maria helena sponchiado/ hiper set universitÁrio...

24
Fotografe com seu celular e entre direto no site Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS Ano 15 n° 30 - Porto Alegre, RS, Brasil - Dezembro 2009 VERSÃO DIGITAL: www.rrpponline.com.br RRPP Relações Públicas 2.0 monitora imagem e reputação na rede Estudantes de Relações Públicas da Famecos se preparam para atuar em um novo cenário • Não é apenas um clipping das mídias sociais; exige análise profunda de conteúdo Vida de estudante em Londres e na Austrália Vitória em Sidnei O palco da Comunicação • Debates no teatro da PUCRS, em Porto Alegre MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER FOTO: MARIA HELENA SPONCHIADO - ARTE: KARLA SANCHES WÜNSCH O rock demais dos professores da Famecos SET UNIVERSITÁRIO

Upload: others

Post on 21-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

Fotografe com seu celular e entre

direto no site

Revista semestral. Curso de Relações Públicas/Famecos/PUCRS Ano 15 n° 30 - Porto Alegre, RS, Brasil - Dezembro 2009

VERSÃO DIGITAL: www.rrpponline.com.br

RRPP

Relações Públicas 2.0monitora imageme reputação na rede

∆ Estudantes de Relações Públicas da Famecos se preparam para atuar em um novo cenário

•Nãoéapenasumclippingdasmídiassociais;exigeanáliseprofundadeconteúdo

Vida de estudanteem Londrese na Austrália ∆ Vitória em Sidnei

O palco daComunicação •DebatesnoteatrodaPUCRS,emPortoAlegre

MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER

FOTO: MARIA HELENA SPONCHIADO - ARTE: KARLA SANCHES WÜNSCH

O rock demaisdos professoresda Famecos

SET UNIVERSITÁRIO

Page 2: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

2 RRPPAtualidades/dezembro 2009 ABERTURA

A PONTIFÍCIA Universida-de Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) foi considerada a melhor Universidade Privada do Brasil em 2009. O prêmio é uma iniciativa do Guia do Estudante e Banco Real – Grupo Santander, disputado entre instituições de ensino superior pú-blicas e privadas do país.

A PUCRS venceu entre as IES privadas e a USP, entre as públicas. “Trata-se de um importante reco-nhecimento à qualidade de nossas ações e iniciativas, sempre compro-metidas com a formação humana e profissional”, destacou o reitor Joaquim Clotet. Em seu comuni-cado à comunidade universitária, dia 28 de outubro, destacou que a conquista “expressa o resultado do esforço de todos”.

Estruturada como universida-de desde 1948, a instituição man-tida pelos Irmãos Maristas no Rio Grande do Sul tem sede em Porto Alegre e faculdades em Uruguaiana e Viamão. Possui aproximadamen-te 30 mil alunos nos 51 cursos de graduação, 23 de mestrado, 19 de doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830 professores e 3.500 funcionários. Em seus ór-gãos de apoio científicos e tecno-lógicos destacam-se a Biblioteca

Central Irmão José Otão, Hospi-tal São Lucas, Museu de Ciências e Tecnologia, Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), Museu de Ciências e Tecnologia, Centro de Eventos, Parque Esportivo e o Hos-pital Veterinário de Uruguaiana.

O Guia do Estudante 2009 destacou dez cursos da PUCRS com cinco estrelas (excelente) e 21 com quatro. Receberam cotação máxima Administração, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Engenharia da Computação, Histó-ria, Odontologia, Pedagogia, Psico-logia, Publicidade e Propaganda e Sistemas de Informação.

Obtiveram quatro estrelas Ar-quitetura e Urbanismo, Ciências Aeronáuticas, Ciências Contábeis, Ciências Sociais, Direito (Campus Central e Uruguaiana), Educação Física, Engenharia Civil, Engenha-ria de Controle e Automação, En-genharia Elétrica, Engenharia de Produção, Farmácia, Filosofia, Fí-sica, Fisioterapia, Jornalismo, Me-dicina, Química, Relações Públicas, Serviço Social e Turismo. Foram avaliados 9.371 cursos de gradua-ção no País.

ELYÉDRE DA COSTA, MARIA ANGÉLICA SILVINO E VITÓRIA GUIMARÃES

PUCRS recebe título de melhoruniversidade privada do Brasil•Maisdenovemilcursossuperioresavaliados

∆ Biblioteca Central Irmão José Otão, uma das referências

A FALTA de conhe-cimento sobre a doa-ção de medula óssea, levou um grupo de

estudantes de Comunicação So-cial – habilitação em Relações Públicas decidiu criar um site com informações sobre como o proce-dimento é muito menos compli-cado do que as pessoas imaginam.

O site (www.leipietro.com.br) é conhecido como O Manual do Doador de Medula Óssea e nele

podem ser encontradas diversas informações sobre leucemia, o procedimento da doação e como se tornar um doador. O manual é baseado na Lei Pietro, aprovada 4 de fevereiro de 2009 e “tem como objetivo o esclarecimento e a mo-bilização do doador voluntário, cuja compatibilidade sanguínea permite ser doador de medula ós-sea, em vida, sem prejuízo a sua saúde”, segundo o site.

A Lei Pietro, como pode ser

visto na página da Internet, foi feita em homenagem a Pietro Al-buquerque que foi vitima de leu-cemia mielóide aguda e faleceu antes dos 20 anos. Tal lei designa que do dia 14 a 21 de dezembro seja a “Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medu-la Óssea”, em que as pessoas são conscientizadas de que este trans-plante é a única chance de cura para os portadores da doença.

A iniciativa foi tomada pelos

alunos Aline Camargo, Carolina Faraco, Fabiana Fernandes, Fer-nanda Guimarães, Luciana Ara-gon, Patricia Lima e Ricardo Dytz. O trabalho foi orientado pelos professores Marisa Soares e Die-go Caleffi, na disciplina de Projeto Experimental Livre, do Curso de Comunicação Social – habilitação em Relações Públicas, da Faculda-de de Comunicação Social, da PU-CRS. Recebeu nota dez.

PABLO ORTIZ ESTRÁZULAS

Estudantes de RRPP criam site sobre doação de medula óssea

BRUNO TODESCHINI/ HIPER

RECONHECIMENTO NACIONAL

Page 3: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

3RRPPAtualidades/dezembro 2009ABERTURA

TRÊS MONOGRAFIAS do curso de Relações Públicas da PUCRS foram vencedoras na 27ª edição do Prêmio ABRP 2009, a tradicional premiação da Associação Brasileira de Relações Públicas – São Pau-lo, destinada a valorizar pro-

duções de pesquisa acadêmica realizadas na área. Este ano, inscreveram-se mais de 200 trabalhos, oriundos das cinco regiões brasileiras. “O proces-so de avaliação permitiu detec-tar a diversidade dos olhares de professores, pesquisadores e profissionais sobre a nossa atividade”, destacou o Prof. Dr. Luiz Alberto de Farias, presi-dente da ABRP-SP, criada em 1954, pioneira na defesa dos relações-públicas no País.

Três formandos da Fa-mecos foram destaques na entrega dos prêmios, em 28 de outubro, no auditório da UniSant’anna, em São Pau-lo. Orientado pela professora Cleusa Scroferneker, Diego Wander Santos da Silva con-

quistou o 1° lugar na catego-ria Comunicação Empresarial, com a monografia intitulada “A auditoria virtual como (nova) modalidade comunicacional nos sites/portais das Univer-sidades da Região Metropo-litana de Porto Alegre/RS”. A Famecos ficou também na segunda colocação em Comu-nicação Organizacional, com a formanda Carolina Pereira Vidal, orientada pela profes-sora Souvenir Graczyk Dornel-les, coordenadora do curso da PUC. A terceira premiada da faculdade foi Ana Paula Car-neiro Costa, que conquistou o 1° lugar na categoria de Valo-rização Profissional em RRPP. Sua pesquisa de final de curso (“Aproximação, estímulo, cog-nição e mente: ingredientes da sinérgica interação das ações de Relações Públicas e Neuro-marketing”) foi orientada pela professora Susana Gib Azeve-do.

DepoimentosDiego, um dos vitoriosos

da noite, aconselha que uma monografia deve ser conduzida seriamente e entendida como um trabalho de conclusão, no qual se expõe toda a trajetória do aluno e toda a bagagem que foi adquirida no decorrer do curso. “Apesar do curto tempo que se tem para demonstrar tudo o que foi aprendido”, en-fatiza. Ele revela que seu tra-balho foi desenvolvido em um

processo bem trun-cado, árduo e exigiu muito esforço, mas “o resultado valeu a pena e felizmente consegui mostrar os objetivos propostos no início do semes-tre”. Para os alunos que desejam parti-cipar de um even-to como este, Diego

deixa uma dica: a monografia deve ser encarada como um diferencial, um trabalho indi-vidual e sério, procurando no-vos conhecimentos e desenvol-vimento pessoal, pois portas podem abrir-se.

Todos concordam: para conseguir uma boa colocação em concursos de pesquisas científicas, é muito importan-te o candidato apresentar um diferencial. A professora Su-sana Gib, orientadora da vito-riosa Ana Paula, explica que o diferencial do trabalho de sua aluna foi o conteúdo novo: Neuromarketing aplicado às Relações Públicas. Ela venceu em uma categoria de atuação profissional ao apresentar uma estratégia de marketing inova-dora. “Em termos de conteúdo, não existem livros ainda, ape-nas ações que mostram resul-tados”, ressalta a professora.

Ana Paula quis trabalhar com o entendimento dessa estratégia de marketing com foco em Relações Públicas e não somente em Publicidade e Propaganda. A orientadora ressaltou que o trabalho tem uma metodologia bem defini-da, com entrevistados na área de RP, neurociência, psicologia e profissionais vinculados com experiência em marketing para publicidade. “Construímos um referencial teórico inédito com artigos científicos e entrevistas com profissionais. É um traba-lho referência em teoria”, afir-ma a professora Suzana.

Para nós, colegas de Re-lações Públicas, é um imenso prazer ter a certeza de que fo-mos muito bem representados neste evento. Parabéns a todos alunos e professores que foram inovadores e ousados no en-contro ABRP.

SAMANTA BOFFE TIAGO BARBOZA

Alunos da Famecos vencemPrêmio ABRP em São Paulo•Monografiasdeformandossãodestaqueemconcursonacional

∆ Diego, Carolina e Ana Paula na ABRP

A PASTORAL da PUCRS promove todos semestres um retiro universitário, no qual alunos e ex-alunos participam de um momento impar com Deus, onde param e refletem sobre questões que passam despercebidas nos dias atuais. São momentos em que se pode parar e olhar para dentro de si, conhecer um pouco das outras pessoas também, mas prin-cipalmente dar uma pausa, e ter um momento com Deus, tentar encontrar uma resposta para coisas que acontecem e nem sempre estão claras.

Ao partilhar as experiên-cias, é possível perceber que todos temos problemas, mas precisamos encontrar um rumo a seguir, para que assim as dificuldades se resolvam. Sair do ambiente em que vive-mos 24 horas é muito impor-tante porque podemos enxer-gar de outro ângulo, a família, o trabalho e os estudos.

O momento de refletir o porquê da sociedade estar cada vez mais estressada, neu-rótica, e as coisas se tornaram banais, ninguém mais se sur-preende com mais nada. Dar um tempo e refletir sobre de que forma mudar este cenário são proporcionados no retiro.

É uma experiência única com Deus e com colegas de ou-tros cursos, outras realidades, mas é um trabalho contínuo, não somente de uma final de semana, mas uma sementinha foi plantada e precisa ser cul-tivada. São propostas da Pas-toral: que os alunos possam dentro da Universidade ter esta vivência com Deus, refle-tir e dar o primeiro passo para a mudança.

MARIANA MACHADO FERRAZ

Um retirouniversitário

∆ Eles receberam um troféu e ainda diploma

FOTOS DIVULGAÇÃO

TRÍPLICE COROA

Page 4: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

4 RRPPAtualidades/dezembro 2009 ABERTURA

São Paulo: a evolução de um campeãoO SÃO PAULO Futebol Clube

se destaca entre os melhores clubes no cenário futebolístico brasileiro. Porém, não é apenas no bom fute-bol e nos vários títulos que o Trico-lor é exemplo. O SPFC é referência nacional em termos de organiza-ção, Marketing Esportivo, Relações Públicas e Comunicação, para me-lhor satisfazer as necessidades de seus torcedores.

Os anos 80 são o início do de-partamento de marketing do Tri-color, a fim de cuidar da marca e através dos licenciamentos do clu-be. Atualmente, entre as principais ações do marketing são-paulino estão a divulgação da modalidade esportiva do clube, o fortalecimen-to da marca, a ampliação do núme-ro de torcedores, os patrocínios, as ações sociais e a fidelização.

Recentemente, na palestra “São Paulo Futebol Clube: a evolu-ção de um campeão”, Orandi Mura, o Nino, supervisor de Relações Pú-blicas, destacou que “o clube que não tiver um RP não funciona”.

Afinal, o bom relacionamento com todos seus públicos é um dos pas-sos para o sucesso.

Nino concedeu entrevista so-bre as atividades de Relações Pú-blicas e Marketing no clube, este último interdependente do futebol.

Como as Relações Públicas atuam na estratégia de Marke-ting do clube?

Ele faz o primeiro contato com grandes empresas - fornecedores - Clubes - torcedores (alguns, lógi-co).

Quando e como surgiu o departamento de marketing no SPFC?

