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UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS UNIPAC DEPARTAMENTO DE PÓS-GRADUAÇÃO GESTÃO DA SAÚDE AMBIENTAL RILDO BARROS FERREIRA MAPA DE RISCOS DA USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE SÃO JOAQUIM DE BICAS BETIM–MG 2010

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  • UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTNIO CARLOS

    UNIPAC

    DEPARTAMENTO DE PS-GRADUAO

    GESTO DA SADE AMBIENTAL

    RILDO BARROS FERREIRA

    MAPA DE RISCOS DA USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE SO JOAQUIM DE BICAS

    BETIMMG

    2010

  • RILDO BARROS FERREIRA

    MAPA DE RISCOS DA USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE SO JOAQUIM DE BICAS

    Artigo apresentado Universidade Presidente Antnio Carlos - UNIPAC, como requisito para a obteno do ttulo de Ps-graduao em Gesto da Sade Ambiental Orientador: Leornado Gontijo

    BETIMMG

    2010

  • Ferreira, Rildo Barros F233m Mapa de Riscos da Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas / Rildo Barros Ferreira. Betim, 2010. 44 f. Orientadora: Prof. Ms. Leornado Gontijo

    Artigo (Ps- graduao em Gesto de Sade) Universidade Presidente Antnio Carlos,2010.

    1. Mapa de riscos. 2. Meio Ambiente. 3. Sade. 4. Usina de Triagem e Compostagem.

    CDD: 671.2

  • A DEUS, pela permisso de realizar um grande sonho e pela presena constante em toda os momentos da minha vida. A minha me Antonia Maria Lana Ferreira, meu pai: Jarbas Barros Ferreira, meu irmo, irms aos meus familiares e amigos.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeo primeiramente a Deus por ter me concedido vencer mais

    uma etapa to importante em minha vida e sempre esta do meu lado, porm sem

    ele eu no conseguiria. Por ter possibilitado a conciliao de estudo e trabalho,

    por me dar fora no cansao e sorrisos mesmo nas horas de tristezas. No seria

    possvel alcanar esse to sonhado objetivo sem sua presena em minha vida.

    A minha me Antonia Maria Lana Ferreira, que me deu a vida e me

    ensinou a viv-la com dignidade, amiga e companheira nos momentos alegres e

    de realizaes, que iluminou os caminhos obscuros com afeto e dedicao para

    que eu os trilhasse sem medo e cheia de esperanas, que se doou inteira e

    renunciou aos seus sonhos, para que, muitas vezes, pudesse realizar os meus,

    pela compreenso nos momentos difceis, por opo e amor, no bastaria dizer

    obrigada, no tenho palavras para agradecer tudo isso. Mas o que me acontece

    agora, quando procuro arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoo

    mpar. Uma emoo que jamais seria traduzida por palavras. Amo voc!

    Ao meu pai Jarbas Barros Ferreira que me ajudou muito nesta

    caminhada e que sempre esteve do meu lado me dando maior fora. Suas

    palavras, afetos, sorrisos, apoio e ensinamentos..Quantas vezes seus coraes se

    chocaram pela minha partida,e mesmo assim foram firmes. E chegado o

    momento, minhas mos esto frios, a face um pouco plido,pois tenho a certeza

    de que quando o meu nome for anunciado, as palmas mais fortes partiro de suas

    mos, como tambm sero suas lagrimas as mais verdadeiras. Nesta hora,

    reservo para vocs o abrao mais forte e caloroso e as palavras desajustadas que

    quero dizer; obrigado pelo sonho que realiza hoje. Obrigado pela lio de amor

    que me ensinaram durante toda minha vida.

    A minha famlia. Agradeo todos os dias por essa irmandade, por tudo

    que passamos juntos; pelo apoio, carinho, consolo e compreenso durante nossos

  • dias; pela ajuda fundamental nos momentos difceis; Obrigada por me amarem o

    suficiente para tolerar, encorajar e aplaudir minha vitria!

    Aos meus amigos, em especial, Divina Mrcia Martins, Joelma Liana

    Peres, Maria Das Dores Batista, e minha me Antonia Maria Lana Ferreira e meu

    pai Jarbas Barros Ferreira, por acreditarem em mim, pelo enorme carinho e afeto

    que demonstram, por me fazerem acreditar na minha capacidade me encorajando

    a alcanar o sucesso. A vocs, que compartilharam dos meus ideais e que tenho

    enorme carinho, me compreendem e me incentivam, mesmo que na distncia,

    obrigada!

    Aos professores, principalmente a nossa Coordenadora Gretynelle

    Rodrigues Bahia, Andria, pelo meu orientador e professor Leonardo Gontijo e

    Grasiella Caldas D.avilla e todos os outros professores que me ajudaram e a pelo

    esforo durante esses um ano e seis meses, pela vontade em querer nos ensinar,

    com dedicao, carinho e respeito. Marcas de cobrana, dificuldade e felicidade

    nesses longos anos de convivncia pela compreenso nos erros e felicitaes nos

    acertos, revelando assim os meus sinceros agradecimentos queles que me

    fizeram sorrir, chorar, tentar, aprender, sentir, viver, querer e crescer...

    Aos colegas, pelos diversos momentos que compartilhamos juntos,

    risos, trabalhos, projetos, apertos, festas, pela tima convivncia que tive com

    todos vocs durante essa fase to boa em minha vida, que para sempre ficar

    guardada no s na minha memria, mas no meu corao. Durante esse tempo

    fomos colegas, amigos e irmos. Teve dias de voltar a ser criana e j outros de

    at deixar transparecer a personalidade de adulto que quase sempre era oculta.

    Tornando-nos assim pessoas diferentes, mas, porm, sempre felizes. E agora s

    saudade. Obrigada por tudo!

