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MP A MANUAL DE PROJECTO: ARQUITECTURA VERSÃO 2.1 EDIÇÃO AGOSTO ‘09 Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário

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Manual para projetos de arquitetura

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  • MP A

    MP A

    MANUAL DE PROJECTO: ARQUITECTURAVERSO 2.1 EDIO AGOSTO 09

    Programa de Modernizao das Escolas do Ensino Secundrio

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    Introduo|3Caracterizao Geral do Parque Escolar Novos Paradigmas Educativos e Ambientais

    ModelosConceptuais|15Modelo Conceptual de Organizao Espao-Funcional Nveis de Hierarquizao Funcional

    Procedimentos|23Programa Base Estudo Prvio Projecto Execuo Projecto de Licenciamento

    TrmicaeEficinciaEnergtica|27Concepo e Solues Tcnicas Prioridade na Interveno nos Espaos - Para a maioria das situaes climticas Balano Trmico de Sala de Aula Tipo em Edifcios Existentes

    ApoioTcnico|37Consideraes Gerais Elementos Construtivos Trmica e Energia: Conceitos Gerais Espaos Especficos: Diagramas e Conceitos

    1. Biblioteca 2. Sala Polivalente 3. Salas de Aula 4. Espaos para o Ensino Experimental das Cincias 5. Salas de Artes 6. Salas de Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC) 7. Oficinas: Cursos de Electricidade / Electrnica 8. Oficinas: Cursos de Informtica 9. Oficinas: Cursos de Mecnica 10. Conselho Executivo 11. Secretaria 12. Salas Trabalho Professores 13. Ncleos Museolgicos 14. Ncleo de Formao de Adultos e Certificao de Competncias 15. Balnerios 16. Cozinha 17. Portaria 18. Sala de Alunos / Espao Estudante / Loja do Aluno 19. Unidade de Referncia para Necessidades Educativas Especiais

    Referncias&Bibliografia|87

    NDICE

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  • MP AMP A 02 INTRODUO

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    O Programa de Modernizao das Escolas Destinadas ao Ensino Secundrio (PMEES), a cargo da Parque Escolar EPE, assenta em princpios de exigncia de qualidade, colocando o ensino portugus como potencial referncia interna-cional. O PMEES visa actuar de forma integrada ao nvel da requalificao das infra-es-truturas escolares; da abertura da escola comunidade, da manuteno e ges-to dos edifcios aps a requalificao e da reduo do impacto ambiental. Ao mesmo tempo, pretende-se promover nos espaos escolares a divulgao de conhecimentos, informao, competncias dos alunos, estimulando e apoian-do a aprendizagem e formao de uma forma inclusiva, a tempo inteiro e envol-vendo a comunidade exterior. O PMEES contempla intervenes em 332 escolas at 2015, fortalecendo uma potencial rede escolar nacional o que, estrategicamente, lhe confere uma im-portncia absoluta na construo de uma nova cultura de aprendizagem.A modernizao dos espaos escolares expe ainda a enorme relevncia do es-pao fsico e da sua habitabilidade com qualidade. A concepo arquitectnica e em particular a organizao das vrias valncias (lectivas e no-lectivas) que integram o espao escolar, a sua gesto e manuteno so uma mais-valia que o PMESS procura promover e reforar no futuro imediato. Pretende-se deste modo responder aos novos paradigmas educativos e ambientais, oferecendo:

    espaosatractivos capazes de proporcionarem bem-estar e garantir as con-dies essenciais a uma boa prtica pedaggica coincidentes com os valores educativos promovidos pelos programas curriculares, estimulando e favore-cendo o trabalho educativo, o rendimento e o bem-estar da comunidade edu-cativa;espaosflexveis capazes de se adaptarem no tempo evoluo dos curri-cula e solicitaes da comunidade escolar bem como rpida evoluo das novas tecnologias de informao e comunicao, mediante alteraes pouco dispendiosas; espaosmultifuncionais capazes de possibilitar uma utilizao variada alar-gada comunidade;

    INTRODUO

    CARACTERIZAO GERAL DO PARQUE ESCOLAR

    03 INTRODUO

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    espaosseguros,acessveise inclusivos permitindo a utilizao alargada a pessoas com mobilidade condicionada e necessidades educativas especiais;solues duradouras em termos fsico, ambientais e funcionais, de modo a garantir baixos custos de gesto e de manuteno.

    O PMEES constitui-se assim como um factor de desenvolvimento do Pas e do aumento da sua competitividade bem como de consolidao do sistema urba-no e a inerente, contribuindo para o aumento da sua atractividade e para a re-duo das assimetrias regionais de desenvolvimento, de acordo com o modelo territorial proposto no Programa Nacional de Politica de Ordenamento do Terri-trio (PNPOT).Este programa enquadra-se nos objectivos do Quadro de Referncia Estrat-gico Nacional (QREN), bem como no eixo prioritrio IX Desenvolvimento do Sistema Urbano Nacional do Programa Operacional Temtico Valorizao do Territrio (POTVT), contribuindo para melhorar a resposta da rede pblica de escolas com ensino secundrio s vrias procuras, de forma eficaz e equitativa e concorrendo para a eficincia e reutilizao das infra-estruturas e dos equi-pamentos escolares existentes em detrimento de construo nova.O investimento no sector da educao, em particular no que se refere moder-nizao do parque escolar, desempenha um papel fundamental ao nvel da ele-vao do nvel mdio de qualificao escolar, cultural e profissional da popula-o bem como da qualificao social e econmica das cidades e do territrio.

    Para o desenvolvimento de novas solues a aplicar nas escolas intervenciona-das, a Parque Escolar reuniu uma equipa de consultores multidisciplinar, que integra investigadores e professores de vrias reas cientficas a par de arqui-tectos.O modelo de edifcio escolar adoptado no uma escola tipo, mas um tipo de escola que convirja na direco do projecto educativo proposto por cada uma das escolas, permitindo responder adequadamente s necessidades, objectivos e caractersticas das suas comunidades escolares e garantindo a durabilidade e sustentabilidade da interveno num prazo temporal dilatado.A informao contida neste manual foi concebida para ser adaptada situao especfica de cada escola de modo a convergir na direco do respectivo pro-jecto educativo. Para assegurar a coerncia da soluo proposta, as direces das escolas apresentam um documento orientador da interveno, designado por Plano Estratgico, no qual explicitam os objectivos estabelecidos no seu projecto educativo e identificam as necessidades em termos de recursos fsi-cos da decorrentes.O Plano Estratgico entendido como um conjunto flexvel de decises e de ac-es sobre o futuro da escola, projectadas num prazo temporal dilatado - m-dio e longo prazo - e suportadas numa avaliao prospectiva da organizao e do funcionamento da escola e dos recursos fsicos existentes, tendo presente quer a sua insero na rede escolar, quer os recursos financeiros a mobilizar pela Parque Escolar.

    ESTRATGIA DE INTERVENO

    04 INTRODUO / Carac. Geral Parque Escolar

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    Neste manual referem-se as estratgias adoptadas na reorganizao do es-pao escolar em funo dos novos paradigmas educativos e ambientais, des-creve-se o modelo conceptual adoptado e destacam-se as solues propostas para os vrios espaos lectivos e no-lectivos a considerar na interveno.

    Os projectistas devero ter sempre em considerao no desenvolvimento do projecto que as escolas iro manter o funcionamento lectivo no decorrer da in-terveno do Programa de Modernizao. assim necessrio contemplar um faseamento de obra que permita a implementao em segurana desta pre-missa.