Pelos idos de 1980 para “ cui-dar “ da marca SPFC que estava sendo usada pelo mundo todo sem direito a nada e outras propostas recebidas.

O SPFC se espelhou em al-gum outro clube pra começar a se preocupar com o marke-ting esportivo ou foi uma ideia que nasceu aqui?

O MKT Esportivo já tem algum tempo, mas o SPFC foi o primeiro a ter um departamento oficial – pro-fissional – com pessoas voltadas para este ramo.

Qual o diferencial que des-taca o marketing do SPFC dos demais Clubes Brasileiros?

Somos profissionais como falei na palestra: gosto do que faço e tor-ço para o clube que trabalho .

Qual a “receita” para man-ter uma parceria tão longa como a que o SPFC tem com a LG?

Honestidade em tudo que faze-mos – retorno de marketing – um bom relacionamento (Relações Pú-blicas)

Para finalizar, quais os próximos passos no plano de marketing do SPFC?

Ser campeão sempre – con-quistar o mundo com a nossa mar-ca – e ter a maior torcida.

ISADORA KERN DIEHL,AMANDAMACHADO E IZAURA PEREIRA

Manhã de sábado, 9 horas, mais um dia de cerimônias de Ba-tismo Tricolor. Trata-se de uma ação inovadora que não tem ne-nhuma conotação religiosa. Qual-quer pessoa, independente de cor, sexo, raça, religião ou idade pode ser batizada.

A maioria do público é forma-do por crianças, que durante a lei-tura do termo de compromisso de “São-Paulinidade”, feito pelo “San-to Paulo”, demonstra lealdade e amor ao Clube. Durante a ação, os batizados ganham um kit compos-to por vela oficial, vaso com grama do Morumbi, botom e camiseta.

•Clube paulista mais vezes campeão brasileiro é referência nacional em Marketing Esportivo

Batismo tricolor

∆ Turma de Produção de Mídia Impressa e Digital fez a revista e o site

PUBLICAÇÃO informativa e de re-flexão do curso de Relações Públicas da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, aveni-da Ipiranga 6681, Jardim Botânico, Porto Alegre, RS, Brasil.Versão Online: www.rrpponline.com.brE-mails: [email protected]: Ir. Dr. Joaquim ClotetVice-Reitor: Ir. Dr. Evilázio TeixeiraDiretora/ Famecos: Drª. Mágda CunhaCoordenadora/ Curso: Drª. Souvenir DornellesProfessores responsáveis: Tibério Vargas Ramos e Silvana SandiniEdição: alunos de Produção de Mídia Impressa e Digital em RRPP. Turma: Amanda Machado, Angélica C. Silvino, Elyedre Costa, Felipe Balestrin (Kiko), Graziella Giordani, Isadora Kern Diehl (Isa), Izaura Silva (Iza), Lucas Kafru-ni, Maria Clara Gasperini, Mariana Ferraz, Pablo Ortiz Estrázulas, Pedro Laval de Lima, Ramiro Binotto Peres, Samanta Fagundes Boff, Tito Barboza e Vitoria Andrade Guimarães.

Quem somos

Page 5: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

5RRPPAtualidades/dezembro 2009ABERTURA

A PUCRS promoveu nos dias 17, 18 e 19 de setembro a Feira das Profissões, na área de Eventos do prédio 41 do campus, visando auxiliar futu-ros universitários na decisão da escolha da área de atuação em sua vida acadêmica. Pro-fessores e alunos de todos os cursos da Universidade se mo-bilizaram para a realização do evento e a divulgação de suas faculdades.

O estande de Relações Públicas, curso que faz parte da Famecos – Faculdade de Comunicação Social da PUC, teve grande visitação de fu-turos calouros, que puderam esclarecer todas as suas dú-vidas a respeito da atividade deste profissional e como está o mercado nos dias de hoje. O trabalho foi realizado em

equipe constituída por alunos e professores.

“Nosso estande se carac-teriza pelo bom acolhimento, tanto alunos como professo-res mostraram uma boa inte-gração, o que revela o espírito do curso de comunicação. A maioria dos alunos do Ensi-no Médio que nos procura já tem conhecimentos básicos da área, e está muito preocupado com o mercado de trabalho. Cada vez o perfil do jovem que procura por informações é mais jovem”, comentou a pro-fessora de Relações Públicas, Glafira Bartz, que foi uma das orientadoras da Famecos na Feira das Profissões.

FELIPE RIGHI BALESTRIN,PEDRO LAVAL DE LIMAE VITÓRIA GUIMARÃES

A Feira de Profissões

∆ PUCRS promove seus cursos em uma feira

ACONTECEU na manhã de 22 de setembro, no audi-tório da Famecos, uma audi-ência pública para tratar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à não obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercí-cio da profissão. O debate foi promovido pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da As-sembléia Legislativa, sob pre-sidência do deputado estadual Mano Changes, coordenada pelo deputado Sandro Boka, proponente da audiência.

Com a presença dos de-putados Kalil Sehbe, Marisa Formolo e também o deputado federal Paulo Pimenta, o deba-te buscou levantar subsídios, esclarecer dúvidas e propor al-ternativas no que diz respeito à desastrada decisão do STF.

Formando a Mesa tam-bém estiveram presentes, o presidente do Sindicato dos Jornalistas, José Nunes; Fer-

nanda Nascimento, represen-tante do Núcleo de Estudantes do Sindicato de Jornalistas, e a coordenadora do Departa-mento de Jornalismo da Fa-mecos, professora Cristiane Finger.

Ao final, cada parlamentar se colocou contra a decisão e a disposição dos jornalistas e fu-turos ali presentes, para lutar junto aos atingidos, encami-nhando manifestos, projetos de lei e mobilização em defesa do diploma.

“Não dá para confundir liberdade de expressão com liberdade para o exercício da atividade”, destacou o depu-tado Pimenta, que juntos aos demais presentes se mostram revoltados com essa decisão e buscam a qualificação e valori-zação do Jornalismo, deixan-do de lado interesses políticos e ideológicos.

FELIPE BALESTRINE GRAZIELLA GIORDANI

Audiência pública defendediploma para jornalistas

∆ Manifestações de protesto contra o fim da exigência do diploma

BRUNO TEDESCHINI/ HIPER

BRUNO TEDESCHINI/ HIPER

•Deputadosesindicalistasparticiparam

• PUCRSseabreàcomunidadeestudantil

VESTIBULAR

Page 6: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

6 RRPPAtualidades/dezembro 2009 ENSAIO

A TECNOLOGIA está nas lojas, nos carros, na esquina, na rua, nas casas, nos eletroeletrônicos, tornando-se até alvo de estudo, pois mexeu de fato no imaginário humano com teorias como a da cibercultu-ra. Desde o eletrodoméstico utilizado pela dona de casa ao carro mais moderno que calcula a quilometragem para chegar ao seu destino. O computador está lá, na sala ou quarto, usado pelo filho para trabalhos escolares, pelo pai para se informar, pela mãe em suas atividades e por que não falar dos avós, os quais, no decorrer dos anos, interessam-se cada vez mais por esse meio massivo e alternativo de comunicação.

No trabalho, a comodidade, a prati-cidade e a necessidade de rapidez fizeram com que o computador fosse indispensá-vel. Havia a necessidade de um meio como a Internet, que conectasse as pessoas em grandes redes mundiais, tanto a negócios quanto mesmo para relacionamentos. Li-dar com computadores tornou-se uma extensão de nossas vidas, profissional e pessoal, e criou-se uma nova forma de se relacionar.

No início, tudo era muito novo. A glo-balização trouxe a tecnologia da informa-ção e perda de identidade, mas, ao mesmo tempo, proporcionou ao ser humano da pós-modernidade a oportunidade de bus-car alternativas aos antigos padrões. Pos-sibilitou recriar novos conceitos, transfor-mando-o, assim, num ser individual, mas também coletivo.

Os usuários, contudo, não são obriga-dos a entender e até mesmo saber que exis-tem diversos segmentos dentro da área das tecnologias e, por extensão, da comu-nicação. Este artigo, A Internet e sua Usa-bilidade, se propõe a mostrar que existem profissionais trabalhando especificamente em criar programas, softwares, ferramen-tas e aparatos técnicos, para tornar a vida do navegador do Internet Explorer ou Fi-refox mais simples, prática e segura.

Mas este artigo não pretende discutir a informática e sim, as Relações Públicas na era digital e a importância da usabilidade

dessa tecnologia na área de comunicação, ao estabelecer novos meios de relaciona-mento através de sites e seus serviços. Na análise, surgem as primeiras indagações: Por que o profissional de RRPP deve pre-ocupar-se com essa nova tecnologia? Que relação existe, em falarmos de pessoas que sabem apenas o básico, ou seja, ligar seus computadores, conectar-se à grande rede e navegar?

Devemos ter em mente que a comunica-ção e todas as maneiras em que ela se pro-cessa são interesses das RRPP, visto que é uma atividade que “gerencia” (KUNSCH, 2003) e se torna “gestora política” dos relacionamentos (SIMÕES, 1995). Saber interpretar e tornar comum essa comuni-cação entre pessoas é a tarefa das RRPP. Nossa área trabalha com todos os públicos que se formam e são para eles que os sites existem e vendem seus produtos, serviços, imagens ou ideologias. As empresas vivem para os públicos.

Como hoje ter um site é comum (na verdade, es-sencial entre as organiza-ções), se constitui em um dos canais de ligação com

pessoas/consumidores. São eles que irão acessar, pesquisar o produto, consumi-lo ou não, apoiar a empresa em suas ações sociais ou mesmo incorporá-las ao seu dia-a-dia, tornando-se fiéis à marca/ser-viço. Os sites corporativos transportaram a face da organização para a plataforma de comunicação mais rápida do mundo, a Internet.

A organização online é hoje impres-cindível diante da impossibilidade das dis-tâncias, a necessidade da informação, as demandas de consumo e entretenimento, criados ou proporcionados pela Internet, que estabeleceu novos paradigmas de co-nhecimento e relacionamento. Na realida-de, as organizações devem levar em con-ta o fato de que as pessoas sabem usar o computador, e mais que isso, quando lhes interessa alguma coisa, seja ela qual for, buscam, perguntam, pesquisam, procu-

ram tudo o que possa satisfazer suas ne-cessidades e interesses.

Fica claro que o site das empresas deve ajudar e não atrapalhar. O serviço ou produto oferecido na sua página precisa ser fiel e satisfatório, porque para muitas pessoas que acessam a Internet aquela página será a personificação da empresa, sua alma, seu atendimento e sua ética. As novas tecnologias devem facilitar, ajudar e não dificultar e favorecer apenas os que estão por trás dos sites e sua lucratividade.

Por tudo isso, concluímos que a usabi-lidade de um website é muito importante e faz toda a diferença no que diz respeito aos públicos e a sua relação com a internet/empresa. O fato é que cada vez mais lida-mos com consumidores exigentes. Um site de vendas, por exemplo, se não for de fácil uso, não venderá e o usuário insatisfeito terá uma péssima primeira impressão, porque terá a credibilidade duplamente perdida, ou seja, a do site e da empresa, por não cumprir o que promete e a própria organização que passará por falsa, visto que é ela que fornece o atendimento e o produto. A percepção do erro, que muitas vezes se dá tardiamente, acarreta naquele velho questionamento por parte da chefia: “O que fizemos de errado? É o produto? É o preço? O que o consumidor quer?“

Poucos são os que pensam na qualida-de do atendimento, ou mesmo na parte téc-nica da homepage: se tranca, se o pedido é ou não processado pela máquina, quantos cliques são necessários para efetuar o que se deseja etc. “Mais de 83% de usuários de Internet abandonam um site se eles senti-rem que serão necessários muitos cliques para achar o que procuram.” (Arthur An-dersen, 2001). E ainda: “75% dos entrevis-tados abandonam o carrinho de compras sem finalizar a compra.” (Bizrate.com, 2001). Provavelmente o consumidor tenha gostado e escolhido o produto e no mo-mento de comprar, esbarrou em diversos problemas de usabilidade dentro do site. Chegamos então à palavra chave do arti-go – Usabilidade; mas o que é isso?

A Internet e suaUsabilidadePOR ELYEDRE COSTA

•Por que o profissional de RRPP devepreocupar-se com essa nova tecnologia?

Page 7: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

7RRPPAtualidades/dezembro 2009ENSAIO

Crises, chuvas, apagões, desaba-mentos, raios, trovões, mortes, catástro-fes, fúria da natureza, violência, inunda-ções. Será o FIM DO MUNDO?

Alguma vez já paramos pra pensar e refletir como estará o nosso mundo quando os nossos filhos nascerem? Ou ainda, os filhos dos nossos filhos? Já pa-ramos pra pensar no nosso futuro? Se vamos casar, se vamos ter aquele casal de filhos que sonhamos ainda quando crianças, se vamos plantar uma árvore, escrever um livro, comprar uma casa na praia, viajar o mundo todo em 6 meses, viver um grande amor ou até mesmo ga-nhar na mega sena? Será que o mundo e nós mesmo iremos resistir a tanta epide-mia, aquecimento global e afins?