    Ao Cristiano Silva de carvalho da Secretaria Municipal de Meio

    Ambiente de So Joaquim de Bicas MG. Eliane Salvador funcionria municipal

    de meio ambiente do municpio de so Joaquim de bicas - MG , Janio Jose Ribeiro

    gerente da usina de triagem e compostagem de lixo de so Joaquim de Bicas _

    MG e Antonio Carlos Resende prefeito de so Joaquim de Bicas por me

    conceder autorizao para que eu pudessem realizar este projeto na usina de

  • triagem e compostagem de lixo de so Joaquim de Bicas MG que pertencem a

    prefeitura

  • Os homens perdem a sade para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a sade. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por no viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

    (Dalai lama)

  • SUMRIO

    1 INTRODUO ............................................................... 3

    1.1 Tema ......................................................................... 3

    1.1.1 Justificativa .............................................................. 3 1.2 Referencial terico .................................................... 4 1.2.1 O trabalhador e a sua sade .................................... 4

    1.2.2 Sade e meio ambiente ............................................ 6

    1.2.3 A importncia das usinas de triagem e

    compostagem para o meio ambiente ........................ 7

    1.2.4 Mapa de risco ........................................................... 8

    1.3 Problematizao ....................................................... 11 1.4 Objetivos ................................................................. 11

    2 METODOLOGIA ........................................................... 13 2.1 Caracterizao do Empreendimento .................... 13 2.2 A pesquisa ............................................................. 15 3 RESULTADOS ......................................................... 19 Consideraes finais ...................................................... 40 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ................................. 42

  • RESUMO O Mapa de Riscos Ambientais um levantamento realizado no ambiente de trabalho. A anlise de riscos do ambiente de trabalho se d atravs de um conjunto de procedimentos com o intuito de estimar o potencial de danos sade ocasionados pela exposio de indivduos a agentes ambientais fornecendo dados importantes relativos sua sade, visando promover uma maior conscientizao dos mesmos quanto segurana e ao uso dos equipamentos de proteo individual. O estudo da usina de triagem e compostagem da cidade de So Joaquim de Bicas em Minas Gerais buscou trazer para o mbito da sade do trabalhador questionamentos relativos aos riscos ambientais a que esto expostos os trabalhadores em questo, assim como, realizar a representao grfica dos riscos existentes no local analisado. Atravs da avaliao de riscos foi possvel realizar um o diagnstico rpido e participativo, priorizando a identificao dos riscos pelos trabalhadores, que implicou em discusso coletiva sobre as fontes dos riscos, o ambiente de trabalho e as estratgias preventivas para reduzir os riscos identificados. Atravs da elaborao do mapa de risco ser permitido aos trabalhadores apreciarem a natureza dos riscos, assim como, o estmulo melhora constante do ambiente de trabalho.

    PALAVRAS-CHAVE: Mapa de riscos, meio ambiente, sade, usina de triagem e compostagem.

    ABSTRACT

    The Environmental Risk Map is a survey conducted in the workplace. The risk analysis of the working environment is provided through a set of procedures in order to estimate the potential damage to health caused by exposure of individuals to environmental agents by providing important data regarding their health, to promote greater awareness of these about the safety and use of personal protective equipment. The study of sorting and composting plant in So Joaquim of Bicas, Minas Gerais, sought to bring to the health worker's questions regarding the environmental hazards they are exposed to the workers concerned, as well as hold the graphic representation of the risks existing on-site examination. Through the risk assessment was possible a rapid diagnosis and participatory, emphasizing the identification of risk by employees, which resulted in collective discussion about the sources of risks, the work environment and preventive strategies to reduce identified risks. Through the preparation of the statement of risk to workers will be allowed to appreciate the nature of risks, as well as stimulating the constant improvement of working environment.

    KEYWORDS: Map of risk, environment, health, sorting and composting plant.

  • 3

    INTRODUO

    1.1 Tema

    Atualmente, as constantes campanhas, de esclarecimento, feitas pelos tcnicos

    do assunto, ocasionaram mudanas radicais, no trato com o lixo. Essas mudanas

    vm se refletindo positivamente, principalmente junto administrao pblica, que

    detm os servios de limpeza pblica. A medida de preservao do Meio

    Ambiente vem oportunamente, de encontro questo. As Usinas de Reciclagem e

    Compostagem de Lixo, surgiram, como, centrais de processamento intermedirio,

    do lixo domstico. Racionalizando o lixo coletado, triando e retirando os materiais,

    possveis de retornar, s fbricas, para a confeco de novas matrias primas; na

    parcela orgnica, dando utilizao apropriada, produo de adubo orgnico do

    lixo, para uso agrcola; simplificando pelo mtodo, o volume final de lixo.

    O tema sade do trabalhador tem sido recorrente nos estudos, pesquisas e

    intervenes em diversas categoriais profissionais com intuito de propor aes

    integradas e interdisciplinares visando sensibilizar a sociedade sobre a

    importncia das reflexes que envolvem o trabalho enquanto mantenedor da vida

    e da sade dos trabalhadores.

    E unindo a importncia ambiental sade dos trabalhadores da usina de Triagem

    e Compostagem de So Joaquim de Bicas, surgiu-se a necessidade de fazer o

    mapa de riscos visando conscientizao de todos os envolvidos no processo a ser

    mapeado. E neste contexto que se fez necessria a realizao deste trabalho

    cujo tema : Mapa de riscos da Usina de Triagem e Compostagem de So

    Joaquim de Bicas.

    1.1.1 Justificativa

  • 4

    O mapeamento de risco no Brasil surgiu atravs da portaria n. 05 de 20/0892,

    modificada pelas portarias n. 25 de 29/12/94 e portaria 08 de 23/02/99, tornando

    obrigatria a elaborao de Mapas de Risco pelas CIPAs NR 05- Item 5.16 com

    as atribuies de Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa

    de riscos, com a participao do maior nmero de trabalhadores (PONZETTO,

    2007). Segundo Saliba (2005), ficou assim criado o Mapa de risco, que se

    disseminou por todo o mundo, chegando ao Brasil no incio da dcada de 80.

    A anlise de risco do ambiente de trabalho se da atravs de um conjunto

    de procedimentos com o intuito de estimar o potencial de danos sade

    ocasionados pela exposio de indivduos a agentes ambientais. Tais avaliaes

    servem de subsdio para o controle e a preveno dessa exposio. Nos

    ambientes de trabalho, esses agentes podem estar relacionados aos processos de

    produo. Porm, mais importante que o resultado grfico do mapa de riscos o

    processo de participao e envolvimento dos trabalhadores em sua construo,

    podendo contribuir para avanos organizativos e educativos.

