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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Sec. de Fiscalização de Obras 3

RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO - SINTÉTICO

TC nº 010.489/2010-0 Fiscalização nº 485/2010 DA FISCALIZAÇÃOModalidade: conformidadeAto originário: Acórdão 442/2010 - PlenárioObjeto da fiscalização: Unidade de Atendimento do INSS em Beberibe/CE.Funcional programática: • 09.271.0085.116V.0001/2010 - Instalação de Unidades de Funcionamento do INSS - NacionalTipo da obra: Edificação - Edifícios Administrativos Período abrangido pela fiscalização: 01/11/2009 a 23/04/2010DO ÓRGÃO/ENTIDADE FISCALIZADOÓrgão/entidade fiscalizado: Instituto Nacional do Seguro Social - MPSVinculação (ministério): Ministério da Previdência SocialVinculação TCU (unidade técnica): 5ª Secretaria de Controle ExternoResponsável pelo órgão/entidade: nome: Zeferina de Fátima Cavalcante Fernandes cargo: Gerente Executivo do INSS em Fortaleza/CEOutros responsáveis: vide rol no volume principal à folha 54 PROCESSOS DE INTERESSE - TC nº 008.256/2010-1- TC nº 010.488/2010-3- TC nº 010.489/2010-0



RESUMO Trata-se de auditoria realizada no Instituto Nacional do Seguro Social - MPS, no períodocompreendido entre 19/04/2010 e 06/05/2010. A presente fiscalização teve por objetivo realizar levantamento de auditoria na construção de Unidadede Atendimento do INSS no município de Beberibe/CE. A obra está incluída no Plano de Expansão daRede de Atendimento do INSS (PEX) cujo propósito é interiorizar a oferta de serviços dessa entidade,por meio da construção de 720 novas unidades de atendimento em todo Brasil. A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo aplicados deacordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante indicadas: 1 - Há projeto básico/executivo adequado para a licitação/execução da obra? 2 - O procedimento licitatório foi regular? 3 - Os quantitativos definidos no orçamento da obra são condizentes com os quantitativosapresentados no projeto básico / executivo? 4 - Os preços dos serviços definidos no orçamento da obra são compatíveis com os valores demercado? 5 - A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua execução foi adequada? Foram utilizadas as seguintes técnicas de auditoria: conferência de cálculos, análise documental,pesquisa em sistemas informatizados, confronto de informações e documentos, comparação com alegislação, jurisprudência do TCU e doutrina especializada. A principal constatação deste trabalho foi: Projeto básico deficiente ou desatualizado. O volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 817.006,98 que corresponde ao valortotal do contrato nº 122/2009 (objeto: contratação de empresa de engenharia para executar obra deconstrução da Agência da Previdência Social no município de Beberibe/CE). Entre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar: (i) as melhorias procedimentaisnas licitações e execução de contratos no âmbito do PEX; (ii) o aumento da expectativa do controle; e(iii) a prevenção contra eventuais irregularidades.



S U M Á R I OTítulo Página1 - APRESENTAÇÃO 1

2 - INTRODUÇÃO 1

2.1 - Deliberação 1 2.2 - Visão geral do objeto 2 2.3 - Objetivo e questões de auditoria 2 2.4 - Metodologia Utilizada 2 2.5 - VRF 3 2.6 - Benefícios estimados 4

3 - ACHADOS DE AUDITORIA 4

3.1 - Projeto básico deficiente ou desatualizado. (IGC) 4

4 - CONCLUSÃO 11

5 - PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO 12

6 - ANEXO 16

6.1 - Dados cadastrais 16 6.1.1 - Projeto básico 16 6.1.2 - Execução física e financeira 16 6.1.3 - Contratos principais 17 6.1.4 - Histórico de fiscalizações 18 6.2 - Deliberações do TCU 18 6.3 - Acórdão 1823/2010 21 6.4 - Anexo Fotográfico 30



1 - APRESENTAÇÃO A presente fiscalização integra o Fiscobras 2010 e faz parte da Fiscalização de OrientaçãoCentralizada relativa às obras de construção das novas unidades de atendimento da previdência social. O Plano de Expansão da Rede de Atendimento do INSS (PEX), instituído pela Portaria nº 16 de20/01/2009 do Ministério da Previdência Social, tem como objetivo interiorizar a oferta de serviços doINSS e diminuir a distância percorrida pelos segurados para obter benefícios previdenciários. Ao todoserão construídas 720 novas unidades de atendimento em todos os Estados do Brasil, atingindo 30,8milhões de pessoas. O INSS possui hoje 1.110 agências. Com a expansão, esse número chegará a 1.830 unidades deatendimento, localizadas em todos os estados da federação, o que representa um acréscimo de 65% dototal de unidades fixas existentes. Foram selecionados os municípios de médio porte com mais de 20mil habitantes para receberem a implantação das agências. Cabe à prefeitura de cada cidade doar oterreno em que será construída a nova unidade de atendimento. O programa prevê a possibilidade de construção de cada agência segundo um dos quatro modelos de"layout" definidos pelo INSS. A maior parte delas, 694 das 720, utilizará o modelo tipo IV, cuja áreaedificada totaliza 330m². A fim de preservar a identidade visual das unidades de atendimento euniformizar os processos de contratação, o INSS elaborou um projeto básico padrão - constituído deespecificações técnicas, planilha orçamentária e plantas de arquitetura -, além de modelos de edital econtrato, os quais foram disponibilizados para que as Gerências Executivas desse órgão realizassem osprocessos de contratação e execução das obras de forma descentralizada. Em abril de 2010, as obras de325 agências já haviam sido iniciadas e 104 processos licitatórios estavam em andamento.

Importância socioeconômica

A nova unidade de atendimento do INSS situada no município de Beberibe/CE beneficiará uma

população de 45 mil habitantes, evitando que idosos, gestantes e deficientes tenham necessidade de se

deslocar até uma das agências de Cascavel/CE localizada a 19 km de Beberibe, o que proporcionará

maior conforto e facilidade para a obtenção dos benefícios de seguridade social. Atualmente, mais de

seis mil benefícios são mantidos mensalmente para habitantes de Beberibe em agências situadas em

outros municípios.

2 - INTRODUÇÃO 2.1 - DeliberaçãoEm cumprimento ao Acórdão 442/2010 - Plenário, realizou-se auditoria no Instituto Nacional doSeguro Social - MPS, no período compreendido entre 22/04/2010 e 11/05/2010. Esta auditoria foi motivada pelo Acórdão nº 6399/2009 - TCU - 1ª Câmara, exarado no âmbito do TC-





008.955/2009-8, cujo item 1.6.2. determinou que esta Secob adotasse as medidas pertinentes emrelação ao Plano de Expansão da Rede de Atendimento do INSS - PEX. Em virtude da alta materialidade do programa, que em sua totalidade prevê o dispêndio de recursos daordem de 576 milhões para construção de novas agências, optou-se pela realização de umaFiscalização de Orientação Centralizada, cujo objeto abrangeu as obras de construção de trinta e seisnovas unidades de atendimento da previdência social espalhadas por todas as regiões do País. 2.2 - Visão geral do objetoA nova unidade de atendimento do Instituto Nacional da Seguridade Social situada no município deBeberibe/CE será construída de acordo com o projeto arquitetônico tipo IV, cuja área edificada é de330 m². A agência terá capacidade para realizar o atendimento de 120 segurados por dia, dispondo de duassalas de perícia médica. O terreno para construção da unidade de atendimento foi doado pela Prefeitura de Beberibe apósvistoria do INSS, que estabeleceu alguns requisitos mínimos para o local de instalação da agência: - Localização central de acesso fácil para a população;- Terreno de superfície plana;- Área mínima de mil metros quadrados. 2.3 - Objetivo e questões de auditoriaA presente auditoria teve por objetivo fiscalizar a construção de Unidade de Atendimento do INSS nomunicípio de Beberibe/CE.A partir do objetivo do trabalho e a fim de avaliar em que medida os recursos estão sendo aplicados deacordo com a legislação pertinente, formularam-se as questões adiante indicadas: 1 - Há projeto básico/executivo adequado para a licitação/execução da obra? 2 - O procedimento licitatório foi regular? 3 - Os quantitativos definidos no orçamento da obra são condizentes com os quantitativosapresentados no projeto básico / executivo? 4 - Os preços dos serviços definidos no orçamento da obra são compatíveis com os valores demercado? 5 - A formalização do contrato atendeu aos preceitos legais e sua execução foi adequada?

