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Maquiador
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Prog rama de
Arco Ocupacional
Maquiador
Qualificação
Profissionali m a g e m e b e l e z a
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Geraldo Alckmin
Governador
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Rodrigo Garcia
Secretário
Nelson Baeta Neves Filho
Secretário-Adjunto
Maria Cristina Lopes Victorino
Chefe de Gabinete
Ernesto Masselani Neto
Coordenador de Ensino Técnico, Tecnológico e Profissionalizante
Agradecemos aos seguintes profissionais e instituições que colaboraram na produção deste material:
Bardot Hair Body Soul, Grupo Satyros, Kelly Alves, Lay Out, Leo’s Cabeleireiros, Luciano Dias Rodrigues, Neci Diniz & Cabeleireiros, RedDoor Salon & SPA, Renato Rodriguez, Robson Trindade, Rosângela Bittencourt, Star Play Buffet,
Studio B. Cabeleireiros, Tânia Trindade e Tide Martins
FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETAPresidente
João SayadVice-Presidentes
Ronaldo BianchiFernando Vieira de Mello
Diretoria de Projetos EducacionaisDiretor
Fernando José de AlmeidaGerentes
Monica Gardelli FrancoJúlio Moreno
Coordenação técnica Maria Helena Soares de Souza
Equipe EditorialGerência editorial
Rogério Eduardo AlvesProdução editorial
Janaina Chervezan da Costa CardosoEdição de texto
Fernanda BottalloMarcelo Alencar
Preparação Luciana Soares
Revisão Beatriz ChavesHelô BeraldoKarlo Gabriel
Identidade visual João Baptista da Costa Aguiar
Arte e diagramação Fernando Makita
Pesquisa iconográfica Elisa Rojas
Monica SouzaIlustrações
OsneiTom B
Consultoria Titta Aguiar
Coordenação do ProjetoCETTPro/SDECT
Juan Carlos Dans SanchezFundação Padre Anchieta Monica Gardelli Franco
Fundação do Desenvolvimento Administrativo – Fundap
José Lucas Cordeiro
Apoio Técnico à CoordenaçãoFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap Fernando Moraes Fonseca Jr., Laís Schalch,Maria Helena de Castro Lima, Selma Venco
Apoio à ProduçãoFundação do Desenvolvimento
Administrativo – Fundap Ana Paula Alves de Lavos, Bianca Briguglio,
Emily Hozokawa Dias, Isabel da Costa MansoNabuco de Araújo, José Lucas Cordeiro,
Karina Satomi, Laís Schalch,Maria Helena de Castro Lima,
Selma VencoCETTPro/SDECT
Cibele Rodrigues Silva,João Batista de Arruda Mota Jr.
Textos de ReferênciaMaria Helena de Castro Lima
Selma Venco
Secretaria de deSenvolvimento econômico, ciência e tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Estamos felizes com a sua participação em um dos nossos cursos do Programa Via Rápida Emprego. Sabemos o quanto é importante a capacitação profissional para quem busca uma oportunidade de trabalho ou pretende abrir o seu próprio negócio.
Hoje, a falta de qualificação é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo desempregado.
Até os que estão trabalhando precisam de capacitação para se manter atualizados ou quem sabe exercer novas profissões com salários mais atraentes.
Foi pensando em você que o Governo do Estado criou o Via Rápida Emprego.
O Programa é coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, em parceria com instituições conceituadas na área da educação profis-sional.
Os nossos cursos contam com um material didático especialmente criado para facilitar o aprendizado de maneira rápida e eficiente. Com a ajuda de educadores experientes, pretendemos formar bons profissionais para o mercado de trabalho e excelentes cidadãos para a sociedade.
Temos certeza de que iremos lhe proporcionar muito mais que uma formação profissional de qualidade. O curso, sem dúvida, será o seu passaporte para a realização de sonhos ainda maiores.
Boa sorte e um ótimo curso!
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
Caro(a) Trabalhador(a)
Aqui começa nosso caminho para um novo aprendizado. Um aprendizado comple-to. Por quê?
Será que, no mundo de hoje, é suficiente apenas conhecermos as técnicas para, então, fazermos uma boa maquiagem?
Certamente, não. Descobrir como podemos melhorar nossa busca por um novo emprego, como obter o orçamento de uma maquiagem para uma noiva, como re-digir um cartaz a fim de divulgar o que sabemos fazer, entre outros, são conheci-mentos essenciais para que possamos nos tornar bons profissionais. E, para isso, é necessário sabermos muito mais do que a técnica.
O ponto de vista do Via Rápida Emprego é o de que o profissional, para iniciar sua carreira ou aperfeiçoar aquilo que já sabe, deve não só conhecer as técnicas, mas, também, adquirir outros conhecimentos para uma participação cidadã na socieda-de. Isso lhe proporcionará maiores chances na obtenção do emprego ou no desen-volvimento de uma atividade por conta própria como profissional autônomo.
Neste nosso trabalho, vamos conhecer as várias facetas do profissional da maquia-gem. Responderemos a algumas perguntas, como: onde ele atua? O que você pre-cisa conhecer para desempenhar melhor seu trabalho?
Além disso, falaremos sobre como enfrentar o desafio de descobrir a matemática no corpo humano e por que ela é importante na maquiagem.
Como você verá, nosso curso está cheio de novidades para que sua formação seja a mais completa possível.
Vamos às aulas!
Sum á ri o
Unidade 19
a história da ocupação
Unidade 223
a profissão de maquiador
Unidade 329
o mercado de trabalho
Unidade 437
as características da profissão
Unidade 567
a teoria das cores
Unidade 693
matemática e visagismo para valorizar o rosto
dados internacionais de catalogação na publicação (cip) (bibliotecária silvia marques crb 8/7377)
P964
Programa de qualificação profissional: Imagem e beleza /maquiador. -. -- São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.v.1, il. (série: Arco Ocupacional)
Vários autoresPrograma de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho - SERT
ISBN 978-85-61143-88-6
1. Ensino profissionalizante 2. Maquiagem I. Título II. Série
CDD 371.30281
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 9
unida d e 1 a hisTória da oCupação
A maquiagem sempre existiu? O que vem à nossa mente quan-do pensamos em maquiagem?
É comum associarmos a maquiagem ao ato de uma pessoa se embelezar para si mesma e para os outros.
Para fazermos uma maquiagem precisamos desenhar, combinar cores. Será, então, que a maquiagem é uma forma de arte?
Vamos primeiro pensar e refletir sobre o que é arte
Podemos dizer que a arte é um modo de expressar nossos senti-mentos, nossas emoções e nossas ideias. O mesmo ocorre quando escrevemos, cantamos, dançamos, pintamos. E por que não quan-do maquiamos alguém? Vamos tentar colocar em prática essa visão do que é arte.
O maquiador deve saber desenhar e combinar cores: forma de arte?
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Atividade 1senTindo a arTe
Vamos observar com bastante atenção os dois quadros abaixo, de dois artistas bra-sileiros. O primeiro é de Di Cavalcanti e o segundo é de Anita Malfatti.
1. Na sua opinião, qual sensação as cores utilizadas transmitem?
Anita Malfatti é considerada pela crítica um dos maiores símbolos da pintura modernista brasileira. Embora tenha
retratado pessoas de todas as camadas sociais, ela se tornou célebre por manter contato constante com artistas e intelec-
tuais das classes mais ricas. A imagem acima reproduz O retrato da atriz Lola Brah, óleo sobre tela pintado entre
1935 e 1937. A obra hoje faz parte de uma coleção particular.
A obra reproduzida acima é Cinco Moças de Guaratinguetá, óleo sobre tela pintado em 1930. Ele está no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Di Cavalcanti é conhecido como “O pintor
das mulatas”. Ele trabalhou temas sociais e tipicamente brasilei-ros, pintando favelas, operários etc. Mas foram suas mulatas
que fizeram mais sucesso. Ele as retratava com beleza, ao con-trário da arte da época, que só via encanto nas mulheres bran-
cas. Lábios carnudos, seios e quadris grandes, sempre em pose altiva: essa era a visão de Di Cavalcanti da mulher brasileira.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 11
2. Qual é a mensagem, a ideia ou a impressão que os quadros transmitem?
3. As mulheres das pinturas usam maquiagem? Como você definiria o estilo de cada uma delas?
12 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Da mesma forma que a arte transmite emoções ou sensa-ções, a maquiagem também faz uso de cores e traços com a intenção de causar certos sentimentos em quem a vê.
Observe a maquiagem do personagem Coringa, do filme Batman – O Cavaleiro das Trevas.
Não precisamos nem conhecer a história para saber que ele faz papel de “bandido”, não é mesmo? Isso porque o ma-quiador estudou o personagem na história antes de caracte-rizá-lo assim. Sua maquiagem foi “desenhada” com o obje-tivo de transmitir uma imagem que por si só já diz tudo.
O maquiador leva em conta tanto a personalidade das per-sonagens como das pessoas. Você já havia pensado nisso?
Vamos observar outro exemplo de maquiagem, a pro-duzida para um filme bastante recente, a versão de Tim Burton de Alice no País das Maravilhas. Vejamos alguns personagens e como eles foram caracterizados pelos maquiadores.
O mais famoso, sem dúvida, é o Chapeleiro Maluco.
Olhos vidrados, pele muito pálida e sorriso enigmáti-co, marcado por um rosa vivo. Essa é a maquiagem do
Coringa, vilão do filme Batman – O Cavaleiro das Trevas, vivido nas telas em 2008 pelo ator Heath Ledger: a maquiagem diz tudo
WArNEr BrOS pictUrES/lEgENdAry pict./dc cOMicS/AlBUN/lAtiNStOck
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 13
personagem para quem são sempre 6 horas da tarde, hora do chá, e que por isso mesmo perdeu a noção da realidade.
A Rainha Vermelha também está bem caracterizada pela maquiagem. Perceba que o maquiador diminuiu a boca da atriz, a fim de dar a ideia de contrariedade, uma vez que essa personagem está sempre brava e mandando cortar a cabeça daqueles que não fazem o que ela quer.
Johnny Depp caracterizado como o Chapeleiro Maluco de Alice no País das Maravilhas: a palidez da pele destaca o sorriso enigmático
Helena Bonham Carter no papel da Rainha Vermelha: a boca da personagem, reduzida pela pintura, dá a ideia de contrariedade
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A Rainha Branca, personagem inexistente na literatura, mas presente nessa nova versão cinematográfica, é irmã da Rainha Vermelha. Ela é bondosa e, por isso, foi expulsa do seu reino pela irmã.
Sua maquiagem dá ênfase a uma pele totalmente branca, tendo como destaque a boca bastante vermelha, alusão a um estilo romântico.
No filme de Tim Burton, Anne Hathaway é a Rainha Branca: o batom vermelho-vivo transmite a sensação de romantismo
WAlt diSNEy pictUrES/cOUrtESy – EvErEtt cOllEctiON/lAtiNStOck
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 15
Atividade 2o senTido da maquiagem
Observe as imagens a seguir e perceba qual é o sentido da maquiagem em cada caso.
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16 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Agora responda:
1. Qual a mensagem transmitida por cada foto com relação ao estilo pessoal?
Foto 1:
Foto 2:
Foto 3:
2. O que é possível imaginar sobre a personalidade dessas mulheres?
Foto 1:
Foto 2:
Foto 3
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 17
Foto 3:
3. Qual a idade delas?
Foto 1:
Foto 2:
Foto 3:
4. E a profissão?
Foto 1:
Foto 2:
Foto 3:
5. Na sua opinião, em quais situações uma mulher deve usar cada tipo de maquiagem?
Foto 1:
Foto 2:
Foto 3:
18 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Beleza é uma questão de tempo e espaço
O belo vai sendo construído, desconstruído e, muitas vezes, destruído. O que achamos belo um dia, no outro já não nos serve mais.
A beleza é um padrão estabelecido em determinada so-ciedade e cultura. Por isso, dizemos que o belo se constrói ao longo do tempo num espaço determinado.
Mas o belo está em constante transformação, principal-mente nos tempos atuais, em que os diversos e velozes meios de comunicação (TV, revistas, internet etc.) estabelecem o que está ou deixa de estar dentro dos padrões de beleza. O belo do século 18 (XVIII), por exemplo, pode não ter nada a ver com o belo do século 21 (XXI). O mesmo ocorre com o ideal de beleza do Oriente e o do Ocidente.
• A maquiagem existe desde 5000 a.C. (antes de Cristo)!
• Em 3000 a.C. (antes de Cristo), já se usava ba-tom, khol, o equivalente ao “lápis” para contornar os olhos que usamos ho-je, e uma pintura para os olhos à base de minerais, a sombra da atualidade!
Pr é-histór i a Séc. 16 ( X V I)
Séc. 21 ( X X I) Séc. 18 ( X V III )
VÊNUS WILLENDORF
A barriga, a vulva e os seios volumosos suge-rem que esta estatueta, esculpida há milhares
de anos, tem uma forte relação com o conceito de fertilidade. Não há rosto na imagem e os braços são frágeis e
discretos.
ALICE BRAGA
A atriz brasileira reúne várias características da mulher moderna: traba-lha, mantém-se saudá-
vel à base de dieta equi-librada e é prática para vestir-se e maquiar-se: exageros, só se os per-sonagens que ela inter-
preta exigirem.
MADALENA DONI
O retrato desta senhora rechonchuda, pintado por Rafael em 1506, revela a
vaidade em detalhes como joias e a discreta
tiara que prende os cabe-los. Os ombros e o colo à mostra eram o máximo
de ousadia que os hábitos da época permitiam.
MARIA ANTONIETA
A mais fashion das rai-nhas francesas não dis-pensava um bom perfu-
me, mantinha as bochechas rosadas à
base de muita maquia-gem, usava vestidos
luxuosos – ela raramente os repetia – e perucas
para lá de espalhafatosas.
Você sabia?
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 19
Cleópatra subiu ao trono do Egito em 51 a.C. (antes de Cristo), quando tinha apenas 17 anos. Ela era uma mulher muito bonita e usava a sedu-ção para conquistar os ho-mens e conseguir mais po-der. Mas poucas vezes se ouve contar que ela era mui-to inteligente, falava 7 idio-mas e que tinha uma grande capacidade de governar. Ela governava o Egito com clas-se e diplomacia, ou seja, um jeito especial que procurava atender aos interesses de diversos grupos que deti-nham o poder.
Apesar de toda sua atividade política, Cleópatra não des-cuidava de sua beleza. A rainha banhava-se em leite. Para ela eram especialmente produzidos óleos aromáticos a fim de deixar sua pele ma-cia, e sua maquiagem era preparada com minerais.
Muitas vezes, até voltamos a usar roupas, maquiagem e acessórios que foram moda em outras épocas. Isso ocor-re porque voltamos no tempo e recuperamos alguns traços do padrão de beleza antigo e os reformulamos, ou seja, damos uma nova “roupagem” ou uma “atualizada” no que já considerávamos belo.
A mensagem por trás da maquiagem
A maquiagem não foi usada somente para o embeleza-mento do corpo e do rosto. Alguns povos a usavam, e ainda usam, para indicar sua classe social e até sua religião.
Podemos voltar na história e observar se a maquiagem sem-pre teve o objetivo de tornar as pessoas mais belas ou não.
Temos um exemplo bem próximo de nós, brasileiros: os indígenas. No Brasil, o primeiro relato de que os nativos pintavam seus corpos foi feito por Pero Vaz de Caminha.
Segundo historiadores, os indígenas usavam pigmentos feitos sobretudo com o jenipapo (que imprimia na pele uma cor negra) e o urucum (de cor avermelhada).
As pinturas possuíam traços individuais e eram produzidas pelos próprios indígenas que pintavam a si mesmos ou uns aos outros. Essas pinturas eram utilizadas em diversas si-tuações ou cerimônias, como guerrear ou para realizar visitas em outras aldeias.
Os colonizadores, a princípio, estranhavam essa prática e chegavam a dizer que as mulheres se enfeavam ao pintar seus corpos.
Atividade 3observando a maquiagem
Reúna-se com mais dois colegas, formando um trio. Você e seus colegas observarão uma das muitas imagens de Cleópatra. Vamos olhar com atenção e perceber todos os detalhes!
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DICACleópatra, 1963, com Elizabeth
Taylor e Richard Burton. O filme retrata uma Cleópatra que usa a
sedução para conquistar mais poder.
20 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Agora sigam as seguintes indicações.
a) Observem a maquiagem que ela usa. Façam uma descrição de cada detalhe.
b) Vocês conseguem perceber alguma semelhança entre a maquiagem usada por Cleópatra e a usada na atualidade? Em que ocasiões isso ocorre?
c) Vocês irão agora maquiar Cleópatra. Como fariam? Quais cores usariam? Como pintariam seus olhos? Soltem a criatividade! Para isso utilizem a figura abaixo.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 21
A função da maquiagem vai se transformando no decor-rer da história. No século 18 (XVIII), por exemplo, co-meçou uma verdadeira perseguição às mulheres que se maquiavam. Na Inglaterra, o Parlamento (a reunião de representantes dos cidadãos) recebeu uma proposta de lei que queria punir as mulheres por usarem maquiagem, igualando-as, por isso, a bruxas.
Nessa época, as mulheres costumavam usar uma másca-ra grossa na face. Essa lei permitia que os homens des-manchassem o casamento, caso se sentissem enganados por terem se casado com alguém que tinha uma aparên-cia maquiada e outra sem maquiagem.
Atividade 4a hisTória da maquiagem
1. Vamos aproveitar para compreender o texto e aumen-tar nosso vocabulário.
a) Leia os dois textos abaixo.
Texto 1
“Todas as mulheres que a partir deste
ato tirarem vantagem, seduzirem ou
atraírem ao matrimônio qualquer súdito
de Sua Majestade por meio de perfumes,
pinturas, cosméticos, loções, dentes ar-
tificiais, cabelo falso, lã de Espanha, es-
partilhos de ferro, armação para saias,
sapatos altos ou anquinhas, ficam sujei-
tas à penalidade da lei que agora entra
em vigor contra a bruxaria e contraven-
ções semelhantes e que o casamento,
se condenadas, seja anulado (...).”
Proposta de lei enviada ao Parlamento Inglês no final do século 18 (XVIII), que tentou impor
às mulheres que usavam adornos a mesma penalidade imposta às bruxas, além de
possibilitar a anulação do casamento.
DICASempre procure no dicionário
o significado das palavras que você desconhece.
22 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Texto 2
“Senhor, estou pensando em largar minha
mulher e acredito que quando o senhor
considerar o meu caso, a sua opinião será
a de que minhas pretensões ao divórcio
são justas. Nunca um homem foi tão
apaixonado como eu pela sua fronte, pes-
coço e braços alvos, assim como a cor
azeviche de seus cabelos. Mas para meu
espanto descobri que era tudo feito de
arte: sua pele é tão opaca com esta prá-
tica, que quando acordou de manhã, mal
parecia jovem o suficiente para ser mãe
de quem levei para a cama na noite an-
terior. Tomarei a liberdade de deixá-la na
primeira oportunidade, a menos que seu
pai torne sua fortuna apropriada às suas
verdadeiras, e não supostas, feições (...).”
Carta publicada no jornal britânico
The inspector em 1711.
a) Procure no dicionário o significado das seguintes palavras:
Súdito –
Anquilhas –
Azeviche –
b) Discuta em classe sobre a lei imposta às mulheres daquela época. Como seria essa lei aplicada aos dias de hoje? Registre as principais ideias a que chegaram nessa discussão.
No século 18 (XVIII) a cor do batom era escolhida conforme a posição que as mulheres ocupavam na sociedade.
batom vinho – Usado pelas damas da corte.
batom vermelho – Apli-cado pelas mulheres ricas.
batom violeta – Adota-do apenas por mulheres de má reputação.
Fonte: Beauté – L’histoire du maquillage. Disponível em: www.elleraconte.com/article-l-histoire-maquillage-
a_6673_0_0.html. Acesso em: 4 ago. 2010.
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unida d e 2
a profissão de maquiador
Você já pensou sobre quem é o maquiador hoje?
Para começar o curso, é bom saber que profissional você será e quais são as suas possibilidades de ingressar no mercado de tra-balho nessa área.
Inicie o percurso perguntando para si mesmo: “onde eu estarei trabalhando daqui a cinco meses?”
Você se imagina trabalhando como maquiador? Como você se vê? Onde estará trabalhando?
• Num salão de beleza?
• Indo até a casa de clientes com sua maleta?
• Num teatro?
• Nos camarins de um canal de televisão?
• Numa escola de beleza, dando aulas de maquiagem?
• Em lojas de cosméticos, fazendo demonstração de produtos?
• Em festas infantis, pintando crianças?
Quantas possibilidades! E há muitas outras.
O Ministério do Trabalho e Emprego e a profissão de maquiador
O Ministério do Trabalho e Emprego produziu um documento chamado Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Ele des-creve 2.422 ocupações e diz o que é preciso para exercê-las: a escolaridade necessária, o que cada profissional deve fazer, onde pode atuar etc. Entre as informações que constam desse docu-mento existe um grupo que nos interessa definir neste momen-to: quem é o maquiador hoje.
A descrição de cada ocu-pação da CBO é feita pe-los próprios trabalhado-res. Dessa forma, temos a garantia de que as in-formações vêm de quem atua no ramo e, portanto, conhece bem a profissão. Você pode ler esse docu-mento na íntegra aces-sando, na aula de infor-mática, o site:www.mtecbo.gov.br.
De forma resumida, a CBO indica o que faz o maquiador. Agrupamos suas atribuições pelos seguintes temas:
Formação/qualificação profissional• Participar de cursos e palestras.• Consultar revistas e publicações especializadas.• Estagiar em salões e clínicas.
Atitudes pessoais• Manter o bom humor.• Ouvir atentamente e não falar excessivamente.• Cuidar da aparência pessoal.• Manter-se paciente.• Demonstrar bom-senso.
Atitudes profissionais• Abordar o cliente de maneira correta.• Demonstrar noções de etiqueta social.• Demonstrar senso estético.• Inspirar confiança e credibilidade.• Demonstrar ética profissional.• Demonstrar bom-senso.• Trabalhar com segurança.• Escolher instrumentos e materiais adequados.
Você sabia?
24 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 25
Veja o que um dos mais famosos maquiadores brasileiros diz sobre o início de sua carreira.
“(...) Aprendi a técnica de maquiagem com os recursos que me foram
possíveis, há 15 anos, em Porto Alegre, quando ainda havia um famo-
so estojo de sombras com formato de borboleta, uma única marca
nacionalizada confiável... e nada mais. Tive de me virar com a realida-
de para obter os melhores efeitos.”
Duda Molinos. Maquiagem – Duda Molinos. São Paulo: Senac, 2000.
Na verdade, esse profissional está chamando a atenção para um aspecto que merece mesmo destaque: para ser maquiador é necessário ser criativo e observador para per-ceber o que combina (e o que não combina) com cada cliente.
Bons e variados produtos são importantes para quem inicia na profissão, mas, se-gundo Duda, isso não é fundamental.
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26 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Atividade 1esTudo de meio
1. No início deste caderno apresentamos vários lugares onde o maquiador exerce sua profissão. Vamos dividir a turma em pequenos grupos a fim de que cada um deles entreviste um maquiador.