    Baseado nestas informaes, e nas dificuldades enfrentadas pela usina de

    triagem e compostagem de lixo de Catadores de Papel, Papelo e Materiais

    Reciclveis de So Joaquim de Bicas, este trabalho foi elaborado com o intuito de

    colaborar com a identificao dos riscos ambientais na empresa, elaborao do

    mapa de riscos ambientais e desenvolvimentos dos conhecimentos acadmicos.

    1.2 Referencial terico

    1.2.1 O trabalhador e a sua sade

    A segurana dos Trabalhadores deve sempre ser vista como um investimento a

    ser efetivamente revertido em melhoria da produtividade, satisfao, envolvimento

    e motivao dos colaboradores com a poltica de qualidade e os resultados da

    empresa. E segurana envolve a sade do mesmo. A Poltica Nacional de Sade

  • 5

    do Trabalhador visa reduo dos acidentes e doenas relacionadas ao trabalho,

    atravs de aes de promoo, reabilitao e vigilncia na rea de sade. Suas

    diretrizes compreendem a ateno integral sade, a articulao intra e

    intersetorial, a participao popular, o apoio a estudos e a capacitao de recursos

    humanos.

    A sade enquanto patrimnio do trabalhador condio essencial e fundamental

    para o convvio social, indissocivel do trabalho, ferramenta primeira no

    desenvolvimento das relaes de produo. Segundo Abreu (2000), a fora de

    trabalho humana por sua grandeza, poder criativo e transformador vem ao longo

    dos sculos, escrevendo captulos de lutas e mudanas na histria da

    humanidade e, nas complexas relaes com o modo de produo vigente com o

    Estado, bem como, na dominao e na libertao dos povos. A sade do

    trabalhador, para Lacaz (1996), configura um campo de conhecimentos e de

    prticas que tem como objetivo o estudo, a anlise e a interveno nas relaes

    entre trabalho e sade-doena, mediante propostas programticas desenvolvidas

    na rede de servios de sade pblica.

    O art. 7 XXII da Constituio Federal (1988), reconhece os direitos dos

    trabalhadores ressalta dentre os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a

    "reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meios de normas de sade, higiene

    e segurana". A portaria n 25 de 29.12.1994 da secretaria de segurana e sade

    no trabalho NR-9 estabelece a obrigatoriedade de identificar os riscos sade

    humana no ambiente de trabalho, atribuindo s Comisses Internas de Preveno

    de Acidentes (CIPA) a responsabilidade pela elaborao de mapas de riscos

    ambientais (PONZENTTO, 2002).

    A histria mostra que o trabalho sempre esteve ligado ao homem desde os mais

    longnquos tempos. A origem do trabalho deu-se quando os senhores, aqueles

    que detinham melhores condies socioeconmicas, viram em outros

    trabalhadores que poderiam atender as suas necessidades bsicas. Isso ocorreu

  • 6

    ao longo dos sculos, e o tempo ao se cristalizar registrou inimaginveis tipos de

    trabalho.

    Vale aqui ressaltar a estreita relao existente entre a Sade do Trabalhador e a

    sade ambiental, que so freqentemente tratadas como campos diferentes. O elo

    que os une justamente a relao entre processo de produo e consumo. De

    acordo com Tambellini e Arouca (1998), foi o desenvolvimento do campo da

    Sade do Trabalhador que abriu caminho para a incorporao do campo da sade

    ambiental moderna. Portanto, quando se fala das repercusses dos processos

    produtivos sobre o ambiente, no se pode esquecer que esses mesmos processos

    produtivos que prejudicam a sade da populao em geral tm conseqncias

    mais graves ainda para a sade dos trabalhadores diretamente envolvidos.

    1.2.2 Sade e meio ambiente

    O sistema jurdico brasileiro contempla a relao entre meio ambiente e sade. O

    artigo 225, da Constituio Federal do Brasil, estipula que: "Todos tm direito ao

    meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

    essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade

    o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes".

    Observa-se que o dispositivo em foco categrico ao afirmar que o meio

    ambiente ecologicamente equilibrado essencial prpria sade.

    Na sade e no meio ambiente o bem jurdico tutelado a vida. A vida em sua

    plenitude, sob todas as suas formas. Nesses campos, quase impossvel tratar de

    um assunto sem interrelacion-lo com o outro, tal a interdependncia da sade e

    do meio ambiente. O art. 6 do Projeto de Lei n. 6.952/2002 dispe sobre os

    Sistemas Nacionais de Epidemiologia, de Sade Ambiental e de Sade Indgena,

    cria a Agncia Federal de Preveno e Controle de Doenas, conceitua sade

    ambiental como o conhecimento, a preveno e o controle dos processos,

    influncias e fatores fsicos, qumicos e biolgicos que exeram ou possam

  • 7

    exercer, direta ou indiretamente, efeitos sobre a sade humana, em especial,

    naqueles relacionados com saneamento, contaminantes ambientais, melhorias

    habitacionais, qualidade da gua para consumo humano, desastres naturais e

    acidentes com produtos perigosos, vetores, reservatrios e hospedeiros e animais

    peonhentos. Atravs deste projeto de Lei afirmam-se mais uma vez a

    importncia do trabalho das usinas de reciclagem bem como fazer o mapa de

    riscos para que seja assegurado aos trabalhadores locais o direito sade plena.

    1.2.3 A importncia das usinas de triagem e compostagem

    para o meio ambiente

    Aps a II Guerra Mundial, o crescimento industrial do mundo fez aumentar no s

    a poluio ambiental, mas tambm a conscincia da sociedade para com o

    problema. inquestionvel que tal problema tenha um carter global, pois nem

    sempre as solues domsticas so suficientes. As preocupaes com o meio

    ambiente se devem s intervenes do homem na natureza, que ocorreu a partir

    da revoluo industrial.

    Entre as questes ambientais mais preocupantes est o lixo. O lixo um dos

    principais problemas que afetam os ambientes urbanos. A soluo encontrada

    consta de uma usina de triagem e compostagem de lixo, que separa todo o

    material inorgnico (papel, plstico, metais, vidros) do material orgnico,

    produzindo adubo ou composto orgnico.

    O tratamento e a destinao final dos resduos slidos urbanos sempre foi uma

    preocupao dos municpios e principalmente das organizaes governamentais e

    no governamentais ligadas rea de saneamento ambiental. Na maioria dos

    municpios brasileiros de pequeno porte a administrao se limita a varrer os

    logradouros e recolher o lixo domiciliar de forma nem sempre regular depositando-

    o em locais afastados da vista da populao sem maiores cuidados sanitrios.

