marciane milanski - livros01.livrosgratis.com.brlivros01.livrosgratis.com.br/cp138836.pdf · aos...

77
MARCIANE MILANSKI SECREÇÃO DE INSULINA E EXPRESSÃO DE PKA E PKC EM ILHOTAS DE RATAS PRENHES SUBMETIDAS À RESTRIÇÃO PROTÉICA. CUIABÁ – MT 2005

Upload: vuongxuyen

Post on 25-Jan-2019

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

MARCIANE MILANSKI

SECREÇÃO DE INSULINA E EXPRESSÃO DE PKA E PKC EM

ILHOTAS DE RATAS PRENHES SUBMETIDAS À RESTRIÇÃO

PROTÉICA.

CUIABÁ – MT 2005

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

SECREÇÃO DE INSULINA E EXPRESSÃO DE PKA E PKC EM

ILHOTAS DE RATAS PRENHES SUBMETIDAS À RESTRIÇÃO

PROTÉICA.

Orientanda: Marciane Milanski

Orientadora: Profa Dra Márcia Queiroz Latorraca

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa

de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, subárea

de concentração Cirurgia, Nutrição e Metabolismo,

da Universidade Federal de Mato Grosso, para a

obtenção do título de mestre.

CUIABÁ - MT 2005

DEDICATÓRIA

À minha família,

pelo amor, incentivo e confiança

em todos os momentos da minha vida.

AGRADECIMENTOS

À Drª. Márcia Queiroz Latorraca, amiga e professora, pelo crescimento

pessoal e profissional. Pela orientação e generosidade em todas as etapas deste

trabalho.

À minha grande amiga Vanessa Cristina Arantes, por sempre ter acreditado em

mim, pelos esclarecimentos em momentos de dúvidas e pelo companheirismo e

amizade incondicional.

Aos meus irmãos Junior e Maristela, e aos meus amigos Massao, Bernadete,

Elisa e Vanda, por me apoiarem, me ouvirem e por dividirem comigo as

dificuldades deste trabalho.

Às minhas colegas de mestrado Elisângela, Loanda, Cristiane e Gláucia pelo

companheirismo, colaboração, amizade e pelos momentos de alegria.

Ao amigo Celso Roberto Afonso pela confiança, colaboração e apoio em toda

trajetória.

Ao Dr. Carlos Henrique Fregadolli pela análise estatística deste trabalho.

À Coordenação do Curso de Pós-graduação pelo apoio financeiro para realização

dos experimentos.

Aos Professores Dr. Antônio Carlos Boschero e Dr. Everardo Magalhães

Carneiro por apoiar e tornar possível a realização dos experimentos no

Laboratório de Pâncreas Endócrino e Metabolismo – Unicamp.

Ao Professor Dr. Fabiano Ferreira pela ajuda na realização dos experimentos e

Drª Marise Auxiliadora de Barros Reis pelo auxílio na conferência do

manuscrito.

Aos colegas do mestrado que propiciaram a troca de conhecimentos durante a

realização das disciplinas.

À Secretaria de Estado de Saúde e Hospital Regional de Colider pela

concessão de licença integral das atividades profissionais, o que propiciou a

dedicação exclusiva ao curso de Mestrado em Ciências da Saúde.

À Universidade Federal de Mato Grosso pela minha formação profissional.

A todos que contribuíram, meu eterno agradecimento...

ÍNDICE RESUMO......................................................................................................... 1

ABSTRACT..................................................................................................... 2

1. INTRODUÇÃO............................................................................................. 3

1.1 O Pâncreas endócrino e o mecanismo de secreção de insulina............... 4

1.2 Adaptações das ilhotas de Langerhans à restrição protéica..................... 8

1.3 Adaptações das ilhotas de Langerhans à gravidez................................... 9

2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 12

3. OBJETIVOS................................................................................................ 13

3.1 Objetivo geral............................................................................................. 14

3.2 Objetivos específicos................................................................................. 14

4. REFERÊNCIAS........................................................................................... 15

5. TRADUÇÃO DO ARTIGO........................................................................... 27

Introdução........................................................................................................ 28

Materiais e Métodos......................................................................................... 29

Resultados....................................................................................................... 32

Discussão........................................................................................................ 28

6. ARTIGO ORIGINAL.................................................................................... 45

Introduction...................................................................................................... 46

Materials and Methods..................................................................................... 47

Results............................................................................................................. 50

Discussion........................................................................................................ 53

References....................................................................................................... 62

1

RESUMO

Neste trabalho foi investigado o efeito da restrição protéica na secreção de insulina e na

expressão de PKA e PKC em ilhotas de ratas controles e prenhes. Ratas adultas controle

não prenhe (CN) e controle prenhe (CP) foram alimentadas com dieta normoprotéica (17%),

enquanto que ratas dos grupos hipoprotéico não prenhe (HN) e hipoprotéico prenhe (HP)

receberam dieta hipoprotéica (6%) por 15 dias. Na presença de 2,8 e 8,3 mmol/L de glicose, a

insulina secretada pelas ilhotas do CP foi maior do que pelas ilhotas do CN. Comparado com

o grupo CN a secreção de insulina pelas ilhotas do HN foi menor apenas em 8,3 mmol/L de

glicose. A secreção de insulina pelas ilhotas do HP foi maior do que pelas ilhotas do HN em

ambas as concentrações de glicose. IBMX (1 mmol/L), um inibidor da fosfodiesterase,

aumentou a secreção de insulina pelas ilhotas das ratas prenhes e este efeito foi maior nas

ilhotas do CP do que nas ilhotas do HP. Forskolin (0,01-100 mol/L), um estimulador da

adenilato ciclase, aumentou a secreção de insulina apenas nas ilhotas do CN e CP, com uma

EC50 maior nas ilhotas do CP comparado com as ilhotas do CN. A secreção de insulina

induzida pelo PMA (um estimulador da PKC) foi maior nas ilhotas do HN e HP comparadas

com seus respectivos controles, especialmente em 8,3 mmol/L glicose. A expressão de PKA,

mas não PKC, foi menor em ilhotas dos grupos hipoprotéicos em relação às dos controles,

independente do estado fisiológico das ratas. Todas as células endócrinas das ilhotas,

inclusive as células , expressaram a isoforma PKA. A distribuição citoplasmática dessa

enzima na célula não foi modificada pela prenhez e/ou restrição protéica. Concluindo,

ilhotas de ratas submetidas à restrição protéica durante a prenhez respondem de maneira

similar à ratas controles, ao menos em concentração fisiológica de glicose. A menor resposta

ao IBMX e ao forskolin indica uma menor produção de AMPc e/ou sensibilidade a ele,

associada à redução na expressão de PKAα e provavelmente na sua atividade.

Palavras chaves: Dieta hipoprotéica, secreção de insulina, PKA, PKC, prenhez, ratos.

2

ABSTRACT

In this work, we investigated the effect of protein restriction on insulin secretion and the

expression of PKA and PKC in islets from control and pregnant rats. Adult control non-

pregnant (CN) and control pregnant (CP) rats were fed a normal protein diet (17%), whereas

low protein non-pregnant (LPN) and low protein pregnant (LPP) rats received a low protein

diet (6%) for 15 days. In the presence of 2.8 and 8.3 mmol glucose/L, the insulin secretion by

CP islets was higher than by CN islets. Compared to the CN groups, the insulin secretion by

LPN islets was lower with 8.3 but not with 2.8 mmol glucose/L. The insulin secretion by LPP

islets was higher than by LPN islets at both glucose concentrations. IBMX (1 mmol/L), a

phosphodiesterase inhibitor, increased insulin secretion by islets from pregnant rats and this

effect was greater in CP islets than in LPP islets. Forskolin (0.01-100 mol/L), a stimulator of

adenylyl cyclase, increased insulin secretion only in CN and CP islets, with a higher EC50 in

CP islets compared to CN islets. The insulin secretion induced by PMA (a stimulator of PKC)

was higher in LPN and LPP islets compared to the respective controls, especially at 8.3 mmol

glucose/L. PKA, but not PKC, expression was lower in low protein islets than in the

controls, regardless of the physiological status of the rats. All endocrine cells of the islets,

including the -cells, expressed the PKA isoform. The cytoplasmic distribution of this

enzyme in -cells was not modified by pregnancy and/or protein restriction. In conclusion,

our results indicate that the response of islets from low protein rats during the pregnancy is

similar to the control rats, at least in physiologic glucose concentration. However, the lower

response to the IBMX and forskolin indicates decrease production and/or sensibility of cAMP,

associated with a decrease in PKA expression and probability, their activity.

Key Words: Low protein diet, insulin secretion, PKA, PKC, pregnancy, rats

3

1. INTRODUÇÃO

4

1. INTRODUÇÃO

1.1. O Pâncreas endócrino e o mecanismo de secreção de insulina

O pâncreas endócrino é uma glândula única, composta por quatro principais tipos de

células distribuídas por toda a porção exócrina. Essas células estão agregadas em “ilhas”

denominadas ilhotas de Langerhans. Estima-se que humanos adultos tenham

aproximadamente 2 milhões de ilhotas (2% do peso do pâncreas). São geralmente ovais e a

distribuição dos diferentes tipos de células endócrinas dentro de uma ilhota é similar na

maioria dos mamíferos (1).

Cada ilhota consiste de um aglomerado central (núcleo) de células com um manto de

células e/ou ou um manto de células e PP envolvendo-a. Em roedores cada ilhota é

composta por 2.000 a 4.000 células, das quais 70 a 80% são células β, produtoras de insulina,

5% são células δ, produtoras de somatostatina, e 15 a 20% correspondem às células α e PP,

produtoras de glucagon e polipeptídeo pancreático respectivamente, dependendo da

localização no pâncreas (2).

As ilhotas são muito bem vascularizadas: recebem 10% do suprimento sanguíneo

pancreático. Em roedores o sangue flui do centro que contém células β para as células α e δ

(via B-A-D) (3). Contudo, não está claro se a via B-A-D está presente no pâncreas humano

(1). Considerando a estrutura anatômica das ilhotas, é provável que as células β também

modulem a função de células vizinhas via interações parácrinas e autócrinas (4).

A função primária das células β das ilhotas de mamíferos é secretar quantidades

apropriadas de insulina bioativa, em resposta a nutrientes, hormônios e estímulos nervosos

para manter a homeostase glicêmica.

5

O mecanismo de secreção de insulina tem sido alvo do interesse de inúmeros

pesquisadores desde o início do século 20. O estudo desse mecanismo foi grandemente

dificultado por vários fatores, dentre os quais podemos citar: pequena massa tecidual, posição

estratégica ocupada pelas ilhotas de Langerhans no pâncreas e, ainda, à complexidade destes

microorgãos, devido à presença de células com diferentes funções (5).

A glicose é o agente estimulador mais importante da secreção de insulina, pelo menos

nos mamíferos onívoros, porém o mecanismo preciso e os fatores que estão envolvidos no

processo secretório não estão completamente entendidos (6).

Em células de mamíferos os dois primeiros passos do metabolismo da glicose são o

transporte e a fosforilação, realizados, respectivamente, por uma família de proteínas

transportadoras de glicose (GLUTs) e por enzimas que fosforilam este monossacarídeo, as

quais diferem quanto a sua distribuição tecidual e atividade catalítica (7,8). Nas células

pancreáticas os transportadores de glicose são representados pelo GLUT-2 que difere das

outras isoformas existentes nos mamíferos, por apresentar um Km alto (baixa afinidade para a

glicose) e um Vmax muito elevado (9,7).

Duas hexoquinases têm papel importante na fosforilação da glicose nas células : a

glicoquinase ou hexoquinase IV, com um Km alto (baixa afinidade para a glicose) e uma

hexoquinase com Km baixo (alta afinidade para a glicose). A enzima de alta afinidade é

fortemente inibida pela glicose-6-fosfato, o que transfere para a glicoquinase o papel

preponderante na fosforilação da glicose nas células . Esse mecanismo permite a formação

de glicose-6-fosfato apenas em concentrações fisiológicas e suprafisiológicas de glicose no

sangue. Também confere à glicoquinase a importante função de regulador do fluxo glicolítico

e, portanto, da secreção de insulina (10,11). Essa função caracteriza a glicoquinase como

“sensor” da glicose nas células (12).

6

A glicose é rapidamente transportada para dentro da célula pelo GLUT-2, fosforilada

pela glicoquinase e metabolizada na via glicolítica e no ciclo de Krebs (13,14). Na célula , o

produto do fluxo glicolítico é direcionado preferencialmente para eventos mitocondriais, o

que aumenta consideravelmente a produção de adenosina trifosfato (ATP), procedente do

metabolismo da glicose. Assim, o ATP é gerado tanto pelas reações mitocondriais quanto

pelas citosólicas. A produção de ATP citosólico é proveniente de duas reações na porção

distal na glicólise: as reações catalisadas por 3-fosfoglicerato quinase e piruvato quinase. O

ATP mitocondrial é derivado, em parte, de shuttles de hidrogênio, principalmente através das

enzimas malato aspartato (15,16) e glicerofosfato (15,17,18), as quais são muito ativas nas

células das ilhotas. A maior porção de ATP produzido, no entanto, é proveniente da

oxidação mitocondrial do piruvato derivado da glicose.