    O actual parque escolar destinado ao ensino secundrio pblico integra actu-almente um total de 502 escolas, cuja construo se iniciou no final do sc. XIX. Destas, 23% foram construdas at ao final da dcada 60. As restantes (77%) correspondem ao perodo de expanso da rede escolar e de alargamento da es-colaridade obrigatria, para seis e nove anos, sendo que 46% das escolas foram construdas na dcada de 80.Estas escolas constituem um conjunto heterogneo, quer em termos das con-dies tipo-morfolgicas dos edifcios quer da sua qualidade arquitectnica e construtiva. Embora seja maioritariamente composto por solues normaliza-das, decorrentes da aplicao de projectos-tipo e do recurso construo em srie, compreende edifcios com reconhecido valor patrimonial bem como ou-tros em que foram ensaiadas solues inovadoras em termos espaciais e cons-trutivos.

    05 INTRODUO / Carac. Geral Parque Escolar

    CARACTERIZAO GERAL DO PARQUE ESCOLAR

    Esta classificao permite associar ao perodo de construo das es-colas, os respectivos programas funcionais, modelos arquitectnicos e processos de construo e suportar uma caracterizao tipificada da situao actual (diagnstico) e das intervenes necessrias.

    COM BASE NO PERODO DE CONSTRUO, AGRUPARAM-SE AS ESCOLAS EM TRS PERODOS OU FASES:

    Os projectistas devero ter sempre em considerao no desenvolvi-mento do projecto que as escolas iro manter o funcionamento lec-tivo no decorrer da interveno do Programa de Modernizao. as-sim necessrio contemplar um faseamento de obra que permita a implementao em segurana desta premissa.

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    Conjunto constitudo pelos primeiros liceus planeados de raiz em Portugal a partir da reforma de Passos Manuel (1836). Abrange os edifcios construdos durante a Primeira Repblica, bem como aqueles que foram construdos ou terminados no mbito da interveno da Junta Administrativa do Emprstimo para o Ensino Secundrio (JAEES) criada em 1928 e extinta em 1934. A par da dimenso histrica e simblica adquirida, incorporam valores patrimoniais re-sultantes da concepo arquitectnica, constituindo referncias da arquitectu-ra portuguesa do princpio do sc. XX.O Liceu Passos Manuel em Lisboa, construdo entre 1882 e 1911, o primeiro liceu onde foram aplicadas as exigncias relativas construo escolar pro-postas pela reforma de 1905 de Eduardo Jos Coelho, atravs do projecto de alteraes datado de 1906, do arquitecto Rosendo Carvalheira. No mbito des-ta reforma so construdos mais trs liceus em Lisboa (Liceu Cames (1907-09), Liceu Pedro Nunes (1908-11), Liceu Maria Amlia Vaz de Carvalho (1913-33)) e dois no Porto (Liceu Alexandre Herculano (1914-27) e Liceu Rodrigues de Freitas (1927-33)). So projectos elaborados por arquitectos de referncia da arquitectura portuguesa: os trs primeiros da autoria do arquitecto Miguel Ventura Terra, e os dois ltimos do arquitecto Jos Marques da Silva. Os pro-motores destes edifcios so o Ministrio do Reino e, posteriormente, o Minis-trio da Instruo Pblica.Na dcada de 30 so construdos trs liceus no mbito de um importante con-curso de arquitectura lanado em 1930 pela recm-criada Junta Administrativa do Emprstimo para o Ensino Secundrio (JAEES): Liceu Fialho de Almeida, em Beja, da autoria do arquitecto Cristino da Silva, Liceu Latino Coelho, em Lame-go, da autoria do arquitecto Cottinelli Telmo e Liceu D. Joo III, da autoria do ar-quitecto Carlos Ramos, Jorge Segurado e Adelino Nunes. Em resultado da adju-dicao directa da JAEES, construdo o Liceu D. Filipa de Lencastre em Lisboa com projecto de Jorge Segurado.Em termos formais evoluem do modelo de edifcio nico de configurao com-pacta com ptios encerrados, filiado no modelo conventual dos antigos col-gios como o caso do antigo Liceu Passos Manuel em Lisboa, para uma confi-gurao em extenso ocupando parcialmente ou na totalidade o permetro do quarteiro urbano, podendo definir um ou mais ptios abertos, de acordo com o modelo francs de Lyce, como o caso dos liceus Cames e Pedro Nunes em Lisboa. O programa funcional adoptado considera um vasto conjunto de espaos lec-tivos, em que a par das salas de aula, integra espaos especficos tais como bi-blioteca, anfiteatro/sala de projeces, laboratrios (ento designados por gabinetes) de qumica, fsica, geografia e cincias naturais, bem como reas associadas prtica do exerccio fsico. Na organizao funcional, destaca-se a centralidade conferida ao sector administrativo bem como biblioteca qual tambm atribuda a funo de sala actos o que lhe confere um estatuto de res-peitabilidade. As restantes reas lectivas esto descentralizadas. Posicionam-se ao longo de eixos (alas) em que os laboratrios, por razes de segurana,

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    06 INTRODUO / Carac. Geral Parque Escolar

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    ocupam as zonas mais perifricas, sendo frequentes as situaes em que se encontram destacados do edifcio.Em termos construtivos apresentam uma forte robustez, progredindo de tec-nologias construtivas tradicionais s quais foram, incorporados, pontualmente, elementos inovadores poca tais como estruturas metlicas com recurso ao ao em vigas e ao ferro fundido em colunas e pavimentos em beto, para siste-mas construtivos mistos de paredes autoportantes combinadas com estrutu-ras porticadas, lajes de beto armado e coberturas em terrao.

    Conjunto constitudo por escolas construdas pelo Ministrio das Obras P-blicas atravs da Junta das Construes para o Ensino Tcnico e Secundrio (JCETS-MOP), entidade que em 1934 substitui a JAEES.Entre 1938 e o final dos anos 60 realizaram-se dois planos de construo de edifcios destinados ao ensino secundrio, perfazendo um total de 29 liceus. O primeiro, datado de 1938 - Plano de 38 - engloba treze projectos (DL n. 28604 de 21/04/38, posteriormente reforado pelo DL n. 33618 de 24/04/44) e o se-gundo, datado de 1958 - Plano de 58 - os restantes (DL n. 41572 de 28/03/58).Estas escolas, construdas nas capitais de distrito, em zonas de elevada aces-sibilidade e implantadas em lotes de grande dimenso em regra coincidentes com a totalidade do quarteiro urbano. Os projectos foram maioritariamente elaborados por tcnicos da JCTES de acordo com programas gerais da res-ponsabilidade da JCETS, que definiam os vrios sectores funcionais e estabele-ciam princpios de organizao espacial. Em termos formais adoptam configuraes diversificadas, de base linear ou em ptio, definidas a partir da agregao de vrios corpos com dois ou trs pisos, e ocupando parcialmente ou na totalidade o permetro do quarteiro urbano.Em termos funcionais, organizam-se a partir de um ncleo principal, constitu-do por um ou mais corpos, ao qual estavam associados os espaos lectivos e os servios administrativos, localizados junto da entrada principal com acesso directo pelo exterior. Os espaos lectivos agrupam-se por ciclos e em alas, com acessos independentes a partir da entrada principal. Os laboratrios localizam-se nas extremidades das alas destinadas ao 2 e 3 ciclo. A biblioteca e as insta-laes destinadas ao corpo docente ocupavam lugares centrais. A este ncleo associava-se um outro corpo com dois pisos, ocupado no piso trreo pelo refei-trio, cozinha e balnerios no piso superior pela sala da mocidade e pelo gin-sio com caixa de palco para permitir a sua utilizao como salo de festas com acesso independente pelo exterior. Os espaos destinados aos alunos integra-vam recreios cobertos e ao ar livre. A sala de convvio para os alunos apenas introduzida na dcada de 60, associada a salo de festas. Nesta altura o ginsio abdica da condio inicial de polivalncia ficando limitado prtica desportiva.O plano de construo de escolas tcnicas para o ensino industrial, comercial e agrcola - enquadra-se no mbito da reforma do ensino tcnicoprofissional, industrial e comercial (Decreto-Lei n 36 356 de 19 de Junho de 1947). Os pro-jectos, maioritariamente da responsabilidade tcnica da JCTES, iniciaram-se