Todos devem se organizar de forma que as equipes visitem locais diferentes e conversem com profissionais que atuam em áreas distintas. Seguem abaixo algu-mas sugestões.
• maquiador que trabalha em salão de beleza;
• maquiador autônomo;
• maquiador que faz demonstração de produtos;
• maquiador de festas infantis; e
• maquiador que trabalha em teatro ou TV.
2. O que vocês gostariam de perguntar a cada um desses profissionais?Acompanhem abaixo um roteiro de entrevista. Cada grupo pode acrescentar outras questões que considerar importantes.
a) Quem é o entrevistado?
b) É homem ou mulher? Quantos anos tem? Qual é sua escolaridade? Ainda estuda ou pretende voltar a estudar?
c) Costuma fazer cursos de especialização em sua área?
d) Onde trabalha?
e) Trabalha em apenas um lugar?
f) Como escolheu essa ocupação?
g) Como aprendeu a profissão?
h) Quais são os pontos positivos e negativos dessa área de atuação?
i) Que conselhos você dá a um maquiador que está começando agora?
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 27
Acompanhe aqui um exemplo de aplicação do questionário de entrevista.
P – Qual é seu nome? E sua idade?
R – Tide Martins, 22 anos.
P – Qual a sua formação escolar?
R – Completei o ensino médio.
P – Há quanto tempo trabalha na área?
R – Três anos.
P – Costuma fazer que tipo de cursos e onde para se especializar ou se atualizar?
R – Eu geralmente assisto a palestras.
P – Onde você trabalha?
R – Em um salão de beleza em São Paulo.
P – Por que escolheu essa profissão?
R – Porque eu a amo.
P – Como aprendeu o ofício?
R – Observando um profissional, de quem fui as-sistente, em ação. Fiz curso de cabeleireiro, mas maquiagem aprendi na prática, mas indico que procurem um bom curso.
P – Quais são, na sua opinião, os pontos ne-gativos e positivos da profissão?
R – Os pontos negativos são a dificuldade para arrumar emprego na área e a baixa remuneração no início da carreira. Os principais aspectos positivos são o poder que o maquiador tem de transformar os outros. Não há nada como partilhar a alegria de uma mulher quando vê sua beleza realçada pela maquiagem. É uma profissão gratificante!
P – Que conhecimentos o maquiador deve ter?
R – Precisa saber trabalhar com sombra e luz, es-tar sempre antenado com as tendências da moda e, acima de tudo, ter bom gosto e respeitar o es-tilo das clientes.
P – Quais são seus conselhos para um ma-quiador que está começando agora?
R – Comece como assistente, pois estar ao lado de um maquiador experiente faz toda diferença. Há alguns truques que não aprendemos na esco-la e além dos truques você consegue alguns con-tatos. Assim fica mais fácil entrar na área. Além disso, sempre trabalhe com bons produtos e sempre tenha metas e foque nelas, assim fica mais fácil ser bem-sucedido na área.
Tide Martins: “Amo a profissão”
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28 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
3. Que tal, agora, cada participante do grupo escrever um texto sobre a entrevista? Procure planejar seu texto antes de começar a redigir da seguinte forma:
a) Analise os argumentos usados pelo profissional.
b) Organize as principais ideias.
c) Apresente as conclusões a que chegou após a conversa.
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o merCado de Trabalho
Em geral, os maquiadores atuam em salões de beleza com outros profissionais da área, como cabeleireiros, depiladoras e manicu-res. A maquiagem mais comum em salões é aquela para festas, bailes de formatura e casamentos.
Eles também podem atuar no meio artístico, contratados por redes de televisão para maquiar artistas e convidados de progra-mas, e podem tornar-se exclusivos de certas personalidades, caso sejam considerados talentosos, muito bons naquilo que fazem.
O maquiador pode atuar ainda em desfiles de moda, preparan-do o rosto das modelos. Os principais desfiles que ocorrem no Brasil e movimentam bastante o mercado de beleza são o São Paulo Fashion Week e o Fashion Rio.
Modelo em ação na São Paulo Fashion Week: evento agita o mercado
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DICASe tiver oportunidade, assista à
comédia Tootsie (Estados Unidos, 1982, direção de Sidney
Pollack). Nela, o personagem principal é um ator que perde o
emprego e, graças à maquiagem, assume a identidade de uma
mulher para disputar um papel feminino numa telenovela.
Já no teatro, o maquiador caracteriza personagens, prin-cipalmente quando o ator precisa transformar muito seu rosto para fazer sua interpretação, caso bastante comum nas apresentações infantis.
A fim de ajudá-lo a se identificar com alguma área de atuação do maquiador, vamos elaborar um balanço do que você sabe fazer bem e de outras coisas que precisa aperfeiçoar para ser um bom profissional.
O portfólio é uma técnica utilizada para ajudá-lo nesse caminho.
Você já teve as primeiras noções de como elaborá-lo no tema “Como se preparar para o mercado de trabalho” no Caderno do Trabalhador 1 – Conteúdos Gerais. Aqui, vamos dar um passo adiante.
Atividade 1 ConTando sua hisTória
1. Troque ideias com outros cinco colegas. Cada um se apresenta aos demais, contando suas qualidades e seus defeitos.
Não precisa se envergonhar de nada! Todos temos características boas e ruins. Em nossa balança da vida, certamente vamos encontrar muitas delas. Como será sua balança?
2. A seguir, individualmente, descreva, por meio de uma história, o que gosta e o que desgosta em você.
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3. Indique suas experiências relacionadas com a maquiagem ou a área de beleza: atividades que você desenvolveu como passatempo, os cursos que você já realizou, coisas que gosta de fazer (mesmo que não ganhe dinheiro ou cobre por elas), algo que, segundo as outras pessoas, você faz bem.
Preencha a tabela usando como base os exemplos em cada quadro.
MINHAS EXPERIÊNCIAS NA ÁREA DE BELEZA
Experiência
Maquiar algumas amigas para uma festa
O que precisei fazer
Pedir que elas trouxessem a maquiagem que tinham em casa
O que foi fácil nessa
experiência
Escolher como seria a maquiagem
O que foi difícil nessa
experiência
Pintar os olhos das minhas amigas
Ao preencher esse quadro você foi percebendo que já fez muita coisa nessa área e que também sabe fazer bem outras tantas!
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1. Vamos aprofundar a discussão sobre o que é preciso saber para ser maquiador.
Num grupo de cinco pessoas, discutam o que, na opi-nião de cada um, o maquiador profissional deve saber fazer. Procurem organizar as ideias de modo que as frases abaixo sejam completadas.
a) Um maquiador profissional deve saber:
Profissional de maquiagem em seu estúdio: ocupação envolve domínio de técnicas e uso de materiais específicos
Atividade 2o maquiador profissional
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b) Um maquiador profissional precisa usar:
c) Um maquiador profissional necessita cuidar:
d) Um maquiador profissional deve, também:
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Depois de discutir o que um maquiador faz, pense um pouco sobre você mesmo. O que você sabe fazer bem? O que você sabe fazer mais ou menos ou ainda não teve a oportunidade de aprender? Marque com um × na coluna correspondente.
FAÇO BEM
FAÇO MAIS OU MENOS
NÃO SEI FAZER
Escolher as cores de acordo com o tom da pele das pessoas.
Reconhecer o estilo pessoal: per-ceber como é o jeito de cada pessoa, que tipo de roupa ela usa, a que tipo de lugares costuma ir, entre outras coisas.
Identificar o tipo de maquiagem que combina com cada pessoa.
Escolher o produto correto para obter o efeito desejado.
Identificar o formato do rosto.
Corrigir imperfeições do rosto usando técnicas da maquiagem.
Lidar com pessoas.
Ouvir atentamente.
Mostrar-se paciente.
Bem, agora você já tomou conhecimento de quem é e do que sabe fazer com o ob-jetivo de facilitar seu início nessa profissão e, principalmente, do que precisa apren-der para ser um bom profissional.
Mas ainda vamos voltar a esse assunto.
Agora, comece a “rechear” seu portfólio em casa, procurando documentos e fotos que apresentem trabalhos realizados por você. Pode ser até mesmo a foto de uma festa em que maquiou suas amigas. Esse primeiro passo ajudará, e muito, na hora de elaborar seu currículo.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 37
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as CaraCTerísTiCas da profissão
A imagem que transmitimos com nossa aparência, seja com a roupa, os acessórios, a maquiagem ou o cabelo, fala sobre nós. Esse é o nosso estilo pessoal. Trata-se de mensagens que passamos a nosso respeito: sofisticação, simplicidade, docilidade, moder-nidade, seriedade. Enfim, a comunicação visual é nosso cartão de visitas.
Como o objetivo é oferecer a maquiagem correta ao cliente de-vemos analisar seu estilo pessoal. Uma pessoa pode ter um ou três estilos juntos, por exemplo. Os estilos se baseiam no seu tipo físico, no formato e nas características do seu rosto, na cor de sua pele e na ocasião a que se destina a maquiagem.
Para fazermos uma relação entre estilo pessoal e tipo de maquia-gem, devemos conhecer os sete estilos pessoais.
Todo mundo tem um estilo: o maquiador precisa saber reconhecer cada um e explorar suas características
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Estilo tradicional ou clássico
Características: é uma pessoa recatada, que não gosta de chamar atenção.
Tipo de roupa: cortes mais retos, que não modelam o corpo; ausência de decotes e transparências; cores e acessórios sóbrios e discretos.
Exemplos: Fátima Bernardes, Fernanda Montenegro, Silvio Santos.
Tipo de maquiagem: conservadora, discreta. Uso de tonalidades neutras com pouco brilho.
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Estilo elegante
Características: sofisticada; exigente; imponente.
Tipo de roupa: usa roupas de ótima qualidade, geralmente de grife; dispensa itens chamativos ou extravagantes.
Exemplos: Christiane Torloni, Patrícia Poeta, Roberto Justus.
Tipo de maquiagem: impecável; refinada, porém sem exageros. Os olhos são bem definidos por sombras escuras esfumaçadas. Os batons usados possuem tons e brilhos na dose certa.
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Estilo moderno
Características: pessoa urbana; é elegante, mas gosta de exageros.
Tipo de roupa: estruturada; visual somente preto ou que contrasta com o preto; acessórios enormes; uso de roupas com características masculinas para as mulheres.
Exemplos: Adriane Galisteu, Carolina Ferraz, Marcelo Tas.
Tipo de maquiagem: chama a atenção com traços modernos sem perder a sofisti-cação; predominância de cores escuras nos olhos; contraste de cores claras e escuras (lábios vermelhos, pele bem branca e cabelo preto, por exemplo).
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Estilo criativo
Características: pessoa inovadora, que gosta de brincar com o visual.
Tipo de roupa: mistura de cores e estampas; sobreposição de peças; roupas étnicas ou de brechós.
Exemplos: Gilberto Gil, Regina Casé, Rita Lee.
Tipo de maquiagem: inovadora, trazendo sempre traços diferenciados, com o uso de várias cores de tons fortes; a maquiagem é uma declaração artística.
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Estilo sexy
Características: pessoa extremamente vaidosa e sensual, que nasceu para brilhar; é muito focada no seu corpo e no seu visual.
Tipo de roupa: abusa de decotes, roupas curtas e que modelam o corpo; estampa animal; salto alto.
Exemplos: Cauã Reymond, Juliana Paes, Preta Gil.
Tipo de maquiagem: exuberante; sedutora; valoriza muito os olhos e a boca, com cores fortes e brilho.
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Estilo esportivo
Características: pessoa casual, prática; gosta de conforto.
Tipo de roupa: geralmente veste jeans, camiseta, camisas básicas, tênis; ausência de acessórios.
Exemplos: Ana Paula Arósio, Luciano Huck, Pedro Bial.
Tipo de maquiagem: a mais básica possível; maquiagem conhecida como realce (cara lavada).
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Estilo romântico
Características: pessoa delicada, sonhadora, meiga, calma.
Tipo de roupa: tons pastéis; formas arredondadas; as mulheres usam estampas florais e babados.
Exemplos: Gabriela Duarte, Luciano Zafir, Sandy.
Tipo de maquiagem: valoriza o lado feminino; gosta de cores claras, em geral tons rosados, com destaque suave para os olhos.
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Agora que aprendemos um pouco sobre os sete estilos pessoais, vamos conhecer a fundo a parte do corpo que mais nos interessa neste curso. Observe a figura a seguir com atenção e recorra a ela sempre que necessitar.
Têmpora
Arco dasobrancelha
Linha do cabelo
Testa
Côncavo
Sobrancelha
Pálpebra superior
Cílios
Orelha
Lóbulo
Mandíbula(maxilar)
Bochecha
Asa do nariz
Narina
Queixo
Lábio inferior
Lábio superior
Base do nariz
Maçãdo rosto
Pupila
Pálpebra inferior
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O material do maquiador
Quais serão os segredos guardados nas maletas dos maquiadores? Certamente, muitos. Você também irá “colecionar” os segredos que descobrirá na sua carreira.
A relação abaixo serve para você conhecer os produtos básicos para o exercício da profissão. Mas atenção: resista à tentação de adquirir produtos sem necessidade. Con-versaremos sobre isso no final do nosso curso, quando você irá analisar suas possibili-dades de trabalho, quem serão seus clientes etc. E lembre-se: conforme a opinião de vários maquiadores profissionais, produto bom não é necessariamente produto caro.
Lista de materiais
Para preparar a pele
• Demaquilante facial
• Demaquilante de olhos bifásico
• Tônico
• Hidratante
Maquiagem – pele
• Base líquida oil free (sem óleo) – tonalidades diversas
• Base cremosa oil free (sem óleo) – tonalidades diversas
• Pó compacto – tonalidades diversas
• Pó facial – tonalidades diversas
• Pó fixador – tonalidades diversas
• Blush – tonalidades diversas
• Corretivo líquido – tonalidades diversas
• Corretivo cremoso – tonalidades diversas
Maquiagem – olhos
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• Sombra compacta (cores variadas)
• Lápis e delineadores
• Lápis de sobrancelha
• Lápis de olhos
• Delineador líquido
• Máscara para cílios (rímel)
Maquiagem – boca
• Batom cremoso – diversas cores
• Gloss – diversas cores
• Lápis para lábios – diversas cores
Acessórios
• Máscara protetora
• Esponjas de látex
• Cotonetes
• Curvex
• Cílios postiços (em tufos e inteiros)
• Cola para cílios
• Pinça
• Tesourinha
• Apontador
• Lenços de papel
• Algodão
• Faixa de cabelo
• Fixador de maquiagem
DICAExistem vários tipos de rímel,
inclusive os à prova de água, que são mais resistentes ao contato
com a água, com o suor e com as lágrimas. Ele deve ser utilizado,
principalmente, em ocasiões especiais, como em casamentos,
festas ou locais onde se tem contato com água, como piscina
ou praia. Mas deve ser evitado no dia a dia, pois é necessário um produto muito mais forte para retirá-lo e o uso contínuo desse
tipo de produto não só destrói os cílios como pode fazer com que
eles caiam.
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Pincéis
1. Aplicador de pó facial: para ser usado com movimentos circulares
2. Pincel de blush modelo arredondado: marca as maçãs do rosto
3. Chanfrado: para corrigir as sobrancelhas, delineia a pálpebra aplicando sombra rente aos cílios
4. Leque: para remover a sombra que caiu abaixo dos olhos
5. Escova e pente: a escova serve para ajeitar as sobrancelhas e o pente, para tirar o excesso de rímel dos cílios
6. Pincel de blush modelo com cerdas em diagonal, apropriado para passar blush em direção às têmporas
7. Pincel de base: para uniformizar a cor da pele
8. Corretivo: ideal para aplicar corretivo e também a sombra, para traços mais marcantes
9. Esfumador de sombra: para obter um efeito mais suavizado, usado depois de aplicar a sombra
10. Esponja: ideal para aplicar sombra, a fim de dar efeito esfumaçado
11. Lip: para passar batom e contornar os lábios
12. Kabuki: indicado para produtos leves como pó solto e maquiagem mineral
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 49
Conhecendo cada tipo de pele
Vimos até aqui alguns aspectos sobre o que é ser maquiador, como surgiu a maquiagem e os materiais necessários para o trabalho. Vamos, então, começar a preparar o terreno.
Todo trabalho envolve, de alguma forma, a saúde das pessoas, seja do cliente, seja do profissional. Vamos percorrer algumas etapas para saber mais a esse respeito.
1º Passo: o que é pele?
A pele tem uma função muito importante no corpo humano. Ela é nosso “escudo” e nos protege de ataques externos. Ela também nos avisa quando algo não está bem no organismo: uma simples coceira na pele pode revelar algum problema de saúde.
É comum as pessoas ficarem vermelhas – o termo técnico é “rubor facial” – quando passam por alguma situação que envolve vergonha ou raiva, não é mesmo? Isso porque existem muitos vasos que fazem o sangue circular pelo organismo e nessas situações eles se dilatam, ou seja, se alargam, se expandem, causando essa reação, pois concentram um volume maior de sangue naquele momento.
A pele é composta por três partes:
•Epiderme–Éaparteexternadocorpohumano,porisso,podemosdizerquefun-ciona como um “escudo” que nos protege.
50 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
•Derme–Éacamadaquevemlogoabaixodaepiderme.Elaéresponsávelpordarmaior firmeza e elasticidade à pele. Por esse motivo, dizemos que ela é o “pilar” da epiderme.
•Hipoderme–Éonosso“termômetro”.Porseracamadamaisprofundadapele,nos protege das diferenças de temperaturas.
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2º Passo: reconhecendo cada tipo de pele
Experimente fazer um teste: passe a mão pelo seu rosto. Qual foi a sensação que teve: ela está seca? Parece engordurada? Sua testa, nariz e queixo ficam mais oleosos que o restante do seu rosto? Sua pele apresenta alguma alteração significativa?
Já demos um primeiro passo para identificar, ao menos, um tipo de pele: o seu!
Veja os tipos mais comuns a seguir.
PELE NORMAL
COMO IDENTIFICAR?É equilibrada: nem muito seca, nem muito oleosa. Passa a impres-são de algo fresco, sau-dável e macio.Apresenta poros fecha-dos, tem um brilho na-tural e aspecto de hidra-tada com tendência a se tornar seca.
COMO LIMPAR?Lavá-la diariamente com sabonete ou loção espe-cíficos para esse tipo de pele. Prefira os sabonetes líquidos, mais suaves para a pele.
O QUE É PROIBIDO?Em princípio, nada.
CONSELHO DE ESPECIALISTAAlimentação equilibra-da para manter a pele normal.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 53
PELE SECA
COMO IDENTIFICAR?Carece de luz e brilho e tem aspecto áspero, opa-co, sem elasticidade.É fina, ressecada e, em alguns casos, descasca facilmente.
COMO LIMPAR?Para limpá-la, prefira os sabonetes que conte-nham creme hidratan-te, pois ele contém óleo e evita o ressecamento da pele.
O QUE É PROIBIDO?Nunca lavá-la com sa-bonete em barra. Evite produtos que conte-nham álcool.
CONSELHO DE ESPECIALISTATomar muita água. Substituir o arroz bran-co pelo integral e comer peixes.
Sempre indique aos seus clientes o uso de protetor solar,
independentemente do tipo de pele. Ele serve como filtro contra os raios ultravioletas e, com isso,
reduz o risco de esses raios causarem problemas e doenças
na pele, incluindo câncer.
54 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
PELE OLEOSA
COMO IDENTIFICAR?Excesso de brilho, poros maiores e abertos. Ge-ralmente apresenta cra-vos e espinhas.
COMO LIMPAR?Deve-se realizar uma limpeza mais intensa antes da maquiagem, com produtos sem hi-dratante ou qualquer tipo de óleo. Escolha os que contenham, ácidos e loções adstringentes.
O QUE É PROIBIDO?Não use produtos de limpeza à base de hidra-tantes ou óleo. Use géis, fluidos ou loções. Apli-que creme nutritivo na área dos olhos.
CONSELHO DE ESPECIALISTAPele oleosa não significa excesso de água e sim de substância sebosa! Por esse motivo, é acon-selhável evitar alimen-tos gordurosos. Não lavar o rosto vá-rias vezes ao dia. Isso fará com que a oleosi-dade aumente.
Adstringente: Subs-tância que limpa ao mesmo tempo que fecha os poros, evi-tando a entrada de sujeira.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 55
PELE MISTA
COMO IDENTIFICAR?Semelhante à oleosa; no entanto forma-se um “T” de pele oleosa no rosto, incluindo testa, nariz e queixo. Possui regiões secas, geralmen-te localizadas nas maçãs do rosto.
COMO LIMPAR?A limpeza deve ser feita na região do “T” como a da pele oleosa. Nas demais partes, deve ser realizada a limpeza da pele seca.
O QUE É PROIBIDO?Após a limpeza, use tô-nico sem álcool.
CONSELHO DE ESPECIALISTABeber bastante água e preferir o uso de hidra-tantes em forma de gel.
56 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Limpeza e higienização da pele
Agora que conhecemos os tipos de pele, vamos saber como proceder para iniciar o trabalho.
Vamos identificar o melhor produto para limpá-la e aprender como deixá-la higienizada.
Vimos até aqui dicas e produtos para limpar a pele no dia a dia. Para fazer a maquiagem precisamos de um aliado mais poderoso: o demaquilante.
Demaquilante é um produto capaz de limpar a pele, mas, principalmente, retirar resíduos de maquiagem que ainda podem estar nela.
Na hora de limpar a pele você pode usar tanto o dema-quilante quanto a loção de limpeza. Para retirar batom, blush e sombra, escolha os mais leves, como loções, es-pumas e géis. Os demaquilantes mais oleosos são os mais indicados para a limpeza de rímel, delineador e base.
MUITO IMPORTANTE
Regra no zero de uma boa maquiagem: limpar a pele.
Nenhum pingo de creme ou traço de maquiagem antiga deve permanecer na pele. Se essa etapa for pulada, certa-mente o resultado final do seu trabalho não será satisfa-tório.
Inicie sempre o processo de limpeza pelos olhos.
Tome muito cuidado com os olhos, sempre. Comece a lim-peza nas áreas ao seu redor. Dessa forma, evitará conta-miná-los com impurezas das demais partes do rosto.
Demaquilante ou loção: opções para a limpeza de pele
DICAÉ recomendável que você utilize
um demaquilante especial para os olhos. Não esqueça: todo rímel deve ser retirado para receber
uma nova maquiagem!
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 57
Para a região dos olhos, por se tratar de uma área mais delicada, prefira as loções bifásicas desenvolvidas espe-cialmente para esse fim; em seguida, passe um algodão embebido em soro fisiológico em toda a área dos olhos.
Para cada tipo de pele há um demaquilante específico.
TIPO DE PELE TEXTURA DO PRODUTO
Oleosa Procure na fórmula ingre-dientes que ajudem a dimi-nuir ou regular a oleosida-de da pele, como o zinco e o ácido salicílico. Escolha produtos fluidos, em gel e sem óleo.