    Essa situao provocada ou pela falta de conscincia das autoridades

    municipais com a problemtica do lixo urbano ou pelas dificuldades financeiras

  • 8

    que impedem a aquisio de equipamentos necessrios e disponveis no mercado

    para coleta, transporte e destinao final dos resduos slidos.

    Levantamentos realizados em usinas de triagem e compostagem de resduos

    slidos apontam que em mdia, depois de devidamente processado, chega-se a

    uma produo de composto orgnico da ordem de 40% da quantidade inicial de

    lixo chegada a usina. certo que a composio do lixo varia de municpio para

    municpio, porm se uma parte desse lixo for utilizada em produo de composto

    orgnico e outra reciclada em indstrias de papel, metal, plstico e vidro, o volume

    final com destino a aterros sanitrios ser bastante reduzido. (DAlmeida,2000).

    Tambm, de acordo com Silva (2000), a compostagem tem como funo eliminar

    metade do problema dos resduos slidos urbanos, dando um destino til aos

    resduos orgnicos, evitando a sua acumulao em aterro e melhorando a

    estrutura do solo, devolvendo a terra os nutrientes de que necessita, aumentando

    a sua capacidade de reteno de gua, permitindo o controle da eroso e evitando

    o uso de fertilizantes sintticos.

    Em geral, os processos de funcionamento de uma usina de triagem e

    compostagem so bem simples, constando basicamente das seguintes etapas:

    O lixo depositado por um caminho basculante na caixa de entrada; o

    mesmo cai numa esteira rolante, da qual equipados com luvas e aventais

    os operrios retiram manualmente todos os elementos reciclveis

    inorgnicos;

    Contendo apenas material orgnico no fim da esteira, o lixo dilacerado e

    empilhado em montes, onde sofrer um processo de fermentao aerbica

    por 60 a 90 dias, aps o que se transforma em composto orgnico pronto

    para ser utilizado como corretivo de solo.

    1.2.4 Mapa de risco

    O mapa um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das

    empresas. Trata-se de identificar situaes e locais potencialmente perigosos. A

  • 9

    partir de uma planta baixa de cada seo so levantados todos os tipos de riscos,

    classificando-os por grau de perigo: pequeno, mdio e grande.

    Estes tipos so agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho,

    verde, marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente:

    qumico, fsico, biolgico, ergonmico e mecnico. A forma de representao do

    Mapa de risco atravs de crculos de cores com tamanhos proporcionalmente

    diferentes (risco pequeno, mdio e grande) em cores correspondentes a cada tipo

    de risco existente no local, reunindo as informaes necessrias para estabelecer

    o diagnostico da situao de segurana no trabalho; conforme a NR-5, sobre o

    Layout da empresa e afixado em local visvel a todos os trabalhadores, conforme a

    figura 1 abaixo:

    FIGURA 1: Representao do mapa de Risco de crculos com tamanhos proporcionalmente diferentes (riscos pequeno, mdio e grande) em cores correspondentes a cada tipo de risco existente. Fonte: FUNDACENTRO:1999

    FSICO

    QUMICO

    ERGONMICO

    BIOLGICO

    MECNICO/ACIDENTE

    PEQUENO RISCO

    MDIO RISCO

    GRANDE RISCO

  • 10

    Para mapear os riscos em uma determinada empresa devem-se seguir os

    seguintes critrios, de acordo com a Fundacentro (1999):

    FIGURA 2: Como fazer mapa de riscos

    Fonte: FUNDACENTRO:1999

    necessrio que o Mapa de Risco seja bem elaborado, envolvendo o mximo os

    trabalhadores, para que eles saibam do seu objetivo, aplicabilidade e

    principalmente possam entend-lo, alm de ser afixado em local bem visvel, na

    empresa (PONZETTO,2007). A importncia de se fazer o mapa de riscos que

    ele propicia o conhecimento dos riscos que pode estar sujeitos os trabalhadores,

    fornecendo dados importantes relativos sua sade, relacionado ao ambiente de

    trabalho, com isso h uma maior conscientizao quanto segurana e ao uso

    dos EPIs. Os mapas de riscos possuem ainda informaes com o nmero de

    trabalhadores expostos ao risco e especificao do agente.

    1

    Conhecer os setores/sees da empresa: O que e como produz. Para quem e quanto produz (direito de saber).

    2

    Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de produo).

    3

    Listar todas as matrias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de alimentao das mquinas etc.) envolvidos no processo produtivo.

    4

    Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por. Deve-se julgar importante qualquer informao do trabalhador.

  • 11

    1.2.5 Problematizao

    A segurana dos Trabalhadores deve sempre ser vista como um investimento a

    ser efetivamente revertido em melhoria da produtividade, satisfao, envolvimento

    e motivao dos colaboradores com a poltica de qualidade e os resultados da

    empresa.

    Atravs de visitaes na usina de triagem e compostagem de So Joaquim de

    Bicas, localizada Municipal n 1500, no bairro Estncia Serra Verde, pode-se

    observar que h a necessidade de mapear os riscos com certa urgncia. Baseado

    nas observaes e informaes, e nas dificuldades enfrentadas pela para a usina

    de triagem e compostagem de lixo de So Joaquim De Bicas, este trabalho foi

    elaborado com o intuito de colaborar com a identificao dos riscos ambientais na

    empresa, elaborando o mapa de riscos ambientais vislumbrando tambm o

    desenvolvimento dos conhecimentos acadmicos.

    1.3 Objetivos

    Objetivo Geral

    Elaborar o Mapa de Risco da para a usina de triagem e compostagem

    de lixo de So Joaquim De Bicas.

    Objetivos Especficos:

    Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a

    classificao especifica dos riscos ambientais;

    Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficcia;

    Identificar as queixas mais freqentes e comuns entre os trabalhadores

    expostos aos mesmos riscos;

    Promover a informao dos trabalhadores atravs da fcil visualizao

    dos riscos existentes na empresa;

  • 12

    Possibilitar, durante a sua elaborao, a troca e divulgao de

    informaes entre os trabalhadores,

    Sugerir as medidas mitigadoras para a usina de triagem e

    compostagem de So Joaquim de Bicas.