2.4 - Metodologia utilizadaRealizou-se a análise documental do processo administrativo referente ao Contrato nº 122/2009, cujosdocumentos abarcavam o projeto da obra, o certame licitatório, além da execução e fiscalização do





empreendimento. No que se refere ao projeto básico, inicialmente, verificou-se se era composto de todos os elementosnecessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço,considerando-se ainda o fato de que se tratava de uma obra pequena. Procedeu-se à comparação entre quantitativos apresentados no orçamento-base e aqueles medidos nosdesenhos da edificação. Foram comparadas as quantidades de diversos itens, a exemplo de forro, laje,granito, piso intertravado erevestimentos em cerâmica.Os quantitativos supramencionados também foram utilizados para realizar uma comparação entre asquantidades constantes do orçamento padrão definido pela Diretoria de Engenharia do INSS, eaquelas aferidas na Gerência Executiva de Fortaleza a fim de identificar falhas nos orçamentos.Quanto ao projeto executivo, realizou-se um levantamento do quantitativo de concreto estrutural parafundação, pilares, vigas e lajes que seria necessário para a construção da agência com o objetivo deverificar a coerência entre os quantitativos do projeto básico e os do projeto executivo.Efetuou-se inspeção física na obra, oportunidade em que foi medida a área edificada (em planta), como intuito de verificar se o prédio está sendo construído em conformidade com as especificações doprojeto executivo. Também foi medido o espaçamento entre estribos da armadura de pilar e diâmetrodo pilar (ambos por amostragem).Para verificar a qualidade da fiscalização da obra, confrontou-se o volume de serviços medidos epagos para a execução das fundações com o volume de concreto obtido a partir das pranchas doprojeto executivo.Para dirimir algumas dúvidas concernentes à elaboração do projeto básico da obra, foi realizado umquestionário de auditoria.No que se refere à análise de preços da obra, elaborou-se a Curva ABC do orçamento contratado. Paraa parte A da Curva, composta por 37 itens que juntos totalizam 80% do valor contratual, utilizou-secomo referencial de custos aqueles constantes do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices daConstrução Civil - SINAPI (abrangência nacional, localidade Fortaleza, vínculo referencial). Quando oserviço não foi encontrado nesse sistema, tomou-se como parâmetro a Revista Construção Mercado(publicada pela PINI), além de banco de preços da Secob. 2.5 - VRFO volume de recursos fiscalizados alcançou o montante de R$ 817.006,98.





2.6 - Benefícios estimadosEntre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar: (i) as melhorias procedimentaisnas licitações e execução de contratos no âmbito do PEX; (ii) o aumento da expectativa do controle; e(iii) a prevenção contra eventuais irregularidades. 3 - ACHADOS DE AUDITORIA 3.1 - Projeto básico deficiente ou desatualizado.3.1.1 - Tipificação do achado:Classificação - grave com recomendação de continuidadeJustificativa de enquadramento (ou não) no conceito de irregularidade grave da LDO - O indício nãose enquadra no conceito de irregularidade grave constante do art. 94, § 1º, inciso IV da Lei nº12.017/2009 - LDO/2010, pois não foi constatado potencial risco de dano ao erário materialmenterelevante. 3.1.2 - Situação encontrada:O projeto básico utilizado para licitação da obra de construção de unidade de atendimento do INSS emBeberibe/CE não atende aos requisitos da Lei 8.666/93 (artigo 6º, inciso IX), uma vez que nãoapresenta todos os elementos necessários e suficientes para se avaliar, com precisão, o custo da obra. Nesse sentido, observou-se que diversos elementos que compõem o objeto não foram suficientementedetalhados de forma a minimizar a necessidade de reformulações durante as fases de elaboração doprojeto executivo e de realização das obras (Lei 8.666/93, art. 6º, IX, b). O projeto levado à licitação contemplava os seguintes elementos: I) levantamento topográfico e relatório de sondagem (fornecidos pela prefeitura ao doar o terreno);II) projeto arquitetônico (composto de implantação, planta baixa, cobertura, cortes, fachadas, "lay out",acessibilidade, sinalização);III) orçamento detalhado do custo global da obra;IV) especificações técnicas;V) cronograma físico-financeiro. Embora o projeto básico fosse formado apenas dos componentes supracitados, o orçamento base, nomontante de R$ 824.498,79, apresentava preços (custo + BDI) referentes a diversos e relevantesgrupos de serviços, não detalhados no projeto, a saber: I) Estruturas: R$ 102.323,75 (12 % do valor global do orçamento base)II) Fundações: R$ 26.196,16 (3 % do valor global do orçamento base)III) Instalações Hidro-Sanitárias: R$ 23.107,45 (3 % do valor global do orçamento base)IV) Instalações Elétricas: R$ 34.052,46 (4% do valor global do orçamento base)V) outras instalações (telefone/lógica, ar condicionado e incêndio): R$ 52.320,50 (valor total) (6 % do





valor global do orçamento base) Observa-se que esses itens não foram projetados. Na realidade, apenas tiveram seus custos pré-estimados e inseridos no orçamento, o que não permitiria nem mesmo questionamento por parte doslicitantes (na formulação da proposta) a respeito das quantidades e preços da planilha. Ressalte-se que o rol de elementos mínimos em um projeto básico de edificação, consoante OrientaçãoTécnica nº 001/2006 do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras - IBRAOP, é composto delevantamento planialtimétrico, projeto arquitetônico, projeto de fundações, projeto estrutural, projetode instalações hidráulicas, projeto de instalações elétricas, projeto de instalações telefônicas, projeto deinstalações de prevenção de incêndio, projeto de instalações especiais (por exemplo, lógica) e projetode instalações de ar-condicionado. Cabe salientar que quanto maior a precisão e a quantidade de informações disponíveis para acomposição do preço global de uma obra, maiores são as probabilidades de o procedimento licitatórioresultar na escolha da proposta mais vantajosa para a Administração. E, principalmente, maiores são aschances de uma boa execução contratual, tendo em vista que o licitante tem a completa noção do queserá executado. Ademais, na elaboração de um orçamento com base em projeto não detalhado, a tendência é oorçamentista compor a planilha contratual com serviços superestimados, a fim de aumentar a margemde segurança nos recursos disponíveis para a obra. E isso pode ser danoso para a Administração,especialmente num regime de empreitada por preço global. Segundo o art. 47 da Lei 8.666/93, "naslicitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução deempreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital,todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas depreços com total e completo conhecimento do objeto da licitação." No caso em tela, verificou-se que a ausência de elementos no projeto básico acarretou algumasalterações no projeto da obra. Como no período da fiscalização estava sendo executado o serviço dealvenaria, até aquele momento, puderam ser constatadas as seguintes ocorrências: (i) mudança do tipode fundação adotada; (ii) projeto executivo estrutural alterando determinados aspectos referentes àsestruturas; e (iii) especificações técnicas que já apontavam para a eventual necessidade de alteraçãodos quantitativos orçados. Com relação à estrutura da edificação, não havia um projeto que apresentasse desenhos (detalhando aestrutura em planta, cortes e detalhes) e tabelas de resumo de quantitativos de materiais. Assim, nãoestavam previamente estabelecidas a dimensão e a posição das peças (vigas, pilares e lajes), razão pelaqual foram apresentados apenas itens genéricos na planilha, a saber:





(i) itens referentes a concreto armado (incluindo forma, ferragem, lançamento e adensamento, comconsumo médio de aço - 80 kg/m³); e (ii) um item referente à laje treliçada Beta 20 para carregamentode 3,5 kN/m² e vão de até 6,2m (incluindo as vigotas, armadura negativa, capeamento de 3 cm,concreto e escoramento - material e mão-de-obra). No que tange a vigas e pilares, suas dimensões (que vão impactar na quantidade de concreto, bemcomo gasto com formas) e a quantidade de armação só serão conhecidas durante a execução da obra,de acordo com o projeto executivo apresentado. Assim, a adequada relação entre o executado e aquantia paga ficará a cargo do fiscal de obra. Quanto às lajes, todas foram estimadas e inseridas no orçamento com espessura de 20 cm. Uma análisedas plantas entregues como sendo o projeto executivo permite observar que, definidas as dimensões edisposição de vigas e pilares, essa espessura foi alterada para valores que variavam de 12 a 15 cm. No caso da fundação, observou-se que também não havia projeto, bem como desenhos eespecificações, que informassem locação, características e dimensões dos elementos de fundações. Dequalquer forma, deve-se destacar que a inexistência de projeto estrutural não permite a elaboração deum projeto de fundações minimamente detalhado. A escolha do tipo de fundação teve por base o laudo de sondagem, que possibilitava duas alternativas:sapata direta ou estaca profunda. Assim, o servidor do INSS responsável pela elaboração do orçamentooptou pela realização de uma estimativa de custos e quantidades para a solução de estacas cravadas.Entretanto, dada a incompletude das informações, a própria especificação dos serviços deixava emaberto a possibilidade de alteração da fundação na elaboração do projeto executivo (concomitante coma obra): "O construtor procederá a execução da fundação de acordo com o Projeto Executivo de Estrutura porele elaborado, e devidamente aprovado pela fiscalização do INSS. (...) Apesar de caracterizados pelosensaios referidos, pode ocorrer que a natureza e o comportamento do terreno se verifiquem tais queimponham modificações e adaptações no tipo de fundação aprovada. Nesta hipótese, caberá àContratada toda a providência e despesa concernente a estas modificações e adaptações do respectivoprojeto." De fato, após a contratação da empresa executora, o projeto executivo apresentado à fiscalizaçãoprevia a utilização de sapatas diretas na fundação, serviço que foi efetivamente realizado. No entenderdo projetista contratado pela construtora, a utilização de sapatas era cabível nessa situação, devido aoperfil do solo. Quanto às instalações em geral, constatou-se que a licitação também foi realizada com base em umapré-estimativa. Assim, no caso das instalações hidrossanitárias, por exemplo, o preço total do grupoera estimado a partir de itens globais como ponto de água fria ou ponto de esgoto, incluindo tubos,