Normal a seca Use produtos que sejam capazes de hidratar a pele, elaborados com ureia, gli-cerina e semente de uva. Os produtos em forma de es-puma ou cremosos são os mais indicados.
Sensível Utilize produtos sem per-fume ou cor. Extratos de plantas calmantes, como a camomila, ajudam a dimi-nuir a possibilidade de rea-ções alérgicas.
O demaquilante sozinho já faz boa parte do serviço de preparo da pele para uma nova maquiagem. No entanto, o uso do tônico também é importante no preparo da pele para receber os produtos.
Loção bifásica: Substância formada de duas fases ou partes, uma à base de óleo e outra de água.
DICAQualquer produto pode causar alergia ou irritação na pele. Por
isso, é muito importante testá-lo antes de usar. Faça o teste
aplicando o produto no lado interno do punho, onde a pele é
mais fina e sensível, inclusive por estar menos exposta ao sol. Antes de iniciar a maquiagem pergunte ao seu cliente se ele é alérgico a produtos químicos. Se ele não souber ou nunca tiver usado
aquele produto, faça um teste antes.
58 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Como fazer?
Atividade 1praTiCando o ConheCimenTo
Vamos nos preparar para a primeira atividade prática deste curso, identificando o tipo de pele e o produto mais eficiente a ser usado na primeira etapa da maquiagem, que é a limpeza da pele.
Em duplas e com o auxílio do professor, identifique o tipo de pele de seu colega. Depois, é a vez de seu colega identificar qual o seu tipo de pele e o produto mais apropriado a ser usado. Com base no que você aprendeu sobre demaquilantes, indi-que o produto adequado para a limpeza da pele de seu colega.
Registre suas impressões.
a) Tipo de pele:
1. Afaste os cabelos do rosto de sua cliente. Aproveite para observar seu tipo de pele a fim de usar produtos mais adequados.
2. Use algodão para aplicar demaquilante ou loção de limpeza no rosto da cliente. Fazendo movimentos do centro para fora, comece pela zona T e passe às maçãs do rosto. Por fim, higienize pescoço e colo. Repita o procedimento até que a pele esteja limpa. Lembre-se de trocar o algodão quando necessário. Peça que a clien-te feche os olhos e então faça nova aplicação, com delicadeza, somente nessa área.
3. Para finalizar a higienização, passe loção tônica para equilibrar e preparar a pele para receber a maquiagem.
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b) Por que a pele é ______________ ? Quais as características da pele que o auxi-liaram a chegar a essa conclusão? Registre aqui!
c) Qual é o produto indicado para limpar essa pele?
d) Quais conselhos você daria para esse cliente cuidar da pele?
e) Quais foram os principais aprendizados desta etapa da aula? Registre aqui. Sem-pre que tiver dúvidas, poderá consultá-los!
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Atividade 2mãos à obra!
Em duplas e de posse dos demaquilantes e algodão, limpe a pele do colega. Ele limpará a sua.
Registre aqui como foi sua primeira experiência! Coloque todos os detalhes, as faci-lidades e as dificuldades.
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O clima e a pele
O Brasil, em razão de seu tamanho e dos diferentes relevos formados ao longo de sua extensão, possui um clima bastante diversificado. A pele sofre influências inter-nas e externas do clima. Podemos dizer que o nosso tipo de pele tem relação com o clima do lugar em que vivemos.
Vamos fazer um mapa do clima das regiões brasileiras e as principais características da pele de sua população.
As cinco regiões brasileiras
NorteAcre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins
NordesteAlagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe
Centro-OesteDistrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás
SulParaná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul
SudesteEspírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo
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Centro-Oeste
O clima que predomina no Centro-Oeste é tropical: quen-te, com baixa umidade no inverno e a ocorrência de mui-tas chuvas no verão, com temperatura média anual osci-lando entre 20° e 25° C (graus Celsius).
Durante o inverno, ou seja, na época fria, a pele da mulher dessa região costuma ficar bastante ressecada, o que pode causar envelhecimento precoce e, em casos extremos, câncer de pele. É indicado o uso de hidratante Para evitar
o ressecamento, é indicado o uso de cremes hidratantes. E os protetores são um aliado poderoso contra os efeitos nocivos dos raios solares.
Sul
O inverno costuma ser bastante rigoroso nos três estados que formam o Sul do país, onde ocorre o clima subtropi-cal úmido. Nessa época do ano acontecem geadas, muita chuva, ventos fortes e, em algumas áreas de altitudes mais elevadas – como as serras Catarinense e Gaúcha –, chega mesmo a nevar.
Oito em cada dez moradores da região têm pele clara. Por esse motivo, as mulheres sulistas estão sujeitas a desenvolver rugas precoces, sardas e manchas. No inverno, as baixas temperaturas, o vento e os banhos quentes fazem com que a pele resseque, exigindo cuidados especiais como o uso de óleos ou cremes hidratantes mais poderosos.
Norte
A temperatura média anual da Região Norte é alta – va-ria entre 24° e 26° C (graus Celsius) – e as chuvas são constantes. Nesse extenso território, onde predomina o clima equatorial úmido (com altos índices pluviométricos no verão e no outono), a pele da população local costuma ser oleosa. Em vez de produtos à base de óleo e hidratan-tes, devem ser usados géis ou cremes sem óleo (oil free).
Além disso, em razão do sol forte e do calor intenso registrado na Amazônia e em seu entorno, deve-se tomar cuidado com o envelhecimento precoce da pele.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 63
Nordeste
Há três tipos de clima preponderantes no Nordeste: tro-pical (inverno seco e verão úmido), tropical semiárido (que tende a seco durante praticamente todo o ano) e litorâneo úmido (observado ao longo da costa, que sofre a influência da Massa Tropical Marítima e garante a ocorrência de chuvas). As temperaturas na região são geralmente altas, e há muito vento e umidade em algumas áreas costeiras. As peles negra e parda são predominantes por causa da gran-
de quantidade de descendentes de africanos presentes na população.
Apesar do clima seco e das altas temperaturas – características marcantes do sertão e da caatinga –, que colaboram para a desidratação, as peles escuras costumam ser mais oleosas, uma tendência nessa região. Por isso, deve-se evitar o uso de cremes hidratantes ou produtos muito oleosos. O ideal é sempre lavar o rosto com bastante água, a fim de hidratar a pele naturalmente.
Sudeste
O Sudeste é quase todo caracterizado por estações do ano bem marcadas: inverno frio e seco e verão quente, acom-panhado de chuvas fortes. Por isso devem ser tomados os cuidados específicos para cada época.
Como as maiores cidades do país estão localizadas nessa região, grande parte da população sofre também com ou-tro fator agravante: a poluição. Por isso a pele das pessoas
exige atenção redobrada, principalmente no que diz respeito à limpeza, com o ob-jetivo de evitar o envelhecimento precoce.
O verão registra o aumento da oleosidade da pele. No inverno, ela torna-se resseca-da e chega a descamar. Em ambos os casos, são necessários procedimentos regulares de limpeza e hidratação.
Apesar das enormes diferenças climáticas – consequência direta da grande extensão territorial – e da diversidade étnica que compõe nossa população, é interessante notar que o uso de maquiagem é uma constante na vida da quase totalidade das mulheres do país, independentemente da região em que vivem e da cor ou tipo de pele. Confira, na tabela que abre a página seguinte, alguns dados curiosos sobre o hábito de se maquiar das brasileiras.
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Brasileiras que usam maquiagem todos os dias. 73%
Número de mulheres que gastam até 10 minutos diariamente se maquiando. 81%
Crescimento do mercado de maquiagem em relação à produção de 2008. 30%
Crescimento de produção de blush e pó em 2009. 83,7%
Crescimento da venda de base no país em 2009. 35,4%Fonte: Brasil em cores. In: Claudia, n. 5, ano 49, maio 2010, p. 203-213
Atividade 3por que se maquiar?
1. Vamos apreciar a música “Há mulheres” acompanhando com a leitura da letra.
Há mulheres
Rita Ribeiro
Há mulheres que se pintam de caulim
na Costa do Marfim
para o deus louvar
Eu também me pinto para o luar, em mim,
a prata derramar
Oh! Musa da inspiração!
Oh! Musa da inspiração!
Oh! Musa da inspiração!
Caia sobre mim este céu sem fim
Fonte: Há Mulheres (Vânia Borges), Editora Spin Music - www.spinmusic.com.br.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 65
2. Em duplas, procurem no dicionário as palavras que vocês desconheçam. Depois, busquem no Atlas em qual continente fica a Costa do Marfim e quais são os seus países vizinhos.
3. Alguns povos se pintam especialmente para celebrar alguns rituais ou cultos, como festas, guerras etc. Esse é o caso do significado da letra dessa música. Em classe, discutam se vocês acham que a maquiagem usada por nós hoje também é um tipo de ritual.
4. Elabore um texto com o tema: Por que se maquiar?
66 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 67
unida d e 5
a Teoria das Cores
Conhecer as cores é muito importante para todo maquiador. Saber combiná-las e, principalmente, saber a cor que combina mais com cada pele e estilo pessoal são passos fundamentais para realizar um bom trabalho.
As cores são classificadas em:
• Primárias – cores puras, que não são formadas pela mistura de outras cores. São elas: o ciano, o amarelo e o magenta.
• Secundárias – formadas pela mistura de duas cores primárias. Por exemplo: o laranja resulta da mistura do amarelo com o magenta; o verde, da mistura do ciano com o amarelo. E o violeta? Você tem ideia de quais cores precisamos misturar para obter essa cor?
• Terciárias – formadas pela mistura de uma cor primária (cia-no, amarelo ou magenta) e uma ou mais cores secundárias. Os tons de marrom são exemplos de cores terciárias.
Vamos experimentar?
Vamos aqui construir nossa tabela de cores com lápis de cor.
Cores primárias
Cores secundárias
Cores terciárias
A “brincadeira” com as cores não para aqui.
Veja o disco cromático a seguir. Ele indica as cores primárias e secundárias e, ainda, duas novidades: as cores complementares e as análogas.
68 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
As cores complementares são aquelas que apresentam um contraste entre si. No círculo de cores elas ficam sempre no lado oposto.
As cores análogas são as vizinhas no círculo cromático. Por exemplo: ciano, ciano + violeta.
Atividade 1observando o CírCulo CromáTiCo
a) Em sua opinião, qual é a cor complementar do...
...vermelho?
...azul?
b) Qual é a cor análoga ao...
...magenta?
...ciano?
cores quentes cores frias
vermelho (secundária) verde (secundária)
violeta (secundária)
magenta (primária)
amarela (primária)
ciano (primária)
laranja (secundária) verde+amarelo (secundária)
magenta + violeta (secundária) ciano + violeta (secundária)
vermelho + magenta (secundária)
verde + ciano (secundária)
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 69
A cor tem temperatura?
Nossa imaginação nos ajudará a responder.
• Pense em algo quente. Qual é a primeira cor que vem à mente?
• E quando pensamos em frio? Qual é a cor?
Coisas quentes, como o fogo, nos fazem pensar no vermelho, no alaranjado e no amarelo. Já as frias, como o gelo, nos fazem pensar em branco, azul e cinza.
Veja quais são os tons frios e quentes nos quadros abaixo.
Tons frios
Tons quentes
A tonalidade e a temperatura da cor da pele
Ao maquiar uma cliente, devemos levar em conta diversos fatores, entre eles a cor dos cabelos, da pele e dos olhos. Além do tom de pele, que também tem a ver com a raça, cada pessoa pode ser classificada conforme sua temperatura de cor.
Para identificar essa temperatura, dividimos a pele em quente e fria. Peles quentes são luminosas, brilhantes e tendem a ser um pouco mais oleosas. As peles frias são mais acinzentadas, opacas e foscas; em geral, aparentam estar desidratadas.
70 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Não existe uma cor que combine com apenas uma pessoa, mas a intensidade dessa cor mudará de acordo com as suas características. Saber se a temperatura da cor da pele é quente ou fria influenciará na escolha de cores e tons de maquiagem a serem usados em uma cliente. A mesma cor de batom gera efeitos diferentes se aplicado em mulheres de tons de pele e temperaturas distintos.
A base das cores quentes são o vermelho, o marrom e o amarelo; e das cores frias são o azul, o verde e o violeta. Na maquiagem, você deve trabalhar a harmonia das cores de acordo com a tonalidade e a temperatura da cor da pele.
Uma pele mais fria, mais opaca, precisa de luminosidade. Em uma pele mais quen-te, usam-se cores mais frias, para quebrar o excesso de brilho, causado, muitas vezes, pela oleosidade.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 71
Essa classificação, em quente e frio, tanto pode ser aplicada para pessoas de pele branca como para as de pele negra. Isso porque, se quisermos fazer uma maquiagem harmoniosa, não devemos nos apegar à raça das pessoas, mas à temperatura de sua pele. Em resumo, devemos buscar cores adequadas às características de nossa clien-te a fim de encontrar um ponto de equilíbrio entre o quente e o frio e, dessa forma, realçar sua beleza natural.
No entanto, é bom saber que há várias classificações para a pele negra, que vão dos tons mais claros aos mais escuros. As mais claras e rosadas são frias, do tipo verão. As mais escuras também são frias, mas do tipo inverno. As mais claras e amareladas são quentes, do tipo primavera. As de tom médio têm características quentes e frias e combinam praticamente com tudo. As avermelhadas são quentes e correspondem ao outono.
Confira a classificação dos tons de pele no DVD que acompanha este volume.
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72 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Atividade 2as Cores em Todos os lugares
Observe a pintura abaixo.
a) Classifique as cores utilizadas pelo artista, anotando-as no quadro a seguir.
Cor Classificação
Vermelho Cor primária
Quando você vai se casar?, Paul Gauguin, cerca de 1892, Museu d´Orsay, Paris, França
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b) Em sua opinião, o artista preferiu tons frios ou quentes na pintura que fez? Ex-plique sua resposta.
c) Qual é a mensagem que o artista quer transmitir com essa pintura?
74 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Tons de pele e maquiagem
Os tons de pele de cada raça pedem cores diferentes. A ordem é valorizar o colorido natural.
Negras
Características
• Áreas mais escuras em torno dos olhos, do nariz e da boca.
• Lábios mais grossos.
• Maçãs do rosto salientes.
• Olhos escuros e amendoados.
• Pele propensa ao aparecimento de manchas esbranquiçadas.
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Como maquiar
Corretivo 1
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3
Um tom mais claro que a pele, porém bem próximo dela, como o bege-escuro, ajuda a esconder as olheiras, geralmente mais escuras que o tom da pele.
Tons amarronzados mais escuros realçam o bronzeado, enquanto o rosa com pig-mentos dourados cria um ar mais saudável.
Blush
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Olhos
Sombra em tons marrons, pretos, terracota e cobre. É permitido abusar do dourado. Use lápis preto na pálpebra inferior. Rímel e delineador dão mais charme aos olhos.
Rosa-antigo com acabamento seco, tons de boca, vinho, uva-escuro, dourado, ver-melho-opaco, uva e berinjela. Abuse de tons mais escuros.
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Boca
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DICACubra imperfeições da pele com corretivo no próprio tom da pele
ou num tom levemente mais claro. Se os lábios forem mais
grossos, cuidado com a aplicação do lápis labial. Caso faça uso dele,
cubra o contorno com batom.Esfumace os cantos dos olhos
com lápis preto.
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Outra possibilidade para harmonizar a maquiagem com a pele negra é a aplicação de sombras de tonalidades escuras
78 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Loiras
Características
• Pele clara e rosada.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 79
Como maquiar
Corretivo
Use bege ou levemente amarelado, o mais próximo possível do tom da pele, a fim de neutralizar o rosado.
Prefira tons suaves, alaranjados, rosa e pêssego, já que a pele rosada pede maquiagem mais neutra.
Pós translúcidos seguram melhor a base e tiram o brilho da pele.
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DICANão use base de tom rosa ou
pérola, pois confere um aspecto de doença sobre uma pele clara.
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80 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Olhos
Sombra rosa, terra, nude (cor de pele com predominância de tons rosados) e lilás. Abuse de cores escuras, delineador e rímel, especialmente se os olhos forem claros, pois eles são o ponto forte das mulheres loiras.
Boca
Rosinha claro com gloss. Se o conjunto formado por cabelos, olhos e pele for pre-dominantemente frio (prateado), opte por tons de rosa mais intensos; se for quente (dourado), escolha cor de boca vermelho, que sugere sedução.
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82 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Morenas
Características
• É versátil, pois combina características de todos os tipos.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 83
Como maquiar
Corretivo
Deve ser na cor da pele ou um tom mais claro. Teste as cores nas costas das mãos.
Tons avermelhados dão impressão de bronzeado; marrom, pêssego ou rosados não brigam com o tom da pele. Use sempre base e pó no tom exato da pele.
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84 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Olhos
Ficam bem com quase todas as cores, principalmente sombras nos tons marrons, dourados, café e bege, incluindo cores cintilantes. Lápis e delineador dão mais profundidade aos olhos.
Boca
Use cores quentes como vinho, cereja, uva e tons de rosa. Evite batom na cor bege, que deixa a pele pálida.
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86 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Orientais
Características
• O côncavo dos olhos não é desenhado, ou seja, não possui a dobra da pálpebra.
• Pele mais oleosa.
• Tom de pele amarelado.
• Olhos pequenos.
• Nasal baixa.
• Rosto mais cheio.
Côncavo: é tudo aqui-lo que tem superfície ao mesmo tempo ca-vada e esférica.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 87
Como maquiar
Corretivo
Prefira um tom mais claro que a base.
Blush
Por causa da pele amarelada, as cores devem ser em tons castanhos ou rosados. Aplique blush mais escuro nas diagonais do rosto para alongá-lo. Pó e base no mes-mo tom da pele.
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DICAPara orientais que não têm
saliência acentuada do nariz na região entre os olhos, é
aconselhável passar pó ou sombra um tom mais escuro que a pele e
iluminador no meio do nariz. Abuse de curvex ou cílios postiços, pois as orientais
costumam ter cílios pequenos. Se necessário, use pincel para
engrossar a sobrancelha com sombra.
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88 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Olhos
Escolha sombra em tons de bronze, marrom, terra, preto, verde, azul, lilás e roxo. No caso de pálpebra “gordinha”, use sombra escura fazendo um traço côncavo que acompanhe o globo ocular.
Boca
Use tons quentes como vermelho, vermelho-queimado, cobre e vinho.
Prefira um tom mais claro que a base.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 89
O uso de sombras em tons de verde e a aplicação de cílios postiços são variações que também combinam com os traços orientais
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90 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Leia a poesia abaixo, sobre as cores
Testamento
Maria Helena Vieira da Silva
Eu lego aos meus amigos
Um azul-cerúleo para voar alto.
Um azul-cobalto para a felicidade.
Um azul-ultramarino para estimular o espírito.
Um vermelhão para o sangue circular alegremente.
Um verde-musgo para apaziguar os nervos.
Um amarelo-ouro: riqueza.
Um violeta-cobalto para o sonho.
Um garança para deixar ouvir o violoncelo.
Um amarelo-barife: ficção científica e brilho; resplendor.
Um ocre amarelo para aceitar a terra.
Um verde-veronese para a memória da primavera.
Um anil para poder afinar o espírito com a tempestade.
Um laranja para exercitar a visão de um limoeiro ao longe.
Um amarelo-limão para o encanto.
Um branco puro: pureza.
Terra de siena natural: a transmutação do ouro.
Um preto suntuoso para ver Ticiano.
Um terra de sombra natural para aceitar melhor a melancolia negra.
Um terra de siena queimada para o sentimento de duração.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 91
Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992)
Artista plástica nascida em Lisboa. Mudou-se para Paris em 1928 onde estudou pintura, escultura e gravura. Viveu no Rio de Janeiro de 1940 a 1947, fugindo dos horrores da Segunda Guerra Mundial e ganhou o gran-de prêmio de pintura da VI Bienal de São Paulo em 1961.
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92 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 93
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maTemáTiCa e visagismo para valorizar o rosTo
Você já reparou que a matemática está presente em tudo ao nosso redor, inclusive no corpo humano? Vamos refletir a respeito.
Decifre este enigma.
Por volta de 1490, no século 15 (XV), Leonardo da Vinci dese-nhou o Homem Vitruviano, um homem com medidas perfeitas baseadas nos estudos do engenheiro, matemático, arquiteto ro-mano Marcos Vitrúvio Polião.
Marcos Vitrúvio viveu no século 1 (I) a.C. (antes de Cristo) e procurou apresen-tar a perfeição do corpo humano e suas medidas.
Você sabia?
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Esse homem não existe na realidade. Contudo, tanto o estudo de Vitrúvio quanto o desenho de Da Vinci mar-caram o início de uma preocupação estética que procura reunir medidas perfeitas e simetria na busca de um ideal de corpo humano.
Para um maquiador é importante conhecer e analisar as medidas do corpo humano a fim de realizar um trabalho mais harmonioso.
Leonardo da Vinci (1452-1519) é mais conhecido como pin-tor e escultor. Autor de qua-dros famosos como a Mona Lisa, e a Dama com Armi-nho, ele é considerado um verdadeiro gênio na história da arte. Foi também cientis-ta, matemático, engenheiro, inventor, arquiteto, botânico, poeta e músico.
ArcosMaq_I_54 <Imagem da Mona Lisa>
Na década de 1930, surgiu na França um novo conceito na área de beleza. Trata-se do visagismo. O termo foi cria-do pelo cabeleireiro e maquiador francês Fernando Aubry (1907-1976) e veio do termo visage, rosto em francês.
O visagismo é a arte de embelezar o rosto. Ele estuda as proporções e os traços pessoais de cada pessoa e aplica cores de acordo com essas características. Embora rela-cionado à atividade do maquiador e do cabeleireiro, toda mulher que se maquia está praticando o visagismo, mes-mo que não saiba disso.
Leonardo da Vinci, Dama com Arminho, 1490, Museu Kzartoryski, Cracóvia, Polônia
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02.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 95
O objetivo do profissional visagista é estudar o rosto das pessoas e mostrar o que fica mais adequado a cada um, respeitando suas características e traços pessoais. No caso da maquiagem, podemos valorizar o rosto suavizando as formas. As cores escuras, por exemplo, servem para dis-farçar volumes; já as claras são usadas para destacá-los.
Proporções do corpo e do rosto
O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci traz uma série de medidas baseadas em cálculos matemáticos. Ob-serve o desenho de Da Vinci novamente. Agora veja al-gumas dessas medidas:
• A distância entre o nascimento do cabelo e o queixo é 1/10 da altura de um homem.
• A altura da orelha é 1/3 da longitude da face.
• A distância do nascimento do cabelo para as sobran-celhas é 1/3 da longitude da face.
DICAO número escrito em forma de fração é conhecido por número
racional (p. ex.: 1/3, 1/10). Vamos entender esses números? Quando estamos no mercado e
pedimos 1/4 (um quarto) de queijo redondo, temos em mente um queijo cortado em 4 pedaços
idênticos, dos quais compraremos apenas um pedaço.
