123 2as, 4as, 5as e 6as feiras às 20h00min

Recanto Espírita Somos Todos Irmãos R. José Moreno Júnior, 725, Jd. Aclimação Maringá 3028-1755 domingos às 9h

Sociedade Espírita André Luiz R. Campos Sales, 583, Centro Marialva 3232-3722 atividades todos os dias

União Espírita Allan Kardec R. Lins de Vasconcelos 185, Centro Mandaguari 3233-1205 sábados às 20h

União Espírita Allan Kardec R. Marília, 320, Jd. Paulista Paiçandu 3244-8272 6as feiras às 19h30

ÁREA DE ABRANGÊNCIA: o Jornal MARINGÁ ESPÍRITA é distribuído gratuitamente da seguinte forma: 2.000 exemplares encartados nos jornais “O Diário” e “Jornal do Povo”, de circulação em todo o Estado do Paraná; 1.500 exemplares distribuídos ao público em geral na Livraria Espírita

Allan Kardec, no centro da cidade de Maringá; 1.500 exemplares remetidos para as Casas Espíritas das cidades de Maringá, Sarandi, Astorga, Marialva, Mandaguari, Mandaguaçu, Paiçandu, Cambará, Cambé, Santo Antônio da Platina, Londrina e Cornélio Procópio; para a Penitenciária e

Presídios de Maringá; e para os anunciantes, colaboradores e solicitantes de diversas localidades do país.

*Para mais informações sobre o endereço das Casas Espíritas e respectivas atividades consulte o site da ADEMA (www.ademaespirita.org.br).

3(3/10/2010) MARINGÁ ESPÍRITAMARINGÁ ESPÍRITACURAS MEDIÚNICAS“Imporão as mãos sobre os enfermos e os

curarão”. Marcos, 16:17-20.

O corpo físico é o instrumento idealizado pela divina providência destinado às expe-riências do princípio inteligente no labora-tório da matéria, conforme se observa dos ensinos da espiritualidade amiga:

“Essa maquinaria sublime foi trabalhada pela Divindade ao largo de bilhões de anos para servir de recurso evolutivo para o prin-cípio espiritual, encontra-se em contínuo processo de modi� cação nas suas estruturas intrincadas e complexas, em face do espírito que a utiliza, como decorrência dos compor-tamentos nas existências anteriores. Desse modo, cada qual transita no veículo corporal a que faz jus, como efeito da maneira que o utilizou anteriormente.” (FRANCO, Divaldo P., pelo Espírito Joanna de Ângelis, Encon-tro com a paz e a saúde, p. 66/7).

Como é factível observar, o bom de-sempenho do instrumento reclama do pos-suidor os cuidados da manutenção e dos reparos quando se apresente debilitado, consciente que o trabalho de cura é pecu-liar a cada espírito, cujos fenômenos não passam de consequências de uma lei natu-ral, com efeito, “um dia, o homem ensina-rá ao homem, consoante as instruções do Divino Médico, que a cura de todos os ma-les reside nele próprio”. (XAVIER, Frans-cico C., pelo Espírito André Luiz, Entre a Terra e o Céu, cap. 21).

É sempre de boa lembrança que nin-guém é bom juiz quando atua em causa própria, a recomendar que em casos de do-enças psicossomáticas é fundamental a as-sistência de um especialista para resolver as pendengas pessoais.

O eminente codi� cador que sempre pri-mou pela ciência, anotando que essa de� ne o verdadeiro caráter do espiritismo, escre-veu que através do estudo do magnetismo os aparentes milagres tornarão completa-mente compreensíveis (Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XIX) e, na Revista Es-pírita de março de 1868, resume em três ramos a arte de curar: “Trata-se de reparar uma desordem orgânica pela introdução, na economia, de materiais sãos, substituin-do materiais deteriorados. Esses materiais sãos podem ser fornecidos pelos medica-mentos comuns in natura; por esses mesmos

medicamentos em estado de divisão homeo-pática; en� m pelo � uído magnético, que não é senão matéria espiritualizada”.

