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1 MÁQUINAS TÉRMICAS E REFRIGERAÇÃO Sumário I- Introdução II- Termodinâmica Básica II.1- Conceitos e Definições II.2- Análise da Curva de Mudança de Fase de uma Substância Pura II.3- 1 a Lei da Termodinâmica II.4- 2 a Lei da Termodinâmica II.5- Principais Ciclos Termodinâmico III- Compressores III- Refrigeração IV.1-Definições IV.2- Aplicação da Refrigeração IV.3-Ciclo de Compressão à Vapor IV.4- Ciclo de Refrigeração - Absorção IV.5- Refrigerantes IV.6- Dispositivos para Controle nos Sistemas de Ar Condicionado Apêndice A- Trocadores de Calor A.1- Classificação A.2- Aplicações B- Tabelas com as Propriedades Termodinâmica da Água / R-12 / R-22 / R-502 / Amônia C- Sistema de Cogeração

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  • 1

    MQUINAS TRMICAS E REFRIGERAO

    Sumrio

    I- Introduo

    II- Termodinmica Bsica

    II.1- Conceitos e Definies

    II.2- Anlise da Curva de Mudana de Fase de uma Substncia Pura

    II.3- 1a Lei da Termodinmica

    II.4- 2a Lei da Termodinmica

    II.5- Principais Ciclos Termodinmico

    III- Compressores

    III- Refrigerao

    IV.1-Definies

    IV.2- Aplicao da Refrigerao

    IV.3-Ciclo de Compresso Vapor

    IV.4- Ciclo de Refrigerao - Absoro

    IV.5- Refrigerantes

    IV.6- Dispositivos para Controle nos Sistemas de Ar Condicionado

    Apndice

    A- Trocadores de Calor

    A.1- Classificao

    A.2- Aplicaes

    B- Tabelas com as Propriedades Termodinmica da gua / R-12 / R-22 / R-502 / Amnia

    C- Sistema de Cogerao

  • 2

    I- Introduo

    Desde os primrdios do seu aparecimento sobre a terra, procurou o homem utilizar o

    fogo como componente indispensvel sua sobrevivncia, seja para aquecer o corpo, seja para

    preparar os alimentos.

    Porm, a utilizao de forma ordenada da energia calorfica somente foi possvel a partir

    do estabelecimento e divulgao do primeiro e segundo princpio da termodinmica, fato que

    ocorreu respectivamente em 1840 e 1850, apesar de Sadi Carnot ter estabelecido o segundo

    princpio em 1824.

    Graas a estes princpios, foi possvel estudar os aparelhos e mquinas trmicas,

    transformar a qumica em cincias exatas, interpretar satisfatoriamente um grande nmero de

    fenmenos naturais, objeto das cincias naturais, e ainda, atravs de extrapolaes dos

    princpios, colaborar no aparecimento de teorias relativas estrutura da matria e do universo.

    II- Termodinmica Bsica

    II.1- Conceitos e Definies:

    Termodinmica o estudo da energia, do calor, do trabalho, das propriedades das

    substncias pura e dos processos que a envolvem. Alm disso podemos dizer que a

    termodinmica tambm o estudo da transformao de uma forma de energia em outra.

    Assim como toda cincia, a base obtida atravs de observaes experimentais. Sendo

    que as descobertas foram sendo formalizadas atravs de certas leis bsicas: a primeira lei da

    termodinmica e a segunda lei da termodinmica.

    Um dos conceitos fundamentais da termodinmica saber diferenciar um sistema

    termodinmico e um volume de controle. A seguir veremos as principais diferena entre um

    sistema e um volume de controle:

    (1) Sistema:

    uma quantidade de matria de massa e identidade fixas, que analisamos.

    Um sistema apresenta uma quantidade fixa de massa em qualquer condio.

    O sistema separado da vizinhana por meio de fronteiras. Sendo que as fronteiras so representadas por linhas tracejadas em volta do sistema a ser analisado.

    A fronteira do sistema pode ser fixa ou mvel.

    Trabalho e calor podem cruzar as fronteiras do sistema.

  • 3

    Onde:

    - W = Trabalho realizado pelo sistema. - Q = Calor fornecido ao sistema. - m = massa de uma determinada substncia.

    Observao:

    Unidades:

    - U(W) = Joule(J), kJ - U(Q) = Joule(J), kJ - U(m) = kg , g

    (2)Volume de Controle:

    Neste ocorre o fluxo de massa (passagem de massa) atravs das fronteiras do volume de controle.

    O volume de controle separado da vizinhana por meio de fronteiras. Assim como no sistema a fronteira representada por uma linha tracejada do equipamento (ou volume) a

    ser analisado.

    A fronteira do volume de controle pode ser fixa ou mvel.

    Trabalho e calor podem cruzar as fronteiras do volume de controle.

  • 4

    Onde:

    - W Potncia fornecida pela turbina.

    - Q Taxa calor perdida na turbina.

    - em Vazo mssica do fluido (vapor) na entrada da turbina.

    - sm Vazo mssica do fluido (vapor) na sada da turbina.

    Observao:

    - )W(U Watt(W), kW, kJ / h, HP

    - )Q(U Watt(W), kW, kJ / h, HP

    - U( )me kg / s

    - )m(U s kg / s

    Outro conceito fundamental o estudo (ou anlise) de uma substncia pura, isto ,

    identificarmos as sua propriedades e tambm definir alguns conceitos fundamentais.

    A substncia pura pode ser definida como sendo aquela que tem composio qumica

    invarivel e homognea. A sua composio qumica mantmse nas diferentes formas que pode se apresentar: lquida, slida e vapor.

    Alguns conceitos relativos as substncias puras sero apresentados abaixo:

    1)Fase

    definido como uma quantidade de matria totalmente homognea.

    Com isso quando uma substncia pura se apresenta nas formas:

    - Lquida, dizemos que esta substncia encontra-se na fase lquida. - Slida, dizemos que esta substncia encontra-se na fase slida. - Vapor, dizemos que esta substncia encontra-se na fase vapor.

  • 5

    2)Estado

    a forma de identificar a substncia pura em funo de suas propriedades.

    3)Propriedades Termodinmicas

    Esta pode ser definida como sendo uma quantidade que depende do estado do sistema e

    independe do caminho pelo qual o sistema atingiu o estado considerado, isto , independe do

    processo que levou para atingir o outro estado.

    As propriedades termodinmicas podem ser divididas em duas classes:

    a) Propriedades Intensivas:

    So aquelas que independem da massa.

    Essas propriedades so as seguintes:

    Temperatura(T).

    Presso(P).

    Massa Especfica().

    Volume Especfico(v).

    b) Propriedades Extensivas:

    So aquelas propriedades que dependem da massa.

    As propriedades extensivas de maior interesse sero apresentadas abaixo:

    Massa(M);

    Volume(V);

    Entalpia especfica(h);

    Entropia especfica(s);

    Observao: As propriedades extensivas, entalpia especfica(h) e entropia especfica(s), so

    obtidas a partir da propriedades intensivas, entalpia(H) e entropia(S), respectivamente.

    A seguir ser detalhado mais especificamente cada uma das propriedades referidas

    anteriormente:

    3.1- Propriedades Intensivas:

    3.1.1- Temperatura(T):

    A temperatura de um sistema uma medida do movimento aleatrio das molculas do

    sistema.

    Caso haja diferentes temperatura dentro de um corpo(ou dos corpos que formam um

    sistema), do nosso interesse medir a temperatura em um dado local e interpretar esta medida.

    Um conceito fundamental consiste em interpretar a Lei Zero da Termodinmica: A lei zero da termodinmica diz que quando dois corpos tem igualdade de temperatura

    com um terceiro corpo, eles tem tero igualdade de temperatura entre si. Esta lei pode ser

    explicada da seguinte forma:

  • 6

    Consideremos 2 blocos de cobre e um termmetro. Inicialmente aquecemos um dos

    blocos at uma temperatura T1 maior que T2, sendo T2 a temperatura que encontra-se um outro

    bloco. Em seguida pe-se em contato os blocos e verifica-se com tempo que a temperatura do

    bloco aquece-se inicialmente e vai caindo(diminuindo) enquanto a temperatura do outro bloco

    tender at que ambos atinjam a mesma temperatura, denominada de temperatura de

    equilbrio, Te. Em seguida separa-se os blocos e coloca-se um deles em contato com o

    termmetro de coluna vidro. Ao observar o termmetro verifica-se que este indica uma

    temperatura Ti =Te . Logo em seguida junta-se a este 2 corpos o segundo bloco e verifica-se

    que a temperatura indicada no termmetro continua sendo Ti . Ento ambos esto a mesma

    temperatura. Com esta idia pode-se comprovar a lei zero da termodinmica.

    As escalas mais comuns de temperatura so a Fahrenheit e Celsius (Centigrado), estas

    so definidas a partir dos pontos de fuso do gelo e ebulio da gua, a presso atmosfrica.

    Os pontos extremos da escalas sero apresentados abaixo:

    32FT9

    5)C(T ox

    ox (1)

    32CT5

    9)F(T ox

    ox (2)

    Tambm possvel definir uma escala de temperatura absoluta que independente das

    propriedades de qualquer substncia. A escala absoluta relacionada com a escala Celsius

    chamada de Kelvin, designada por K. A escala absoluta relacionada com a escala Fahrenheit

    chamada de escala Rankine, designada por R. A relao entre essas escalas mostrada abaixo:

    15,273)C(T)K(T o (3)

    67,459)F(T)R(To (4)

    Os instrumentos mais comuns utilizados para medies da temperatura so mostrados

    abaixo:

  • 7

    a)- Termmetro de vidro com lquido( coluna de mercrio):

    a.1- Faixa de medio: -39C at 593C

    a.2- Principais Vantagens: Baixo custo.

    Preciso razovel.

    No requer equipamento auxiliar.

    a.3- Principais desvantagens:

    Facilmente quebrveis.

    Pequeno comprimento de escala.

    b) Termopares :

    Funcionam a partir do Efeito Seebek. Este efeito verificado em circuito fechado formado por dois condutores metlicos e distintos A e B, onde os mesmos so submetidos a um

    diferencial entre as suas junes, a partir da circulao de corrente eltrica.

    Um termopar consiste de dois condutores metlicos de natureza distinta na forma de metal

    puro ou ligas homogneas. Os fios so soldados em um extremo ao qual se d nome de juno

    de medio; a outra extremidade, juno de referncia levada ao instrumento medidor por

    onde flui a corrente gerada.

  • 8

    Nota :

    - A fora eletromotriz (F.E.M), da ordem de milivolts(mV).

    - Convencionou-se dizer que o metal A positivo e B negativo, pois a tenso e a

    corrente geradas so na forma de corrente contnua(cc).