joelhos, materiais e mão de obra (e com apenas um diâmetro em toda obra). Também a título de exemplo, podemos constatar que o grupo referente às instalações de arcondicionado teve sua estimativa baseada em apenas um item (Ar condicionado tipo "split/cassete -completa - instalações e equipamentos), com unidade TR e o custo estimado a partir do custo unitárioda TR. Verifica-se que não estava estabelecida nem mesmo a disposição de unidades evaporadoras(internas) e unidades condensadoras (externas), definição que impactaria a estimativa dos demaismateriais componentes nesse grupo. Cabe destacar que a conduta de deixar a cargo da construtora a elaboração desses projetos resulta eminstalações completamente diferentes para cada obra contratada. Assim, deixa de haver uma desejávelpadronização no que se refere a caminhamento de tubulações, localização de pontos de rede,distribuição de eletrodutos e quadros de luz, especificação e passagem de dutos de ar condicionado etc.De outra forma, uma padronização nas instalações das agências refletiria em economias consideráveisnos custos de manutenção posterior. A utilização desses itens globais para estimativa das instalações é uma forma expedita e aproximada dese mensurar o custo global daqueles grupos no orçamento, admissível para uma pré-análise. Essa foi aforma encontrada pelo responsável pelo orçamento para se estimar o custo desses grupos, uma vez quenão se dispunha do projeto de instalações hidráulicas, de água fria e esgoto. Entretanto, licitar umaobra apenas com análises expeditas como essa vai de encontro aos princípios e dispositivos do Estatutodas Licitações, em especial o inciso IX do art. 6º da Lei 8.666/93. Além do mais, deixa sob aresponsabilidade da fiscalização eventuais ajustes e reparos só perceptíveis na execução do contrato,ou num confronto entre a obra executada e o projeto executivo. Questionados quanto à insuficiência do projeto levado à licitação, os responsáveis pelos projetos naGerência Executiva de Fortaleza manifestaram-se (em questionário documentado) da seguinte forma: "O projeto básico de autoria de DIROFL [Coordenação-Geral de Engenharia e Patrimônio] (planilhaorçamentária, especificações técnicas e projeto de arquitetura) para a contratação de todas as agênciasdo tipo IV do PEX foi disponibilizado através do sítio da intraprev www-expansao para que cadaGerência Executiva adaptasse os elementos do projeto para as circunstâncias de obra (localidade,condições do solo, topografia, infraestrutura urbana disponível etc.) Nesse momento ficou definidopela Coordenação-Geral de Engenharia e Patrimônio Imobiliário que os projetos básicos seriamcompostos apenas de planilha orçamentária, especificações técnicas e projeto de arquitetura. De possedo levantamento topográfico e do relatório de sondagem do solo dos terrenos doados, o processo foiencaminhado inicialmente para o Serviço de Engenharia e Patrimônio da Superintendência RegionalNordeste para que os arquitetos lotados neste setor adaptassem as plantas de implantação, sinalização eacessibilidade. Em seguida o processo foi encaminhado para o engenheiro Breno Teixeira Guedes, daGerência Executiva do INSS em Forataleza (GEXFOR), para que este promovesse a adaptação doorçamento e das especificações técnicas disponibilizados pela DIROFL. [...] Na adaptação do





orçamento pelo citado engenheiro, foram alteradas quantidades de serviços que mudavam a cada obra,como aterro, área de pavimentação externa, grama, muro de fechamento, gradil etc." Consulta à página do PEX, na intranet do INSS, demonstrou que a DIROFL estava a par daincompletude do projeto básico, pois verificou-se a existência de um documento denominado Roteiropara escolha de Projeto Básico de Fundação para Agência da Previdência Padrão (APS) Tipo IV e umplano de carga de referência para APS tipo IV. Esse roteiro tinha como objetivo suprir a deficiência doprojeto básico, que não contemplava o dimensionamento da estrutura do prédio, fornecendo diretrizespara que os engenheiros das Gerências Executivas pudessem estimar os quantitativos de serviços defundação na planilha de preços da obra. Para tanto, o roteiro estimou em função da pressão admissíveldo solo e a profundidade em que essa pressão ocorre (parâmetros obtidos no perfil de sondagem) 8tipos de projetos. Ainda sobre a suficiência de elementos do Projeto Básico Padrão, a Coordenação de Engenharia ePatrimônio do INSS se posicionou da seguinte maneira em resposta ao Questionário de Auditoria nº01-471/2010: "O INSS ao adotar um projeto básico contendo o projeto de arquitetura, especificações técnicas,orçamento básico e cronograma, em virtude da larga experiência na execução de obras padronizadaspara a APS, já detém um conhecimento técnico amplo de forma a mensurar criteriosamente oselementos construtivos, permitindo um grau de segurança na licitação, visto que, de todas as obraslicitadas, poucas foram objeto de termos aditivos para acrescentar itens não constantes da planilha.[...]Portanto, a licitação/contratação de obras com o projeto básico ofertado está apta a alcançar o objetivolegal, qual seja, o de propiciar aos licitantes e à própria Administração subsídios suficientes para queas empresas apresentem suas propostas, visto que as especificações constantes no projeto básicopossibilitam a estimativa de custos e prazos [...]" Por essa razão, resta evidenciado que foi da Coordenação-Geral de Engenharia e Patrimônio(DIROFL), a decisão de que era suficiente utilizar como projeto básico na obra de construção dasnovas unidades de atendimento apenas: (i) levantamento topográfico e relatório de sondagem(fornecidos pela prefeitura ao doar o terreno); (ii) projeto arquitetônico; (iii) orçamento detalhado docusto global da obra; (iv) especificações técnicas; e cronograma físico-financeiro. Por se tratar de projeto básico padrão, definido e encaminhado às Gerencias Executivas do INSS pelosetor de engenharia hierarquicamente superior, a DIROLF, deve-se considerar que é provável que sejaconstatada a utilização de projeto básico incompleto em outras fiscalizações no âmbito destaFiscalização de Orientação Centralizada. Por essa razão, somente após a realização de todas asfiscalizações será possível mensurar com mais exatidão quais os impactos dessa irregularidade noprograma como um todo. Portanto, por ora, deixa-se de propor audiência dos responsáveis, para que oassunto volte a ser abordado na consolidação, quando então já poderão ser constatadas as medidas





tomadas pelo INSS para a correção da irregularidade. Da mesma forma, merece destaque o fato de que também consta nas planilhas orçamentárias de cadauma das agências do tipo IV a previsão de pagamento dos projetos executivos, os quais serãodesenvolvidos concomitantemente com a obra. Importa frisar que esta última conduta é permitida pelo§ 1º do art. 7º da Lei 8.666/93. Não obstante esse procedimento ser autorizado por Lei, o fato de as 694agências padrão IV possuírem tão somente diferenças relacionadas às especificidades do terreno leva acrer que bastaria o INSS contratar a elaboração de um único projeto executivo, ao invés de pagar pelomesmo projeto em cada um dos mais de 690 editais para construção das agências do tipo IV. A únicaexceção diria respeito ao projeto de fundações que poderia ser ajustado em função do terreno. A opçãodo INSS em incluir o pagamento do projeto executivo nas planilhas de todas as licitações paraconstrução das agências do tipo IV não parece ser a solução mais eficiente sob o ponto de vista daeconomicidade na gestão dos recursos públicos. Caso o INSS licitasse a construção das agências tipo IV com o projeto executivo, a economia geradaseria algo em torno de R$ 6.527.070,00, valor obtido pelo somatório dos diversos subitens previstospara serem pagos a título de projeto executivo [9.405,00], constantes na planilha orçamentária padrão,multiplicado por 694. Esse montante seria o bastante para construir aproximadamente oito agências deatendimento padrão IV. Conforme citado anteriormente, os projetos de estrutura e de instalações (elétrica, hidro-sanitária, ar-condicionado e telefonia/lógica) deverão ser os mesmos para as 694 agências padrão IV. Apenas osprojetos de fundações sofreriam alterações decorrentes da topografia e do perfil do solo a seredificado. Nesse caso, seria indicado integrar a planilha orçamentária apenas o item de execução de"as built" dos projetos executivos. O procedimento acima comentado está em plena consonância com o princípio da economicidade esugere uma melhor gestão dos recursos públicos visando resguardar o erário quando da execução doplano de expansão proposto. Ademais, o projeto básico licitado não possui o detalhamento previsto emLei, de modo que não pode nem cabe ao projeto executivo suprir as deficiências do projetobásico.Portanto, mesmo que não exista ilegalidade em licitar apenas com o projeto básico, a opção porlicitar as obras com o projeto executivo completo estaria a demonstrar, neste caso concreto, umcomprometimento do gestor em relação à administração dos recursos públicos a ele confiados. De acordo com relatório fornecido pelo INSS em 11/05/2010, ainda faltam ser licitadas 291 das 720agências que compõem o PEX. Registre-se que o INSS, em 28/07/2009, efetuou contratação deempresa para elaborar os projetos executivos padrão das agências do PEX. O prazo contratual para quea empresa apresentasse os produtos definitivos era de 155 dias. Em reunião na sede do INSS, no dia11/05/2010, o Coordenador de Engenharia e Patrimônio do INSS informou à equipe de auditoria queapesar do esforço da contratada, esta não apresentou o produto esperado, de modo que o assunto aindaestá em discussão, no âmbito daquela autarquia. Afirmou ainda que ações serão tomadas no intuito de





finalizar a elaboração dos projetos executivos complementares, para que as próximas licitações jácontemplem os referidos projetos. Considerando que ainda restam ser licitadas 291 agências e objetivando evitar maior dano ao Erárioadvindo da contratação replicada de projetos executivos idênticos, foi proposta no âmbito do TC-010.488/2010-3, cujo objeto era a construção de agência do INSS em Aquiraz/CE, determinação paraque o INSS realize a licitação das agências remanescentes do PEX com o projeto executivo. Por essarazão, não serão propostas medidas corretivas neste processo. Quanto à constatação da alteração de fundação na execução da obra de Beberibe, que passou deestacas profundas para sapatas isoladas na fase de projeto executivo, observou-se que a fundação já foiconstruída apesar de não haver termo aditivo formalizando a alteração contratual. Por essa razão, cabedeterminar à Gerência Executiva do INSS que formalize o termo aditivo referente à alteração do tipode fundação, relativo ao contrato nº 122/2009, atentando-se para o disposto no art. 65, § 1º da Lei8.666/93 à luz dos entendimentos consubstanciados no Acórdão 1.981/2009-TCU-Plenário, bem comoo art. 112, § 6º da Lei 12.017/2009 (LDO 2010), e envie a este Tribunal no prazo de 45 dias cópia dotermo aditivo firmado acompanhado das respectivas justificativas técnicas e econômicas e parecerestécnicos e jurídicos.3.1.3 - Objetos nos quais o achado foi constatado: (IG-C) - Contrato 122/2009, 07/01/2010, Contratação de empresa de engenharia para executar obrade construção da Agência da Previdência Social no município de Beberibe/CE, A&f Construções CivilLtda.