Hipócrates, o pai da medicina, pregava que todo homem carrega, na intimidade, uma propensão inata para curar-se. A propósito, adverte André Luiz no livro Mecanismos da Mediunidade p. 147: a cura é, na verdade, uma auto-cura. Assim, o homem deve zelar pela saúde integral, dispondo para os cuida-dos do corpo dos preciosos recursos da ciência médica, que se desponta com altos níveis de progresso e realiza verdadeiros “milagres” nas curas orgânicas.

Ainda nesse aspecto, os passes são a tera-pêutica complementar por excelência.

Por outro lado, atento que a Saúde é a per-feita harmonia da alma (XAVIER, Francisco C., pelo Espírito Emmanuel, O Consolador, cap. 5, p. 95), resulta compreensível que o ideal é optar pela conquista de valores superiores, con� ante que o Divino Médico está sempre pronto a atender os doen-tes, conforme pro-põe o Evangelho Se-gundo o Espiritismo: “Eu sou o grande

médico das almas,

e venho trazer-vos

o remédio que vos

deve curar”. Cap.

VI, item 7.

É sempre de curial lembrança que, sen-do o Espírito herdeiro de si mesmo, as dis-funções orgânicas são bênçãos eleitas como disciplinas e reajustes do passado de erro, visando recompor-se moral e � sicamente, razão pela qual rea� rma o Evangelho Se-gundo o Espiritismo:

“Meu Pai, curai-me, mas fazei que a mi-nha alma doente seja curada antes das enfer-midades do corpo; que minha carne seja cas-tigada, se necessário, para que a minha alma se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes”. Cap. VIII, item 20.

Cumprindo com a missão de rememorar os ensinos de Jesus, o Espiritismo remonta as causas para conter os efeitos, sabedor de que “não convém por remendos novos em vesti-mentas velhas”, e propugna pela mudança de

conduta como meio de renovação e manutenção da saúde plena.

A � m de evitar equívocos doutrinários é impe-rioso re� exionar que os males que padece o carro físico retratam desajustes espirituais a reclamar harmonização, ao que a espiritualidade sinaliza “Se me amar sem paixão e me equilibrar sem crueldade, ser-lhe-ei escravo � el e reconhecido” (Espírito Marco Prisco. Livro Ementário Espíri-ta, psicogra� a Divaldo P. Franco, págs. 15/16).

Em quaisquer circunstâncias, a verdadeira cura encontra solução na excelente terapêutica de Jesus como libertadora de todos os males e, conforme enfatiza a veneranda Joanna de Ânge-lis, nela se encontram os recursos valiosos para a saúde espiritual, consequentemente, de natureza moral, emocional, física... (livro Jesus a Luz da Psicologia Profunda, p. 52, Psicogra� a de Dival-do P. Franco).

A citação introdutória aponta que o incomparável Mestre da Vida, atuando na qualidade de Médium de Deus, demonstrou na prá-tica como é possível curar as mazelas humanas atra-vés da singela imposição de mãos.

A propósito, Allan Kar-dec, no livro A Gênese, cap. XIV, itens 31 e 34, relata que há pessoas dotadas do poder � uídico, que operam curas instantâneas, em al-guns doentes, por meio ape-

nas da imposição das mãos ou, até, exclusivamen-te por ato da vontade.

Apesar de tudo, a mediunidade é largamen-te visitada em busca de “curas”, com o uso de aparatos esdrúxulos, olvidando-se que nenhum Espírito, por mais autorizado, realiza “milagres”. Toda dádiva, quando merecida, é sempre outorga-da pelo Pai Celestial, ao que o Mestre patenteou “Se não conseguistes curar, foi por causa da vossa pouca fé.” Mateus, XVII: 14-19.

Invista nas aquisições morais tanto quanto se investe no físico e, em pouco tempo, não haverá males a curar na face da Terra.

Nestes dias de regeneração, o futuro herdeiro do reino que se avizinha é convidado a vencer os automatismos do fenômeno orgânico com os re-cursos da ciência e da espiritualidade, primando por conquistas superiores, consciente de que tudo o mais lhe será dado por acréscimo...

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6 (3/10/2010)MARINGÁ ESPÍRITAMARINGÁ ESPÍRITA ESPIRITISMO... QUE DOUTRINA

É ESSA?