    Tabela abaixo indica as os tipos de termopares suas faixas de medio e suas cores:

    Cores

    Smbolo Termopar

    CD. Condutores

    (+) / (-)

    Faixa de Temperatura

    C Tolerncia

    N O R M A S

    AMERICANAS ANSI MC 96.1

    ALEM DIN

    43714 INGLESA

    BS 1843/52 JAPONESA

    JIS C1610/81

    FRANCESA NF C42-323

    T TX EXTENSO TIPO T Cobre (+) / Cobre-

    Nquel (-) -60 A 100C

    Standard 1,0C

    Especial 0,5C

    J JX EXTENSO TIPO J

    Ferro (+) / Cobre-Nquel (-)

    0 a 200C

    Standard 2,2C

    Especial 1,1C

    E EX EXTENSO TIPO E Nquel-Cromo (+) /

    Cobre-Nquel 0 a 200C

    Standard 1,7C

    Especial

    -

    K KX EXTENSO TIPO K Nquel-Cromo (+) / Nquel-Alumnio (-)

    0 a 200C

    Standard 2,2C

    Especial

    -

  • 9

    K WX COMPENSAO TIPO

    K Ferro (+) / Nquel-Cobre

    (-)

    -20 a 150C

    Standard 3,0C

    Especial

    -

    K VX COMPENSAO TIPO

    K Cobre (+) / Cobre-

    Nquel (-)

    -20 a 150C

    Standard 2,5C

    Especial

    -

    S

    R

    SX

    RX

    COMPENSAO TIPO S/R

    Cobre (+) / Cobre-Nquel (-)

    0 a 200C

    Standard 5,0C

    Especial

    -

    B BX CABOS de COBRE

    Comuns Cobre (+) / Cobre (-)

    0 a 100C

    Standard 0C/-3,7C

    Especial

    -

    N NX EXTENSO TIPO N

    Nquel-Cromo-Silcio (+) Nquel-Silcio (-)

    0 a 200C

    Standard 2,2C

    Especial

    -

    Nota:

    Constantan = Cobre-Nquel

    Cromel = Nquel-Crmo

    Nisil = Ni-Si-Mg

    Alumel = Nquel-Alumnio

    Nicrosil = Ni-Cr-Si

  • 10

    Esquema para Realizar a Medio com Termopar:

  • 11

    b.2- Principais Vantagens:

    Apresenta uma resposta rpida.

    Facilmente manuseavel.

    Comparveis a um pirmetro tico e de radiao.

    b.3- Principais Desvantagens:

    Necessita de um equipamento auxiliar, no caso um multmetro.

    c) Termmetro de Resistncia:

    c.1- Bulbos de Resistncia de Fio Metlico

    Esses sensores so confeccionados em fios dos seguintes matrias:

    Platina: Faixa: -184 C a 982 C.

    Cobre: Faixa: -140 C a 121 C.

    Nquel: Faixa: -184 C a 316 C

    Entre os termmetros de resistncia o mais conhecido o tipo Pt 100. Este possui um

    elemento de platina e com uma resistncia padronizada de 100 a 0C. As principais vantagens dos Pt 100 so:

    - boa estabilidade;

    - boa repetibilidade;

    - boa preciso;

    - ampla faixa de operao.

  • 12

    c.2- Termistores

    Os termistores so confeccionados com materiais semicondutores, como xidos de nquel,

    mangans, cobalto e outros que apresentam grande de variao de resistncia eltrica com a

    temperatura, numa faixa que se estende aproximadamente de -100C a 300C.

    d)- Pirmetro:

    d.1- Tipos:

    Pirmetro ptico:

    Funcionam atravs da comparao do comprimento de onda (cor) da radiao visvel emitida

    por um corpo (fonte externo), com aquela emitida pelo filamento de uma lmpada padro, de

    temperatura ajustvel e conhecida, contida no instrumento.

    Faixa: 760 C at uma temperatura mais alta desejada.

  • 13

    Pirmetro de Infravermelho:

    Faixa: Temperatura ambiente at uma temperatura mais alta desejada.

    d.2- Principais Vantagens:

    tempo de resposta rpido;

    alta sensibilidade;

    d.3- Principais Desvantagens:

    Custo muito alto;

    A preciso pode ser afetada por absorvedor de radiao com vidros e sujeiras;

    3.1.2- Presso(P):

    Quando a componente da fora perpendicular(normal) a uma superfcie for dividida pela

    rea desta superfcie, definimos assim presso(P).

    P=A

    F (5)

    A unidade de Presso no S.I o Pascal= Pa = N/m2, existem outras unidades muito

    utilizadas, como: bar, atm (atmosfera), mmHg (milmetro de mercrio), inHg (polegada de

    mercrio), libras-fora / (polgada)2.= lbf / in2, psia = lbf / in2 (utilizado para presso absoluta),

    psig = lbf / in2 (utilizado para presso manmetrica), kgf / cm2.

    Principais fatores de converso das unidades citadas acima:

    1 bar = 105 Pa

    1 atm = 101,325 kPa

    1 atm= 0,101325 Mpa

    1 kgf / cm2 = 1,01325 atm

    1 atm = 10 m.c.a(metro de coluna de gua)

    1mmHg = 13,6 x 10-4 atm

    1 inHg = 0,491 psia

    1 kgf / cm2 = 14,7 psia

    1 atm = 760 mmHg

  • 14

    - Escala de Presso:

  • 15

    A maioria dos medidores como o do tipo Bourdon, medem presses manmtricas. Mas

    para representar no S.I. necessita-se determinar a presso absoluta. Neste caso a presso absoluta determinada pela seguinte relao:

    Presso Absoluta = Presso Atmosfrica + Presso Manmtrica (6)

    A equao acima utilizada para indicar presses acima da presso da atmosfrica

    (Patm).

    Para medir a presso manmtrica negativa, utilizamos um vacumetro. A partir desta

    presso, podemos obter a presso absoluta de referncia, no caso uma presso inferior a

    presso atmosfrica (Patm) pela equao abaixo:

    Presso Absoluta = Presso Atmosfrica Vcuo(Presso Manomtrica negativa) (7)

    Exemplo:

  • 16

    Os instrumentos utilizados para medir presso manomtrica positiva so mostrados

    abaixo:

    (1) Manmetro de Coluna de mercrio:

    1.a)Tubo em U:

    hgP Hgman (8)

    Onde:

    Pman = presso manomtrica referente ao manmetro de tubo em U.

    Hg = massa especfica do mercrio.

    g = acelerao da gravidade

    h = variao da altura da coluna de mercrio.

  • 17

    1.b) Tubo Inclinado:

    2

    2

    HgmanD

    d1senLgP (9)

    Onde :

    Pman = presso manomtrica referente ao manmetro de tubo em U.

    Hg = massa especfica do mercrio.

    g = acelerao da gravidade

    L = variao da coluna de mercrio.

    = angulo de inclinao do tubo.

    D = dimetro do reservatrio com a mercrio

    d = dimetro da coluna de mercrio. Observao:

    Unidades:

    U(D , d , L): cm, mm, polegadas(pol.), m

    U(g): m / s2

    U(Hg): g/ cm3, kg / m3

    U(Pman): psig, mmHg, m.c.a, Pa

    Os instrumentos mais comuns para medio de presso:

    a) Manmetros do tipo Bourdon. b) Transdutores de Presso. c) Barmetro ( este equipamento utilizado para determinar a presso atmosfrica). d) Vacumetro ( este equipamento utilizado para determinar a presso manomtrica

    negativa ou seja medir o vcuo).

  • 18

    3.1.3- Massa Especfica ( ):

    A massa especfica definida como sendo a por unidade de volume.

    Onde:

    V

    M (10)

    Esta grandeza funo apenas da presso e da temperatura na qual se encontra a

    substncia.

    As unidades utilizadas no S.I so:

    Kg / m3 ou g / cm3

    No caso de lquidos pode-se utilizar: g / ml Os instrumentos utilizados para medio de massa especfica so:

    - densmetros de vidro;

  • 19

    - densmetros digitais;

    - picnmetros;

    3.1.4- Volume Especfico (v):

    O volume especfico definido como sendo volume por unidade de massa, isto , o

    inversos da massa especfica ( ). Assim como a massa especfica, uma grandeza que funo apenas da temperatura e da presso na qual se encontra a substncia.

  • 20

    Onde:

    M

    V1v

    (11)

    As unidades do S.I utilizadas so:

    m3 / kg ou cm3 / g

    3.2- Propriedades Extensivas

    3.2.1- Massa (M):

    O termo massa ou unidade de massa deve ser usado para especificar a quantidade de

    matria contida em um corpo.

    No Sistema Internacional de Unidade (S.I), a unidade bsica de massa do quilograma

    padro que fica no Comit Internacional de Pesos e Medidas. O quilograma usado para

    especificar a quantidade de matria de um corpo, como j foi visto no pargrafo anterior.

    Abaixo apresentado a tabela com a converso de unidades:

    1kg = 1000g

    1kg = 2,2046 lbm (libra massa)

    3.2.2- Volume(V):

    O volume de uma dada substncia definido como sendo:

    MV (12)

    Onde:

    M = massa da substncia em kg.

    = massa especfica da substncia a uma dada temperatura e presso em kg / m3.

    A unidade no S.I utilizada o m3. No caso de lquidos so utilizados as seguintes

    unidades: litro (L) e mililitro (ml).

    Observao: As outras propriedades extensivas sero definidas nos captulos

    referentes a Primeira e Segunda Lei da Termodinmica.

  • 21

    4) Processo

    o caminho definido pela sucesso de estados atravs dos quais o sistema passa.

    Existem alguns processos caractersticos num ciclo termodinmico :

    Processo Isobrico: esse processo se realiza a presso constante.

    Processo Isomtrico ou Isocrico: esse processo se realiza a volume constante.

  • 22

    Processo Isotrmico: esse processo se realiza a temperatura constante.

    Processo Adiabtico: esse processo se realiza sem troca de calor.

  • 23

    5) Ciclos:

    Quando um sistema num dado estado passa por um certo nmero de mudanas de estado

    ou processos finalmente retorna ao estado inicial, o sistema executa um ciclo. Com isso todas

    as propriedades tm o mesmo valor inicial.

    Exemplo:

  • 24

    II.2- Anlise da Curva de Mudana de Fase das Substncias Puras

    Trecho de AB: o trecho pertencente a regio de lquido subresfriado ou lquido comprimido.

    Trecho BC: o trecho pertencente a regio de saturao ou de mistura bifsica(lquido + vapor).

    Trecho CD: o trecho pertencente a regio de vapor superaquecido.

    Ponto Crtico: Neste ponto os estados de lquido saturado e vapor saturados so identicos.

    Na regio de mistura bifsica, a substncia mantm-se a mesma temperatura(temperatura

    de saturao) e a uma mesma presso ( presso de saturao).

    Na regio de vapor superaquecido, lquido subresfriado e de mistura bifsica

    necessitamos de pelo menos de 2 propriedades termodinmicas.

    Na regio de mistura bifsica podemos determinar uma outra propriedade

    termodinmica, o Ttulo (x) de uma substncia.

    x = (massa de vapor da substncia / massa total da substncia) = t

    v

    m

    m (13)

    Onde :

    mv= massa de vapor da substncia em kg.

    mt = mv + ml = massa total da substncia em kg.

  • 25

    ml = massa de lquido em kg.