A elevação da razão adenosina trifosfato: adenosina difosfato (ATP:ADP) induz o

bloqueio de canais de K+ sensíveis a ATP (K+ATP) localizados na membrana plasmática (19).

O acúmulo relativo desse cátion provoca despolarização da membrana e conseqüente abertura

dos canais de Ca2+ voltagem-dependentes, resultando em influxo e elevação do Ca2+

citosólico (20).

O aumento do Ca2+ ativa o mecanismo secretor de insulina (exocitose dos grânulos

contendo insulina) (21). Este mecanismo é potencializado pelo próprio Ca2+, que ativa dois

complexos enzimáticos localizados na membrana plasmática: adenilato ciclase e fosfolipase C

(PLC). O primeiro gera adenosina monofosfato cíclica (AMPc), e o segundo, inositol-1,4,5-

trifosfato (IP3) e diacilglicerol (DAG) (22). Os segundos mensageiros AMPc e DAG

amplificam o sinal de Ca2+ por facilitar o influxo do íon (23,24) e IP3 por mobilizar os

estoques de Ca2+ intracelular presentes no retículo endoplasmático (25). O AMPc e o DAG

atuam sobre os canais de Ca2+ voltagem-dependentes por meio da ativação da proteína

7

quinase dependente de AMPc (PKA) e da proteína quinase dependente de Ca2+ (PKC),

respectivamente (26,27,28,29,30,31).

Não há dúvidas que as proteínas quinases exercem função importante na regulação da

secreção de insulina pelas células pancreáticas. Há consenso de que as famílias de PKA e

PKC são de vital importância para a modulação da resposta secretória por secretagogos não

nutrientes através dos receptores, mas o seu envolvimento na secreção de insulina induzida

por nutrientes é ainda motivo de controvérsias (32).

A PKA e a PKC parecem agir na maquinaria secretória das células via mecanismos

distintos. Estudos simultâneos avaliando a capacitância da membrana e a concentração de

Ca2+ intracelular revelam que a ativação da PKA aumenta a secreção de insulina em célula

de camundongos e aumenta a corrente de Ca2+, enquanto que PKC provoca aumentos

similares na secreção, sem mudanças nos eventos elétricos (33).

Parte das incertezas sobre o papel das proteínas quinases nas células podem ser

atribuídas à expressão de múltiplas isoformas dessas enzimas. O conhecimento mais

detalhado da função dessas proteínas nas células depende do desenvolvimento de novos

métodos de detecção, ativação e inibição de isoformas individuais de proteínas quinases (32).

8

1.2. Adaptações das ilhotas de Langerhans à restrição protéica

A desnutrição protéico-calórica é um grave problema de saúde pública em várias áreas

do mundo, inclusive no Brasil. Sabe-se que essa deficiência nutricional é causa de alteração

no metabolismo dos carboidratos em crianças, adultos e animais (34).

Em geral, desnutrição calórico-protéica está associada com a diminuição da tolerância

à glicose e hipoinsulinemia. Tendo em vista que a conteúdo de insulina pancreática é normal

ou ainda maior em animais mantidos com dieta hipoprotéica, a hipoinsulinemia verificada

nesta situação pode ser conseqüência da redução do volume das células e/ou da secreção de

insulina (35).

O defeito secretório em resposta à glicose observado em ilhotas de ratos desnutridos

pode resultar de: 1) o não reconhecimento da glicose como estímulo, devido a uma expressão

reduzida do seu transportador e/ou diminuição da fosforilação da glicose pela glicoquinase

(36); 2) alteração da oxidação mitocondrial da glicose, devido a redução da atividade da

glicerofosfato desidrogenase mitocondrial na célula β, possivelmente associada a outras

anormalidades enzimáticas (37); 3) diminuição da capacidade da glicose em aumentar a

captação e/ou reduzir efluxo do Ca2+ na célula β (35,38) e 4) alteração nas vias do AMPc e

PLC e 5) quantidades reduzidas de PKCα e PKAα. (39,40).

Entretanto, os estudos já descritos sobre as causas e mecanismos de lesão da célula β

em indivíduos desnutridos, assim como das causas que levam à ruptura da homeostase da

glicose, são ainda inconsistentes. Portanto, há ainda muito a ser pesquisado até que possamos

obter um completo entendimento dessas causas e mecanismos.

9

1.3. Adaptações das ilhotas de Langerhans à gravidez

Vários estudos têm caracterizado a gravidez como uma condição de redução da

sensibilidade periférica à insulina (41). Essa condição associada à hiperfagia (42), contribui

para o aumento da demanda de insulina na gravidez. Para garantir o suprimento adequado

desse hormônio, as ilhotas pancreáticas exibem, no curso da gravidez, aumento gradual da

secreção de insulina quando estimulada com glicose (43).

Para acompanhar as mudanças no metabolismo materno e o aumento na demanda por

insulina que ocorre neste período, as ilhotas de Langernhans passam por mudanças estruturais

e funcionais.

As adaptações estruturais que ocorrem nas ilhotas de Langerhans durante a gravidez

foram sugeridas no início da década de 1930, quando se observou que, nessa situação, ocorria

um aumento do volume total das ilhotas pancreáticas (44). Desde então, numerosos métodos

quantitativos têm sido usados para examinar as modificações estruturais das ilhotas durante a

gravidez.

É consenso que há um aumento da massa total das ilhotas pancreáticas, resultante da

hiperplasia e hipertrofia e da redução da apoptose, principalmente das células β (45). Em

roedores, o aumento da proliferação das células β é primeiramente observado ao redor do

décimo dia de gravidez, com picos por volta do décimo quarto dia e retorno aos valores

encontrados na fase pré-gestacional aos vinte e um dias (46,47). Outras mudanças estruturais

verificadas nessa fase incluem: aumento das “gap junction” entre as células (48), aumento

do número de receptores de prolactina (49,50), aumento do conteúdo de proteína (51) e de

insulina nas ilhotas (52). Contudo, essas alterações estruturais não são suficientes para

explicar o aumento das concentrações séricas de insulina verificadas na gravidez.

10

Evidências sobre as mudanças funcionais nas ilhotas em resposta à gravidez foram

obtidas na década de 1960, após o desenvolvimento da técnica de radioimunoensaio sensível à

insulina. Verificou-se inicialmente que, no curso da gravidez, ocorre um aumento progressivo

na secreção de insulina tanto no estado basal, quanto no estimulado por glicose (53,54,55).

Green & Taylor (1972) (56), foram os primeiros a notarem um deslocamento para a

esquerda da curva dose resposta glicose-insulina em ilhotas isoladas aos dezenove dias de

gravidez, indicando o aumento da sensibilidade das ilhotas à glicose.

Parsons et al. (1992) (45), aplicando uma técnica de perfusão de pâncreas isolado com

concentrações de glicose variando entre 2,8 mM e 12,0 mM, verificaram alteração do limiar

de estimulação da secreção de insulina pela glicose e da quantidade de insulina liberada na

presença de concentrações elevadas dessa hexose. O limiar atingiu o nadir de 3,25 mM de

glicose entre o décimo segundo e décimo quinto dias, e voltou a aumentar para 4,7 mM de

glicose no vigésimo dia de gravidez. A liberação total de insulina aumentou 4,0 vezes no

décimo quinto dia e declinou para 1,4 vez no vigésimo dia de gravidez.

As alterações da secreção de insulina em resposta à gravidez têm sido atribuídas ao

aumento do metabolismo da glicose nas ilhotas pancreáticas (57). Embora importantes, as

alterações no metabolismo da glicose são insuficientes para explicar completamente o

aumento da sensibilidade das ilhotas à glicose. Os aumentos do metabolismo do AMPc e da

PLC têm sido considerados mecanismos envolvidos na queda do limiar de glicose para a

estimulação da secreção de insulina e no aumento da liberação desse hormônio. Esta hipótese

encontra reforço nas observações que em ilhotas de ratas grávidas a elevação da secreção de

insulina em resposta à glicose, está associada ao aumento da atividade da adenilato ciclase, e

conseqüente elevação da concentração do AMPc (57), e do metabolismo da PLC (58). A

perfusão de pâncreas com solução de glicose acrescida de forskolin e glucagon, agentes

11

conhecidos por elevarem o conteúdo de AMPc na célula , também aumenta a secreção de

insulina (58).

Estudos têm mostrado que as alterações da estrutura e função do pâncreas endócrino

durante a gravidez são controladas por muitos fatores, incluindo uma variedade de sinais

neurais, químicos e hormonais nas ilhotas. Dentre os hormônios envolvidos neste processo

estão a prolactina, o lactogênio placentário e o hormônio de crescimento (59,60). Ilhotas

tratadas com prolactina sofrem as mesmas alterações desencadeadas pela gravidez (46).

A prolactina exerce esses efeitos biológicos através da interação com um membro da

família de tirosina quinase JAK (Janus quinase). Uma vez ativada, a JAK fosforila STAT

(membro da família de fatores de transcrição) que migra para o núcleo e ativa a transcrição de

diversos genes, incluindo o da insulina, do GLUT2, do receptor da prolactina (49,61) e

daqueles envolvidos com a transcrição, tradução e regulação do ciclo celular além de diminuir

a expressão de genes relacionados à apoptose (62).

Considerando que o aumento da sensibilidade das ilhotas à glicose durante a gravidez

se deve também às vias AMPc/PKA e PLC/PKC e tendo em vista que a expressão e atividade

dessas quinases estão alteradas na desnutrição, este estudo teve o objetivo de avaliar o efeito

da restrição protéica durante a gravidez sobre essas vias.

12

2. JUSTIFICATIVA

As adaptações no mecanismo de secreção de insulina verificadas na gravidez têm sido

bastante estudadas nos últimos anos. Uma das razões para esse interesse vem do fato de que a

incapacidade das ilhotas maternas em responderem ao aumento da demanda de insulina na

gravidez pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes gestacional, uma condição que

se constitui numa ameaça para o bem estar da mãe e do feto.

Na gravidez normal, a concentração de glicose no estado basal encontra-se diminuída.

O aumento de sensibilidade das células à glicose e a conseqüente diminuição do limiar de

estimulação de secreção de insulina por essa hexose são os dois processos adaptativos

verificados na gravidez que permitem o aumento da secreção de insulina em baixa

concentração de glicose. Estes processos adaptativos parecem resultar de alterações nas vias

PLC/PKC e AMPc/PKA.

Modelos animais de restrição protéica apresentam redução da sensibilidade das ilhotas

de Langerhans à glicose e da expressão da PKC e PKA (35,38,39,40).

13

3. OBJETIVOS

14

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Avaliar os efeitos da restrição protéica durante a prenhez sobre vias envolvidas na

determinação do limiar de estimulação da secreção de insulina por glicose em ilhotas

pancreáticas.

3.2. Objetivos Específicos

Determinar a secreção de insulina em resposta à glicose e a moduladores da vias

PLC/PKC (PMA) e AMPc/PKA (forskolin e IBMX) em ilhotas de ratas prenhes

submetidas à restrição protéica.

Determinar a expressão das enzimas PKC e PKA em ilhotas de ratas prenhes

submetidas à restrição protéica.

15

4. REFERÊNCIAS 1. Kulkarni, R. N. (2004) Cells in focus: The islet -cell. IJBCB, 36:365-371.

2. Orci, L. (1985) The insulin factory: a tour of the plant surroundings and a visit to the

assembly line. Diabetologia, v. 28, p. 528-546.

3. Bonner-Weir, S. & Smith, F. E. (1994) Islets of Langerhans: morphology and its

implications. In C. R. Kahn & G. C. Weir (Eds.), Joslin’s Diabetes Mellitus, p. 15-28.

4. Ishihara, H.; Maechler, P.; Gjinovci, A.; Herrera, P. L.; Wollheim, C. B. (2003) Islet beta-

cell secretion determines glucagon release from neighbouring alpha-cells. Nature Cell

Biology, 5, 330-335.

5. Boschero, A. C. (1996) Acoplamento da estimulação-secreção de insulina pelas células

pancreáticas. Arq Bras Endocrinol Metab, v. 40, p. 149-155.

6. Rutter, G. A. (2001) Nutrient-secretion coupling in the pancreatic islet beta-cell: Recent

advances. Molecular Aspects of Medicine, 22, 247-284.

7. Meglasson, M. D.; Matschinsky, F. M. (1986) Pancreatic islet glucose metabolism and

regulation of insulin secretion. Diabetes Metab Rev, v. 2, p. 163-214.

8. Bell G. I.; Kayano T.; Buse J. B. (1990) Molecular biology of mammalian glucose

transporters. Diabetes Care, v. 13, p. 198-208.