Filmes de ficção no cinema nos tra-zem essa realidade. Começou com “Eu sou a lenda”, com Will Smith, e agora, em cartaz, “2012”, de Roland Emmeri-ch . Tudo bem, isso são apenas filmes, é muita montagem e tecnologia e parece não sair da telona. Mas, mesmo assim, podemos nos permitir uma reflexão a respeito do mundo em que vivemos e no mundo em que queremos viver.Existem diversos pontos de vista, uns a favor e outros completamente contra a ideia de que o mundo vai acabar, mas fatos cada vez mais recentes nos assustam e mos-tram que a raça humana não vai entrar em extinção, mas que o nosso ambien-te de vida está se auto destruindo. Isso não há pesquisador que negue. Chegou o momento de pararmos de dar “sorte ao azar”, não podemos deixar os problemas baterem na nossa porta, tampouco acre-ditar que isso só vai acontecer com o vi-zinho, ou com aquele parente que mora do outro lado do oceano.

O ser humano precisa deixar de ser egoísta e começar a pensar nos pequenos passos, nos pequenos detalhes: Ao invés de lavar a calçada, por que não varrê-la? Por que não utilizar o sol para aquecer a sua água? Por que não deixar o carro em casa para percursos pequenos? Os pequenos gestos é que criam forças para buscarmos o mundo melhor. É hora de agir,orientar. Uma missão que não exige muitos esforço, afinal, somos respon-sáveis por tudo que está acontecendo e temos o dever de reverter essa situação. Economize luz, água, recicle o seu lixo e ajude a mudar o mundo.

GRAZIELLA GIORDANI

Fim do mundo?! •CRÔNICA

Usabilidade é uma disciplina que estuda o comportamento do consumi-dor durante a utilização de um deter-minado produto (como software, dis-positivos eletrônicos ou websites), com o objetivo de encontrar problemas nes-se produto. Contudo, é um instrumento de comunicação que tem sido deixado de lado na construção da maioria dos websites.

Nielsen e Tahir (2002, p.5) a defi-nem como “a combinação de vários fa-tores: a facilidade de aprendizagem, de utilização, de memorização, a frequên-cia e severidade de erros e a satisfação dos utilizadores”. A norma ISO 9241 de-fine a Usabilidade como: “Efetividade, Eficiência e Satis-fação com que os utilizadores atin-gem os seus objeti-vos num determi-nado sistema.”

Portanto, o que os profissio-nais de RRPP e de TI devem ter em mente ao cons-truir um site, um software etc, é a facili-dade da sua utilização. Os erros devem ser previstos, precisam ser feitos testes exaustivamente, simulando as mais di-versas situações que podem ocorrer.

Reafirmamos que RRPP viabiliza a comunicação entre público e empresa e os sites são ferramentas de comunica-ção. Pela atividade de Relações Públi-cas acontece toda viabilização do canal de comunicação com os públicos, logo, as suas ferramentas, juntamente com os critérios de usabilidade de Nielsen e Tahir (2002), permitirão que essa in-teratividade se dê da melhor maneira possível.

Se o canal está com erros, é incom-pleto, faltam informações vitais para a boa comunicação. Pode-se afirmar que existe ruído na comunicação e esta deixa de ser uma ponte de mão dupla, onde de um lado há organização, que julga estar passando a sua mensagem e os seus objetivos, e do outro, temos o público, que não recebeu a mensagem e

deixará de procurá-la. O profissional de RRPP deve atuar

intensamente como mediador entre Or-ganização e Público, garantindo que a comunicação seja efetivada da melhor maneira possível, sem ruídos, sem en-ganos, sem problemas e em consonân-cia com a parte técnica do website.

Sabemos que o público não se resu-me ao consumidor. O segmento público começa nas próprias organizações. É dentro dela que na maioria das vezes surgem os problemas. Uma instituição que tem uma comunicação efetiva com seu público interno reflete isso exter-namente. Não podemos pensar apenas nos sites que são disponibilizados na In-

ternet, precisamos levar em conta a In-tranet e a satisfação que proporciona ou não aos colaborado-res.

Quantas orga-nizações não teriam evitado diversos problemas com seus websites, se tives-

sem percebido primeiro as necessidades internas dos seus funcionários e sua In-tranet? Porque os funcionários são con-sumidores de outros produtos também e são muitas vezes os primeiros a fazer a própria propaganda da empresa (pú-blicos de multiplicação). Mais do que ninguém, eles sabem o que seria bom e satisfatório em um site, o que realmente é importante e o que as pessoas pensam e esperam de sua organização. Ora, se existe um problema de usabilidade em um website, é provável que o mesmo ru-ído encontra-se na sua Intranet.

Concluímos que a usabilidade e as ações de RRPP são os pontos de partida para que as empresas que desejam ter seu site consigam sucesso. A usabilida-de consiste em facilitar, em verificar a satisfação e a efetivação. Relações Pú-blicas busca a sintonia na comunicação entre públicos e organização através de credibilidade e bons serviços. Ambos andam juntos e são indispensáveis às novas tecnologias.

Referências Bibliográficas

NIELSEN, Jakob, TAHIR, Marie. Homepage : 50 we-bsites desconstruídos. Trad. Teresa Cristina Felix de Souza, Rio de Janeiro: Cam-pus, 2002.SIMÕES, Roberto Porto. Relações públicas : função política. 5. ed.rev.ampl. São

Paulo:Summus,1995.KUNSCH, Margarida Ma-ria Krohling: Planejamen-to de Relações Públicas na Comunicação Integrada. 2, São Paulo: Summus, 2003.SITES: Arthur Andersen. Disponível em: http://www.usabilidadebr.com.br/saibamais.asp – Acessa-

do em 04/12/2009Bizrate.com Disponível em: http://www.usabilidadebr.com.br/saibamais.asp – Acessado em 04/12/2009NORMA ISO/IEC 9126: disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/ISO/IEC_9126, acessado em 04/12/2009

Os erros devem ser previs-tos, precisam ser feitos testes exaustivamente, simulando as mais diversas situações

que podem ocorrer.

Page 8: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

8 RRPPAtualidades/dezembro 2009 ESPECIAL

A PUCRS REALIZOU, nos dias 28, 29 e 30 de setembro, o 22º SET Universitário, evento que oportuniza a troca de experiên-cias entre alunos, professores e profissionais das áreas de comunicação. Este ano, os de-bates versaram sobre Público e Conteúdo na comunicação, independente das platafor-mas.

Organizado pela Famecos com auxílio das equipes do Espaço Esperiência, que deu suporte e monitorou as atividades do evento, o SET mobilizou a universidade através de palestras feitas não só no prédio da Facula-dade de Comunicação, mas em outros três auditórios do campus.

O primeiro dia do evento causou im-pacto aos que chegavam no prédio 7, com muita divulgação, luzes, palco para shows e entreterimento. A Famecos estava com outra cara. Curiosos, estudantes estrangeiros e de muitas cidades do Brasil estavam presentes no evento que contou no primeiro dia com palestras de João Moreira Salles, editor da revista piauí; Jayme Monjardim, diretor de núcleo da Rede Globo; João Daniel Tikhomi-roff, publicitário e ganhador de 41 leões no Festival de Publicidade de Cannes; e Fabiano de Souza, cineasta e professor da Famecos.

No segundo dia, as estrelas foram Le-andro Gejfinbein, gerente de Arquitetura de Informação na Globo.com; Ana Vilela, ges-tora da Casa Fiat de Cultura; Domingos da Silveira, procurador regional da República; Dennison Ramalho, roteirista e diretor ci-nematográfico; Bruno Alves, sócio diretor da Dialeto Social Media; e Luciano Kunzler, responsáveis pela área de criação e estraté-gia da HappyHouse Brasil.

O último dia do evento contou com a presença de Eduardo Socha, editor da revis-ta Cult; Matinas Suzuki Jr, editor da revista Serrote; Tito Montenegro, sócio da Arqui-pélago Editorial e criador da revista Norte; Miguel Cavatorta, diretor de Relações Públi-cas e Institucionais do Colégio Universitário IES Siglo 21, em Córdoba, Argentina; Rena-to Meirelles, sócio diretor do Data Popular e autor de Um jeito fácil de levar a vida; e Marcos Schetmann, diretor de novelas da Rede Globo, com a participação de Carlos Gerbase, cineasta e professor da Famecos.

Durante os três dias, também ocorreram oficinas práticas e teóricas com profissionais sobre diversas áreas destinadas à comunica-ção, onde os alunos tiveram a opotunidade de interagir e vivenciar de perto o que os aguarda no mercado de trabalho.

O encerramento foi marcado pela ceri-mônia de premiação do SET Universitário, quando foram divulgados os vencedores da mostra competitiva. A festa de despedida aconteceu no Bar Opinião com a apresenta-ção de bandas de alunos e professores.

FELIPE BALESTRIN E PEDRO LAVAL

SET Universitáriodebate público

e conteúdo

•O evento promovido pela Famecos trouxe grandes nomes

∆ Debates mediados por professores da Famecos lotaram quatro auditórios do campus

MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER

Page 9: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

9RRPPAtualidades/dezembro 2009ESPECIAL

∆ RBS Debates abriu o SET com a participação de Jayme Monjardim

O DIRETOR de novelas e especiais da Rede Globo, Jayme Monjardim, foi a grande estrela do RBS Debates, na noite de 29 de setembro, no Centro de Eventos da PUC. O encontro fez parte do SET Universitário, promovido todos os anos pela Famecos. O tema deste ano foi Linguagem X Públicos – como falar com as massas, discu-tido em palestras e oficinas até o encerramento, na noite de 30/9.

Os convidados do RBS Debates foram o diretor de Núcleos da Rede Globo; mais o publicitário João Daniel Tikhomiroff, ganhador de 41 leões de ouro no Festival de Pu-blicidade de Cannes; e Fabiano de Souza, cineasta e professor da Fa-mecos. Monjardim foi convidado a falar sobre o conteúdo das novelas e miniséries da televisão.

Durante o debate, os partici-pantes responderam perguntas da

plateia. Dentre as discussões, des-tacaram-se as telenovelas, por seu conteúdo e produção. Segundo o diretor da Globo, a cada 20 dias são feitas pesquisas para validar o an-damento das novelas, a aceitação dos personagens por parte do pú-blico, entre outros assuntos sobre as tramas. “Se a história da novela não for boa, não for consistente, ela não será boa”, disse.

De acordo com Monjardim, as novelas são iguais há mais de 40 anos e o que mudou foi o impacto tecnológico, por exemplo, com a tecnologia HDTV, a imagem ficou muito mais nítida e dessa maneira, há um cuidado maior com a luz, a maquiagem e o figurino dos atores. No entanto, em sua opinião, “não adianta tecnologia sem um bom conteúdo”.

ELYEDRE COSTA

Jayme Monjardimfala de novelasno RBS Debates

ANA VILELA veio no dia 29 de setembro à Famecos como uma das palestrantes do 22º Set universitário. O tema foi “A Cultura como Es-tratégia de Relacionamento com Stakeholders”, que são as pessoas e empresas influenciadas pe-las ações da organização. Explicou a importân-cia de dar incentivo à cultura e como isso pode melhorar a reputação de uma empresa, relatan-do sobre o funcionamento de onde ela trabalha como gestora administrativa e financeira: a Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte.

A palestrante é formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, em Relações Públicas pelo Centro Uni-versitário Newton Paiva, com pós-graduação em Administração e Marketing e trabalhou du-rante 11 anos à frente da área de Comunicação Interna da Fiat Automóveis, realizando treina-mentos de Relações Públicas. “Trabalhamos com planejamento e estratégia de programação,

desenvolvimento, gestão e implantação de pro-jetos culturais e educativos, articulação de par-cerias institucionais e estratégia de comunica-ção”, explicou Ana Vilela.

O objetivo principal da Casa de Cultura Fiat, é promover eventos culturais para aproxi-mar o público brasileiro da marca, mostrando que a organização está preocupada e interes-sada com seu público. “A criação deste projeto teve origem em pesquisas que mostraram que o povo brasileiro é extremamente pobre cultural-mente falando e, devido ao sucesso desta ideia, o Grupo Fiat está planejando investir com os mesmos objetivos em outras cidades, como Por-to Alegre”, antecipou a gestora em sua palestra no SET.

PABLO ESTRÁZULAS,RAMIRO PERES

E VITORIA GUIMARÃES

Incentivo à cultura melhora reputação

∆ Ana Vilela, jornalista e relações-públicas

• ExecutivadaFiatfalousobrerelacionamentocomStakeholders

LÍVIA AULER/ HIPER

• Em40anos,oquemudoufoiatecnologia

LÍVIA STUMPF/ HIPER

Page 10: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

10 RRPPAtualidades/dezembro 2009 ESPECIAL

O PROFESSOR Domingos da Silveira, procurador do Ministério Público e pós-gradu-ado em Direito, foi um dos palestrantes do 22º Set Universitário, tradicional evento anual da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), da PUCRS. Na noite de 20 de setembro, no au-ditório do prédio 11 do campus, ele falou sobre a televisão e os direitos humanos.

O conferencista disse que o tema direitos humanos na TV é muito instigante. “Existem colisões entre os direitos humanos previstos na Constituição e os interesses empresariais em relação às concessões televisivas”, ponderou. O professor Domingos citou o sociólogo Gutierrez: “A TV cria um efeito real. Deixa de ser um ins-trumento de registro e torna-se um instrumento de criação da realidade.” Este espectro eletro-magnético, como o professor se refere à tele-visão, é hoje, arbitro do sistema social. “O que não está nela não existe. A televisão tem o poder de pautar a sociedade em torno de um assunto”, observa.