    Observao: O ttulo (x) pode ser expresso em funo do volume especfico, pela

    expresso abaixo:

    lv

    v

    vv

    vvx

    (14)

    Onde :

    v = volume especfico da substncia em m3 / kg.

    vv = volume especfico da substncia no ponto de vapor saturado em m3 / kg.

    vl = volume especfico da substncia no ponto de lquido saturado em m3 / kg.

    Sendo que : vl vxvx1v (15)

    II.3- 1 Lei da Termodinmica

    1 Caso : Aplicao para um Sistema

    Seja um sistema com uma massa fixa , m , e que inicialmente encontra - se num estado 1

    a uma presso (P1), temperatura (T1) e volume (V1). Uma certa quantidade de calor, Q ,

    fornecido e passando assim para um estado 2, a uma presso(P2), temperatura (T2) e volume

    (V2). Com a primeira lei podemos dizer que:

    (Energia que entra no Sistema) (Energia que sai do Sistema) = Variao de Energia interna do Sistema

    Isto :

    UEE se (16)

    Ee = energia que entra no sistema

    Es = energia que sai do sistema

  • 26

    12 UUU = diferena entre a energia interna do sistema no estado 1 e a energia

    interna do sistema no estado 2.

    Substituindo pelos parmetros reais:

    1221 UUWQ (17)

    Q = calor fornecido ao sistema em kJ.

    W1-2 = trabalho realizado pelo sistema quando este passa do estado 1 ao estado 2 em kJ.

    U2 e U1 = energia interna do sistema no estado 2(P2, T2, V2) e no estado 1(P1, T1, V1) em kJ.

    Observao :

    (1) Energia Interna so todas as outras formas de energia excluindo a energia cintica e potencial.

    2um2U e 1um1U , onde:

    u1 = energia interna especfica na condio P1, T1 em kJ / kg.

    u2 = energia interna especfica na condio P2, T2 em kJ / kg.

    U2 e U1 = energia interna do sistema no estado 2(P2, T2, V2) e no estado 1(P1, T1, V1) em kJ.

    (2) Conveno de sinais do Calor fornecido ou recebido pelo sistema:

    -Q+Q

    S is te m a S is te m a

    (3) Para determinarmos o Trabalho realizado pelo sistema, utiliza-se a equao abaixo:

    )1V2V(PW 21 (18)

    Sendo que o processo realizado para o sistema passar do estado 1 para o estado 2

    isobrico, logo P1 = P2 = P.

    2vm2V e 1vm1V , onde:

    m = massa do sistema em kg.

    v1 = volume especfico na condio P1, T1 em m3 / kg.

    v2 = volume especfico na condio P2, T2 em m3 / kg.

  • 27

    Conveno de sinais para um Trabalho de Expanso e Compresso realizado pelo

    sistema:

    F=pA

    gs (ou lquido)

    sistema f echado

    xx

    1x

    2

    f ronteira rea A presso mdia sobre o pisto = p

    - expanso: W>0

    - compresso: W

  • 28

    II.4 2 Lei da Termodinmica

    As mquinas so aparelhos que servem para transferir energia e, tanto podem receber energia

    sob a forma de calor para produzir trabalho, que o caso das mquinas trmicas, como podem

    receber trabalho de modo a transferir energia sob a forma de calor, e nesse caso temos uma

    mquina frigorfica. Todas as mquinas funcionam em ciclo, isto , uma mquina passa

    periodicamente pelo mesmo estado.

    A 2 lei da termodinmica, nomeadamente os postulados de Clausius, e de Lord Kelvin

    estabelecem limitaes, tanto na transferncia de energia sob a forma de calor entre objectos,

    como na possibilidade de transformar energia de uma forma ou outra.

    Tais fatos implicam que apenas possam existir mquinas, em que o seu princpio de

    funcionamento no viole a segunda lei da termodinmica.

    Existem 2 enunciados clssicos para a 2a lei da termodinmica, conhecidos como enunciado

    de Kelvin-Planck (relacionado com motores trmicos) e enunciado de Clausius (relacionado

    com

    refrigeradores).

    Enunciado de Kelvin-Planck: impossvel construir um dispositivo que opere segundo um

    ciclo termodinmico e que no produza outros efeitos alm do levantamento de um peso e

    troca de calor com um nico reservatrio trmico.

    Enunciado de Clausius: impossvel construir um dispositivo que opere segundo um ciclo

    termodinmico e que no produza outros efeitos alm da passagem de calor de um corpo frio

    para um corpo quente.

    Analisemos o que acontece no caso de:

    Mquinas trmicas

    Mquinas frigorficas

    II.4.1- Mquinas Trmicas

    Segundo o postulado de Lord Kelvin, impossvel transformar em trabalho toda a energia

    sob a forma de calor extrada de uma nica fonte, logo, a fraco de energia sob a forma de

    calor que no utilizada para realizar trabalho transferida para outra fonte a uma

    temperatura inferior.

    Assim, as mquinas trmicas apenas permitem obter trabalho, a partir de um fluxo de

    energia sob a forma de calor entre duas fontes a temperaturas diferentes. A energia sob a

    forma de calor flui espontaneamente da fonte quente, isto , a fonte com maior

    temperatura, para a fonte fria, ou seja, a fonte com temperatura inferior.

    Por exemplo, na mquina a vapor, um cilindro move-se devido expanso do gs no seu

    interior, causada pela energia proveniente do aquecimento de gua numa caldeira (fonte de

    energia sob a forma de calor - "fonte de calor"). Parte desta energia no transformada em

  • 29

    trabalho, e passa por conduo trmica para os arredores da mquina (fonte com

    temperatura inferior).

    O princpio de funcionamento de uma mquina trmica pode ser esquematizado pela figura

    1:

    Fig. 1 - Esquema de uma mquina trmica.

    Deste modo, o trabalho fornecido pela mquina igual diferena entre as quantidades de

    energia sob a forma de calor trocadas:

    W = |Qq| = |Qf|

    Rendimento das mquinas trmicas

    Um dos principais objectivos de quem constri uma mquina trmica, que esta tenha o

    maior rendimento possvel. O rendimento, que normalmente se denota por , define-se como a razo entre o trabalho que a mquina fornece, W, e a energia sob a forma de calor

    que sai da fonte quente, Qq, e sem o qual ela no poderia funcionar.

  • 30

    Como o quociente entre Qc e Qq tem um valor que pode estar entre 0 e 1, o rendimento de

    uma mquina trmica sempre inferior a 1. Caso o valor de Qc fosse nulo, isto , se a

    mquina no transferisse energia sob a forma de calor para a fonte fria, o rendimento seria

    igual a 1.

    No entanto, no possvel construir mquinas trmicas onde, ciclicamente se transforme

    toda a energia sob a forma de calor proveniente da fonte quente, em trabalho, uma vez que

    tal violaria a 2 lei da termodinmica.

    Fig. 2 - Esquema de uma mquina trmica impossvel devido 2 lei da termodinmica.

  • 31

    II.4.2- Mquinas Frigorficas

    Segundo o postulado de Clausius, impossvel transferir energia sob a forma de calor de

    forma espontnea, de uma fonte fria para uma fonte quente. Para que tal acontea,

    necessrio fornecer trabalho ao sistema, e, nesse caso, temos uma mquina frigorfica.

    As mquinas frigorficas, como um frigorfico ou uma arca congeladora, recebem trabalho

    (atravs da energia elctrica proveniente da rede elctrica), e usam-no de modo a retirarem

    energia sob a forma de calor do seu interior, transferindo-a por conduo para o exterior.

    Deste modo, o interior de um frigorfico encontra-se a uma temperatura baixa, prxima de

    0 C, enquanto que a parte de trs de um frigorfico est normalmente a uma temperatura

    superior do meio ambiente onde se encontra.

    O princpio de funcionamento de uma mquina frigorfica encontra-se esquematizado na

    figura 3:

    Fig. 3 - Esquema de uma mquina frigorfica.

  • 32

    Deste modo, a energia sob a forma de calor que transferida para a fonte quente igual

    soma da energia sob a forma de calor retirada fonte fria, com o trabalho necessrio para

    que ocorra esse fluxo de energia:

    |Qq| = W + |Qf|

    Eficincia das mquinas frigorficas

    A eficincia de uma mquina frigorfica tanto maior, quanto maior for a quantidade de

    energia sob a forma de calor que retirar da fonte fria, ou seja, do interior do frigorfico,

    para a mesma quantidade de trabalho fornecido pelo motor do frigorfico.

    A eficincia de uma mquina frigorfica o quociente entre a energia sob a forma de

    calor que sai da fonte fria, Qf, e o trabalho necessrio para realizar essa transferncia de

    energia:

    Ao contrrio do rendimento de uma mquina trmica, a eficincia pode ser maior que 1. A

    eficincia tpica de uma mquina frigorfica varia entre 4 e 6. Por exemplo, se a eficincia

    for igual a 5, ento o frigorfico retira 5 J de energia da fonte fria (interior do frigorfico)

    para a fonte quente (exterior), por cada 1 J de energia elctrica que consome.

    Seria impossvel que a mquina frigorfica retirasse energia da fonte fria, sem receber

    qualquer energia do exterior (sem receber trabalho), uma vez que tal no estaria de acordo

    com a 2 lei da termodinmica.

    Fig. 4 - Esquema de uma mquina frigorfica impossvel devido 2 lei da termodinmica.

  • 33

    II.5- Principais Ciclos Termodinmicos

    II.5.1- Ciclo a vapor de uma Usina Termoeltrica:

    .

  • 34

    Os equipamentos que compem o ciclo vapor e suas funes so apresentadas abaixo:

    (1) Caldeira: Este equipamento funciona como uma fonte quente do ciclo. Neste equipamento o fluido

    de trabalho(no caso gua) aquecido at altas temperatura e presso, passando o fluido da fase

    lquida para vapor superaquecido.

    (2) Turbina : o equipamento que transforma energia trmica em energia cintica. Este

    transformao ocorre porque fluido de trabalho escoa a alta temperatura e presso(encontra se como vapor superaquecido), com isso chocando-se com as palhetas da turbina e consequentemente realizando movimento de eixo.

    (3)Condensador:

    Este equipamento um trocador de calor do tipo contra - corrente ou corrente paralela, no

    qual tem como objetivo transformar o fluido de trabalho na fase de vapor super aquecido ou bifsico( na entrada do condensador ) em lquido.

    (4)Bombas dgua: Este equipamento tem como funo impulsionar o fluido de trabalho (na fase lquida)

    para caldeira, pois esse ao sair do condensador encontra-se a baixa presso.

  • 35

    (5)Economizador:

    um trocador de calor do tipo corrente cruzadas, no qual tem a funo de pr - aquecer

    a gua que enviada para caldeira.

    Obs: O aquecimento realizado pelo produtos proveniente da combusto, isto , os

    gases obtido da queima do leo utilizada para acender os maaricos.