16

9. Hellman, B.; Lernmark. A.; Sehlin, J.; Taljedal, I. B. (1972) Effects of phlorizin on

metabolism and function of pancreatic -cells. Metabolism, v. 21 p. 60-66.

10. Lenzen, S.; Panten, U. (1988) Signal recognition by pancreatic -cells. Biochem.

Pharmacol, v. 37, p. 371-378.

11. Malaisse, W. J.; Malaisse-Lagae, F.; Rasschaert, J.; Zahner, D.; Sener, A.; Davies, D. R.;

Van Schaftingen, E. (1990) The fuel concept for insulin release: regulation of glucose

phosphorylation in pancreatic islets. Biochem Soc Trans, v. 18(1):107-8.

12. Lenzen, S. (1992) Glucokinase: signal recognition for glucose-induced insulin secretion.

In: FLATT, P.R. (Ed.). Nutrient regulation of insulin secretion. London: Portland Press, p.

101-124.

13. Meglasson, M. D.; Matschinsky, F. M. (1984) New perspectives on pancreatic islet

glucokinase. Am. J. Physiol., v. 246, p. E1-E13.

14. Thorens, B.; Sarkar, H. K.; Lodish, H. F. (1988) Cloning and functional expression in

bacteria of a novel glucose transporter present in liver, intestine, kidney, and b-pancreatic islet

cells. Cell., v. 55, p. 281-290.

15. Macdonald, M. J. (1981) High content of mitochondrial glycerol-3-phosphate

dehydrogenase in pancreatic islets and its inhibition by diazoxide. J. Biol. Chem., v. 256, p.

8287-8290.

17

16. Malaisse, W. J.; Malaisse-Lagae, F.; Sener, A. (1982) The stimulus-secretion coupling of

glucose-induced insulin release: Effect of aminooxyacetate upon nutrient-stimulated insulin

secretion. Endocrinology, v. 111, p. 392-397.

17. Giroix, M. H.; Baetens, D.; Rasschaert, J.; Leclercq-Meyer, V.; Sener, A.; Portha, B.;

Malaisse, W. J. (1992) Enzymic and metabolic anomalies in islets of diabetic rats:

relationship to cell mass. Endocrinology, v. 130, p. 2634-2640.

18. Sener, A.; Malaisse, W. J. (1992) Hexose metabolism in pancreatic islets Ca2+-dependent

activation of the glycerol phosphate shuttle by nutrient secretagogues. J. Biol. Chem., v. 267,

p. 13251-13256.

19. Cook, D. L.; Hales, C.N. (1984) Intracellular ATP directly blocks K+ channels in

pancreatic -cells. Nature, v. 311, p. 271-273.

20. Valdeolmillos, M.; Nadal, A.; Contreras, D.; Soria, B. (1992) The relationship between

glucose-induced K+ATP channel closure and the rise in [Ca2+], in single mouse pancreatic -

cells. J. Physiol., v. 455, p. 173-186.

21. Somers, G.; Blondel, B.; Orci, L.; Malaisse, W. J. (1979) Motile events in pancreatic

endocrine cells. Endocrinology, v. 104, p. 255-264.

22. Best, L.; Malaisse, W.J. (1984) Nutrient and hormone-neurotransmitter stimuli induce

hydrolysis of polyphosphoinositides in rat pancreatic islets. Endocrinology, v. 115, p. 1814-

1820.

18

23. Henquin, J. C.; Meissner, H. P. (1984) The ionic, electrical, and secretory effects of

endogenous cyclic adenosine monophosphate in mouse pancreatic -celss: Studies with

forskolin. Endocrinology, v. 115, p. 1125-1134.

24. Rajan, A. S.; Hill, R. S.; Boyd III, A. E. (1989) Effect of rise in cAMP levels on Ca2+

influx through voltage-dependent Ca2+ channels in HIT cells. Diabetes, v. 38, p. 874-880.

25. Prentki, M.; Biden, T. J.; Janjic, D.; Irvine, R. F.; Berridge, M. J.; Wollheim, C. B. (1984)

Rapid mobilization of Ca2+ from rat insulinoma microsomes by inositol-1,4,5-triphosphate.

Nature, v. 309, p. 562-564.

26. Laychock, S.G. (1983) Identification and metabolism of polyphosphoinositides in isolated

islets of Langerhans. Biochem. J., v. 216, p. 101-106.

27. Biden, T. J.; Peter-Riesch, B.; Schlegel, W.; Wollheim, C. B.(1987) Ca2+ mediated

generation of inositol 1,4,5-triphosphate and inositol 1,3,4,5-tetrakiphosphate in pancreatic

islets. J. Biol. Chem., v. 262, p. 3567-3571.

28. Prentki, M.; Matschinsky, F. M. (1987) Ca2+, cAMP and phospholipid-derived

messengers in coupling mechanisms of insulin secretion. Physiol. Rev., v. 67, p. 1185-1248.

29. Ganesan, S.; Calle, R.; Zawalich, K., Smallwood, J. I.; Zawalich, W. S.; Rasmussen, H.

(1990) Glucose-induced translocation of protein kinase-C in rat pancreatic islets. Proc. Natl.

Acad. Sci., v. 87, p. 9893-9897.

19

30. Gao, Z. Y.; Gilon, P.; Henquin, J. C. (1994) The role of protein kinase-C in signal

transduction through vasopressin and acetylcholine receptors in pancreatic B-cells from

normal mouse. Endocrinology, v. 135, p. 191-199.

31. Kelley, G.G.; Zawalich, K.C.; Zawalich, W.S. (1994) Calcium and a mitochondrial signal

interact to stimulate phosphoinositide hydrolysis and insulin secretion in rat islets.

Endocrinology, v. 134, p. 1648-1654.

32. Jones, P. M.; Persaud, S. J. (1998) Protein Kinases, Protein Phosphorylation, and the

Regulation of Insulin Secretion from Pancreatic β-Cells. Endocrine Reviews 19(4): 429-461,

1998.

33. Yu, W.; Niwa, T.; Fukasawa, T.; Hiroyoshi, H.; Senda, T.; Sasaki, Y.; Niki, I. (2000)

Synergism of Protein Kinase A, Protein Kinase C, and Myosin Light-Chain Kinase in the

Secretory Cascade of the Pancreatic β-Cell. Diabetes, vol. 49:945-952, 2000.

34. Velloso, L. A.; Carneiro, E. M.; Reis, M. A. B.; Latorraca, M. Q.; Mello, M. A. R.;

Boschero, A. C. (1998) Revisão: Deficiência Nutricional e Diabetes Mellitus. Arq Bras

Endocrinol Metab., vol 42/1:22-8.

35. Carneiro, E. M.; Mello, M. A. R.; Gobatto, C. A.; Boschero, A. C. (1995) Low protein

diet impairs glucose-induced insulin secretion from and 45Ca uptake by pancreatic rat islets.

J. Nutr. Biochem., v. 6, p. 314-318.

20

36. Dixit, P. K.; Kaung, H. L. C. (1985) Rat pancreatic -cells in protein deficiency: A study

involving morphometric analysis and alloxan effect. J. Nutr., v. 115, p. 375-381.

37. Rasschaert, J.; Reusens, B.; Dahri, S.; Sener, A., Remacle, C.; Hoet, J. J.; Malaisse, W. J.

(1995) Impaired activity of rat pancreatic islets mitochondrial glycerophosphate

dehydrogenase in protein malnutrition. Endocrinology, v. 136, p. 2631-2634.

38. Latorraca, M. Q.; Mello, E. M.; Boschero, A. C. (1999) Reduced insulin secretion in

response to nutrients in islets from malnourished young rats is associated with a diminished

calcium uptake. J. Nutr. Biochem., v. 10, p. 37-43.

39. Ferreira, F.; Filiputti, E.; Arantes, V. C.; Stoppiglia, L. F.; Araújo, E. P.; Delghingaro-

Augusto, V.; Latorraca, M. Q.; Toyama, M. H.; Boschero, A. C.; Carneiro, E. M. (2003)

Decreased cholinergic stimulation of insulin secretion by islets from rats fed a low protein

diet is associated with reduced protein kinase C expression. J. Nutr. 133: 695-699.

40. Ferreira, F.; Barbosa, H. C. L.; Stoppiglia, L. F.; Delghingaro-Augusto, V.; Pereira, E. A.;

Boschero, A. C.; Carneiro, E. M. (2004) Decreased insulin secretion in islets from rats fed a

low protein diet is associated with a reduced PKA expression. J. Nutr. 134: 63-67.

41. Leturque, A.; Ferre, P.; Satabin, P.; Kervran, A.; Girard, J. (1980) In vivo insulin

resistance during pregnancy in the rat. Diabetologia, v. 19, p. 521-528.

21

42. Nieuwenhuizen, A. G.; Schuiling, G. A.; Seijsener, A. F.; Moes, H.; Koiter, T. R. (1999)

Effects of food restriction on glucose tolerance, insulin secretion, and islet-cell proliferation in

pregnant rats. Physiol. Behav., v. 65, p. 671-677.

43. Costrini, N.V.; Kalkhoff, R. K. (1971) Relative effects of pregnancy, estradiol, and

progesterone on plasma insulin and pancreatic islet content. J. Clin. Inv., v. 50, p. 992-999.

44. Hellman, B. (1960) The islets of Langerhans in the rat during pregnancy and lactation,

with special reference to the changes in the B/A cell ratio. Acta Obst. Gynec. Scand., v. 39, p.

331-342.

45. Parsons, J. A.; Brelje, T. C.; Sorenson, R. L. (1992) Adaptation of islets of Langerhans to

pregnancy: Increased islet cell proliferation and insulin secretion correlates with the onset of

placental lactogen secretion. Endocrinology, v. 130, p. 1459-1466.

46. Sorenson, R. L.; Brelje, T. C. (1997) Adaptation of islets of Langerhans to pregnancy: -

cell growth, enhanced insulin secretion and the role of lactogenic hormones. Horm. Metab.

Res., v. 29, p. 301-307.

47. Kawai, M.; Kishi, K. (1999) Adaptation of pancreatic islet -cells during the last third of

pregnancy: regulation of -cell function and proliferation by lactogenic hormones in

rats. Eur. J. Endocrinol., v. 141, p. 419-425.

48. Sheridan, J. D., Anaya, P., Parsons, J. A., Sorenson, R. L. (1988) Increased dye coupling

in pancreatic islets from rats in late-term pregnancy. Diabetes, 37: 908-911.

22

49. Moldrup, A.; Peterson, E. D.; Nielsen, J. H. (1993) Effects of sex and pregnancy

hormones on growth hormone and prolactin receptor gene expression in isulin-producing

cells. Endocrinology, 133, 1165-1172.

50. Sorenson, R. L.; Stout, L. E. (1995) Prolactin receptors and JAK2 in islets of Langerhans:

An immunohistochemical analysis. Endocrinology, 136: 4092-4098.

51. Weinhaus, A. J.; Stout, L. E.; Sorenson, R. L. (1996) Glucokinase, hexokinase, glucose

transporter 2 and glucose metabolism in islets during pregnancy and prolactin-treated islets in

vitro: Mechanisms for long term up-regulation of islets. Endocrinology, v. 137, p. 1640-1649.

52. Markoff, E.; Beattie, G. M.; Hayek, A.; Lewis, U. J. (1990) Effects of prolactin and

glycosylated prolactin on (pro)insulin synthesis and insulin release from cultured rat

pancreatic islets. Pancreas, v. 5, p. 99-103.

53. Spellacy, W. N.; Goetz, F. C. (1962) Plasma insulin in normal late pregnancy. . N. Engl. J.

Med., v. 268, p. 988-901.

54. Spellacy, W. N.; Goetz, F. C.; Greenberg, B. Z.; Ells, J. (1965a) Plasma insulin in normal

“early” pregnancy. Obst. Gynec., v. 25, p. 862-865.

55. Spellacy, W. N.; Goetz, F. C.; Greenberg, B. Z.; Ells, J. (1965b) Plasma insulin in normal

midpregnancy. Am. J. Obst. Gynec., v. 92, p. 11-15.

23

56. Green, I.C.; Taylor, K. W. (1972) Effects of pregnancy in the rat on the size and insulin

secretory response of the islets of Langerhans. J. Endocr., v. 54, p. 317-325.

57. Green, I.C.; Perrin, D.; Howell, S.L. (1978) Insulin release in isolated islets of langerhans

of pregnant rats: Relationship between glucose metabolism and cyclic AMP. Horm. Metab.

Res., v. 10, p. 32-35.

58. Brelje, T.C.; Sorenson, R. L. (1988) Nutrient and hormonal regulation of threshold of

glucose-stimulated insulin secretion in isolated rat pancreases. Endocrinology, v. 123, p.1582-

1590.

59. Brelje, T. C., Scharp, D. W., Lacy, P. E., Ogren, L., Talamantes, F., Robertson, M.,

Friesen, H. G., Sorenson, R. L. (1993) Effect of homologous placental lactogens, prolactins,

and growth hormones on islet -cell division and insulin secretion in rat, mouse, and human

islets: implication for placental lactogen regulation of islet function during pregnancy.