  • 13

    2 METODOLOGIA

    Esta pesquisa pode ser classificada como estudo de caso pelas suas

    caractersticas em relao explorao do tema de forma cientfica, adotando

    mtodos e tcnicas de pesquisa pr-existentes. Na fase exploratria foi realizada

    busca em bibliotecas, pesquisas atravs da internet, bem como consulta a bancos

    de teses de mestrado e doutorado, leitura de publicaes, livros e artigos em

    revistas especializadas. A abordagem do problema a de pesquisa qualitativa, na

    qual, segundo Mays e Pope (1995) busca responder a questes particulares tipo

    como e por que que so caractersticas de estudos de caso. Consideram-se

    para este artigo, apoiado no mtodo de estudo de caso, quatro grandes etapas

    que deram sustentao aos resultados.

    A primeira etapa a exploratria, foram observados e detectados os

    problemas, os atores, as capacidades de ao e os tipos de aes

    possveis.

    A segunda etapa foram utilizados diversos instrumentos de coleta de

    dados que posteriormente foram discutidos e progressivamente

    interpretados.

    A terceira etapa, a de ao consiste em difundir os resultados, definir

    objetivos alcanveis por meio de aes concretas atravs da

    exposio do mapa de riscos.

    A quarta etapa a de avaliao tem por objetivos: observar, redirecionar

    o que realmente acontece e resgatar o conhecimento produzido no

    decorrer do processo.

    2.1 Caracterizao do Empreendimento

  • 14

    Criada em 2001, a Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas- MG,

    baseia-se na disposio final de resduos slidos urbanos e reciclagem de materiais

    slidos estimada em 10,3 ton/dia, est localizada no municpio de So Joaquim De

    Bicas, gerando trabalho, a princpio, a cidados que tiravam seu sustento de lixes. A

    Infra-estrutura composta de um galpo de triagem de 252m2 um anexo com 115m2

    para separao dos materiais reciclveis, que so recolhidos por trs caminhes nos

    diversos bairros da cidade de So Joaquim de Bicas em parceria com a prefeitura. Nos

    galpes, esto localizadas, alm dos setores de recebimento de materiais, silo, esteira

    separadora, prensas hidrulicas e rea de deposito de materiais, a rea administrativa

    com escritrio, vestirios, refeitrio e cozinha (figura 3):

    FIGURA 3: Planta da Usina de Triagem e Reciclagem de So Joaquim de Bicas

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

  • 15

    Atualmente a renda gerada utilizada para manter alguns gastos com a prpria usina.

    2.2 A pesquisa

    A pesquisa foi realizada na usina de triagem e compostagem de lixo de So Joaquim

    De Bicas - no dia 01/02/2010 a partir de observaes, levantamento de riscos

    ambientais e pesquisa bibliogrfica com o objetivo de elaborar o Mapa de Riscos

    Ambientais do local.

    Para elaborao do Mapa de Riscos da usina de triagem e compostagem de lixo So

    Joaquim De Bicas foi utilizado avaliao Qualitativa baseada em relatos dos

    trabalhadores, conhecimento especfico dos ambientes de trabalho, experincias

    profissionais e tempo de servio.

    As etapas de elaborao do Mapa de Riscos envolvem seis tpicos, que vo desde o

    conhecimento do processo de trabalho nos locais analisados, identificao dos riscos

    existentes, enumerao das medidas preventivas, acesso aos levantamentos j

    realizados e a elaborao final em si do mapa de Riscos sobre a planta bsica da usina

    de triagem e compostagem de lixo de So Joaquim de Bicas

    A avaliao qualitativa no utiliza instrumentos cientficos em sua elaborao,

    baseada em relatos pessoais, conhecimentos especficos dos ambientes de trabalho,

    experincias profissionais e ambiental, tempo de casa etc. (PONZETTO,2007).

    As informaes da pesquisa foram obtidas em entrevistas realizadas no dia 01 de

    fevereiro de 2010 na usina de triagem e compostagem de lixo So Joaquim De Bicas,

    com 86 trabalhadores. Em relao faixa etria, 24 trabalhadores apresentaram idade

    entre 18 e 25 anos, 36 possuem entre 26 e 40 anos, 4 possuem entre 41 e 45 anos, 12

    possuem entre 46 e 55 e acima de 55 anos possuem dez pessoas (grfico 1).

  • 16

    GRFICO 1: Faixa etria dos funcionrios da usina de triagem e reciclagem de So Joaquim de Bicas Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    J o tempo de permanncia no servio conforme mostra o grfico 2, a maioria possui

    acima de 5 anos de trabalho na usina de triagem e compostagem entre eles 41 so

    efetivos e 45 so contatados:

    GRFICO 2: Tempo de servio na usina de triagem e compostagem de So Joaquim de Bicas Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    05

    10152025303540

    Entre 18 e 25 anos

    Entre 26 e 40 anos

    Entre 41 e 45 anos

    Entre 46 e 55 anos

    Acima de 55 anos

    Idade dos Funcionrios

    05

    1015202530354045

    At 1 ano De 1,1 a 3 anos

    De 3,1 a 5 anos

    De 5,1 a 10 anos

    Tempo de servio na Usina

    Tempo de servio na Usina

  • 17

    Quanto escolaridade a maioria dos entrevistados possui ensino fundamental

    incompleto, conforme mostrado no grfico 3.

    GRFICO 3: Grau de escolaridade dos funcionrios da usina de triagem e compostagem de So Joaquim de Bicas Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Alm disso, foi relatada a falta de unio, desorganizao do local de trabalho, baixa

    produo devido inexistncia de alguns equipamentos, falta de EPIs e tarefas

    repetitivas, como descritas no grfico 4.

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    Ens. Fund. incompleto

    Ens. Fund. completo

    Ens. Mdio incompleto

    Ens. Mdio completo

    Grau de Escolaridade

    Grau de Escolaridade

  • 18

    GRFICO 4: Maiores dificuldades encontradas pelos funcionrios no ambiente de trabalho

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Quanto ao horrio de funcionamento, a usina trabalha de 7 s 21 horas. Em cada turno

    trabalham exatamente metade dos funcionrios conforme detalha o grfico 5. Pode-se

    observar que por duas horas todos os funcionrios da usina de triagem e compostagem

    de So Joaquim de Bicas se encontram no ambiente de trabalho. Segundo a pesquisa

    realizada este tempo seria o horrio de pico da usina necessitando, portanto maior

    nmero de funcionrios para seu bom andamento e funcionamento.