    O Diagrama de representao do ciclo Rankine apresentado abaixo:

    CALDEIRA

    TURBINA

    A

    CONDENSADOR

    BOMBA

    QH

    WbM

    Wt

    QF 2 1

    3

    4

  • 36

    O diagrama T (temperatura) x s (entropia especfica) representado abaixo para o ciclo:

    Em um ciclo termodinmico necessrio determinar a sua eficincia, da seguinte

    maneira:

    (energia que deseja consumir) / (energia paga) =

    caldeira

    bombaturbina

    Q

    WW

    .100% (19)

    Onde:

    turbinaW Potncia fornecida pela turbina em Btu / h ou W.

    bombaW Potncia fornecida pela bomba em Btu / h ou W.

    caldeiraQ Taxa de calor fornecido pela caldeira em Btu / h ou kcal / h.

    Observao:

    As unidades utilizadas para as grandezas acima so:

    1 Hp = 745,702 W

    1 Hp = 641,189 kcal / h

    1 kW = 1,34 Hp

    1 kW = 860 kcal / h

    1 kW = 3412,14 Btu / h

  • 37

    II.5.2- Ciclo de Compresso a Vapor:

    O ciclo de compresso a vapor a ser analisado ser o ciclo de refrigerao industrial,

    mostrado abaixo:

    Diagrama utilizado para o sistema (P x h):

    Qcd

    Qev

    Wcp

  • 38

    Onde:

    Os equipamentos que o ciclo de compresso a vapor assim como sua funes sero

    apresentados abaixo:

    (1) Compressor: Este equipamento responsvel por impulsionar o fluido de trabalho (gs refrigerante)

    por todo o ciclo. Sendo que este s pode operar com o fluido de trabalho na fase de vapor

    superaquecido.

    (2) Condensador: Este equipamento um trocador de calor de contra corrente ou corrente paralela, que

    tem como funo retirar calor do fluido de trabalho, transformado este de vapor super

    aquecido em lquido subresfriado ou mistura bifsica( vapor + lquido).

    (3) Vlvula de expanso: Este equipamento tem como funo reduzir a presso do fluido de trabalho, aumentando

    contudo a velocidade de escoamento. O fluido de trabalho encontra-se com uma mistura

    bifsica (vapor + lquido) ao deixar a vlvula de expanso.

    (4) Evaporador: Este equipamento funciona como um trocador de calor, onde visa fornecer calor ao

    fluido de trabalho, afim de que este entre no compressor com vapor superaquecido ou vapor

    saturado.

    Neste ciclo determina-se o coeficiente de eficcia() ou coeficiente de performace(COP), atravs da equao abaixo.

    Fonte Quente

    BC

    Fonte Fria

    Qcd

    Qev

    Wcp

  • 39

    = (energia que deseja-se consumir) / (energia paga) =

    cp

    ev

    W

    Q

    .100%

    Sendo que:

    cpW Potncia consumida pelo compressor em Btu / h ou W.

    evQ Taxa de calor fornecido ao gs de refrigerao no evaporador(Capacidade

    Frigorfica ou Capacidade de Refrigerao) m Btu / h ou kcal / h.

    Onde:

    evcdcp QQW

    Logo:

    evcd

    ev

    QQ

    QCOP

  • 40

    III- Compressores

    III.1.1- Classificao dos Compressores:

    Comumente so usados trs tipos de compressores na refrigerao: alternativos,

    rotativos e o centrfugo.

    Todos os trs tipos de compressores tm certas vantagens em seu prprio campo de uso.

    Na maioria dos casos, o tipo de compressor empregado em qualquer aplicao individual

    depende da dimenso e da natureza da instalao e do refrigerante usado.

    1- Compressores Alternativo:

    So compressores de descolamento positivo, onde a compresso do vapor efetuada

    mecanicamente por meio de um elemento de compresso, os pistes.

    1.1- Tipos de compressores alternativos:

    1.1.1- Compressores de um estgio:

    So aqueles que possuem apenas um cilindro para compresso do gs.

    - Tipos de Compressores de um estgio:

    a) Hermticos : So compressores fechados, onde o motor e o sistema de compresso so blindados, isto

    , mantm - se juntos dentro de uma carcaa. Tanto o motor quanto o sistema de compresso

    tem um eixo comum.

  • 41

  • 42

    b) Semi Hermtico : Neste tipo de compressor o sistema de compresso no encontra se no mesmo eixo do

    motor mas ambos apresentam-se fechados e separados.

    1.1.2- Compressores de dois estgios( ou duplo estgio):

    Neste compressor existem 2 pistes; onde o gs ao sair comprimido do primeiro estgio

    passa por um trocador de calor, com intuito de resfri-lo, e entra no segundo estgio para ser

    comprimido pelo segundo cilindro, aumentando com isso a presso.

    - Tipos de compressor de 2 estgios( ou duplo estgio)

    a) Semi abertos : Neste compressor o sistema de compresso no encontra se no mesmo eixo do motor

    mas ambos apresentam-se fechados e separados, conforme mostra a figura abaixo.

  • 43

    b) Abertos : Neste compressor o sistema de compresso e o motor apresentam-se separados, sendo

    que o sistema de compresso acionado por um conjunto de polias e correias, conforme

    mostra a figura abaixo.

    1.1.3- Compressores de mltiplos estgios:

    Estes compressores apresentam vrios cilindros, no qual o gs passa por estes cilindros

    at atingir a presso mxima desejada para o trabalho.

    - Tipos de compressores de mltiplos estgios:

    a) Semi-aberto; b) Aberto;

  • 44

    1.2- Caractersticas dos compressores alternativos:

    a) So compressores de deslocamento positivo, isto , o fluido( no caso o gs) ao ser comprimido mantm a mesma trajetria do mecanismo de compresso( no caso os

    pistes).

    b) Apresentam uma boa durabilidade e boa eficincia.

    c) usado principalmente em sistema de refrigerao onde a presso de condensao alta.

    d) Os refrigerantes extensivamente usados com compressores alternativos so: R-12, R134, R-22, R-500, R-502 e 717(amnia).

    e) utilizado para sistema de refrigerao com a capacidade de refrigerao( ou frigorfica) at 1000 kW.

    f) Os compressores alternativos tambm podem ser classificados, quanto a atuao do

    pisto, da seguinte maneira:

  • 45

    (i) Simples efeito : quando apenas uma das faces do pisto atua comprimindo o gs;

    (ii) Duplo efeito : quando ocorre a ao das duas faces do pisto sobre o gs.

    2- Compressores Rotativos:

    So compressores do tipo deslocamento positivo, onde os elementos de compresso

    apresentam as seguintes formas abaixo.

    - Helicoidal( parafuso);

  • 46

    - Lbulos;

  • 47

    - Palhetas( ou aletas);

  • 48

    - Rolete Excentrico;

    2.1 Caractersticas dos compressores rotativos :

    a) So compressores do tipo deslocamento positivo.

    b) Apresentam uma boa durabilidade e boa eficincia.

    c) Geram pouco rudo, isto , so mais silenciosos.

    d) Utilizado em sistemas de refrigerao com capacidade frigorfica( ou de refrigerao) elevada.

    e) Dentre os compressores rotativos, o mais utilizado na refrigerao, o compressor de parafuso, principalmente em instalaes de grande capacidade.

    3- Compressores Centrfugos:

    Este compressor no apresenta um elemento de compresso. Neste caso a compresso do

    gs (ou vapor) devido a ao da fora centrfuga, onde o gs adquire energia cintica devida

    ao movimento de rotao do rotor, em alta velocidade.

    3.1- Funcionamento dos compressores centrfugos utilizados em um sistema de

    refrigerao:

    O vapor a baixa presso e abaixa velocidade na linha de suco aspirado na cavidade

    de entrada da roda propulsora(o rotor) ao longo do eixo da rvore do rotor. Ao entrar no rotor,

    o vapor forado radialmente para fora entre o empalhetamento do impulsor, pela ao de

  • 49

    uma fora centrfuga proporcionada pelo rotor, e descarregado das pontas das ps para o carter

    do compressor em alta velocidade e alta temperatura e presso. O vapor a alta presso e alta

    temperatura descarregado das periferias do rotor coletado nas passagens projetadas

    especialmente no revestimento, o que reduz a velocidade do vapor e direciona o mesmo para

    entrada do impulsor no prximo estgio.

    3.2- Tipos de compressor centrfugo:

    - Compressor centrfugo com um nico estgio; - Compressor centrfugo com duplo estgio; - Compressor centrfugo com mltiplo estgio;

  • 50

    4- Compressores do Tipo Scroll:

  • 51

  • 52

    Nota : Para montagem de alguns sistemas de refrigerao utilizado o conjunto

    compressor + condensador, o qual denominamos de unidade condensadora. Alguns tipos

    de unidades condensadoras so apresentados abaixo.

    Nota: As figuras baixo, apresentam os principais elementos(ou dispositivos) mecnico

    que fazem parte dos compressores.

  • 53

  • 54

    III.1.2- Lubrificao dos Compressores:

    III.1.2.1- leos lubrificantes dos Compressores

    Como o leo de lubrificao do compressor geralmente entra em contato e muita vezes

    mistura-se com o refrigerante do sistema, torna-se necessrio que o leo usado para lubrificar

    os compressores de refrigerao seja preparado especialmente para este fim. Algumas das

    propriedades mais importante do leo que devem ser consideradas na ocasio da escolha do

    leo de lubrificao do compressor so:

    (1) Estabilidade Qumica : a capacidade do leo manter sua funo de lubrificao por um longo perodo de tempo.

    (2) Ponto de Fluidez e / ou congelamento : a temperatura mais baixa qual o leo fluir.

    Obs: Como todo leo de lubrificao contm uma certa quantidade de parafina, ao

    reduzirmos a temperatura a cera comea a se precipitar do leo, este ponto corresponde ao

    ponto de nvoa.

    (3) Resistncia Dieltrica : a capacidade do leo resistir ao fluxo de corrente eltrica.

    (4) Viscosidade : a capacidade do leo resistir ao escoamento.

    Na avaliao destas propriedades do leo com relao a um compressor separadamente,

    todos os fatores que seguem podem ser tomados em considerao:

    Tipo e projeto do compressor;

    Natureza do refrigerante;

    Temperatura do evaporador;

    Temperatura de descarga do compressor;

    III.1.2.2 Mtodos de Lubrificao :

    Os mtodos de lubrificao do compressor variam conforme o tipo e o tamanho do

    compressor e conforme cada fabricante. Pois, na maioria, os mtodos de lubrificao podem

    ser classificados de dois tipos:

    (1) Atomizao( ou lubrificao inundada):

    Neste mtodo o crter do compressor age como um reservatrio de leo e cheio com

    leo at um nvel aproximadamente igual ao nvel da base dos mancais da manivela principal.

  • 55

    A cada rotao do eixo de manivela, a biela e o eixo de manivela( ou excntrico) mergulham

    dentro do leo fazendo com que este respingue para cima sobre as paredes do cilindro,

    mancais e outras superfcies de atrito.

    Obs: Este tipo de lubrificao emprega anis borrifadores, discos, roscas ou dispositivo

    semelhante para elevar o leo a um nvel acima do eixo de manivela ou mancais principais, de

    onde ele pode alagar os e/ ou alimentar atravs das passagens de leo para vria superfcies de

    atrito.