Endocrinology, 32, 879-887.

60. Nielsen, J. H.; Svensson, C.;Galsgaard, E. D.; Moldrup, A.; Billestrup, N. (1999) Beta cell

proliferation and growth factors. J. Mol. Med. 77, 62-66.

61. Patryk, A.; Fleenor, D.; Driscoll, P.; Freemark, M. (2000) Prolactin induction of insulin

gene expression: the roles of glucose and glucose transporter-2. J. Endocrinol. 164, 277-286.

62. Bordin, S.; Amaral, M. E. C.; Anhê, G. F.; Delghingaro-Augusto, V.; Cunha, D. A.;

Nicoletti-Carvalho, J. E.; Boschero, A. C. (2004) Prolactin-modulated gene expression

24

profiles in pancreatic islets from adult female rats. Molecular and Cellular Endocrinology,

220: 41-50.

25

Os resultados desta dissertação são apresentados a seguir, no formato de artigo

científico, com o título “Insulin secretion and expression of PKA and PKC in

islets from pregnant rats fed a low protein diet”, já aceito para publicação no

The Journal of Nutrition em 12/02/2005.

26

5. TRADUÇÃO DO ARTIGO

27

SECREÇÃO DE INSULINA E EXPRESSÃO DE PKA E PKC EM ILHOTAS DE

RATAS PRENHES SUBMETIDAS À RESTRIÇÃO PROTÉICA.

Marciane Milanski1, Vanessa Cristina Arantes2, Fabiano Ferreira3, Marise Auxiliadora de

Barros Reis2, Everardo Magalhães Carneiro4, Antonio Carlos Boschero4, Carla Beatriz

Collares-Buzato5 Márcia Queiroz Latorraca2*

1Secretaria de Estado da Saúde, Mato Grosso, MT, Brasil; 2Departamento de Alimentos e

Nutrição, Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá,

MT, Brasil; 3Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil, 4Departamento de Fisiologia e Biofísica e

5Departamento de Histologia e Embriologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil.

* Correspondências podem ser enviadas para: Departamento de Alimentos e Nutrição,

Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), 78060-900, Cuiabá,

MT, Brasil. Telefone: xx55 65-615 8816; Fax: xx55-65-615 8811; E-mail:

[email protected]

Running title: Vias da PKA e PKC em ratas prenhes mal nutridas.

Este trabalho foi apresentado por Marciane Milanski como parte dos requerimentos do

Mestrado em Ciências da Saúde da Faculdade de Ciências Médicas, UFMT.

28

INTRODUÇÃO

Desnutrição e gravidez estão associadas com mudanças funcionais nas ilhotas

pancreáticas. A dieta hipoprotéica diminui a secreção de insulina em resposta à glicose (1-3)

como conseqüência a diversas alterações, incluindo: um menor tamanho e/ou volume das

células (4), o reconhecimento inapropriado da glicose como um estimulador, devido à

menor expressão do glicoreceptor e/ou menor metabolismo da glicose (5), redução da

oxidação de substrato mitocondrial causada pela redução da atividade da glicerofosfato

desidrogenase nas células , possivelmente associada com outras anormalidades enzimáticas

(6), capacidade reduzida da glicose em aumentar a captação de Ca2+ e/ou de reduzir o efluxo

de Ca2+ das células- (1,7), alteração nas vias da PLC e AMPc, e quantidade diminuída de

PKC e PKA (2,3).

Em contraste, as adaptações das ilhotas à gravidez envolvem aumento da secreção de

insulina estimulada por glicose com a redução de seu limiar de estimulação (8). Estas

mudanças adaptativas são controladas pelos hormônios lactogênicos (lactogênio placentário

e/ou prolactina) que aumentam a proliferação das células e o volume da ilhota (9), síntese

de insulina (10), a junção gap-junctional entre as células (11), e o metabolismo da glicose,

devido a maior expressão do GLUT2 (12) e atividade da glicoquinase (13) e aumento do

metabolismo do AMPc e PLC (14,15).

O sistema AMPc/PKA aumenta a secreção de insulina por estimular a fosforilação de

proteínas nos canais iônicos na membrana plasmática das células (16,17). Esta fosforilação

resulta numa despolarização mais rápida da membrana e no aumento do influxo de Ca2+

através de canais voltagem-dependentes, que eleva a concentração de Ca2+ intracelular e

aumenta a exocitose. O AMPc também aumenta a secreção de insulina por regular os passos

mais distais da maquinaria secretória (18). O aumento da atividade da adenilato ciclase e PKA

29

foi observado em ilhotas de ratas prenhes (19,14,20) com uma concomitante redução no

limiar de estimulação pela glicose nas células (8).

A ativação da PKC contribui para a secreção de insulina estimulada por glicose

(21,22). PKC é a isoenzima mais comum da família da PKC em células das ilhotas

pancreáticas (23,24), e é ativada quando as ilhotas são estimuladas por secretagogos não-

nutrientes (25). A ativação da PKC contribui para a secreção de insulina estimulada por

glicose, embora isso ainda seja controverso (26).

Neste estudo, nós investigamos o efeito da restrição protéica na secreção de insulina

em resposta à glicose, IBMX, forskolin e PMA, assim como a expressão PKA e PKC, em

ilhotas pancreáticas de ratas durante a prenhez.

MATERIAIS E MÉTODOS

Animais e dieta: Todos os experimentos com os animais foram aprovados pelo Comitê de

Ética de Animal de Experimentação da Unicamp (CEEA/IB-UNICAMP). Fêmeas virgens de

ratas Wistar (90 dias), foram obtidas do biotério central da Unicamp. O acasalamento foi feito

colocando machos com fêmeas durante a noite, e a prenhez foi confirmada através do

esfregaço vaginal e verificação da presença de espermatozóides. As fêmeas prenhes foram

separadas aleatoriamente e mantidas do primeiro até o 15ª dia de prenhez com dieta

isocalórica contendo 6% de proteína (dieta hipoprotéica) ou 17% de proteína (dieta controle).

Quatro grupos de ratas foram usados neste estudo: grupo controle não prenhe (CN) e controle

prenhe (CP), alimentados com dieta controle, e grupo hipoprotéico não prenhe (HN) e

hipoprotéico prenhe (HP), alimentados com dieta hipoprotéica. Durante o período

experimental, as ratas tiveram livre acesso à comida e água e foram mantidas em ciclo de 12 h

claro/escuro a 22ºC. No final do período experimental as ratas alimentadas foram pesadas e

30

sacrificadas por decapitação. As amostras de sangue foram coletadas e o soro foi estocado a

temperatura de -20ºC para a subseqüente quantificação de insulina. A glicemia (27),

albuminemia (28) e proteínas totais sérica (29) foram determinadas imediatamente após a

decapitação.

Isolamento de ilhotas e secreção de insulina: O pâncreas foi removido e digerido com

colagenase como descrito anteriormente (30). Na primeira série de experimentos, grupos de

cinco ilhotas foram incubados por 90 min a 37ºC em tampão de Krebs-bicarbonato contendo

glicose (2,8 e 8,3 mmol/L) equilibrado com uma mistura de 95% O2 - 5% CO2 para dar um pH

de 7,4. O meio de incubação continha (mmol/L): NaCl 115, KCl 5, CaCl2 2,56, MgCl2 1,

NaHCO3 24 e albumina bovina (3 g/L). Na segunda série de experimentos, a secreção de

insulina foi medida em resposta a: 1) glicose (2,8 mmol/L) na ausência e presença de

Isobutilmetilxantina (IBMX) (1 mmol/L), 2) glicose (2,8 mmol/L) associada com crescentes

concentrações de forskolin (0,01-100 mol/L), e 3) glicose (2,8 ou 8,3 mmol/L) na ausência

ou presença de forbol 12-miristato 13-acetato (PMA) (0,1 mol/L). A insulina liberada foi

determinada por radioimunoensaio usando insulina de rato como padrão. A concentração de

forskolin que produziu 50% da resposta máxima (EC50) foi expressa como média do logaritmo

negativo (pD2).

Imunohistoquímica: O pâncreas de todos os grupos experimentais foi dissecado, fixado em

formaldeído 10% (v/v, em 100 mmol/L tampão fosfato) por pelo menos 12 h e incluído em

parafina. Pares de secções seriadas (5 m) de tecido incluído em parafina foram colocadas em

lâminas de vidro previamente silanizadas, desengorduradas e hidratadas com TBS (50

mmol/L) e incubadas por 30 min com solução de peróxido de hidrogênio não diluído (Sigma,

St. Louis, MO) para bloquear peroxidase endógena. Após 1 h de incubação com TBS

31

contendo 5% de leite em pó desnatado e Tween 20 a 0,1%, cada par das secções foi incubado

por uma noite com anticorpo primário para PKA (Santa Cruz, CA) ou insulina (Dako,

Carpinteria, CA) (diluído 1:50 em TBS contendo 3% leite em pó desnatado). A distribuição

tecidual de PKA foi detectada usando biotina avidina peroxidase de coelho (ImmunoCruz

Staining System-Santa Cruz). Para a imunoreação da insulina, as secções foram incubadas por

90 min com anticorpo (IgG cobaia) conjugado com peroxidase (diluído 1:1500 em TBS

contendo 1% leite em pó desnatado) e desenvolvido com 3,3´diaminobenzidina (DAB)

(Sigma). Todas as secções foram contrastadas com hematoxilina de Ehrlich e fotografadas

usando câmera digital (CoolSNAP-Pro, Media Cybernetics) acoplada ao microscópio Nikon

Eclipse E800. Os controles negativos para a imunoreação foram obtidos pela omissão do

anticorpo primário.

Western blotting: Após o isolamento, grupos de ilhotas foram centrifugadas (15,000 g para a

formação de pellets) e ressuspensas em 50-100 L de tampão de homogeneização contendo

inibidor de protease (31,32). As ilhotas foram sonicadas e foi determinada a quantidade total

de proteínas (33). Amostras contendo 70 g de proteína foram incubadas por 5 min a 80ºC

com tampão Laemmli 4X concentrado (1 mmol/L de fosfato de sódio, pH 7,8, 0,1% azul de

bromofenol, 50% glicerol, 10% SDS, 2% mercaptoetanol) (4:1, v/v) e a corrida realizada em

géis de poliacrilamida (8%) a 120 V por 30 min. A eletrotransferência das proteínas para

membranas de nitrocelulose (Bio-Rad) foi feita por 1 h a 120 V em tampão contendo metanol

e SDS. Depois de checada a eficiência da transferência pela coloração da membrana com

Ponceau, as mesmas foram bloqueadas com leite desnatado 5% em TTBS (10 mmol de

Tris/L, 150 mmol de NaCl/L, 0,5% Tween 20) por uma noite a 4ºC. PKC e PKA foram

detectadas nas membranas após 2 h de incubação em temperatura ambiente com anticorpo

específico (anti-PKA: IgG policlonal de coelho; anti-PKC: IgG monoclonal de

32

camundongo; Santa Cruz); diluído 1:500 em TTBS contendo 3% leite em pó desnatado. A

detecção foi feita por quimiluminescência (SuperSignal West Pico, Pierce) após incubação

com anticorpo secundário (horseradish peroxidase-conjugated)

Análise Estatística: Os resultados foram expressos como média EPM para o número de

ratos (n) indicado. Para ilhotas, o n se refere ao número de experimentos feitos. Inicialmente

foi aplicado o teste de Bartlett para verificar a homogeneidade das variâncias. Para corrigir a

heterogeneidade das variâncias ou normalidade (34), os valores da insulina sérica e da

secreção de insulina em resposta à glicose foram transformados em logaritmo, e a EC50 foi

transformada em logaritmo neperiano. Os parâmetros séricos, peso corporal, secreção de

insulina em resposta à glicose (2,8 e 8,3 mmol/L), EC50 e expressão da PKC e PKA foram

analisados por ANOVA a dois fatores (estado nutricional e estado fisiológico). A secreção de

insulina estimulada pela glicose (2,8 mmol/L), mais IBMX e glicose (2,8 ou 8,3 mmol/L),

mais PMA, foi avaliada pela análise de variância a três fatores (estado nutricional, estado

fisiológico e ausência ou presença de IBMX ou PMA). Quando necessário, estas análises

foram complementadas pelo teste de Tukey-HSD para determinar a significância das

diferenças individuais. O nível de significância foi estabelecido em P< 0,05. Os dados foram

analisados usando o programa Statistic Software (Statsoft, Tulsa, OK).

RESULTADOS

1- Características dos ratos: Independentemente do estado nutricional, ratas prenhes tiveram

peso corporal maior e concentração de glicose sérica menor do que as ratas não prenhes. Ao

final do período experimental, os níveis séricos de proteínas totais, albumina e insulina não

diferiram entre os grupos (Tabela 1).