O QUE É “ASSISTÊNCIA ESPIRITUAL”?

QUE DOUTRINA É ESSA? Que nos fortalece diante de nos-sa incapacidade de realizações. A Doutrina Espírita sempre nos incentiva a evoluir moralmente, com mensagens de superação, de amor ao próximo, de não revidar com sentimentos ruins. Nós somos únicos no Universo, cada um com suas qualidades e defeitos. Não podemos alimen-tar a sensação de fracasso. É necessário aceitar o fracasso com maturidade e buscar a evolução todos os dias, buscan-do a vitória através do Nosso Pai Criador.

QUE DOUTRINA É ESSA? Que demonstra que as almas a� ns, os irmãos, amigos, a esposa e o marido já possuem a cumplicidade e amizade de outras vidas. Esse amor não aparece de repente. É hora de prepararmos amigos verda-deiros. Quem sabe o mendigo que bate em sua porta hoje poderá ser um � lho amado em outra vida. E será grato para sempre. Podemos ser a mão que auxilia, a palavra que ampara.

QUE DOUTRINA É ESSA? Que nos mostra que somos � -lhos de Deus e que o Pai Criador nos ampara sempre. E somos todos irmãos. Somos todos importantes para a evo-lução do planeta. Somos únicos, cada qual com seus valores e suas necessidades. Deus nos criou para um dia chegarmos à perfeição. Que possamos brilhar no palco da vida!

QUE DOUTRINA É ESSA? Que nos alerta para a depres-são. O Espírito � ca remoendo perdas materiais, aconteci-mentos desagradáveis, amores perdidos, não aceitando a vida como ela é. Com isso, começa a alimentar sentimentos de raiva, ódio, sentimentos de culpa e de mágoa. O espi-ritismo nos ajuda através de literaturas a realizar o reco-nhecimento interior. Somos responsáveis pela nossa cura, nosso corpo é nosso maior patrimônio.

(Coluna idealizada pelo confrade Cleuzanir Ivantes e mantida por Luciane Cantarelli Salma)

Cumprindo com a função de pronto socorro espiritual, a casa espírita disponibiliza, àqueles que aportam em busca de atendimento, a excelência da terapêutica espírita, que se realiza através do diálogo fra-terno, do passe, da água � uidi� -cada e, em casos especiais, com as sessões de desobsessão.

A propósito, o opúsculo “Orientação ao Centro Espí-rita”, editado pela Federação Espírita Brasileira, edição 1980, no item IV, ao tratar da Reunião de Assistência Espi-ritual, assim dispõe:

“Essa reunião é pública e destina-se à explanação evangélica à luz da Doutrina Espírita, aplicação de passes e atendimento fraterno atra-vés do diálogo. A reunião se divide em três partes: 1ª. Explanação do Evan-gelho, visando à reforma moral de seus frequen-tadores; 2ª. Aplicação de passes e � uidi� cação de água, objetivando a mobilização de recursos terapêuticos do plano espiritual às pessoas caren-tes deste auxílio; e 3ª. Aten-dimento fraterno através do diálogo, objetivando atender às pessoas que procuram o Centro Espírita em busca de orientação e amparo”.

Em relação à reunião de Desobsessão, reproduz no item VI, o seguinte:

“Essa reunião é privativa e visa auxiliar a desencarnados e encarnados envolvidos em processo de reajuste e à defe-sa do Centro Espírita contras

as investidas de espíritos aves-sos à Doutrina Espírita. “Cada templo espírita deve e precisa possuir a sua equipe de servi-dores da desobsessão, quando não seja destinada a socorrer as vítimas da desorientação espiritual que lhe rondam as portas, para defesa e conser-vação de si mesma [...]”. Com base nessa a� rmativa do Es-pírito André Luiz, no intróito da obra “Desobsessão”, psico-grafada pelos médiuns Fran-cisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, e nas instruções dadas por ele nesse livro para a rea-lização das reuniões privativas (sem público) destinadas à de-sobsessão[...]”.

A excelência do acolhimen-to e do atendimento encontra

como diretriz a iluminação do espírito, com a conscien-tização de que o assistido é o seu próprio médico, podendo obter a cura através da auto-evangelização e consequente libertação da consciência.