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    em 1948 (Decreto-Lei n 37 028) com base em ante-projectos tipo elaborados pela JCETS e datados de 1948, 1950 e 1952. Pretendia-se deste modo garantir solues econmicas e adaptveis s condies locais e morfolgicas do lote. At 1970 foram construdas 69 escolas, das quais 38 na dcada de 1960.Os ante-projectos organizavam o espao escolar em trs corpos escolar, des-portivo e oficinal permitindo a articulao entre os vrios corpos consoante a orientao e topografia do terreno. O corpo escolar, destinado s salas de au-las tericas e aos servios administrativos, organizava-se em altura, com uma altura mxima de 4 pisos, a partir de um corredor central com caixas de esca-das laterais e segundo uma orientao que permitisse que as aulas normais fi-cassem expostas a Sul. O corpo desportivo com dois pisos seguia a organizao adoptada nos liceus. O corpo de oficinas, de piso nico e isolado dos restantes espaos da escola, era dimensionado em funo dos cursos ministrados.Em termos construtivos, tanto os liceus como as escolas tcnicas utilizam tec-nologias de construo mistas, baseadas em paredes resistentes de alvenaria ordinria de pedra rebocada sobre as quais assentavam lajes de piso e escadas de beto armado. Nalguns casos as lajes de piso so constitudas por vigotas de beto pr-esforado e abobadilhas cermicas, apresentando vigas perpen-diculares s paredes exteriores. A cobertura em telhado utiliza estruturas de madeira sendo normal a linha ser constituda por uma viga invertida em beto onde tambm se ligava a laje de esteira. Nos revestimentos domina a madeira (soalho ou tacos) nos pisos das salas de aula e o mosaico hidrulico nos corredores. Nas paredes aplicada massa de areia ou estuque. Nos corredores e escadas so aplicados lambrins de mosaico hidrulico. As caixilharias so em madeira ou em elementos pr-fabricados de beto armado com vidro simples. O corpo das oficinas apresenta estrutura em beto armado sendo frequente o sistema de cobertura inclinada em forma de shed, revestida com telha cermi-ca ou com chapas onduladas de fibrocimento.

    Conjunto constitudo por escolas construdas a partir do final da dcada de 60, sob a responsabilidade partilhada do Ministrio da Educao atravs da Direc-o Geral da Administrao Escolar e do Ministrio das Obras Pblicas atravs da Direco-Geral de Construes Escolares.No final da dcada de 60 desenvolve-se um conjunto limitado de projectosti-po destinados a liceu; escola-tcnica e escola-preparatria - baseados em so-lues de grande pragmatismo de modo a permitir rapidez e economia de exe-cuo, designados por Projectos Normalizados Tipo. A imagem dos edifcios ditada pelas estratgias construtivas na qual a ornamentao est ausente.Estes projectos tipo estruturam-se a partir de um conjunto de blocos autno-mos, permitindo a adaptao do edifcio a terrenos com caractersticas geo-morfolgicas, expositivas e de acessibilidade muito diversas e desconhecidas

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    08 INTRODUO / Carac. Geral Parque Escolar

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    a priori. Os diferentes blocos so ligados por galerias exteriores cobertas, cujo traado estava dependente da morfologia do terreno. Esta flexibilidade de adaptao ao terreno permitia ser trabalhada ao nvel do espao interior dos blocos, atravs do desnivelamento das vrias zonas que os constituem, obten-do uma adaptao mais completa s caractersticas locais.No Projecto Normalizado de Liceus Tipo, tambm designada por base liceal, as diferentes zonas e actividades que compunham o programa de liceu, agrupa-vam-se em blocos de quatro tipos: 1) bloco geral (Bloco A) de piso nico, des-tinado s actividades sociais e administrativas e onde se localizavam as zonas de recepo, secretaria, biblioteca, sala do corpo docente, sala de alunos e sala de canto coral; 2) bloco de dois pisos (Bloco B) com planta de base quadrangu-lar formando um ptio interior descoberto destinado s actividades de ensino condicionadas por material especfico (laboratrios); 3) bloco de aulas (Bloco C) com dois pisos destinado s aulas normais; 4) bloco destinado educao fsica e prtica desportiva (pavilho) com um campo nico de dimenso regular (an-debol) e bancada lateral, sob a qual se localizavam os balnerios e outros espa-os de apoio. Nos blocos B e C so abolidas as circulaes rectilneas, e adopta-dos ncleos de distribuio permitindo dotar as salas de aula com luz directa bilateral e ventilao transversal.O Projecto Normalizado de Escola Tcnica Tipo, tambm designada por base tcnica, compreende trs tipos de blocos: 1) bloco geral (Bloco A) com dois pi-sos destinado a direco, secretaria, biblioteca e sala polivalente na qual se destaca um plano mais elevado destinado a palco e ao qual se sucede uma zona destacada reservada a refeitrio; 2) bloco de aulas com dois ou trs pisos de planta quadrangular definindo um ptio central coberto por clarabia circunda-do por galerias de distribuio acedidas por duas escadas laterais. Tal como na base liceal, as salas de aula apresentam luz directa bilateral e ventilao trans-versal; 3) bloco de oficinas de piso nico e dimenso varivel adaptado do mo-delo anteriormente utilizado, baseado numa soluo em shed; 4) bloco des-tinado educao fsica e prtica desportiva (pavilho). Para as instalaes desportivas adoptou-se o modelo de pavilho.O Estudo Normalizado de escola preparatria apresentava um bloco com piso e meio onde se localizam a direco, secretaria, refeitrio, biblioteca e sala poli-valente e blocos de aulas com piso nico de planta quadrangular e ptio central descoberto. A circulao interna fazia-se atravs dos espaos lectivos.Estas solues foram reproduzidas em vrias zonas do pas com adaptaes pontuais em funo da dimenso da escola e do lote onde esta se insere.Na dcada de 80 desenvolvido, um novo projecto-tipo que mantm a estrutu-ra pavilhonar e a ligao exterior atravs de galerias. Este projecto designado por 3x3 composto por dois tipos de blocos, 1) bloco de dois pisos e planta quadrada com a caixa de escada localizada no centro e iluminada por um lan-ternim, destinado a actividades lectivas e administrativas; 2) bloco de piso ni-co e plante rectangular destinado a refeitrio, cozinha e sala de alunos. Em termos construtivos so edifcios modulares de estrutura porticada de be-to armada com lajes do mesmo material e paredes preenchidas por panos de alvenaria de tijolo rebocados e pintados com os elementos de beto aparentes. As coberturas so planas, no visitveis ou com cobertura inclinada e lanternim revestidas a placas de fibrocimento. Os vos apresentam caixilharias de madei-ra ou de alumnio com vidro simples e alumnio.

