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Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007
MESA 4 - Acidentes e desastres naturais
BOCAINACURSOS & ESTUDOS AMBIENTAIS-URBANOS
Mapeamentos e dados gerais no Brasil sobre
escorregamentos
Fernando NogueiraConsultor
Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007
MESA 4 - Acidentes e desastres naturais
VEYRET, Yvette (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007
“O risco, objeto social, define-se como a percepçãodo perigo, da catástrofe possível.
Ele existe apenas em relação a um indivíduo e a um grupo social ou profissional, uma comunidade, uma
sociedade que o apreende por meio de representações mentais e com ele convive por
meio de práticas específicas”
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VEYRET, Yvette (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007
“Não há risco sem uma população ou indivíduo que o perceba e que poderia sofrer seus efeitos.
Correm-se riscos, que são assumidos, recusados, estimados, avaliados, calculados.
O risco é a tradução de uma ameaça, de um perigopara aquele que está sujeito a ele e o percebe
como tal”
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↓O risco de acidentes associados a
escorregamentos e processoscorrelatos é um “fenômeno” do ambiente urbano brasileiro dos
últimos vinte anos
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Santos, março de 1928
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Grandes acidentes do passado
13 Dezembro de 1979Santos (SP)
1700Janeiro de 1967Serra das Araras/ Rio de Janeiro (RJ)
120 (?)Março de 1967Caraguatatuba (SP)1001966Rio de Janeiro (RJ)64Março de 1956Santos (SP)
250Dezembro de 1948Vale do Paraíba do Sul(MG/RJ)
80Março de 1928Santos (SP)
N.º DE MORTESDATALOCAL
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Caraguatatuba, 18 de marCaraguatatuba, 18 de marCaraguatatuba, 18 de marççço de 1967o de 1967o de 1967
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Grandes acidentes do passado
15Junho-Julho de 1990
Recife (PE)67Maio de 1989Salvador (BA)
171Fevereiro de 1988Petrópolis (RJ)82Fevereiro de 1988Rio de Janeiro (RJ)931985Vitória (ES)35Abril de 1985Salvador (BA)23Março de 1985Rio de Janeiro (RJ)17Abril de 1984Salvador (BA)8Junho de 1983São Paulo (SP)
N.º DE MORTESDATALOCAL
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Grandes acidentes do passado
65 Dezembro de 2001/janeiro de 2002
Estado do Rio de Janeiro
13Fevereiro de 2000São Paulo (SP)
10Janeiro de 2000Campos de Jordão (SP)
13Janeiro de 1997Ouro Preto (MG)
42Abril de 1996Recife (PE)
59Fevereiro de 1996Rio de Janeiro (RJ)
58Junho de 1995Salvador (BA)
36Março de 1992Contagem (MG)
14Outubro de 1990Blumenau (SC)
N.º DE MORTESDATALOCAL
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Pequenos acidentes que nãosaem nos jornais
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O que despertou a “percepção” do risco?
• Constituição Federal de 1988 - novas atribuições e reordenamentos da gestão nos níveis estaduais e municipais
• Importantes contribuições do meio técnico-científicopara o melhor entendimento do ambiente físico e das interferências antrópicas na revisão e elaboração das Constituições Estaduais, Leis Orgânicas Municipais e Planos Diretores
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O que despertou a “percepção” do risco?
• A emergência ou explicitação da “crise urbana”• A ocorrência de grandes e/ou frequentes acidentes
e sua inclusão no conjunto de problemas da “criseurbana”
• A associação dos acidentes à precariedade (de planejamento urbanístico, de infra-estrutura básica, de serviços públicos) e à exclusão social e espacialdos ambientes onde ocorrem estes acidentes
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O que despertou a “percepção” do risco?
Experiências pioneiras e localizadas de gestão de riscourbano associado a escorregamentos
IPT-IG- Plano Preventivo de Defesa Civil para Cubatão, Baixada Santista e Litoral Norte (MACEDO et al., 1999)
GEO-RIO – Cartografia de risco / Alerta Rio/ Obras(AMARAL, 1996)
Recife – “ação integrada contra riscos geológicos em morrosurbanos” (GUSMÃO FILHO, 1995; ALHEIROS, 1998)
Belo Horizonte – Plano Estrutural de Áreas de Risco(CARVALHO, 1996; URBEL)
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O que despertou a “percepção” do risco?