3.1.4 - Causas da ocorrência do achado: Pressão de superior hierárquicoNecessidade de licitar com o projeto existente para viabilizar o programa com o orçamento jádisponível3.1.5 - Critérios: Acórdão 1981/2009, TCU, PlenárioConstituição Federal, art. 37, caputLei 8666/1993, art. 6º, inciso IX; art. 7º, § 2º; art. 47; art. 65, § 1ºLei 12017/2009, art. 112, § 6º3.1.6 - Evidências: Projeto Básico (Volume Principal - folha 55)Pranchas - Projeto Executivo (Anexo 1 - Volume 1 - folhas 277/297)Questionário 1 - Submetido à Gerência Executiva de Fortaleza (Volume Principal - folhas 19/23)Questionário 2 - Submetido à Coordenação Geral do PEX (Volume Principal - folhas 12/50)Relatório de sondagem (Anexo 1 - Principal - folhas 181/186)Roteiro para escolha de Projeto Básico de Fundação para APS Tipo IV (Volume Principal - folhas33/38)





Orçamento-base para a licitação (Anexo 1 - Principal - folhas 90/94)3.1.7 - Conclusão da equipe:Identificou-se que o projeto básico utilizado na licitação da agência do INSS em Beberibe/CE nãocontemplava os elementos mínimos exigidos pelo art. 6º da Lei 8.666/93, o que resultou nanecessidade de alteração de alguns itens do contrato. Considerando que a responsabilização quanto à deficiência do projeto básico será conduzida norelatório de consolidação da FOC, deixa-se de propor audiência no que diz respeito a este achado. Como ainda faltam ser licitadas 291 obras de construção de agências padrão do PEX, propôs-sedeterminação para que o INSS somente realize novas licitações com os respectivos projetosexecutivos, objetivando evitar a contratação replicada de centenas de projetos executivos idênticos. Constatou-se também a realização de serviços sem cobertura contratual, uma vez que não foiformalizado aditivo alterando o tipo de fundação. Como o serviço alterado não foi faturado,determinou-se que se procedesse ao aditivo, respeitando o equilíbrio econômico-financeiroinicialmente obtido no Contrato. Apesar disso, o indício de irregularidade identificado na agência do INSS em Beberibe não seenquadra no conceito de irregularidade grave constante do art. 94, § 1º, inciso IV da Lei nº12.017/2009 LDO/2010, pois não foi constatado potencial risco de dano ao erário materialmenterelevante. 4 - CONCLUSÃO A seguinte constatação foi identificada neste trabalho: Questão 1 Projeto básico deficiente ou desatualizado. (item 3.1) Entre os benefícios estimados desta fiscalização, pode-se mencionar: (i) as melhorias procedimentaisnas licitações e execução de contratos no âmbito do PEX; (ii) o aumento da expectativa do controle; e(iii) a prevenção contra eventuais irregularidades. A constatação desta auditoria, projeto básico deficiente ou desatualizado, foi observada no edital daconcorrência pública nº 13/2009 (Construção de agência da previdência social APS, no município deBeberibe/CE). O projeto básico utilizado para licitação da obra em exame não atende aos requisitos da Lei 8.666/93(artigo 6º, inciso IX), uma vez que não apresenta todos os elementos necessários e suficientes para seavaliar, com precisão, o custo da obra. Ademais, diversos elementos que compõem o objeto não foramsuficientemente detalhados de forma a minimizar a necessidade de reformulações durante as fases deelaboração do projeto executivo e de realização das obras.





Em função da deficiência do projeto básico já se pôde constatar, na fase inicial da obra, as seguintesocorrências: mudança no tipo de fundação adotada e projeto executivo estrutural alterandodeterminados aspectos referentes às estruturas. Conforme informação obtida na Gerência Executiva do INSS no Estado do Ceará, esse projeto básicofoi disponibilizado no sítio interno daquela entidade, para utilização pelas gerências executivas naslicitações no âmbito do PEX, promovendo-se apenas pequenas alterações a fim de adequá-lo àspeculiaridades do terreno. Ressalte-se que essa conduta traz o risco potencial de acarretar prejuízos ainda maiores para o eráriofederal, pois o plano de expansão prevê a construção de 720 agências, das quais ainda faltam licitar291, que utilizarão o mesmo projeto básico de referência. Medidas para corrigir essa irregularidadeestão sendo adotadas no TC-10488/2010-3. Apesar da irregularidade identificada, esta equipe de auditoria entende que não foram identificadosindícios de irregularidade grave conforme art. 94, § 1º, IV da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010).

5 - ENCAMINHAMENTO Proposta da equipeAnte todo o exposto, somos pelo encaminhamento dos autos ao Gabinete do Exmo. Sr. Ministro-Relator José Múcio Monteiro, com as seguintes propostas: Responsável: Superintendência Estadual do INSS - Fortaleza/CE - INSS/MPSDeterminação a Órgão/Entidade:Propõe-se, com fulcro no art. 43, inciso I, da Lei nº 8.443/1992, c/c art. 250, inciso II, do RegimentoInterno/TCU, determinar à Superintendência Estadual do INSS no Estado do Ceará que formalize otermo aditivo referente à alteração no tipo de fundação, relativo ao contrato nº 122/2009, atentando-separa o disposto no art. 65, § 1º da Lei 8.666/93 à luz dos entendimentos consubstanciados no Acórdão1.981/2009 TCU Plenário, bem como o art. 112, § 6º da Lei 12.017/2009 (LDO 2010), e envie a esteTribunal no prazo de 45 dias cópia do termo aditivo firmado acompanhado das respectivasjustificativas técnicas e econômicas e pareceres técnicos e jurídicos; (Achado: Projeto básicodeficiente) Determinação de Providências Internas ao TCU:Comunicar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacionalque não foram detectados indícios de irregularidades que se enquadram no disposto no inciso IV do §1º do art. 94 da Lei nº 12.017/2009 (LDO/2010), no Contrato nº 122/2010, relativo aos serviços deConstrução de Agência do INSS em Beberibe/CE.





À consideração superior.Secob-3, 4 de novembro de 2010





Proposta do supervisor

De acordo com a proposta da equipe.

Secob-3, 4 de novembro de 2010





Proposta do secretário

Manifesto-me de acordo com a proposta da equipe de fiscalização. Encaminhem-se os autos ao

Gabinete do Exmº Ministro-Relator José Múcio Monteiro.

Secob-3, 4 de novembro de 2010





6 - ANEXO6.1 - Dados cadastraisObra bloqueada na LOA deste ano: Não 6.1.1 - Projeto básicoInformações gerais

Projeto(s) Básico(s) abrange(m) toda obra? Não

Foram observadas divergências significativas entre o projeto básico/executivo e aconstrução, gerando prejuízo técnico ou financeiro ao empreendimento?

Sim

Exige licença ambiental? Não

Possui licença ambiental? Não

Está sujeita ao EIA(Estudo de Impacto Ambiental)? Não

Observações:O Projeto Básico utilizado na licitação da obra de construção da agência de atendimentodo INSS em Beberibe/CE era composto apenas de projeto arquitetônico. No entanto, de acordo com aorientação técnica nº 001/2006 do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas IBRAOP, oProjeto Básico de uma edificação também deveria abranger projeto estrutural, de fundação einstalações hidráulicas e elétricas, dentre outros requisitos, fato que caracteriza a incompletude doprojeto.6.1.2 - Execução física e financeiraExecução física

Data da vistoria: 28/04/2010 Percentual executado: 15

Data do início da obra: 12/01/2010 Data prevista para conclusão: 29/09/2010

Situação na data da vistoria: Em andamento.

Descrição da execução realizada até a data da vistoria: Os projetos executivos estruturais, deinstalações elétricas e lógicas, de climatização, combate a incêndio e de instalação hidro-sanitáriasforam entregues em 09/02/2010.A fundação de sapatas isoladas e a concretagem dos pilares já foi executada.No dia da vistoria as formas e armação das vigas estavam sendo preparadas para concretagem.