    (2)Lubrificao por alimentao forada :

    Neste caso o leo forado sob presso atravs dos tubos de leo e/ ou passagens furadas no

    eixo de manivela e biela para vrias superfcies de atrito. Depois de desempenhar sua funo

    de lubrificao, o leo escoa por gravidade de volta para um reservatrio localizado no crter

    do compressor

    Obs: O leo circulado sob presso, devido a uma pequena bomba de leo localizada no

    crter do compressor, geralmente na extremidade do eixo de manivela. Os filtros de leo so

    sempre localizados na entrada de suco da bomba de leo para evitar a entrada de material

    estranho na bomba.

    As tabelas abaixo mostram os tipos de leos utilizados em compressores de refrigerao

    residenciais e industriais. Sendo que a utilizao destes leos esta relacionado ao tipo de gs

    refrigerante utilizado no sistema.

  • 56

  • 57

  • 58

  • 59

    Tabela da linha Suva de Fluidos Refrigerantes DuPont

    Referncia da

    DuPont Cdigo

    ASHRAE leo

    Em substituio ao

    seguinte gs

    Suva MP39 R-401A OM/AB R-12

    Suva 409A R-409A OM/AB R-12

    Suva MP66 R-401B OM/AB R-500 e R-12

    Suva 134a R-134a POE/PAG R-12

    Suva HP80 R-402A OM/AB R-502

    Suva 408A R-408A OM/AB R-502

    Suva HP81 R-402B OM/AB R-502

    Suva HP62 R-404A POE R-502

    Suva 507 R-507 POE R-502

    Suva 95 R-508B POE R-13. R-503 e R-23

    Suva 407C R-407C POE R-22

    Suva 410A R-401A POE R-22

    Suva 123 R-123 OM/AB R-11

    OM = leo Mineral / AB = AlquiBenzeno / POE = Poliol ster

    PAG = Polialquilenoglicol

    A DuPont recomenda que se consulte o fabricante antes de se

    realizar um Retrofit.

  • 60

    IV - REFRIGERAO

    IV.1- Definies

    Geralmente define-se refrigerao como qualquer processo de remoo de calor. Mas

    especificamente, a refrigerao definida como o ramo da cincia que trata dos processos de

    reduo e conservao da temperatura de um espao ou material, abaixo da temperatura do

    ambiente circundante. Para conseguir isto, o calor deve ser removido do corpo que est sendo

    resfriado e transferido para outro, de tal forma que a temperatura esteja mais baixa que a do

    corpo refrigerado.

    O regime ao qual o calor deve ser removido do material ou de uma cmara refrigerada, a

    fim de produzir e manter as condies de temperatura desejada chamado de carga de

    refrigerao ou carga de resfriamento ou carga trmica. Na maioria das aplicaes de

    refrigerao, a carga total de resfriamento no equipamento de refrigerao a soma dos

    ganhos de calor de vrias fontes diferentes:

    Calor transmitido por conduo atravs de paredes isoladas.

    Calor que deve ser removido do ar quente que entra na cmara atravs de portas abertas e

    fechadas.

    Calor que deve ser removido do produto refrigerado para reduzir a temperatura deste `a

    temperatura de armazenamento.

    Calor cedido por trabalhadores na cmara ou por motores, luzes, e outros equipamentos de

    produo de calor funcionando na cmara.

    Em qualquer processo de refrigerao, a substncia empregada como absorvente de

    calor ou agente de resfriamento chamada de refrigerante.

    Todos os processos de resfriamento podem ser classificados como sensveis ou latentes

    de acordo com o efeito que o calor absorvido tem sobre o refrigerante. Quando o calor

    absorvido causa uma elevao na temperatura do refrigerante o processo de resfriamento

    chamado de sensvel, enquanto que quando o calor absorvido causa uma mudana de fase do

    refrigerante, o processo de resfriamento chamado de latente.

    IV.2- Aplicaes da Refrigerao

    Para convenincia de estudos, as aplicaes de refrigerao podem ser reunidas dentro de

    cinco categorias gerais:

    Refrigerao domstica.

    Refrigerao comercial.

    Refrigerao industrial.

    Refrigerao martima e de transporte.

    Condicionamento de ar

    (1) Refrigerao Domstica:

    A refrigerao industrial esta relacionada a fabricao de refrigeradores de uso

    domstico e congeladores caseiros(freezer). As unidades domsticas geralmente utilizam

    compressores de pequeno porte, fechados hermeticamente e apresentam potncias nominais

    entre 1/20 e 1/2 CV.

  • 61

    (2) Refrigerao Comercial:

    A refrigerao comercial abrange projeto, instalao e manuteno de instalaes

    refrigeradas do tipo usado pelas lojas de varejo, restaurantes, hotis e locais de

    armazenamento de produtos perecveis. Os equipamentos comerciais podem ser agrupados em

    trs categorias principais: Refrigeradores de acesso imediato, frigorfico de acesso imediato,

    frigorficos de acesso por pessoa (cmaras frigorficas) e os balces ou geladeiras de

    exposio.

    (3) Refrigerao Industrial:

    As aplicaes industrias so maiores que as comerciais em tamanho e tem caractersticas

    marcante de requererem um operador de servio. As aplicaes tpicas industrias so fbricas

    de gelo, grandes instalaes de empacotamento de gneros alimentcios, cervejarias e fbricas

    laticnios.

    (4) Refrigerao Martima e de Transporte:

    A refrigerao martima refere-se a refrigerao a bordo de embarcaes martimas e

    inclui, por exemplo, refrigerao para barcos de pesca e para embarcaes de transporte de

    carga perecvel, assim como para os navios de armazenamento ou embarcaes de todos os

    tipos.

    A refrigerao de transporte relaciona-se com os equipamentos de refrigerao quando

    aplicada a caminhes, tanto para transportes a longa distncia como para entregas locais e a

    vages ferrovirios refrigerados.

  • 62

    IV.3- Ciclo de Compresso a Vapor

    O ciclo simples de refrigerao de compresso do vapor composto de quatro processos

    fundamentais:

    - expanso

    - vaporizao

    - compresso

    - condensao

    vlvula de

    expanso

  • 63

    IV.3.1 Ciclo de Compresso a vapor utilizado para um sistema de refrigerao industrial :

    - Diagrama Esquemtico do ciclo:

  • 64

    1) Equipamentos e suas funes dentro do ciclo:

    (a) Compressor:

    o equipamento que impulsiona o gs refrigerante(fluido de trabalho) por todo o

    circuito. Sendo que este opera com o fluido na fase de vapor saturado ou superaquecido.

    Obs : Neste equipamento verifica-se que a presso de descarga e a temperatura de

    descarga so maiores que a presso de suco e a temperatura de suco.

    (b) Separador de leo:

    Este equipamento tem como funo separar leo que arrastado pelo gs, ao passar pelo

    compressor.

    Obs: leo separado neste equipamento retorna para o compressor.

  • 65

  • 66

    (c) Condensador:

    Este equipamento tem como funo retirar calor do gs(fluido de trabalho) que passa

    pelo mesmo. Sendo que o fluido de trabalho entra como vapor superaquecido e sai do

    condensador como lquido.

    - Tipos de Condensadores:

    1- Condensador resfriado a Ar:

  • 67

    2- Condensador resfriado gua:

  • 68

    3- Condensador evaporativo (ou Torre de Resfriamento):

  • 69

  • 70

    (d) Filtro Secador :

    Este equipamento tem como funo retirar a umidade do fluido de trabalho que atravessa

    a linha de lquidos.

  • 71

    (e) Vlvula de Expanso

    Este equipamento tem como funo controlar a presso de evaporao do sistema. Neste

    dispositivo quando o fluido de trabalho passa pela vlvula de expanso reduz-se a presso e a

    temperatura do mesmo.

    - Tipos de vlvula de expanso:

    1- Vlvula de expanso manual:

  • 72

    2- Vlvula de expanso termosttica:

  • 73

    3- Vlvula de expanso automtica:

  • 74

    (f) Evaporador :

    Este equipamento tem como funo fornece calor a fluido de trabalho para que o mesmo

    deixe o equipamento como vapor superaquecido(dependendo da eficincia do mesmo).

  • 75

    g) Separador de lquidos:

    2) Principais Linhas do circuito:

    - Linha de alta presso = Linha de descarga

    - Linha de Lquidos

    - Linha de baixa presso = Linha de suco

    3) Coeficiente de Eficcia ():

    cp

    ev

    W

    Q

    Onde :

    - evQ Capacidade de refrigerao ( ou capacidade frigorfica).

    - cpW Potncia consumida pelo compressor.

    Unidades de evQ ,

    cpW : Btu / h ; Kw ; Btu / min ; TR ( tonelada de refrigerao)

    Obs:

    1TR = 3516,8 W

    1W = 3,4122 Btu / h

    4) Efeito de Refrigerante (qev) :

    a quantidade de calor que cada unidade de massa de refrigerante absorve da cmara de

    refrigerao.

  • 76

    evev Qmq

    Onde:

    - m vazo mssica de refrigerante - evQ

    Capacidade de refrigerao

    Obs: Unidade de m : kg/h ; lb/h ; lb/min

  • 77

    5) Avaliao da Carga Trmica :

    A carga trmica no equipamento de refrigerao raramente resulta de alguma fonte

    particular de calor. De preferncia, ela a soma do calor que usualmente se desprende da

    vrias fontes diferentes. Algumas das fontes mais comuns que abastecem a carga do

    equipamento de refrigerao so:

    (a) O calor que escapa da cmara refrigerada para o exterior, por conduo atravs das paredes isoladas.

    (b) O calor que entra na cmara por radiao direta atravs de vidro ou outros materiais transparentes.

    (c) O calor que entra na cmara por ao do ar quente exterior que entra atravs de portas abertas ou atravs de fendas em volta da janelas ou portas.

    (d) O calor cedido por um produto quando sua temperatura reduzida ao nvel desejado. (e) O calor cedido por pessoas que ocupam o espao refrigerado. (f) O calor cedido por qualquer equipamento gerador de calor, localizado no interior da

    cmara, tal como, motores eltricos, luzes, equipamentos, eletrnicos, mesas de vapor,

    cafeteiras e secadores de cabelo.

    Obs: A importncia de cada fonte de calor com relao a carga trmica total, ir variar

    de acordo com cada aplicao.

    A fim de simplificar os clculos de carga trmica, a carga trmica total dividida em um

    nmero de cargas individuais, de acordo com as fontes de calor suprindo a carga. A soma

    destas cargas individuais a carga trmica total sobre o equipamento.

    Na refrigerao comercial, a carga trmica total dividida em quatro cargas separada,

    que so: carga cedida pelas paredes, carga de mudana de ar, carga do produto e a

    mistura(carga suplementar).

    (i) A Carga cedida pelas paredes

    A carga cedida pelas paredes, algumas vezes chamada carga de disperso da parede, a

    medida da taxa de fluxo de calor por conduo atravs das paredes do espao refrigerado do

    exterior para o interior.