Experiências pioneiras e localizadas de gestão de risco urbano associado a escorregamentos:
• Grupo de Morros – Administração Regional dos Morros de Santos (NOGUEIRA, 2002)
• Mapeamento de riscos das favelas em SP (CERRI & CARVALHO , 1990)
• Plano Integrado de Engenharia Ambiental em Juizde Fora, MG (MATTES et al., 1986)
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O que despertou a “percepção” do risco?
Inclusão da temática nos eventos técnicos-científicos• Primeiro Simpósio Latino Americano sobre Risco Geológico Urbano (São Paulo, 1990); • Conferência sobre Defesa Civil, enfocando principalmente as grandes cidades, durante a ECO-URBs 92 • Seminário sobre problemas geológicos e geotécnicos da Região Metropolitana de São Paulo, em 1992;• Mesa redonda com o tema 'Redução de acidentes naturais', no 39.º Congresso da SBG (Salvador,
1996); • Primeira Jornada de Preparação das Comunidades Paulistas em relação aos Desastres Naturais, pelo
IEA-USP, em 1994. • Inclusão de tema 'catástrofes' na 46.º Reunião Anual da SBPC em 1994 (na 50. º Reunião Anual, em
Natal, RN, em 1998, também ocorreu um simpósio sobre desastres);• Encontros de Geologia Urbana (Guarulhos, 1994; Santos, 1996 e São Paulo, maio de 2000);• Presença da temática de riscos geológicos nos Congressos Brasileiros de Geologia de Engenharia
(Poços de Caldas, 1993; Rio de Janeiro, 1996 e São Pedro, 1999) e nas Conferências Brasileiras sobre Estabilidade de Encostas, 1 e 2 (Rio de Janeiro, 1992 e 1997);
• Seminário sobre “prevenção e controle dos efeitos dos temporais” no Rio de Janeiro, em 1997;• Produção de dissertações e teses acadêmicas, que se referem aos riscos geológicos, especialmente
escorregamentos.
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O que despertou a “percepção” do risco?
Década Internacional de Redução de DesastresNaturais – DIRDN
1. Conhecimento (identificação e análise) dos riscos2.Planejamento e implementação de intervenções
para redução dos riscos identificados3. Monitoramento permanente e prevenção de
acidentes, especialmente nos períodos chuvosos4. Informação pública e capacitação para prevenção e
autodefesa
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O Estatuto da CidadeLei federal n. º 10.257, de 10 de julho de 2001
“I - Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
IV. Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;
VI. Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar (...) a poluição e a degradação ambiental.
XIV. Regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; (...)
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Ministério das Cidades- 2003
Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários
Ação de Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários.
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Ministério das Cidades- 2003
Diagnóstico expedito da gestão de riscos em
encostas nos municípiosbrasileiros
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Resultados• Relação de 106 municípios brasileiros com
situações de risco significativo em encostas, agrupados em 3 graus relativos de suscetibilidade a acidentes em encostas
• Indicação de 22 municípios prioritários para ação imediata:
opinião de especialistascapitaisidentificação de vulnerabilidadeshistórico mais recente de ocorrências
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Os seminários nacionais
1° SEMINÁRIO NACIONAL DE CONTROLE DE RISCO EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS NAS ENCOSTAS URBANAS
24 a 27 de agosto de 2003 – Recife Palace Hotel – Recife – PE
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Os seminários nacionais
I SIBRADEN24 a 27 de agosto de 2003 – Recife Palace Hotel – Recife – PE
Florianópolis, 27 a 30 de setembro de 2004,
IPT-São Paulo – 11 e 12 de dezembro de 2003
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Ação de apoio a programas municipais de redução e erradicação de riscos- MCidades
• Planos municipais de redução de riscos (PMRR)
• Projetos de obras de contenção de encosta
• Capacitação de equipes municipais
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PMRR
• identificação e análise de riscos;
• o levantamento e análise da legislação urbana e ambiental incidente sobre as áreas estudadas e suas conseqüências nas propostas para redução dos riscos;
• a proposição de intervenções estruturais para redução dos riscos identificados;
• a estimativa de custos para cada uma das intervenções estruturais indicadas;
• a proposição de uma escala de prioridades para tais intervenções
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COTA 200- CUBATÃO
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OLARIA - CARAGUATATUBA
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PMRR
• a proposição de ações não estruturais para o gerenciamento dos riscos identificados;
• a identificação de fontes de recursos potenciais e de projetos compatíveis para implantação das intervenções prioritárias para redução de risco.