Observações:Sem Observações Execução financeira/orçamentáriaPrimeira dotação: 01/2010 Valor estimado para conclusão: R$ 730.536,57Desembolso





Funcional programática: 09.271.0085.116V.0001/2010 - Instalação de Unidades de Funcionamentodo INSS - Nacional

Origem Ano Valor orçado Valor liquidado Créditosautorizados

Moeda

União 2010 0,00 86.470,41 0,00 Real

União 2009 824.498,79 0,00 817.006,98 Real

Observações: Sem Observações 6.1.3 - Contratos principais

Nº contrato: 122/2009

Objeto do contrato: Contratação de empresa de engenharia para executar obra de construção daAgência da Previdência Social no município de Beberibe/CE

Data da assinatura: 07/01/2010 Mod. licitação: concorrência

SIASG: -- Código interno do SIASG:

CNPJ contratada: 08.699.285/0001-02 Razão social: A&f Construções Civil Ltda

CNPJ contratante: 29.979.036/0042-19 Razão social: Superintendência Estadual do INSS -Fortaleza/CE - INSS/MPS

Situação inicial Situação atual

Vigência: 07/01/2010 a 29/09/2010 Vigência: a

Valor: R$ 817.006,98 Valor: R$ 817.006,98

Data-base: 01/08/2009 Data-base: 01/08/2009

Volume do serviço: 330,00 m2 Volume do serviço: 330,00

Custo unitário: 2.475,77 R$/m2 Custo unitário: 2.475,77 R$/

Nº/Data aditivo atual:

Situação do contrato:

Alterações do objeto: Observações:Apesar de ainda não haver Termo Aditivo formalizado, houve modificação no projeto da obra, queconsistiu na substituição de fundação do tipo "estaca" por "sapatas isoladas". Ainda não hálevantamento do impacto financeiro dessa alteração no valor do Contrato.





6.1.4 - Histórico de fiscalizações

2007 2008 2009

Obra já fiscalizada pelo TCU (no âmbito doFiscobras)?

Não Não Não

Foram observados indícios de irregularidades graves? Não Não Não

Processos correlatos (inclusive de interesse) 8256/2010-1, 10488/2010-3, 10489/2010-0

6.2 - Deliberações do TCUProcesso de interesse (Deliberações até a data de início da auditoria)Não há deliberação para este Processo de Interesse.

Processo de interesse (Deliberações após a data de início da auditoria)Processo: 010.488/2010-3 Deliberação: AC-1.819-27/2010-PL Data: 28/07/2010Determinação a Órgão/Entidade: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - MPS: 9.1.determinar ao INSS que somente realize novas licitações no âmbito do PEX após a elaboração deprojetos básicos completos e de projetos executivos padrão contemplando os elementos necessários esuficientes para caracterizar a obra e possibilitar a sua correta avaliação, em consonância com osprincípios administrativos da economicidade e eficiência constantes do art. 37 da Constituição Federalc/c o art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666/1993, e, complementarmente, apresente ao TCU, no prazo de30 (trinta) dias, um plano de ação para contratação ou elaboração dos referidos projetos; PRAZOPARA CUMPRIMENTO: 30 DIAS.

Processo: 010.488/2010-3 Deliberação: AC-1.819-27/2010-PL Data: 28/07/2010Determinação a Órgão/Entidade: SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DO INSS -FORTALEZA/CE - INSS/MPS: 9.2. determinar à Superintendência Estadual do INSS no Estado doCeará que formalize o termo aditivo ao Contrato nº 127/2009, referente à alteração no tipo de fundaçãodas obras, atentando para o disposto no art. 65, § 1º, da Lei nº 8.666/93, à luz dos entendimentosconsubstanciados no Acórdão nº 1.981/2009-TCU-Plenário, bem como no art. 112, § 6º, da Lei nº12.017/2009 (LDO 2010), e envie a este Tribunal, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, cópia dotermo aditivo firmado, acompanhado das respectivas justificativas técnicas e econômicas e parecerestécnicos e jurídicos; PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 45 DIAS.

Processo: 010.488/2010-3 Deliberação: AC-1.819-27/2010-PL Data: 28/07/2010Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: CONGRESSONACIONAL - Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização: 9.3. comunicar àComissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional que não foramdetectados no Contrato nº 127/2009, relativo aos serviços de construção da agência do INSS em





Aquiraz/CE, indícios de irregularidade grave que recomendem o bloqueio da sua execução, nos termosdo disposto no inciso IV do § 1º do art. 94 da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010); e PRAZO PARACUMPRIMENTO: *********

Processo: 010.488/2010-3 Deliberação: AC-1.819-27/2010-PL Data: 28/07/2010Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: INSTITUTONACIONAL DO SEGURO SOCIAL - MPS: 9.4. enviar cópia deste acórdão, com o relatório e voto,ao INSS. PRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********

Processo: 010.489/2010-0 Deliberação: AC-1.823-27/2010-PL Data: 28/07/2010Determinação a Órgão/Entidade: SUPERINTENDÊNCIA ESTADUAL DO INSS -FORTALEZA/CE - INSS/MPS: 9.1. determinar à Superintendência Estadual do INSS no Estado doCeará que formalize o termo aditivo ao Contrato nº 122/2009, referente à alteração no tipo defundação, atentando para o disposto no art. 65, § 1º, da Lei nº 8.666/93, à luz dos entendimentosconsubstanciados no Acórdão nº 1.981/2009-TCU-Plenário, bem como no art. 112, § 6º, da Lei nº12.017/2009 (LDO 2010), e envie a este Tribunal, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, cópia dotermo aditivo firmado, acompanhado das respectivas justificativas técnicas e econômicas e parecerestécnicos e jurídicos; PRAZO PARA CUMPRIMENTO: 45 DIAS.

Processo: 010.489/2010-0 Deliberação: AC-1.823-27/2010-PL Data: 28/07/2010Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: CONGRESSONACIONAL - Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização: 9.2. comunicar àComissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional que não foramdetectados no Contrato nº 122/2009, relativo aos serviços de construção da agência do INSS emBeberibe/CE, indícios de irregularidade grave que recomendem o bloqueio da sua execução, nostermos do disposto no inciso IV do § 1º do art. 94 da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010). PRAZO PARACUMPRIMENTO: *********

Processo: 010.488/2010-3 Deliberação: AC-2.595-36/2010-PL Data: 29/09/2010Conhecimento de Recurso: Conhecer o recurso: "Embargo de declaração" interposto em 01/09/2010por "INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - MPS."

Processo: 010.488/2010-3 Deliberação: AC-2.595-36/2010-PL Data: 29/09/2010Não Provimento de Recurso: Não Prover o Recurso: "Embargo de declaração" interposto em01/09/2010 por "INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - MPS."

Processo: 010.488/2010-3 Deliberação: AC-2.595-36/2010-PL Data: 29/09/2010Determinação a Órgão/Entidade: Cientificação a Órgão/Entidade AO ÓRGÃO: INSTITUTONACIONAL DO SEGURO SOCIAL - MPS - Pres. Valdir Moysés Simão: 9.2. notificar o embargantePRAZO PARA CUMPRIMENTO: *********




GRUPO I – CLASSE V – Plenário TC-010.489/2010-0 (com 1 volume e 1 anexo) Natureza: Relatório de Levantamento de Auditoria Unidade: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS Interessado: Congresso Nacional Sumário: FISCOBRAS 2010. AUDITORIA INTEGRANTE DE FISCALIZAÇÃO DE ORIENTAÇÃO CENTRALIZADA (FOC) NAS OBRAS DE CONSTRUÇÃO DE UNIDADES DE ATENDIMENTO DO INSS. DETERMINAÇÕES.

RELATÓRIO

Este levantamento de auditoria, do âmbito do Fiscobras 2010, faz parte da Fiscalização de Orientação Centralizada (FOC) nas obras de construção de unidades de funcionamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), concernentes ao Plano de Expansão da Rede de Atendimento da Autarquia (PEX), que prevê a instalação de 720 novas agências em todo o Brasil, com o propósito de interiorizar a sua oferta de serviços e diminuir a distância percorrida pelos segurados para obter os benefícios previdenciários. 2. A FOC funda-se na alta materialidade do programa, da ordem de R$ 576 milhões, e abrange auditorias em 36 novas unidades de atendimento, sendo o presente levantamento referente à unidade em construção no município de Beberibe/CE, por meio do Contrato nº 122/2009, no valor de R$ 817.006,98. 3. O programa permite a construção das agências segundo um dos quatro modelos de layout definidos pelo INSS. A maior parte delas, no total de 694, entre as quais a de Beberibe/CE, utilizará o modelo tipo IV, cuja área edificada é de 330m². A fim de preservar a identidade visual das unidades e uniformizar os processos de contratação, o INSS elaborou um projeto básico padrão constituído de especificações técnicas, planilha orçamentária e plantas de arquitetura, além de modelos de edital e contrato, os quais foram disponibilizados às Gerências Executivas do órgão para a contratação e execução das obras de forma descentralizada. 4. O relatório de fiscalização (fls. 56/80) aponta como achado de auditoria a utilização de projeto básico deficiente e desatualizado, com desdobramentos que levaram a equipe a propor o encaminhamento de determinações à Superintendência Estadual do INSS em Fortaleza/CE. 5. Seguem, de forma resumida, a descrição e análise do achado: 5.1. Achado de auditoria (item 3.1 do relatório de fiscalização – fls. 62/69): projeto básico deficiente e desatualizado - Contrato nº 122/2009. 5.1.1. Situação encontrada e esclarecimentos iniciais dos responsáveis (fls. 62/68): “O projeto básico utilizado para licitação da obra de construção de unidade de atendimento do INSS em Beberibe/CE não atende aos requisitos da Lei nº 8.666/93 (artigo 6º, inciso IX), uma vez que não apresenta todos os elementos necessários e suficientes para se avaliar, com precisão, o custo da obra. Nesse sentido, observou-se que diversos elementos que compõem o objeto não foram suficientemente detalhados de forma a minimizar a necessidade de reformulações durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras (Lei nº 8.666/93, art. 6º, IX, ‘b’). O projeto levado à licitação contemplava os seguintes elementos: I) levantamento topográfico e relatório de sondagem (fornecidos pela prefeitura ao

doar o terreno); II) projeto arquitetônico (composto de implantação, planta baixa, cobertura, cortes,

fachadas, lay out, acessibilidade, sinalização);