    09 INTRODUO / Carac. Geral Parque Escolar

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    As tendncias de evoluo do modelo educativo adoptado em Portugal apon-tam para uma escola orientada para ministrar conhecimentos; transmitir in-formao e facilitar competncias aos alunos; promover, estimular e apoiar a aprendizagem e a formao ao longo da vida. Este modelo caracterizado por:

    A passagem de um modelo de ensino exclusivamente centrado no profes-sor, i.e., num modelo expositivo, baseado na transmisso de conhecimen-tos (aprendizagem passiva), para um modelo de ensino baseado em prticas pedaggicas de natureza colaborativa e exploratria (aprendizagem acti-va), suportadas em exerccios de investigao, recolha de informao e ex-perimentao laboratorial/simulao; produo de artefactos e realizao de relatrios e discusso/comunicao. Tais prticas requerem uma maior permanncia de alunos e de docentes na escola e a presena de espaos adequados;O investimento na criao de 1) hbitos de pensar/raciocinar de forma crti-ca; 2) capacidade para recolher, organizar e analisar informao; 3) capaci-dade para trabalhar em equipa de forma colaborativa e dinmica; 4) capaci-dade para aplicar os conhecimentos adquiridos na resoluo de problemas; 5) capacidade para se adaptar a novas situaes e s evolues tecnolgi-cas; 6) atitude de aprendizagem autnoma e auto-orientada; 7) o gosto pela prtica de actividades extra-curriculares que ajudem a complementar a for-mao dos alunos;A descentralizao do processo de ensino/aprendizagem relativamente ao tempo e ao espao da sala de aula; O incentivo a actividades complementares sala de aula envolvendo pes-quisas de informao e discusses e o acesso facilitado a informao permi-te padres de trabalho mais flexveis;O uso intensivo das novas tecnologias de informao e de comunicao(TIC); A utilizao de equipamentos informticos e electrnicos (e.g. computado-res, quadros interactivos, scanners, impressoras) e o acesso internet no s transformaram os mtodos de aquisio e de produo de informao,

    NOVOS PARADIGMAS EDUCATIVOS E AMBIENTAIS

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    como se tornaram ferramentas de ensino e de aprendizagem fundamen-tais; O acesso a informao digital e o nmero de computadores na escola vai continuar a aumentar estando previsto que no futuro todos os alunos te-nham acesso a hardware sem fios o que implica a cobertura total dos edif-cios por rede informtica;Abertura da escola comunidade exterior, de modo a promover a formao ao longo da vida a certificao de competncias; A organizao espacial da escola reflecte-se neste processo, na medida em que define o suporte fsico de todas as actividades realizadas e em particular interfere na forma como os diferentes membros da comunidade escolar (alunos; docentes; funcio-nrios; pais e encarregados de educao) interagem entre si, se relacionam com a aprendizagem e adquirem conhecimentos e vrias competncias.

    Na escola, a transmisso e gerao de conhecimentos suportado na interac-o social e informacional. A par do reportrio de saberes organizados - cur-riculum formal, o modo como se estabelecem os contactos informais entre os diferentes membros da comunidade escolar, i.e. a aprendizagem que ocorre fora do espao e do tempo da sala de aula e.g. no recreio, no refeitrio ou nos corredores - curriculum informal - e a mensagem - sinais ou estmulos que es-pelhem o projecto educativo adoptado - que captada quando se percorre a escola tambm descrita como o curriculum oculto desempenham um papel relevante neste processo e podem motivar na comunidade escolar uma cultura de aprendizagem.Se para o cumprimento do curriculum formal so necessrios um conjunto de espaos lectivos com caractersticas e equipamentos apropriados s prticas pedaggicas adoptadas, a forma como os restantes espaos da escola so or-ganizados e geridos pode ter um impacto significativo na ocorrncia de oportu-nidades de aprendizagem informal, encorajar alunos e docentes a permanecer mais tempo na escola e a participar activamente no projecto educativo e por-tanto contribuir para criar uma atitude de aprendizagem. Neste sentido devem ser promovidas condies para o desenvolvimento de ac-tividades de aprendizagem de mbito informal, no confinadas exclusivamente ao espao da sala de aula, a par do investimento na criao de espaos interio-res e exteriores para uso de toda a comunidade escolar (espaos sociais e de convvio), que funcionem como lugares de encontro informal e de actividades extra-curriculares.A diversidade de actividades de natureza colaborativa, exploratria e experi-mental previstas no curriculum, implica a presena de espaos e equipamentos que permitam a sua realizao dentro e fora do perodo lectivo.

    13 INTRODUO

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    MODELOS CONCEPTUAIS

    MODELO CONCEPTUAL DE ORGANIZAO ESPAO-FUNCIONAL

    O modelo de interveno seguido no ProgramadeModernizaodasEscoladoEnsinoSecundrio prope a reorganizao do espao escolar a partir da arti-culao dos diferentes sectores funcionais que o compem, de modo a garantir condies para o seu funcionamento integrado e permitir a abertura comuni-dade exterior em perodos ps-lectivos. Os sectores funcionais considerados referem-se a:

    (1) Ncleo de aprendizagem formal; (2) Ncleo de biblioteca/centro de recursos; (3) Ncleo de espaos desportivos; (4) Ncleo de espaos sociais e de convvio; (5) Ncleo de recepo, gesto/ administrao e atendimento geral; (6) Ncleo de direco; (7) Ncleo de docentes; (8) Ncleo de funcionrios; (9) Ncleo de formao de adultos e certificao de competncias.

    (ver fig. 1 )Pretende-se que o espao escolar no seu todo se estabelea como um elemen-to difusor de um ambiente de aprendizagem. Para o efeito propem-se que os vrios sectores funcionais da escola sejam ar-ticulados atravs de um percurso - learning street constituindo uma suces-so de espaos (interiores e exteriores) de valncia diversificada, relacionados com diferentes situaes de aprendizagem (formal e/ou informal) e integran-do: (1) reas para a exibio de trabalhos/contedos didcticos de mbito per-manente e/ou temporrio; (2) reas para exposio de acervos museolgicos

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    (espao da memria e do conhecimento); (3) reas para apoio a actividades ex-tra-curriculares (clubes) e (4) reas para estudo informal da comunidade edu-cativa. Este percurso deve ser facilmente legvel e identificvel e os espaos que lhe esto associados devem dispor de boas condies de acessibilidade visual, po-tenciando condies de vigilncia natural. O investimento na promoo de um ambiente de aprendizagem requer o re-foro de mensagens visuais que possam ser descodificadas facilmente e por-tanto assimiladas pela comunidade escolar. Neste sentido torna-se impor-tante assumir a zona destinada a biblioteca, como o corao da escola: um espao fsico e visualmente acessvel comunidade escolar a partir da entrada. A mensagem veiculada a partir da condio de centralidade simblica a de um espao de aprendizagem e trabalho pautado pela presena de livros, aberto, confortvel e onde todos so bem-vindos. A visibilidade funciona aqui para fo-mentar a sua utilizao pela comunidade e difundir uma prtica de aprendiza-gem. Semelhante estratgia deve ser aplicada nas reas destinadas ao ensino das cincias, das tecnologias e das artes, i.e. s zonas laboratoriais ou oficinais. Ao pretender difundir uma cultura cientfica, tecnolgica e/ou artstica na esco-la importante que estes espaos sejam transparentes de modo a que a co-munidade escolar no s tenha conhecimento da sua existncia mas que possa tirar partido da sua presena, i.e. ver e participar no que se passa l dentro e deste modo estimular a ateno e o interesse dos alunos para este tipo de aprendizagem. Do mesmo modo ao expor os trabalhos dos alunos pelos espa-os de circulao e de maior visibilidade est-se a divulgar as suas capacidades, premiar o seu esforo e empenho.