Outro fator relevante é a falta de fiscaliza-ção das concessões televisivas. Estas deveriam estar de acordo com as leis da Constituição da República Federativa do Brasil, o que na prática não acontece. Começando pelo Artigo I: “Asse-gurar a dignidade da pessoa humana; a cidada-nia; os valores sociais do trabalho e a da livre iniciativa”. E conclui o palestrante: “O espectro eletromagnético vai contra esses valores. Ele constrói outras perspectivas, destruindo os di-reitos humanos.”

O medo da censura faz com que os meios de comunicação, principalmente a televisão, tenha liberdade para fazer o que quiser. Isto implica na necessidade de se criar novos órgãos regula-dores além dos já existentes como a Anatel. Do-mingos reforça: “Concessão sem fiscalização é doação.” Nem todo controle é censura, mas toda censura é um controle sem democracia. Exem-plo disto é o Artigo 221 da nossa Constituição, citou:

I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;

II – promoção da cultura nacional e regio-nal e estímulo à produção independente que ob-jetive sua divulgação;

III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais es-tabelecidos em lei;

IV – respeito aos valores éticos e sociais da

pessoa e da família.Na opinião de Domingos, a Constituição não

estabelece a censura. “É um modo de manter os nossos direitos”, assegura. Para ele, a busca pela audiência leva as emissoras a fazerem progra-mações sensacionalistas, o que torna a televisão uma baixaria. Os índices de audiência e a opi-

nião pública são termômetros democráticos da população. Domingos fechou a palestra dizendo: “Um dos grandes riscos da democracia é que a sociedade está desarticulada para exercer o con-trole desta concessão.”

ANGÉLICA SILVINO

TV e Direitos Humanos:O que temos com isso?• ConcessõesdeTVburlamosdireitoshumanos,denunciaprocuradorduranteoSET

∆ Domingos da Silveira vê a televisão como um árbitro social

MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER

Page 11: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

11RRPPAtualidades/dezembro 2009ESPECIAL

ÀS EXATAS 20h do dia 29/9/2009, quem estava presente no salão de apresentações da facul-dade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS, pôde acompanhar de perto uma das muitas palestras que formavam o SET Universitá-rio da Famecos. Era ela: “As mui-tas caras do público interno: como pensar em comunicação interna para todas elas?”. Quem deu as caras para o público de estudantes do curso de comunicação foi nada mais nada menos do que um ex-famequiano, Luciano Kunzler, for-mado em Publicidade e Propagan-da e Pós-Graduado em Marketing Estratégico, que atua como um dos responsáveis pela área de criação e estratégia da agência Happy House Brasil de endomarketing.

O palestrante fez o primeiro contato com o grupo de estudan-tes, fazendo-os compreender o que envolvia o endomarketing em um todo, para tal fez uma abordagem geral do tema. Teve como objeti-vo fazer os presentes não apenas compreender a segmentação de públicos nas empresa, mas tam-bém entender a complexidade que envolve a criação de estratégias de

endomarketing em um cenário que agrega diferentes áreas de conheci-mento, em meio a constantes mu-danças de cenários, derivados do fácil acesso à informação a que as organizações estão sujeitas em pe-ríodo de globalização.

Kunzler explicitou os pontos globais de atuação do endoma-rketing dentro das organizações, desde o acesso à informação, a mu-dança cultural e comportamental dos colaboradores, inovações tec-nológicas, movimentações no mer-cado de trabalho, alterações nas políticas de gestão e no marketing.

Aos poucos, o palestrante de-monstrava os inúmeros desafios com que se depara o endoma-rketing frente a tantas variáveis e diferentes cenários. “A grande dificuldade de administração dos meios de comunicação e o meio a um bombardeio constante de in-formações, as mudanças velozes e radicais, orçamentos cada vez me-nores e a pressão por motivação e criatividade”, destacou.

Saindo de cenários mais am-plos e globais, Luciano focou o ser humano, onde realizou um compa-rativo histórico a respeito da mu-

tação dos valores que guiavam os profissionais dentro do mercado de trabalho. Neste ponto, destacou três marcos em que estivera pre-sente o profissional no passar dos tempos. “Antigamente, a preocu-pação girava em torno da empresa, família e tranquilidade. Depois se preocupariam com a renumeração, projeção e crescimento. E agora estaríamos migrando para valores baseados no reconhecimento, qua-lidade de vida e felicidade”, enu-merou Kunzler.

Ao final, depois de discorrer sobre os aspectos teóricos e fun-damentais do endomarketing, o profissional partiu para o aspecto prático e concreto, apresentando inúmeros cases gráficos da agência HappyHouse Brasil.

Ficou claro que o endoma-rketing abrange não apenas um estudo interno da organização, mas sim uma compreensão muito maior, onde necessita-se compre-ender o ser humano e o cenário em que está disposto , para que se posssa chegar a políticas efetivas de comunicação interna.

LUCAS KAFRUNI

Por dentro do Endomarketing

∆ Palestrante Luciano Kunzler discorreu sobre as muitas caras do público interno durante evento na PUC

• Segmentação de públicos e complexidade na criação de estratégias

FOTOS BOLÍVAL ABASCAL OBERTO/ HIPER

O PUBLICITÁRIO e sócio do jornal paulista Data Popular, Renato Meirelles, realizou uma inovadora e realista palestra sobre o consumo e o mercado das classes sociais de baixa renda, durante o 22º SET Universitário da Famecos, no dia 30 de setembro de 2009.

“Classes C,D e E: 15 tendências de um mercado de 760 bilhões de reais.” Esse foi o título que levou a palestra de Renato Meirelles, pes-quisador das classes sociais brasi-leiras. O surpreendente mundo da economia de baixa renda foi o foco central da palestra, “onde, infeliz-mente, as nossas criativas propa-gandas não conseguem ter resulta-dos positivos sobre o consumidor dessas classes”, criticou.

Antenado em todas novas ten-dências, o palestrante usou muito um não tão novo termo: gente! Sim, gente mesmo, gente de verda-de, cheia de emoções e sentimen-tos, e não mais o termo consumi-dor. Essas pessoas citadas por ele representam a maioria da popula-ção brasileira, uma enorme parcela do mercado que não pode ser ex-cluída e que cada vez mais conhece o seu poder e se torna mais exigen-te com cada produto e serviço que adquire. Segundo Renato Meirel-les, o consumidor dessas classes, além do que se pensava, não busca o menor preço, mas sim o produto com melhor preço X benefício, ou seja, qualidade. Mas onde está a real qualidade que o consumidor de baixa renda busca? Para Rena-to, essa pergunta é o grande desa-fio das organizações, e que preci-sam conhecer e entender as novas tendências desse mercado.

AMANDA MACHADOISADORA DIEHLIZAURA PEREIRA

∆ Renato Meirelles

O mercadoemergente

Page 12: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

12 RRPPAtualidades/dezembro 2009

ELYEDRE COSTA

VOCÊ SABE o que é Relações Públicas 2.0? Vamos começar pela Web 2.0, pois sem esta, o termo Relações Públicas 2.0 não existi-ria. Há muitos nomes para essa nova web: Web 2.0, Living Web, Hypernet, Active Web, Read/Write Web. Independente da designação usada, o sentido é o mesmo: plataforma global de com-putação e colaboração que está remodelando quase todos os aspectos das relações humanas.

“A Web 2.0, em termos de tecnologia, não mudou muita coisa. O que se transformou foi o comportamento do público em relação às orga-nizações e dentro da rede. O público começou a falar mais, dar mais a sua opinião. A atitude em relação ao que pensavam das organizações mu-dou”, diz Silvana Sandini, sócio-fundadora da RaioZ e professora da disciplina Estudos Mul-timídia para as Relações Públicas na Famecos.

A antiga web era constituída por sites estáti-cos, cliques e chats, enquanto a nova é composta de comunidades, participação, colaboração em massa e comunicação bidirecional. Os canais de comunicação mais comuns da nova web são co-nhecidos pela maioria das pessoas, sendo eles: orkut, twitter, facebook, flickr, blog, entre ou-tros. Nos dias atuais, quem não possui orkut, twitter e participa de uma comunidade virtual?

Se praticamente todas as pessoas usam e co-nhecem esses novos canais, o que tem de novo em tudo isso? Na verdade, quase todas as pes-soas usam esses canais diariamente, mas muitos nem percebem a grande mudança eles signifi-cam nos dias atuais.

As duas principais características da Web 2.0 são a colaboração em massa e comunicação bidirecional. A primeira se baseia em indivíduos

e empresas utilizando computação e tecnologias de comunicação amplamente distribuídas para alcançar resultados compartilhados.

O maior exemplo de colaboração em massa é a Wikipédia, a mais extensa enciclopédia do mundo, oferecida gratuita e criada inteiramente por voluntários em uma plataforma aberta que permite a qualquer internauta ser editor. Milha-res de usuários da internet dedicaram tempo e conhecimento, voluntariamente, para ajudar a construir uma enciclopédia de qualidade, mas que deve ser consultada com prudência. Cons-truída a partir de um software de internet cha-mado wiki (rápido em havaiano), a Wikipédia se baseia na premissa de que a colaboração entre os usuários melhorará o conteúdo ao longo do tempo.

A outra vantagem da Web 2.0, a comunica-ção bidirecional, permite a oportunidade de res-posta e interação entre os emissores e receptores de uma mensagem. Os canais digitais que propi-ciam essa interação são os blogs, chats, mensa-geiros instantâneos etc.

As mídias geradas pelo consumidor são marcantes da Web 2.0, como os vídeos produzi-dos e veiculados no youtube e os blogs que fun-cionam como jornais independentes, onde, na maioria das vezes, possuem maior credibilidade por tratar-se de uma pessoa comum, comentan-do sobre suas experiências boas ou ruins ao con-sumir determinados produtos.

Por meio desses novos canais disponibili-zados na Web 2.0, as pessoas deixaram de ser

coadjuvantes para tornarem-se atores princi-pais na rede, onde colaboram com outras pesso-as, produzem seus conteúdos e expõem as suas opiniões. Torna-se impossível as organizações não estarem vulneráveis às opiniões de seus pú-blicos, principalmente aquelas de marcas famo-sas. Nos dias atuais, um pequeno problema, um produto com defeito que não seja trocado, pode ser comentando em um blog pessoal e inúmeras pessoas poderão ler e assim, comentarão com muitas outras, até chegar ao ponto de estourar uma crise e a empresa ter que que desculpar-se publicamente, ou ainda, retirar o seu produto do mercado.

É diante desse cenário que surge as Relações Públicas 2.0. O termo vem sendo usado por di-versos autores. As principais características são: uso das novas tecnologias e redes sociais online para monitoramento de imagem e reputação das organizações, gerenciamento de conteúdos pro-duzidos pelo consumidor, entre outros.

Para Carolina Frazon Terra, autora do li-vro “Blogs Corporativos: modismo ou tendên-cia?”, a imagem das organizações é crucial para o processo de faturamento, venda de produtos e serviços. A autora apresentou um artigo sobre “A comunicação organizacional em tempos de redes sociais online e de usuários-mídia” no XX-XII Congresso Brasileiro de Ciências da Comu-nicação (Intercom), realizado entre os dias 5 e 7 de setembro deste ano. No artigo, a autora abor-dou temas como relações públicas, redes sociais online, usuário-mídia e mídia social.

CAPA

Relações Públicas 2.0

∆ Silvana Sandini: o que mudou foi o comportamento do público

•Comunicaçãomaisfluida,colaborativaehorizontal.AsreputaçõesMARIANA FONTOURA/ HIPER

Page 13: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

13RRPPAtualidades/dezembro 2009CAPA

monitora redes sociaisAs redes sociais mais usa-

das e suas características:

BLOG - Leitura agradável e cronoló-gica; Fácil de manter e fazer; Baixo custo; Maior liberdade de manutenção; Navega-ção intuitiva; Favorece o feedback, uma vez que possui espaço para comentários.

WIKI - Colaboração participati-va; Espécie de site para colaboração em massa em diversos assuntos e de fácil utilização; Não requer conhecimentos de programação HTML . Difere do blog pois é uma página estática que vai se modifi-cando.

TWITTER - Postagem instantânea; Espaço reduzido para digitação das men-sagens (140 caracteres).

FEEDS (RSS E ATOM) - Agregam conteúdos de diversos sites e/ou blogs que utilizam essa tecnologia; Funcionam como um clipping digital ou uma news-letter.

ORKUT/FACEBOOK - Redes so-ciais de interação entre as pessoas; Pode-se colocar fotos, dados pessoais e par-ticipar de comunidades sobre diversos temas.

PODCAST - Arquivo de música ou áudio com informações, feito pelos pró-prios internautas.

FLICKR - Postagem e compartilha-mento de fotos; Permite ‘marcar’ as fotos com nomes de outros usuários e ‘tags ‘ de marcação como por exemplo: gato, gatos, cat, cats.

CAROLINA enfatizou que preocupar-se com expressões de marca, produtos e serviços das organizações na rede não é mais uma ques-tão de escolha, mas de necessidade. Para a au-tora, trata-se de mais um papel a ser assumido pelo comunicador, o Relações Públicas 2.0: gestor da imagem nas redes sociais, capaz de ava-liar a presença da marca e pro-por estratégias a favor das orga-nizações.

Em seu artigo, Carolina elencou ações pontuais de como o profissional deve proceder diante das mídias sociais, den-tre elas:

• Diagnosticar o estado da marca e de seus principais produtos e serviços nas redes sociais online;

• Planejar e propor ações que inspirem os consumidores sobre o universo que envolve a empresa;

• Criar uma cultura interna de participa-ção, colaboração e coletividade para refletir es-ses princípios externamente;

• Entender a dinâmica de funcionamen-to deste universo digital das novas mídias, para então, abrir-se para uma via de entendimento com os diversos públicos.

Para Silvana Sandini, “as Relações Públicas tem todo o preconceito de manipulação da ima-gem, de fazer com que a organização seja algo que não é. Portanto as Relações Públicas 2.0 seriam trabalhar com a transparência”. Para a

profissional, as Relações Públi-cas devem trabalhar de forma a complementar a estratégia existente na organização e ela faz um alerta: “Se a organização não está preparada para estar nas mídias sociais e na inter-net, ter um blog, etc. é melhor que ela não esteja. Pois a maior característica da Web 2.0 é a ‘conversa’. Não a informação, como os sites eram tratados an-tigamente”.

Web 2.0 e marketing nas mídias sociais, foi tema de pa-

lestra realizada no dia 29/09 (terça-feira) no auditório da Famecos, por Bruno Alves, sócio-diretor da Dialeto Social Media. A empresa mo-nitora todas as mídias sociais em uma espécie de clipping, no entanto, “não se trata apenas de agrupar todos os dados mencionados na mídia social de determinada empresa e sim, de reali-zar uma análise de conteúdo profunda, a fim de identificar o que está sendo ‘falado’ de bom ou ruim das empresas e quem está falando”, reve-

lou o especialista. Os monitoramentos são realizados por um

software desenvolvido pela própria Dialeto, com análise apenas dos assuntos públicos, os quais, posteriormente, passam por uma análise pro-funda de conteúdo, onde realizam-se trabalhos focados de Relações Públicas 2.0 com os forma-dores de opinião. É exatamente este monitora-mento, que segundo Carolina Terra, faz parte das ações que um profissional deve ter diante das mídias sociais.

Então, o que você está esperando para ser um profissional 2.0?

É como dizia Wilson da Costa Bueno, jor-nalista e autor de diversos livros, dentre eles “Comunicação Empresarial: Políticas e Estraté-gias”, lançado este ano: “as organizações que não aderirem à internet, tendem apenas, a involuir”. Você vai ficar de fora?

∆ Bruno Alves, diretor da Dialeto Social Media, proferiu palestra sobre Web 2.0 e marketing

“As Relações Públicas tem todo o preconceito de manipulação da ima-gem, de fazer com que a organização seja algo que não é. Portanto, as Relações Públicas 2.0

seriam trabalhar com a transparência” (Silvana

Sandini)

são construídas por meio do diálogo contínuo com os stakeholdersMARIANA FONTOURA/ HIPER

Page 14: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

14 RRPPAtualidades/dezembro 2009

ANDRÉIA MALLMANN é jornalista, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Mestre em Comunicação Social, Linha de Pes-quisa Tecnologias da Informação. Professora da PUCRS na unidade Famecos, tem experiência no campo da Comunicação nas áreas de Asses-soria de Imprensa, Fotografia, Identidade Vi-sual, Multimídia e Jornalismo Online, atuando principalmente em rotinas de produção, conver-gência de linguagens e internet. Ministra aulas no curso de extensão Apple Training Center, é coordenadora o Centro de Produção Multimídia da PUCRS, atua no estágio de jornalismo online da Famecos (Cyberfam) e ministra as discipli-nas: Tecnologias Audiovisuais e Projeto Experi-mental Online.

Desde 2006, ela pesquisa em seu doutorado uma nova visão do conceito de mídia contem-porâneo. Como discente do PPGCOM/PUCRS realizou intercâmbio de meio ano na Universi-ty of Westminster, sob orientação do professor Dr. David Hendy em pesquisa de campo na BBC (Londres), onde acompanhou a rotina de traba-lho na área do jornalismo/comunicação.

“A mídia atual é fluida, líquida e independe do aparato tecnológico. Consequência disso é a derrubada das fronteiras que definiam antes o jornalismo impresso, radiojornalismo, telejor-nalismo e jornalismo online. Na mídia fuida, tudo são linguagens, que se engendram e adap-tam à ambientes variados”, explica Andréia.

Para ela, as mídias são todas formas de flu-xo informativo que percebemos nos dias de hoje. “Desatreladas de equipamentos/plataformas/meios, é representada pela fruição e não mais pela sim-ples produção e disponibili-zação em espaços variados. Latente/estacionária ou não ela precisa de interagentes, pessoas para que de fato se torne uma mídia”, pondera a professora.

A internet é a essência do entendimento da chamada “nova mídia”. Seu modelo de comuni-cação em rede permite a interatividade, a per-sonalização, a colaboração, a ubiquidade, a não-linearidade dos processos e a convergência de equipamentos e linguagens. A chamada “nova mídia” é hoje fluida, bidirecional, tão abstrata quanto a noção de modernidade líquida propos-ta por Zygmunt Bauman. “Quando falamos em mídia, nos remetemos à clássica compreensão

da Teoria das Massas e do Modelo Transmissio-nista de Shannon & Weaver, e assim, a entende-mos no sentido puro e simples de uma platafor-ma de comunicação veicular informações entre emissor e receptor. Nessa visão, a mídia é um canal isolado, bem como suas pontas: emissor e receptor”, ensina Andréia.

Diferente de seu entendimento clássico e tradicional (aplicado à mídia de massa e ainda hoje utiliza-do como padrão de referência para muitos), o termo mídia hoje se mostra como uma soma de representações. “É possível perceber sua bana-lização ao notarmos seu uso em denominações completa-

mente alheias umas às outras. Estamos cercados por um termo que tudo abarca e nada explica”, diz a pesquisadora. Para ela, as mídias podem se constituir em espaços de armazenamento, empresas de comunicação, programas de tele-visão, sites populares ou ainda programas de envio de mensagem ou mesmo conexões entre equipamentos chamados de “media center”. Em sua opinião, precisamos encontrar a essência do conceito de mídia capaz de evidenciar seu signi-

ficado nos tempos de hoje. É possível compreender as diferentes no-

ções de tempo-espaço que a internet permite, seu potencial interativo fazendo emissor e re-ceptor tornarem-se interagentes, mas ainda há uma grande resistência para entender o que é mídia além do modelo tradicional, baseado em equipamentos ou áreas definidas. “Somos resis-tentes, isso é bem verdade. Precisamos ver para crer, e ver à exaustão, até negar o que já não é mais possível sustentar e permitir uma trans-formação. Isso é humano, se não fossem assim partiríamos do zero a cada nova reconstrução”, observa Mallmann.

A professora vê a possibilidade de que ocor-ram alterações no currículo de Comunicação So-cial, lembrando que no Jornalismo da Famecos já são produzidas ações integradas, testando no-vos modelos. “Os laboratórios da Faculdade dão excelentes locais para promover experimentos”, destaca. Ela ressalta que no ano de 2004 o cur-rículo passou por uma mudança significativa e essas alterações já evidenciam uma percepção de mudança conceitual não apenas a respeito da mídia, mas da comunicação como um todo.

SAMANTA BOFF E TIAGO LIMA

TENDÊNCIA

MÍDIA FLUIDA

∆ Andréia Mallmann em frente à BBC, em Londres, onde acompanhou a cobertura diária

• ProfessoradaFamecosfaladeseudoutoradoeintercâmbioemLondres

FOTO ARQUIVO PESSOAL

“A mídia atual é fluida, líquida e independe do

aparato tecnológico”

Comunicação se renova na

Page 15: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

15RRPPAtualidades/dezembro 2009DIFERENCIAL

APESAR DE TER uma área de atuação vasta, poucas pessoas identificam as inúmeras formas e setores de se trabalhar em Relações Públicas. Uma das maneiras de se exercer a profissão é em uma Orga-nização Militar. As instituições pos-suem uma Seção de Comunicação Social, mas pelo fato desse tipo de trabalho ser ainda desconhecido, há poucos Oficiais Técnicos forma-dos no Brasil.

Existem duas maneiras do pro-fissional de Comunicação ingressar no Exército Brasileiro:

• Se quiser ser militar de Car-

reira, tem que prestar concurso na-cional para a Escola de Administra-ção do Exército;

• Mas, se o profissional quiser prestar serviço temporário, preci-sa cuidar a abertura do edital do Comando Militar da sua região. Normalmente, se existem vagas nas Unidades Militares, é feito um processo seletivo, composto por al-gumas etapas, onde se escolhem os Oficiais Técnicos Temporários que irão trabalhar nos quartéis.

Qualquer profissional técnico que atue dentro do Exército Brasi-leiro, como Oficial, de carreira ou temporário, é cobrado, acima de tudo, como Militar. Além de ter a formação técnica, a pessoa deve estar enquadrada nas normas mi-litares. Como se trata de uma Ins-tituição baseada nos princípios da hierarquia e disciplina, qualquer projeto que queira desenvolver é analisado antes pelos superiores hierárquicos.

No caso da Seção de Comuni-

cação Social, o chefe em geral é um superior hierárquico, mas não ne-cessariamente com formação técni-ca na área de Comunicação Social. Em muitos momentos isso acaba dificultando ações de comunica-ção que são práticas habituais em empresas privadas. O profissional, formado e habilitado na área, tem que seguir as diretrizes de pessoas, que, muitas vezes, não possuem o entendimento necessário para aprovarem, ou não, das iniciativas.

A atuação pode ser bem ampla na medida em que o profissional atua em diversas atividades, tais como: eventos (muitas vezes sema-nais), endomarketing, elaboração de textos, busca de contatos, as-sessoria de imprensa, manutenção da intranet e internet, entre outras atividades.

A tenente Ana Ferrugem, do CPOR/PA (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Ale-gre), explica que pelo fato de atuar numa Escola de Formação, traba-

lha com muitos eventos, de diver-sos portes: formaturas militares (solenidades, tipicamente milita-res); confraternizações para os pú-blicos interno e externo; atividades festivas na comemoração de datas importantes; organização de janta-res e almoços, entre outros.

“O profissional de RP é respon-sável pela manutenção do relacio-namento com os públicos interno e externo”, enfatiza a oficial. No con-tato com o público externo, univer-so de 500 pessoas, ela assume vá-rias atividades, como: manutenção da intranet (informativos, agendas, informações, notícias, fotos); ma-nutenção da internet; informativo bimensal; controle dos quadros murais da Unidade; organização das atividades; controle de exposi-tores. “Na verdade, o RP no Exér-cito Brasileiro tem suas atividades muito atreladas às ações sociais”

MARIA CLARA GASPERINIE GRAZIELLA GIORDANI

UM MILITAR• Podemseguiracarreiramilitaroutrabalharcomotemporários

RICARDO STUCKERT/ ABR

∆ Formatura de Oficiais do Exército na Academia de Agulhas Negras, no Rio de Janeiro, em 2009. Foto divulgação

∆ CPOR, em Porto Alegre

RP no Exército é cobrado como

Page 16: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

16 RRPPAtualidades/dezembro 2009 JOVENS EMPREENDEDORES

Em 2007, pai e filho decidem iniciar um proje-to para um futuro empreendimento no mercado do agronegócio. A iniciativa foi to-mada por Antônio Barreto de Lima, que nasceu e cres-ceu no meio rural e sempre teve a vontade de resgatar as raízes. Contou com a ajuda de seu fi-lho, Pedro Laval de Lima que a partir desta ideia, passou a desenvolver durante um ano uma pesquisa voltada para a bovinocultura.

Por uma série de fatores, como distância, culturas das regiões, clima, rentabilidade, entre outros, optou-se pela criação de gado leiteiro, foca-do na comercialização do leite, com vacas de alta produção e na venda de novilhas de alta linhagem.

Após diversas visitas a propriedades leiteiras, conta-tos com referências no estado quanto à produção de leite, auxílio de profissionais da área e muitas pesquisas, surge a AnBar Cabanha Leiteira. É uma empresa rural com foco na criação de gado holandês e produção de leite, localizada no município de Glorinha, a 40 km de Porto Alegre, com aces-so via freeway, em uma área de 70 hectares.

Praticamente todo o reba-nho é originário de fora da ca-banha, a qual neste momento inicia seu programa de aperfei-çoamento genético, seleciona-do por Pedro, baseado no atual plantel. A Cabanha possui hoje 70 animais, contando com um plantel de 45 vacas em orde-nha, produzindo 1.000 litros/dia. Estes animais passam por

uma dieta alimentar rigorosa, consiste em alimentação espe-cializada para verão e inverno. Conta ainda com suplemento de ração balanceada e rotações periódicas de piquetes para a garantia de uma alimentação eficaz, que refletirá diretamen-te na qualidade do leite.

Com um trabalho diferen-ciado, em menos de um ano, a empresa cresceu mais rápido do que o esperado. Expandiu seus negócios e conquistou o mercado. Apostando em um marketing forte e estratégias de comunicação, Pedro, aluno de Relações Públicas da PU-CRS, assumiu o cargo de Ge-rente de Relacionamentos, e se responsabilizou por toda a di-vulgação e contato com clien-tes, fornecedores, mídia, par-ceiros, investidores e eventos, como exposições e palestras. Realiza um trabalho focado, levando todo o conhecimento adquirido em aula e associan-do às práticas da empresa.

Hoje, o empreendimento que começou com a AnBar Ca-banha Leiteira, trasformou-se no Grupo AnBar, uma empre-sa especializada no mercado Agropecuário. Conta com ou-tras empresas que compõem o grupo, como a AnBar Raças de Corte, AnBar Agronegócios e AnBar Cabanha Leiteira.

RAMIRO PERES

A atividade de RRPPno Agronegócio

∆ Pedro e o gado holandês

• ProfissãoexploranovosmercadosCada vez mais jovens ocu-

pam cargos importantes em empresas. Qual é o segredo? Ramiro Binotto Peres, estu-dante de Relações Públicas na PUCRS, é um exemplo. Ele acaba de se tornar o mais novo sócio da Shock Produtora (lí-der de formaturas em colégios no Rio Grande do Sul). Rami-ro adquiriu 50% das ações da empresa, tornando-se dono do seu próprio negócio.

Ele está no terceiro semes-tre. Com 21 anos, trabalha des-de os 17 anos de idade, quando ajudava seu pai no trabalho.

O estudante acredita que faz a diferença as trocas contí-nuas de emoções. “Elas fazem com que a gente tenha mais vontade de crescer, ocupar nosso espaço, mostrar para os outros que não estamos aqui para ser mais um”, disse.

Binotto começou preco-ce no trabalho, mas, segundo o jovem, isso fez com que ele crescesse mais rápido que os seus amigos. “Até hoje ainda me sinto meio distante do pen-samento deles, mas tenho que saber lidar com isso.”

Questionado sobre apro-veitar a vida, ele revela que curte muito, mas da sua ma-neira. “Saio com meus ami-

gos, faço academia, jogo bola. Quem me conhece sabe que eu sou um brincalhão, lido com amigos de 17 e 18 anos e tam-bém com fornecedores de 40 a 50, então tenho que saber a hora de falar sério.”

E os teus objetivos, cara? “Meu sonho é ser feliz fazendo bem às pessoas e sendo quem sou”.

Ramiro comentou que o que mais o fez crescer foram as decepções. “Nelas senti a ne-cessidade de mudar e crescer, já perdi uma namorada que amava por falta de amadure-cimento, mas também agora já ouvi essa mesma pessoa fa-lando o quanto está orgulhosa do que eu me tornei, acho que devo muito a ela e ao meu pai. O reconhecimento das nossas evoluções pelas pessoas que amamos não tem preço, é a melhor coisa do mundo”, diz.

PEDRO LAVAL DE LIMA

Impulsividade e ou-sadia – Correr riscos e ar-riscar isso é fundamental.

Visão – Pensar na fren-te, ter muita informação, inovar, mudar, acreditar.

Qualificação e Estu-dos – Tirar o máximo do conhecimento das pessoas, estude isso, é importantís-simo.

Planejamento – Colo-que tudo no papel, montan-do um plano, trabalhe com cenários diferente, ou seja, pense no pior e no melhor que pode acontecer.

Estratégia – Abra ne-gócios a partir das neces-sidades. A oportunidade não pode apenas estar nas nossas cabeças, mas sim no mercado.

Parcerias – Atenção para os incentivos de pes-soas próximas, pois elas po-dem não fazer parte do seu mercado, mas gostam muito de você. Divida com a famí-lia seus interesses.

Dicas pessoais – Tire proveito de tudo que lhe é ensinado, corra atrás, aceite desafios

Buscando seu espaço

∆ Ramiro agora é sócio

BATE-PRONTO

FOTOS ARQUIVOS PESSOAIS

NA FAZENDA UMA PRODUTORA

Page 17: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

17RRPPAtualidades/dezembro 2009

ADRIANO Flávio Molski é um jovem solteiro de 23 anos que já pode ser considerado independente. Pratica esportes regularmente, tendo compe-tido em corridas de aventura. Desde 2006, está na PUCRS. Hoje, além de aluno, é estagi-ário do Núcleo de Eventos do Espaço Experiência da Fame-cos.

Natural de Porto Alegre, reside no bairro Jardim Itu Sabará, zona leste da capital. Estudou na Escola de Ensino Fundamental e Médio Japão, próximo a sua residência. Cur-sou alguns cursos de gradua-ção, como Design Automotivo (Ulbra), Engenharia de Com-putação (PUCRS), até desco-brir sua vocação para área de Comunicação Social. Está no quarto semestre de Relações Públicas.

Em agosto de 2006, inte-

ressou-se pela área de even-tos, após ser convidado a organizar o encontro de con-vivência do Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS. Já trabalhou com retiros terapêu-ticos na fazenda Guadalupe, em Encruzilhada do Sul-RS. Foi monitor durante dois anos e meio das Pró- Reitoria de Assuntos Comunitários, Ex-tensão, Graduação e Centro de Eventos da PUCRS. Organizou eventos esportivos pela Super Nova Produtora, desenvolveu a função de fotógrafo para o site Coiote Na Balada e dentre todas atividades realizadas, foi voluntário em diferentes mis-sões assistencialistas em Porto Alegre e região metropolitana.

Molski trabalhou em mui-tos lugares, tendo conquistado grandes amigos por onde pas-sou. Determinado a conquistar seus objetivos, parte dos seus princípios para iniciar algum trabalho novo, acreditando sempre no seu potencial.

Para o futuro, Adriano Molski não tem muitos planos, prefere viver o presente e apro-veitar cada momento de sua vida. Ter uma profissão digna para consequentemente ser reconhecido por seu trabalho, são os desejos deste que não hesita em ajudar os amigos.

FELIPE BALESTRIN

∆ Adriano Molski, de voluntário a estagiário

DISPOSIÇÃOSEM LIMITE

Jovem das múltiplasatividades•Ele se dedica à área de eventos

A guerra por votosjá começou!

Mal foram definidas as datas de início das campanhas eleitorais – bem como o dia das eleições do ano que vem – e a disputa por votos já iniciou. A estreia do filme “Lula, o filho do Brasil” causou opiniões di-versas, principalmente da opo-sição aos petistas.

Os possíveis candidatos aos próximos cargos públicos acusaram, sem meias pala-vras, o PT (mais diretamente o presidente Lula) de disparar antecipadamente a campanha eleitoral.

Enquanto os parlamen-tares ligados ou coligados ao Partido dos Trabalhadores não visualizaram a produção como de caráter mercadológico, os oponentes não pouparam a es-treia, nomeando-a como “pro-paganda eleitoral paga”.

Mas, independentemente se o filme teve por finalidade começar uma campanha de marketing político, no final, quem decide é a população, que assiste a tudo e revela sua escolha. (Iza Silva)

Pré-Sal = Pizza salgadaMuito se tem falado no

Brasil acerca da camada de pré-sal e um possível “boom” econômico em decorrência desta. Entretanto, poucos co-mentam, ou sequer sabem, que a Comissão Infraestrutural – que tem por objetivo avaliar os projetos referentes a explora-ção do novíssimo petróleo en-contrado no Brasil – tem como presidente nada mais nada menos do que elle: Fernando Collor de Mello.

Coisas do Brasil... (Lucas Kafruni)

Nós nos conhecemos?Muitos de nós hoje nos

comprometemos e nos res-ponsabilizamos com os nossos empregos e estágios, mas até que ponto isso vale à pena? Até onde aguentamos?

Tudo que aprendemos é muito válido, nos move e nos

faz crescer como pessoa e pro-fissional. Mas, muitas vezes, nos entregamos por inteiro às nossas atividades, esperando que, em algum momento, nos-sos superiores olhem nossas qualidades e nossos esforços, e nos recompensem. Quando isso não acontece, nos desmo-tivamos e, muitas vezes, passa-mos a não acreditar tanto em nossa capacidade.

Não vamos deixar a pete-ca cair.O que nos move são os nossos sonhos. Vamos filtrar as coisas que passam nas nos-sas vidas e ficarmos para sem-pre com as mais importantes. (Rosana Schütz dos Reis)

Seriedade do trabalho nem sempre está na estética

O melhor lugar do Mun-do é a minha casa! Pensando nisso, as empresas visam cada vez mais trazer conforto a seus funcionários.

O Google é um exemplo disso. Uma pesquisa realizada pela revista Forbes aponta que o nível de satisfação dos que trabalham na empresa é muito grande.

Você não vê os funcioná-rios de terno, gravata etc. As roupas mais convencionais foram trocadas por bermudas, camisetas, tênis e até mesmo pijama. Isso mesmo que você leu: pijama!

Mas até que ponto está certo ou errado? Não temos uma resposta pronta, o mais importante é que o funcionário produzaem um lugar agradável para se conviver.

Pode-se acreditar que toda esta estrutura foi embasada naquele velho ditado popular: “não há lugar como nosso lar”. Um lugar onde você pode levar seu filho e o animal de esti-mação. Tem babá disponível, cabeleireiro, academia, ping-pong até lugar para cochilar de pijama durante o expediente. Não tem como não se sentir mais à vontade. (Ananda Sou-za, Tatiane Santos e Lucianna Milani)

INSIGHTFELIPE BALESTRIN

Page 18: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

18 RRPPAtualidades/dezembro 2009 EVENTOS

A CONFERÊNCIA de abertura do Intercom 2009 – Sociedade Brasileira de Es-tudos Interdisciplinares da Comunicação – teve a parti-cipação do sociólogo francês Dominique Wolton, do Centro Nacional de Pesquisas Cientí-ficas da França. Ele palestrou sobre comunicação e cultu-ra na era digital. O congresso ocorreu nos dias 4 a 7 de se-tembro, na Universidade Posi-tivo – Curitiba/PR.

“Não há democracia sem comunicação”, foi a frase com a qual Dominique Wolton abriu o Intercom 2009. “A comunicação não é simples-mente compartilhar, é tolerar, compreender quando não pen-samos a mesma coisa. Convi-ver é comunicar”, disse o con-ferencista.

As diferenças entre infor-mar e comunicar, que antes eram consideradas a mesma coisa, foi exposta por Wol-ton. “Não basta produzir infor-mação, não bas-ta informar para comunicar. Todo mundo quer se comunicar. Nós temos informação e não co-municação. A velocidade de informação e a lentidão da co-municação são contradições. Mensagem e emissor podem estar alinhados, mas o recep-tor, que cada vez está mais atento, não”, ponderou o pen-sador francês.

Tratando-se de mídia, Wolton salientou que afirmá-la como 4º poder é um erro. “Mí-dia é o contra poder”, propôs. Para ele, a mídia não respeita a cabeça do receptor. Exempli-ficou com os programas inú-teis da televisão. “Respeitar

o receptor seria através das políticas da mídia”, asseverou. Em sua opinião, a internet é uma “solidão informativa” com relação aos seres humanos. Tem solução? “A maior feira de mentiras e especulações do mundo deve trazer políticas

públicas à rede”, respondeu.

“Partindo do pressuposto que se necessita co-municar, e nego-ciar é conviver, passamos 80% do nosso tempo ne-gociando. Quan-do a negociação funciona, organi-

zamos a convivência, a demo-cracia.” Dominique Wolton afirmou que os seres humanos devem ter cuidado para não se-rem vítimas e não confundirem velocidade da informação com lentidão da comunicação. “Isso não é um problema político, mas humano. E sempre é pre-ciso valorizar a inteligência do receptor, para que haja maior tolerância e compreensão. To-lerância é a palavra chave da humanidade”, concluiu.

FELIPE BALESTRINENVIADO ESPECIAL

Dominique Wolton, oprofeta da tolerância •Comunicação e cultura na era digitalesteve em debate no Congresso de Curitiba

MARGARIDA M. Kro-hlng Kunsch, relações-pú-blicas, mestre, doutora em Ciências da Comunicação e Livre-docente pela Escola de Comunicação e Artes da Uni-versidade de São Paulo, es-teve este semestre Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, para profe-rir palestras no auditório da Famecos para os alunos de Graduação Pós Graduação de Relações Públicas. Na ocasião, destacou a importância dos meios informativos de comu-nicação na era digital.

“Hoje em dia, as organi-zações estão usando cada vez mais a tecnologia para se co-municarem com seus públicos, e, de forma estratégica, man-têm esses em conexão com a empresa, onde conseguem sa-ber as críticas, elogios e suges-

tões dessas pessoas”, observa a pesquisadora.

Na questão da TV aberta e fechada, um ponto importante levantado pela conferencista foi de como atingir os públi-cos que não assistem mais ao canais gratuitos. “Além dos va-lores serem cada vez mais al-tos para os anunciantes nessa rede, nem sempre conseguem atingir os públicos que desejam em seus anúncios”, constata a professora. “As empresas bus-cam cada vez mais alternativas como os blogs, os sites, e agora o twiter para poder comunicar e informar os que lhe são inte-ressantes. Os governos já estão se munindo dessas mídias al-ternativas, pois, além de bara-tas, são práticas”, disse.

A palestrante aconselha que devemos pensar em comu-nicação com o verdadeiro sen-tido de comunicar, pois muitos estão apenas informando e não comunicando como imaginam. “Precisamos levar em conta em conta o fato de que os públicos vão e vem, e dependendo do comportamento das organiza-ções, se mantêm”. Contudo, ela alerta que esses recursos não serão o bastante se as organi-zações não tiverem, junto com eles, nós, os profissionais de relações públicas, que somos estrategistas e com liderança de mercado.