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PMRR
• . a sugestão de propostas estratégicas para a erradicação dos riscos estudados no município ;
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PMRR• Realização de audiência pública para
validação das propostas e pactuação das responsabilidades
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PMRR
Prefeitura de Caxias do SulRSPrefeitura de Rio de JaneiroRJPrefeitura de PetrópolisRJPrefeitura de NiteróiRJPrefeitura de São Lourenço da MataPEPrefeitura de RecifePEPrefeitura de PaulistaPEPrefeitura de OlindaPEPrefeitura de Jaboatão dos GuararapesPEPrefeitura de CamaragibePEPrefeitura de Cabo de Santo AgostinhoPEPrefeitura de Belo HorizonteMG
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PMRRPrefeitura de Santa MariaRSPrefeitura de CriciúmaSC
Prefeitura de FortalezaCEPrefeitura de IlhéusBAPrefeitura de MaceióALPrefeitura de São PauloSPPrefeitura de SantosSPPrefeitura de JacareíSPPrefeitura de GuarulhosSPPrefeitura de EmbuSPPrefeitura de Campos do JordãoSPPrefeitura de FlorianópolisSC
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PMRRPrefeitura de AracruzESPrefeitura de SerraESPrefeitura de VitóriaESPrefeitura de Contagem MG
Prefeitura de IgarassuPEPrefeitura de Santos DumontMGPrefeitura de SabaráMGPrefeitura de Nova LimaMGPrefeitura de MuriaéMGPrefeitura de MantenaMGPrefeitura de Juiz de ForaMGPrefeitura de Governador ValadaresMG
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PMRRPrefeitura de IpojucaPE
Prefeitura de Nova FriburgoRJ
Prefeitura de São GonçaloRJ
Prefeitura de TeresópolisRJ
Prefeitura de Volta RedondaRJ
Prefeitura de NatalRN
Prefeitura de Itapecerica da SerraSPPrefeitura de GuarujáSPPrefeitura de CubatãoSPPrefeitura de CaraguatatubaSPPrefeitura de Jaraguá do SulSCPrefeitura de BlumenauSC
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PMRR
Prefeitura de São Bernardo do CampoSPPrefeitura de OsascoSP
Prefeitura de JundiaíSP
Prefeitura de JandiraSP
Prefeitura de VianaES
Prefeitura de Taboão da SerraSPPrefeitura de SuzanoSPPrefeitura de São José dos CamposSP
Prefeitura de MesquitaRJ
Prefeitura de Belford RoxoRJ
Prefeitura de Ilha de ItamaracáPEPrefeitura de TimóteoMG
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PMRR
• Itaquaquecetuba e Francisco Morato (SP) – PMRR incluido no Plano Diretor
• Itaquaquecetuba (SP) - Abreu e Lima (PE) – PMRR com recursos próprios
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Capacitação
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Capacitação
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Problemas /oportunidades
• Déficit de profissionais especializados
• Multisetorialidade
• Necessidade de maior integração à gestão do ambiente urbano
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MESA 4 - Acidentes e desastres naturais VEYRET, Yvette (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007
• “ a crise ou a catástrofe deve ser gerenciada na urgência pelos serviços de socorro, no contexto de planos definidos de antemão, ao passo que o riscoexige ser integrado às escolhas de gestão e às políticas de organização dos territórios.”