96 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
O rosto também possui algumas proporções interessantes. Observe o desenho a seguir, baseado nas proporções sugeridas por Philip Hallawell (Visagismo: harmonia e estética. São Paulo: Senac, 2002). Se nos basearmos apenas no tamanho da altura do nariz, chegaremos à conclusão de que ele:
• é um pouco menor que o espaço entre a base do nariz e o olho;
• é um pouco maior que a largura do olho;
• é igual ao tamanho da distância entre a base do nariz e o queixo;
• é igual à altura da testa;
• é igual ao tamanho entre o centro e a lateral do rosto, na parte mais larga;
• é igual ao tamanho das orelhas.
Como vimos, ter noção de matemática é essencial para a nossa vida.
Conhecer proporções o auxiliará a escolher a melhor maquiagem para o tipo de rosto de seu cliente.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 97
Atividade 1a proporção no Corpo humano
1. Procure no dicionário o significado de longitude. O que encontrou e qual dos significados ajuda a compreender as medidas de Vitrúvio?
2. Em duplas e com um pedaço de barbante verifique as seguintes proporções:
a) Meça com barbante a distância entre a raiz do cabelo e o queixo de seu colega. Compare-a com a altura dele. Essa distância corresponde a 1/10 da sua altura?
b) Meça com um barbante a altura da orelha. Ela representa 1/3 da longitude da face?
c) Repita o procedimento para verificar se a distância do nascimento do cabelo para as sobrancelhas é 1/3 da longitude da face. O que você encontrou?
98 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
d) Registre aqui as conclusões a que chegaram sobre as medidas. Por que essas medidas são importantes para um maquiador?
3. Agora pegue uma foto de rosto de uma revista e com uma régua monte um es-quema de proporções como a figura apresentada anteriormente. Verifique se o tamanho do nariz:
a) é um pouco maior que a largura do olho;
b) é igual à altura da testa;
c) é igual ao tamanho das orelhas.
4. Podemos dizer que todos os rostos são iguais de acordo com esse esquema? Justifique.
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A simetria
Imagine uma maçã cortada ao meio. Ela apresenta dois lados iguais?
A isso chamamos de simetria, que quer dizer a semelhança entre duas metades.
Olhe para um colega e trace uma linha vertical, de cima para baixo, imaginária, dividindo o rosto em dois. Observe bem e responda: os dois lados são iguais?
Assim como nosso rosto, o corpo humano é simétrico, isto é, dois olhos, um de cada lado; um lado do nariz semelhante ao outro, e assim por diante.
Repare nos seus olhos. O olho direito é igual ao esquerdo? Não.
A maquiagem é uma grande aliada na correção desses detalhes da natureza. Um dos olhos pode ser mais caído e um toque de maquiagem o deixará mais “igual” ao outro.
Observar a simetria do rosto é muito importante para fazer uma boa maquiagem. Isso porque, com o uso de produtos, é possível efetuar correções, deixando, assim, o rosto mais harmonioso.
100 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Atividade 2exerCiTando a simeTria
Para sermos bons maquiadores precisamos ter noções de desenho e a mão firme. Afinal, vamos contornar os lábios, as sobrancelhas, fazer um traço na pálpebra su-perior etc. E isso requer prática.
Complete o desenho a seguir, procurando reproduzir a metade já desenhada.
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Simetria tem a ver com geometria
Relembre o que viu no tema “Arte e cotidiano” – Con-teúdos Gerais, Caderno do Trabalhador 7, que trata sobre a geometria, a parte da matemática que estuda as formas. Preste atenção em especial na Unidade 3, que fala sobre as formas geométricas.
Para o maquiador, há outro conceito também importan-te: o de ângulo.
A régua será sua aliada no planejamento da maquiagem que irá fazer.
A geometria é importante para o maquiador identificar o formato do rosto, pois, para cada tipo, você deverá usar uma estratégia diferente para valorizar os traços do cliente.
A seguir, veremos os principais formatos de rosto e alguns truques de maquiagem para cada um deles.
Não é só nas formas que encontramos simetria. Ela também está presente nas palavras.
Quando conseguimos ler a mesma frase nos dois sentidos, a chamamos de palíndromo. A palavra é estranha, mas o resultado é divertido. Leia essas fra-ses de trás para frente e veja o que aparece.
SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS
ANOTARAM A DATA DA MARATONA
A MALA NADA NA LAMA
A TORRE DA DERROTA
Você sabia?
DICAÂngulo é a medida da inclinação
relativa de duas semirretas.
102 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Truques de maquiagem para cada formato de rosto
Rosto oval
Esse tipo de rosto é o mais fácil para ser maquiado. Por causa de suas proporções mais equilibradas é considerado um formato harmonioso.
Truque: concentre a aplicação do blush no centro das maçãs do rosto e espalhe em movimentos circulares com o pincel.
DICAO rosto oval é considerado o mais
versátil e é o mais fácil de ser maquiado, pois segue os padrões
clássicos de beleza. Todos os outros formatos de rosto devem
ser maquiados com truques buscando atingir um visual oval.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 103
Rosto redondo
É um formato comum em pessoas de origem oriental e indígena. Tem como carac-terística o comprimento do rosto igual a sua largura.
Truque: a aplicação do blush irá alongar e suavizar o formato do rosto. Espalhe-o das têmporas em direção aos cantos externos da boca, esfumaçando bem, e escure-ça as laterais e saliências. Aplique um iluminador no centro da testa, no topo das maçãs e na testa.
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104 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Rosto quadrado
Tem como característica testa larga com maxilares salientes. Nesse formato de rosto, o queixo é pronunciado e os ângulos são bastante acentuados por apresen-tarem linhas retas.
Truque: reforce o blush em cores mais escuras no topo das maçãs do rosto e nas laterais, escureça os ângulos e clareie o centro da testa e o queixo, assim dará um aspecto mais alongado ao rosto.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 105
Rosto retangular
As laterais em linhas retas predominam nesse formato de rosto, assim como a testa e o queixo.
Truque: escureça os ângulos laterais do rosto e clareie o queixo, a região do maxilar e o centro da testa.
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106 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Rosto triangular
O formato é de um triângulo invertido. Geralmente, o queixo é saliente e mais fino, e a testa é larga.
Truque: clareie bem o queixo e as laterais do rosto e use muito blush nas maçãs.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 107
Como uniformizar a cor da pele
Independentemente do formato do rosto, antes de começar qualquer maquiagem, é necessário uniformizar a cor da pele.
A fim de deixar a pele em uma mesma tonalidade, disfarçando as imperfeições, utilizamos base, corretivo e pó. Podemos dizer que esses produtos fazem a sustenta-ção da maquiagem.
Base
Função: protege e uniformiza a pele, dando aparência de perfeição. As bases escuras dão efeito de sombra e as claras dão efeito de luz.
Características: apresentam várias texturas e a cor deve acompanhar o tom da pele, seja bege, seja oliva ou rosada.
Aplicação: pode ser feita com esponja seca, umedecida, pincel ou mesmo com as mãos.
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1. Depois de higienizada a pele, coloque um pouco de base na ponta do pincel e retire o excesso. Passe o pincel sempre em movimentos do centro para fora do rosto, começando pela testa e finalizando pelo queixo. Caso você tenha dúvida com relação à cor mais adequada ao tom de pele de seu cliente, aplique um pou-co de base na lateral do rosto e depois limpe a área com uma loção. A cor ade-quada é aquela que some na pele.
2. Passe o corretivo com um pincel achatado abaixo dos olhos, sempre em movimen-tos de dentro para fora. Se necessário, use-o nos vasinhos que aparecem ao redor do nariz e em manchas na pele. A aplicação da base pode ocorrer depois; no entan-to, esse procedimento deve ser feito com cuidado para não retirar o corretivo.
3. Para finalizar, com um pincel grande e de cerdas macias, para não marcar a pele, aplique o pó em movimentos de vaivém, na região abaixo dos olhos e na zona T.
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108 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
De acordo com Marcia Cezimbra (Maquiagem. São Paulo: Senac, 2009, p. 35), com o uso de uma régua (ou pau de laranjeira) você calcula a área a ser valorizada em um rosto.
Por exemplo: colocando uma das extremidades da régua no centro dos lábios em direção ao final da sobrancelha, você encontrará a área do rosto a ser valorizada ou camu-flada pelo blush.
Corretivo
Função: disfarça olheiras e suaviza imperfeições e vincos (traços profundos) da pele.
Características: com boa cobertura e grande aderência, é encontrado sob a forma líquida, cremosa e em bastão.
Aplicação: use pincel ou esponja.
DICAPara cada tipo de pele,
existe uma base adequada:– Pele seca: base líquida,
cremosa ou pan-stick.– Pele oleosa: base líquida,
mousse, bisnaga, compacta (pancake).
– Pele normal: qualquer tipo.– Pele envelhecida:
hidratante e bisnaga.
DICAPara ocultar manchas claras, use
tonalidades escuras e, para clarear áreas escuras, use tonalidades
claras, que produzem efeitos de luz. Cuidado com tonalidades que
contrastem com o tom da pele.
Pan-stick: é um produto que mistura base e corretivo, com consistência firme, mas macia.Pancake: é indicado para pe-les oleosas, é uma mistura de base e pó. Ele fixa bem, fecha os poros e impede a transpi-ração excessiva.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 109
Pó compacto ou facial
Função: proporciona aspecto aveludado natural, além de fixar a base e eliminar o brilho da pele.
Características: pode apresentar tonalidades cintilantes, peroladas, opacas e translúcidas.
Aplicação: com pincel ou esponja, da testa para o queixo.
Atividade 3idenTifiCando formaTos de rosTo
1. Em duplas, analise o formato do rosto do seu colega. Depois, ele verifica o seu. A que conclusão vocês chegaram? Justifique.
2. Quais truques de maquiagem você utilizaria para maquiar seu colega?
110 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Atividade 4formaTos de rosTo
1. Identifique o formato do rosto de cada uma das escritoras brasileiras a seguir e es-creva abaixo quais truques de maquiagem que você utilizaria para cada uma delas.
a) Zélia Gattai“Nunca pensei em ser escritora, porque
já estava feliz com o papel de mulher
de Jorge Amado. Um dia, porém, Palo-
ma [filha do casal] pediu que eu escre-
vesse uma anedota e eu a mostrei toda
envergonhada a Jorge achando que ele
não gostaria do texto e tive uma surpre-
sa ao ouvir dele que deveria escrever
livros, mas sem querer ser literata.”
(Zélia Gattai. Entrevista à revista Época,
de 20 de agosto de 2001, p. 104-105).
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 111
b) Clarice Lispector
“Então escrever é o modo de quem tem
a palavra como isca: a palavra pescando
o que não é palavra.”
(Clarice Lispector. Água Viva. 13. ed. Rio
de Janeiro: Francisco Alves, 1994, p. 25.)
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112 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
c) Nélida Piñon
“O sol como que amorenava a pele e
aquela dor intuída desde menina deixa-
va-a perplexa, vinha.”
(Nélida Piñon. A casa da paixão – Romance. 3.
ed. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 5.)
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 113
d) Cora Coralina
“[...] E a árvore? / Ficou torta / de tanto
se mirar / no espelho do rio.”
(Cora Coralina. “Árvore torta”. In: PONDÉ, G.;
RICHE. R.; SOBRAL, V. (coord.). Brasil em
cantos e versos: natureza. São Paulo:
Melhoramentos, 1992, p. 113.)
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114 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
e) Ruth Rocha “Mais difícil do que escrever ficção é,
certamente, escrever sobre a realidade.
/ Mais difícil do que inventar é, na certa,
lembrar, juntar, relacionar, interpretar-se.
/ Explicar-se é mais difícil do que ser.”
Ruth Rocha. Sapo vira rei vira sapo – ou a
volta do reizinho mandão. Rio de Janeiro:
Salamandra, 1982, contracapa.
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Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 115
3. Das frases das cinco escritoras, qual foi a que mais lhe agradou? Justifique.
4. Na sala de informática, pesquise mais sobre a vida e a obra dessa escritora e registre a seguir o que descobriu com suas palavras.
DICAVocê já pensou em procurar um livro na biblioteca da escola, da
cidade ou do bairro? Certamente encontrará livros dessas autoras.
116 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Imagem pessoal nos dias de hoje
Quem serão nossas clientes quando iniciarmos a carreira de maquiador?
Elas terão a pele perfeita? O rosto terá rugas? O nariz será afilado?
A beleza que vemos na TV e nas revistas na maioria das vezes é transformada não só pela maquiagem, mas por outros recursos tecnológicos, como luz, programas de computador etc.
Precisamos parar e refletir: a maior parte das pessoas tem acesso à medicina estética moderna ou vai aos dermatologistas que usam as últimas técnicas de rejuvenesci-mento? Certamente, não.
Isso porque vivemos a realidade, e poucos são os que podem fazer tratamentos como esses, em geral muito caros.
No dia a dia, o maquiador não encontrará a pele perfeita nem o padrão de beleza mostrado na TV, em revistas ou na internet. Ao contrário, na vida real, a beleza não sofre retoques: a maioria das pessoas, por exemplo, nunca fez uma cirurgia plástica.
É muito importante pensar nisso antes de iniciar nessa profissão. Por essa razão, também, é preciso saber lidar com uma pele cansada, com olheiras de quem traba-lhou até tarde, com rugas que chegam com a idade, entre outros aspectos.
Seria mais fácil para o maquiador se as clientes chegassem quase prontas para a festa, como se todas fossem entrar no palco. Mas, aí, não haveria desafio profissional. E sabemos que, quando nos sentimos desafiados, ficamos mais orgulhosos com o resultado do nosso trabalho.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 117
Atividade 5disCuTindo a diTadura da beleza
1. O que significa não corresponder ao padrão de beleza veiculado pela mídia? Como se sentem aqueles que não correspondem a esse padrão?
2. Devemos nos render a esse padrão de beleza? Por quê?
3. Como lidar com uma cliente infeliz com seus traços, com sua pele etc.?
118 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
Atividade 6esTampa de revisTa
1. Ouça com os colegas a música da cantora Céu. Procure no dicionário as palavras que não conhece.
Bobagem
Céu
Minha beleza não é efêmera
Como o que eu vejo
Em bancas por aí
Minha natureza
É mais que estampa
É um belo samba
Que ainda está por vir...
Bobagem pouca
Besteira
Recíproca nula
A gente espera
Mero incidente
Corriqueiro
Ser mulher
A vida inteira...
Minha beleza
Não é efêmera
Como o que eu vejo
Em bancas por aí
Minha natureza
É mais que estampa
É um belo samba
Que ainda está por vir
É um belo samba
Que ainda está por vir
É um belo samba
Que ainda está por vir...
Fonte: Céu, “Bobagem”. In: CéU, Urban Jungle, 2005.
Maquiador 1 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 119
2. Registre sua opinião sobre a mensagem desta canção.
3. Em classe, discuta o significado da canção Bobagem.
120 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 1
v i a r á p i d a e m p r e g o
A história da ocupação
A profissão de maquiador
O mercado de trabalho
As características da profissão
A teoria das cores
Matemática e visagismo para valorizar o rosto
www.viarapida.sp.gov.br
Sum á ri o
Unidade 79
maquiagem combina com cidadania
Unidade 823
o encontro da história com a maquiagem
Unidade 983
maquiagens especiais
Unidade 10103
ingresso no mercado de trabalho
Unidade 11111
revendo meus conhecimentos
Unidade 12115
resumo das principais etapas de maquiagem
dados internacionais de catalogação na publicação (cip) (bibliotecária silvia marques crb 8/7377)
P964
Programa de qualificação profissional: Imagem e beleza /maquiador. -. -- São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.v.2, il. (série: Arco Ocupacional)
Vários autoresPrograma de qualificação profissional da Secretaria do
Emprego e Relações do Trabalho - SERT
ISBN 978-85-61143-89-3
1. Ensino profissionalizante 2. Maquiagem I. Título II. Série
CDD 371.30281
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 9
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Maquiagem Combina Com Cidadania
A compreensão de cidadania foi trabalhada no tema “Cidadania, igualdade e inclusão” do Caderno do Trabalhador 2 – Conteú-dos Gerais. Lá foi visto que a cidadania é uma construção cons-tante de conquista de direitos.
Por esse motivo, podemos dizer que cidadania combina com quase tudo. Só não combina com preconceito, desigualdade, discriminação, desrespeito aos direitos.
Para tocarmos nesse assunto, vamos, em primeiro lugar, pensar como o mundo é organizado: existem um espaço público e um espaço privado. Acontece que nem sempre paramos para exami-nar a fundo essa divisão.
Como podemos entendê-la? Na Grécia antiga, por exemplo, havia uma clara separação entre homens e mulheres e, também, entre as classes. As mulheres não podiam participar do mundo
10 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
público, pois apenas os homens livres, com mais de 20 anos e que não praticassem atividades braçais, podiam participar da vida política. A eles era dado o direito de tomar decisões políticas.
As mulheres e os escravos ficavam com a responsabilidade das atividades domésticas, o chamado “mundo privado”.
Tinha, então, uma divisão bastante clara de gêneros (homens e mulheres) e de classes (homens livres e escravos).
O espaço público era marcado pelo exercício da política, e a vida privada, pela manu-tenção da vida, composta pelas famílias, aqui compreendidas como o centro das de-sigualdades. Estamos falando da Grécia antiga, ou seja, de 2000 antes de Cristo (a.C.).
Podemos parar e pensar: desde o início foi negado às mulheres o direito de partici-pação na vida pública, portanto, o direito de serem cidadãs. Estava, dessa forma, instalada a diferença!
Os homens (ou parte deles) eram considerados seres livres e capazes de participar da vida política das cidades.
Estamos diante de um impasse: as mulheres, com a responsabilidade de cuidar da casa, de todos os afazeres, das crianças e dos idosos, permitiam que os homens ti-vessem tempo para participar da vida política da cidade. Por outro lado, elas eram impedidas de ter outras atividades que não as da casa por falta de tempo.
Grécia antiga: divisão clara de gêneros (homens e mulheres) e classes (pessoas livres e escravos)
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 11
E no Egito, era diferente?
No antigo Egito, o faraó era a pessoa mais importante, e sua vontade precisava ser sempre respeitada.
O Egito é famoso por suas pirâmides, mas vamos ver também como era formada a “pirâmide social”, isto é, como era dividida a sociedade naquela época.
O faraó era a autoridade máxima do país e abaixo dele vinham os nobres e os altos fun-cionários. Repare no formato da pirâmide: ela é maior na parte de baixo. Essa base repre-senta quem estava em maior número naquele país: os escravos, os camponeses e os artesãos. Os escravos eram obrigados a realizar serviços forçados, construir as pirâmides, carregar as pedras. Eles também realizavam o trabalho agrícola de produção de alimentos e da plantação, e cuidavam do gado.
Perceba que a base da sociedade era composta pela maioria da população: escravos, segui-da de camponeses e artesãos, que possuíam pouco ou nenhum direito. Aqueles que tinham algum conhecimento ou poder econômico estavam mais acima na pirâmide social.
As mulheres não aparecem nessa pirâmide, apesar de os egípcios terem sido comandados por várias rainhas, como Cleópatra, que foi apresentada na Unidade 1.
Pirâmide social do antigo Egito: escravos na base, faraó no topo
12 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Apenas em 1897, na Inglaterra, as mulheres começam a se organizar a fim de conquistarem o direito ao voto. No Brasil o voto feminino foi regulamentado somente em 1934.
Os direitos humanos
Em 1948, foi assinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e adotada pelo Brasil a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ela contém os direitos fun-damentais dos seres humanos. Conheça alguns artigos desse documento.
Artigo 1o
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo 2o
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Não será tampouco feita qualquer distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.
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Democracia ao alcance de todos: no Brasil, as mulheres só conquistaram o direito de votar em 1934
Artigo 3o
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo 4o
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escra-vos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo 5o
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo 6o
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo 7o
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 13
14 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
[...]
Artigo 19o
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opi-niões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo 20o
§ 1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.
§ 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 21o
§ 1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no gover-no de seu país, diretamente ou por intermédio de repre-sentantes livremente escolhidos.
§ 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público de seu país.
§ 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
A Constituição Federal do Brasil, promulgada em 1988, é conhecida como a Constituição Cidadã e se baseou em parte na Decla-ração Universal dos Direi-tos Humanos para ser es-crita. Para saber mais, leia o texto constitucional no site www.presidencia.gov.br. Você perceberá que boa parte do que está previsto na Declaração pode ser encontrado na nossa Cons-tituição, em especial dos artigos 1º ao 5º.
Você sabia?
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 15
Atividade 1DebaTendo os direiTos humanos
Divididos em grupos de no máximo cinco pessoas, vamos ao trabalho.
1. Leiam atentamente cada artigo e procurem no dicionário as palavras que vocês não conheçam.
2. Como esses direitos ocorrem no dia a dia das pessoas que habitam o seu bairro?
3. Discutam com seus colegas como vocês aplicariam esses artigos à sua nova pro-fissão de maquiador.
4. Agora que vocês discutiram os artigos, pensem em uma forma criativa para apre-sentá-los à classe. Pode ser um teatro, um jogral, um espetáculo de mímicas, um cartaz. Soltem a imaginação e transmitam a compreensão do grupo para a turma.
16 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Preconceito no mercado de trabalho
Vamos, em primeiro lugar, lembrar o que é o preconceito.
Você já reparou que algumas palavras têm seu significado alterado apenas colocando-se uma pequena sílaba (prefi-xo) em seu início?
No caso, pré- indica algo que vem antes (usamos para cheque pré-datado, por exemplo). Conceito é a compre-ensão que temos de alguma coisa.
Preconceito, portanto, é quando há o julgamento de algo ou de alguém antes de conhecê-los ou compreendê-los; de forma discriminatória, intolerante e generalizada.
Se perguntarmos a uma pessoa se ela tem preconceitos – de cor, de orientação sexual, por alguém ser homem ou mulher, rico ou pobre, gordo ou magro –, provavelmen-te vamos ouvir que não.
Mas nem sempre isso é verdade. O preconceito pode surgir de forma não muito agressiva. É comum, por exemplo, al-guém fazer piadas sobre homossexuais e muitos rirem delas.
O preconceito também pode existir de uma forma que quase não percebemos. Por exemplo, quando emprega-dores: não contratam pessoas obesas para trabalhar em lojas de moda; não promovem uma mulher a um cargo de chefia; pagam salários mais baixos a negros e mulheres.
O preconceito pode, então, manifestar-se de muitas ma-neiras e precisamos ficar atentos a isso.
Diferenciar salários, dar uma promoção no trabalho por causa do sexo, da cor ou mesmo do porte físico, são ma-nifestações de preconceito, formas de discriminação.
Muito já se avançou na conquista de direitos para os seres humanos; mas há muito ainda a ser feito para alcançarmos a igualdade entre as pessoas no mundo.
IMPProcure sempre no dicionário
as palavras cujo significado você desconhece.
IMPEm 1989, foi promulgada no Brasil a Lei 7.716, que define
crimes de preconceito de raça ou de cor, punindo-os com prisão.
No estado de São Paulo há uma norma que combate a
discriminação contra os homossexuais. Trata-se da Lei 10.948/2001. A pessoa que se sentir vítima de discriminação
pode apresentar queixa na Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania. Informe-se a respeito.