    05

    1015202530354045

    Relato dos funcionrios sobre as maiores dificuldades no ambiente de trabalho

    Relato dos funcionrios sobre as maiores dificuldades no ambiente de trabalho

  • 19

    GRFICO 5: Horrio de funcionamento e diviso de funcionrios em cada turno

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    05

    101520253035404550

    Trabalham de 7 s 15 horas

    Trabalham das 13 s 21 horas

    Horrio de trabalho e funcionamento da usina

    Horrio de trabalho e funcionamento da usina

  • 20

    3 RESULTADOS

    Foram registradas algumas fotos com relao ao trabalho, segurana e sade dos

    funcionrios conforme fotos abaixo:

    FIGURA 4: Administrao da Usina de triagem e compostagem de So Joaquim de Bicas

    Fonte: Usina e Triagem e Compostagem. Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 21

    FIGURA 5: Vista geral da usina de triagem e compostagem

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    Segundo Homma (2000), os resduos slidos urbanos nas ltimas dcadas, tm sido

    estudados no sentido de se obter tcnicas mais eficientes e seguras de disp-lo no

    ambientes ou torn-lo novamente til.

    De acordo com Bley Jr. (2001), nos domiclios onde normalmente os resduos orgnicos

    so misturados a plsticos, vidros e outros materiais que contribuem para a sua

    contaminao, outras fontes geradoras de resduos orgnicos ocorrem no meio urbano.

    So exemplos os restos vegetais gerados em podas, capinas e roadas, os resduos de

    centrais de abastecimento, cozinhas industriais, restaurantes, agroindstrias entre

    outras que na maioria das vezes, se diferem dos resduos slidos domiciliares por

    serem materiais homogneos reconhecidos como resduos orgnicos limpos.

    Segundo D Almeida (2000), 40% do da quantidade de lixo que chega em uma usina

    aps devidamente processado chega a um composto orgnico.

    Porm, na FIGURA 5 podem-se observar algumas falhas: sacos expostos a sol e chuva

    sendo ambiente propcio para foco de larvas do mosquito transmissor da dengue Aedes

  • 22

    aegypti. Alm do citado nota-se tambm que o galpo de triagem necessita de maior

    metragem uma vez que parte do material tambm se encontra exposto.

    Percebe-se na FIGURA 6 que dois funcionrios esto no local de recebimento do lixo

    sem luvas e mscaras.

    FIGURA 6: Recebimento

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    O lixo responsvel por um dos mais graves problemas ambientais. Seu volume

    enorme e vem aumentando intensa e progressivamente, principalmente nos grandes

    centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes. Segundo Lima (1995), a maior

    parte dos municpios brasileiros (cerca de 76% deles), o lixo simplesmente jogado no

    solo, sem qualquer cuidado, formando os lixes, altamente prejudiciais sade

    pblica. O lixo acumulado potencialmente um transmissor de doenas por vias

    indiretas.

    As conseqncias da disposio inadequada do lixo no meio ambiente so a

  • 23

    proliferao de vetores de doenas (como ratos, baratas e micrbios), a

    contaminao de lenis subterrneos e do solo pelo chorume (lquido escuro,

    altamente txico, formado na decomposio dos resduos orgnicos do lixo) e a

    poluio do ar, causada pela fumaa proveniente da queima espontnea do lixo

    exposto.

    Em cidades onde o lixo tratado em aterros sanitrios, como So Joaquim de Bicas,

    pode-se ter uma idia da extenso do problema verificando-se que, para

    acomodar a quantidade enorme de lixo produzida todos os dias, mais de 10 toneladas,

    necessita-se de diminuir a quantidade de rejeitos aumentando a vida til da rea.

    Dentro deste quadro, a usina de triagem e compostagem torna-se uma soluo

    evitando tantas doenas e o acmulo de lixes pela cidade. Segundo o manual de

    segurana e medicina do trabalho (2009), o trabalho na usina de triagem e

    compostagem insalubre por expor o trabalhador a riscos de sade.

    FIGURA 7: Recebimento

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 24

    Na FIGURA 7 um funcionrio manipula uma enxada com a mo direita. Registra-se aqui

    a falta de dois equipamentos de proteo individual indispensveis: a luva e o capacete.

    Segundo o manual de segurana e medicina do trabalho (2009), o capacete serve para

    dar proteo contra impactos de objetos sobre o crnio. Este equipamento seria de

    extrema necessidade para os funcionrios que trabalham no recebimento do lixo uma

    vez que os mesmos auxiliam os motoristas de caminhes ao chegarem no local

    registrado acima inclusive auxiliam na retirada de lixo da caamba do trreo como

    mostra a FIGURA 8.

    FIGURA 8: Recebimento do lixo na usina.

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    O acondicionamento inadequado do lixo pode provocar acidentes e doenas graves nos

    coletores. Entre os riscos identificados no processo da coleta de lixo, destacam-se:

    mecnicos (cortes, ferimentos,perfuraes nas mos, atropelamentos, quedas graves),

    ergonmicos (esforo excessivo), biolgico (contato com agentes biolgicos

    patognicos), qumico (substncias qumicas txicas) e social (falta de treinamento para

  • 25

    o servio). Cada acidente de trabalho do coletor implica o seu afastamento, alm da

    diminuio do salrio e aumento de custo para a empresa.

    A queda de veculo, devido inadequao dos veculos para tal transporte, onde os

    trabalhadores so transportados dependurados no estribo traseiro, sem nenhuma

    proteo foi outro fator detectado durante a pesquisa como pode ser observado na

    FIGURA 8.

    FIGURA 9: Ptio de manobras

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    O piso dos ptios de manobras dos veculos coletores para descarga do lixo

    pavimentado com asfalto, para possibilitar as descargas com qualquer tipo de clima e

    para evitar a contaminao do solo no caso de acidentes com derramamento de

    resduos ou lquidos lixiviados.Porm, conforme a FIGURA 9 o ptio de manobras est

    com desgaste no asfalto necessitando de nova pavimentao para evitar uma possvel

    contaminao do solo.