FERNANDA BARCELLOS

∆ Dominique Wolton

“A comunicação não é apenas compartilhar, mas tambémcompreender

e tolerar”

•Naeradigital:contextos,percursosepossibilidades

MargaridaKunschestevena PUCRS

∆ Professoras Cláudia Moura, Kunsch, Cleusa Scrofernekere Souvenir Dornelles em encontro na Famecos

VITÓRIA ANDRADE GUIMARÃES

COMO COMUNICAR

INTERCOM 2009

Page 19: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

19RRPPAtualidades/dezembro 2009ATUAÇÃO

Geralmente os estudan-tes de Relações Públicas não entram na faculdade de co-municação com pretensões de seguir na carreira política. Ao longo do curso, ou por alguma oportunidade de contato com a área, a política se mostra um terreno interessante e com muito mercado. Não é o caso de concorrer a um cargo pú-blico, mas assessorar um can-didato em época de eleições ou um representante já eleito pelo povo.

Um dos desafios mais ten-sos e de grande importância na vida de um relações-públicas que está na política é a Comis-são Parlamentar de Inquérito (CPI). A CPI é um momento de grande exposição para os polí-ticos envolvidos - independen-te do lado em que estão.

Marcela Santos, Jornalista e RRPP formada pela UFPEL, trabalha na assessoria de co-municação do deputado Daniel Bordignon (PT). O deputado faz parte da CPI da corrup-ção, que investiga as denún-cias contra o governo estadual. Marcela diz que o relações-pú-blicas deve ser preparar bem para encarar este momento. “Saber o histórico de todos os envolvidos, conhecer a causa, conhecer o mecanismo da po-lítica e saber os pontos fracos do assessorado. Não ser o alvo

da investigação não isenta nin-guém de ter que se defender de acusações, nessas horas é que o relações-públicas se faz mais necessário – e conhecer os seus pontos fracos preferidos pelos adversários é uma ótima maneira de se preparar”, ensi-na a profissional.

Trabalhar 24h por dia também não é raro em meio a uma CPI. As sessões geral-mente não tem hora para aca-bar e muitas vezes acontecem fora do expediente normal de trabalho do legislativo. Deixar o assessorado sozinho nesses momentos é delicado, pode acontecer de tudo. Além das reuniões, tem toda a reper-cussão sobre a CPI – o que de-manda mais atenção ainda do relações-públicas.

Ter articulação política, uma boa relação com a impren-sa e os contatos certos ajuda muito o trabalho. “O relações-públicas é gestor de crises, ele deve manter o assessorado bem informado sobre tudo que estão falando. A internet é um espaço complicado, tem muita gente falando coisas em blogs e sites menores que a gente não conhece, mas é nossa obri-gação juntar o maior material possível”, explica a assessora do deputado.

SAMANTA BOFF E TIAGO LIMA

•Momentocomplicadoparaosassessoresdecomunicaçãonapolíticadeconflitos

O relações-públicas nos bastidores de uma CPI A PUCRS foi sede da 4ª

edição do CongregaRH – Con-gresso de Gestão de Pessoas, da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional do Rio Grande do Sul. Nos dias 28, 29 e 30 de outubro os par-ticipantes debateram o tema “Organizações e Pessoas: res-ponsabilidades compartilha-das para o crescimento”.

O evento trouxe conhe-cimento e informação sobre gestão, além de fazer refletir sobre as perguntas feitas pela sociedade que permanecem sem respostas. Compareceram palestrantes com projeção na-cional e internacional como Bernardo Toro, Marcelo Tas e Ariano Suassuna.

O intelectual colombia-no, especialista em desenvol-vimento sócio-econômico e

político da América Latina, Bernardo Toro, proferiu a pri-meira das nove conferências e painéis que ocorreram nos três dias. Ao falar sobre “Organi-zação e igualdade”, ressaltou a importância de desenvolver-mos a capacidade de abordar problemas insolúveis.

O jornalista Marcelo Tas, âncora do programa do CQC – Custe o que custar, da TV Ban-deirantes, abordou “Inovação: a criatividade na era digital”. De forma divertida e dinâmica, expôs a realidade digital e a ra-pidez de sua evolução.

Outro destaque do Con-gregaRH foi Deli Matsuo. Ape-sar de seu nome não ser tão conhecido pela mídia, é diretor de Recursos Humanos para América Latina da Google, uma das empresas com maior índice de satisfação de seus funcionários, que muitos idea-lizam como o local perfeito de trabalho.

Intelectual da Academia Brasileira de Letras, um dos principais escritores brasilei-ros, Ariano Suassuna encer-rou o Congresso com “chave de ouro”. Ele discorreu sobre o Brasil e encantou a platéia. Além do conteúdo proporcio-nado, o evento foi divertido, com coquetéis, música ao vivo, brindes e até massagens.

VITORIA GUIMARÃESE FELIPE BALESTRIN

Surgem inovações na gestão de pessoas

CONGREGARH

∆ Equipe de apoio dos alunos do Espaço Experiênciaatuou ao Congresso sob a orientação de professores

FOTO DIVULGAÇÃO ESPAÇO EXPERIÊNCIA

DIVULGAÇÃO MARCELO SANTOS/ AL

∆ Reunião da CPI da Corrupção na Assembleia Legislativa

•Responsabilida-descompartilhadasparaocrescimentoindividualecoletivo

Page 20: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

20 RRPPAtualidades/dezembro 2009 VIAGEM

Viajar para outro país, ficar longe das pessoas que amamos. Assumir mais responsabilidades, experimentar o sentimento de li-berdade. Conhecer novas pessoas, novas culturas, aprender uma nova língua. Em dezembro de 2007 co-mecei a sentir na pele essa experi-ência.

O primeiro desafio foi o aero-porto. Minha família e amigos se despedindo, foi aí que percebi que só depois de um ano os veria no-vamente. Estava indo para o outro lado do mundo. Meu destino foi Sydney, na Austrália, uma cidade

incrível, com praias maravilhosas, onde o transporte público (que não se limita a ônibus) funciona e não se precisa temer ao usá-los na volta de uma festa. Lugar onde tive que enfrentar várias barreiras, di-ferença de fuso horário (lá são 13 horas a mais), um quarto com sete européias e, é claro, o olhar de es-tranhamento quando fiz meu pri-meiro chimarrão. Corria contra o tempo para dominar o inglês, atrás de emprego e um lugar para morar. Nos primeiros dias já dava mais va-lor para minha mãe e para todo o conforto que ela me proporciona-

va. Aos poucos as coi-

sas foram se ajeitan-do. Lá morei na praia de Dee Why, no norte da cidade de Sydney, construí amizades que se tornaram minha “fa-mília australiana” e do meu primeiro emprego realizando faxinas com outra brasileira em um prédio comercial, pas-sei pelo Mc Donald´s, hotéis de luxo e quando vi estava trabalhando em eventos na Sydney

Opera House. Co-meçava a me adap-tar, e sempre que podia ia a Peter-sham (bairro por-tuguês que mais se parecia com nos-sas comunidades brasileiras) comer uma boa feijoa-da e outros pratos clássicos de nosso país, mas até o fim a saudade batia for-te quando qualquer dorzinha começa-va. Foi então che-gando o momento da decisão: ficar em Sydney ou vol-tar para Porto Ale-gre? A viagem me trouxe um enorme amadurecimento, pela primeira vez

pagava minhas contas com meu próprio dinheiro e tive a oportuni-dade de viajar por lugares paradi-síacos como Whitsundays, Fraser Island e Indonésia.

Tanto a ida quanto a volta foram muito difíceis. Ter que se acostumar com uma nova cultura, novas pessoas, novos empregos... tudo novo! No início o problema na adaptação, no fim a readapta-ção aos costumes de nosso país. Ter a oportunidade de viver em outro país é algo incrível, passar por sentimentos antes desconhe-cidos como a dor das despedidas, tanto na hora que deixamos o Bra-sil quanto na hora em que nossas amizades feitas lá e nós mesmos retornamos ao destino de partida. Momentos de arrependimento, raiva, alegrias, tristezas, saudade. Aprender a viver a vida como se estivéssemos em uma montanha-russa, vivendo intensamente.

VITORIA ANDRADE GUIMARÃES

Conheci outro mundo na Austrália•Procurei me adaptar a novos hábitos, conviver com diferentes culturas, amadurecer. Valeu a pena

∆ Currumbin Sanctuary, Gold Coast

∆ Ao fundo, a Sydney Opera House

∆ Estação de eski Perisher Blue. Que frio gostoso!

∆ Apresentação cultural na beira da praia de Padang Padang, Indonésia

FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Page 21: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

21RRPPAtualidades/dezembro 2009VIAGEM

Uma experiênciana Inglaterra

Era 7 de fevereiro de 2009, quando me dei por conta estava desembarcando no aeroporto in-ternacional de Heatrow, em Lon-dres, e pegando um táxi direto para a cidade de Cambridge, onde pas-saria os próximos seis meses deste ano. Não tinha nenhuma idéia do que me aguardava, me sentia con-fuso e o cenário em que me depa-rava fazia-me sentir aterrorizado. O frio era congelante e penetrava cada falha de roupas fabricadas para um inverno não tão rigoroso como o da Inglaterra, o céu era cor de cinzas de cigarro, o chão branco de neve, não existia sinais de ver-de na vegetação da estrada, e sim apenas árvores completamente se-cas e os rostos dos passageiros dos carros eram pálidos e frios. Fiquei chocado, me lembrei que um dia antes eu estava tomando banho de piscina sob sol escaldante, obser-vando as árvores subtropicais de meu pátio de casa. Logo me per-guntei: - Que diabos eu vim fazer aqui? Que furada que eu me meti!

A insegurança e o medo me dominaram, estava longe de casa, não falava uma palavra de inglês e não tinha ninguém para me dar suporte nos momentos difíceis. Estava morando em uma casa es-tranha, com pessoas estranhas, e logo na primeira semana me en-contrava em maus bocados. Peguei algum vírus – ou talvez tenha sido o impacto emocional da mudança repentina – ardia em febre de 40 graus e minha cama mais parecia uma banheira de tão molhada. Ia na raça e na coragem tomar ba-nhos gelados nas madrugadas, para ver se não caía de tontura pe-los corredores da casa. Se alguém me ajudou? Que nada, minha casa era de ingleses e como tal, frios e céticos quanto aos meus sintomas. Eu em estado pré-morte e eles me diziam que uma aspirina resolve-ria meus problemas – será que nós ,brasileiros, somos “fiasquentos”?

O cenário não se alterava, e cada dia as coisas pareciam mais nebulosas, a mudança tão brus-ca de cultura me impactava bas-tante. A comida não era boa – se resumindo a batatas –, todos os dias eram cinzas e escureciam às

quatro da tarde, nos ônibus que eu entrava não havia os sorrisos cor-riqueiros do Brasil, as pessoas não pareciam tão gentis, e pasmem, nem as crianças sorriam! É, talvez meu bom humor já não fosse mais o mesmo. Meu positivismo estava visivelmente afetado, e acordar dia após dia sob céu cinza me deixava muito, mas muito mal humorado. Contava os dias para ir embora de lá, e ver um céu azul anil.

Entretanto, paralelamente a essa fase dramática, ingressei na escola BellScholl, e tentava fazer amigos como um surdo-mudo, já que meu inglês se resumia a pedir um BigMac no MCdonalds. Gra-ças a Deus conheci pessoas com-preensivas para com o meu ana-falbetismo, e na falta de palavras compartilhávamos as primeiras di-ficuldades entre olhares que tudo diziam. E, sendo a solidão muito grande, depois das aulas íamos todos para os cafés ingleses, onde ficávamos horas “conversando”,

para passar o tempo e não ficar em casa olhando para paredes de ma-deira – sim as casas são todas de madeira, e tudo se ouve de todos os cômodos.

Mas a vida é cheia de surpre-sas, com o tempo a minha per-

cepção se alterava e mi-nha cara emburrada das primeiras semanas virava gargalhada com pessoas dos mais diversos cantos do mundo. Começava a apreciar a beleza que exis-tia naquele mundo tão diferente. Os prédios his-tóricos, a cultura riquíssi-ma, o transporte eficiente, a sensação de segurança nas ruas, o respeito entre as pessoas de diferentes ideias e estilos, a incrí-vel experiência de todos os dias conhecer pessoas tão diferentes e ao mes-mo tempo tão parecidas, e

principalmente, poder aprender e interagir com elas.

Havia colocado “lentes colori-das” em meus olhos, e o que antes era depressão agora virava atra-ção, ou melhor, fascinação.Meu in-glês já estava auto suficiente – yes! – e eu e meus amigos trocávamos os cafés por cervejadas nos pubs ingleses. Criava laços que iam além de meras amizades de bar, as quais superavam algumas relações de anos construídas no Brasil. Havia ganho irmãos.

Na mesma rapidez que adquiri novas palavras em meu vocabulá-rio, os dias passaram voando, e eu não tinha sequer percebido. Após o difícil período de adaptação, eu me sentia feliz, me sentia em casa. As andanças de bicicleta pela pe-quena cidade, os jogos de futebol das quarta-feiras, os encontros nos parques de grama verdíssima, as bebedeiras e risadeiras, as bala-das de sempre, tudo era já muito familiar, bem como as pessoas que

faziam parte de meu cotidiano. Es-tava adaptado e impressionava-me com a contradição da vida, se por um lado no início não queria ficar lá, agora era muito difícil pensar em ter que voltar ao Brasil, por mais que meu retorno já estivesse traçado.

Na semana que antecedia mi-nha despedida e a da maioria – vis-to que todos foram para ficar seis meses – eu sentia os primeiros gol-pes do desprendimento emocional, cada adeus de amigos era como um velório de filme de terror, só se comparando aos pesadelos que eu estava tendo, onde alguém tentava me fazer voltar para o Brasil e eu chorava para ficar. Não vestíamos pretos como em um velório, mas nem precisava, as “lentes preto e branco” cobriam os olhos de todos. O fim chegara, e para fugir desta realidade ficávamos 24 horas jun-tos, nos escondendo entre risos melancólicos e garrafas de vinho, como se pudessemos realmente enganar o tempo.

