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5/12/2018 ManutencaoPreventivaSenai-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/manutencaopreventiva-senai 1/21 Operação e Manutenção de Cabine Primaria e Conceitos de Segurança, Sumário Introdução 02 Tipos de Subestações 02 Equipamentos 04 Ramal de Entrada 04 Pára-Raios 04 Disjuntores 05 Chaves Seccionadores 09 Transformador 10 Transformadores para Instrumentos 15 Instrumentos de Medição 19 Procedimentos de Segurança para Manobras 19 Programações para Manobras de Estações Primárias 19 Procedimento de Segurança em Manutenção Elétrica 22 Procedimento Prático para Manutenção de Cabine 24 Transformadores de Instrumentos (TC) e (TP) 27 Anexo Instrumentos de Ensaios 28 Ohmimetro 28 Megôhmetro 28 1TR " 29 Analisador de Potência (Doble) 29 Teste de Rigidez Dielétrica (Teste de Óleo) 29 NR 10- Instalações e Serviços em Eletricidade1 29 Primeiros Socorros " 34 Anexos 36 Bibliografia 37

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Operação e Manutenção de Cabine Primaria e Conceitos de Segurança,

Sumário

Introdução 02

Tipos de Subestações 02 Equipamentos 04Ramal de Entrada 04 Pára-Raios 04 Disjuntores 05Chaves Seccionadores 09 Transformador 10Transformadores para Instrumentos 15 Instrumentos de Medição 19Procedimentos de Segurança para Manobras 19Programações para Manobras de Estações Primárias 19 Procedimento deSegurança em Manutenção Elétrica 22 Procedimento Prático para Manutençãode Cabine 24 Transformadores de Instrumentos (TC) e (TP) 27Anexo Instrumentos de Ensaios 28 Ohmimetro 28 Megôhmetro 281TR " 29 Analisador de Potência (Doble) 29Teste de Rigidez Dielétrica (Teste de Óleo) 29

NR 10- Instalações e Serviços em Eletricidade1 29 Primeiros Socorros " 34Anexos 36 Bibliografia 37

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Introdução

Subestação é o local onde são reunidos conjuntos de equipamentos ecomponentes responsáveis pela operação e manobra de parte de um circuitoelétrico, possibilitando efetuar-se alteração na configuração e no valor de

tensão da transmissão, podendo-se elevar, Estação Elevadora de Tensão, ouabaixar, Estação Abaixadora de Tensão. Como exemplos de subestaçãopodemos citar as próximas as usinas geradoras, (estação elevadora), já que astensões de gerações são em torno de 12 a 20 kV e no entanto estes valoresprecisam ser elevados para 88, 138, 230, 440, 760 KV em função das perdasna transmissão. Temos ainda as ETT Estação Transformadora de Transmissãoque recebe tensão de transmissão e abaixa para 88/138 Kv, e distribui para as(Concessionárias) ETD Estação Transformadora de Distribuição, que abaixapara tensão de distribuição ex.: 3.8, 6.5, 13.8, 20, KV etc. (conforme aconcessionária), e para as estações as ETC Estações Transformadoras doConsumidor.

Estação primária do consumidor industrial é o conjunto de componentes daentrada consumidora em tensões acima de 88KV, compreendendo instalaçõeselétricas e civis, destinada a alojar a medição, proteção e a transformação.Este conjunto de componentes deve atender a demanda da empresa,analizando-se sempre a flexibilidade (modificações do sistema), acessibilidade,quanto a manutenção corretiva e preventiva, confiabilidade quanto à proteção ea operação, e segurança tanto para os equipamentos quanto para o pessoalenvolvido.

Tipos de subestaçõesPosto primário é o conjunto de componentes de entrada consumidora emtensão primária de distribuição, compreendendo instalações elétricas e civis,destinada a alojar a medição, proteção e facultativamente a transformação.Entrada do consumidor ponto de recebirnento da concessionária.

Secundária / distribuição ponto de derivação e distribuição (normamente demédia ou baixa tensão).

Tipos de Postos PrimáriosQuanto ao tipo os postos primários de média tensão podem ser classificados

de: Simplificado: Com previsão para demanda máxima final de 300 kVA, e comapenas um único transformador trifásico com potência máxima de 300 KVA. Amedição é efetuada na baixa tensão e a proteção geral das instalações, nolado de alta tensão; esta proteção pode ser através de fusível semnecessidade, portanto de relé. Elas podem ser internas, (abrigada emalvenaria), externas (ao tempo, em pontalete / plataforma), ou conjuntoblindado.

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Convencional: Quando a unidade consumidora tiver potência total instaladasuperior a 75 kW deve possuir medição do lado da alta tensão; a proteçãogeral através de disjuntor com desligamento automático, e acionamentoatravés de relés; Pode ser abrigada em alvenaria ou em conjunto blindado. Asentradas podem ser aéreas ou subterrâneas.

Equipamentos

Ramal de EntradaÉ o conjunto de condutores, com respectivos materiais necessários a suafixação e interligação elétrica do ponto de entrega aos terminais da subestaçãodo consumidor.

O ramal de entrada pode ser definido diferentemente, em função do tipo desubestação.

-Ramal de entrada aéreo:É aquele constituído de condutores nus suspensos em estruturas parainstalações aéreas.

-Ramal de entrada subterrâneo:É aquele constituído de condutores isolados instalados dentro de eletrodutodiretamente enterrado no solo.

Pára-Raios:É destinado a proteger os equipamentos de um circuito contra surtos de tensãotransitória provocado por descargas elétricas atmosféricas, e/ou eventos eanomalias.

Tipos:-Cabo pára-raio.-Pára-raio tipo haste reta (Franklin, Gaiola de faraday).-Pára-raio tipo válvula.

Situado acima dos condutores .de uma linha aérea o cabo pára-raio tem afinalidade de protegê-la contra descargas atmosféricas diretas e atenuar aindutância da linha.

Instalados nas partes mais altas das construções, o pára-raio tipo haste reta(Franklin) constituído por uma haste metálica reta mais captor, ou gaiola deFaraday; tem a função de proteger a instalação civil contra descargas elétricasatmosféricas.

Conectado a terra e em paralelo com o circuito, os pára-raios tipo válvula sãoos utilizados nas estações, com objetivo de proteger os equipamentos elétricosdo circuito. Com um tubo isolante que internamente possuí elementos deproteção, composto por cilindros metálicos (centelhadores), isolado entre si e oelemento zinco. Em condições normas isola alinha a terra.