    Obviamente, o veculo coletor de lixo utilizado deve ter capacidade (volumtrica e de

    carga) correspondente quantidade de lixo mximo a ser transportado. No entanto

  • 26

    conforme mostra a FIGURA 9, h um excesso de lixo no caminho que chega a usina

    para descarga. Este um fato que chama a ateno no somente pela segurana dos

    funcionrios dentro da usina de triagem e compostagem, mas tambm pela populao

    em geral que tem contado com este veculo nos logradouros da cidade. A medida

    corretiva portanto, seria de fazer duas viagens para maior segurana de todos.

    FIGURA 10: Cozinha/refeitrio

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010) A cozinha da usina faz uma diviso com o refeitrio. Nela foi encontrada instalao

    eltrica fora das normas de segurana como mostra a FIGURA 10 e 11. Outra

    irregularidade neste ambiente foi um guarda volumes totalmente aberto, com materiais

    sujeitos a incndios. As instalaes eltricas devem ser embutidas ou protegidas em

    tubulao externa.

  • 27

    FIGURA 11: Ventilador na cozinha/refeitrio com

    instalao eltrica inadequada.

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So

    Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    FIGURA 12: Cozinha/refeitrio

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 28

    A Norma Regulamentadora 24 (NR-24) do Ministrio do Trabalho recomenda copos

    individuais e o uso de bebedouros de jato inclinado no refeitrio do ambiente de

    trabalho. No refeitrio/cozinha da usina h a utilizao de um filtro com copo de plstico

    disponvel para os funcionrios.

    Vale ainda lembrar que, apesar da norma recomendar o mnimo necessrio para as

    instalaes, a empresa pode, incrementar o refeitrio, instalando, por exemplo, uma

    pequena geladeira para a melhor conservao das marmitas nos dias de calor como

    mostra a FIGURA 12.

    A pia para assepsia das mos deve conter sabonete lquido inodoro anti-sptico,

    toalhas de papel no reciclado ou outro meio seguro de secagem das mos e coletor de

    papel com tampa no acionada com as mos. No ambiente descrito no foram

    encontrados tais instrumentos como mostra a FIGURA 12.

    FIGURA 13: Escritrio

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de

    So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 29

    No escritrio mais uma vez foi detectado equipamento com instalao eltrica

    inadequada e ainda prxima a materiais de fcil propagao de incndios (FIGURA 13).

    FIGURA 14: Escritrio Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas. Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    FIGURA 15: Triagem

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010

  • 30

    Os trabalhadores diretamente envolvidos com os processos de manuseio, transporte e

    destinao final dos resduos, formam outra populao exposta. A exposio se d

    notadamente pelos riscos de acidentes de trabalho provocados pela ausncia de

    treinamento, pela falta de condies adequadas de trabalho (FIGURA 15). O desuso de

    mscaras neste ambiente pode levar a srios problemas de sade. De acordo com a

    NR-6, os equipamentos de Proteo Individual destinado a proteger a sade e

    integridade fsica do trabalhador. Os EPIs recomendados para as atividades a serem

    desenvolvidas so:

    - culos de segurana

    - capacete de segurana

    - luvas e ou mangas de proteo

    - calados de proteo contra riscos mecnicos

    - mscaras contra poeira

    - avental

    FIGURA 16: Triagem da usina Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    Pode-se observar que nenhum funcionrio da rea de triagem utiliza culos e nem

    mesmo capacete de segurana (FIGURA 16).

  • 31

    FIGURA 17: Baias de Separao

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    Na FIGURA 17 notvel certa desorganizao de materiais a serem prensados. No

    corredor, prximo aos sanitrios e vestirio h sustncia lquida no cho pondo em risco

    a segurana e sade do trabalhador.

  • 32

    FIGURA 18: Baias de separao

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    Nas baias de separao nota-se que nenhum trabalhador utiliza culos e capacete de

    segurana. possvel detectar tambm um trabalhador sem luvas. O uso rigoroso dos

    EPIs como mscaras, luvas, botas e uniformes, visa minimizar a possibilidade de

    contaminao e garantir a boa qualidade de trabalho. Sem os mesmos o trabalhador

    fica exposto aos perigos inerentes ao local de trabalho, podendo ter srios danos sua

    sade. Pode-se considerar que se trata de uma irresponsabilidade social, pois mesmo

    com equipamentos de proteo individual (EPIs), existem formas e maneiras

    tecnologicamente adequadas de evitar os riscos a que esto expostos os trabalhadores

    da usina.

  • 33

    FIGURA 19: Vestirio e bebedouro

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    comum encontrar pela usina meios de transportes que funcionrios utilizam para

    chegar at este local de trabalho. No h um local apropriado para que os mesmos

    possam deixar bicicletas por exemplo (FIGURA 19). Prximos ao bebedouro esto duas

    bicicletas que podem atrapalhar os funcionrios na sua hidratao.

    FIGURA 20: Prensagem e Armazenamento

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de

    Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 34

    FIGURA 21: Extintor

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So

    Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    A carga dos extintores possui validade conforme especificado pelo fabricante ou

    recarregador, no existindo, em normas, um prazo especfico. Tanto, os fabricantes,

    quanto as empresas que efetuam recargas, apem ao aparelho um selo, com data de

    validade da garantia dos servios. No extintor encontrado na usina no h nenhuma

    data de manuteno, data de fabricao etc.

    FIGURA 22: rea externa- pia

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 35

    Vrios materiais esto expostos a chuvas sem devida proteo (FIGURA 22).

    FIGURA 23: rea Externa Pia Caixa de Passagem

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    Capacetes encontrados abaixo da pia. H tambm o perigo da caixa de esgoto

    quebrada prximo a ela.

    FIGURA 24: Disjuntores eltricos- escada

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 36

    A funo principal do disjuntor que o mesmo simplesmente "desarma", interrompendo

    a corrente quando ela se torna perigosa. Pode-se observar a caixa de disjuntores

    aberta, prximo a uma rea de circulao intensa de funcionrios: a escada.

    FIGURA 25: Prensa

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    As recomendaes da NR-12 que visam estabelecer condies de segurana para

    assegurar a integridade fsica do trabalhador e diminuir os riscos de acidentes nos

    locais de trabalho determina que todas as mquinas devem ter protees para impedir

    o acesso as partes mveis cortantes ou no, como correias, motores, serras, prensas,

    etc. A norma, na usina de triagem e compostagem de So Joaquim de Bicas, tambm

    no respeitada (FIGURA 25 E 26).