    16 MODELOS CONCEPTUAIS / MOD. CONCEPTUAL DE ORG. ESPAO-FUNCIONAL

    salas de aula

    Espaos No especializados

    Labora-trios

    oficinas

    Lojaconveni-

    ncia

    cantinaBar

    salapolivalente

    Auditrio

    Espaos especializados

    Aprendizagem informal

    vesturios

    pausa

    funcionrios

    espaos desportivos

    recepo

    Atendimento

    arquivoDireco

    Pausa

    atendimento

    preparaoavaliaoformao

    rea com possibilidade de automatizao para funcionamento extra-horas lectivas

    docentesformaoadultos

    (CNO)

    biblioteca

    Centrode recursos

    gesto

    salaalunos

    salas de APOIOLECTIVO

    ARTESTIC

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    g. 1 articulao e organizao dos sectores funcionais do espao escolar

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    1. Ncleo de aprendizagem formal Constitudo por espaos para ensino no especfico (e.g. salas de aula), espa-os para ensino especfico (e.g. laboratrios, oficinas, estdios) e espaos de apoio (e.g. salas de pequenos grupos):

    Salas de aula

    A diversidade de modelos de aprendizagem previstos no curriculum formal, implica espaos de sala de aula flexveis, i.e. com dimenso, configurao, equipamento fixo (calhas tcnicas, quadro, meios audiovisuais) e mobili-rio com capacidade adaptativa para permitir responder a diferentes tipos de prticas pedaggicas, designadamente:Aprendizagens centradas na exposio e na apresentao de contedos(aprendizagem passiva);Aprendizagens centradas na recolha de informao, discusso, deciso, ex-perimentao/simulao (aprendizagem activa e interpessoal);Aprendizagens suportada em meios informticos:Espaos especficos, destinados ao ensino experimental das cincias (labo-ratrios + salas de preparao/trabalho); das tecnologias (oficinas + espaos de arrumo/apoio; laboratrios informticos /salas TIC) e das artes.

    2. Ncleo de biblioteca/centro de recursos exibindo forte condio de centralidade fsica e simblica no espao da escola

    A par da sua localizao privilegiada no conjunto do espao escolar coinci-dente com o centro funcional e simblico da escola, os espaos destinados a biblioteca respondem aos princpios de funcionalidade, de dimensionamento e de conforto ambiental propostos pelo programa da Rede de Bibliotecas Es-colares (RBE). Procura-se associar ao espao da biblioteca uma grande flexibilidade, de modo a possibilitar uma utilizao variada alargada comunidade e a pes-soas com mobilidade condicionada e necessidades educativas especiais e a adaptar-se no tempo a novas solicitaes decorrentes do crescimento po-pulacional e de alteraes curriculares e tecnolgicas, mediante alteraes pouco dispendiosas.

    3. Ncleo de espaos desportivos

    Os espaos destinados a educao fsica e ao desporto integram o ginsio, pavilho polidesportivo (remodelao quando existente), campos cobertos e descobertos, e zona de balnerios; Deve ser previsto o acesso independente para abertura comunidade, com possibilidade de total separao dos de-mais espaos da escola;

    SECTOREs fUNCIONAIS

    1 7 MODELOS CONCEPTUAIS / MOD. CONCEPTUAL DE ORG. ESPAO-FUNCIONAL

  • MP A

    4. Ncleo de espaos sociais e de convvio

    Este ncleo constitui o ponto de concentrao de actividades sociais e de convvio, devendo ser encarado como uma zona de utilizao alargada a toda a comunidade escolar. No conjunto do espao escolar, deve estar posicio-nado em zonas de grande centralidade e na convergncia de percursos fre-quentes. constitudo por (1) ncleo de alunos; (2) sala polivalente; (3) loja de convenincia; (4) bar / cantina:

    Ncleo de alunos

    Este ncleo constitui-se como uma rea de permanncia encerrada (com eventual possibilidade de prolongamento para o exterior) destinado a:apoiar a socializao - convvio e encontro - no espao da escola em condi-es de bem-estar e segurana;encorajar alunos e docentes a permanecer mais tempo na escola;contribuir para a criao de uma atitude de cidadania;fomentar uma cultura de aprendizagem atravs da disponibilizao de espa-os de estudo informal.

    Procura-se associar aos espaos deste ncleo uma grande flexibilidade fun-cional, de modo a possibilitar uma utilizao variada (polivalente) ao longo do perodo lectivo, em particular nos intervalos entre blocos de aulas, inter-valos do almoo ou entre turnos, bem como aps o encerramento das acti-vidades lectivas, incluindo fins-de-semana e perodos de frias. As activida-des previstas para estes espaos incluem o encontro/convvio, as refeies informais, os jogos de mesa, o apoio a estudo informal, trabalhos de grupo e actividades extra-curriculares. Sempre que possvel a loja de convenincia, agrupando as reas de livraria/papelaria e reprografia, dever estar integra-da neste ncleo.Sempre que possvel deve ser considerado o seu prolongamento para o exte-rior, preferencialmente protegido por cobertura, de modo a criar uma zona para convvio ruidoso, com capacidade para a instalao de jogos de mesa (e.g. tnis de mesa, matraquilhos). A Associao de Estudantes deve estar lo-calizada na confluncia da rea nuclear com visibilidade directa a partir des-ta. Nestes espaos deve ser dada particular ateno s condies de con-forto ambiental, nomeadamente ao nvel da acstica, de modo a controlar o rudo interno resultante do uso e das caractersticas especficas dos seus utilizadores preferenciais os alunos.

    Espao polivalente

    Permitindo a realizao de assembleias e outros eventos de mbito alargado bem como a utilizao por alunos para efeitos de convvio. Dada a sua utilizao pontual, nem sempre se justifica a construo de um espao com caractersticas de auditrio (com custos de construo, equipa-mento e manuteno elevados), podendo estas actividades serem suporta-das em espaos multifuncionais i.e. reconvertveis, com base em estratgias de flexibilidade (e.g. divisrias amovveis; palco e/ou bancadas removveis;). Deve estar posicionado em zona com fcil acesso do exterior e capacidade de autonomizao face restante rea da escola.

    18 MODELOS CONCEPTUAIS / MOD. CONCEPTUAL DE ORG. ESPAO-FUNCIONAL

  • MP A

    Espao de alimentao

    Caracterizado pela existncia de zonas especficas de bar e cantina/cozinha deacordo com a regulamentao actual, garantindo a sua polivalncia;

    5. Ncleo de recepo, gesto/administrao e atendimento geral

    Os espaos de recepo, gesto/administrao (secretaria) e de atendimen-to geral representam a face pblica da escola e como tal importante que estes espaos sejam visualmente agradveis e transmitam sinais que permi-tam reconhecer o ambiente e a viso da escola. Nos espaos administrativos, onde se estabelece o contacto com a face insti-tucional da escola, desejvel a inexistncia de barreiras entre as vrias re-as funcionais dos sectores de atendimento e os utilizadores. Paralelamente recomenda-se a utilizao de salas em open space pelos servios adminis-trativos evitando compartimentaes estanques. Estes espaos devem estar associados a zona de arquivos. A localizao de painis informativos e quiosques informticos para acesso a informao diversa bem como a criao de condies para a exposio de materiais diversos so aspectos que devem ser considerados.

    6. Ncleo de direco

    Os espaos destinados direco da escola devem estar posicionados em zonas de grande centralidade, promovendo a sua visibilidade e ao mesmo tempo permitindo equipa com responsabilidades directas no funcionamen-to da escola o acesso facilitado s vrias zonas da escola. Devem integrar: Gabinetes de trabalho; Salas de reunio articulados com os gabinetes de tra-balho; reas de recepo e atendimento.