33

TABELA 1 - Peso final e concentrações séricas de proteínas totais, albumina, insulina e

glicose de ratas dos grupos controle e hipoprotéico, prenhes e não prenhes1

Grupos

Controle Hipoprotéico

Variáveis

Não- prenhe Prenhe Não- prenhe Prenhe

Peso corporal, g 258 8

(12)

290 7*

(13)

263 6

(11)

298 8*

(11)

Proteínas totais, g/L 58 2

(8)

51 7

(8)

57 8

(8)

62 3

(7)

Albumina, g/L 32 0,5

(12)

32 0,4

(13)

32 0,8

(11)

33 1,0

(11)

Insulina, nmol/L 0,15 0,02

(12)

0,16 0,03

(13)

0,13 0,01

(11)

0,15 0,02

(11)

Glicose, mmol/L 9,9 0,6

(12)

7,5 0,9*

(12)

8,7 0,8

(10)

7,0 0,3*

(11)

1 Valores expressos em média EPM do número de ratos entre parênteses. * Diferença entre as não-prenhes, P < 0,05

2- Secreção de insulina: A secreção de insulina em baixa concentração de glicose (2,8

mmol/L) foi significativamente maior em ilhotas das ratas dos grupos CP e HP quando

comparadas aos seus respectivos grupos controle CN e HN (Figura 1A). Com uma maior

concentração de glicose (8,3 mmol/L), a secreção de insulina pelas ilhotas do HN foi menor

do que nas ilhotas do CN (P< 0,05). No entanto, a prenhez aumentou a resposta secretória em

ambos os grupos nutricionais. Portanto, ilhotas do HP e CP tiveram secreção de insulina

similar (Figura 1B).

34

Em concentração de glicose não estimulatória (2,8 mml/L), o IBMX (Figura 2) não

alterou a secreção de insulina pelas ilhotas do CN, mas a liberação de insulina foi

significativamente aumentada pelas ilhotas do HN (P< 0,05). Em ilhotas de ratas prenhes, a

potenciação de secreção de insulina pelo IBMX foi menor no grupo HP do que no grupo CP

(Figura 2).

Em todas as concentrações de forskolin (0,01-100 mol/L), a secreção de insulina

pelas ilhotas dos grupos hipoprotéicos foi menor do que nos grupos controles, independente

do estado fisiológico (dados não mostrados). Em ilhotas de ratas dos grupos HN e HP, o

aumento da secreção de insulina, ainda que em altas concentrações de forskolin, foi apenas

marginal. Em ilhotas de ratas CN, um aumento significativo da secreção de insulina foi visto

apenas em altas concentrações de forskolin (1-100 mol/L) enquanto que em ilhotas do grupo

CP, forskolin aumentou a secreção de insulina apenas em 0,1 mol/L. A concentração de

forskolin que estimulou metade da resposta máxima (EC50) foi significativamente afetada pelo

estado nutricional (F (1,12)= 71,96, p= 0,000) e estado fisiológico (F(1,12)= 465,35, p= 0,000),

assim como pela interação entre ambos os estados (F(1,12)= 25,54, p= 0,000). Então, a prenhez

reduziu os valores da EC50 nos grupos controle e hipoprotéico. Contudo, a EC50 para o grupo

HP foi maior do que para o grupo CP (HP= 0,026 0,004 mol/L, n= 4; HN= 0,461 0,210

mol/L, n= 4; CP= 0,002 0,001 mol/L, n= 4; CN= 0,240 0,022 mol/L, n= 4).

A Figura 3A e B mostra que, em 2,8 e 8,3 mmol/L de glicose, PMA aumentou a

secreção de insulina mais acentuadamente em ilhotas do grupo HP comparada com as ilhotas

do CP. Em 2,8 mmol/L de glicose (Figura 3A), a secreção de insulina induzida pelo PMA foi

4,3 vezes e 8 vezes maior em ilhotas dos grupos HN e HP comparada com seus respectivos

controles (HN e HP sem PMA). Em ilhotas do CN, PMA induziu aumento na secreção de

insulina 6,3 vezes e 4,2 vezes em ilhotas do CP (P< 0,05). Em 8,3 mmol/L de glicose,

(Figura 3B) o aumento de secreção de insulina provocado pelo PMA nas ilhotas do HN e CN

35

foi 4,7 vezes e 6,5 vezes, respectivamente (P< 0,05). Em ilhotas HP e CP, o aumento foi de

5,4 vezes e 3,6 vezes em relação aos respectivos controles (sem PMA) (P< 0,05).

A expressão da PKA em ilhotas de ratas alimentadas com dieta hipoprotéica (HN e

HP) foi 33% menor do que em ratas controles (CN e CP). Um significante efeito do estado

nutricional (F(1,12)= 13,36; p= 0,003), mas não do estado fisiológico (F(1,12)= 0,03; p= 0,856)

foi observado. Contudo, não houve interação entre os dois estados (F(1,12)= 0,84; p= 0,377)

(Figura 4A). Não houve diferença da quantidade de PKC em ilhotas de qualquer dos grupos

de ratas (Figura 4B) e, conseqüentemente, nenhum efeito significativo do estado nutricional

(F(1,14)= 3,93; p=0,067) e estado fisiológico (F(1,14)= 1,33; p=0,269), e nenhuma interação entre

eles (F(1,14)= 3,83; p= 0,070).

A imunohistoquímica revelou uma maior expressão da PKA em células das ilhotas

do que no parênquima exócrino e esta enzima foi também detectada em células de ductos e

nervos (dados não mostrados). A marcação dupla para PKA e insulina mostrou que esta

quinase foi expressa por células e células não-. A distribuição citoplasmática da PKA

nas células da ilhota não foi modificada pela prenhez e/ou restrição protéica (Figura 5).

DISCUSSÃO

Perda de peso e hipoalbuminemia são freqüentemente vistas em roedores alimentados

com dieta hipoprotéica por um longo período (35). Porém, estas alterações clássicas não são

observadas após curto período em dieta hipoprotéica (15 dias), assim como no presente

estudo. No entanto, já se observa uma alteração significativa na capacidade da ilhota em

secretar insulina em resposta à glicose. Quando ilhotas de ratas do HN foram estimuladas com

concentração fisiológica de glicose (8,3 mmol/L), a secreção de insulina foi menor do que a

observada nas ilhotas do CN.

36

Durante a gravidez, a produção de insulina e a sensibilidade do pâncreas endócrino à

glicose aumentam para permitir uma resposta apropriada à resistência periférica à insulina

(36,37). Estas observações foram confirmadas neste estudo pela comparação da secreção de

insulina de ilhotas dos grupos CP e CN em 2,8 e 8,3 mmol/L de glicose (Figura 1A e B).

Além disso, nos ratos submetidos à restrição protéica, a prenhez aumentou a resposta das

células em concentração fisiológica de glicose. Mudanças nas concentrações de

glicoquinase, hexoquinase e GLUT2, assim como no metabolismo da glicose, são centrais no

processo adaptativo na gravidez, e é bem aceito que os lactogênios placentários exercem uma

função crucial nestes processos (13).

Já que a geração de AMPc é importante por reduzir o limiar de estimulação por

glicose nas células (8), nós examinamos a resposta secretória da insulina em 2,8 mmol/L de

glicose na presença de IBMX, um inibidor da fosfodiesterase, e na presença de concentrações

crescentes de forskolin, um ativador da adenilato ciclase, que aumenta os níveis de AMPc

intracelular. O IBMX induziu uma resposta secretória menos potente em ilhotas do HP do que

em CP. Em adição, a EC50 mostrou que a potência do forskolin foi significativamente

reduzida em ilhotas de ratas alimentadas com dieta hipoprotéica, comparada com aquelas que

receberam dieta normal. A prenhez diminuiu a EC50 em ambos os estados nutricionais, mas

em menor grau em ratas do grupo hipoprotéico do que as do controle.

Na ausência ou em baixa concentração de glicose, o aumento na concentração de

AMPc tem pouco ou nenhum efeito sobre a secreção de insulina (16). Em ratas normais, o

AMPc potencializa a secreção de insulina apenas acima do limiar de estimulação pela glicose

(por volta de 5,6 mmol/L), sendo este também o limiar de estimulação do metabolismo do

AMPc em células (38). Em ilhotas de ratas prenhes, assim como ilhotas tratadas com

prolactina, o limiar de secreção de insulina estimulada por glicose é reduzido para

aproximadamente 3 mmol/L (8). Este fenômeno poderia explicar a maior sensibilidade das

37

ilhotas CP em menores concentrações de forskolin comparadas com ilhotas CN (0,01 vs 1,0

mol/L). Forskolin praticamente falhou em estimular a secreção por ilhotas de ratos com

restrição protéica, independente do estado fisiológico, indicando que o sistema AMPc/PKA

nas ilhotas destes ratos está inoperante ou atenuado severamente. A redução da geração de

AMPc pelas ilhotas dos grupos hipoprotéicos pode ser conseqüência da menor taxa de

metabolismo da glicose e geração de fatores de acoplamento, com uma subseqüente redução

da concentração de Ca2+ intracelular e nos níveis do complexo Ca2+-calmodulina que

finalmente estimula a adenilato ciclase (39,40).

A resposta reduzida para o IBMX e forskolin pelas ilhotas do grupo hipoprotéico

poderia indicar uma diminuição na quantidade da subunidade catalítica da PKA, o maior

mediador do sinal de transdução da via do AMPc. Uma vez que dieta hipoprotéica reduz a

expressão de PKA em ilhotas de ratos (3), nós examinamos a participação desta quinase no

controle da secreção de insulina nas ilhotas de ratos submetidos à restrição protéica prenhes e

não prenhes. A isoforma PKA foi detectada em todas as células endócrinas da ilhota,

incluindo as células . A distribuição citoplasmática desta enzima na célula não foi

modificada pela prenhez e/ou restrição protéica. Entretanto, o imunoblotting mostrou que a

expressão de PKA foi significantemente menor em ilhotas de ratos submetidos à restrição

protéica quando comparado aos controles, independente do estado fisiológico.

Há duas possibilidades de explicação para a diminuição dos níveis de PKA em ilhotas

de ratos alimentados com dieta hipoprotéica. Primeira, a dieta poderia afetar diretamente a

expressão e tradução de diversos genes, incluindo de enzimas chaves envolvidas no processo

secretório. Segundo, a dieta hipoprotéica poderia influenciar o eixo endócrino-neuronal (41) e

alterar a regulação da expressão da PKA por diferentes hormônios (42,43). Então, a menor

secreção de insulina em resposta ao IBMX e forskolin vista em ilhotas de ratas submetidas à

38

restrição protéica, pode resultar da produção reduzida de AMPc, secundária à menor taxa de

metabolismo da glicose e à diminuição das concentrações de PKA.

A dieta hipoprotéica também reduz a expressão de PKC em ilhotas pancreáticas (2) e

sua atividade em diferentes tecidos (44). Entretanto, como mostrado aqui, a restrição protéica

por um período curto de tempo falhou em alterar a expressão da PKC. Na verdade, ilhotas

de ratas prenhes submetidas à restrição protéica secretaram proporcionalmente mais insulina

em resposta ao PMA, do que secretaram as ilhotas dos controles. Uma vez que a ativação da

PKC está envolvida na secreção de insulina por ilhotas de ratas em resposta a altas

concentrações de glicose (22) e, já que a gravidez ativa as vias PLC/PKC no pâncreas (45,46),

a maior secreção de insulina pelas ilhotas das ratas prenhes submetidas à restrição protéica em

relação às controles prenhes na presença de PMA, pode ter ocorrido às custas do aumento da

atividade da PKC.

Em conclusão, nossos resultados indicam que ilhotas de ratas submetidas à restrição

protéica durante a prenhez respondem de maneira similar às ratas controles, ao menos em

concentração fisiológica de glicose. Entretanto, a menor resposta ao IBMX e ao forskolin

indica uma menor produção de AMPc e/ou sensibilidade a ele, associada à redução na

expressão da PKA e, provavelmente na sua atividade.

Agradecimentos: Os autores agradecem L.D. Teixeira, C. R. Afonso e M. B. Leonardo pela

assistência técnica, e S. Hyslop pela correção do inglês. Este trabalho foi financiado pela

fundação Brasileira FAPESP (grant n. 02/13218-0), CNPq (grant n. 479138/2003-6) e

FINEP/PRONEX (grant n. 134/97).

39

Figura 1 – Secreção de insulina estimulada por glicose em ilhotas de ratas controle não

prenhe (CN), controle prenhe (CP), hipoprotéica não prenhe (HN) e hipoprotéica prenhe (HP).

Grupos de cinco ilhotas foram incubadas por 90 min em meio Krebs-bicarbonato contendo

2,8 (A) e 8,3 (B) mmol/L de glicose. As colunas representam a secreção de insulina

(acumulada em 90 min) expressa em média EPM de 5-9 experimentos independentes.

Médias sem letras iguais diferem-se significativamente, P <0,05.