As mulheres recebem sa-lários 28% menores que os homens para exercer a mesma função com o mesmo grau de escolari-dade. E esse percentual é ainda maior se a mulher for negra.
Você sabia?
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 17
Atividade 2De olho no preConCeiTo
Em grupos de quatro pessoas debata o tema e responda:
a) Como o grupo compreendeu o sentido de preconceito?
b) Vocês já se sentiram discriminados em alguma situação?
c) Como podemos efetivamente contribuir para o com-bate ao preconceito?
d) Algumas pessoas costumam ser discriminadas pela aparência, pela maneira como se vestem e se pintam ou pelos acessórios que usam (como piercings etc.). Vocês conhecem alguma situação como essa?
Organizem as ideias e as apresentem à turma.
A história e a construção do preconceito
Um assunto bastante atual relacionado aos direitos hu-manos é a inclusão social. Trata-se de um tema cujo objetivo é reduzir o preconceito e, quem sabe, acabar com a discriminação, dando oportunidades iguais a todas as pessoas, especialmente àquelas que são excluídas por cau-sa de diferenças sociais, geográficas, econômicas, etárias, físicas, raciais etc.
Precisamos estar atentos para, na nossa vida, sempre bus-car tratar todas as pessoas com igualdade e dar valor ao que cada uma delas tem a oferecer.
A pintura corporal indígena
Como vimos no tema “Repassando a história” do Ca-derno do Trabalhador 5 – Conteúdos Gerais, ao chegar ao Brasil, os portugueses depararam-se com os índios que já viviam aqui e que possuíam uma cultura, um jeito de ser e de viver bem diferente da cultura do euro-peu. Eles também possuíam uma maneira diferente de
DICALeia mais a respeito da inclusão
social no tema “Cidadania, igualdade e inclusão” do
Caderno do Trabalhador 2 – Conteúdos Gerais.
18 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
se vestir e de se enfeitar. Imaginem qual deve ter sido a reação dos portugueses vendo um índio com o corpo pintado.
A pintura corporal indígena possui uma mensagem, além de ser uma proteção contra o sol e os insetos. Ela pode ser usada em cerimônias religiosas, em rituais de guerra, para indicar a posição da pessoa dentro de uma família etc.
Os desenhos eram tão admirados pelos europeus que foram passados para o papel, até mesmo como obras de arte.
As tintas usadas pelos índios eram de origem vegetal: o vermelho era retirado do urucum (1); o preto, extraído do suco do jenipapo (2); o amarelo, do açafrão (3).
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Índios com o corpo pintado: jeito de ser e de viver bem diferente da cultura dos povos europeus
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Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 19
Cada tribo usa traçados e símbolos diferentes.
Um bom exemplo de pintura corporal é a dos kalapalos, povo que vive no Parque do Xingu, no Mato Grosso. Pacíficos e cordiais, dedicam-se à pesca e à agricultura e costumam fazer decorações especiais no corpo e no rosto tanto para rituais como simplesmente para ficarem mais bonitos.
Um dos eventos mais conhecidos do kalapalos é a luta huka-huka, em que o objeti-vo é fazer o adversário cair de costas. Ela acontece no último dia do Kuarup, ritual em memória dos mortos, e, apesar de ser uma disputa, tem como finalidade a confraternização entre os membros da tribo.
Atividade 3PinTura Corporal indígena
1. Em duplas e na sala de informática, pesquisem sobre a pintura corporal indígena. Vocês podem procurar, em um site de busca, informações sobre diferentes tribos, como bororos, bakairis e guajajaras, entre outras. Escolham uma das tribos para aprofundar sua pesquisa.
2. Pesquisem qual o sentido da pintura corporal para a tribo que escolheram.
a) O que ela quer (ou queria) transmitir?
b) Temos hoje algo parecido com a pintura corporal indígena?
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Mato Grosso (em destaque no mapa acima): terra dos pacíficos e cordiais kalapalos, do Parque do Xingu
20 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
3. Vamos fazer um exercício para aperfeiçoar nossos de-senhos, pois ter bons traços é um conhecimento im-portante para o maquiador.
4. O grupo agora se transforma em uma cooperativa de tatuadores! Criem tatuagens inspiradas na pesquisa rea-lizada sobre a pintura indígena. Desenhem as tatuagens à mão livre e pronto.
5. Vocês acabaram de criar o primeiro mostruário de tatuagens da cooperativa e ele merece ser exibido para que todos possam apreciá-lo. Façam um cartaz com os vários desenhos e seus detalhes acompanhados de pequenos textos explicativos sobre o significado para a tribo estudada.
IMPPara realizar uma tatuagem são
necessários conhecimentos, técnicas e equipamentos
específicos que vão além da profissão de maquiador, até
porque essa prática pode colocar em risco a saúde do cliente. A
maquiagem pode ser um primeiro passo para uma outra profissão
que ainda não é reconhecida, mas muito procurada comercialmente:
a de tatuador.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 21
Maquiagem: ferramenta para alterações da pele
Como profissional de beleza, você deverá estar preparado para lidar com os mais variados clientes. Inclusive alguns que apresentam doenças que afetam diretamente a aparência. A maquiagem pode ser uma importante aliada na redução dos efeitos desses problemas.
Você já ouviu falar de vitiligo?
Vitiligo é uma doença da pele, não contagiosa (não é transmitida de uma pessoa a outra). Ela se apresenta em forma de manchas esbranquiçadas por todo o corpo.
Algumas pessoas, por não terem as devidas informações e considerarem o vitiligo contagioso, evitam e discriminam quem sofre desse mal.
O profissional não precisa ficar com receio de maquiar uma pessoa que apresenta essas manchas na pele. Muito pelo contrário, ele pode ajudar a melhorar o aspecto do cliente, disfarçando esse problema. Vamos ver como fazer uma maquiagem em uma pessoa com vitiligo.
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Manchas provocadas pelo vitiligo: a doença não é contagiosa e a maquiagem pode disfarçar o problema
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Como maquiar
1. Em primeiro lugar, certifique-se de que o seu cliente tem mesmo vitiligo. Depois, como deve ocorrer em qualquer maquiagem, com uma loção tônica suave, reali-ze a limpeza da pele.
2. Com um pincel, aplique um corretivo no tom da pele do seu cliente nos locais das manchas.
3. Passe uma base cremosa ou em pó, da cor da pele, aplicando-a suavemente com uma esponja em todo rosto, pescoço e colo, não se esquecendo das têmporas e da ponta do nariz.
4. Aplique a maquiagem nos olhos, bochechas e boca. Por fim, você poderá passar com um pincel largo e macio um pouco de pó por todo o rosto para dar acaba-mento e fixar a maquiagem.
Para saber mais sobre o vitiligo, pesquise na internet com a ajuda de seu monitor.
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O enConTro da hisTória Com a maquiagem
Você já parou para pensar sobre o modo como o conhecimento do passado ajuda a entender o presente? De que forma fazemos parte da história? Como ela afeta nossa vida?
E a moda, acompanha o movimento da história? Será que o momento histórico influencia a moda e a maquiagem?
Nesta unidade, vamos fazer uma retrospectiva histórica incluin-do as tendências da moda e da maquiagem em alguns períodos.
Anos 1910
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Cena da Primeira Guerra Mundial: após o conflito, a indústria têxtil experimentou um grande crescimento
24 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
A chamada “indústria da moda” nem sempre foi como a conhecemos hoje.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, ocorreu um fato que mudou para sempre esse cenário.
Era uma época em que os países precisavam recuperar suas economias, superar os efeitos dessa guerra, que durou quatro anos (de 1914 a 1918). Assim, as indústrias tinham que crescer e criar empregos. Isso aconteceu principalmente na Europa e nos Estados Unidos, e a indústria que mais cresceu foi a têxtil. As tecelagens passaram a fabricar muito mais roupas e tecidos, barateando os produtos.
Como resultado desse processo surgiu o pret-à-porter – uma expressão francesa que significa “pronto para vestir”; um tipo de roupa mais acessível e pronta para usar, como a que pode ser comprada hoje em qualquer loja do ramo.
A mulher elegante da década de 1910 se inspirava nas atrizes do cinema mudo. A maquiagem dessa época explodiu em cores e invenções: as cores dos pós compactos adaptavam-se cada vez melhor à pele, indo do rosa ao branco, com destaque para a famosa cor “Raquel”, de um bege intenso. Os tons violeta (da cor da flor de malva), ocre e alaranjado também estavam em alta. Os olhos eram enegrecidos com kajal (lápis mais macio, grosso e de maior durabilidade).
Observe a seguir as imagens de algumas musas, que mostram como era a beleza feminina daquele tempo.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1910
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Belezas típicas da época: rostos maquiados com pós compactos e olhos enegrecidos com kajal
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Anos 1920
A nova estética da moda
O desenvolvimento industrial ainda engatinhava no Bra-sil. Nossa economia tinha como base a produção de café e a maior parte da população ainda vivia no campo. A cafeicultura, porém, estimulou o desenvolvimento dos transportes e do comércio. Algumas cidades, como São Paulo, começaram a crescer rapidamente.
A moda feminina também mudou bastante nessa época: corpos bronzeados, vestidos na altura dos joelhos (ou seja, bem mais curtos do que se usava até então) e um estilo que foi chamado de garçonne – ou “mocinho” em francês – e incluía cabelos bem curtos.
Em São Paulo, em 1920, havia mais mulheres do que homens trabalhando na indústria têxtil. Prati-camente 6 de cada 10 tra-balhadores eram do sexo feminino nesse segmento da economia.
Você sabia?
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Depósito de café: o cultivo e o comércio do grão eram a base da nossa economia no início do século passado
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A maquiagem perolada, característica da época, consistia em colocar uma gota de cera líquida na extremidade de cada cílio, imitando uma fileira de pérolas. Atualmente, existem cosméticos que já vêm com o efeito perolado.
No rosto, após a aplicação de base, era usado um pó es-curo sobre a parte superior do rosto a fim de iluminar os olhos. Da bochecha ao queixo, aplicava-se um pó claro. Os cílios e as sobrancelhas eram escovados, e os cílios, encurvados com curvex. Traços a lápis iam até o canto dos olhos, delineando-os.
A cor da sombra combinava com os olhos ou com o tom predominante na roupa e a boca era pintada com cores escuras e fortes.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1920
DICAPara saber mais sobre esse
período assista ao filme Coco antes de Chanel, dirigido por
Anne Fontaine em 2009.
Truques para disfarçar olheiras
Para saber disfarçá-las com a maquiagem é importante conhecer as razões de sua existência. As olheiras podem:
• surgir após uma noite mal dormida;
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Musas da década de 1920: os cílios e as sobrancelhas eram escovados e um traço a lápis delineava os olhos
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 27
• aparecer por causa de excessos cometidos no dia ante-rior: muito trabalho ou efeitos do consumo exagerado de bebida alcoólica;
• ser uma herança genética, ou seja, de alguém da famí-lia que apresenta uma coloração mais escura na área dos olhos;
• resultar de estresse físico, emocional ou, ainda, de die-tas muito severas;
• ter relação com fatores étnicos (pessoas de pele escura são mais propensas a desenvolver olheiras); ou
• ser consequência de pele fina, pois a transparência da cútis torna mais visível a área escurecida.
Mas, para qualquer uma dessas situações, há uma solução.
Caso sua cliente procure você pessoalmente para agendar a maquiagem, aproveite o momento e avalie a pele dela, além de fazer perguntas e, quem sabe, dar conselhos que poderão ajudar no momento do seu trabalho.
Exemplo 1
Uma cliente quer agendar uma sessão de maquiagem para um casamento. Analise a pele e observe se ela apresenta olheiras. Sim? Então pergunte à cliente se é comum tê-las ou se houve alguma razão para que aparecessem.
IMPrecomende que, na véspera da
festa, ela durma ao menos 8 horas, não abuse do álcool e
procure ter um dia calmo. Essas medidas irão amenizar as marcas
no entorno dos olhos.
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Exemplo 2
A cliente quer agendar a sessão de maquiagem, mas in-forma que as olheiras fazem parte do seu rosto.
Aconselhe as mesmas atitudes do exemplo anterior e su-gira ainda que ela faça, no dia da festa, compressas com chá de camomila gelado.
Como minimizar as olheiras com a maquiagem?
Seu maior aliado na hora de disfarçar as olheiras é o cor-retivo, de preferência cremoso. Mas atenção: aplique-o apenas quando terminar a maquiagem, pois resíduos de sombra podem respingar nos olhos.
• Se as olheiras forem arroxeadas, o mais indicado é usar um corretivo amarelo ou laranja.
• Se forem castanhas, inicie com um corretivo rosa e espalhe outro, bege, segundos depois.
• Veja a foto abaixo: fazendo pequenos pontos com o corretivo e espalhando-o com a ponta dos dedos, você obterá um resultado melhor.
DICAColoque no congelador os sachês
usados do chá de camomila e utilize-os para aplicar a
compressa. Se você tiver a camomila em casa, não vai
precisar dos sachês: faça um chá e embeba bolas de algodão nele.
DICAO dedo indicador, em conjunto com o polegar, serve para pegar diversos objetos (movimento de pinça). Por esse motivo, deve ser
evitado para a aplicação de qualquer produto, pois pode
trazer alguma sujeira e borrar a maquiagem.
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Anos 1930
Tempo de crise econômica e de recessão
A economia mundial sofreu uma grande crise em 1929, um processo que começou com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos. Na década seguinte, conhecida como Grande Depressão, o desemprego e a miséria espalharam-se por diver-sos países.
Com a crise, foi mais vantajoso queimar a produção de café do que ensacá-lo e ar-mazená-lo. Os fazendeiros do café mergulharam em dívidas e esse cenário influen-ciou a disputa pela presidência no Brasil.
A situação econômica alia-se à política. No Brasil, aconteceu a Revolução de 1930. Nessa mesma época, Getúlio Vargas assumiu o poder e instaurou uma ditadura que durou até 1945.
Eram tempos de autoritarismo. E não apenas no Brasil.
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Desempregados fazem fila para ganhar comida: consequência da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929
30 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Adolf Hitler assumiu o poder na Alemanha em 1933 e liderou o país na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Ele perseguia e enviava aos campos de concentração grupos que considerava inferiores na humanidade: judeus, homossexuais, deficientes físicos, doentes mentais, ciganos etc.
Francisco Franco, o “generalíssimo Franco”, foi um ditador espanhol que manteve o poder de 1939 a 1975. Foi responsável por inúmeras mortes em seu país.
Benito Mussolini foi o líder italiano do fascismo. Apesar de ter tomado o poder em 1922, teve papel de destaque na organização da Segunda Guerra Mundial.
Antonio Salazar foi ditador em Portugal entre os anos de 1932 e 1968. Além de implantar a ditadura civil em seu país, apoiou Franco na guerra civil espanhola.
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Em sentido horário: Hitler, Franco, Mussolini e Salazar
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Localização e medidas
Vamos localizar, no mapa político da época, os países que esses homens governaram? Antes, porém, precisamos da ajuda da matemática.
Para ler adequadamente as informações de um mapa, pre-cisamos conhecer um assunto importante também para a carreira de maquiador, o chamado sistema de medidas.
Você já percebeu como as medidas fazem parte do nosso dia a dia?
Vamos imaginar que você vai alugar um espaço para dar aulas de maquiagem e o proprietário informa que a sala tem 35 m². Será que esse espaço é suficiente? Isso quer dizer que, nesse caso, o imóvel tem 7 metros de compri-mento por 5 metros de largura. Confira.
DICAVeja o significado de metro
quadrado (m²) no tema “Fazendo contas” no
Caderno do Trabalhador 3 – Conteúdos Gerais.
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FINLÂNDIA
ESTÔNIA
LETÔNIA
LITUÂNIA
PRÚSSIAORIENTAL
UNIÃO SOVIÉTICA
DINAMARCA
GRÃ-BRETANHA
IRLANDA
HOLANDA
BÉLGICA
FRANÇA
LUXENBURGO
ALEMANHA
BOÊMIA-MORÁVIA
ÁUSTRIASUÍÇA
POLÔNIA
ESPANHAPORTUGAL
Córsega
Sardenha
ITÁLIA
Sicília
ALBÂNIA
GRÉCIA
IUGOSLÁVIA
ROMÊNIA
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Guarde essa informação porque as medidas são importantes para todo maquiador. E vamos usá-las logo mais em nosso curso.
Muitas vezes é preciso medir em centímetros (cm) os elementos do rosto de suas clientes e, para isso, você terá de usar uma régua.
Vale recordar que 1 metro é igual a 100 centímetros, uma linha dividida em 100 partes iguais. Algo parecido ocorre com o centímetro, que é divido em 10 partes iguais, os milímetros (mm).
Observe a régua reproduzida na foto acima: veja que entre um número e outro existem 10 pequenos riscos. O espaço entre dois desses riscos equivale a 1 milímetro.
Seguindo o mesmo raciocínio, vamos descobrir como medir as distâncias entre, por exemplo, duas cidades. Qual a unidade de grandeza usada por nós para isso? O quilômetro (km), que é igual a 1.000 metros (m).
A moda discreta e prática da década de 1930
A irreverência dos anos 1920 deu lugar a mulheres mais discretas e mais práticas nos anos 1930. Elas exibiam trajes esportivos com mais simplicidade e descontração.
O olhar era objeto de todos os cuidados nos anos 1930, com a atenção voltada para as sobrancelhas redesenhadas, depiladas e tingidas. As primeiras sombras cremosas eram espalhadas com o dedo até a arcada superior, marcando o convexo da pálpebra
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Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 33
(que devia parecer melancólica). As cores variavam do castanho ao cinza e, para a noite, preto. Curvadores cobertos de rímel alongavam os cílios.
O batom ficou mais discreto, com tons laranja e rosa pálido. Blush bege ou castanho bem claro era aplicado em forma de triângulo do meio da bochecha até a têmpora, no intuito de realçar as maçãs do rosto.
Para conseguir lábios mais sensuais, apelidados de picada de abelha, as mulheres “beliscavam” os próprios lábios pouco antes de se maquiarem.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1930
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Pinturas discretas e bocas destacadas para conseguir lábios sensuais
O formato dos olhos
Os olhos são os intérpretes do coração,
mas só os interessados entendem essa
linguagem.
Blaise Pascal
Maquiar os olhos talvez seja o principal desafio para o profissional dessa área. Dominar as técnicas de maquia-gem é, também, reconhecer o formato dos olhos e saber o que fazer para valorizá-los.
De acordo com Marcia Cezimbra, autora do livro Ma-quiagem (São Paulo: Senac, 2009), para identificar o formato dos olhos é necessário observar:
• as pálpebras superior (A) e inferior (B);
• os cantos externo (C) e interno (D);
• a linha de transferência (E); e
• as sobrancelhas (F).
Blaise Pascal (1623-1662), físico e matemático, contri-buiu decisivamente para a criação da geometria, tema muito importante para o maquiador.
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Observe os exemplos a seguir, que apresentam alguns formatos de olhos.
OLHOS CAÍDOS
OLHOS PEQUENOS
O QUE FAZER?Imagine que cada olho pre-cisa ser desenhado como uma amêndoa.As sombras em tons dou-rados e cobre são as mais indicadas.
RÍMEL E LÁPISCamadas extras de rímel nos cílios e lápis nos can-tos externos superiores dos olhos dão a impressão de olhos mais “abertos”.
DICAEspalhe sombra grafite ou preta no canto externo dos olhos. “Puxe” com o pincel a sombra escura para cima e ilumine os cantos internos das pálpebras superiores.
O QUE FAZER?Você deve realçar os olhos usando sombras mais claras e com brilho na pálpebra, rente aos cílios. Abuse da sombra marrom entre a pálpebra superior e a sobrancelha.
RÍMEL E LÁPISDesenhe os olhos com traços rentes aos cílios superiores. Use rímel em quantidade nos cílios superior e infe-rior. A maquiagem para a noite permite o uso do lá-pis branco no canto inter-no dos olhos.
Para o dia a dia, o lápis bege dá a impressão de olhos maiores.
DICASobrancelhas pouco mar-cadas e cílios bem curvados destacam os olhos.
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OLHOS ORIENTAIS
OLHOS SALTADOS
O QUE FAZER?Sombras escuras na pálpe-bra superior e clara na par-te inferior da sobrancelha dão um novo realce aos olhos orientais. Use sombra branca nos cantos internos das pálpebras inferiores.
RÍMEL E LÁPISO delineador ou lápis na pálpebra superior é um tru-que importante, pois desta-ca especialmente o canto externo dos olhos orientais.
DICAContornar os olhos com lápis é uma alternativa interessante para pessoas alérgicas ao delineador.
O QUE FAZER?
O uso de sombras escuras (marrom para o dia e pre-ta para a noite) esfumaça-das na pálpebra superior parece diminuir os olhos e dá um toque de profundi-dade ao olhar.
RÍMEL E LÁPIS
Ressalte os olhos passando lápis preto no canto interno e rímel nos cílios superiores.
DICA
As sobrancelhas devem ser mais grossas e mais claras que o tom do cabelo.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 37
Anos 1940
A Segunda Guerra Mundial
Cerca de 70 milhões de mortos: esse foi o saldo final da Segunda Guerra Mundial, que teve início em 1939 e chegou ao fim em 1945. É como se toda a população atual dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro fosse eliminada em apenas seis anos!
O exército brasileiro, que teve participação discreta no conflito, lutou na Itália con-tra o nazismo alemão.
O fato de não ter havido batalhas por aqui ajudou o país a progredir na área indus-trial durante esse período. Foi nessa época que surgiram as chamadas indústrias de
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Soldados brasileiros embarcam para combater na Segunda Guerra Mundial: contra o nazismo alemão
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bens de produção ou indústrias de base, que produzem os materiais necessários para que outras indústrias possam funcionar, como o aço e o petróleo.
Em 1943, Getúlio Vargas promulgou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que, até hoje, regulamenta as relações de trabalho no Brasil.
E na maquiagem, qual era a tendência?
Na área da maquiagem foi preciso usar muita criativida-de para contornar o problema: pétalas de rosa mergulha-das em álcool substituíam o blush, enquanto graxa de sapato era usada para tingir sobrancelhas e o carvão fazia o papel de sombra para as pálpebras.
Por outro lado, eram raras as mulheres que saíam de casa sem batom. Conjuntos de saia na altura dos joelhos, usa-dos com um paletó estruturado nos ombros – o tailleur – estavam no auge da moda.
No pós-guerra, toda a feminilidade vem à tona com ca-belos longos, batom vermelho e sobrancelhas um pouco mais grossas.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1940
Para se adaptar aos no-vos tempos, o direito dos trabalhadores aos poucos vai se transformando e se ampliando. Por exemplo, em 2002, foi incorporado à CLT um artigo que con-cede licença-maternidade e paternidade para aque-les que adotam crianças.
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Criatividade em tempos de guerra: pétalas de rosa em vez de blush e graxa para tingir as sobrancelhas
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Atividade 1Desenhando a maquiagem
1. Registre aqui:
a) Quais as principais características da maquiagem nos anos 1920, 1930 e 1940?
b) Em que a maquiagem desses períodos é semelhante à que se usa hoje? E as dife-renças, quais são?