    7. Ncleo de docentes

    O contacto docente/aluno em ambiente de sala de aula ou de tutoria cons-titui apenas uma parte da actividade profissional do docente. O planeamen-to e preparao de aulas e de trabalhos experimentais, a avaliao do traba-lho dos alunos, a transmisso de informao aos encarregados de educao bem como a participao em aces de formao contnua complementam a sua actividade docente (PPAF). A escola deve providenciar espaos onde os docentes possam desenvolver as actividades de PPAF, reunir e socializar com colegas e relaxar/descontrair nos intervalos entre aulas. Para o efeito torna-se necessrio dotar este ncleo de: Espaos de pausa (sala de professores) centralizada relativamente ao edif-cio, atractiva e sossegada, equipada com mobilirio confortvel e TIC (com-putadores e acesso a internet); Gabinetes de trabalho organizados por departamento ou rea (ncleo disci-plinar), dotados de postos de trabalho individualizveis e com possibilidade de personalizao (prticas de trabalho individual), acesso a TIC e capacida-de de arrumo de materiais de docncia; aconselhvel a proximidade do cen-tro de recursos; Salas de reunio/formao de docentes (prticas de trabalho colaborativo) articulados com os gabinetes de trabalho posicionados de modo a fomentar a interaco entre docentes e entre estes e os alunos; reas para atendimento de pais e encarregados de educao;

    1 9 MODELOS CONCEPTUAIS / MOD. CONCEPTUAL DE ORG. ESPAO-FUNCIONAL

  • MP A

    Instalao sanitria.8. Ncleo de funcionrios

    Os espaos destinados aos funcionrios da escola devem integrar: Sala de pausa com copa: rea de vesturio; instalao sanitria.

    9. Ncleo destinado a formao de adultos e certificao de competnciasOs espaos destinados a actividades de formao de adultos e certificao decompetncias (Centro Novas Oportunidades) devem estar posicionados em zonas com fcil acesso do exterior e capacidade de autonomizao face res-tante rea da escola. Devem integrar: Gabinetes de trabalho; Salas de reunio articulados com os gabinetes de trabalho; reas de recepo e atendimento.

    Nvel 5

    Nvel 4

    Nvel 3

    Nvel 2

    Nvel 1

    SALAS DEAPOIO LECTIVO

    TIC

    Oficinas

    DocenteS

    Direco

    Administrao

    EntradaRecepo

    AUDITRIOSALA

    POLIVALENTE

    ESPAOsDesportivos

    ARTES

    Laboratrios

    SALAS DE AULA

    Funcionrios

    Formaode Adultos

    (CNO)

    Aprendizagem INFormal

    Bar/ Cantina

    Sala de Alunos

    Loja de ConveninciaBiblioteca

    ESPAO DAMEMRIA E DO CONHECIMENTO

    anel 2

    anel 1

    g. 2 Organizao do espao escolar

    20 MODELOS CONCEPTUAIS / MOD. CONCEPTUAL DE ORG. ESPAO-FUNCIONAL

  • MP A

    NVEIS DE HIERARQUIZAO FUNCIONAL

    A reorganizao do espao escolar baseia-se na definio de dois anis que se intersectam no ncleo de Ncleo social e de convvio(fig2)

    anel 1

    Directamente acessvel pela entrada/recepo, integra os sectores que per-mitem ser utilizados pela comunidade exterior em perodos ps-lectivos, no-meadamente os ncleos de: (1) Formao de adultos e certificao de com-petncias (CNO); (2) Biblioteca + Centro de Recursos; (3) Espaos Sociais e de Convvio: espao de conhecimento e da memria, sala polivalente/auditrio, bar/cantina e espaos de aprendizagem informal; (4) reas desportivas.

    anel 2

    Articula os espaos lectivos, a direco, e o ncleo de docentes.

    2 1 MODELOS CONCEPTUAIS / MOD. CONCEPTUAL DE ORG. ESPAO-FUNCIONAL

  • MP AMP A

  • MP A

    PrOCEDIMENTOS PARA ENTREGA dO PROJECTO

    Programa Base

    Aps visita escola a intervir e a entrega por parte da PARQUE ESCOLAR, EPE do Programa Funcional (elaborado em conjunto com a escola) do pro-jecto de modernizao, dever ser desenvolvido um Programa Base.

    Os desenhos apresentados devero ser escala 1/200 com clara indi-cao das diferentes reas funcionais. Devero ser desenhos elucida-tivos da proposta e sempre que possvel apresentar imagens em pla-no, corte e alado.

    Estudo Prvio

    Aps aprovao do Programa Base, os projectistas devero passar fase do Estudo Prvio, tendo em conta que a elaborao do projecto de Arquitectura e das restantes especialidades dever ser o mais desenvolvido possvel. Deve ser entregue uma coleco em papel e uma base digital em formato DWF por cada reviso e por cada especialidade.

    Projecto: Execuo

    Aps aprovao por parte da PARQUE ESCOLAR, EPE do Estudo Prvio, o projectista dever proceder elaborao do Projecto de Execuo, incluindo as respectivas medies e Condies Tcnicas Especiais e todos os elemen-tos que iro fazer parte do processo para lanamento de concurso de em-preitada. Devem ser entregues 3 coleces em papel e uma base digital em formato DWF por cada reviso e por cada especialidade.

    Projecto: Licenciamento

    Com a entrega do Projecto de Execuo dever ser facilitado um processo de licenciamento nos termos exigidos pela autarquia correspondente. Devem ser entregues elementos no nmero exigidos pelas autarquias mais 2 exem-plares para a PARQUE ESCOLAR, EPE.

    PROCEdIMENTOs

    23

  • MP A

    NOTAS

    Todos os contactos com entidades oficiais so efectuados atravs da PAR-QUE ESCOLAR, EPE; caso alguma equipa de arquitectura ou especialidades seja questionada directamente, a resposta ter de ser objecto de validao pela Administrao ou pela Direco de Infra-estruturas respectiva.Nas peas desenhadas a nomenclatura e rea de cada compartimento deve-r estar includa dentro do desenho do prprio, no atravs de listagem lateral.As legendas das peas desenhadas devero conter o logtipo da PARQUE ESCOLAR,EPE que ser fornecido no incio do desenvolvimento dos projectos.

    Sendo o programa de modernizao um projecto pblico, necessrio proce-der elaborao de painisem formatoA1 para apresentao das interven-es de cada escola. A sua elaborao depende da entrega por parte das equipas de arquitectura dos seguintes elementos:

    1 Imagem representativa do projecto (perspectiva, modelao 3D, fotografias de maqueta ou eventualmente desenhos dos alados).

    2 Planta de implantao em formatodwg:

    A planta nodeve conter cotas nem elementos grficos que interfiram com uma leitura clara da proposta; deve ser o mais simplificada possvel, apenas com os elementos fundamentais para uma boa compreenso do projecto (ver fig. 3), com indicao do Norte;Todas as linhas na cor251 (referncias Autocad Autodesk);Trama ( hatch) das coberturas existentes na cor254 (referncias Autocad Autodesk);Trama ( hatch) das coberturas da construo nova na cor61,61,61(refern-cias Autocad Autodesk).

    3 Plantas de piso de todo o conjunto dos edifcios (formatodwg), apenas com a seguinte informao (ver exemplo fig. 4):

    linhas em corte e em vista;vos;legenda dos espaos;As linhas de corte devero ser impressas na cor7(referncia Autocad Au-todesk);As linhas em vista e vos devero ser impressos na cor8(referncia Autocad Autodesk);A legenda dos espaos dever ser feita com base num cdigo de cores pr-definido pela Parque Escolar que se encontra no ficheiro LAYOUT-PAINEIS PE.dwg anexo;Nodeve ser representado qualquer mobilirio, bem como loias sanitrias, linhas de corte, cotagens, etc.