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Ao receber um valor de tensão superior provocado por descargas elétricasatmosféricas ou eventual anomalia (surto de tensão), ele forma um caminho debaixa impedância a terra descarregando-se e protegendo os equipamentos docircuito.

DisjuntoresSão equipamentos destinados a interromper a corrente elétrica de um circuito,em condições normais ou anormais (sobrecorrente ou curto-circuito).

Tipos: Definimos um disjuntor pelo seu meio de extinção do arco elétrico.Qualquer que seja este meio deve-se analisar as seguintes situações: aumentorápido do arco elétrico, o resfriamento deste arco e o restabelecimento darigidez dielétrica. Estes fatores são fundamentais para a definição do tipo dodisjuntor, são eles: grande volume de óleo (GVO), pequeno volume de óleo(PVO), sopro magnético, vácuo, e gás.

Disjuntores a óleo: São disjuntores que utilizam óleo isolante como elemento deextinção do arco elétrico. Existem dois tipos de disjuntores a óleo, grande volume deóleo e pequeno volume de óleo; o que os diferencia são as quantidades do óleoutilizadas, o tamanho físico e alguns detalhes construtivos.

Disjuntores a sopro magnético: São disjuntores que utilizam um campomagnético e ar comprimido para a extinção do arco elétrico. Uma bobina éintroduzida no caminho do arco e como consequência limita a corrente elétrica,formando um campo eletromagnético, que com a ajuda de um sopro de ar comprimido (conseguida através do acionamento de um pistão), direciona oarco para dentro de uma câmara de amianto (câmara corta arco), onde omesmo é fracionado e extinto.

Disjuntores a vácuo: São disjuntores que utilizam o vácuo para a extinção doarco elétrico. Podemos dizer que este sistema é um dos mais econômicos emfunção de: No vácuo não há decomposição de gases, e as câmarashermeticamente fechadas sobre pressão eliminam o efeito do meio ambiente,mantendo o dielétrico permanente. Sem a queima e sem as oxidações doscontatos é garantida uma resistência de contato baixa, prolongando a vida útildo equipamento.

A câmara de extinção é um recipiente vedado de porcelana ou vidro vitrificado, comdois contatos internos que ao serem acionados fecham-se, auxiliados por doisfoles. Não é possível a manutenção destes contatos, e a duração controladadeles é em torno de vinte anos ou trinta mil operações (dependendo dofabricante).

Disjuntores a gás: São disjuntores que utilizam gás para a extinção de arcoelétrico. Geralmente este gás e o Hexafluoreto de Enxofre (SF6), um gás queem condições normais é altamente dielétrico, inerte, não inflamável, não tóxicoe inodoro, isto torna o disjuntor mais eficaz, já que não há desgaste doscontatos, diminuindo, assim, os custos com manutenção. Outro ponto

importante é com a característica dielétrica; o gás SF6 quando colocada em

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tubos sobre pressão diminui a distância entre as parte energizadas,compactando as estações e cubículos.

Acionamento dos disjuntores: Basicamente os disjuntores de media tensão são

acionados por meio de molas. Nesse sistema existe um motor que seencarrega de comprimir a mola de ligação, deixando o disjuntor em condiçõesde ser ligado, através do comando elétrico ou pelo ligar manual. Ao ligarmos odisjuntor, a mola de ligar descarrega, fechando o disjuntor e carregando a molade desligamento, deixando a mesma tencionada e em condições de desligar odisjuntor, bastando para isto, liberarmos sua trava (bico de papagaio), atravésdo comando elétrico ou trip mecânico.

Desta forma, todas as vezes que ligarmos um disjuntor, a mola dedesligamento se tencionará, deixando, portanto o disjuntor pronto para desligar.Já em alta tesão os disjuntores podem ter seus acionamento através de mola,

pneumático, hidráulico.

Controle: O disjuntor pode ser controlado de três maneiras distintas:manualmente, eletricamente e automaticamente. O controle manual é feito nopróprio disjuntor através do mecanismo de ligar ou desligar manual (devemosevitar este acionamento por questões de segurança). O desligar manualquando acionado, atua diretamente na trava de sustentação do bastão deacionamento, liberando em seguida e desligando o disjuntor. O controle elétricoé feito através de manopla ou botoeiras, podendo ser local (no cubículo oupróprio disjuntor), ou remoto (telecomando). O controle automático é realizadopor rei és de proteção. Uma vez operado o relé, teremos a energização dabobina de desligar, que por sua vez liberará amola de desligar forçando aabertura do contato do disjuntor.

Chaves SeccionadoresSão dispositivos destinados a realizar manobras de seccionar e isolar umcircuito elétrico sem cargas (sem corrente). Em condições normais e com seuscontatos fechados, elas devem ser capazes de manter a condução de suacorrente nominal, inclusive de curto-circuito, sem sobre-aquecimento.Basicamente o seccionador é uma extensão do condutor que se deslocaquando acionado abrindo e fechando, através dos contatos fixo e móvel.

Normalmente seu controle é manual, através de alavanca, bastão ou varão.

Os seccionadores podem ser: Tripolar comando único. Ccada faca é munidade um isolador, para a sustentação do contato fixo e outro para sustentação dobraço de acionamento (varão); um eixo rotativo, que quando acionado atravésda alavanca manual, bastão ou varão provoca o fechamento ou aberturasimultânea das três facas de contato móvel (em alta tensão elas podem ser com controle manual ou motorizado).

Temos ainda chaves faca unipolares (em media tensão). Nesta, a operação de

abertura e fechamento é realizada manualmente, através de um bastãoisolante sendo cada fase é acionada individualmente.

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Chave fusível (para media tensão). Também conhecida como Chave Mattews.Tais chaves executam tanto a função normal de comando sem carga, quanto ade proteção perante um curto-circuito, pela queima do elemento fusível, queem condições normais também faz a vez de contato móvel. A operação destachave é idêntica a da chave faca unipolar.

Já o Seccionador interruptor tripolar de media tensão, possui um dispositivodestinado a abrir e fechar um circuito sob carga; é projetado para ser instaladoem ambiente abrigado, ou seja, em cubiculos; o arco elétrico é extinto dentrode uma câmara e os contatos são acionados com o auxilio de molas paraacelerar a abertura e o fechamento.