0

50

100

150 A

b

a

b

a

CN CP HN HP0

500

1000

1500 B

b

a

c

a

Secr

eção

de

insu

lina

(pm

ol/il

hota

.90

min

)

0

50

100

150 A

b

a

b

a

CN CP HN HP0

500

1000

1500 B

b

a

c

a

Secr

eção

de

insu

lina

(pm

ol/il

hota

.90

min

)

40

Figura 2 – Secreção de insulina induzida por IBMX em ilhotas de ratas controle não prenhe

(CN), controle prenhe (CP), hipoprotéica não prenhe (HN) e hipoprotéica prenhe (HP) em

meio contendo 2,8 mmol/L de glicose. As colunas representam a secreção de insulina

(acumulada em 90 min) expressa em média EPM de 5-6 experimentos independentes.

Médias sem letras iguais diferem-se significativamente, P <0,05.

CN CN CP CP HN HN HP HP0

1000

2000

3000

IBMX (1 mmol/L) - + - + - + - +

d d ce

a

cd

b

cd

Secr

eção

de

insu

lina

(pm

ol/il

hota

.90

min

)

CN CN CP CP HN HN HP HP0

1000

2000

3000

IBMX (1 mmol/L) - + - + - + - +

d d ce

a

cd

b

cd

Secr

eção

de

insu

lina

(pm

ol/il

hota

.90

min

)

41

Figura 3 – Secreção de insulina estimulada por forbol 12-miristato 13-acetato (PMA) em

ilhotas de ratas controle não prenhe (CN), controle prenhe (CP), hipoprotéica não prenhe

(HN) e hipoprotéica prenhe (HP) em meio contendo 2,8 (A) e 8,3 (B) mmol/L de glicose. As

colunas representam a secreção de insulina (acumulada em 90 min) expressa em média

EPM de 5-7 experimentos independentes. Médias sem letras iguais diferem-se

significativamente, P <0,05.

0

250

500

750

1000 A

e

b

d

c

e

c

e

a

CN CN CP CP HN HN HP HP0

1000

2000

3000

4000

5000 B

PMA (100 nM) - + - + - + - +

f

b

e

c

a

ed

g

Secr

eção

de

insu

lina

(pm

ol/il

hota

.90

min

)

0

250

500

750

1000 A

e

b

d

c

e

c

e

a

0

250

500

750

1000 A

e

b

d

c

e

c

e

a

CN CN CP CP HN HN HP HP0

1000

2000

3000

4000

5000 B

PMA (100 nM) - + - + - + - +

f

b

e

c

a

ed

g

Secr

eção

de

insu

lina

(pm

ol/il

hota

.90

min

)

42

Figura 4 – Análise por Western blot da subunidade PKA (A) e da PKC (B) em ilhotas de

ratas controle não prenhe (CN), controle prenhe (CP), hipoprotéica não prenhe (HN) e

hipoprotéica prenhe (HP). As colunas estão em média EPM de 4 experimentos

independentes. Médias sem letras iguais diferem-se significativamente, P <0,05.

0

25000

50000

75000

100000

a

bb

a

PKA

0

25000

50000

75000

100000

a

bb

a

PKA

CN CP HN HP0

25000

50000

75000

Uni

dade

s ar

bitr

ária

s de

var

redu

ra

A

B

PKC

43

Figura 5 – Distribuição da proteína quinase A α (PKA) no pâncreas endócrino de ratas

controle não prenhes (a), controle prenhes (b), hipoprotéica não prenhe (c) e hipoprotéica

prenhe (d). A imunolocalização da PKA (a-d) e insulina (e-h) foi feita em pares de secções

seriadas do pâncreas de todos os grupos experimentais usando método padronizado biotina-

avidina-peroxidase. Note que a isoforma da PKA foi imunodetectada dentro de todas as

células endócrinas da ilhota, incluindo as células secretoras de insulina. Essas células

mostraram uma distribuição citoplasmática desta enzima que não foi modificada pela prenhez

e/ou restrição protéica. Bar = m.

44

6. ARTIGO EM INGLÊS

45

INSULIN SECRETION AND EXPRESSION OF PKA AND PKC IN ISLETS

FROM PREGNANT RATS FED A LOW PROTEIN DIET

Marciane Milanski1, Vanessa Cristina Arantes2, Fabiano Ferreira3, Marise Auxiliadora de

Barros Reis2, Everardo Magalhães Carneiro4, Antonio Carlos Boschero4, Carla Beatriz

Collares-Buzato5, Márcia Queiroz Latorraca2*

1Secretaria de Estado da Saúde, Mato Grosso, MT, Brazil; 2Departamento de Alimentos e

Nutrição, Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá,

MT, Brazil; 3Departamento de Fisiologia e Farmacologia, Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil, 4Departamento de Fisiologia e Biofísica and

5Departamento de Histologia e Embriologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de

Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brazil.

* To whom correspondence should be addressed: Departamento de Alimentos e Nutrição,

Faculdade de Nutrição, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), 78000-000, Cuiabá,

MT, Brazil. Phone: +55-65-615 8816; Fax: +55-65-615 8811; E-mail: [email protected]

Running title: PKA and PKC pathways in pregnant, malnourished rats

This work is part of a dissertation presented by Marciane Milanski as partial fulfillment of the

requirements for a Master’s degree in Health Science at the Faculdade de Ciências Médicas,

UFMT.

46

INTRODUCTION

Malnutrition and pregnancy are associated with functional changes in pancreatic islets.

A low protein diet impairs insulin secretion in response to glucose (1-3) as a consequence of

several alterations, including a smaller size and/or cell volume of -cells (4), an inappropriate

recognition of glucose as a stimulus because of low glucoreceptor expression and/or

decreased metabolism of glucose (5), a reduction of mitochondrial substrate oxidation caused

by impaired activity of the -cell mitochondrial glycerophosphate dehydrogenase, possibly

associated with other enzymatic anomalies (6), a diminished capacity of glucose to increase

the Ca2+ uptake and/or to reduce Ca2+ efflux from -cells (1,7), an alteration in the cAMP and

PLC pathways, and diminished amounts of PKC and PKA (2,3).

In contrast, the adaptation of islets to pregnancy involves increased glucose-stimulated

insulin secretion with a reduction in the threshold for stimulation (8). These adaptative

changes are controlled by lactogenic hormones (placental lactogen and/or prolactin) that

increase -cell proliferation and islet volume (9), insulin synthesis (10), and gap-junctional

coupling among -cells (11), enhance glucose metabolism, through greater GLUT2 expression

(12) and glucokinase activity (13) and increase the metabolism of cAMP and PLC (14,15).

The cAMP/PKA system enhances insulin secretion by increasing the phosphorylation

of ion channels in the membrane of -cells (16,17). This phosphorylation results in faster

membrane depolarization and increased Ca2+ influx through voltage-dependent channels that

elevates [Ca2+]i and enhances exocytosis. cAMP also increases insulin secretion by regulating

more distal steps of the secretory machinery (18). Enhanced adenylyl cyclase and PKA

activity have been observed in islets from pregnant rats (19,14,20) with a concomitant

reduction in the threshold for the stimulation of -cells for glucose (8).

47

The activation of PKC contributes to glucose-stimulated insulin secretion (21,22).

PKC is the most common PKC isoenzyme in pancreatic islet-cells (23,24), and is activated

when islets are stimulated by non-fuel secretagogues (25). The activation of PKC

contributes to glucose-stimulated insulin secretion (26), although this is still controversial.

In this study we investigated the effect of protein restriction on insulin secretion in

response to glucose, IBMX, forskolin and PMA, as well as PKA and PKC expression, in

rat pancreatic islets during pregnancy.

MATERIALS AND METHODS

Animals and diet: All of the animal experiments were approved by the institutional

Committee for Ethics Committee in Animal Experimentation (CEEA/IB-UNICAMP). Virgin

female Wistar rats (90 d old) were obtained from the university’s breeding colony. Mating

was done by housing males with females overnight, and pregnancy was confirmed by the

examination of vaginal smears for the presence of sperm. Pregnant females were separated at

random and maintained from the first until the 15th day of pregnancy on isocaloric diets

containing 6% (low protein diet) or 17% (control diet) protein. Four groups of rats were used

in this study: control non-pregnant (CN) and control pregnant (CP) groups, fed a control diet,

and low protein non-pregnant (LPN) and low protein pregnant (LPP) groups, fed a low

protein diet. During the experimental period, the rats had free access to food and water and

were housed on a 12 h light/dark cycle at 22ºC. At the end of this experimental period, the fed

rats were weighed and killed by decapitation. Blood samples were collected and allowed to

clot and the sera were stored at -20ºC for the subsequent measurement of insulin. The serum

glucose (27), serum albumin (28) and serum total protein (29) levels were determined

immediately after decapitation.

48

Islet isolation and insulin secretion: The pancreas was removed from rats and digested with

collagenase as described elsewhere (30). In the first series of experiments, groups of five

islets were incubated for 90 min at 37ºC in Krebs-bicarbonate buffer containing glucose (2.8

and 8.3mmol/L) and equilibrated with a mixture of 95% O2 - 5% CO2 to give a pH of 7.4. The

incubation medium contained (mmol/L): NaCl 115, KCl 5, CaCl2 2.56, MgCl2 1, NaHCO3 24

and bovine serum albumin (3 g/L). In the second series of experiments, the insulin secretion

was measured in response to: 1) glucose (2.8 mmol/L) in the absence and presence of IBMX

(1 mmol/L), 2) glucose (2.8 mmol/L) associated with increasing concentrations of forskolin

(0.01-100 mol/L), and 3) glucose (2.8 or 8.3 mmol/L) in the absence or presence of PMA

(100 nM). The insulin released was measured by radioimmunoassay using rat insulin as the

standard. The forskolin concentration producing a response that was 50% of the maximum

(EC50) was expressed as the mean negative logarithm (pD2).

Immunohistochemistry: Pancreata from all experimental groups were dissected, fixed in

10% formaldehyde (v/v, in 100 mmol/L phosphate-buffered saline) for at least 12 h and

embedded in paraffin. Pairs of serial sections (5 m) of paraffin-embedded tissue were picked

up on silane-treated glass slides, dewaxed, hydrated with 50 mmol/L Trizma-buffered saline

(TBS) and incubated for 30 min with undiluted hydrogen peroxide solution (Sigma, St. Louis,

MO) to block endogenous peroxidase. After a 1 h incubation with TBS containing 5% dry

skimmed milk and 0.1% Tween 20, each pair of sections was incubated overnight with

primary antibodies to PKA (Santa Cruz, CA) or insulin (Dako, Carpinteria, CA) (diluted

1:50 in TBS containing 3% dry skimmed milk). The tissue distribution of PKA was detected

using the rabbit biotin-avidin-peroxidase ImmunoCruz Staining System (Santa Cruz) whereas

for the insulin immunoreaction, the sections were incubated for 90 min with anti-guinea pig

IgG conjugated with peroxidase (diluted 1:1500 in TBS containing 1% dry skimmed milk)

49

and developed with 3,3´diaminobenzidine (DAB) (Sigma). All of the sections were

counterstained with Ehrlich´s hematoxylin and photographed using a digital camera

(CoolSNAP-Pro, Media Cybernetics) coupled to a Nikon Eclipse E800 microscope. The

negative controls for the immunoreaction were obtained by omitting the primary antibodies

from the incubation.

Western blotting: After isolation, groups of islets were pelleted by centrifugation (15,000 g)

and then resuspended in 50-100 L of homogenization buffer containing protease inhibitors

(31,32). The islets were sonicated and the total protein content was determined (33). Samples

containing 70 g of protein from each experimental group were incubated for 5 min at 80ºC

with 4X concentrated Laemmli sample buffer (1 mmol of sodium phosphate/L, pH 7.8, 0.1%

bromophenol blue, 50% glycerol, 10% SDS, 2% mercaptoethanol) (4:1, v/v) and run on 8%

polyacrylamide gels at 120 V for 30 min. Electrotransfer of proteins to nitrocellulose

membranes (Bio-Rad) was done for 1 h at 120 V in buffer containing methanol and SDS.

After checking the efficiency of transfer by staining with Ponceau S, the membranes were

blocked with 5% skimmed milk in TTBS (10 mmol of Tris/L, 150 mmol of NaCl/L, 0.5%

Tween 20) overnight at 4ºC. PKC and PKA were detected in the membranes after a 2 h

incubation at room temperature with anti-PKA rabbit polyclonal IgG and anti-cPKC

mouse monoclonal IgG (Santa Cruz; diluted 1:500 in TTBS containing 3% dry skimmed

milk). Detection was done using enhanced chemiluminescence (SuperSignal West Pico,

Pierce) after incubation with a horseradish peroxidase-conjugated secondary antibody.

Statistical analysis: The results were expressed as the mean SEM for the number of rats (n)

indicated. For islets, n refers to the number of the experiments done. Bartlett’s test for the

homogeneity of variances was initially used to check the fit of the date to the assumptions for

50

parametric analysic of variance. To correct for variance heterogeneity or normality (34),

serum insulin and insulin secretion in response to glucose were log-transformed, and the EC50

were ln-transformed. The serum parameters, body weight, insulin secretion in response to

glucose (2.8 and 8.3 mmol/L), EC50 and expression of PKC and PKA were analyzed by

two-way analysis of variance (nutritional status and physiological status). The insulin

secretion stimulated by glucose (2.8 mmol/L) plus IBMX and glucose (2.8 or 8.3 mmol/L)

plus PMA was evaluated by three-way analysis of variance (nutritional status, physiological

status and absence or presence of IBMX or PMA). When necessary, these analyses were

complemented by the Tukey-HSD test to determine the significance of individual differences.