Não só não podíamos, como quando eu percebi, estava desem-barcando do avião no Brasil, e ti-nha que fazer esforço para fazer cara de animado em rever todos, por mais que estivesse com sauda-des, pois sentia-me triste. Era di-fícil de compreender que da noite para o dia, eu estava vivendo no-vamente outra vida, era difícil de compreender, e principalmente, aceitar.

Ainda esses dias estava ca-minhado pela faculdade, quando escutei algumas pessoas comen-tando que queriam fazer intercâm-bio, mas que não queriam perder um semestre de seus respectivos cursos. Eu ri. No final das contas, só conseguimos perceber o que re-almente tem valor quando saímos dos ambientes viciados em que es-tamos inseridos.

LUCAS KAFRUNI

• Seis meses vivendo na cidade de Cambridge

∆ Famoso Rio Cambridge

Page 22: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

22 RRPPAtualidades/dezembro 2009 HUMOR

No dia 21 de novembro de 2009, o humorista Danilo Gentili apresentou no Salão de Atos da PUCRS seu show de comédia stand-up “Danilo Gentili - Volume 1”.

Revelação do programa CQC, o humorista Danilo Gen-tili veio a Porto Alegre com o seu espetáculo solo, a comédia stand-up “Danilo Gentili - Vo-lume 1”. Lotando o Salão de Atos da PUCRS, ele divertiu a platéia com quase duas horas de show. O público pôde se deliciar com um “mix” de seus shows, onde em um criativo e inteligente texto humorístico o comediante falou de assuntos atuais e situações engraçadas de seu cotidiano.

Improvisando muito bem,

Gentili conseguiu prender a atenção das pessoas, criando uma interatividade com a pla-teia. Esperto, brincou com as-suntos de seu estado natal, São Paulo, e não satirizou o povo gaúcho.

Além de piadas inteli-gentes, Danilo Gentili usou e abusou do seu jeito engraçado de ser, principalmente de sua voz. Ele nos trouxe piadas em que nos reconhecemos nessas situações, casos normais, mas quando narrados pela ótica de um ótimo humorista, acabam se tornando hilárias e nos fa-zem refletir como a vida pode ser engraçada.

AMANDA MACHADO E PEDRO LAVAL

Humor gaúchoconquista o Brasil

Jair Kobe, o interprete do famoso Guri de Uruguaiana, é natural de Porto Alegre e vem conquistando um enorme es-paço no cenário humorístico brasileiro. Com irreverência, profissionalismo e muito bom humor, atrai cada vez mais fãs.

Através de uma boa as-sessoria de comunicação e de profissionais qualificados na área de Relações Públicas, o show “Causos do guri de Uru-guaiana” aborda assuntos tra-dicionalistas da cultura gaúcha e faz sátiras da música “Canto Alegretense”, em ritmos que estão em alta no país.

O espetáculo realizado pelo humorista Jair Kobe faz sucesso em todo o Rio Grande do Sul e começa a conquistar o Brasil. O personagem guri de Uruguaiana já existe no show “Seriamente Cômico”, também de Jair Kobe. “Era o persona-gem que mais se destacava no show, então foi necessário um planejamento e pesquisa para

formar um novo espetácu-lo”, explica seu criador. Para tornar mais atraente o show, veio a ideia de adicionar novos personagens. Surgiram, então, figuras como “Licurgo” e “Dr. Mandassoeu”, interpretados por Luis Antonio Paz e Álvaro Luthi, respectivamente.

Após alguns artistas que já saíram do estado para bus-car o sucesso nacional, chegou a vez do guri, Jair Kobe. Hoje a equipe é composta por cerca de 15 pessoas fixas, que auxi-liam antes, durante e depois do espetáculo. Dentre elas há dois relações-públicas, respon-sáveis pela imagem do artista, atendimento ao público, co-municação interna, assesso-ria, entre outras atividades. A equipe também conta com a parceria de uma agência que é responsável por assuntos rela-cionados à web.

FELIPE BALESTRIN E PEDRO LAVAL

Stand-up: a nova arte de fazer rir

∆ Danilo Gentili, experiente humorista de stand-up

∆ Em cena o espetáculo do “Guri de Uruguaiana”

•Através de equipe de Relações Públicas,humor gaúcho ultrapassa fronteiras

•Humorista do CQC conquista os gaúchos

FOTOS DIVULGAÇÃO

Page 23: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

23RRPPAtualidades/dezembro 2009ENTREVISTA

Denise Pagnussatt é graduada em Comunicação Social – Habili-tação em Relações Públicas (2001) pela Pontifícia Universidade Ca-tólica do Rio Grande do Sul, com especialização em MBA Executivo em Marketing (2003) e aperfeiçoa-mento em Pesquisa e Psicologia do Consumidor (2007), ambas pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM e está termi-nando Mestrado em Comunica-ção na PUCRS. Sócio-fundadora e Diretora de Planejamento da Comunicative+Ideale, agência es-pecializada em Comunicação Inte-grada, começou a lecionar no curso de RRPP da Famecos em 2009. Co-nheça as suas experiências acadê-micas e as ideias profissionais:

Por que Relações Públi-cas?

Bem, na verdade, não escolhi Relações Públicas, eu queria mes-mo Publicidade e Propaganda, mas acabei me identificando mais com RP, porque na época quando fazia Teoria de Relações Públicas vi que era uma área que me possibilita-ria trabalhar dentro da empresa,

cuidando de toda a comunicação. Como eu me interessava e estuda-va a Teoria da Propaganda, além de acompanhar e analisar as campa-nhas na rua, entendi que se eu fos-se uma relações-públicas com esse conhecimento já seria um diferen-cial no mercado, porque na época em que eu estava na faculdade não tinha noção que um dia teria uma agência. Com o tempo, também percebi que para eu ser estratégica para as empresas e não operacio-nal, teria que entender da gestão do negócio e entender muito de comu-nicação como ciência.

Como foi o curso para você na sua época?

Excelente! Fiz amigos, ne-tworking, aprendi muito, tive mes-tres que são a minha referência até hoje!

Como surgiu a ideia de abrir uma empresa?

Na faculdade, alguns colegas e eu tentamos montar uma empresa, mas não deu muito certo. Então, quando eu estava cursando a pós-graduação e trabalhando no Res-taurante Épico, fui convidada pelo Marcelo Jacobi para montar uma assessoria de comunicação como profissional liberal e depois de sete meses eu tinha dez clientes e ain-da estava trabalhando em casa. A

prospecção sempre foi por indicação através de funcio-nários, de amigos, e o meu negócio co-meçou a se encami-nhar.

P r i n c i p a i s desafios.

São tantos quando decidimos empreender! E eles seguem até hoje! Alguns se repetem! Como gerir um ne-gócio, sem ter a ha-bilitação para tal. E a empresa vai cres-cendo e precisa ain-da mais de gestão. Coordenar e liderar pessoas. Deparar-se no mercado com pessoas antiéticas, injustas.

Do que mais tem saudade do tempo em que ainda era aluna?

Na real, ain-da sou aluna! E vou ser sempre! Quanto mais eu aprendo, mais vejo um universo para aprender! Ainda mais na comunicação! Mas na épo-ca da faculdade.... pode crer, dos trabalhos em grupo! Tenho nostal-gia das reuniões na casa dos cole-gas, na minha casa, das viradas de noite, da apresentação do trabalho! Aquele alívio de missão cumprida! Da monografia! Eu batalhei muito na minha mono! Queria o 10! Mas mais do que o 10, aprendi muito com o meu tema!

Como tem sido a experi-ência de passar de aluna para professora da Famecos?

Gratificante! Desafiante! Ago-ra estamos na fase final e os alunos estão apresentando os seus traba-lhos! Estou com orgulho do que eles têm feito! Tenho visto trabalhos de turmas do primeiro semestre com nível de mercado! A Famecos está formando profissionais de alto ní-vel e estou orgulhosa de fazer parte também como professora!

Inspirações profissionais.Meus pais, sempre! Foram eles

que me incentivaram e acreditaram no meu potencial! Até hoje! Quan-do decidi fazer Relações Públicas, eles nem sabiam o que era e tive-ram medo do meu futuro profissio-nal, mas mesmo assim acreditaram

na minha escolha! Hoje tenho cer-teza que eles têm orgulho da filha relações-públicas!

Tem alguma coisa que se arrepende de não ter feito em relação a estudos ou já como profissional?

Ah! Sim! Comecei com a agên-cia em 2001 e eu tinha 21 anos e os anos foram passando e nunca estudei ou morei fora do Brasil ou do RS. Só viajo (e muito) a turismo! É um sonho a ser realizado depois do mestrado, pelo menos três se-manas, já que mais de um mês é inviável.

Seu maior feito como RP.É muito cedo para falar em

“feito”... mas acho que montar uma empresa que é modelo em gestão de comunicação integrada, manter-se “vivo” no mercado altamente competitivo, são pelo menos uma vitória!

O que ainda quer realizar?Acredito que devemos ser feli-

zes com o que temos hoje, mas te-nho alguns sonhos como ter filhos, netos, enfim, família grande. No profissional, quando eu iniciei com a empresa, trabalhava até dezoi-to horas por dia, com o tempo, fui conseguindo administrar melhor as pautas e passei a trabalhar em torno de dez, quando também con-segui viver mais, ter finais de sema-na, descanso. Rotina que é igual a muitos profissionais que conheço! Faz parte!

FERNANDA BARCELLOS

Denise, fazendo a diferença• Elatemumaempresadegestãodecomunicaçãointegradaeem2009começoualecionarnafaculdadeemqueseformou

∆ Denise Pagnussatt: paixão pelo que faz

FERNANDA BARCELLOS

Paixão! Esse é o ingredien-te que impulsiona a nossa vida! Quando fazemos algo com pai-xão, lutamos, enfrentamos os desafios, descomplicamos a nossa rotina, vivemos intensa-mente, nos realizamos, ficamos felizes, somos verdadeiros co-nosco e com os outros! Se não tivermos paixão pelo que esta-mos fazendo, tudo é um saco, é um problema levantar pela manhã, é um saco falar com as pessoas, um problema pequeno se torna uma grande avalanche, o problema é sempre dos outros e nunca nosso. Então, uma men-sagem para quem está estudan-do comunicação, e não só essa, mas em qualquer área do co-nhecimento, é o que eu falo para todo mundo: a gente tem que ter paixão por aquilo que a faz!

Mensagem:

O que te faz sorrir ... bem, muitas coisas me fazem sorrir, ver uma pessoa sorrir me faz sorrir, uma piada inteligen-te, um “obrigado(a)”!

Um dia difícil é... quan-do tenho que ser “direta” ou “dura” com um funcionário ou um aluno porque não está res-pondendo às expectativas ou está atrapalhando o grupo ou a si mesmo!

Felicidade significa... sentir-se realizada, completa!

Realização de um sonho é... continuar sonhando!

Rapidinhas:

Page 24: MARIA HELENA SPONCHIADO/ HIPER SET UNIVERSITÁRIO …projetos.eusoufamecos.net/memoria/wp-content/uploads/2012/08/R… · doutorado e 70 em nível de espe-cialização. Há 1.830

24 RRPPAtualidades/dezembro 2009 PONTO FINAL

SHOW DE ROCK• Auladeritmo,voz,batidaforteesolosnosaguãodafaculdade

∆ Carlos Gerbase, cineasta e jornalista, líder da banda Os Replicantes ∆ Sempé, professor de fotografia

∆ Alberto Raguenet e Ticiano Paludo, de publicidade ∆ Stosch leciona rádio e toca teclado

MARIANA FONTOURA/ HIPERMARIANA FONTOURA/ HIPER

MARIANA FONTOURA/ HIPER

BRUN

O T

OD

ESC

HIN

I/ H

IPER

A paixão pela música. Esse foi o motivo que uniu os professores da Famecos, Sérgio Stosch (rádio), Elson Sempé (fotografia), Ticiano Pa-ludo e Alberto Raguenet (publicidade), Carlos Gerbase (cinema) e o funcionário do estúdio de rádio, José Carlos Andrade.

Mesmo cada um com seu estilo e preferên-cias musicais próprias, conseguiram entrar em perfeita harmonia na banda improvisada que surpreendeu com dois shows, um no saguão da

faculdade, outro no bar Opinião, durante o SET Universitário.

Decidida a criação da banda, era necessá-rio definir o repertório. Para animar a plateia, resolveram tocar clássicos do bom e velho rock, como The Beatles, Jerry Lewis, Elvis Presley e outros. Segundo o professor Alberto Raguenet, ficou “a cara da banda”, com ele e Ticiano na guitarra, Stosch no teclado, Sempé no saxofone e Gerbase na bateria.

E o que faltava para essa banda ser com-pleta? Um show. O primeiro foi no saguão da Famecos, durante o intervalo dos debates e ofi-cinas do SET. Quem assistiu, nem imaginou que eles ensaiaram apenas duas vezes, porque a sin-tonia entre os professores-músicos era perfeita. À noite, estavam lá na festa de encerramento. Quinta banda a tocar, foi a única para quem a plateia pediu “bis”.

AMANDA MACHADO

dos professores da Famecos