  • 37

    FIGURA 26: Esmeril

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    Alm do perigo e falta de proteo da mquina, a instalao eltrica totalmente

    inadequada colocando em riscos de segurana e sade os funcionrios da usina

    (FIGURA 26). Na FIGURA abaixo h o perigo pelo escoamento de lquido em rea de

    circulao de trabalhadores.

    FIGURA 27: Ptio externo

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 38

    FIGURA 28: Aterro de rejeitos

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

    O perigo de focos de mosquitos transmissores de doenas foi detectado bastante

    facilidade conforme a FIGURA 28. No aterro de rejeitos vrios materiais esto expostos

    (FIGURA 29).

    FIGURA 29: Aterro de rejeitos

    Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas.

    Foto: Jefferson Alvarenga (01/02/2010)

  • 39

    A partir das entrevistas e registros observados, foram sugeridas as aes mitigadoras

    como reunies semanais, com educadores e psiclogos, para trabalhar e auto-estima e

    melhorar o relacionamento interpessoal, principal relato dos funcionrios, aquisio de

    equipamentos, para agilizar a prensagem de materiais reciclveis, evitando o acumulo

    dos mesmos no galpo, devido ao alto risco de incndio, aquisio de talha para

    carregamento e descarregamento de materiais reciclveis com o objetivo de otimizar a

    atividade e criao imediata de CIPA.

    A situao em que se encontra atualmente a usina de triagem e compostagem de lixo

    So Joaquim De Bicas preocupante, pois as condies do local so propicias a

    incndio, devido aos diversos tipos de materiais ali existentes de alta combusto como:

    papis, papelo, plstico, etc. H tambm a inexistncia de extintores de incndio

    devidamente datados instalaes eltricas irregulares, falta de treinamentos para

    trabalhadores, EPIs e proteo das prensas. Tudo isso colocam em risco a vida das

    pessoas na execuo das atividades.

    Foram diagnosticados no ambiente da usina de triagem e compostagem de lixo So

    Joaquim de Bicas vrios tipos de riscos ambientais tais como qumicos, fsicos,

    ergonmicos,mecnicos e biolgicos, como mostrado no quadro 1 abaixo e

    identificados no Mapa de Risco.

    QUADRO 1

    TIPO DE RISCO

    Qumico Fsico Biolgico Ergonmico Mecnico

    COR Vermelho Verde Marrom Amarelo Azul SETORES

    1- Entrada de Material

    Poeira - Vrus, Bactrias

    e suor

    Postura incorreta

    Incndio

    2- Esteira Poeira - Vrus, Bactrias

    e suor

    Postura incorreta

    Incndio

    3- Prensa Poeira Rudos, calor E frio

    Vrus, Bactrias

    e suor

    Postura incorreta

    Equipamento sem proteo

    e Postura

  • 40

    Incorreta 4- Sada de

    Materiais Poeira - Vrus,

    Bactrias e suor

    Postura incorreta

    Incndio

    5- Depsitos de Materiais

    Poeira Umidade Vrus, Bactrias

    e suor

    Postura incorreta

    Incndio

    6- Vestirio Poeira Umidade Vrus, Bactrias

    e suor

    Postura incorreta

    Incndio

    7- Refeitrio Poeira Umidade Vrus, Bactrias

    e suor

    Desconforto Incndio

    8- Cozinha Poeira - Vrus, Bactrias

    e suor

    M postura Incndio e choque eltrico

    9- Escritrio Poeira - - - Incndio Fonte: Usina de Triagem e Compostagem de So Joaquim de Bicas

  • 41

    Consideraes finais

    O Mapa de Riscos Ambientais elaborado para a usina de triagem e compostagem de

    lixo So Joaquim De Bicas identifica, informa e orienta trabalhadores e visitantes

    sobre os riscos existentes no local de trabalho, contribuindo para melhoria da sade,

    segurana e qualidade de vida de todos. As informaes e conhecimento dos riscos

    ambientais contidas no mapa fornecem dados importantes que ajudam na preveno

    de acidentes e de doenas do trabalho e na conscientizao quanto utilizao de

    EPIs.

    O Mapa de Risco dever ser implantado em cada setor e afixado em local de fcil

    visualizao para que todos sejam alertados sobre os perigos existentes naquela rea,

    estando cientes da necessidade de prudncia. As medidas mitigadoras devem ser

    implementadas, com a participao dos trabalhadores, visando complementar a

    minimizao dos riscos no ambiente de trabalho.

    Reunies entre os trabalhadores e coordenao devero ser realizadas no intuito de se

    discutir os pontos a serem alterados ou melhorados. Palestras, cartazes e informativos

    devero ser providenciados, visando conscientizao dos funcionrios a respeito de

    segurana e dinmicas em grupo podem ser incentivadas buscando desenvolver um

    melhor relacionamento entre o grupo de trabalho.

    Como medidas mitigadoras, para melhorar e minimizar os riscos no ambiente de

    trabalho atravs de fontes geradoras sugerido:

    Implementar um sistema de gesto organizacional e administrativo visando

    otimizao da produo e promovendo o melhoramento da distribuio de

    tarefas;

    Implantao imediata da Comisso Interna de Preveno de Acidentes

    (CIPA) e cumprindo da legislao (NR-5) visando preveno de acidentes e

    doenas decorrentes do trabalho;

  • 42

    Reunies semanais, com educadores e psiclogos, para trabalhar a auto-

    estima e melhorar o relacionamento inter-pessoal, principal relato dos

    associados;

    Implantao com urgncia do sistema de combate a incndio no local, devido

    grande quantidade de materiais inflamveis, com treinamento sobre para

    todos os trabalhadores;

    Reviso da parte eltrica em geral por se tratar de local propenso a

    incndios;

    Compra de Equipamentos de Proteo Individual (EPIs) indicados para cada

    funo, e conscientizao dos associados para a importncia da utilizao

    dos mesmos atravs de palestras, cartazes e informativos;

    Aplicao imediata do Mapa de Risco, com informaes detalhadas sobre o

    mesmo;

    Implantao imediata da proteo de segurana da prensa enfardadeira, com

    o objetivo de prevenir acidentes na sua operao;

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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