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6.3 - Acórdão 1823/2010




III) orçamento detalhado do custo global da obra; IV) especificações técnicas; V) cronograma físico-financeiro. Embora o projeto básico fosse composto apenas dos componentes supracitados, o orçamento base, no montante de R$ 824.498,79, apresentava preços (custo + BDI) referentes a diversos e relevantes grupos de serviços não detalhados no projeto, a saber: I) Estruturas: R$ 102.323,75 (12% do valor global do orçamento base); II) Fundações: R$ 26.196,16 (3% do valor global do orçamento base); III) Instalações Hidrossanitárias: R$ 23.107,45 (3% do valor global do orçamento base); IV) Instalações Elétricas: R$ 34.052,46 (4% do valor global do orçamento base); V) Outras instalações (telefone/lógica, ar-condicionado e incêndio): R$ 52.320,50

(valor total) (6% do valor global do orçamento base). Observa-se que esses itens não foram projetados. Na realidade, apenas tiveram seus custos pré-estimados e inseridos no orçamento, o que não permitiria nem mesmo questionamento por parte dos licitantes (na formulação da proposta) a respeito das quantidades e preços da planilha. Ressalte-se que o rol de elementos mínimos em um projeto básico de edificação, consoante Orientação Técnica nº 001/2006 do Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras - IBRAOP, é composto de levantamento planialtimétrico, projeto arquitetônico, projeto de fundações, projeto estrutural, projeto de instalações hidráulicas, projeto de instalações elétricas, projeto de instalações telefônicas, projeto de instalações de prevenção de incêndio, projeto de instalações especiais (por exemplo, lógica) e projeto de instalações de ar-condicionado. Cabe salientar que quanto maior a precisão e a quantidade de informações disponíveis para a composição do preço global de uma obra, maiores são as probabilidades de o procedimento licitatório resultar na escolha da proposta mais vantajosa para a Administração. E, principalmente, maiores são as chances de uma boa execução contratual, tendo em vista que o licitante tem a completa noção do que será executado. Ademais, na elaboração de um orçamento com base em projeto não detalhado, a tendência é o orçamentista compor a planilha contratual com serviços superestimados, a fim de aumentar a margem de segurança nos recursos disponíveis para a obra. E isso pode ser danoso para a Administração, especialmente num regime de empreitada por preço global. Segundo o art. 47 da Lei nº 8.666/93, ‘nas licitações para a execução de obras e serviços, quando for adotada a modalidade de execução de empreitada por preço global, a Administração deverá fornecer obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos e informações necessários para que os licitantes possam elaborar suas propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.’ No caso em tela, verificou-se que a ausência de elementos no projeto básico acarretou algumas alterações no projeto da obra. Como no período da fiscalização estava sendo executado o serviço de alvenaria, até aquele momento, puderam ser constatadas as seguintes ocorrências: (i) mudança do tipo de fundação adotada; (ii) projeto executivo estrutural alterando determinados aspectos referentes às estruturas; e (iii) especificações técnicas que já apontavam para a eventual necessidade de alteração dos quantitativos orçados. Com relação à estrutura da edificação, não havia um projeto que apresentasse desenhos (detalhando a estrutura em planta, cortes e detalhes) e tabelas de resumo de quantitativos de materiais. Assim, não estavam previamente estabelecidas a dimensão e a posição das peças (vigas, pilares e lajes), razão pela qual foram apresentados apenas itens genéricos na planilha, a saber: (i) itens referentes a concreto armado (incluindo forma, ferragem, lançamento e adensamento, com consumo médio de aço - 80kg/m³); e (ii) um item referente à laje treliçada Beta 20 para carregamento de 3,5kN/m² e vão de até 6,2m (incluindo as vigotas, armadura negativa, capeamento de 3 cm, concreto e escoramento - material e mão de obra).

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No que tange a vigas e pilares, suas dimensões (que vão impactar na quantidade de concreto, bem como gasto com formas) e a quantidade de armação só serão conhecidas durante a execução da obra, de acordo com o projeto executivo apresentado. Assim, a adequada relação entre o executado e a quantia paga ficará a cargo do fiscal de obra. Quanto às lajes, todas foram estimadas e inseridas no orçamento com espessura de 20cm. Uma análise das plantas entregues como sendo o projeto executivo permite observar que, definidas as dimensões e disposição de vigas e pilares, essa espessura foi alterada para valores que variavam de 12 a 15cm. No caso da fundação, observou-se que também não havia projeto, bem como desenhos e especificações, que informassem localização, características e dimensões dos elementos de fundações. De qualquer forma, deve-se destacar que a inexistência de projeto estrutural não permite a elaboração de um projeto de fundações minimamente detalhado. A escolha do tipo de fundação teve por base o laudo de sondagem, que possibilitava duas alternativas: sapata direta ou estaca profunda. Assim, o servidor do INSS responsável pela elaboração do orçamento optou pela realização de uma estimativa de custos e quantidades para a solução de estacas cravadas. Entretanto, dada a incompletude das informações, a própria especificação dos serviços deixava em aberto a possibilidade de alteração da fundação na elaboração do projeto executivo (concomitante com a obra): ‘O construtor procederá a execução da fundação de acordo com o Projeto Executivo de

Estrutura por ele elaborado, e devidamente aprovado pela fiscalização do INSS. (...) Apesar de caracterizados pelos ensaios referidos, pode ocorrer que a natureza e o comportamento do terreno se verifiquem tais que imponham modificações e adaptações no tipo de fundação aprovada. Nesta hipótese, caberá à Contratada toda a providência e despesa concernente a estas modificações e adaptações do respectivo projeto.’

De fato, após a contratação da empresa executora, o projeto executivo apresentado à fiscalização previa a utilização de sapatas diretas na fundação, serviço que foi efetivamente realizado. No entender do projetista contratado pela construtora, a utilização de sapatas era cabível nessa situação, devido ao perfil do solo. Quanto às instalações em geral, constatou-se que a licitação também foi realizada com base em uma pré-estimativa. Assim, no caso das instalações hidrossanitárias, por exemplo, o preço total do grupo era estimado a partir de itens globais como ponto de água fria ou ponto de esgoto, incluindo tubos, joelhos, materiais e mão de obra (e com apenas um diâmetro em toda obra). Também a título de exemplo, podemos constatar que o grupo referente às instalações de ar-condicionado teve sua estimativa baseada em apenas um item (ar-condicionado tipo ‘split/cassete - completa - instalações e equipamentos), com unidade TR e o custo estimado a partir do custo unitário da TR. Verifica-se que não estava estabelecida nem mesmo a disposição de unidades evaporadoras (internas) e unidades condensadoras (externas), definição que impactaria a estimativa dos demais materiais componentes nesse grupo. Cabe destacar que a conduta de deixar a cargo da construtora a elaboração desses projetos resulta em instalações completamente diferentes para cada obra contratada. Assim, deixa de haver uma desejável padronização no que se refere a caminhamento de tubulações, localização de pontos de rede, distribuição de eletrodutos e quadros de luz, especificação e passagem de dutos de ar-condicionado etc. De outra forma, uma padronização nas instalações das agências refletiria em economias consideráveis nos custos de manutenção posterior. A utilização desses itens globais para estimativa das instalações é uma forma expedita e aproximada de se mensurar o custo global daqueles grupos no orçamento, admissível para uma pré-análise. Essa foi a forma encontrada pelo responsável pelo orçamento para estimar o custo desses grupos, uma vez que não se dispunha do projeto de instalações hidráulicas, de água fria e esgoto. Entretanto, licitar uma obra apenas com análises expeditas como essa vai de encontro aos princípios e dispositivos do Estatuto das Licitações, em especial o inciso IX do art. 6º. Além do mais, deixa sob a

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responsabilidade da fiscalização eventuais ajustes e reparos só perceptíveis na execução do contrato ou num confronto entre a obra executada e o projeto executivo. Questionados quanto à insuficiência do projeto levado à licitação, os responsáveis pelos projetos na Gerência Executiva de Fortaleza manifestaram-se (em questionário documentado) da seguinte forma: ‘O projeto básico de autoria de DIROFL [Coordenação-Geral de Engenharia e

Patrimônio] (planilha orçamentária, especificações técnicas e projeto de arquitetura) para a contratação de todas as agências do tipo IV do PEX foi disponibilizado através do sítio da intraprev www-expansao para que cada Gerência Executiva adaptasse os elementos do projeto para as circunstâncias de obra (localidade, condições do solo, topografia, infraestrutura urbana disponível etc.). Nesse momento ficou definido pela Coordenação-Geral de Engenharia e Patrimônio Imobiliário que os projetos básicos seriam compostos apenas de planilha orçamentária, especificações técnicas e projeto de arquitetura. De posse do levantamento topográfico e do relatório de sondagem do solo dos terrenos doados, o processo foi encaminhado inicialmente para o Serviço de Engenharia e Patrimônio da Superintendência Regional Nordeste para que os arquitetos lotados neste setor adaptassem as plantas de implantação, sinalização e acessibilidade. Em seguida, o processo foi encaminhado para o engenheiro Breno Teixeira Guedes, da Gerência Executiva do INSS em Forataleza (GEXFOR), para que este promovesse a adaptação do orçamento e das especificações técnicas disponibilizados pela DIROFL. [...] Na adaptação do orçamento pelo citado engenheiro, foram alteradas quantidades de serviços que mudavam a cada obra, como aterro, área de pavimentação externa, grama, muro de fechamento, gradil etc.’