    24 PROCEDIMENTOS PARA ENTREGA DO PROJECTO

    PAINIS DE APRESENTAO

  • MP A

    N

    Construo Nova

    fig. 3 apresentao-tipo de implantao

    fig. 4 apresentao-tipo de plantas

    2 5 PROCEDIMENTOS PARA ENTREGA DO PROJECTO

  • MP AMP A

  • MP A

    Nota Introdutria

    O captulo seguinte deve ser lido numa perspectiva de boas prticas de Ar-quitectura Solar Passiva ou Bioclimtica, onde se referem linhas de orienta-o que no so prescritivas. Nesta ptica a Eficincia Energtica deve ser aliada do menor consumo e emisses possveis no perodo de vida til dos edifcios.Nos Edifcios Escolares agora reabilitados e complementados por novos cor-pos, deve ser bem ponderado o grau de interveno arquitectnica face implementao obrigatria de Sistemas Activos / AVAC, que se acredita po-der dar resposta continuada e fivel s carncias de salubridade e conforto interior.

    Noo de Conforto e Salubridade

    Dadas as condies previsveis de uso das escolas, consideramos que nos es-paos sem AVAC as temperaturas de bolbo seco podem oscilar entre os 18 C e os 28 C (limites admissveis para Inverno e Vero, que podero ser excedi-dos em 5% do perodo lectivo).As patologias de origem termo/higromtricas tm geralmente origem nas pontes trmicas onde ocorrem condensaes e patologias associadas. Nas escolas com maioria de espaos lectivos fortemente ventilados h uma dimi-nuio dos perigos associados ao excesso de humidade relativa.

    Arquitectura Bioclimtica

    A arquitectura bioclimtica procura proteger e adequar os espaos s suas funes garantindo o conforto ambiental face agressividade do meio/clima envolvente. Assim, o edifcio deve funcionar como um modelador climtico privilegiado garantindo o conforto e salubridade de forma passiva e evitando recorrer a formas activas ou mecnicas de compensao na climatizao.

    Eficincia Energtica

    Os edifcios com sistemas e equipamentos devero ter o menor consumo energtico possvel.

    TRMICA E EFIcINCIA ENERGTICA CONCEITOS GERAIS

    27

  • MP A

    A escolha dos sistemas, equipamentos e a sua gesto deve seguir critrios onde a eficincia energtica seja maximizada prioritariamente.Os custos reais de manuteno/explorao devero ser reduzidos assim como as inerentes emisses de GEE e a contribuio para o aquecimento global que pe em risco a sustentabilidade.

    Proteger os vos com sombreamento vertical mvel pelo exterior.Deve prever-se a possibilidade de ventilao natural transversal em todos os espaos de ocupao continuada.Isolar fortemente todas as coberturas.Ventilar as mesmas, sobre o isolamen-to, se forem escuras.Os vos exteriores devero ter vidro duplo com tratamento trmico excepto quando se conservem as caixilharias.O isolamento das empenas cegas dever ser feito sempre que possvel. O isolamento nos opacos das fachadas s deve ser feito na nova construo.A ventilao mecnica, com forte expresso, deve prever sistemas de recu-perao de calor.Dever ser sempre feita a compatibilizao com a iluminao natural, a acs-tica e a segurana.Dever ser feito um balano trmico ou simulao dinmica das condies de projecto por software acreditado.

    Nota: Nos edifcios existentes, dever ser delimitado o grau de interveno, ex-cluindo da reabilitao a envolvente opaca vertical, j que o isolamento ou cor-reco trmica das fachadas apresentam geralmente constrangimentos de na-tureza tcnica e so economicamente muito penalizadores.

    PRINCPIOS GERAIS / PRINCPIos de INTERVENO

    28 TRMICA E EFIC. ENER. / CoNcepO e soluES TCNICAS

  • MP A 2 9 TRMICA E EFIC. ENER. / CoNcepO e soluES TCNICAS

    CONCepO E SOLUES TCNICAS

    Princpios Gerais de Organizao Espacial (Layout)

    Ao organizar os espaos funcionais deve ter-se em considerao que os es-paos orientados e abertos: A Sul so zonas naturalmente mais confortveis e adequadas s funes de ocupao continuada; A Norte as zonas sero as menos quentes e de iluminao mais difusa, ade-quadas a ocupaes mais pontuais com grande afluncia (e.g. sala polivalen-te) ou instalao de espaos com necessidade de arrefecimento (e.g. salas TIC); A Nascente e a Poente sero zonas mais problemticas, visto serem relati-vamente frias no Inverno e mais quentes e difceis de proteger do Sol rasan-te no Vero;Deve ter-se o cuidado em evitar salas com fachadas com grande percenta-gem de vos expostos a duas orientaes (onde no se inclui o Norte) vis-to potenciarem o aquecimento de Vero. Na generalidade os edifcios devem ter como eixo mais longo o Nascente-Poente.

    Estrutura

    Os elementos estruturais devem ser aparentes para o interior e facilmente varridos pelo ar vindo do exterior e o de circulao interior;Deve prever-se a possibilidade de instalao de painis solares trmicos e foto voltaicos orientados a Sul nas coberturas com inclinaes optimizadas. Nas zonas de grande afluncia de usos e densidade de ocupao e/ou per-manncia devem ter ps-direitos altos de forma a garantir o maior volume de ar por ocupante. A profundidade dos espaos e corpos deve estar directamente relaciona-da com a altura dos vos, necessidades de iluminao natural (vide captu-lo iluminao natural) e ventilao transversal (garantida por dispositivos de abertura na fachada / vos e na parede oposta aos vos).

  • MP A

    Envolvente dos Edifcios

    Na construo nova a envolvente do edifcio deve, sempre que possvel, ser termicamente isolada pelo exterior da massa trmica interna, podendo ser feita como pele exterior continua (tipo ETICS ou/e fachada ventilada). As pa-redes duplas devem ser isoladas do lado interior da caixa-de-ar(o pano mais espesso deve ser o interior). Em reabilitao deve ser fortemente ponderada a implementao de isolamentos ou medidas correctivas em opacos de fa-chadas;As caixa-de-ar devero ventiladas especialmente se a cor exterior for escura. A cobertura dever igualmente ser ventilada pelo exterior do isolamento sempre que a sua cor no seja clara. Em coberturas inclinadas o isolamento deve ser colocado sobre a laje de esteira e sob o desvo ventilado. O isola-mento na cobertura deve ser cerca de 30% superior ao das paredes verticais;As coberturas horizontais devero ter um sistema de isolamento invertido sempre que haja presena de telas de impermeabilizao;Os vos e envidraados devero ter uma transmisso trmica baixa, sempre que possvel, no ser excessivamente repartidos, nem apresentar caixilha-rias demasiado expressivas;A colocao dos vos deve ser feita na continuidade dos isolamentos das pa-redes e no deve haver enchimento no topo das caixas-de-ar / isolamento em paredes duplas.

    Vos, Sombreamento e Ventilao

    Os vos devero ter uma dimenso e configurao que permita uma adequa-da iluminao do espao anexo, geralmente em profundidade, onde a sua al-tura e proximidade do tecto reflector importante;Os vos devem permitir aberturas entrada de ar exterior ao nvel dos ocu-pantes para ventilao directa quando necessrio (e dever permitir uma ventilao nocturna permanente no Vero garantindo uma segurana ade-quada);Nos vos orientados a Sul podero ser includos reflectores horizontais tipo prateleiras reflectoras horizontais a um nvel superior ao campo de viso e circulao a uma altura de cerca de 2.0 m de altura, que se podem estender para o interior;O sombreamento a Sul pode ser feito por palas fixas horizontais exteriores, superiores ao vo com uma dimenso de cerca de 1/3 da sua altura. Esta pala pode ser subdividida (laminas horizontais). O sombreamento a Sul deve-r ser complementado por dispositivos mveis verticais exteriores de obscu-recimento parcial (evitando a forte radiao do cu no Vero);Os vos a Nascente e Poente no necessitam de prateleiras embutidas, mas devero ter a mesma possibilidade de garantir a ventilao natural que tm os vos a Sul. O seu sombreamento deve tambm ser garantido por dis-positivos mveis verticais exteriores de obscurecimento que garantam uma reduo penetrao solar no inferior a 70%;A Nascente e Poente rvores de folha caduca de dimenso adequada, fron-tais e na proximidade dos vos podero funcionar de sombreador;A Norte dever haver o cuidado de garantir o tipo de ventilao enunciado

    30 TRMICA E EFIC. ENER. / CoNcepO e soluES TCNICAS

  • MP A

    acima. No existe uma grande necessidade de proteco por sombreamento, embora possa ser garantida por palas verticais ou dispositivos mveis ver-ticais quando de grande dimenso. H no entanto que garantir, assim como nas outras orientaes, o obscurecimento da sala na zona do quadro/projeco;

    Os sombreadores dos vos nas vrias orientaes devero ser colocados pelo exterior, no bloqueando a possibilidade de ventilao natural.