The level of significance was set at P< 0.05. The data were analyzed using the Statistic

Software package (Statsoft, Tulsa, OK).

RESULTS

1- Characteristics of the rats: Regardless the nutritional status, pregnant rats had a higher

body weight and lower serum glucose concentrations than non-pregnant rats. At the end of the

experimental period, serum total protein, albumin and insulin levels did not differ among the

groups (Table 1).

51

TABLE 1 - Final body weight and serum total protein, albumin, insulin and glucose levels of

control and low protein, pregnant and non-pregnant rats1

Groups

Control Low protein

Variables

Non-pregnant Pregnant Non-pregnant Pregnant

Body weight, g 258 8

(12)

290 7*

(13)

263 6

(11)

298 8*

(11)

Total protein , g/L 58 2

(8)

51 7

(8)

57 8

(8)

62 3

(7)

Albumin, g/L 32 0.5

(12)

32 0.4

(13)

32 0.8

(11)

33 1.0

(11)

Insulin, nmol/L 0.15 0.02

(12)

0.16 0.03

(13)

0.13 0.01

(11)

0.15 0.02

(11)

Glucose, mmol/L 9.9 0.6

(12)

7.5 0.9*

(12)

8.7 0.8

(10)

7.0 0.3*

(11)

1 Values are means SEM of the number of rats shown in parentheses * Different from Non-pregnant, P < 0.05

2- Insulin secretion: The insulin secretion at a low concentration of glucose (2.8 mmol/L)

was significantly higher for islets from CP and LPP rats when compared with their respective

CN and LPN control groups (Fig. 1A). With high glucose (8.3 mmol/L), the insulin secretion

by LPN islets was lower than for CN islets ( P< 0.05). Pregnancy increased the secretory

response in both nutritional groups. Thus, LPP and CP islets had a similar insulin secretion

(Fig. 1B).

At non-stimulatory concentrations of glucose (2.8 mml/L) IBMX did not alter the

insulin secretion by CN islets, but significantly increased the insulin release by LPN islets (

52

P< 0.05). In islets from pregnant rats, the potentiation of insulin secretion by IBMX was

lower in the LPP group than in the CP group (Fig. 2).

At all forskolin concentrations (0.01-100 mol/L), the insulin secretion by islets from

the low protein groups was lower than in the control groups, regardless of the physiological

status. In islets from LPN and LPP rats, the increase in insulin secretion, even at high

concentrations of forskolin, was only marginal. In islets from CN rats, a significant increase in

insulin secretion was seen only at higher concentrations of forskolin (1-100 mol/L) whereas

in CP islets forskolin increased insulin secretion only at 0.1 mol/L. The half-maximal release

concentration of forskolin was significantly affected by nutritional (F (1,12)= 71.96, p= 0.000)

and physiological (F(1,12)= 465.35, p= 0.000) status, as well as by the interaction between both

statuses (F(1,12)= 25.54, p= 0.000). Thus, pregnancy reduced the EC50 value in the control and

low protein groups. However, the EC50 for the LPP group was higher than for the CP group

(LPP= 0.026 0.004 mol/L, n= 4; LPN= 0.461 0.210 mol/L, n= 4; CP= 0.002 0.001

mol/L, n= 4; CN= 0.240 0.022 mol/L, n= 4) (data not shown).

Fig. 3A and B show that, at 2.8 and 8.3 mmol glucose/L, PMA increased the insulin

secretion more markedly in islets from LPP rats compared with CP islets. At 2.8 mmol

glucose/L (Fig. 3A), insulin secretion induced by PMA was 4.3-fold and 8-fold higher in

islets from the LPN and LPP groups compared to the respective controls (LPN and, LPP

without PMA). In CN islets, PMA increased the insulin secretion by 6.3-fold, and by 4.2-fold

in CP islets ( P< 0.05). At 8.3 mmol glucose/L, (Fig. 3B) the increase in insulin secretion

provoked by PMA in LPN and CN islets was 4.7-fold and 6.5-fold, respectively( P< 0.05). In

LPP and CP islets, the increase was 5.4-fold and 3.6-fold relative to the respective controls

(no PMA) ( P< 0.05).

The PKA expression in islets from rats fed a low protein diet (LPN and LPP) was

33% lower than in control rats (CN and CP). A significant effect of nutritional (F(1,12)= 13.36,

53

p= 0.003) but not of physiological (F(1,12)= 0.03, p= 0.856) status was observed. However,

there was no interaction between these statuses (F(1,12)= 0.84, p= 0.377) (Fig. 4A). There was

no difference in the PKC content of islets from any of the groups of rats was not different

(Fig. 4B), and hence, no significant effect of nutritional (F(1,14)= 3.93, p=0.067) and

physiological (F(1,14)= 1.33, p=0.269) status, or any interaction between them (F(1,14)= 3.83, p=

0.070).

Immunohistochemistry revealed a greater expression of PKA in islet cells than in the

exocrine parenchyma; this enzyme was also detected in ductal cells and nerves (data not

shown). Dual immunostaining for PKA and insulin in serial pancreatic sections showed that

this kinase was expressed by -cells and non--cells. The cytoplasmic distribution of PKA

in islet cells was not modified by pregnancy and/or protein deprivation (Fig. 5).

DISCUSSION

Weight loss and hypoalbuminemia are frequently seen in rodents fed a low protein diet

for a long time (35). After the short period on a low protein diet (15 days) used here, these

classic alterations were not yet present, but there was a significant alteration in the capacity of

the islets to secrete insulin in response to glucose. When islets from LPN rats were challenged

with a physiological concentration of glucose (8.3 mmol/L), the insulin secretion was lower

than for CN islets.

During pregnancy, insulin production and the sensitivity of the endocrine pancreas to

glucose increase to allow an appropriate response to increased peripheral resistance to insulin

(36,37). These observations were confirmed here by comparing the insulin secretion of islets

from the CP and CN groups at both concentrations of glucose. In low protein rats, pregnancy

improved the responsiveness of -cells to a physiological concentration of glucose (Fig.1A

54

and B). Changes in the glucokinase, hexokinase and GLUT2 levels, as well as in glucose

metabolism, are central to the adaptative process in pregnancy (13), and it is well accepted

that placental lactogens play a crucial role in this process.

Since the generation of cAMP is important for reducing the glucose stimulatory

threshold of -cells (8), we examined the insulin secretory response to 2.8 mmol glucose/L in

the presence of IBMX, a phosphodiesterase inhibitor, and in the presence of increasing

concentrations of forskolin, an activator of adenylyl cyclase, that increases the intracellular

levels of cAMP levels in -cells. IBMX induced a less potent secretory response in LP than in

CP islets. In addition, the EC50 showed that the potency of forskolin was significantly reduced

in islets from rats fed a low protein diet compared to these fed a normal diet. Pregnancy

decreased the EC50 in both nutritional status, but to a lower degree in protein-deprived rats

than in control rats.

In the absence of glucose or at low concentrations of this sugar, an increase in cAMP

content has little if any effect on insulin secretion (16). In normal rats, cAMP increases the

insulin only above the threshold for glucose (around 5.6 mmol/L), this is also the threshold for

the stimulation of cAMP metabolism in islet -cells (38). In islets from pregnant rats, as well

as in prolactin-treated islets, the threshold for glucose-stimulated insulin secretion is reduced

to approximately 3 mmol/L (8). This phenomenon could explain the higher sensitivity of CP

islets to lower concentrations of forskolin compared to CN islets (0.01 vs. 1.0 mol/L).

Forskolin practically failed to stimulate secretion in islets from protein-restricted rats,

regardless of the physiological status, hence indicating that the cAMP/PKA system in islets

from these rats is inoperative or is severely attenuated. A reduced generation of cAMP by low

protein islets may be a consequence of a lower rate of glucose metabolism and the generation

of coupling factors, with a subsequent reduction in the intracellular Ca2+ concentration and in

the levels of the Ca2+-calmodulin complex that ultimately stimulates adenylyl cyclase (39,40).

55

The reduced response to IBMX and forskolin by protein-deprived islets could indicate

a decrease in the amount of the -catalytic subunit of PKA, the major mediator of the cAMP

signal transduction pathway. Since a low protein diet reduces PKA expression in rat islets

(3), we examined the participation of this kinase in the control of insulin secretion by islets

from protein-deprived rats that were or were not pregnant. The PKA isoform was detected in

all endocrine cells of the islets, including the -cells. The cytoplasmic distribution of this

enzyme in -cells was not modified by pregnancy and/or protein deprivation. However,

immunoblotting showed that the PKA expression was significantly lower in islets from low

protein rats compared to the control rats, regardless of the physiological status.

There are two possible explanations for the decrease in PKA levels in islets from rats

fed a low protein diet. First, diet could directly affect the expression of several genes and their

encoded proteins, including key enzymes involved in the secretory process. Second, a low

protein diet could influence the neuronal-endocrine axis (41) and alter the regulation of the

expression of PKA by different hormones (42,43). Thus, the reduced insulin secretion in

response to IBMX and forskolin seen in islets from protein-restricted rats may result from a

reduced production of cAMP secondary to a diminished rate of glucose metabolism and a

decrease in PKA levels.

A low protein diet also reduces the expression of PKC in pancreatic islets (2) and its

activity in several tissues (44). However, as shown here, protein deprivation for a short period

of time failed to alter PKC expression. Indeed, islets from pregnant protein-deprived rats

secreted proportionally more insulin in response to PMA than did control islets. Since the

activation of PKC is involved in insulin secretion by rat islets in response to high

concentrations of glucose (22), and since pregnancy activates the PLC/PKC pathway in the

pancreas (45,46), the increased insulin secretion by islets from pregnant low protein rats in

56

relation to control pregnant rats in presence of PMA may have occurred at the expense of

increased PKC activity.

In conclusion, our results indicate that the response of islets from low protein rats during the

pregnancy is similar to the control rats, at least in physiologic glucose concentration.

However, the lower response to the IBMX and forskolin indicates decrease production and/or

sensibility of cAMP, associated with a decrease in PKA expression and probability, their

activity.

Acknowledgments: The authors thank L.D. Teixeira, C.R. Afonso and M.B. Leonardo for

technical assistance, and S. Hyslop for editing the English.

57

Figure 1 – Glucose stimulation of insulin secretion by islets from control non- pregnant (CN),

control pregnant (CP), low protein non-pregnant (LPN) and low protein pregnant (LPP) rats.

Groups of five islets were incubated for 90 min in Krebs-bicarbonate medium containing 2.8

(A) and 8.3 (B) mmol/L of glucose. The columns represent the cumulative 90 min insulin

secretion and are the mean SEM of 5-9 independent experiments. Means without a common

letter differ, P <0.05.

0

50

100

150 A

b

a

b

a

CN CP LPN LPP0

500

1000

1500 B

b

a

c

a

Insu

lin s

ecre

tion

(pm

ol/is

let.9

0 m

in)

58

Figure 2 – IBMX-induced insulin secretion by islets from control non-pregnant (CN), control

pregnant (CP), low protein non-pregnant (LPN) and low protein pregnant (LPP) rats in

medium content 2.8 mmol glucose/L. The columns represent the cumulative 90 min insulin

secretion and are the mean SEM of 5-6 independent experiments. Means without a common

letter differ, P <0.05

CN CN CP CP LPN LPN LPP LPP 0

1000

2000

3000

IBMX (1 mmol/L) - + - + - + - +

d d c e

a

cd

b

cd Insu

lin s

ecre

tion

(pm

ol/is

let.9

0 m

in)

59

Figura 3 – Phorbol 12-myristate 13-acetate (PMA) stimulation of insulin secretion in islets

from control non-pregnant (CN), control pregnant (CP), low protein non- pregnant (LPN) and

low protein pregnant (LPP) rats in medium containing 2.8 (A) and 8.3 (B) mmol glucose/L.

The columns represent the cumulative 90 min insulin secretion and are the mean SEM of 5–

7 independent experiments. Means without a common letter differ, P <0.05

0

250

500

750

1000 A

e

b

d

c

e

c

e

a

CN CN CP

CP LPN LPN LPP LPP 0

1000

2000

3000

4000

5000 B

PMA (100 nM) - + - + - + - +

f

b

e

c

a

e d

g

Insu

lin s

ecre

tion

(pm

ol/is

let.9

0 m

in)

60

Figure 4 - Western blot analysis of PKA subunit (A) and PKC content (B) in islets from

control non-pregnant (CN), control pregnant (CP), low protein non-pregnant (LPN) and low

protein pregnant (LPP) rats. The columns are the mean SEM of 4 independent experiments.