    (ii) A carga devido a Troca de Ar

    Quando a porta de um espao refrigerado aberto, o ar quente exterior entra no espao

    para substituir o ar frio, mais denso que perdido do espao refrigerado atravs da porta

    aberta. O calor que deve ser removido deste ar exterior quente para reduzir sua temperatura e o

    teor de umidade para as condies designadas do espao torna-se uma parte da carga trmica

    total no equipamento. Esta parte chamada de carga de troca de ar.

    Obs: Nas aplicaes de condicionamento de ar, a carga de troca de ar chamada tanto

    de carga de ventilao como de carga de infiltrao. O termo carga de ventilao usado

    quando as trocas de ar no espao condicionado so o resultado de introdues

  • 78

    deliberadas de ar exterior dentro do espao para fins de ventilao. O termo carga de

    infiltrao usado quando as trocas de ar so o resultado da infiltrao natural do ar

    dentro do espao atravs de fendas em portas e outras aberturas. Cada aplicao de

    condicionamento de ar envolver tanto uma carga de infiltrao como uma carga de

    ventilao, mas no ambas na mesma aplicao.

    (iii) A carga de Produto

    A carga de produto formada do calor que deve ser removido do produto refrigerado a

    fim de reduzir sua temperatura ao nvel desejado. O termo produto aqui usado aplicado

    para designar qualquer material cuja temperatura reduzida pelo equipamento de refrigerao

    e inclui no somente gneros de primeira necessidade perecveis, mas tambm artigos tais

    como eletrodos para solda, massa de concreto, plstico, borracha e lquidos de todas as

    qualidades. Em algumas circunstncias, o produto congelado, neste caso o calor latente

    removido tambm uma parte da carga do produto.

    (iv) A Carga Mista

    A carga mista, algumas vezes referida como carga suplementar, determina todas as

    fontes mistas de calor. A principal entre estas so as pessoas trabalhando ou ocupando o

    espao refrigerado sempre com luzes ou outro equipamento eltrico operando dentro do

    espao.

    Obs: Na maioria das aplicaes de refrigerao comerciais, a carga mista

    relativamente pequena, consistindo geralmente do calor cedido pelas luzes e motores de

    ventilao usados dentro do espao.

    6) Determinao da Capacidade Trmica Requerida pelo Equipamento(Qev):

    Capacidade Trmica Requerida pelo Equipamento em Btu / h = ft

    CTT

    CTT = Carga trmica total em Btu / 24h .

    tf = Tempo de Funcionamento do Equipamento em horas.

  • 79

    7) Aplicao: Diagrama Esquemtico para um Sistema de Condicionamento de Ar

    - Expanso direta:

    Os equipamentos de expanso direta caraterizam-se por disporem de serpentinas onde expande

    um fluido refrigerante - absorvendo calor e arrefence o espao em redor - que so atravessadas

    pelo ar a tratar, o qual refrigerado pelo contato direto com elas.

    Podem ser usados equipamentos compactos autocontidos que so aqueles que renem, numa

    nica caixa ou unidade, todas as funes requeridas para o funcionamento do ar condicionado.

    A totalidade do ciclo de refrigerao realizada no interior da caixa do equipamento.

    Exemplos destes tipos de aparelhos, so os comuns ares condicionados individuais de janela

    ou os do tipo roof top unit (unidades compactas de cobertura) ou RTU com maior capacidade,

    que permitem a distribuio de ar mediante condutas.

    Os equipamentos split (separado) diferenciam-se dos sistemas compactos por estarem

    divididos em duas unidades ou caixas separadas, uma situada no exterior e outra no interior do

    local a climatizar. Esta separao tem como objetivo dividir as fases do ciclo de refrigerao,

    ficando a fase de evaporao no interior e a fase de condensao no exterior. Ambas as

    unidades esto unidas entre si, atravs de tubos por onde circula o refrigerante.

    Os sistemas multi split constituem uma variante dos sistemas split. Dispem de uma nica

    unidade de condensao exterior, qual se podem ligar duas ou mais unidades de evaporao

    interiores. Desenvolveram-se equipamentos deste tipo que permitem colocar uma grande

    nmero de unidades de evaporao, mediante a regulao do fluido refrigerante, as quais so

    conhecidas por "VRV (volume de refrigerante varivel)".

    Todos estes sistemas empregam ventiladores para fazerem circular o ar que arrefece o

    condensador e o ar que tratado e arrefecido para ser introduzido no interior.

  • 80

  • 81

  • 82

    - Expanso indireta:

    Este tipo de sistema utiliza unidades de produo de gua refrigerada (chillers), gua essa que

    distribuda pelos vrios equipamentos de tratamento do ar, como as UTA, as UTAN ou os

    ventiloconvectores (fan-coils). Nestes equipamentos, existe uma serpentina - por onde circula

    a gua fria - que atravessada pelo ar a tratar, que em contacto com ela arrefece.

  • 83

  • 84

    IV.4- Ciclo de Refrigerao por Absoro

    H vrios tipos de sistemas de refrigerao por absoro, dentre os quais os que usam

    como refrigerante a soluo de brometo de ltio como absorvente e gua como refrigerante e a

    soluo de gua como absorvente e a amnia como refrigerante. O ciclo de refrigerao por

    absoro semelhante ao ciclo de compresso de vapor, dado que utiliza um refrigerante

    voltil, normalmente amnia ou gua, que alternadamente vaporiza no evaporador a baixa

    presso por absoro do calor latente do material a ser esfriado e que condensa a alta presso

    no condensador por devoluo do calor latente ao meio a ser condensado.

    A principal diferena entre os ciclos de absoro e de compresso de vapor, a fora

    motriz que circula o refrigerante atravs do sistema e que origina o diferencial de presso

    necessrio entre os processos de vaporizao e condensao. No ciclo de absoro, o

    compressor de vapor utilizado no ciclo de compresso a vapor substitudo por um

    absorvedor e gerador que realizam todas as funes operadas pelo compressor. Alm disso

    enquanto a energia interna exigida pelo ciclo de compresso fornecida pelo trabalho

    mecnico do compressor, a energia interna do ciclo de absoro fornecida em forma de calor

    diretamente ao gerador.

    IV.4.1- Combinaes de Refrigerante Absorvente

    Para se poder aplicar um sistema de absoro refrigerante, h certos critrios que indicam que a combinao refrigerante absorvente deve obedecer, pelo menos a certos pontos. evidente que o absorvente deve Ter uma grande afinidade com o vapor do

    refrigerante e os dois devem ser mutuamente solveis na quantidade exigida pelas condies

    de funcionamento. Os dois fluidos devem ser estveis e no corrosivos, tanto individualmente

    como em combinao. Idealmente, o absorvente deve Ter uma volatilidade pequena para que

    o vapor de refrigerante que sai do gerador, contenha pouco ou nenhum absorvente e as

    presses de funcionamento devem ser razoavelmente baixas e de preferncia com valor

    semelhante ao da presso atmosfrica, para minimizar o peso do equipamento e as perdas

    interiores e exteriores do sistema. O refrigerante deve ter um calor latente suficientemente alto

    para que a relao de fluxo de refrigerante requerida no seja excessiva.

    Atualmente, existem duas combinaes de refrigerante absorvente que so mais utilizados. A mais antiga, em termos de utilizao, amnia e a gua, na qual a amnia o

    refrigerante e a gua o absorvente. A combinao mais recente gua e o brometo de ltio,

    na qual a gua o refrigerante e o brometo de ltio, na qual a gua o refrigerante e o brometo

    de ltio, que um sal higroscpio, o absorvente.

  • 85

    IV.4.2 Tipos de Sistema de Refrigerao por Absoro

    (i) Sistema de Amnia gua

    Os sistemas de amnia gua so normalmente utilizados em sistemas comerciais e

    industriais onde a temperatura do evaporador mantida perto ou abaixo de 32 F. A combinao amnia gua obedece excepcionalmente bem algumas das exigncias mais importantes, mas apresenta algumas falhas em outras. A gua que funciona como absorvente

    tem uma grande afinidade com o vapor de amnia e os dois so mutuamente solveis em uma

    grande gama de condies de funcionamento. Ambos os fluidos so altamente estveis e so

    compatveis com a maior parte dos materiais utilizados nos sistemas de refrigerao. Uma

    exceo importante o cobre e as suas ligas. Abaixo mostrado o diagrama esquemtico do

    sistema de absoro de amnia.

  • 86

    - Equipamentos bsicos e suas funes no sistema de absoro por amnia:

    a) Gerador: Neste equipamento o refrigerante(amnia) separado do absorvente(gua) por

    aquecimento da soluo e por vaporizao do refrigerante. A amnia deixa o equipamento

    como vapor a alta presso e alta temperatura.

    b) Analisador: um equipamento utilizado para separar gua da amnia que se encontra na fase de

    vapor superaquecido.

  • 87

    c) Retificador: um trocador de calor utilizado para condensar parte do vapor de amnia.

    d) Condensador: um trocador de calor utilizado para condensar o restante de amnia proveniente do

    retificador, isto , transformando a amnia que se encontra como vapor superaquecido em

    lquido subresfriado a alta presso. A troca de calor se ocorre com a passagem de uma gua de

    refrigerao.

    e) Receptor: um equipamento que funciona como um reservatrio do gs refrigerante(no caso

    amnia).

    f) Vlvula de Expanso: Este equipamento tem como funo reduzir a presso da amnia, que encontra-se na fase

    lquida e ao mesmo tempo controlar a vazo de refrigerante que entra no evaporador.

    g) Evaporador : um trocador de calor onde a amnia na fase lquida troca calor com o fluido a ser

    resfriado(salmoura). Neste equipamento o lquido refrigerante(amnia na fase lquida)

    vaporiza atravs da absoro do calor latente do material a ser refrigerado(a salmoura lquido a resfriar). O vapor de amnia que sai do evaporador encontra-se a baixa presso.

    h) Absorvedor: Neste equipamento o vapor de amnia que chega do evaporador baixa presso

    absorvido pela soluo fraca e fria da amnia em gua. Quanto menor for a temperatura do

    absorvente e maior for concentrao da soluo amnia gua, menor ser a presso de vapor da soluo. Para reduzir esta temperatura o vapor de amnia a baixa presso troca calor com a

    gua de refrigerao.

    i) Bomba: Este equipamento faz com que a soluo rica de amnia circule pelo trocador de calor e

    pelo gerador.

    j) Trocador de Calor: Este equipamento utilizado para reduzir a entrada de calor no gerador e a vazo de

    gua de refrigerao no absorvedor.

  • 88

    (ii) Sistemas de gua Brometo de Ltio

    Os sistemas de gua e brometo de ltio so largamente utilizados em ar condicionado e

    outras aplicaes de alta temperatura, mas com gua como refrigerante, no podem ser

    aplicado em nenhum dispositivo onde a temperatura do evaporador seja inferior a 32F. Uma das principais vantagens do sistema gua brometo de ltio que o absorvente no

    voltil e, por tal fato, no h mistura do absorvente com o vapor do refrigerante(gua) que

    sai do gerador e consequentemente, no necessrio utilizar nenhum analisador ou retificador

    no sistema. A figura abaixo mostra um sistema tpico de absoro de gua brometo de ltio.

    Obs: O brometo de ltio, quando no est em soluo, um sal higroscpico e a sua

    salmoura tem uma grande afinidade com o vapor de gua. No entanto, um desvantagem da

    combinao gua brometo de ltio, que o absorvente no totalmente solvel na gua em todas as circunstncias que podem ocorrer no sistema e devem ser tomadas precaues

    especiais no planejamento e funcionamento destes sistemas, para evitar que surjam condies

    de precipitao e cristalizao do absorvente.

  • 89

    IV.4.3- Sistema de Absoro X Sistema de Compresso de Vapor:

    O prprio equipamento de absoro muito mais simplificado e muito menos caro que o

    equipamento de compresso a vapor, considerando a mesma capacidade. O sistema de

    compresso a vapor possui alguma unidades mveis; os sistemas de absoro so mais

    silenciosos e necessitam de menos manuteno que os de compresso de vapor. No entanto o

    coeficiente termodinmico de funcionamento muito menor na mquina de absoro do que

    no sistema de compresso de vapor, sendo a relao de 1 para 4 ou mais, considerando as

    mesmas condies de funcionamento. Contudo, como a energia fornecida diretamente sob a

    forma de calor, menos cara e mais eficiente do que quando tem de sofrer vrias

    transformaes, o que foi dito anteriormente no pode ser usado como base de comparao de

    custos e de exigncias de energia. As mquinas de absoro so tambm frequentemente

    utilizadas em conjunto com mquinas centrfugas de turbina e, neste caso, a exausto de vapor

    da turbina utilizada para fazer funcionar o equipamento de absoro.

    IV.5- Refrigerantes

    Definies :

    qualquer substncia que age como um agente refrigerante(trmico), pela absoro de

    calor de outro corpo ou substncia.

    Para um ciclo de compresso vapor, o refrigerante o fluido de trabalho do ciclo que

    alternadamente vaporiza e condensa quando absorve e cede calor, respectivamente.

    Obs: Para ser adequado para o uso como refrigerante no ciclo de compresso a vapor, um

    fluido deve possuir certas propriedades qumicas, fsicas e termodinmicas que o tornem tanto

    seguro como econmico para uso.

    As propriedades do refrigerante que influenciam nos parmetro capacidade de refrigerao(ou

    frigorfica) e no coeficiente de performace(COP) so:

    - Calor latente de vaporizao; - Volume especfico do vapor; - Taxa de compresso; - Calor especfico do refrigerante na fase lquida e de vapor(gs);

  • 90

    IV.5.1- Caractersticas:

    (i) Flamabilidade e Explosibilidade:

    A maior parte dos refrigerantes de uso comum so inteiramente no inflamveis e no

    explosivos, com exceo da amnia e dos compostos hidrocarbonetos( R-600 e R-601).

    Obs:

    - A amnia ligeiramente combustvel e explosiva quando misturada em propores bastantes exatas com o ar.

    - Os compostos hidrocarbonetos apresentam excelentes propriedades trmicas e so freqentemente empregados em aplicaes de temperatura muito baixa.

    (ii) Efeito da Umidade:

    A umidade pode combinar em vrios graus com a maioria dos refrigerantes comumentes

    usados, causando a formao de compostos altamente corrosivos(solues cidas). Estas

    soluo reagiro com leo lubrificante e com outros materiais no sistema, incluindo metais.

    Danos que podem ocorrer no sistema com formao destas solues cidas:

    - Deteriorao do leo lubrificante; - Formao de resduos metlicos que proporcionaram uma obstruo nas vlvulas e nos

    dutos de passagem do leo;

    - Avaria no isolamento do enrolamento do motor, proporcionado com isso um curto circuito;

    Obs:

    - A amnia (R-717) tem afinidade com gua e portanto capaz de absorver umidade em grande quantidade. A combinao da gua e amnia produz a gua amonaca, um alcalino

    forte, que ataca metais no ferrosos, tais como cobre e lato, mas tem pequeno, seno

    nenhum efeito sobre ferro e ao ou quaisquer outros materiais do sistema.

    - Os compostos hidrocarbonetos, tais como propano(R-290), butano(R-600) e isobutano(R-601) absorvem pouca umidade.

    - Os refrigerantes halocarbonados(R-12, R-22, R134a, etc) absorvem umidade e formam solues cidas em grandes quantidades as vezes.

    (iii) Miscibilidade do leo:

    Esta propriedade esta relacionada a capacidade do leo misturar-se com o refrigerante.

    Com relao a miscibilidade do leo, os refrigerantes podem ser divididos em trs

    grupos:

    (1)Aqueles que so miscveis com leo em todas as propores sob condies

    encontradas no sistema de refrigerao.

    (2)Aqueles que so miscveis sob condies normalmente encontradas na seo de

    condensao, mas separados dos leos sob as condies normalmente encontradas na seo do

    evaporador.

  • 91

    (3)Aqueles que no so de qualquer modo miscveis com leo nas condies

    encontradas no sistema.

    Condies:

    - Os leos lubrificantes normalmente so miscveis com os refrigerantes do tipo

    compostos halogenados( ou de halocarbono), a temperatura ambiente, mas pode haver

    separao a temperaturas baixas.

    - A amnia e os e os Hidrocarbonetos(Compostos Orgnicos), so refrigerantes mais

    leves logo se separam facilmente do leo.

    Obs: A presena excessiva de leo em trechos do sistema como no evaporador, no

    condensador e no tubo capilar( por exemplo), pode ocasionar:

    - A queda do coeficiente de performace do ciclo(COP). - Reduz a capacidade de refrigerao do ciclo. - Prejudica a troca de calor no interior dos condensadores e do evaporador. - Caso fique retido em excesso no evaporador pode proporcionar uma perda de leo no

    compressor, o que perigoso.

    importante em um sistema de refrigerao utilizarmos o leo adequado para o tipo de

    refrigerante que opera no sistema, conforme mostra as tabelas

    (iii) Compatibilidade com os materiais:

    a) Com Metais:

    - Os compostos halogenados podem trabalhar com metais com: ao, ferro fundido, lato, cobre, estanho e zinco.

    Obs: No deve-se usar zinco com R-11 ou R113.

    - A amnia no pode ser usada com metais do tipo: cobre, lato e outras ligas de cobre.

    b) Com Elastmeros:

    - No deve ser utilizada borrachas do tipo Buna N e Buna S refrigerantes do tipo halogenados.

    b) Com Plsticos:

    A maioria dos gases podem trabalhar com os seguintes matrias:

    - Resina de Epoxi; - Teflon(Resina de Fluocarbono); - Viton;

    IV.5.2- Tipos de Refrigerantes:

  • 92

    Os refrigerantes podem ser classificado da seguinte forma segundo ASHRAE :

    1- Composto de Halocarbono( ou Fluorcarbonos ou Halogenados):

    Exemplos:

    a) R-11:

    - Formula Qumica: CCl3F - Nome Qumico: Triclomonofluorometano - Utilizado:

    Largamente usado em compressores centrfugos para sistema de ar

    condicionado industrial e comercial.

    Usado para sistema de refrigerao que opera com gua ou salmoura.

    Como lquido de arrefecimento(possuindo baixa temperatura).

    Refrigerante secundrio.

    Obs: Este gs apresenta baixa viscosidade.

    b) R-12:

    - Formula Qumica: CCl2F2 - Nome Qumico: Diclorodifluorometano - Utilizado:

    Em sistemas de refrigerao comercial, domstico, carros e em ar

    condicionados(residncias).

    Usado como componentes de uma mistura azeotrpica.

    c) R-22:

    - Formula Qumica: CHClF2 - Nome Qumico: Monoclorodifluorometano - Utilizado:

    Em sistemas de refrigerao comercial, domstico, carros e em ar

    condicionados(residncias).

    Usado como componentes de uma mistura azeotrpica.

    c) R-114:

    - Formula Qumica: CHClF2 - CHClF2 - Nome Qumico: Diclorotetrafluoroetano - Utilizado:

    Em grandes sistemas de refrigerao comercial e ar condicionados que

    utilizem compressores centrfugos de estgios mltiplos.

  • 93

    2- Misturas Azeotrpicas:

    a) R-500:

    composto pela mistura dos seguintes gases: R-12 e R-152a .

    b) R-501:

    composto pela mistura dos seguintes gases: R-22 e R-12 .

    c) R-502:

    composto pela mistura dos seguintes gases: R-11 e R-115 .

    3- Composto Orgnico (Hidrocarbonetos)

    a) R 600:

    Formula Qumica: CH3CH2CH2CH3

    - Nome Qumico: Butano - Utilizado:

    Em sistemas que operem a baixa de temperatura.

    Pode ser substitudo pelos refrigerantes R-13, R-14, e R-503.

    b) R 601:

    - Formula Qumica: CH(CH3)

    - Nome Qumico: Isobutano

    - Utilizado:

    Em sistemas que operem a baixa de temperatura.

    Pode ser substitudo pelos refrigerantes R-13, R-14, e R-503

    5- Composto Inorgnicos:

    a)R 701:

    - Formula Qumica: NH8

    - Nome Qumico: Amnia - Utilizado:

    Em sistemas que operem a baixa de temperatura.

  • 94

    Em sistemas de refrigerao que operem com compressores de grande

    porte(compressores alternativo do tipo aberto, rotativo e centrfugos), grande

    instalaes de armazenagem fria e em fbricas de gelo.

    Obs: Apesar de proporcionar volume especfico elevado no estado de vapor, permite

    uma elevada capacidade de refrigerao com um deslocamento do pisto relativamente

    pequeno.

    As tabelas abaixo apresentam os principais refrigerantes e suas nomenclaturas segundo

    a ASHRAE:

  • 95

  • 96

  • 97

    Nota: Retrofit o procedimento de substituio do fluido refrigerante original de um equipamento,

    por um fluido refrigerante alternativo, visando manter a mesma performace e mesma

    confiabilidade do sistema.

    O Retrofit com a utilizao de um blend uma boa opo, visto que na maioria dos casos no

    necessria a substituio do compressor e as modificaes do sistema so mnimas.

    Apresenta-se a seguir, as etapas de um retrofit genrico, considerando cada uma das

    caractersticas dos refrigerantes alternativos apresentados neste boletim, porm, esta descrio

    no tem a pretenso de ser um procedimento a ser seguido passo a passo, nem um endosso

    da utilizao destas alternativas de refrigerantes. Recomenda-se sempre consultar o fabricante

    do equipamento e/ou os fabricantes dos componentes e fluidos refrigerantes, quando houver

    dvidas ou necessidade de detalhes especficos.

    1. Coletar dados de performace (condies de temperatura e presso) do equipamento

    operando com R12.

    2. Recolher o refrigerante R12 do equipamento utilizando os recursos adequados (sem emisso

    para o meio ambiente).

    3. Verificar as caractersticas do compressor instalado, em relao ao refrigerante alternativo

    que ser utilizado. Recomenda-se que em nenhum caso seja substitudo o leo do compressor.