Consulta à página do PEX, na intranet do INSS, demonstrou que a DIROFL estava a par da incompletude do projeto básico, pois verificou-se a existência de um documento denominado Roteiro para escolha de Projeto Básico de Fundação para Agência da Previdência Padrão (APS) Tipo IV e um plano de carga de referência para APS tipo IV. Esse roteiro tinha como objetivo suprir a deficiência do projeto básico, que não contemplava o dimensionamento da estrutura do prédio, fornecendo diretrizes para que os engenheiros das Gerências Executivas pudessem estimar os quantitativos de serviços de fundação na planilha de preços da obra. Para tanto, o roteiro estimou em função da pressão admissível do solo e a profundidade em que essa pressão ocorre (parâmetros obtidos no perfil de sondagem) 8 tipos de projetos. Ainda sobre a suficiência de elementos do Projeto Básico Padrão, a Coordenação de Engenharia e Patrimônio do INSS posicionou-se da seguinte maneira em resposta ao Questionário de Auditoria nº 01-471/2010: ‘O INSS ao adotar um projeto básico contendo o projeto de arquitetura, especificações

técnicas, orçamento básico e cronograma, em virtude da larga experiência na execução de obras padronizadas para a APS, já detém um conhecimento técnico amplo de forma a mensurar criteriosamente os elementos construtivos, permitindo um grau de segurança na licitação, visto que, de todas as obras licitadas, poucas foram objeto de termos aditivos para acrescentar itens não constantes da planilha.

[...] Portanto, a licitação/contratação de obras com o projeto básico ofertado está apta a

alcançar o objetivo legal, qual seja, o de propiciar aos licitantes e à própria Administração subsídios suficientes para que as empresas apresentem suas propostas, visto que as especificações constantes no projeto básico possibilitam a estimativa de custos e prazos [...]’

Por essa razão, resta evidenciado que foi da Coordenação-Geral de Engenharia e Patrimônio (DIROFL) a decisão de que era suficiente utilizar como projeto básico na obra de construção das novas unidades de atendimento apenas: (i) levantamento topográfico e relatório de

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sondagem (fornecidos pela prefeitura ao doar o terreno); (ii) projeto arquitetônico; (iii) orçamento detalhado do custo global da obra; (iv) especificações técnicas; e cronograma físico-financeiro. Por se tratar de projeto básico padrão, definido e encaminhado às Gerências Executivas do INSS pelo setor de engenharia hierarquicamente superior, a DIROLF, deve-se considerar que é provável que seja constatada a utilização de projeto básico incompleto em outras fiscalizações no âmbito desta Fiscalização de Orientação Centralizada. Por essa razão, somente após a realização de todas as fiscalizações será possível mensurar com mais exatidão quais os impactos dessa irregularidade no programa como um todo. Portanto, por ora, deixa-se de propor audiência dos responsáveis, para que o assunto volte a ser abordado na consolidação, quando então já poderão ser constatadas as medidas tomadas pelo INSS para a correção da irregularidade. Da mesma forma, merece destaque o fato de que também consta nas planilhas orçamentárias de cada uma das agências do tipo IV a previsão de pagamento dos projetos executivos, os quais serão desenvolvidos concomitantemente com a obra. Importa frisar que esta última conduta é permitida pelo § 1º do art. 7º da Lei nº 8.666/93. Não obstante esse procedimento ser autorizado por lei, o fato de as 694 agências padrão IV possuírem tão somente diferenças relacionadas às especificidades do terreno leva a crer que bastaria o INSS contratar a elaboração de um único projeto executivo, em vez de pagar pelo mesmo projeto em cada um dos mais de 690 editais para construção das agências do tipo IV. A única exceção diria respeito ao projeto de fundações que poderia ser ajustado em função do terreno. A opção do INSS em incluir o pagamento do projeto executivo nas planilhas de todas as licitações para construção das agências do tipo IV não parece ser a solução mais eficiente sob o ponto de vista da economicidade na gestão dos recursos públicos. Caso o INSS licitasse a construção das agências tipo IV com o projeto executivo, a economia gerada seria algo em torno de R$ 6.527.070,00, valor obtido pelo somatório dos diversos subitens previstos para serem pagos a título de projeto executivo [9.405,00], constantes na planilha orçamentária padrão, multiplicado por 694. Esse montante seria o bastante para construir aproximadamente oito agências de atendimento padrão IV. Conforme citado anteriormente, os projetos de estrutura e de instalações (elétrica, hidrossanitária, ar-condicionado e telefonia/lógica) deverão ser os mesmos para as 694 agências padrão IV. Apenas os projetos de fundações sofreriam alterações decorrentes da topografia e do perfil do solo a ser edificado. Nesse caso, seria indicado integrar na planilha orçamentária apenas o item de execução do as built dos projetos executivos. O procedimento acima comentado está em plena consonância com o princípio da economicidade e sugere uma melhor gestão dos recursos públicos visando resguardar o erário quando da execução do plano de expansão proposto. Ademais, o projeto básico licitado não possui o detalhamento previsto em lei, de modo que não pode nem cabe ao projeto executivo suprir as deficiências do projeto básico. Portanto, mesmo que não exista ilegalidade em licitar apenas com o projeto básico, a opção por licitar as obras com o projeto executivo completo estaria a demonstrar, neste caso concreto, um comprometimento do gestor em relação à administração dos recursos públicos a ele confiados. De acordo com relatório fornecido pelo INSS em 11/05/2010, ainda faltam ser licitadas 291 das 720 agências que compõem o PEX. Registre-se que o INSS, em 28/07/2009, efetuou contratação de empresa para elaborar os projetos executivos padrão das agências do PEX. O prazo contratual para que a empresa apresentasse os produtos definitivos era de 155 dias. Em reunião na sede do INSS, no dia 11/05/2010, o Coordenador de Engenharia e Patrimônio do INSS informou à equipe de auditoria que apesar do esforço da contratada, esta não apresentou o produto esperado, de modo que o assunto ainda está em discussão, no âmbito daquela autarquia. Afirmou ainda que ações serão tomadas no intuito de finalizar a elaboração dos projetos executivos complementares, para que as próximas licitações já contemplem os referidos projetos. Considerando que ainda restam ser licitadas 291 agências e objetivando evitar maior dano ao erário advindo da contratação replicada de projetos executivos idênticos, foi proposta no

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âmbito do TC-010.488/2010-3, cujo objeto era a construção de agência em Aquiraz/CE, determinação para que o INSS realize a licitação das agências remanescentes do PEX com o projeto executivo. Por essa razão, não serão propostas medidas corretivas neste processo. Quanto à constatação da alteração de fundação na execução da obra de Beberibe, que passou de estacas profundas para sapatas isoladas na fase de projeto executivo, observou-se que a fundação já foi construída apesar de não haver termo aditivo formalizando a alteração contratual. Por essa razão, cabe determinar à Gerência Executiva do INSS que formalize o termo aditivo referente à alteração do tipo de fundação, relativo ao Contrato nº 122/2009, atentando-se para o disposto no art. 65, § 1º, da Lei nº 8.666/93 à luz dos entendimentos consubstanciados no Acórdão nº 1.981/2009-TCU-Plenário, bem como no art. 112, § 6º, da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010), e envie a este Tribunal, no prazo de 45 dias, cópia do termo aditivo firmado, acompanhado das respectivas justificativas técnicas e econômicas e pareceres técnicos e jurídicos.” 5.1.2. Conclusão da equipe relativamente ao achado (fls. 68/69): “Identificou-se que o projeto básico utilizado na licitação da agência do INSS em Beberibe/CE não contemplava os elementos mínimos exigidos pelo art. 6º da Lei nº 8.666/93, o que resultou na necessidade de alteração de alguns itens do contrato. Considerando que a responsabilização quanto à deficiência do projeto básico será conduzida no relatório de consolidação da FOC, deixa-se de propor audiência no que diz respeito a este achado. Como ainda faltam ser licitadas 291 obras de construção de agências padrão do PEX, propõe-se determinação para que o INSS somente realize novas licitações com os respectivos projetos executivos, objetivando evitar a contratação replicada de centenas de projetos executivos idênticos. Constatou-se também a realização de serviços sem cobertura contratual, uma vez que não foi formalizado aditivo alterando o tipo de fundação. Como o serviço não foi faturado, determinou-se que se procedesse ao aditivo, respeitando o equilíbrio econômico-financeiro inicialmente obtido no contrato. Apesar disso, o indício de irregularidade identificado na agência do INSS em Beberibe não se enquadra no conceito de irregularidade grave constante do art. 94, § 1º, inciso IV, da Lei nº 12.017/2009 (LDO/2010), pois não foi constatado potencial risco de dano ao erário materialmente relevante.” 6. Ante tais elementos, a equipe conclui o seu relatório e propõe encaminhamento nos seguintes termos (fls. 69/70): “4 – CONCLUSÃO (...) O projeto básico utilizado para licitação da obra em exame não atende aos requisitos da Lei nº 8.666/93 (artigo 6º, inciso IX), uma vez que não apresenta todos os elementos necessários e suficientes para se avaliar, com precisão, o custo da obra. Ademais, diversos elementos que compõem o objeto não foram suficientemente detalhados de forma a minimizar a necessidade de reformulações durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras. Em função da deficiência do projeto básico já se pôde constatar, na fase inicial da obra, as seguintes ocorrências: mudança no tipo de fundação adotada e projeto executivo estrutural alterando determinados aspectos referentes às estruturas. Conforme informação obtida na Gerência Executiva do INSS no Estado do Ceará, esse projeto básico foi disponibilizado no sítio interno daquela entidade, para utilização pelas gerências executivas nas licitações no âmbito do PEX, promovendo-se apenas pequenas alterações a fim de adequá-lo às peculiaridades do terreno. Ressalte-se que essa conduta traz o risco potencial de acarretar prejuízos ainda maiores para o erário federal, pois o plano de expansão prevê a construção de 720 agências, das quais ainda faltam licitar 291, que utilizarão o mesmo projeto básico de referência. Medidas para corrigir essa irregularidade estão sendo adotadas no TC-010.488/2010-3.