A máxima a tua fé te curou retrata o meio e � m de todo o processo da autocura.

Essa é a terapia espírita que não pode ser desvirtuada com aparatos formalísticos, vesti-mentas, macas, líquidos etc., com promessas fantásticas so-

mente alcançáveis através de pessoas, médiuns e grupos espe-ciais, em desprezo pelas demais atividades que compõem o con-junto de uma Casa Espírita.

A eleição de grupelhos de Assistência Espiritual, com as credenciais de especial, em detrimento da unidade assis-tencial do Centro Espírita, dis-tancia do foco unitário da espi-ritualidade, que assiste a todas as atividades, independente-mente de dia, hora, pessoas...

É insensatez afastar-se do � o condutor da lógica e do bom senso, acreditando que a espiritualidade superior ne-cessita dos recursos do gro-tesco da matéria para tratar do corpo sutil ou das sutilezas indescritíveis que constituem o

ser inteligente. Toda manifestação

exclusivista, em detri-mento do feixe de varas, representa graves danos aos princípios norteado-res das instituições, com repercussão negativa à comunidade espírita.

A propósito, adverte o Evangelho Segundo o Es-piritismo “Se vos dizeis espí-ritas, sede-o de fato”, paten-teando que “conhecimento e vivência” são de grave res-ponsabilidade que não se permite afastar do Modelo e Guia de todos, o qual, ape-sar de a� rmar que não curou ninguém, exempli� cou que através do diálogo esclare-cedor e da sublime imposi-ção das mãos se encerram os meios e formas de se obter verdadeiros “milagres”.

“NOSSOS IRMÃOS DA UMBANDA”7(3/10/2010) MARINGÁ ESPÍRITAMARINGÁ ESPÍRITA

Cesar Augusto Schmitt, brasileiro, casado, engenheiro agrônomo e agricultor, pai de dois � lhos, residente na ci-dade de Maringá/PR, médium de um centro de Umbanda tradicional da cidade.

Nota-se na Umbanda uma diversidade muito grande de ritos e rituais. A que se deve isso?

A Umbanda não apresenta uma codi� cação, não há, como por exemplo no catolicismo, um padrão a ser seguido. Uma missa católica segue um roteiro predeterminado pela igreja. Na Umbanda isso é determinado pelo guia espiritual da casa, que implantará os procedimentos de acordo com as necessidades e potencialidades do grupo e a missão que será cumprida pela casa.

Nos ditos “terreiros”, observa-se uma grande profusão de roupas coloridas, apetrechos, danças, comi-das e até sacrifício de animais. Qual a � nalidade disso?

Em primeiro lugar, temos que diferenciar a Umbanda e o Candomblé.O Candomblé, com suas raízes africanas, mantém, com várias modi� cações as manifestações de

suas divindades e costumes trazidos pelos escravos africanos. É comum a utilização de roupas vistosas, penachos, adornos em geral, comidas etc. Isso faz parte das tradições desses irmãos. A Umbanda, por sua vez, não tem raízes africanas e, portanto, não se utiliza dessas práticas citadas. É genuinamente brasileira e foi implantada em 1908 pelo caboclo das sete encruzilhadas, incorporado no médium Zélio F. de Moraes, algumas décadas após o � m da corrente migratória dos escravos africanos para o Brasil. A Umbanda apresenta um sincretismo com o Candomblé, assim como o tem com o Catolicismo, com o Kardecismo, Judaísmo e, principalmente, com o Budismo e outras religiões orientais.

Vale enfatizar que na Umbanda não há sacrifícios de animais ou similares, não se cobra pelos atendimentos, não se “alimenta” o santo, não há “feituras de cabeça” ou camarinhas etc. Na Umbanda o médium geralmente se apresenta com roupa branca, guias de proteção, pés descalços e é motivado pelo amor fraterno.

Por que os pés descalços? E as guias?