    3.1. Se o retrofit for feito para o R134a, deve-se substituir o compressor por outro que

    seja compatvel com o refrigerante e efetuar uma limpeza completa no sistema, a fim de se

    eliminar todo o resduo de R12 e leo. Para a limpeza, recomendamos o uso de nitrognio e do

    prprio R134a.

    3.2. Se o refrigerante alternativo escolhido for o R600a, necessrio a substituio do

    compressor por outro compatvel.

    3.3. Quando a substituio feita por blend, e o compressor j estiver carregado com

    leo alquilato, como o caso do compressor Tecumseh para R12 fabricado a partir de 1994,

    no necessrio sua substituio.

    4. Substitua o filtro secador por um compatvel com o refrigerante alternativo, conforme o

    item 4.1 deste boletim.

    5. Checar vazamentos e realizar o vcuo atingindo uma presso absoluta de 200 microns de

    Hg.

    6. Ajustar o elemento de expanso (capilar ou vlvula) quando necessrio, de acordo com o

    item 4.2 deste boletim.

    7. Carregar o sistema com o refrigerante alternativo escolhido, verificando suas

    particularidades.

    8. Ligar o produto e comparar as condies de operao do equipamento com as condies de

    operao registradas na primeira etapa do retrofit.

    9. Se necessrio, ajustar os parmetros do sistema para atingir as condies originais de

    operao, como por exemplo: carga de refrigerante, elemento de expanso, etc...

    10. Identificar o produto quanto ao tipo de refrigerante utilizado e quantidade de fluido

    refrigerante aplicada.

    - Tabela com os gases refrigerantes substitutos

  • 98

  • 99

  • 100

    V.6 Dispositivos para Controle nos Sistemas de Ar Condicionado

    H trs objetivos principais ao se projetar um sistema de controles numa instalao de ar

    condicionado:

    - Conforto; - Economia; - Segurana;

    O conforto consegue-se mantendo a temperatura e umidade relativa do ambiente dentro

    dos limites desejveis; a economia obtida fazendo-se com que certos equipamentos sejam

    desligados nos momentos de menor carga trmica; a segurana obtida acionando-se certos

    dispositivos toda vez que h alguma anormalidade no funcionamento da instalao.

    Os dispositivos de controle podem ser de dois tipos:

    - Liga Desliga(on-off) Ex: termostato, pressostato

    - Gradual Ex: vlvula de expanso termosttica, vlvula de expanso manual, vlvula de expanso automtica

    Os sistemas de controle mais usados em ar condicionado so:

    - Eltrico; - Pneumtico; - Autonmos;

    Os sistemas eltricos so os mais usuais e se baseiam no princpio de que pequenas

    podem controlar grandes cargas. H dois circuitos bsicos no controle eltrico:

    - circuito de fora, que aciona a mquina operatriz; - circuito de controle, que uma vez fechado possibilita o fechamento da chave do circuito de

    fora;

    Os sistemas pneumtico so acionados por ar comprimido, normalmente a baixa

    presso( at 1,05 kgf/cm2), e servem para abrir ou fechar vlvulas ou registros.

    Os controles autnomos so assim chamados porque no precisam de fonte externa para

    agir; utilizam o princpio da dilatao de um lquido voltil para fazer abrir ou fechar uma

    vlvula.

    IV.6.1- Controles Eltricos:

    Os controles eltricos podem ser:

    - de acionamento dos equipamentos; - de operao do sistema;

    O controle de acionamento conseguido por meio de chaves, rels, contactores,

    lmpadas sinalizadoras, botoeiras liga desliga disposto de maneira adequada a dar partida, proteger e interromper os diversos equipamentos que devem entrar em operao segundo uma

    sequncia apropriada. O controle de operao do sistema conseguido por meio de

  • 101

    termostatos, umidistatos, pressostatos, vlvulas solenides, cuja funo manter o recinto

    dentro das condies de conforto desejadas.

    Definies de alguns instrumentos utilizados para controle do sistema eltrico:

    (1) Chaves Eltricas So dispositivos destinados a ligar - desligar e proteger os circuitos, com comando local.

    (2) Contactores So equipamentos destinados a ligar desligar e proteger, com comando a distncia ou

    local, possuem internamente o circuito de controle e o circuito de fora.

    (3) Rel auxiliar

    So equipamentos que permitem liga - desligar ou outros circuitos auxiliares, no

    possuindo circuito de fora.

    (4) Rel de sobrecarga

    So equipamentos de proteo que se abrem quando a corrente ultrapassa certos limites.

    (5) Botoeira de liga e desliga So dispositivos para ligar e desligar os circuitos;

    (6) Lmpadas sinalizadoras

    So dispositivos que servem para mostrar se um circuito est ligado ou desligado.

    (7) Termostato

    So equipamentos que permitem a regulao de temperatura atravs de contatos que se

    abrem no limite mximo e se fecham no limite mnimo.

  • 102

    (8) Pressostato

    So equipamentos que operam por presso mxima(desligam o circuito) ou por presso

    mnima(ligam o circuito).

    (9) Umidistato

    So aparelhos que regulam a umidade relativa do ambiente, abrindo ou fechando o

    circuito conforme os limites desejveis.

  • 103

    (10) Vlvula solenides

    So vlvulas que abrem ou fecham o fluxo de um fluido qualquer(gua, freon, vapor,

    etc)mediante a atuao de uma bobina eltrica comandada por um outro equipamento

    controlador.

  • 104

    Apndice A

    Trocadores de Calor

    1- Definio:

    um equipamento onde dois fluidos com temperaturas diferentes(distintas) trocam calor

    por conveco e conduo atravs de uma interface metlica.

    Para construo dos trocadores de calor baseamos nas normas da ASME, ou

    TEMA(Associao de Fabricantes de Trocadores de Calor Tubular).

    2 Tipos de Trocadores de Calores:

    Cada trocador de calor apresenta geometria distinta, como mostrado abaixo:

    - Condensadores:

    de Tubo Liso

    de Tubo Aletado - Evaporadores:

    - de Tubo Liso - de Tubo Aletado

    - Cooler

    - Aquecedores:

  • 105

    3- Classificao dos Permutadores de Calor ou Tocadores de calor:

    3.1- De corrente paralela :

    Os fluidos escoam na mesma direo e no mesmo sentido.

    3.2- De corrente oposta ou contracorrente:

    A direo do escoamento dos 2 fluidos a mesma, porm em sentidos opostos.

  • 106

    3.3- De corrente cruzadas:

    Os dois fluidos escoam em direes ortogonais sendo que ambos no se misturam.

    3.4- De passes mltiplos:

    Nesses os tubos apresentam mais de um trajeto de ida e retorno(passes) dentro de um

    mesmo encamisamento; sendo que o fluido pode entrar e sair pelo mesmo lado.

  • 107

    3.5- De tubo duplo ( ou dupla jaqueta):

    Este tipo de trocador de calor apresenta uma excelente rea de troca de calor.

  • 108

    3.6 Trocador de Calor de Tubo e Carcaa:

    v

  • 109

    Observao:

    a) Chicanas verticais nos trocadores de calor so chapas circulares que apresentam aberturas em suas extremidades. Este elemento tem como funo manter a rigidez

    dos tubos e aumentar a velocidade do escoamento na camisa proporcionando maior

    coeficiente de filme na transmisso de calor.

    b) Determinao da rea total de troca de calor(AT):

    LdNNA TPT

    Onde:

    L = comprimento dos tubos.

    d = dimetro externo dos tubos.

    NP = nmero de passes no tubo.

    NT = nmero total de tubos.

  • 110

    Exemplo:

    Ex.1)

    Ex.2)

  • 111

    c) Determinao da vazo mssica dos fluidos( m ):

    vAm oL

    Onde:

    Ao = rea interna do tubo = 4

    d2i

    L = massa especfica do lquido a temperatura de trabalho em g/mL.

    v = velocidade de escoamento em m / s.

    d) O calor total transferido num trocador de calor definido pela equao baixo:

    mT T.FAUQ

    Onde:

    Q taxa de calor transferido no trocador de calor em Btu/ h ou Kw.

    U = coeficiente global de transferncia de calor.

    AT = rea total de troca de calor em cm2 ou m2 .

    F = fator de correo.

    Tm = diferena mdia logartmica de temperatura em C.

    e) A diferena mdia logartmica de um trocador de calor de corrente paralela e contra-

    corrente determinadao abaixo:

    e.1 De corrente paralela:

  • 112

    e.2 De contra corrente ou corrente oposta:

    Nota:

    O exerccio proposto abaixo, permitir apresentar uma metodologia para dimensionar

    um trocador calor, a partir de alguns parmetros j definidos.

    Exerccio: Uma vazo de 3,783 kg / s de gua aquecida de 37,78 C a 54,44 C num trocador de calor de tubo e carcaa. No lado da carcaa utilizado um passe com uma vazo

    de 1,892 kg/s de gua de aquecimento, entrando a 93,33 C. O coeficiente global de

    transferncia de calor 1419 W / (m2 . C) e a velocidade mdia da nos tubos de 3/4 pol(1,905 cm) de dimetro interno 0,366 m / s. Devido as limitaes de espao, o comprimento do tubo

    no dever ser maior que 2,438 m. Calcule o nmero de passes nos tubos, o nmero de tubos

    por passe e o comprimento dos tubos, consistente com esta restrio.

    Soluo

  • 113

    - Condio Inicial : Admitiremos inicialmente um passe nos tubos, verificando se

    satisfaz s condies do problema.

    - Dados :

    cf = calor especfico da gua fria = 4,1869 kJ / (kg . C)

    cq = calor especfico da gua quente = 4,1869 kJ / (kg . C)

    Tfe = temperatura do fluido frio(gua) na entrada = 37,38 C

    Tfs = temperatura do fluido frio(gua) na sada = 54,44 C

    Tqe = temperatura do fluido quente na entrada = 93,33 C Tqs = temperatura do fluido quente na sada = ?

    fm vazo mssica de fluido frio(gua) = 3,783 kg / s

    qm vazo mssica do fluido quente(gua) = 1,892 kg / s

    vf = velocidade do fluido frio = 0,366 m / s

    U = coeficiente global de transferncia de calor = 1419 W / m2 . C. d = dimetro interno dos tubos do trocador de calor

    A = seo interna de cada tubo = ?

    ATe = rea total de escoamento = n . A = ?

    AT = rea total de troca de calor = ?

    (i) Clculo da taxa de calor transferido para o fluido frio:

    )TT(cmQ fefsff (3,783).(4182).(54,44 37,38) = 263,6 kW

    (ii) Determinao da temperatura do fluido quente na sada do trocador(Tqs):

    )TT(cmTTcmQ fsfeffqsqeqq

    onde:

    qq

    qsqecm

    6,263TT

    6033,331869,4892,1

    6,263T

    cm

    6,263T qe

    qq

    qs

    C

    (iii) Determinao da diferena mdia logartmica de temperatura:

    8,20

    )22,22

    89,38ln(

    22,2289,38

    )T

    Tln(

    TTT

    b

    a

    bam

    C

  • 114

    (iv) Determinar a rea total de troca de calor (AT), considerando apenas um passe nos

    tubos:

    25

    m

    T m2