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Apesar da irregularidade identificada, esta equipe de auditoria entende que não foram identificados indícios de irregularidade grave conforme art. 94, § 1º, IV, da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010). 5 – ENCAMINHAMENTO Ante todo o exposto, somos pelo encaminhamento dos autos ao Gabinete do Exmo. Ministro-Relator José Múcio Monteiro, com as seguintes propostas: Determinação a Órgão/Entidade: Superintendência Estadual do INSS - Fortaleza/CE - INSS/MPS Propõe-se, com fulcro no art. 43, inciso I, da Lei nº 8.443/1992, c/c art. 250, inciso II, do Regimento Interno/TCU, determinar à Superintendência Estadual do INSS no Estado do Ceará que formalize o termo aditivo referente à alteração no tipo de fundação, relativo ao Contrato nº 122/2009, atentando-se para o disposto no art. 65, § 1º, da Lei nº 8.666/93, à luz dos entendimentos consubstanciados no Acórdão nº 1.981/2009-TCU-Plenário, bem como no art. 112, § 6º, da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010), e envie a este Tribunal, no prazo de 45 dias, cópia do termo aditivo firmado, acompanhado das respectivas justificativas técnicas e econômicas e pareceres técnicos e jurídicos; Determinação de Providências Internas ao TCU: Comunicar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional que não foram detectados indícios de irregularidades que se enquadram no disposto no inciso IV do § 1º do art. 94 da Lei nº 12.017/2009 (LDO/2010), no Contrato nº 122/2009, relativo aos serviços de Construção de Agência do INSS em Beberibe/CE.” 7. Os dirigentes da Secob concordam com o encaminhamento acima (fls. 70/71). É o Relatório.

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VOTO

Trata-se de levantamento de auditoria integrante de Fiscalização de Orientação Centralizada (FOC) nas obras de construção de unidades de funcionamento do INSS, concernentes ao seu Plano de Expansão da Rede de Atendimento, que prevê dispêndios da ordem de R$ 576 milhões na instalação de 720 novas agências em todo o Brasil, com o propósito de interiorizar a sua oferta de serviços e diminuir a distância percorrida pelos segurados para obter os benefícios previdenciários. 2. A FOC abrange levantamentos de auditoria em 36 dessas agências, sendo que a presente fiscalização refere-se à unidade em construção no município de Beberibe/CE, na forma do Contrato nº 122/2009, no valor de R$ 817.006,98. 3. O Plano de Expansão (PEX) dispõe que a construção das agências deve seguir um dos quatro modelos de layout definidos pelo INSS. A maior parte delas, no total de 694, entre as quais a de Beberibe/CE, utilizará o modelo tipo IV, cuja área edificada é de 330m². A fim de preservar a identidade visual das unidades e uniformizar os processos de contratação, o INSS elaborou um projeto básico padrão constituído de especificações técnicas, planilha orçamentária e plantas de arquitetura, além de modelos de edital e contrato, os quais foram disponibilizados às Gerências Executivas da Autarquia para a contratação e execução das obras de forma descentralizada. 4. Conforme relatado, o achado deste levantamento diz respeito à deficiência do projeto básico utilizado na licitação. 5. De fato, na forma em que se apresenta, sem trazer todos os elementos necessários e suficientes para se avaliar com precisão o custo da obra, o projeto básico da licitação para a contratação dos serviços de construção da unidade de atendimento do INSS em Beberibe/CE não atende aos requisitos do inciso IX do art. 6º da Lei nº 8.666/93. 6. Para a Coordenação de Engenharia e Patrimônio do INSS, o projeto básico padrão que vem sendo utilizado pelas gerências executivas nas licitações do PEX traz subsídios suficientes à elaboração do orçamento das obras e à apresentação de propostas vantajosas nos certames. Salienta que, das unidades já licitadas, poucas foram objeto de termos aditivos para acrescentar itens não constantes da planilha contratual. 7. No entanto, resta evidente desta fiscalização a imprecisão do projeto básico padrão e as consequências disso à boa execução contratual. 8. Verifica-se que o projeto básico levado à licitação não detalha itens de grupos relevantes de serviços, como estruturas, fundações, instalações hidrossanitárias e outros, da ordem de 30% do valor da obra. Em função dessa deficiência, foram necessárias, já na fase inicial das obras, mudanças no tipo de fundação adotada e alterações de aspectos das estruturas da construção. 9. Por sinal, tais mudanças não foram formalizadas no Contrato nº 122/2009, o que justifica a proposta da Unidade Técnica de determinar à Superintendência Estadual do INSS no Estado do Ceará que, de modo a cessar a realização de serviços sem cobertura contratual, formalize termo aditivo concernente às modificações no projeto. 10. No tocante à incompletude do projeto básico, vale registrar que, de modo a prevenir ocorrências dessa natureza nas licitações do âmbito do PEX ainda não realizadas, o Tribunal, nos autos do TC-010.488/2010-3, referente ao levantamento de auditoria nas obras de construção da unidade de Aquiraz/CE, já determinou ao INSS que somente realize novos certames após a elaboração de projetos básicos completos e executivos padrão, que contemplem os elementos necessários e suficientes para caracterizar a obra e possibilitar a sua correta avaliação, nos termos do art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666/1993. Ante o exposto, acolhendo a proposta da Unidade Técnica, voto por que o Tribunal adote o acórdão que ora submeto a este Plenário.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 28 de julho de

2010.

JOSÉ MÚCIO MONTEIRO Relator

Para verificar as assinaturas, acesse www.tcu.gov.br/autenticidade, informando o código 44896494.Página 28






ACÓRDÃO Nº 1823/2010 – TCU – Plenário

1. Processo nº TC-010.489/2010-0 (com 1 volume e 1 anexo) 2. Grupo I – Classe V – Relatório de Levantamento de Auditoria 3. Interessado: Congresso Nacional 4. Unidade: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS 5. Relator: Ministro José Múcio Monteiro 6. Representante do Ministério Público: não atuou 7. Unidade Técnica: Secob-3 8. Advogados constituídos nos autos: não há 9. Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos estes autos de levantamento de auditoria nas obras de construção da agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no município de Beberibe/CE, concernente ao Plano de Expansão da Rede de Atendimento da Autarquia (PEX). ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, com fundamento no art. 43, inciso I, da Lei nº 8.443/92 e no art. 250, inciso II, do Regimento Interno, e ante as razões expostas pelo Relator, em:

9.1. determinar à Superintendência Estadual do INSS no Estado do Ceará que formalize o termo aditivo ao Contrato nº 122/2009, referente à alteração no tipo de fundação, atentando para o disposto no art. 65, § 1º, da Lei nº 8.666/93, à luz dos entendimentos consubstanciados no Acórdão nº 1.981/2009-TCU-Plenário, bem como no art. 112, § 6º, da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010), e envie a este Tribunal, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, cópia do termo aditivo firmado, acompanhado das respectivas justificativas técnicas e econômicas e pareceres técnicos e jurídicos;

9.2. comunicar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional que não foram detectados no Contrato nº 122/2009, relativo aos serviços de construção da agência do INSS em Beberibe/CE, indícios de irregularidade grave que recomendem o bloqueio da sua execução, nos termos do disposto no inciso IV do § 1º do art. 94 da Lei nº 12.017/2009 (LDO 2010). 10. Ata n° 27/2010 – Plenário. 11. Data da Sessão: 28/7/2010 – Ordinária. 12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-1823-27/10-P. 13. Especificação do quorum: 13.1. Ministros presentes: Benjamin Zymler (na Presidência), Valmir Campelo, Walton Alencar Rodrigues, Augusto Nardes, Aroldo Cedraz, Raimundo Carreiro, José Jorge e José Múcio Monteiro (Relator). 13.2. Auditores presentes: Augusto Sherman Cavalcanti, Marcos Bemquerer Costa, André Luís de Carvalho e Weder de Oliveira.

(Assinado Eletronicamente) BENJAMIN ZYMLER

(Assinado Eletronicamente) JOSÉ MÚCIO MONTEIRO

Vice-Presidente, no exercício da Presidência Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente) LUCAS ROCHA FURTADO

Procurador-Geral

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6.4 - Anexo Fotográfico

Placa da Obra





Base do Aterro Interno





Visão geral da Obra - Estruturas - Pilares





Impermeabilização da Cinta





Corpos de prova



relatÓrio de fiscalizaÇÃo - sintÉtico · o inss possui hoje 1.110 agências. com a expansão,...

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