40 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
2. A turma divide-se em trios e, com base nas fotos desta unidade e em pesquisas feitas na internet, dois membros do grupo praticam no terceiro colega a maquia-gem de um dos períodos que estudamos até aqui. A tarefa estará completa quan-do todos forem maquiados, cada um com base em um período diferente.
3. Agora, pensem numa forma criativa de apresentar o resultado do grupo para a turma. Que tal um desfile ou uma apresentação teatral?
4. Responda individualmente:
Ao maquiar os colegas senti dificuldade em...
Ao maquiar os colegas senti facilidade em...
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Anos 1950
A década de 1950 pode ser comparada a uma ponte que liga um período de guerras e suas consequências a outro período de recuperação da economia e mudança de comportamentos: uma fase de transição.
O fim da guerra marcou o retorno à produção industrial em todo o mundo, em um clima de entusiasmo. A vida parecia que “entrava nos trilhos”.
Os Estados Unidos financiaram boa parte dessa recuperação econômica, mas isso também significou a imposição de ideias aos países, fato que não agradava todo mun-do. Muitos movimentos políticos eram contrários a essa posição, pois a entendiam como uma forma de conquista de um poder ainda maior e de controle sobre os povos que estavam retomando ou iniciando o desenvolvimento, como era o caso do Brasil.
Brasília em maio de 1959, pouco menos de um ano antes da inauguração: a nova capital foi construída por Juscelino
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Vivemos sob o lema “50 anos em 5”, divulgada pelo então presidente da República Juscelino Kubitschek, que construiu Brasília.
As mudanças não aconteciam somente na política e na economia. Elas eram percebidas também na música, no cinema e no comportamento da juventude que questio-navam os costumes da época.
O papel da mulher na sociedade
A década de 1950 era um período de valores tradicionais e conservadores e isso afetava especialmente as mulheres. A sociedade ditava que elas deveriam ser esposas, mães e boas donas de casa.
As propagandas também passavam essa imagem, ofere-cendo novos eletrodomésticos para facilitar a vida das mulheres. Havia até um jornal das moças que dizia o que as mulheres deviam fazer para se tornarem boas esposas e donas de casa.
FilmePara saber mais sobre esse
período assista ao documentário Os Anos JK – uma trajetória
política, dirigido por Silvio Tendler em 1980.
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Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 43
A maquiagem de 1950
Mulheres com ar ingênuo, mas com roupas sofisticadas, um jeito de vestir chique, eram a tendência do momento.
O estilo de maquiagem mais popular incluía os “olhos de gazela”, bem marcados, mo-delados por sombra, lápis de sobrancelha, rímel e delineador. A palidez da pele (obtida com pó de arroz) e a intensidade dos olhos ganharam realce, enquanto o ruge, hoje substituído pelo blush, foi excluído. O batom devia combinar com a cor do esmalte.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1950
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Elegância na metade do século: palidez da pele e “olhos de gazela” ditavam o estilo das mulheres na década de 1950
44 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
A maquiagem para cada cor de olhos
Um bom truque para realizar a maquiagem certa é escolher os tons mais adequados para cada cor de olhos.
Nos olhos azuis, evite sombras em tons esverdeados ou azuis. Abuse dos tons ma-deira, terra ou dourados e bronze-acobreados, além do cinza médio e escuro.
Use tons grafite, azuis e lilazes nos olhos acinzentados. O rímel cinza é perfeito para finalizar a maquiagem tanto dos olhos azuis quanto dos acinzentados.
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Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 45
Olhos castanhos permitem um uso variado de sombras. Cinza e preto não são boas opções. Rímel marrom, verde ou preto são os mais recomendados.
As cores mais indicadas de sombra para olhos verdes são lilás, roxo, berinjela e uva. Se a ocasião não permitir o uso de cores chamativas, opte pelos tons de madeira. Experimente usar rímel na coloração verde, que destaca a cor dos olhos.
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Anos 1960
No Brasil, Jânio Quadros sucedeu JK na presidência. Com sua renúncia, João Goulart tornou-se presidente da República. Mas um golpe militar o derrubou em março de 1964, dando início a um período de 21 anos de ditadura. Os brasileiros foram impedidos de votar e escolher seus representantes políticos. Qualquer pessoa contrária ao regime era perseguida; muitos foram presos, torturados e assasinados.
Por outro lado, os anos 1960 foram marcados por pro-fundas alterações no comportamento: liberdade e igual-dade eram direitos a ser conquistados. Outros aspectos
No final da década de 1960, os jornais eram obri-gados a enviar aos milita-res os textos e as imagens que seriam publicados. Era comum precisarem preencher espaços vazios nas páginas, cujas maté-rias foram censuradas, com receitas culinárias, poesias e outros textos, de preferência vazios de conteúdo político.
Você sabia?
Protesto popular contra a ditadura: em 1964 um golpe militar deu início a um período de 21 anos em que os brasileiros foram impedidos de escolher seus representantes políticos
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marcantes nesse período foram as lutas pela libertação das mulheres e o movimento chamado Black Power (ou “poder negro”), que deu voz à comunidade negra.
A moda e a maquiagem dos anos psicodélicos
As roupas, os penteados e a maquiagem refletiram toda a agitação cultural, política e social dos anos 1960.
Cabelos black power, enfeitados por flores silvestres, ca-misetas pintadas à mão e calças jeans desbotadas e co-bertas de apliques ganhavam espaço nas ruas das cidades.
Olhos grandes eram o ponto forte da maquiagem no período, realçados por cílios postiços, delineador nos cí-lios inferiores e muitas camadas de rímel. As sobrancelhas voltaram a ficar mais finas.
FilmeO movimento hippie foi marcado
por contestação, mudança de valores, desejo de maior
igualdade entre as pessoas e liberdade de expressão. Para
conhecer um pouco mais sobre isso e observar a moda e a maquiagem desse período, assista ao musical norte-
-americano Hair, dirigido por milos Forman em 1979.
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Jimi Hendrix retratado em grafite: o guitarrista seguia a moda dos cabelos black power
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Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1960
O formato do nariz influencia a maquiagem
Lembre-se de que, quando pensamos em maquiagem, não nos referimos necessariamente àquela especial, usada em casamentos, formaturas etc. A maquiagem é uma aliada do dia a dia para valorizar o que já é bonito e disfarçar o que não harmoniza o rosto.
Por isso, ao fazer a maquiagem, você deve analisar o ros-to da cliente em detalhes e planejar seu trabalho. Neste tópico, observaremos o formato do nariz e como ele in-terfere no conjunto do rosto. A técnica utilizada pelos especialistas é denominada “luz e sombra”, ou seja, o profissional aplica cores de base contrastantes para sua-vizar os contornos do nariz.
DICANariz com desvio de septo O objetivo da maquiagem
nesse caso é centralizar o nariz, escurecendo a lateral irregular
e, se necessário, clareando a lateral oposta.
Nariz aquilino (com saliência) Escureça a protuberância
na ponta do nariz com o objetivo de suavizá-la.
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Reflexos de agitação e psicodelismo: os olhos ganharam destaque, realçados por cílios postiços, delineador e rímel
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NARIZ ACHATADO
COMO IDENTIFICAR?
Observe como as laterais desse nariz chamam a atenção pela largura.
PARA CORRIGIR
Aplique base mais escu-ra que a pele, começando pela parte de baixo do nariz e depois subindo
em direção às sobrance-lhas. Na ponta do nariz, dê um leve toque de base clara.
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NARIZ LARGO
COMO IDENTIFICAR?
Como o próprio nome sugere, esse formato de nariz é largo em toda sua extensão.
PARA CORRIGIR
Aplique blush mais escu-ro em linha reta nas late-rais do nariz e mais claro nas partes internas dos olhos para afinar o nariz.
NARIZ LONGO
COMO IDENTIFICAR?
Um nariz é considerado longo quando ultrapassa as linhas proporcionais que vimos no desenho de Da Vinci, na Unidade 6.
PARA CORRIGIR
Com o objetivo de en-curtar o nariz, escureça a parte inferior e a pon-ta dele. Se a cliente tiver pele clara, use corretivo dois tons de pele acima;
se o tom de pele for mo-reno, use três tons aci-ma. Maquie a pálpebra inferior dos olhos e afine o lábio superior, dese-nhando-o com lápis.
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52 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
NARIZ ARREBITADO
COMO IDENTIFICAR?
Esse é o formato mais desejado por homens e mulheres, mas muitas
vezes é arrebitado de-mais, trazendo pouca harmonia ao rosto.
PARA CORRIGIR
Escureça suavemente a ponta do nariz, com um blush mais escuro que a tonalidade da pele.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 53
Anos 1970
Enquanto o povo torcia pela conquista do título de tri-campeão mundial de futebol na Copa de 1970, muita gente, considerada contrária ao regime militar, era tortu-rada e morta. O governo de Emílio Garrastazu Médici (1969-1974) foi o mais repressivo da história do país.
O investimento em obras gigantescas – como a rodovia Transamazônica, conhecida por “levar nada a lugar ne-nhum” – contribuía para aumentar ainda mais a dívida do Brasil com outros países.
A economia crescia, mas o bolo não era dividido igual-mente entre os que trabalhavam. Foi nessa mesma época que aumentaram muito as desigualdades no país.
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Leonel Brizola de volta do exílio: com a anistia, a ditadura militar dava os primeiros sinais de recuo
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A revolução da moda
A moda rebelou-se e passou a pregar a liberdade de escolha. Masculino e feminino misturaram-se: na onda unissex, calças jeans com bocas de sino eram iguais para todos.
Escolher o seu estilo, sem imitar as outras mulheres, e se embelezar de acordo com o que cada um considerava bonito e adequado eram atitudes comuns. O colorido ganhou cada vez mais espaço. O cuidado com a pele passou a ser uma preocupação diária.
A maquiagem ganhou destaque nos tons agressivos e sensuais dos batons e no uso do gloss. Os pós eram brilhantes com pigmentos nacarados (com brilho semelhan-te ao da madrepérola). Cílios e olhos continuavam em destaque.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1970
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Rebeldia na década de 1970: tons agressivos e sensuais no batom e no gloss, pós brilhantes que lembravam madrepérola
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O formato do queixo e a harmonia do rosto
Lembre-se de que suas clientes não terão necessariamente a pele das atrizes e mode-los. Além disso, nem todas serão jovens. A maquiagem, como já dito, serve para realçar a beleza natural de cada pessoa e suavizar imperfeições.
Algumas dessas imperfeições podem estar relacionadas ao queixo. Os três formatos de queixo que modificam a harmonia do rosto são:
Vamos, agora, ver algumas dicas para maquiar pessoas com esses formatos de rosto.
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Noel Rosa, cantor e compositor
Montserrat Caballé, cantora lírica espanhola
Reese Witherspoon, atriz norte-americana
Queixo pequeno Queixo saliente
Queixo duplo
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Queixo pequeno
• Aplique base no tom da pele em todo o rosto.
• Para dar a sensação de um queixo maior e criar volume nessa região do rosto, aplique pó iluminador opaco mais claro que o tom da pele. Você também pode utilizar uma caneta iluminadora na região.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 57
Queixo saliente
• Aplique base no tom da pele em todo o rosto.
• Disfarce a proeminência do queixo com pinceladas de blush mais escuro na pon-ta do queixo, suavizando o formato com um efeito de sombra.
58 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Queixo duplo
• Aplique base no tom da pele em todo o rosto.
• Depois, aplique uma base mais escura na lateral na testa, têmporas, maçã do rosto e por baixo do queixo. A base escura serve para criar uma ilusão de sombra e diminuir o volume das áreas mais salientes.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 59
O queixo duplo (ou papada) pode ser causado por diversos fatores, como problemas hormonais ou obesidade. Ele também é bastante comum em pessoas da terceira idade. E essa cliente requer um cuidado especial quando maquiada. Veja, a seguir, como maquiar uma senhora de mais de 60 anos.
Maquiagem para a terceira idade
A maquiagem para a terceira idade deve receber todo o cuidado. O objetivo dela é valorizar a beleza natural da pessoa. Por esse motivo, a maquiagem deve ajudar a disfarçar as marcas do tempo, usando tons pastéis ou de cores mais frias. Cores fortes e quentes podem fazer o efeito inverso: envelhecem a pessoa ainda mais e, em alguns casos, chegam a vulgarizar o visual de sua cliente.
Lembre-se de que você deve respeitar o gosto da cliente, mas não deixe de explicar a respeito do uso das cores na maquiagem de forma educada.
Como fazer?
1. O primeiro passo da maquiagem é a higienização e uma leve hidratação da pele. Mas fique atento, pois a pele de uma cliente dessa idade pode ser mais fina e delicada. Por isso, tenha sempre loções de limpeza ou demaquilantes apropriados.
2. Aplique, com pincel, a base líquida, por ela ser mais leve e fácil de passar, além de não deixar a pele com um aspecto pesado. Prefira bases com filtro solar e que possuam efeito anti-idade, o que dará mais firmeza à pele.
3. Passe o corretivo com cuidado, já que por ser mais pesado do que a base, ele pode ressaltar qualquer defeito da pele. Prefira, nesse caso, os corretivos líquidos e use os dedos para espalhá-los, pois o pincel pode destacar ainda mais as marcas de expressão. Em olheiras arroxeadas, use um tom mais rosado para neutralizá-las.
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4. Finalize a uniformização da pele aplicando um pó facial, de preferência translúcido. Suje o pincel (com pouco pó) e dê leves pinceladas para deixar a pele mais lisa e eliminar a umidade e a oleosidade naturais, fazendo com que a maquiagem dure mais tempo.
5. Com um lápis próprio para esfumar, faça um traço na linha do cílio superior da parte externa até o meio da íris. Com um pincel macio, esfume o traço em dia-gonal, do terço até o final externo da pálpebra.
6. Para destacar os olhos, use sombras em tons opacos e neutros sem cintilante, como marrons, cremes, rosados, cinzas e nude. Se a pálpebra de sua cliente estiver caída, não marque o côncavo. Passe a sombra por toda a pálpebra inferior. Se a sobrancelha for muito rala, faça pequenos traços com um lápis macio onde houver falhas, esfuman-do depois com um pincel. Com uma escovinha, penteie as sobrancelhas para finalizar.
7. Passe o rímel segurando a pálpebra suavemente para cima.
8. Aplique o blush (de preferência mais cremoso) com um pincel macio para não marcar a pele. Use uma cor discreta. Os tons rosados e pêssego são bem-vindos.
9. Contorne os lábios com um lápis próprio da cor da boca de sua cliente. Aplique o batom com o auxílio de um pincel, retirando o excesso com um lenço. Lembre-se de que cores fortes marcam ainda mais as rugas. Para finalizar, aplique delicada-mente um pouco de pó compacto por todo o rosto usando um pincel macio. Isso fará a maquiagem durar mais tempo.
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Anos 1980
A capa da revista National Geographic (acima), fotografada por Steve McCurry, ficou fa-mosa por todo o mundo e é uma das imagens mais relevantes da história recente. O que revela o olhar de Sharbat Gula na foto em que ainda era uma garota? Sua família foi exe-cutada no Afeganistão, e o vilarejo onde vivia foi destruído por uma guerra que se estendeu de 1979 a 1988. Procure no atlas a localização desse país e, se tiver chance, pesquise os motivos e desdobramentos desse conflito, mais um episódio ligado à Guerra Fria.
Outro fato fundamental ocorrido na década de 1980 foi a queda do Muro de Berlim (em novembro de 1989) – uma estrutura de concreto erguida em 1961 para dividir a Alemanha em duas partes, uma capitalista e outra socialista.
Sobrevivente: Sharbat Gula, que tornou-se ícone da guerra
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Atividade 2Pesquise na inTerneT
Procure na internet as diferenças entre o regime capita-lista e o socialista. A turma divide-se em duas e cada uma faz a defesa de uma dessas ideologias.
E no Brasil, o que acontecia?
Como você estudou no Caderno do Trabalhador 5 – Conteúdos Gerais, o país viveu um processo de abertura política, de retomada da democracia. Sem violência, porém decidida, a população foi às ruas exigir eleições diretas para presidente.
O último dos generais ditadores, João Figueiredo, chegou a declarar que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo. Entre outras frases antológicas, deixou a seguinte: “Um povo que não sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar”.
FilmeNão deixe de ver Adeus, Lenin!. Dirigido em 2003 por Wolfgang
Becker, o filme conta a história de um rapaz que tenta esconder
de sua mãe doente a queda do muro de Berlim, fato que, para
ela, representaria o fim dos sonhos de igualdade social.
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Queda do Muro de Berlim: fim da divisão da Alemanha
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Você se lembra do que é democracia?
Vimos no Caderno do Trabalhador 2 – Conteúdos Gerais que democracia significa “governo do povo”. Nela, nós elegemos nossos representantes políticos. Vamos ver como essa ideia pode estar presente nos pequenos atos do cotidiano e não apenas no dia de votar.
Atividade 3DebaTendo a demoCraCia
1. Leia o texto a seguir.
Democracia no salão de beleza
Ribamar, o Riba, é dono de um salão de beleza que emprega três cabe-
leireiros, seis assistentes de cabeleireiro, oito manicures, uma maquiadora,
dois recepcionistas, um faxineiro, duas depiladoras e, ainda, um gerente.
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sJoão Figueiredo: o último general ditador brasileiro
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O proprietário segue a lei na hora da contratação: todos são registrados
em carteira.
Opa! Que coisa boa!
É, mas, devagar com o andor...
Riba registra todos com um salário mínimo e paga comissão “por
fora” para cada serviço feito. E tem mais: os produtos que os empre-
gados usam para trabalhar ficam por conta de cada um. A manicure
compra esmalte; o maquiador, sombra e base; o cabeleireiro, spray
e escova etc.; cada profissional precisa ter seu kit de trabalho. Eles
aceitaram essas condições porque precisam de seus empregos. E
corre a boca pequena que todos os salões seguem essa regra.
Mas uma novidade no salão fez todo mundo ficar agitado. Riba disse:
— A partir de agora eu forneço todos os produtos que serão utilizados
aqui e vocês comprarão de mim! É preciso garantir a qualidade dos
serviços prestados no salão, além de padronizar os produtos. Por isso
eu sou o fornecedor.
Todos começaram a fazer as contas e chegaram à conclusão de que a
comissão vai cair muito.
— O Riba está cobrando muito caro pelos produtos — reclama Clarice.
Uma ideia surgiu no grupo: — Podemos nos reunir e comprar em
grande quantidade. Assim vai ficar mais barato para todos nós!
Neia torce o nariz: — Ih, essa história não vai dar certo. Seu Ribamar
vai ficar furioso!
Amélia pondera: — Não, pessoal! Vamos explicar para ele nossa si-
tuação. Se somos registrados com um valor menor de salário, temos
os outros direitos reduzidos, como o 13º salário, o depósito no Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço e as férias, sem falar na aposen-
tadoria. Com a comissão, conseguimos compensar tudo isso e ganhar
um pouco melhor. Vamos dizer que a gente quer comprar os produ-
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tos em lugares que vendem por atacado para, no final do mês, todo
mundo ganhar um pouco mais.
Como o grupo não chegou a um consenso, Claudete sugeriu que fizes-
sem uma votação. E começou a organizar tudo: — Quem vota em
comprar os produtos aqui no salão levanta a mão! Muito bem. E ago-
ra, os que preferem se juntar e comprar fora do salão.
Pronto! Todos foram ouvidos e venceu a maioria.
O dono do salão, ao ver que os funcionários se organizaram, não teve
opção a não ser acatar a decisão do grupo: a partir de agora, eles vão
se abastecer num atacadista.
Vitória da democracia.
2. Procure no dicionário o significado das palavras que não conhece.
3. Agora, discuta com mais quatro colegas a situação que esses profissionais enfren-taram, respondendo às seguintes questões:
a) O dono do salão tinha razão em fornecer os produtos?
b) O que estava em jogo nessa decisão tomada por Ribamar?
c) É certo registrar um funcionário com um salário menor do que o valor que ele realmente ganha?
d) Que atitude o grupo tomaria se estivesse no lugar dos profissionais do salão cita-do no texto? Por quê?
e) Registre aqui, com suas palavras, um resumo do debate do grupo.
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68 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
O clima de democracia afetou a tendência na maquiagem
Na década de 1980, o avanço da ciência deu um salto e atingiu, também, a indústria de cosméticos. As pessoas começaram a se preocupar, entre outras coisas, com o envelhecimento da pele e os males causados pelo sol. Consequentemente, muitas mudanças ocorreram no mundo da maquiagem.
Era a época do exagero: as mulheres ou se pintavam muito ou saíam de “cara lavada”. Os códigos da beleza mudavam conforme as estações. O estilo de maquiagem pedia bocas bem vermelhas, ou com tons fortes e marcantes, maçãs do rosto cor de tijolo, sombras esfumaçadas variando do castanho ao violeta e rímel à prova d’água verde--relva ou azul-piscina.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1980
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Avanço: a pintura dos anos 1980 indica preocupação com o envelhecimento da pele e os perigos do sol
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A pintura dos lábios dá o toque final à maquiagem
A pintura da boca deve ser a última a ser feita. Ela deve finalizar a maquiagem.
Mas alguns cuidados devem ser tomados ao se passar o batom. Vamos ver alguns deles.
• Para o batom durar mais nos lábios, passe-o normalmente e retire o excesso com lenço de papel. Em seguida, com a esponja do pó compacto, dê umas batidinhas nos lábios e depois passe mais uma camada de batom.
• Para que o batom não escorra, contorne a boca antes com pó translúcido. Os batons sem brilho fixam melhor.
• No caso do gloss, passe uma gota no centro dos lábios.
• O lápis ou delineador para lábios, salvo em alguns casos que veremos a seguir, deve ser da mesma cor do batom. Além de deixar o contorno perfeito, isso ajuda na sua fixação.
• Quando usar batom vermelho, chame a atenção para os lábios. O restante da maquiagem deve ser mais leve.
A maquiagem pode valorizar vários formatos de lábios. A seguir, veremos alguns deles.
Lábios grossos
• Contorne a parte interna dos lábios com lápis mais claro que o batom.
• Passe pó compacto da cor da pele ao redor dos lábios, para disfarçar seu con-torno natural.
• Os batons em tons escuros, opacos e discretos são os ideais para esse formato de boca, pois chamam menos a atenção.
• Evite tons vermelho-cintilantes e gloss.
70 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Lábios finos
• Usando lápis da cor do batom que será aplicado, faça um contorno por fora do traço natural dos lábios.
• Abuse de tons claros, como bege e nude, de cores cintilantes e de gloss.
Lábios irregulares
• O objetivo da maquiagem nesse caso é corrigir os lábios para que adquiram uma nova forma. Para isso, você deve contornar os lábios com o lápis para definir um traçado regular.
• As cores vivas são aconselháveis para esse formato de lábios.
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Lábios enrugados
• Use um corretivo nos cantos externos dos lábios.
• Para criar a sensação de elevação dos lábios, trace um contorno com lápis, dimi-nuindo o ângulo externo e arredondando os cantos. Depois, alargue o lábio infe-rior do centro até os cantos externos.
• Passe um pó compacto no tom da pele ao redor dos lábios para uniformizar a cor.
• Procure usar tons mais escuros, que ajudam a disfarçar os problemas.
• Aplique pó compacto no contorno dos lábios para disfarçar as rugas.
• Reforce o contorno dos lábios com um lápis da cor do batom para impedir que o batom escorra pelos sulcos das rugas.
• Prefira batons mais cremosos.
• Não use gloss nem batons líquidos em lábios enrugados. Isso evita que ele escorra pelos sulcos, borre a maquiagem e reforce ainda mais as rugas.
• Evite cores fortes e tons vermelho-vivos que marcam ainda mais as rugas.
Lábios caídos
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Anos 1990
Fernando Collor de Mello foi o primeiro presidente da República escolhido direta-mente desde a eleição de Jânio Quadros. A economia do país estava em frangalhos por causa da hiperinflação (quando os preços sobem muito e o dinheiro perde valor de compra).
Para tentar resolver a situação o governante lançou um plano econômico que, entre outras coisas, mudou a moeda do país e confiscou a poupança de todos os que tinham mais de NCz$ 50.000 (Cruzados Novos). Em vez de resolver o problema da inflação, a medida provocou uma queda brutal da atividade econômica.
Além disso, irregularidades e escândalos envolvendo sua administração culminaram com a queda de Collor.
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Eleito pelo povo, destituído pelo povo: manifestantes exigem a saída do então presidente Fernando Collor
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Tendência da moda nos anos 1990: quando menos é mais
A moda parece ter se cansado do excesso de cores da década anterior. A nova ten-dência foi um estilo mais clean, que significa “limpo” em inglês (pronuncia-se “clin”). Passou-se a se empregar pouca maquiagem, baseada em cores neutras e pouco brilho, o que dava às mulheres uma aparência mais natural.
Na pele o tom que imperou foi o bege, sugerindo uma simples hidratação. A boca mal brilhava e os olhos apresentavam um leve toque de rímel.
Galeria de fotos: maquiagem dos anos 1990
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Estilo clean: no fim do século passado, imperou o bege, sugerindo uma simples hidratação de pele
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Como aplicar o delineador?
A aplicação do delineador pode ser uma das etapas mais decisivas e complicadas para um profissional, pois, para fazer um belo traço é necessário ter mãos firmes – e somente a prática lhe dará isso.
O delineador é indispensável na maquiagem, já que define e destaca o olhar, além de disfarçar pálpebras caídas e suavizar olheiras.
Nunca se esqueça de retirar o excesso do pincel. Caso contrário você poderá colocar a perder toda a maquiagem dos olhos, uma vez que o delineador é aplicado após a sombra.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 75
Veja a seguir alguns detalhes importantes para escolher a cor e a espessura de linha do delineador.
• Para morenas, prefira a cor preta. Para mulheres de pele ou olhos claros, opte pelo marrom-escuro ou cinza.
• Olhos pequenos ou fundos ficam melhores com um traço bem fino e rente aos cílios. O traço grosso diminui ainda mais os olhos.
• Em olhos grandes, devem-se usar traços mais grossos, salvo se as pálpebras forem pequenas. Nesse caso, prefira uma linha mais fina.
• Para disfarçar pálpebras caídas, use um traço bem fino e que não ultrapasse o canto externo dos olhos. Esse tipo de traçado, conhecido por “estilo gatinha”, deve ser usado em olhos grandes ou com pálpebras firmes.
1. Segure a lateral do olho – sem esticar muito a pálpebra – a fim de contorná-lo. Faça isso apenas se os olhos apresentarem sinais de flacidez ou pele enrugada. Para ter mais firmeza, apoie a mão que vai fazer o traço na bochecha da cliente.
2. Comece o desenho do meio dos olhos para fora, com um traço mais fino, e vá alargando essa linha em direção à parte externa dos olhos.
3. Complete o traço na parte interna dos olhos usando menos tinta no aplicador. Se você não se sentir seguro, não faça o risco de uma vez só. Experimente marcar vários pontos na pálpebra e, depois, una um a um com o pincel. Caso você erre ao desenhar com o delineador, umedeça a ponta de um cotonete e use-o para corrigir o traçado.
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Como fazer?
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Anos 2000
Muito se falou sobre a virada do milênio. Uns diziam que seria o fim do mundo, outros o início de uma nova era.
Na verdade, o planeta já estava mergulhado em inúmeros conflitos, especialmente entre os Estados Unidos e alguns países do Oriente Médio. Em 11 de setembro de 2001, vários ataques aéreos nos Estados Unidos causaram gran-de comoção e iniciaram uma discussão sobre terrorismo.
No Brasil, a estabilidade monetária permitiu que o país retomasse o crescimento econômico. Com isso, conseguiu pagar sua dívida externa e passou de devedor a credor do Fundo Monetário Internacional (FMI).
FilmePara entender melhor o que ocorreu antes dos ataques,
assista ao documentário Fahrenheit – 11 de Setembro, lançado em 2004 pelo norte- -americano michael moore.
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Na maquiagem
A ordem do momento é ter aparência saudável: esse é o lema dos anos 2000.
A maquiagem atual se inspira nas décadas anteriores e, também por essa razão, re-gistra as principais tendências do passado. Elas sempre são uma forte referência para a moda que virá. Afinal, a moda vai e volta.
Maquiador 2 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a 77
78 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
Atividade 4ReConheCendo as TendênCias
Agora é sua vez.
1. Baseando-se no que estudamos sobre as tendências dos anos 2000, indique a época em que estes looks se inspiraram.
2. Explique como identificou essas maquiagens com as tendências do passado.
3. Escolha uma das fotos acima e crie o passo a passo para realizá-la. Descreva quantos passos considerar necessários.
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2o passo:
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5o passo:
6o passo:
7o passo:
8o passo:
4. Reúna-se com os colegas que escolheram a mesma foto e comparem os passos. O que há em comum? E de diferente?
5. O grupo agora apresenta as conclusões para a turma.
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Atividade 5ExerCiTando a maquiagem
Vocês agora possuem muitas informações em relação ao início do curso. Vamos montar uma “sala de maquiagem”, onde todos serão clientes.
Imagine-se na sua sala de maquiagem e procure colocar em prática tudo o que aprendeu até aqui.
Lembre-se: os conhecimentos para colocar em prática não podem se resumir, por exemplo, à escolha da cor da som-bra. Suas ações devem levar em conta o trato com o clien-te. Ouça a opinião dele, informe-se sobre a ocasião para a qual ele precisa de uma maquiagem especial, pergunte como sua pele reage aos produtos etc.
Atividade 6Truques de maquiagem
Em grupos de cinco pessoas, façam uma pesquisa na in-ternet para descobrir qual a melhor solução para cada problema apresentado a seguir. Registre as respostas no seu caderno, pois assim terá um bom guia para quando você se deparar com essas situações:
1. Uma cliente, que vai ser madrinha de casamento, pos-sui uma cicatriz saltada e escura na maçã do rosto. O que você deve fazer?
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2. Uma adolescente vai ao seu primeiro baile de formatura, mas apresenta várias espinhas enormes, vermelhas e prestes a estourar. Que estratégia utilizar?
3. O casamento será em uma cidade na praia, em janeiro, às 13 horas. Que produtos são os mais indicados? Que medidas tomar para a maquiagem durar mais tempo e não derreter?
4. A mãe do noivo certamente vai chorar na cerimônia. Como reduzir a chance de que ela borre toda a maquiagem?
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unida d e 9
Maquiagens espeCiais
Como vimos, em especial na Unidade 2, existem várias possi-bilidades de trabalho para um maquiador e, certamente, não esgotaremos todas aqui neste material. Mesmo porque para cada tipo de trabalho você poderá ter um desdobramento novo, como maquiagem e maquiagem definitiva.
Vamos pensar que esse é o primeiro passo de um longo caminho para a construção da sua nova carreira.
Entre as várias possibilidades existem algumas mais populares, como a maquiagem em festas infantis e a de casamentos. Há outras que estão ganhando força, como é o caso da maquiagem masculina.
Nesta unidade, veremos algumas dessas maquiagens.
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Maquiagem infantil
Para começarmos a falar sobre a maquiagem infantil é necessário discutir alguns as-pectos importantes. Em primeiro lugar: que imagem temos da criança hoje no Brasil?
Atividade 1reflexão sobre ser Criança
Leia a reportagem a seguir.
Um salão de beleza cheio, cabeleireiros e maquiadores de um lado para
outro e cosméticos circulando por todos os lados do salão. Seria a
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preparação para um casamento, festa de formatura ou algum evento
social que receberá belas mulheres? Negativo. Essa descrição é de uma
festa de aniversário de uma criança que pode ter entre dois e sete anos.
A maquiagem chegou às pequeninas, que cada vez mais cedo se tornam
vaidosas e não saem de casa sem fazer um make e a nécessaire para
dar um retoque no visual, principalmente no batom.
O que antigamente não passava de uma brincadeira de criança para
imitar "gente grande" ou se limitava a um gloss na boca, hoje em dia
deixa o Brasil nos primeiros lugares dos países que mais vendem cos-
méticos especializados para o público infantil.
Não por acaso, empresas lançam uma infinidade de produtos de be-
leza direcionados a meninas, usando cantoras e apresentadoras de TV
famosas para fisgar essa garotada.
No entanto, os especialistas alertam [sobre] os riscos do uso prematu-
ro da maquiagem. Os dermatologistas explicam que a pele das crianças
é mais sensível e por isso absorve em maior quantidade as substâncias
contidas na maquiagem, podendo causar alergias.
Mesmo que a alergia não apareça de imediato, com o passar do tem-
po a pele da criança absorve essas substâncias e, consequentemente,
as alergias podem aparecer até com produtos que não tenham nada
com a maquiagem, como uma tinta de caneta que contém substâncias
em comum com as da maquiagem.
Geralmente, produtos de maquiagem voltados para crianças não con-
têm substâncias “pesadas”. O risco é quando a mãe empresta à filha
seus produtos, o que acontece na maioria das vezes.
Cuidados – O melhor é usar a maquiagem aprovada pela Anvisa (Agên-
cia Nacional de Vigilância Sanitária), específica para o público infantil.
Uma maquiagem infantil boa é aquela que sai mais facilmente (com
água), diferente das maquiagens feitas para adultos. Mesmo a maquia-
gem infantil deve ser usada com moderação. Alguns produtos têm até
o gosto ruim, justamente para que as crianças não levem à boca.
86 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
menina-mulher não é legal – O uso
muito cedo da maquiagem pode fazer
com que a criança só se sinta bem
se estiver com a maquiagem. Para
ela, estar na moda é a melhor manei-
ra de estar bonita, havendo o risco
de erotização precoce.
A maquiagem feita em uma criança deve
ser usada em eventos especiais e não no
dia a dia. Não pode [sic] se deve tornar
hábito. A vontade é natural, mas os pais
não devem incentivar a criança, somente
se for de um modo lúdico, como parte de
uma fantasia, por exemplo.
Sic é um termo latino que significa “assim” ou “desse modo”. Ele é usado para indi-car que o texto foi reproduzido exatamente como o original, mesmo que esteja errado ou soe muito estranho.
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Erotização precoce: crianças que se maquiam habitualmente podem se tornar “escravas da moda”
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O interesse cada vez mais precoce se deve tanto à cultura da
moda, ao incentivo dos pais e à mídia que cria cada dia produtos
mais chamativos, com embalagens e propagandas que deixam
os pequenos fascinados.
E como os pais podem descobrir se a sua filha está exagerando ou não?
Observar a criança na sua rotina e verificar se essa vaidade está obses-
siva: a criança acha sua imagem mais importante do que viver a vida de
criança, quando vai para a escola ou a um passeio parece mais um mi-
niadulto e seu impulso de comprar cosméticos está sem controle.
Incentivar a brincadeira como a imitação dos pais que são os "heróis"
das crianças é muito positivo para o desenvolvimento dos pequenos,
mas tornar os pequenos "escravos da moda" ou dar aos filhos tudo o
que pedem é prejudicial.
Dicas
O diálogo é sempre o melhor. Explique e mostre como ser criança é
mais importante do que a vaidade física.
Não deixe uma brincadeira de maquiagem se tornar hábito do dia a
dia da criança. Saiba dizer um não e ser firme.
Maquiagem para bonecas não é indicada para o uso em crianças.
Também pode causar alergias. Toda menina sonha em ser a Barbie.
Mas, mamãe, saiba se impor nesse momento e deixe claros os limites
da criança com a maquiagem.
Bruno Rodrigues. Riscos do exagero de maquiagem nas meninas. Publicado em
02.03.2009. Disponível em: www.guiadobebe.com.br. Acesso em 22 dez 2010.
88 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
1. Em classe, discutam sobre o fato de as crianças estarem deixando a infância e adquirindo hábitos de adultos cada vez mais cedo.
2. Registre no seu caderno: você acha isso bom? O que, na sua opinião, poderia ser feito para evitar essa situação?
FilmeA antecipação da vida adulta é retratada de forma divertida no filme Pequena miss Sunshine
(EuA, 2006). Olive, uma menina de 9 anos, sonha em se tornar
miss. A vida de sua família muda quando ela recebe um convite para participar de um concurso
na Califórnia e todos viajam para acompanhá-la.
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3. Na sua opinião, pode-se dizer que uma criança que trabalha na TV como apresentadora está realizando trabalho infantil? Por quê?
4. Discuta em grupo de cinco pessoas qual posiciona-mento deve adotar o profissional da área com relação à maquiagem infantil.
O trabalho infantil é proi-bido por lei. No Brasil, jovens entre 14 e 16 anos só podem trabalhar como aprendizes, desde que não larguem os estudos. Até 14 anos, o trabalho infantil é proibido e é considerado crime.
Mas é comum vermos crianças trabalhando em diversas circunstâncias. Por exemplo, nas ruas de grandes cidades do Brasil nos deparamos com cri an ças vendendo doces e, em algumas áreas rurais, elas che-gam até a ajudar nas colheitas de produtos como a cana-de-açúcar, o que é muito perigoso e nocivo para a sua saúde.
Você sabia?
90 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
A maquiagem infantil: festas e brincadeiras
Uma possibilidade de trabalho para o maquiador é atuar em festas infantis. Nesses casos, a maquiagem infantil passa a ter o tom de brincadeira, de jogo; passa a fazer parte do “cenário” da festa. São diversos os motivos que você pode criar: uma bor-boleta, uma princesa, um personagem das histórias em quadrinhos etc.
Veja alguns exemplos.
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Atividade 2praTiCando a maquiagem
arTísTiCa infanTil
Antes de realizar uma maquiagem artística infantil, vamos praticar um pouco de desenho.
1. A seguir há um exemplo de desenho e sobre ele existem pequenos quadrados iguais. Copie os traços dentro de cada quadradinho para reproduzir o desenho. Um de-senho inteiro pode parecer difícil de realizar; mas, fa-zendo-o em partes pequenas, fica bem mais fácil.
DICAO lápis sempre com ponta
arredondada é muito importante para um bom desenho. Isso vale
para o lápis de sobrancelha e também para o de olhos.
92 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
DICACaso você se interesse
por esse tipo de trabalho e for adquirir o produto, verifique
se ele possui o selo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária), o que garantirá a qualidade e a certeza de que
poderá ser utilizado em crianças.
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2. Pratique em casa.
a) Procure alguns desenhos com traços não muito com-plicados e, com o auxílio de uma régua, divida o de-senho em quadrados iguais de 2 centímetros.
b) Meça o tamanho do desenho. Vamos supor que ele tenha 12 cm de largura. Faça a conta: 12 ÷ 2 = 6.
c) Com a régua vá fazendo pequenas marcas com lápis a cada 2 cm na parte superior do desenho.
d) Use o mesmo procedimento na parte de baixo. Ligue os pontos marcados no topo da imagem com os feitos embaixo, para as linhas saírem perfeitas.
e) Repita o procedimento nas laterais e assim terá o desenho todo quadriculado e pronto para ser copiado.
Produtos necessários
Você deve providenciar tintas, antialérgicas e não tóxicas, para maquiagem artística infantil. Elas estão à venda pela internet ou em lojas especializadas. Podem ser encontra-das na forma de kits completos para a maquiagem artís-tica infantil, contendo, em média, 14 cores diferentes, palheta e pincéis. Se preferir, você pode também adquirir os materiais separadamente, conforme a necessidade do seu trabalho.
Tenha também em mãos esponjas para aplicar tintas e decalques, pedrinhas de strass, glitter em pó, que certa-mente você usará para a maquiagem em meninas. Para aplicar alguns desses detalhes, você precisará de uma pinça e cola branca antialérgica e não tóxica.
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Preparando o rosto da criança
• Lave o rosto da criança com sabão neutro antes da aplicação da maquiagem. Não use produtos ou cosméticos, para não provocar reações alérgicas.
• Coloque uma capa – como as que se usa para cortar o cabelo – ou uma toalha para proteger a roupa da criança.
• É importante que você peça para a criança manter os olhos fechados durante todo o processo de maquiagem para evitar que os produtos entrem nos olhos, causando irritação.
• Procure conversar com a criança para saber qual personagem ela gostaria de ser, de quais cores ela gosta mais etc. Assim, você colocará seu talento em ação com base no gosto da própria criança.
• Conforme for adquirindo experiência e tiver, também, como base exemplos de maquiagens de livros e da internet, você poderá criar seus próprios perso-nagens. Experimente!
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DICAEsse procedimento dependerá muito do desenho a ser feito. muitas vezes o fundo não é necessário, como veremos
mais adiante.
DICAPara ter outras ideias, procure
livros infantis na biblioteca do seu bairro ou de sua cidade, observe
como são os personagens, as cores que eles têm e outros
detalhes que achar importante.
Como fazer?
1. Depois de lavar o rosto da criança, use uma esponja para aplicar a cor que servirá de base para o desenho.
2. Ainda com uma esponja, pinte o restante do desenho usando diferentes cores.
3. Para fazer os detalhes ou colorir os lábios, utilize um pincel não muito grosso.
4. Com um pincel fino, faça o contorno dos desenhos.
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Como fazer?
1. Depois de limpar o rosto da criança, faça com um lápis de olho o contorno do desenho escolhido.
2. Com um pincel não muito grosso e a cor que você usará para preencher o desenho, cubra o contorno do desenho.
3. Preencha o desenho, usando diferentes cores para fazer os detalhes.
4. Caso o desenho borre por qualquer motivo e em qualquer momento, limpe o local com um cotonete embebido em água.
5. Depois que todos os detalhes coloridos estiverem prontos, pegue um pincel mais fino e com a tinta preta faça o contorno final. Se for o caso, acrescente detalhes em outras cores.
6. Para dar um brilho no desenho, você pode colar decalques ou strass em alguns pontos. Para isso, coloque um pouco de cola branca antialérgica e as peças que você usará para decorar a maquiagem no dorso da mão. Com uma pinça, molhe o decalque ou strass na cola e o aplique nos locais desejados.
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7. Se quiser deixar a maquiagem ainda mais interessante e brilhante, você poderá usar glitter. Para isso, borrife um pouco de água no rosto.
8. Posicione a criança, de maneira que ela fique com o rosto um pouco inclinado para trás. Pegue um pouco de glitter com a ponta dos dedos e polvilhe sobre a maquiagem como se estivesse jogando sal em uma panela.
9. Tire o excesso do glitter com um secador. Mas, cuidado: use a temperatura fria ou morna e mantenha uma distância de no mínimo 30 cm do rosto da criança.
10. No caso das meninas, você pode acabar a maquiagem passando um gloss com brilho nos lábios.
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Maquiagem masculina
A maquiagem para homens é um assunto mais comum no dia a dia. Se voltarmos na história, vamos ver que isso não é nenhuma novidade.
As indústrias de cosméticos estão aumentando as vendas de produtos especialmente desenvolvidos para eles.
A maquiagem pode deixar uma pessoa mais bonita e mais feliz. E se faz isso para as mulheres, por que não pode funcionar também para os homens?
A maquiagem pode amenizar, reduzir sinais de cansa-ço, esconder manchas na pele e dar um ar saudável ao rosto masculino.
Faça uma busca nos sites especializados e procure os pro-dutos desenvolvidos para o mercado masculino.
Etapas da maquiagem masculina
Limpeza da pele
DICAO mercado de maquiagem
para homens está em crescimento e você pode se especializar
nessa área.
1. A limpeza do rosto pode ser feita da mesma maneira que aquela realizada nas mulheres. Mas, como se tra-ta de outra natureza de pele, oleosidade etc., lavar o rosto com o sabonete apropriado para o tipo de pele poderá ser suficiente para iniciar o trabalho.
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2. Se o seu cliente tiver olheiras, aplique suavemente a base na parte inferior dos olhos.
3. Já estudamos os vários formatos de rosto, nariz, lábios etc. Essa observação se aplica também para os homens. Contudo, analisar o rosto masculino vai mais além, porque a barba altera, inclusive, o uso de produtos. Por exemplo: para um rosto com barba espessa, grossa e farta, o uso irrestrito da base não é aconselhável. Nesse caso, aplique com um pincel um pouco de base apenas na zona T, para retirar o excesso de luminosidade dessa área.
Se a cútis do seu cliente for apropriada, espalhe a base no tom da pele com um pincel, tomando cuidado para não carregar o visual.
Dependendo da ocasião para o uso da maquiagem, aplique pó facial por todo o rosto com o auxílio de um pincel grosso. Atenção: não use esponja para essa etapa.
Análise do rosto
Preparando o rosto
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4. Aplique um rímel transparente na sobrancelha, acertando o caminho dos pelos, e também nos cílios.
Você também poderá usar o curvex para dar forma arredondada aos cílios, o que amplia o olhar ao mesmo tempo que dá um tom bastante natural.
Os olhos poderão ser ressaltados com o uso de lápis marrom. O lápis preto será aplicado apenas em situações que permitam uma ousadia maior ou para clientes que se identificam com alguns grupos como os emos (foto abaixo), por exemplo.
Destacando os olhos
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5. Para os lábios, nada de batom ou gloss. Os hidratantes sem brilho foram espe-cialmente desenvolvidos para esse público.
Finalizando
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Ingresso no merCado de Trabalho
Como já vimos, há diversas maneiras de ingressar no mercado de trabalho como maquiador: em salões de beleza, em emissoras de televisão etc.
Você poderá trabalhar como profissional registrado em algum salão de beleza ou estética, assim como ser um profissional au-tônomo. Nesse caso, você precisará fazer sua inscrição na pre-feitura da cidade em que irá trabalhar.
Relembre o tema “Trabalhar por conta própria”, no Caderno do Trabalhador 4 – Conhecimentos Gerais, que orienta sobre como trabalhar como autônomo ou abrir sua empresa.
Vamos ver agora como essa situação pode ser aplicada à profissão do maquiador, como você pode ser um autônomo.
O que é preciso fazer para ser bem-sucedido nessa atividade? Para responder a essa questão, vamos exercitar o que vimos anteriormente.
DICAuma vez inscrito na prefeitura de
sua cidade, você será um profissional autônomo.
Você também poderá se inscrever no INSS como contribuinte
individual. Isso garantirá que você possa contar com aposentadoria no
futuro, e lhe dará direito a outros benefícios, como o auxílio-doença.