Diferentemente do trabalho kardecista, na Umbanda os trabalhos de socorro espiritual são dirigi-dos aos espíritos encarnados. Isto é, as pessoas solicitam ajuda frente-a-frente com a entidade incor-porada. Quando isso acontece, o médium umbandista torna-se um verdadeiro “para-raios”, podendo acumular muito das energias densas deixadas pelos consulentes. Assim, frequentemente, torna-se um condensador de vibrações pesadas, que devem ser descarregadas no chão para que não haja prejuízo ao aparelho mediúnico. Se o médium utilizar calçados, principalmente os que têm sola emborrachada, poderá bloquear esse � uxo energético e � cará “carregado”.

Quanto às guias, nada mais são do que uma forma de proteção do médium. São solicitadas pelas entidades e sua confecção envolve única e exclusivamente materiais encontrados na natureza, como favas, sementes, conchas etc. A guia deverá ser imantada pela própria entidade que a solicitou, caso contrário será apenas um penduricalho, uma bijuteria sem função alguma.

O que são as Sete linhas da UmbandaAs linhas de Umbanda são grupos de espíritos que se uniram, de diversas regiões, em uma comple-

ta e perfeita harmonia, e se dividem em uma hierarquia muito bem de� nida. Cada um com sua espe-cialidade, propiciam o movimento necessário à realização das obras e missões da Umbanda na Terra.

Assim, há sete irradiações distintas, que são denominadas de Orixás (vale frisar que na Umbanda não se incorporam Orixás, e sim espíritos que trabalham no nível vibracional do Orixá), que por sincre-tismo com os cultos afro-brasileiros foram denominadas de Oxalá, Oxossi, Xangô, Ogum, Yorimá, Yori e Iemanjá. Portanto, temos caboclos de Ogum, de Oxossi, de Xangô etc. Isso signi� ca que a entidade “trabalha” naquela determinada faixa vibracional. Da mesma forma, quando um médium umbandista

diz ser Filho de Xangô, está se referindo que trabalha na vibração de Xangô.De maneira muito generalizada, podemos em poucas palavras resumir a “fun-

ção” ou a “especialidade” ou mesmo a vibração de cada linha da seguinte forma:» Oxalá: é a linha de Jesus Cristo, é a que coordena as demais linhas.» Ogum: é a linha das demandas da Fé, das lutas, das batalhas.» Oxossi: é a vibração que in� uencia no misticismo da alma, que doutrina e in-

terfere nos males físicos e psíquicos.» Xangô: é a coordenação da Lei Karmica, é o dirigente das almas, que afere

nosso estado espiritual.» Yorimá: ou linha das almas. Combatem o mal em todas as suas manifestações.

Usam a roupagem � uídica dos pretos-velhos.» Yori: é a linha das crianças. Representa a pureza espiritual.» Yemanjá: é o Princípio que Atua na Natureza, o Eterno Feminino, a Divindade

da Fecundação, da Gestação.

E quanto ao uso de bebidas alcoólicas?As entidades não bebem. Não há necessidade da ingestão do álcool. O uso de be-

bidas alcoólicas pode ser externo, sendo deixadas em cima do ponto riscado. O álcool irá se volatilizar rapidamente e será usado pela entidade para limpeza de miasmas pesados presentes na aura do consulente, ao mesmo tempo em que fará a assepsia do ambiente. O médium, por sua vez, poderá beber para realizar sua própria assepsia ou mesmo para promover o afastamento do perispírito, facilitando a incorporação. No caso de ingestão de álcool pelo médium, ao � nal dos trabalhos, a entidade tem a obri-gação de “limpar” o médium, livrando seu corpo físico dos efeitos nocivos do álcool.

E o fumo? É comum vermos entidades fumando cachimbos, charutos e cigarros.As folhas do fumo, quando em crescimento vegetativo, são excelentes acumula-

doras de energias que são utilizadas nos trabalhos. A fumaça libera princípios ativos que foram sintetizados pelas folhas, que são ótimos desagregadores de energias den-sas durante os trabalhos.

A Umbanda utiliza o atabaque? Qual seria o fundamento para utilização de ataba-ques no ritual umbandista?

Originalmente não. O atabaque é próprio do Candomblé, porém muitos cen-tros umbandistas o incorporaram aos seus rituais. A Umbanda se utiliza muito dos “pontos cantados”, que são verdadeiros mantras. Esses pontos atuam diretamente nos chacras superiores, principalmente no cardíaco, laríngeo e frontal, ativando-os naturalmente. O toque do atabaque atua nos chacras inferiores estimulando-os. Segundo seus adeptos, essa combinação pode melhorar a sintonia espiritual, crian-do condições para a prática da mediunidade de incorporação. Podemos chamar isso de “magia do som”. Também há aqueles que a� rmam que o uso indiscrimi-nado de atabaques pode conduzir ao rompimento da tela protetora dos chacras, proporcionando prejuízos ao aparelho mediúnico.

Deixe uma mensagem � nal.

Gostaria de � nalizar deixando uma mensagem de Pai Tomé, pela mediunidade de Roger Feraudy:

“Tenha como templo o Universo;como prece, o trabalho;como fé, o amor,como religião, a caridade”.

Entrevista realizada pelo jornalista Sólon P. de Souza

Seja sócio-colaborador da Associação de Divulgadores do Espiritismo de Maringá / ADEMA (entidade sem i ns lucrativos). Deposite qualquer importância na conta cor-rente número 19-6, Agência 2499, da Caixa Econômica Federal. Acesse o site www.ademaespirita.org.br e conheça mais sobre o Espiritismo! Nosso dever imediato é divulgar a doutrina espírita além das fronteiras dos centros espíritas. “Entregai-vos inteiramente à vulgarização desse Espiritismo, que já deu início à vossa própria regene-ração. É um dever fazer vossos irmãos participarem dos raios dessa luz sagrada. À obra, portanto, meus caros i lhos!” O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. V, item 20.

AJUDE A DIVULGAR O ESPIRITISMO

LANÇAMENTO!

O portal www.ademaespirita.org.br conta com as últimas edições do Jornal Maringá Es-pírita à disposição do leitor. Em breve pretendemos inserir as edições anteriores.

O MARINGÁ ESPÍRITA ESTÁ NA INTERNET

(3/10/2010)MARINGÁ ESPÍRITAMARINGÁ ESPÍRITA

NOVO VISUAL

O Jornal Maringá Espírita disponibiliza espaço para divulgar as atividades dos Centros Espíritas que possam interessar ao público leigo. Favor comunicar eventuais mudanças no quadro constante na página 2.

A LIVRARIA ESPÍRITA ALLAN KARDEC está com nova fachada. Faça uma visita e coni ra os últimos lançamentos!

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CONVITE ÀS “CASAS ESPÍRITAS DE MARINGÁ E REGIÃO”

PASSE E HUMILDADE

O fl uido magnético ou

vital é patrimônio de to-

dos os seres. Transmiti-

do no passe ou durante

O Espírito André Luiz, no Livro Os Mensagei-ros, XLIV, psicografa-do pelo insigne médium Francisco Cândido Xa-vier, registra importante relato da sua primeira iniciação na qualida-de de médium passista, ao atender uma senho-ra desencarnada, cega, portadora de tracoma: com a simples transmis-são do passe, ela passou a enxergar.

Diante dos resul-tados obtidos, André Luiz se empolgou, es-pecialmente, com os elogios da beneficiaria,

referindo-se à sua ca-pacidade de cura. Ato seguinte, Anicleto, o nobre mentor espiri-tual chama-lhe a aten-ção, alertando-o que os resultados do trata-mento espiritual per-tencem a Deus, já que todo bem procede por ato de misericórdia do Bondoso Pai Celestial.

Consciente do Aler-ta, André Luiz refaz os ânimos e responde aos elogios da enferma: “Minha amiga, agra-deça a Jesus, e não a mim, que sou apenas obscuro servidor”.

a cirurgia espiritual, pode

ser fator de bem-estar e

de cura de afecções e do-

enças diversas. O passista

que serve aos semelhantes

de forma ética, dando de

graça o que de graça rece-

beu, é auxiliado por Men-

sageiros da Luz, que mes-

cla suas energias às dele,

aplicando utilmente suas

forças radiantes. Estudar o

passe é descobrir que ele é

também cura magnética —

uma terapêutica simples,

sem contraindicação, que

tem benefi ciado milhares

de criaturas humanas.