Means without a common letter differ, P <0.05

0

25000

50000

75000

100000

a

bb

a

PKA

CN CP LPN LPP0

25000

50000

75000

Arb

itrar

ysc

anni

ngun

its

A

B

PKC

0

25000

50000

75000

100000

a

bb

a

PKA

0

25000

50000

75000

100000

a

bb

a

PKA

CN CP LPN LPP0

25000

50000

75000

Arb

itrar

ysc

anni

ngun

its

A

B

PKC

61

Figure 5 – Protein kinase A α (PKA) distribution in endocrine pancreas of control non-

pregnant (a), control pregnant (b), low protein non-pregnant (c) and low protein pregnant (d)

rats. Immunolocalization of PKA (a-d) and insulin (e-h) was done in pairs of serial sections

of pancreas of all experimental groups using a standard biotin-avidin-peroxidase method.

Note that the PKA isoform was immunodetected within all endocrine cells of the islets,

including the insulin-secreting -cells. These cells showed a cytoplasmic distribution of this

enzyme was not modified by pregnancy and/or protein deprivation. Bar = m.

62

REFERENCES

1. Carneiro, E. M., Mello, M. A. R., Gobatto, C. A., Boschero, A. C. (1995) Low protein diet

impairs glucose-induced insulin secretion from and 45Ca uptake by pancreatic rats islets. J.

Nutr. Biochem. 6, 314-318.

2. Ferreira, F., Filiputti, E., Arantes, V. C., Stoppiglia, L. F., Araújo, E. P., Delghingaro-

Augusto, V., Latorraca, M. Q., Toyama, M. H., Boschero, A. C., Carneiro, E. M. (2003)

Decreased cholinergic stimulation of insulin secretion by islets from rats fed a low protein

diet is associated with reduced protein kinase C expression. J. Nutr. 133: 695-699.

3. Ferreira, F., Barbosa, H. C. L., Stoppiglia, L. F., Delghingaro-Augusto, V., Pereira, E. A.,

Boschero, A. C., Carneiro, E. M. (2004) Decreased insulin secretion in islets from rats fed a

low protein diet is associated with a reduced PKA expression. J. Nutr. 134: 63-67.

4. Rao, R. H. (1990) Chronic undernutrition may accentuate the -cell dysfunction of type II

diabetes. Diabetes Res. Clin. Pract. 8: 125-130.

5. Dixit, P. K. & Kaung, H. L. C. (1985) Rat pancreatic -cells in protein deficiency: a study

involving morphometric analysis and alloxan affect. J. Nutr. 115: 375-381.

6. Rasschaert, J., Reusens, B., Dahri, S., Sener, A., Remacle, C., Hoet, J. J., Malaisse, W.

(1995) Impaired activity of rat pancreatic islet mitochondrial glycerophosphate

dehydrogenase in protein malnutrition. Endocrinology 136: 2631-2634.

63

7. Latorraca, M. Q., Reis, M. A. B., Carneiro, E. M., Mello, M. A. R., Velloso, L. A , Saad,

M. J. A., Boschero, A. C. (1998a) Protein deficiency and nutritional recovery modulate

insulin secretion and the early steps of insulin action in rats. J. Nutr. 128: 1643-1649.

8. Weinhaus, A. J., Bhagroo, N. V., Brelje, T. C., Sorenson, R. L. (1998) Role of cAMP in

upregulation of insulin secretion during the adaptation of islets of Langerhans to pregnancy.

Diabetes 47: 1426-1435.

9. Van Assche, F. A. (1974) Quantitative morphologic and histoenzymatic study of the

endocrine pancreas in non pregnant and pregnant rats. Am. J. Obstet. Gynecol., 118: 39-41.

10. Bone, A. J. & Taylor, K. W. (1976) Metabolism adaptation to pregnancy shown by

increased biosynthesis of insulin in islets of Langerhans isolated from pregnant rats. Nature:

262: 501-502.

11. Sheridan, J. D., Anaya, P., Parsons, J. A., Sorenson, R. L. (1988) Increased dye coupling

in pancreatic islets from rats in late-term pregnancy. Diabetes, 37: 908-911.

12. Mazancourt, P., Carneiro, E. M., Atwater, I., Boschero, A. C. (1994) Prolactin treatment

increases GUT2 but not G protein subunit content in cell membranes from cultured neonatal

rat islets. FEBS Lett. 343: 137-140.

13. Weinhaus, A. J., Stout, L. E., Sorenson, R. L. (1996) Glucokinase, hexokinase, glucose

transporter 2 and glucose metabolism in islets during pregnancy and prolactin-treated islets in

vitro: mechanisms for long term up-regulation of islets. Endocrinology, 137: 1640-1649.

64

14. Green, I. C., Perrin, D., Howell, S. L. (1978) Insulin release in isolated islets of

Langerhans of pregnant rats: relationship between glucose metabolism and cyclic AMP.

Horm. Metab. Res., 10: 32-35.

15. Brelje, T. C. & Sorenson, R. L. (1988) Nutrient and hormonal regulation of threshold of

glucose-stimulated insulin secretion in isolated rat pancreases. Endocrinology, 123: 1582-

1590.

16. Charles, M. A., Franska, R., Schmid, R. G., Forsham, P. H., Grodsky, G. M. (1973)

Adenosine 3’5’-monophosphate in pancreatic islets: glucose-induced insulin release. Science,

179: 569-571.

17. Rajan, A. S., Hill, R. S., Boyd, A. E. (1989) Effect of rise in cAMP levels on Ca2+ influx

through voltage-dependent Ca2+ channels in HIT cells. Diabetes, 38: 874-880.

18. Ding, W.-G. & Gromada, J. (1997) Protein kinase A-dependent stimulation of exocytosis

in mouse pancreatic -cells by glucose-dependent insulinotropic polypeptide. Diabetes, 46:

615-621.

19. Green, I. C., Howell, S. L., Montague, W., Taylor, K. M. (1973) Regulation of insulin

release from isolated islets of Langerhans of the rat in pregnancy. Biochem. J., 134: 481-487.

20. Lipson, L. G. & Sharp, G. W. G. (1978) Insulin release in pregnancy: studies on adenylate

cyclase, phosphodiesterase, protein kinase and phosphoprotein phosphatase in isolated rat

islets of Langerhans. Endocrinology, 103: 1272-1280.

65

21. Rutter, G. A. (2001) Nutrient-secretion coupling in the pancreatic islet -cells: recent

advances. Mil. Aspects Med., 22: 247-284.

22. Zawalich, W. S. & Zawalich, K. C. (2001) Effects of protein kinase C inhibitors on insulin

secretory responses from rodent pancreatic islets. Mol. Cell. Endocrinol., 177: 95-105.

23. Onoda, K., Hagiwara, M., Hachiya, T., Usuda, N., Nagata, T., Hidaka, H. (1990) Different

expression of protein kinase C isozymes in pancreatic islet cells. Endocrinoloy, 126: 1235-

1242.

24. Knutson, K. L. & Hoening, M. (1994) Identification and subcellular characterization of

protein kinase-C isoforms in insulinoma -cells and whole islets. Endocrinology, 135: 881-

886.

25. Persaud, S. J., Jones, P. M., Howell, S. L. (1991) Activation of protein kinase C is

essential for sustained insulin secretion in response to cholinergic stimulation. Biochim.

Biophys. Acta, 1091: 120-122.

26. Carpenter, L., Mitchell, C. J., Xu, Z. Z., Poronnik, P, Both, G. W., Biden, T. J. (2004)

PKC is activated but not required during glucose-induced insulin secretion from rat

pancreatic islets. Diabetes, 53: 53-60.

27. Trinder, P. (1969) Determination of blood glucose using an oxidase-peroxidase system

with a non-carcinogenic chromogen. J. Clin. Pathol., 22: 158-161.

66

28. Doumas, B. T., Watson, W. A., Biggs, H. G. (1971) Albumin standards and measurements

of serum albumin with bromocresol green. Clin. Chim. Acta, 31: 87-96.

29. Wolfson, W. Q., Cohn, C., Calvary, F., Ichiba, R. (1948) Studies in serum proteins. 5. A

rapid procedure for the estimation of total protein, true albumin, total globulin, alpha globulin,

and gamma globulin in 1.0 ml of serum. Am. J. Clin. Pathol., 18: 723-730.

30. Boschero, A. C., Szpak-Glasman, M., Carneiro, E. M., Bordin, S., Paul, I., Rojas, E.,

Atwater, I. (1995) Oxotremorine-m potentiarion of glucose-induced insulin release from rat

islets involves M3 muscarinic receptors. Am. J. Physiol., 268: E336-E342.

31. Cherif, H., Reusens, B., Dahri, S., Rernacle, C. (2001) A protein-restricted diet during

pregnancy alters in vitro insulin secretion from islets of fetal Wistar rats. J. Nutr. 131: 1555-

1559.

32. Satin, L. S. & Kinard, T. A. (1998) Neurotransmitters and their receptors in the islets of

Langerhans of the pancreas: what messages do acetylcholine, glutamate and GABA transmit?

Endocrine 8: 213-223.

33. Bradford, M. M. (1976) A rapid and sensitive method for the quantitation of microgram

quantities of protein utilizing the principle of protein-dye binding. Anal. Biochem., 72: 248-

254.

34. Sokal, R. R. & Rohlf, R. J. (1995) Biometry: the principles and practice of statistics in

biological research, pp. 392-450, W. H. Freeman and Company, New York.

67

35. Latorraca, M. Q., Carneiro, E. M., Boschero, A. C., Mello, M. A. R. (1998b). Protein

deficiency during pregnancy and lactation impairs glucose-induced insulin secretion but

increases the sensitivity to insulin in weaned rats. Br. J. Nutr., 128: 1643-1649.

36. Kirwan, J. P., Varastehpour, A., Jing, M., Presley, L., Shao, J., Friedman, J. E., Catalano,

P. M., (2004) Reversal of insulin resistance postpartum is linked to enhanced skeletal muscle

insulin signaling. J. Clin. Endocrinol. Metabol., 89:4678-4684.

37. Fernandez-Twinn, D. S., Wayman, A., Ekizoglou, S., Martin, M. S., Hales, C. N., Ozanne,

S. E. (2004) Maternal protein restriction leads to hyperinsulinemia and reduced insulin

signaling protein expression in 21-month-old female rat offspring. Am. J. Physiol. Regul.

Integr. Comp. Physiol.,

38. Malaisse, W. J., Garcia-Morales, P., Dufrane, S. P., Sener, A., Valverde, I. (1984).

Forskolin-induced activation of adenylate cyclase, cyclic adenosine monophosphate

production and insulin release in rat pancreatic islets. Endocrinology, 115 : 2015-2020.

39. Sharp, G. W. G., Wiedenkeller, D. E., Kaelin D., Siegel, E. G., Wollheim, C. B. (1980)

Stimulation of adenylate cyclase by Ca2+ and calmodulin in rat islets of Langerhans. Diabetes,

29:74-77.

40. Valverde, I., Sener, A., Lebrun, P., Herchuelz, A., Malaisse, W. J. (1981) The stimulus-

secretion coupling of glucose-induced insulin release. XLVII. The possible role of

calmodulin. Endocrinology, 108: 1305-1312.

68

41. Harrison, A. P., Tivey, D. R., Clausen, T., Duchamp, C., Dauncey, M. J. (1996). Role of

thryoid hormones in early postnatal development of skeletal muscle and its implications for

undernutrition. Br. J. Nutr., 76 : 841-855.

42. Jahnsen, T., Lohmann, S. M., Walter, U., Hedin, L., Richards, J. S. (1985) Purification

and characterization of hormone-regulated isoforms of the regulatory subunit of type II

cAMP-dependent protein kinase from rat ovaries. J. Biol. Chem., 260: 15980-15987.

43. Oyen, O., Sandberg, M., Eskild, W., Levy, F. O., Knutsen, G., Beebe, S., Hansson, V.,

Jansen, T. (1988) Differential regulation of messenger ribonucleic acids for specific subunits

of cyclic adenosine 3’, 5’-monophosphate (cAMP)-dependent protein kinase by cAMP in rat

Sertoli cells. Endocrinology, 122: 2658-2666.

44. Bansal, S. K., Jaiswal, A. S., Kathayat, R., Basir, S. F., Misra, U. K. (1996) Effect of

dietary protein manipulation on translocation of protein kinase C activity in various tissues of

rats. Indian J. Exp. Biol., 34: 197-200.

45. Sorenson, R. L., Brelje, T. C., Roth, C. (1993) Effects of steroid and lactogenic hormones

on islets of Langerhans: a new hypothesis for the role of pregnancy steroids in the adaptation

of islets to pregnancy. Endocrinology, 133: 2227-2234.

46. Sorenson, R. L. & Brelje, T. C. (1997) Adaptation of islets of Langerhans to pregnancy:

-cell growth, enhanced insulin secretion and the role of lactogenic hormones. Horm. Metab.

Res., 29: 301-307.

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo