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Adolescentes

Desprendidos do lúdico e imaturos para a

linguagem verbal: Como abordar-los tecnicamente?

(personagem Andy – Toy Story III)

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“O abandono em Psicoterapia Breve de adolescentes: uma falha na comunicação verbal/não verbal” (Outeiral, 1981)

“O objetivo deste trabalho é apresentar um dos fatores que julgamos importantes no abandono da psicoterapia breve pelos adolescentes: a falha na comunicação entre estes e o psicoterapeuta”.

Este autor, apresenta diferentes casos de abandono do tratamento psicoterápico justificados “na dificuldade dos dois (psicoterapeuta e cliente) ‘conversarem’ durante a sessão”.

Pacientes Adultos em psicoterapia abordam suas psicoterapias quando adolescentes.

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É fundamental destacar que, a dificuldade de verbalizar

fluentemente nesta faixa etária, se trata de uma dificuldade “normal” de

expressão do verbal.

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• Destaco as palavras de Garcia (2007): “Em linhas gerais, esses pacientes tendem a ser mais superficiais no contato com seus afetos. São pacientes que fazem desse recurso, um modo de se manterem estáveis com suas defesas”.

• Aponta ainda que “não considera esta característica como sendo sempre uma resultante de patologia, mas, sim, como um modo de organização comum deste momento do do desenvolvimento.

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O Gênio da Lampada

apareceu na sua vida e te pede

para que faça 3 pedidos a serem realizados. Quais

seriam?

Que resultados você deseja do

processo psicoterápico na

sua vida ?

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Imagine-se numa situação de estar num vôo prestes a cair. Foi autorizado aos passageiros que fizessem ligações via celular para

quem desejassem. O tempo é curto,

provavelmente de alguns minutos, possibilitando no

máximo duas ligações. Para quem você ligaria?

O que diria?

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Se você pudesse mudar de idade, com qual gostaria de estar? E por que?

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Se tivesse poderes

mágicos, o que você

mudaria na sua mãe/pai?

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Posteriormente começara a surgir

as frases em três períodos:

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Com temas que visavam o resgate de fatos passados para que o adolescente pudesse reconstruir a própria história;

PASSADO

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1. Um apelido de infância que eu gostava e um outro que eu não gostava...

2. O meu prato predileto era...3. Tinha muito medo de...4. Os programas de TV que eu mais

gostava…5. O animal de estimação que mais me

marcou…

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PRESENTE

Com o objetivo de conhecer o adolescente em sua rotina cotidiana (fatos atuais);

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1. Três coisas que eu faço e que me dão um grande bem estar são...

2. Acredito que tenho potencial para...3. A mudança mais significativa na

minha vida foi...4. Sou viciado (a) em...5. Uma mania que tenho e da qual não

gosto...

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Propicia a oportunidade de colocar o adolescente a imaginar-se em um futuro (algumas vezes próximo, outras vezes longínquo)

FUTURO

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1. Os meus maiores medo são...2. A profissão que pretendo seguir...3. Quando eu tiver a idade dos meus pais...4. Copiaria da casamento dos meus pais se

tivesse casado (a)?5. Um sonho que desejo realizar...

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• Objetivo de transformar as frases em jogo:• Embaralhar os tempos

passado, presente e futuro;• Tornar lúdico o material.

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Com auxílio deste recurso técnico no processo psicoterápico constatou-se a possibilidade

levantar os seguintes aspectos:

• Dados da rotina familiar;• Diagnóstico de acontecimentos significativos;• Diagnóstico de pessoas significativas para a sua

formação;• Dados da adaptação escolar e social;

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• Detecção de medos e angústias;• Manifestações de alguns sintomas clínicos;• Descoberta e reconhecimento de habilidades próprias;• Projetos de vida futura (ou a inexistência destes), sonhos e ideais.

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O método e técnica psicanalítico inicia sua história no universo de pacientes adultos –

através do relato verbal.A experimentação e posterior prescrição para crianças conduzem a comunidade psicanalítica

em novas e fundamentais reestruturações da técnica proposta.

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• Com o famoso “Pequeno Hans”(1909) temos o marco inicial de trabalhos desta abrangência, embora com

este caso clínico, a intenção inicial de Freud não era de formular as bases desta modalidade de tratamento.

• A intenção era de confirmar suas hipóteses acerca da sexualidade infantil (Abrão, 2001).

• Pai – conduzia a análise do filho.

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Desta forma, nos primórdios da psicanálise, inúmeros analistas como Yung, Abraham,

Melanie Klein, analisavam seus próprios filhos.Com esta última, o seu caso mais famoso –

Fritz - era seu filho Erich.

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A psicanálise infantil permaneceu alguns anos pouco explorada o que pode ser explicada

pela própria postura de Freud que apontava a psicanálise como um procedimento pouco apropriado para o tratamento de crianças.

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Ele só retornará ao tema, com uma posição mais otimista, no ano de 1933,

ocasião em que os fundamentos teóricos e técnicos de análise infantil já haviam sido desenvolvidos por Melanie

Klein e Anna Freud, salientando a necessidade de adaptações da

técnica .(Abrão, 2001p.40)

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O atendimento psicoterápico de adolescentes é marcada por peculiaridades que se fazem necessárias, muitas vezes, modificações técnicas.

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Os sinais sintomas de nossos adolescentes, como coloca Winnicott, “funciona como um apelo dirigido ao outro e, portanto, contém uma expectativa de resposta”.

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Entendemos que esta expectativa de resposta exige de nós psicoterapeutas, especialmente na nossa sociedade atual, a criação de canais de comunicação mais adequados e a organização de uma linguagem comum considerando as condições psíquicas desta faixa etária.

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