Transformador É uma máquina estática que por meio de indução eletromagnética, transfereenergia elétrica de um circuito (primário), para outros circuitos (secundário e/outerceário), mantendo a mesma frequência, mas geralmente com valores de

tensões e correntes diferentes. Eles podem ser a óleo ou a seco. Quanto àclassificação os transformadores podem ser classificados de elevador, quandohá a elevação da tensão do enrolamento secundário em relação ao primário;abaixador, quando há a redução da tensão do enrolamento secundário emrelação ao enrolamento primário. Quanto aos tipos podem ser monofásicos outrifásicos. Quanto à ligação os transformadores podem ser ligados em estrela,triângulo (delta) ou zig-zag. Normalmente nas estações primárias, ostransformadores são trifásicos, abaixadores e suas ligações são em triângulo(enrolamento primário), estrela (enrolamento secundário).

Seus Principais Componentes são:Enrolamento, Bobinas(Primário e secundário) são condutores elétricos enrolados ordenadamentesobre um núcleo de ferro. O enrolamento primário está sempre conectado afonte de energia; já o enrolamento secundário é sempre conectado a carga esua fonte de energia é induzida do primário. Na pratica a relação detransformação depende exclusivamente do numero de espiras na bobinaprimaria (N1) e secundaria (N2).

NúcleoA importância do núcleo no transformador é grande, pois é através dele que flui

o fluxo magnético do enrolamento primário para o secundário. É composto dechapas de ferro-silicio isoladas sobrepostas uma sobre a outra formando umbloco de ferro concentrado. Tanto as bobinas como o núcleo, devem estar isoladas entre si, para isto são empregados papel, papelão e verniz, e para suasustentação, madeira; todo este material deve esta bem fixo e prensado paraevitar ruídos, vibração e alteração das características eletromagnéticas.

Óleo IsolanteEm geral os transformadores de média e alta tensão são imersos em óleoisolante, que tem a finalidade de proporcionar um meio isolante entre as parteenergizadas, e como transferência de calor do núcleo para o exterior do

tanque; os principais líquidos usados como meio isolante são, o ascarel, (hoje

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proibido seu uso, devido à agressão que o mesmo provoca ao meio ambiente),silicone e o óleo isolante mineral derivado do petróleo .

Tanque principalÉ através do tanque que o calor transferido do núcleo e do enrolamento através

do óleo isolante, é liberado. Os tanques são confeccionados em chapas deferro reforçados, já que sua função também é de sustentação da parte ativa dotransformador.

RadiadoresOs radiadores são fixados na parte externa do tanque, e tem como finalidadeajudar na refrigeração do óleo isolante, transferindo o calor para fora dotanque. São confeccionados em chapas, com paletas abertas em suasextremidades, o que possibilita o movimento do óleo em seu interior,recebendo o óleo com temperatura mais elevada na parte superior, eretomando o óleo com temperatura menor pela parte inferior .

Tanque de Expansão, (Balonete)O balonete é utilizado com a finalidade de compensar as variações do volumedo óleo no tanque, em decorrência da mudança de temperatura no interior dotransformador, em função da carga e a temperatura ambiente. Instalado naparte externa e no ponto mais alto do transformador, o balonete recebe ovolume de óleo após sua dilatação, e o libera após sua contração, ajudado pelodeslocamento do óleo, para o tanque, através de gravidade (geralmente ovolume do óleo no balonete deve ficar em torno de 25 a 50%  de suacapacidade).

Indicador de nível de óleoTem a finalidade de indicar o volume de óleo no interior do tanque. Pode ser instalado na extremidade do balonete ou no próprio tanque (quando otransformador não possuir balonete). Em transformadores com balonete o níveldo óleo vem acompanhado de um contato (tipo micro-chave), com finalidade desinalizar com alarme, caso o volume do óleo atinja ponto critico para aoperação do transformador .

Secador de Ar (Tubo de Silica-Gel)O ar que entra e sai do balonete, acompanhando as variações do volume de

óleo, passa pelo secador de ar, deixando nele a umidade. O ar que entra vemdo meio ambiente, traz consigo umidade e sujeira, e esta não deve chegar atéo óleo para não contaminá-lo, vindo a diminuir sua propriedade dielétrica. Osecador de ar é um tubo que vai até a parte superior do balonete, e com umaquantidade de cristais de silica-gel, que possui a propriedade de absolver aumidade. Quando em condições normais a silica-gel é de cor azul, após suasaturação, pela absorção da umidade, ela muda de cor, adquirindo a tonalidaderosa, podendo ser recuperada após ser aquecida em estufas. Já a sujeira, éretida em outro recipiente com óleo localizado na parte inferior do tubo.

Termômetro

Como já vimos, o transformador como máquina tende a sofrer aquecimentodurante seu funcionamento. Esta temperatura deve ser acompanhada e

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controlada para não provocar um desgaste maior nas partes internas domesmo. Como o óleo é um elemento de transmissão da temperatura no interior do transformador, este controle é feito através do termômetro de óleo. Otermômetro consiste de um bulbo contendo mercúrio, que ao sofrer aquecimento se expande através de um tubo capilar pressionando os ponteiros

que registram a temperatura. Normalmente no termômetro de temperatura doóleo existe um ponteiro para registrar a temperatura, outro com contato, paraacionar os ventiladores, (caso o transformador tenha refrigeração forçada).

Imagem Térmica (Termômetro do Enrolamento)É uma proteção contra alta temperatura nos enrolamentos do transformador. Como éno enrolamento que o processo de transformação da tensão acontece, também é lá oponto mais quente do equipamento, e o que mais rápido aquece (esta temperatura érelacionada à carga do transformador). É fundamental o controle desta temperatura, jáque quando ela atinge valores elevados deteriora o material isolante. O termômetroassim como o bulbo e o tubo capilar são idênticos ao de óleo; a diferença fundamental,

está no processo de medição desta temperatura. Como o custo da leitura direta é alto,opinou-se, pela leitura indireta através da relação carga/temperatura. É instalado umtransformador de corrente (TC) em série com o enrolamento principal dotransformador e seus terminas secundários estão ligados também em sériecom uma resistência; a resistência fica dentro de uma cuba com óleo. Com oaumento de carga no transformador, a corrente elétrica que circula noenrolamento tende a aumentar, aumentando também no TC, que por sua, vezaquecem a resistência e o óleo da cuba, dilatando o mercúrio do tubo capilar,provocando, portanto o deslocamento do ponteiro no termômetro. Quando estatemperatura atinge valores elevados, um contato é acionado emitindo alarmes,caso a temperatura persista em aumentar, o transformador é desligado através

de um outro contato, que aciona o sistema de proteção desligando o disjuntor eisolando o transformador.

Tubo de ExplosãoO tubo de explosão tem como finalidade proteger o transformador contra sobrepressões excessivas, que possam ocorrer no seu interior, devido à formaçãode um arco elétrico, ou queima de isolante; o tipo mais simples e mais utilizado,consiste de um tubo curvado, montado na tampa superior do transformador queao sofrer a pressão interna rompe uma membrana de vidro, vindo adespressurizar o tanque. Atualmente nos transformadores de alta tensão estestubos estão sendo substituídos por válvula de segurança (válvula de alivio).

Relé de Gás (Buchholz)É um dispositivo com a finalidade de proteger os transformadores imersos emóleo e com conservador (balonete), contra defeitos internos, que se fazemsentir por movimento brusco do óleo ou curto-circuito. Com o curto-circuito, háuma queima do material isolante dentro do transformador, gerando bolhas degases (algumas vezes inflamáveis). Localizado entre o tanque e o balonete, orelé é equipado com duas bóias (balancim) uma para registrar baixo epassageiro fluxo de gases ou ar, o qual aciona um alarme sonoro ou luminoso,a outra bóia quando acionada pelo alto e constante fluxo de gases ou ar,desliga o transformador através do disjuntor, isolando e evitando sua queima.

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Buchas, IsoladoresA função básica das buchas ou isoladores nos equipamentos elétricos éproporcionar um isolamento elétrico entre o condutor energizado e a carcaçado equipamento. Os materiais mais empregados na sua construção sãoporcelana e vidro. Quanto as característica podem ser: rígidos e de suspensão.

Quanto à forma eles são: isolador de pino, pedestal, suporte e de passagem.

Sistema De RefrigeraçãoPara evitar que a temperatura nos transformadores atinja valores perigosos aosisolamentos, utilizam-se processos de resfriamento, tais como: refrigeraçãonatural (ONAN), ventilação forçada (ONAF), circulação forçada do óleo(OFAF) e refrigeração à água (OFWF). Nos transformadores de médiatensão, os sistemas mais usados são: refrigeração natural, que é feita pelacirculação natural do óleo, que retira o calor do conjunto núcleo-bobina,transferindo-o ao meio ambiente. Este processo é chamado "liquido natural"(ONAN), e o transformador é classificado como transformador a banho de óleo,

ou auto-refrigeração. O outro sistema é a ventilação forçada e, nestes casos,existem ventiladores fixos nos radiadores, com a finalidade de aumentar acirculação do ar nesses radiadores, aumentando a transferência do calor doóleo para o exterior do tanque. Este processo é chamado "Líquido comventilação forçada” (ONAF), e o transformador é classificado comotransformador á banho de óleo, com resfriamento por ventilação.

Transformadores para InstrumentosSão transformadores especiais cuja finalidade é alimentar os aparelhos demedição (voltímetro, amperímetro, wattímetro, etc.), e proteção (relés). Sãotransformadores abaixadores de tensão (TP) e corrente (TC), os quais recebemtensão e corrente da rede e reduzem-nas para valores de leitura dosinstrumentos e alimentação dos relés. Estas tensões normalmente estão entre110, 120 ou 220 V. Os transformadores de corrente estão ligados em série coma rede, e seus valores secundários normalmente são de cinco amperes, já ostransformadores de potencial são ligados em paralelo com o circuito.

Noções de ProteçãoO objetivo básico da instalação de um sistema de proteção nos equipamentoselétricos, consiste em detectar os defeitos e isola-los o mais rápido possível,sem perturbar outros equipamentos não defeituosos.

Um bom sistema de proteção sempre esta coberto por outro sistema de apoio,Chamado de: proteção de retaguarda. Os sistemas elétricos exigemdispositivos de proteção com altíssimo grau de confiabilidade e precisão,chamados relés de proteção.

Toda a proteção deve prever os seguintes requisitos;Exatidão na operaçãoA proteção só deve atuar, de uma maneira definitiva, quando as condições dosistema que foram impostas para sua operação ocorrerem; fora disso elapermanece inativa e não deve ser afetada por condições perturbadoras.

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Seletividade de operaçãoA atuação da proteção só deve acontecer de modo a selecionar o equipamentoou a zona de proteção com anomalia isolando-os do resto do sistema sempertubar os outros equipamentos não defeituosos.

Sensibilidade de operaçãoA proteção deve atuar de modo a vizualizar a anomalia dentro das situaçõesinpostas (pre-definida) sem auteração de valores.

Rapidez de operaçãoO relé deve operar o mais rapidamente possível de modo a diminuir os danosque são causados pela permanência do defeito na rede circuito.

Relé de poteçãoA finalidade principal do relé é detectar uma anomalia (defeitos) e comandar os

dispositivos de proteção, desligando e isolando a área protegida. Os relés sãoajustados para valores nominais de tensão e corrente, sempre ligados a umtransformador de corrente (TC) ou de tensão (TP). Sua identificação é por numero que vai de 1 a 100. Os componentes internos do relé são: elementosensível, que percebe a grandeza a ser controlada; elemento de comparação,que compara a grandeza controlada, com o valor de ajuste; elemento decomando, que executa os comandos, ex. desarme do disjuntor, sinalização,etc.

Quanto a sua construção os relés podem ser:Eletromecâníco-Robustez:-Simplicidade construtiva para funções simples;-Durabilidade (40 a 50 anos);-Baixo custo de aquisição;-Impossibilidade de auto-diagnóstico;-Alto custo de manutenção;-Dificuldade construtiva para funções mais complexas.

Estático-Bons recursos para funções mais complexas;

-Baixo tempo de operação e rearme;-Baixo custo de manutenção;-Maior fragilidade ao meio ambiente;-Ausência de auto-diagnóstico;-Maior custo de aquisição.

Microprocessados-Baixo custo de manutenção;-Auto-diagnóstico;-Bom desempenho global;-Recursos para otimização, interface e serial/paralelo;

-Menor dimensão;-Maior fragilidade.

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Ação direta-Robustez;-Simplicidade construtiva para funções simples;-Baixo custo de aquisição;-Impossibilidade de auto-diagnóstico;

-Alto custo de manutenção

Sobrecorrente PrimárioSeu principio de funcionamento acontece em função de um campoeletromagnético criado pela corrente que circula na bobina localizada no polodo disjuntor .Quando circula uma corrente alta pela bobina haverá atração do núcleo comintencidade suficiente para movimentar o mecanismo de desligar o disjuntor. Fluidodinâmico (Relé de ação direta com retardo)-Robustez;

-Simplicidade construtiva para funções simples;-Baixo custo de aquisição;-Impossibilidade de auto-diagnóstico;-Alto custo de manutenção;-Dificuldade construtiva para funções mais complexas;-Baixa exatidão.Sua atuação é idêntica a o relé acima, (Sobrecorrente Primário) usando fluidoou liquido para retardo em função do pico de corrente no momento de ligar odisjuntor.

Quanto a classificação e tempo de atuação, são instantâneos quando circulauma corrente suficiente na bobina, e seus contatos fecham rapidamente eautomaticamente. Temporizado, neste o fechamento dos contatos é feitoatravés do sistema indutivo que aciona um relógio ou um disco, fazendo girar efechando os contatos (quando eletromecânico). Nos relés microprocessados acontagem do tempo é feita por meio de um timer .

Nota: Atualmente é vedada sua utilização (sobrecorrente primário efluidodinamico) em projetos novos ou reformas, conforme NBR 14039.

Nas estações primárias, os principais relés são:50 -Relé de sobrecorrente instantâneo. Opera instantaneamente para umacorrente acima de um valor predeterminado;51 -Relé de sobrecorrente temporizado em circuito de CA. Opera com umacaracterística de tempo definida ou uma característica de tempo inverso,quando a corrente ultrapassa o pré-fixado em circuito de corrente alternada;27 -Relé de Subtensão. Opera para um dado valor de tensâo abaixo daquelepredeterminado;49- Relé térmico para máquina ou transformador. Opera quando a temperaturaexcede um valor pré-determinado;26 -Relé térmico. Opera para um dado valor de temperatura acima daquele

pré-determinado.

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63 -Relé de pressão de líquido, gás ou vácuo. Opera para um dado valor depressão de liquido ou gás, ou para uma dada taxa de variação destes valores.Exemplo Relé Buchholz. .71 -Relé de nível de gás ou líquido. Opera para determinados valores de nívelde gás ou liquido ou para taxa de variação destes valores.

86 -Relé de bloqueio de religamento. Opera eletricamente, com rearme manualou elétrico, de modo a desligar e bloquear um equipamento no caso deocorrência de condições anormais.87 -Relé diferencial. Opera em função das diferenças provenientes dodesequilíbrio existente entre duas ou mais correntes ou outras grandezaselétricas quaisquer, medidas nos pontos extremos da área protegida.83 -Relé de controle seletivo I transferencia automatica. Opera para selecionar automaticamente certas fontes e condições de em um equipamento ou aindapara realizar automaticamente uma operação de transferencia.

Instrumentos de mediçãoA uma necessidade do acompanhamento das medidas elétricas. Através delassão resolvidos problemas, exemplos: remanejamento de cargas, ampliação dosistema, sobrecargas, sobre-tensão, conferencia de desligamento, etc. Osinstrumentos de medição são aparelhos utilizados para medirem diversasgrandezas elétricas, tais como tensão, corrente, freqOência, etc. Normalmentenas estações são conectados a TP's e ou TC's em virtude dos valoresmedidos. Os instrumentos podem ser classificados como: Acumuladores. São

aqueles que registram valor acumulado de grandezas medidas, desde omomento de sua instalação ou de tempo predeterminado. (Medidor de energiaativa e reativa). Indicadores. São aqueles que em qualquer momento indicam ovalor nominal ou pico da grandeza medida. Podem ser de leitura direta ouregistrador gráfico. (Amperimetro, fasímetro, voltímetro, frequêncímetros ).

Procedimento de Segurança para ManobrasObjetivoO principal objetivo é apresentar conceitos básicos no procedimento correto doplanejamento, execução das tarefas de manobra e operação de uma estaçãode energia, visando garantir a segurança do equipamento e pessoal envolvido.

Programações para Manobras de Estações Primárias

Operação de subestaçõesDe acordo com a NR-10, a operação de subestação deverá ser efetuada por pessoas autorizadas e habilitadas com treinamento prévio e que estejamfamiliarizados com o sistema energético.

Há dois tipos básicos de operação:A - Operação de emergência.B - Operação programada.Com exceção da manobra de emergência, em média e alta tensão é essencial

que seja feita uma programação prévia e uma lista de procedimentos a seremexecutados, para assegurar que a operação de manobra será feita

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corretamente. De acordo com as normas, esta autorização deve constar daaprovação do engenheiro ou responsável pelas estações e pessoal envolvido.Quando no caso de emergência após a manobra os responsáveis devem ser informados através de relatório citando os motivos da manobra e as condiçõesdos equipamentos.

Na autorização deve constar:1 -Motivo da manobra;2 -Horário de inicio da manobra;3 -Se há interrupção;4- Se a interrupção é total ou parcial;5 -Quais os setores afetados;6- Quais componentes que serão manobrados;7 -Tempo total de duração;8 -Solicitante da manobra;9- Responsável(is) pela(s) manobra(s) (operador);

10 -Em caso de entrega para a manutenção, quem irá executa-Ia;11 -Data e horário que o circuito será devolvido para religamento;12- Responsável que irá liberar o circuito;13 -Quais os diagramas a serem consultados para a manobra;

Na operação de emergênciaApós concluída a manobra de emergência, deverá ser emitido um relatórioconstando todas as sequências de operação já realizadas, o motivo dodesligamento, e os reles operados.Nos caso de curto circuito indicar o local em que este aconteceu e quais asmedidas adotadas.Sequência de operação de uma subestação:-Desligamento completo (Programado)1- Planejamento;2- Conferir equipamento; .3- Desligar disjuntor principal através do acionamento elétrico, na falta, utilizar o acionamento mecânico;4- Conferir equipamento;5- Abrir seccionadora na proteção e travá-Ia na posição desligada;6- Abrir seccionadora na medição da concessionária e trava-Io conforme itemanterior;

7- Abrir seccionadora do poste, quando necessário. (Esta operação é realizadapela concessionária);8- Verificar equipamentos;9- Sinalizar (Avisos de perigo com: barreiras, placas, etc.);10-Elaborar relatório.

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Caso seja para uma manutenção, deve-se:A- Executar teste de tensão IJsando o testador de tensãoB- Executar Aterramento temporário;C- Isolar a área.(Verificar item, Procedimentos de segurança para manutenção);

Obs.:Desligar os circuitos de ATe BT sempre pelos disjuntores e nunca pelasseccionadoras .Os disjuntores são feitos para suportar surtos de carga e até curto circuitos,portanto é elemento responsável pelo perfeito desligamento ou religamento detoda carga da subestação.Quando existirem diversos disjuntores de Alta Tensão, estes deverãopreferencialmente ser desligados primeiro e por último o principal.

-Religamento Completo (Programado)

Obs.: No Religamento completo programado, as operações devem ser inversasao desligamento seguindo passo a passo.

Caso o desligamento seja para manutenção) deve-se verificar se:A- Todas as ferramentas, equipamentos e pessoal foram retirados do local;B -O Aterramento temporário foi retirado;C -Os equipamentos e o sistema de proteção estão em ordem;D -As telas de proteção ou todas as portas estão no local e fechadas.

- Execução da Manobra1 -Verificar Equipamentos;2- Fechar o seccionador do poste, caso tenha sido aberta;3 -Fechar seccionador na medição da concessionária e trava-Ia na posiçãoligada;4 -Fechar seccionadora da proteção e trava-Ia conforme item anterior;5 -Conferir equipamento;6 -Ligar o disjuntor principal através do acionamento elétrico, na faltaacionamento mecânico;7 -Conferir equipamento;8 -Ligar os disjuntores secundários ou os de BT's.

- Desligamento AutomáticoNas subestações podem haver desligamentos automáticos por diversosmotivos, como segue:1 -Falta de fase no circuito de alimentação;2 -Interrupção total do circuito de alimentação;3 -Sobre-corrente na subestação;4 -Curto-circuito;5 -Aquecimento do transformador;6 -Falta de óleo no transformador;7 -Gás inflamável no transformador .

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Qualquer desligamento desta natureza, requer um religamento, o qual éconsiderado uma operação de emergência.

O religamento poderá ser feito por qualquer operador devidamentecredenciado, desde que os seguintes pontos sejam verificados:

1 -Motivo de desligamento;2 -Condições do equipamento;3- Segurança absoluta da possibilidade de religamento (vide item cuidadosespeciais no religamento de subestações);4 -Existência dos equipamentos auxiliares da manobra;5 -Segurança para o operador.

Obs.:Nenhum operador será obrigado a religar uma subestação, se as condiçõessupra não forem satisfeitas e deverá, em caso de dúvidas, recorrer aoEngenheiro ou responsável o qual autorizará ou não o religamento.

É proibido efetuar quaisquer serviços de reparos nas partes vivas de umasubestação, ou seja, em seus componentes de média/alta tensão, quandoestiverem energizados. Poderão ser efetuados reparos nos equipamentosauxiliares de manobra, o que deverá ser feito com autorização do engenheiroou responsável, e deve-se dar cuidados especiais de trabalho e segurança.Não é permitido alterar regulagens de Reles sem autorização de engenheiro ouresponsável.Não é permitido efetuar manobras nas subestações sozinho; sempre deveráhaver mais de uma pessoa credenciada no recinto durante as manobras. ,É terminantemente proibido fazer manobras em subestações sem oequipamento de proteção (luvas, bastões, isolante e tapetes de borracha, etc.).Todos estes equipamentos devem ter resistência dielétrica de 20.000 volts e asluvas de segurança devem estar com luvas de proteção mecânica.De conformidade com os novos regulamentos internacionais, os disjuntores demedia/alta tensão deverão ter acionamento por molas pré-carregadasmanualmente ou por motor .

Procedimento de Segurança em Manutenção Elétrica.

ObjetivoO principal objetivo é apresentar conceitos básicos no procedimento correto, do

planejamento e execução das tarefas em manutenção de posto primário,visando garantir a segurança do pessoal envolvido.Na execução de trabalhos que envolvam serviços de risco por choque elétrico,as pessoas devem esta habilitada, e ter conhecimento: dos riscos do choqueelétrico, dos equipamentos de proteção coletiva (EPC) e proteção individual(EPI), assim como ter recebido treinamentos técnicos, treinamento de primeirossocorros, e ter conhecimento das normas de segurança NR-10.

Todo equipamento seccionado dentro de um posto primário, só é consideradodesenergizado para efeito de manutenção quando o mesmo estiver: desligado,isolado, travado (mecanicamente e eletricamente), sinalizado, testado e

aterrado.

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O posto primário durante a manutenção, deve estar desobstruído de peçasalheias ao serviço. É necessário verificação: dos EPC, e se os mesmos estãonos locais adequados; se as portas de emergências e ou de acesos estãolivres, e se os extintores de incêndio (CO2 ou pó químico) estão carregados edentro do período de uso.

Após receber a comunicação da conclusão da manobra pelo operador, oresponsável pelo serviço de manutenção deve-se conferir a manobra comtodos da equipe, verificando se os equipamentos sob suas responsabilidadesestão isolados, sinalizados, bloqueados elétricamente e mecânicamente, e senecessário afastados. (Esta conferência deve ser acompanhada do diagramaelétrico da subestação).

Obs.: Nos equipamentos travados com cadeado as chaves devem ficar com oresponsável pelo serviço e em local visível a todos.Em consumidores primárioe, com circuitos internos, e diversos postos de

transformador e/ou geradores particulares, devem ser adotados cuidadosespeciais contra o risco de acidentes de corrente de retorno.Após o desligamento total da cabina, é necessária a espera de no mínimocinco minutos, para a descarga das correntes capacitivas, principalmente asnas subestações que contenham com capacitores.

PlanejamentoÉ o ato de preparar antecipadamente a execução dos serviços a seremrealizados, definindo um plano ou roteiro das diversas etapas, para se ter conhecimento claro sobre, o que fazer, porque fazer, como fazer, quando fazer,e quem deve executar.

Cabe ao responsável o planejamento do serviço a ser executado, distribuindo atarefas, analisando sempre a necessidade do serviço com o número deprofissionais. Verificar o uso e as condições dos EPI, ter a certeza que todaequipe esta familiarizada do que será executado, e de que maneira será feito.Lembrar sernpre que, a execução de um mesmo serviço, nem sempre será damesma maneira, e que as tarefas fora de rotina devem ter uma atençãoespecial.

As ferramentas a serem usadas devem ser adequadas às tarefas e estarem em

condições de uso; o local deve estar limpo e com ventilação e iluminaçãoadequada. Solventee e matériais abrasivos devem ser tratados e estocadoscom cuidado, e longe do fogo. Máquinas girantes devem ter proteçãomecânica, evitando contato com o corpo e a roupa.

Aterramento temporárioA manutenção em equipamentos desligados nos apresenta a primeira vista,uma condição aparentemente segura para os trabalhos a serem realizados.Entretanto, estes equipamentos podem ser energizados indevidamente por diversos fatores, tais como: Tensões estáticas, tensões indutivas, tensõescapacitavas, erros na manobra, contato acidental com outro ponto energizado,

descargas atmosféricas, e religarnento acidental. Nestes casos, o aterramentotemporário se constitui como a principal proteção das pessoas envolvidas na

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manutenção. Esta proteção é oferecida pelo conjunto de aterramento, que aoser instalado de forma adequada e com as especificações e sequência correta,protegem as pessoas de manutenção contra os fatores acima explanados,desviando a corrente elétrica por um caminho de resistência ôhmica menor quea do ser humano.

Obs. Antes do aterramento deve-se fazer o teste de tensão usando o detector de tensão ou bastão de manobra.

Procedimento Prático Para Manutenção de Cabine

IntroduçãoNos equipamentos elétricos se faz necessária a manutenção, para que osmesmo possarn estar sempre disponíveis, prolongando sua vida útil. Estamanutenção deve obedecer a critérios pré-estabelecido pelo fabricante,Normas técnicas e o setor de engenharia da empresa. Nestes critérios deve-se

considerar: Local de instalação dos equipamentos, quantidade de operação,periodicidade, condições físico-químico, tensão e carga dos equipamentos.

Manutenção preventivaÉ todo controle, conservação, e restauração em um item programado, seguindoos critérios pré-estabelecidos, e com a finalidade de mantê-Ios em condiçõessatisfatórias de operações ou contra possíveis ocorrências que possamaumentar sua indisponibilidade.

Manutenção corretivaÉ toda manutenção em um item indisponível ou não com ou sem restrição quevise reparar uma falha ou defeito.Em todas as manutenções deve ser constituído um relatório, analisando-se oestado dos equipamentos e os valores de ensaios físico-químicos, asalterações detectadas em relação aos relatórios anteriores; devem ser analisados se estão dentro dos valores pré-estabelecido pelas Normas técnicase/ou dados dos fabricantes.

Procedimentos, verificações e ensaiosCada fabricante pode ter seu procedimento diferenciado, o que vamos passar éas verificações, ensaios e sequência básica, podendo ser usado para todos os

equipamentos.

Pára-raiosVerificações:Nos pára-raios e necessário verificarmos as condições dos isoladores, se nãoexistem trincas ou rachaduras. O os conectores deve ser reapertadosevitando-se aquecimento.Obs. O cuidado deve ser redobrado caso o para-raio esteja próximo do cabo daconcessionária, pois o mesmo pode estar energizado.

Seccionadores

Verificações:

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Nos seccionadores é necessário verificar a simultaneidade das fases, o estadodos contatos fixo e móvel. Deve-se reapertar, limpar e lubrificar as articulações,varão, partes rotativas e contatos. Nos isoladores verificar se não existemtrincas ou rachaduras; os mesmos devem estar limpos e bem fixos.

Ensaios:Os ensaios mecânicos consistem basicamente da abertura e fechamento.Os ensaios elétricos trázem um diagnostico mais técnico do equipamento, por isto se faz necessário o seu acompanhamento. Ele consiste de:

Resistência dielétricaPara o ensaio de resistência se isolação o instrumento é o megômetro.

Resistência de contatoPara ensaios da resistência de contato, o instrumento usado é o ôhmimetro.

DisjuntoresVerificações:No mecanismo de acionamento, deve-se verificar os estado geral das molas,travas, motor, engrenagens, articulações, dispositivo de carregamento de mola,indicadores de posição, contador de operação, bobina de ligar, desligar e demínima tensão. O mecanismo deve ser limpo e lubrificado, tomando-se cuidadocom a lubrificação para não haver excesso.Nas câmaras de extinção, é necessário verificar se existem trincas ourachaduras.Caso se tenha acesso, deve-se verificar o estado dos contatos e suasimultaneidade; os contatos também devem ser limpos, reapertados elubrificados. É necessário também a verificação nos blocos de terminas,fiações e isoladores; se os mesmos não possuem trincas ou rachaduras. Oscontatos de rolete devem ser limpos e lubrificados. Caso o disjuntor seja a óleoverifica o respiro, e o indicador de nível de óleo.

Ensaios:Os ensaios mecânicos consistem basicamente da abertura e fechamento,mecânico e elétrico, local e remoto.Os ensaios elétricos trázem um diagnostico mais técnico do equipamento, por isto se faz necessário o seu acompanhamento. Ele consiste de:

Resistência dielétricaPara o ensaio de resistência de insolação o instrumento é o meggometro.

Resistência de contatoPara os ensaios de resistência de contato o instrumento usado é o ohmímetro.

Simultaneidade dos contatosPara os ensaios de simultaneidade, percurso e penetração dos contatos oinstrumento usado oscilógrafo.

Obs. Nos disjuntores a pequeno volume, o óleo deve ser substituído.

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Transformador Verificações:Nos transformadores deve-se verificar: A existem vazamentos, (na caixa,radiadores e balonete) e se os registros dos mesmos estão abertos. Verifica-se, o nível do óleo do balonete, condições da silica-gel (caso esteja rosada

substitui-Ia), ventiladores, isoladores (buchas), ligações a terra. Na caixa defiação é necessário verificar, limpar, e reaperta os blocos de fiação, chavestérmicas e contadores.

Ensaios:TermômetroO ensaio consiste no aquecimento de óleo em uma cuba onde deve ser colocados o bulbo capilar e um outro termômetro, para referência. É feita acomparação da evolução da temperatura entre os dois. Neste ensaio verifica-se também, o automatismo dos ventiladores, os alarmes de temperatura, e odesligamento do disjuntor .

Nível de óleoEm função da diversidade de fabricantes e de sua forma construtiva, fica difícildefinirmos uma regra básica para este ensaio por mais, simples que seja. Valesalientar sua importância pois é através dele que vamos detectar problemas dafalta de óleo no balonete. Via de regra, os indicadores de níveis de óleo sãocompostos de uma bóia e uma micro-chave onde ao fecharmos, a mesmaemitirá alarme.

Rele buchholzNão é possível detectar gases inflamáveis em uma manutenção preventiva jáque na manutenção preventiva pré supunha que o transformador esteja semgases, mas é possível verificar a atuação das duas bóias (balancim de alarmee o de desligamento). Este ensaio é feito no esvaziamento do óleo no relé, quepode ser conseguido através de bombeamento de ar no rubinete superior, (omesmo utilizado para retirar amostra de gases para ensaios). Após oesvaziamento de uma parte do óleo no relé, o alarme é acionado e, em seguidaocorre o desligamento do disjuntor.

Ensaio de resistência dielétricaPara este ensaio os instrumentos utilizados são o megôhmetro e o fator de

potência (Doble).

Relação de transformaçãoPara este ensaio o instrumento utilizado é o TTR.

Ensaios do óleoDevem ser feitos em laboratórios. Na sua retirada, deve-se ter o cuidado deverificar: A temperatura ambiente, já que o óleo no transformador esta com atemperatura mais elevada que a do meio ambiente, e esta pode contaminar oóleo da amostra trazendo um resultado diferente no ensaio; o local (registro) daretirado de amostras deve ser limpo, deixando escorrer um pouco ate sair o

óleo do cano. O frasco de amostra deve estar limpo, esterilizado e sem

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umidade. Os ensaios feitos em Laboratórios são: rigidez dielétrica, umidade,acidez, tensão interfacial, cor, cromatografia, viscosidade e ponto de fulgor.

Cabine (cubículo)Verificações:

Nos cubículos é necessário verificar: A resistência de aquecimento, lâmpadasde sinalização, estado geral da pintura (corrosão), relés e contadores, fusível echaves termomagnéticas, ligações a terra, blocos de ligações, contatos derolete, amperímetro, voltímetro, wattímetro, plug de controle. Os mesmosdevem ser limpos, reapertados, e substituído quando necessários. Nosbarramentos deve-se verificar a isolação e se não existem indícios deaquecimentos e corrosões; se necessário fazer ensaio de resistência dielétrica.Caso existam guilhotinas, verificar se estão fechando e abrindo corretamente.

Transformadores de instrumentos (TC) (TP)Verificações:

Nos TP e TC, deve-se verificar trincas, ou com indícios de vazamentos, osterminais primários, secundários e terra, devem estar bem fixos. Os TP e TCdevem ser limpos, e bem fixado nas estruturas.Ensaios:Ensaios de resistência dielétrica (megôhmetro)

Cabos de alimentaçâoVerificações:Nos cabos verifica-se: indícios de aquecimento, condições da isolação,condições das terminações; confere-se as conexões das fases e do terra; osisoladores devem estar, limpos, e bem fixados.

Ensaios:Resistência dielétrica, (megôhmetro).

Obs.: Todas estas verificações e ensaios devem constar da folha de inspeção.

Verificações finaisDeve-se verificar se todos os pontos desconectados foram reconectados.Retirar o aterramento temporário, retirar as ferramentas, instrumentos deensaios, sujeiras, estopas, e resto de matérias e peças, as grades de proteção

e tampas dos cubículos devem estar fixas, conectadas ao aterramento e bemajustadas evitando vibrações. As pessoas não envolvidas na manobra devemser retiradas do local. O operador deve fazer sempre uma inspeção visualantes da manobra, e esta deve ser feita de forma inversa ao desligamento.

AnexoInstrumentos de EnsaiosOhmímetroÉ usado para medir a resistência de contato. O seu princípio de funcionamentoé baseado no fato que, quando uma corrente percorre um condutor, há perdadevido ao aquecimento. No entanto os condutores elétricos não requerem

ensaios quando estão em serviços; por outro lado, juntas e conexões,oferecem problemas, já que neste ponto a dificuldade da passagem da corrente

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elétrica é maior. O ohmímetro por sua vez, nos traz a situação destasconexões. Nos disjuntores suas leituras são entre as buchas: (1 e 2), (3 e 4), (5e 6) e com o disjuntor desenergizado e fechado .

Megôhmetro

Megger é o instrumento usado para medir a resistência de isolação, permitindodetectar, diagnosticar e evitar falhas nos equipamentos elétricos. Seu princípiode funcionamento se baseia no fato de que, aplicando-se uma tensão decorrente continua a um isolante, a corrente que circula através do mesmo temtrês componentes distintas: A corrente de carga de capacitância, natural domaterial sob ensaio; a corrente de absorção dielétrica que circula através docorpo do material; e a corrente de fuga através do isolante sendo que estacorrente tem dois componentes importantes, um significando a fuga através dasuperfície do material e o outro do próprio isolante. Baseado nestes fatores, omegger nos trás uma leitura precisa dos valores de resistência dielétrica domaterial isolante. Nos disjuntores, os ensaios são feitos para detectar fuga de

corrente entre buchas e câmaras; (entrada e saída) e entre bucha e câmarasao corpo do disjuntor.

Já no transformador, é verificada através do megôhmetro a resistênciadielétrica entre as buchas e enrolamentos primário e secundário, com o tanque,e entre os enrolamentos primários e secundários. Nos cabos e barrarnentos osensaios são em relação à terra e entre fases. A tensão de ensaio deve ser maior que 2500 V. Por este motivo deve-se ter o cuidado com choqueselétricos, principalmente nos cabos devido à corrente capacitiva; após osensaios deve-se aguardar a descarga dos cabos. Deve-se também verificar atensão nominal do equipamento sob ensaio, que deve ser compatível a doinstrumento.

TTRO TTR o instrumento utilizado para medir com precisão ás relação entreespiras de um transformador. Sendo o transformador uma máquina magnéticaque trabalha com uma proporção entre enrolamentos, podemos pela mediçãoda relação entre os mesmos avaliar como está a situação dos enrolarnentos,analisando a continuidade deste.

Analisador de Potência (Doble)

O analisador de isolação elétrica (Doble) é projetado para teste de isolação nocampo pela medida dos voltamperes e perdas em Watts, sob uma tensãoaplicada. Assim como o megger, sua finalidade é detectar falhas ocasionais naisolação com uma maior precisão. O aparelho verifica a isolação elétrica debuchas, potheads, disjuntores, para-raios, transformadores, óleo isolantes,cabos, etc.

Teste de Rigidez Dielétrica - (Teste de Óleo)A rigidez dielétrica exprime a capacidade de um material de suportar esforçosda corrente elétrica sem sofrer danos. Este instrumento analisa esta rigidez noóleo. Através de dois eletrodos, simula-se a realidade de um arco elétrico

dentro de um equipamento, em condições especificas. Seu resultado é obtidoem volts.