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Atividade 1Criando seu plano de negóCios
Primeiro, vamos responder a algumas questões e, depois, realizar um levantamento de dados a fim de checarmos se seguir esse caminho é o mais adequado neste momento.
O que pretendo fazer? Abrir meu próprio salão de beleza? Trabalhar como empre-gado em um salão de terceiros? Trabalhar como autônomo em um salão ou na casa das pessoas?
1. Como e por que você chegou a essa conclusão? Faça um balanço bastante hones-to consigo mesmo para evitar que você se arrependa mais tarde.
2. Você já buscou informações sobre o mercado de trabalho na região ou na área em que quer trabalhar? Por exemplo: se você pretende trabalhar no bairro onde mora, faça o seguinte levantamento:
a) Existe clientela para maquiagem?
b) Quantos salões de beleza já fazem maquiagem nesse bairro? Será que existe espa-ço para mais um? Meu trabalho se diferencia do que é oferecido no bairro?
c) Em quais ocasiões os moradores do bairro costumam fazer maquiagens especiais: festa, casamento, formatura etc.? Quem faz suas maquiagens?
3. Leia com atenção algumas normas da Anvisa. Não há normas específicas para a área de maquiagem, mas elas existem para a área de beleza e você deve conhecê-las.
Salões de beleza e similares
Qualquer serviço de salão de beleza, cabeleireiro, bar-
beiro e afins deve:
– Ser independente de residência.
– Possuir local próprio para lavagem de material.
– Apresentar-se limpo, organizado e possuir ventilação e
circulação de ar.
– Manter rotina de limpeza dos pentes, escovas, bobies
etc. Esta limpeza deve ser realizada a cada cliente.
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– Utilizar toalhas limpas, devendo estas serem lavadas
a cada uso.
– Utilizar apenas produtos com registro na Anvisa. Isto
vale para esmaltes, cremes, xampus, tinturas, maquia-
gens etc.
– Manter cadeiras e colchões de macas revestidos de
material impermeável e em bom estado de conser-
vação.
– Possuir licença sanitária.
[...]
Antes de submeter-se a um procedimento estético é
importante verificar:
– Se todos os equipamentos e produtos utilizados
nestes procedimentos possuem registro na Anvisa. O
registro é a única garantia de que os produtos utilizados
atingem a finalidade a que se propõem, sem expor o
usuário aos riscos à saúde.
– Se o profissional é capacitado para a realização do
procedimento.
– Se o local está limpo, organizado e possui licença
sanitária.
– Se materiais como agulhas e seringas são estéreis e
de uso único, devendo ser descartados após o uso.
Em caso de procedimentos invasivos é importante que
o profissional utilize equipamentos de proteção indivi-
dual, como luvas, máscara e jaleco ou avental.
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br. Acesso em: 6 dez 2010.
106 Arco Ocupacional Im ag e m e Be l e z a Maquiador 2
4. Pesquise e faça uma lista de equipamentos necessários para você começar a trabalhar por conta própria.
5. Você precisará de um empréstimo bancário?
Se for o caso, você pode solicitar um empréstimo no Banco do Povo, um programa da Secretaria do Empre-go e Relações do Trabalho (SERT) do Governo do Es-tado de São Paulo. Busque informações sobre o assunto na página eletrônica da SERT: www.emprego.sp.gov.br/programas/bancodopovo.html
Com essas informações você já tem uma noção de como trabalhar por conta própria.
E lembre-se: se você optou pela carreira autônoma, terá que criar e administrar seu próprio orçamento; e não poderá esquecer-se de nada, para não correr o risco de gastar mais do que ganha.
MUITO IMPORTANTE
Compra dos equipamentos
Lembre-se de que, indepen-dentemente do local em que você irá trabalhar, avental, máscaras protetoras e luvas são fundamentais para seguir normas de higiene. Eles de-vem, portanto, ser somados aos produtos que irá adquirir.
Custos
Você deverá calcular não ape-nas o material que irá gastar, mas também sua hora de trabalho e os gastos com transporte (caso precise se deslocar até o local onde es-tá o seu cliente).
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Profissional autônomo: quais os equipamentos necessários?
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Atividade 2fazendo meu orçamenTo
1. Vamos fazer um “jogo de faz de conta” sobre sua nova profissão.
Assim como Tide Martins (foto), Evandro resolveu ser maquiador autônomo, começando a carreira em um bair-ro de classe C.* Vamos ajudá-lo a construir o orçamento e definir quanto ele irá cobrar por uma maquiagem?* Segundo a Fundação Getúlio Vargas, consideravam-se classe C, em 2010, as famílias cuja renda ficava entre R$ 1.115,00 e R$ 4.807,00.
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Equipamentos necessários Custos
a) Qual será o valor da maquiagem no bairro em que Evandro vai trabalhar?
b) Quais alternativas Evandro teria para deixar o seu trabalho mais barato e acessí-vel a essa população?
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2. Ajude Evandro a divulgar seus serviços. Que meios ele poderia usar para tornar seu trabalho conhecido no bairro?
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Revendo meus ConheCimenTos
Estamos chegando à reta final desta primeira etapa na cons-trução da sua nova profissão.
Esse é um momento de balanço, de rever e reavaliar o portfólio que fez na Unidade 3 e o quadro em que listou suas dificuldades e facilidades na hora de aprender as técnicas da maquiagem, no momento de aplicá-la em algum colega.
Vamos voltar ao documento do Ministério do Trabalho e Em-prego, a CBO, de que falamos logo no início do nosso curso. A partir da descrição das atividades do maquiador, verifique os aspectos que você aprendeu durante o curso e outros que precisará retomar em casa, informando-se pela internet, em livros especializados ou mesmo fazendo um novo curso, agora mais avançado.
DICAA CBO é um documento oficial do ministério do Trabalho e Emprego
que informa todos os empregadores sobre os
conhecimentos que cada profissional deve ter.
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Atividade 1eu, maquiador
Leia as atividades listadas abaixo e reflita sobre elas. Depois assinale com um × os quadrados correspondentes às etapas do seu trabalho que você já sabe fazer bem ou se ainda é necessário rever o que aprendeu e estudar mais.
Atividade Sei fazer bem Preciso aprender/estudar
Higienizar o material
Elaborar desenhos
Identificar o tipo de pele
Higienizar a pele
Uniformizar a pele
Passar corretivo
Passar blush
Finalizar com pó
Pintar os olhos
Delinear os olhos
Colar cílios postiços
Curvar os cílios
Passar rímel nos cílios
Contornar os lábios
Pintar os lábios
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Atendimento ao cliente/postura profissional
Atividade Sei fazer bem Preciso aprender/estudar
Abordar o cliente de maneira correta
Demonstrar ética profissional
Demonstrar postura profissional
Ouvir atentamente
Estagiar em salões de beleza
Demonstrar senso estético
Escolher instrumentos e materiais adequados
Inspirar confiança e credibilidade
Cuidar da aparência pessoal
Demonstrar criatividade
Agora que você refletiu sobre seus novos saberes, está na hora de elaborar seu novo currículo na sala de informática.
De posse do modelo de currículo que analisou no Caderno do Trabalhador 1 – Conteúdos Gerais, vamos construir o seu. Acompanhe, na página seguinte, os itens que devem compor o documento.
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1. Dados pessoais
Nome:
Endereço:
Telefone:
E-mail:
2. Escolaridade
[indique aqui seu grau de escolaridade]
3. Cursos de qualificação profissional Curso de maquiador
Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, certificado por ______________ [nome da instituição em que fez o curso].
4. Conhecimentos na área de maquiador
a. Maquiagem social para mulheres e homens.
b. Maquiagem artística infantil.
5. Experiência profissional[Relacione a experiência profissional que já teve até hoje, dando destaque à área para a qual está se candidatando.]
No Word, com auxílio da ferramenta inserir tabela, você poderá deixar seu texto bem alinhado e com uma boa apresentação. Se quiser você poderá deixar as linhas da tabela invisíveis: basta iluminar toda a tabela e selecionar o botão “sem bordas” ou em entrar em “formatar”, depois “bordas e sombreamento” e, por fim, “bordas – nenhuma”. Peça ajuda ao monitor.
DICAÉ importante colocar a carga
horária do curso, aspecto que o diferenciará de outros
concorrentes que fizeram cursos de 8 horas, por exemplo.
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unida d e 12
Resumo das prinCipais eTapas de maquiagem
Estudamos nos dois cadernos da ocupação muitos detalhes sobre como fazer uma maquiagem, considerando o tipo de pele, o formato do rosto, do queixo, do nariz e dos lábios, e a cor dos olhos e da pele.
Apresentamos aqui um resumo do que vimos, com o objetivo de ser um guia prático para seu início de carreira.
Lembre-se: captar o estilo do cliente e saber a ocasião a que se destina a maquiagem são fatores essenciais para o sucesso do seu trabalho. Veja aqui algumas dicas seguras.
Já vimos na Unidade 4 que a primeira coisa que devemos saber é reconhecer o estilo do cliente. Isso é importante, para que “não erremos a mão”, ou seja, não façamos um trabalho que desca-racterize ou desagrade nosso cliente.
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Vamos então relembrar os sete estilos.
Tradicional ou clássico
A maquiagem é conservadora e discreta. As tonalidades são neutras nos olhos e há pouco brilho em todo o rosto.
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Romântico
Valoriza o lado feminino e usa tons claros, em geral mais rosados, com destaque suave para os olhos.
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Moderna
A maquiagem apresenta traços modernos, havendo predominância do uso de sombras escuras ou do destaque dos olhos com o uso de delineadores e cílios postiços. Há sempre um contraste de cores claras e escuras (lábios vermelhos, pele bem branca e cabelo preto, por exemplo).
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Criativo
A pintura é inovadora e sempre traz traços diferenciados com o uso de várias cores de tons fortes, o que faz da maquiagem uma declaração artística.
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Sexy
Exuberante e sedutora, dá valor aos olhos e à boca, com cores fortes e brilho.
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Esportivo
É uma maquiagem básica, também conhecida como realce (cara lavada).
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Elegante
A maquiagem é marcante e deve ser impecável e refinada, mas sem exageros, preva-lecendo o bom gosto.
Mulheres com personalidade forte optam por esse estilo, marcado por olhos bem definidos por sombras escuras esfumadas, batons em tons e brilho na dose certa.
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Maquiagem para noivas
Maquiadores são unânimes em indicar que, na atualidade, não existe mais uma maquiagem específica para noivas, uma vez que ela engloba todas as técnicas que você aprendeu até aqui, inclusive as mais básicas. No entanto, a pintura deve ser especial, pois se trata de um evento importante para sua cliente.
Nessas situações, empregue as mesmas técnicas de maquiagem que você conhece. Procure se informar antes – e se possível até ver – sobre o traje que será usado, para elaborar a pintura de acordo com o estilo escolhido. Opte por tons mais rosados ou beges, para que a maquiagem não se choque com a roupa.
Não esqueça de perguntar à noiva se o casamento será filmado, pois isso exige um pouco mais de luminosidade no rosto, que deverá ser contornado com toques de pó translúcido ou blush.
Vejamos as etapas para realizar uma maquiagem em noivas.
Limpar a pele
1. Etapa importante para o sucesso da maquiagem. Veja como fazer uma higieni-zação da pele na Unidade 4. Lembre-se de observar a pele de sua cliente antes, para usar produtos adequados. Esse dia é especial demais para você correr o risco de causar uma alergia na noiva.
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Uniformizar a cor da pele
DICAObserve se o produto está sendo
espalhado uniformemente por todo o rosto. Essa é a função da base: dar harmonia ao rosto e esconder as manchas da pele,
deixando-a num só tom.
2. Com um pincel, aplique a base da cor da pele em pe-quenos pontos espalhados na face, testa, ponta do nariz e queixo. Para isso, é recomendável um teste da cor no pescoço antes de usar no rosto, a fim de perceber se a tonalidade escolhida se aproxima da cor da pele.
As cores da base mudam de acordo com o tom de pele. Em geral, usamos o seguinte:
Tom da pele Cor da base
Clara Bege-claro ou natural
Morena clara Bege-rosado
Morena Mel ou marrom-claro
Negra Marrom
Em seguida espalhe-a com a ajuda de um pincel.
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Corrigir olheiras
3. Aplique o corretivo por meio de vários pontinhos como se fosse desenhar o forma-to dos olhos. Espalhe-os na direção do canto dos olhos com uma esponja ou pincel, ou use a ponta dos dedos – o que lhe dará mais controle, por se tratar de uma área pequena em que não podem aparecer imperfeições do produto.
Aplicar pó compacto
4. Aplique o pó compacto, preferencialmente com um pincel grosso e largo ou com uma esponja em todo o rosto e pescoço.
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Colorir o rosto
DICAO blush é um produto
que deve ser usado pelo maquiador para valorizar ou camuflar certas partes
do rosto, destacando, dessa forma, a maquiagem.
6. Espalhe uma sombra clara por toda a pálpebra. Use a sombra escura na parte côncava dos olhos, de forma mais acentuada nos cantos.
7. Se necessário, reforce as sobrancelhas com lápis da mesma cor dos pelos. Aplique-o principalmente onde houver falhas.
8. Passe rímel transparente nas sobrancelhas para acertar a direção dos pelos.
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5. Assim como você fez quando usou a base, na escolha da cor do blush, leve em conta dois aspectos: cor da pele e formato do rosto.
Colorir os olhos
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9. Contorne a pálpebra superior com um lápis para os olhos, o mais rente possível aos cílios. Comece pelo lado interno dos olhos, com um risco fino, alargando-o quanto estiver próximo à parte externa. Esse truque dará aos olhos um desenho amendoado. Para usar o delineador, você precisa ter a mão firme, pois ele é mais difícil de ser removido ou retocado. Enquanto não tiver prática, faça a maquiagem com o lápis preto e vá treinando o traço com o delineador em você, em parentes ou em suas amigas.
10. Para finalizar, aplique o rímel ou uma máscara nos cílios.
11. Caso a maquiagem dos olhos borre por qualquer motivo, use um cotonete para limpar e, depois, retoque-a. Se os olhos de sua cliente começarem a lacrimejar, aguarde até que cessem as lágrimas. Seque com o cotonete e retoque a maquiagem.
A tabela a seguir será sua auxiliar na escolha da sombra certa, conforme a tonalida-de de pele da cliente.
Tipo de pele Cores de sombra
Pele clara
Mais coloridas e suaves: azul, verde, lilás. Para a maquia-gem do dia a dia, a marrom também é uma boa opção. Para a maquiagem de festa use sombra preta.
Pele morena Use cores quentes como laranja, violeta e pink.
Pele negra Use também as cores quentes, preferindo as cintilantes ou bri-lhantes, para dar mais destaque.
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DICA• A sombra branca na parte
inferior da sobrancelha destaca o olhar e “levanta” o visual.
• Para aumentar olhos pequenos, use lápis branco na parte interna
inferior dos olhos.• Sombra preta esfumaçada dá um toque de “mulher fatal” na maquiagem. Para as noivas, é preciso usá-la com moderação.
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Colorir os lábios
Os lábios devem ser os últimos a serem coloridos, após a colocação do vestido, para não manchá-lo. Você pode, no entanto, deixá-los preparados para receber o batom, desenhando-os com lápis e corrigindo qualquer problema, como vimos na Unidade 8 deste caderno.
12. Depois de vestida, com o cabelo arrumado e já colocados todos os arranjos de cabeça, como tiara, flores e véu, aplique o batom com um pincel.
13. Agora que a maquiagem está quase completa, você pode aplicar um pouco de fixador em todo o rosto da noiva para que a pintura dure mais. Para isso, peça que a cliente feche os olhos e borrife um pouco do fixador a pelo menos 30 cen-tímetros de distância.
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Colocar cílios postiços
Caso os cílios de sua cliente sejam muito ralos, você poderá optar por colocar cílios postiços. A sua colocação parece uma tarefa difícil, mas não é. Bastam alguns cui-dados e delicadeza para que tudo dê certo.
1. Passe rímel nos cílios naturais antes de aplicar os postiços.
2. Pegue os cílios postiços com uma pinça. Se necessário, usando as mãos, dobre--os delicadamente para que possam ficar no formato dos olhos. Depois, se-gure-os com pinça e compare-os com os olhos da cliente. Caso eles estejam maiores que os olhos, você precisará cortá-los com uma tesoura pequena, no que seria a parte interna dos olhos.
3. Passe um fio de cola no dorso da mão e molhe os cílios nela, com cuidado para não exagerar na quantidade. Se você não tiver muita prática ou não se sentir seguro para aplicar a cola diretamente nos cílios, use um palito de dentes para auxiliá-lo.
4. Com a ajuda de uma pinça, leve os cílios postiços até os olhos, iniciando a cola-gem do canto interno dos olhos (próximo ao nariz) em direção ao canto externo.
5. Você pode usar o curvex para juntar os cílios postiços aos naturais. Finalize aplicando o rímel e o delineador rente aos cílios.
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Maquiagem para quem usa óculos
Se a cliente tiver hipermetropia, “diminua” os olhos usando uma maquiagem mais discreta e em tom pastel. Caso ela tenha miopia, “aumente” os olhos usando deli-neador e lápis. Se a armação for escura, evite sombras escuras e opte por uma ma-quiagem natural. Também deve ser aplicada uma camada leve de rímel, pois os cílios não podem encostar nas lentes. Evite base e corretivos gordurosos.
1. Antes de tudo, observe o formato de rosto da cliente e o estilo dos óculos dela.
2. Com um pincel, espalhe no rosto uma base no tom de pele da cliente, não se esquecendo das pálpebras superiores. Se necessário, após a aplicação da base, use um corretivo para eliminar olheiras, espinhas ou manchas.
3. Aplique, com pincel, pó compacto do mesmo tom da base em todo o rosto.
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Como fazer?
4. Faça uma linha sobre os cílios com um lápis. Esfume com um pincel o contorno do lápis, marcando o côncavo dos olhos e deixando as laterais externas das pál-pebras superiores mais escuras.
5. Passe o lápis na parte externa inferior, reforçando o desenho dos olhos.
6. Termine de colorir os olhos com um tom mais claro na parte interna das pálpebras.
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7. Ilumine a parte abaixo das sobrancelhas com um tom bem mais claro do que os das sombras usadas ou da cor da pele de sua cliente.
8. Aplique rímel ou máscara nos cílios. Com um pincel largo e macio, aplique o blush em um tom médio, para não chamar mais atenção que a pintura dos olhos.
9. Contorne os lábios com lápis da mesma cor do batom. Depois, aplique o batom com pincel.
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Atividadefazendo uma maquiagem profissional
1. O dia desta atividade deverá ser marcado com bastante antecedência para que todos possam se preparar.
2. Cada um de vocês convidará uma amiga ou uma familiar que possa servir de “cobaia”, ou seja, que aceite que você faça uma maquiagem nela para testar os conhecimentos aprendidos ao longo do curso.
3. No dia marcado, leve todo o material de maquiagem que possuir. Mas você e seus colegas podem combinar de trocar o material em classe.
4. Antes de começar a maquiagem, combine com a sua “cliente” qual maquiagem fará: casamento, festa etc.
5. Uma vez decidido qual tipo de maquiagem, relembre tudo o que aprendeu sobre estilo, formato de rosto, volume etc.
6. Observe atentamente a “cliente”. Verifique se ela possui alguma irregularidade na pele que deve ser disfarçada e se usa óculos.
7. Agora é a vez de você aplicar tudo o que aprendeu. Mãos à obra!
Chegamos ao final deste curso. Esperamos que este seja o primeiro de uma série que você fará a fim de se profissionalizar cada vez mais, atualizando-se não somente com relação à sua área de trabalho, mas ao mundo à sua volta.
Encerramos aqui apreciando um texto de Clarice Lispector.
Lábios que enfeitam o rosto
Do desenho dos lábios depende grande-
mente a expressão de todo o rosto. Um
rosto não pode ser verdadeiramente
desagradável se é enfeitado por lábios
macios, sorridentes, bem delineados.
Talvez a natureza não lhe tenha dado a
boca de que você precisa para ter uma
fisionomia harmoniosa. Coopere com a
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natureza, então, sem se esquecer de que ela jamais erra completamen-
te: isto quer dizer que corrigindo as imperfeições de seus lábios procu-
re não exagerar essas correções.
Este ano “usam-se” lábios cheios, generosos, francos, e pintados em
tons suaves e naturais. Evite qualquer traço duro – lábios não devem
ser mesquinhos nem frios.
1 – Para desenhar bem sua boca você precisará de um pincel macio e
de um lápis próprio para delinear o contorno.
2 – Se sua boca é um pouquinho grande, pare o batom na dimensão
desejada (sem exagerar, pois você não pode parar simplesmente na
metade), depois de ter camuflado a parte não pintada com creme e pó.
3 – Nunca interrompa a pintura do lábio superior para começar a do
inferior. Pinte antes inteiramente o superior: só então é que você terá
a perspectiva certa para continuar o trabalho.
4 – Não negligencie seu próprio formato de boca: corrija-o, se neces-
sário, mas sem contrariá-lo totalmente.
5 – Se seus lábios são “caídos”, “suspenda” os cantos com o batom,
para suavizar e alegrar o rosto.
6 – Nunca faça o “coração” da boca em duas pontas agudas.
E, é claro, sorria.
Clarice Lispector. Só para mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2006, p. 105.
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Referências bibliográficas
BAUDOT, François. Moda do século. 3. ed. Trad. Maria Thereza de Rezende Costa. São Paulo: Cosac Naify, 2005.
BIANCHI, Álvaro. “Os neocruzados: a guerra no Afeganistão e a nova ordem mundial”. In: Revista Outubro, no 6, 2004.
BUARQUE DE HOLANDA, Sérgio. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: José Olym-pio, 1979.
CEZIMBRA, Marcia. Maquiagem. São Paulo: Senac, 2009.
DE DECCA, Edgar. 1930: o silêncio dos vencidos. São Paulo: Brasiliense, 1981.
ECO, Umberto (org.). História da beleza. Trad. Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2004.
Especial moda. Disponível em: http://almanaque.folha.uol.com.br/moda_index.htm. Acesso em: 8 jan. 2010.
HALLAWEL, Philip. Visagismo: harmonia e estética. São Paulo: Senac, 2002.
LISPECTOR, Clarice. Só para mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2006.
MIRANDA, R. N. “Territórios multifuncionais em patologia humana”. In: Revista da Associação Médica Brasileira, vol. 44, no 4, São Paulo, out./dez. 1998.
MOLINOS, Duda. Maquiagem – Duda Molinos. São Paulo: Senac, 2000.
MOREIRA, Vânia Maria Losada. “Nacionalismos e reforma agrária nos anos 50”.Revista Brasileira de História, São Paulo, vol. 18, no 35, 1998. Disponível em: http://goo.gl/Pg5wd. Acesso em: 3 jan. 2010.
Sites
www.maquillage.com
www.makeupformation.com
v i a r á p i d a e m p r e g o
Maquiagem combina com cidadania
O encontro da história com a maquiagem
Maquiagens especiais
Ingresso no mercado de trabalho
Revendo meus conhecimentos
Resumo das principais etapas da maquiagem
www.viarapida.sp.gov.br