    Compartimentao e Cores Interiores

    A compartimentao dever ter em conta as profundidades adequadas ilu-minao natural dos vos verticais (vide captulo iluminao natural), e ga-rantir uma ventilao transversal e exausto de ar das salas sem prejuzo das condies acsticas requeridas.Os tectos falsos, a existir, devem ser soltos da laje superior e permitir uma franca circulao de ar da sala na laje, devendo ser descontnuos e/ou com francas alhetas perifricas.As cores dos tectos devero ser claras nas salas que requerem bons nveis de iluminao natural no seu todo. As paredes devem igualmente ser claras sempre que a presena de janelas seja forte.

    Iluminao Natural

    Deve garantir-se a existncia de iluminao natural na generalidade, onde alm dos bons nveis de intensidade, deve evitar-se a ofuscao. Em geral, a profundidade de uma sala no deve ser superior a 3 vezes a altu-ra do vo adjacente. Sempre que necessrio deve prever-se a existncia de dispositivos de som-breamento exteriores, reflectores horizontais e atenuadores verticais ou di-fusores luz solar directa.Todas as fachadas devero, na generalidade, ser generosamente abertas embora deva ser tida especial ateno num sombreamento adequado e uma especificao cuidada da trmica e radiao solar nos envidraados.A iluminao zenital deve ser feita com cuidado, sendo sempre que poss-vel feita com envidraados voltados a Sul, com luz projectada essencialmen-te difusa, protegidos adequadamente e com possibilidade de abertura para ventilao.

    Dispositivos Complementares

    Como estratgia complementar poder-se-, quando adequado, fazer uso de estratgias evaporativas directas ou indirectas para arrefecimento de ar ou de espaos. Como dispositivo complementar ao solar passivo poder-se- incluir chamins solares para apoio extraco de ar de ventilao natural.Poder-se- igualmente incluir painis solares trmicos a ar, orientados no quadrante Sul ou nas coberturas (com mais 20% de rea), para apoio de aquecimento aos espaos mais desfavorecidos no Inverno. Dever-se- incluir painis solares trmicos para apoio de aquecimento de guas sanitrias ou de cozinha, onde por cada duche a tomar poderemos

    3 1 TRMICA E EFIC. ENER. / CoNcepO e soluES TCNICAS

  • MP A

    prever prximo de 0,5 m2 de painel. prevista a possibilidade de instalar uma rea de painis foto voltaicos com uma potncia de cerca de 150 kWp (prximo de 1000 m2).Em espaos de ocupao exclusivamente diurna no de prever a instalao de trombe walls.Caso se justifique poder-se- fazer uso das condies e energia geotrmi-ca por permutadores a ar ou a gua, assim como aproveitar algum lenol de gua subterrnea para colocao de permutadores ou outro aproveitamen-to.

    32 TRMICA E EFIC. ENER.

  • MP A

    PRIORIDADE NA INTERVENO NOS ESPAOS - PARA A MAIORIA DAS SITUAES CLIMTICAS

    Salas de Aula e Laboratrios

    Ventilao Natural e/ou Forada + Arrefecimento Passivo (e.g. ventilao nocturna e arrefecimento geotrmico)Proteco dos Vos por Sombreadores Exteriores (palas fixas e/ou verticais mveis)Recuperao de Calor/Frio de Ventilao (permutadores)Isolamento de Coberturas (forte isolamento)Vidros Duplos (em janelas amplas e caixilhos esbeltos)Isolamento nas Paredes Exteriores (exterior massa trmica interior)

    Salas TIC

    Ventilao Natural e/ou Forada + Arrefecimento Activo (AVAC) ou Passivo (e.g. ventilao nocturna e arrefecimento geotrmico)Proteco dos Vos por Sombreadores Exteriores (palas fixas e/ou verticais mveis)Boa Orientao dos Vos Envidraados e Aberturas (1. a Norte)Isolamento de Coberturas (forte isolamento)

    Bibliotecas

    Ventilao Natural e/ou Forada + Arrefecimento Passivo (e.g. ventilao nocturna e arrefecimento geotrmico);Proteco dos Vos por Sombreadores Exteriores (palas fixas e/ou verticais mveis);Isolamento da Envolvente (1. coberturas; 2. vidros duplos; 3. paredes e pa-vimentos exteriores);

    PRIorIDADes NA INTERVENO

    3 3 TRMICA E EFIC. ENER.

  • MP A

    Boa Orientao dos Vos Envidraados (1. a Sul com difusores se necessrio; 2. a Norte);Recuperao de Calor / Frio de Ventilao (permutadores).

    Auditrio / Sala Polivalente

    Ventilao Natural e / ou Forada + Arrefecimento Activo (AVAC);Baixa Inrcia Trmica (isolamento pelo interior);Bom Isolamento da Envolvente;Recuperao de Calor/Frio de Ventilao (permutadores).

    Refeitrio

    Ventilao Natural e/ou Forada;Proteco dos Vos por Sombreadores Exteriores (palas fixas e/ou verticais mveis);Recuperao de Calor / Frio de Ventilao (permutadores);Isolamento de Coberturas (forte isolamento).

    Pequenas Salas de Reunio

    Ventilao Natural e/ou Forada;Isolamento da Cobertura;Boa Orientao dos Vos Envidraados (1. a Sul; 2. a Norte).

    Secretaria

    Ventilao Natural e/ou Forada + Arrefecimento Activo (AVAC) ou Passivo (e.g. ventilao nocturna e arrefecimento geotrmico);Proteco dos Vos por Sombreadores Exteriores (palas fixas e/ou verticais mveis);Boa Orientao dos Vos Envidraados e Aberturas (1. a Sul; 2. a Norte);Isolamento de Coberturas (forte isolamento).

    Espaos de Aprendizagem Informal

    Ventilao Natural Controlada.Proteco dos Vos por Sombreadores Exteriores (palas fixas e/ou verticais mveis).Boa Orientao e/ou Dimensionamento dos Vos.

    Pavilho Desportivo

    Ventilao Natural Controlada.Isolamento da Cobertura.Dimensionamento adequado dos vos.

    34 TRMICA E EFIC. ENER.

  • MP A

    BALANO TRMICO DE SALA DE AULA TIPO EM EDIFCIOS EXISTENTES

    Balano de Inverno com % das perdas Capacidade de poupana no Inverno (%)

    Ventilao

    janelas

    cobertura

    PAREdes exteriores

    57

    23

    182

    ganhos solares de vero

    ventilao

    janelas

    cobertura

    PAREdes exTeriores

    66

    19

    8

    6

    1

    72

    12

    8

    7

    1

    50

    26

    222

    Sala aula tipo

    Cenrio 1 - 60% janelas fechadas

    Capacidade de poupana no Vero (%) Balano de Vero com % dos ganhos

    ANTES DA REAbILITAO APS DA REAbILITAO

    SaLA DE AULA -TIPOCenrio 1 / 60% janelas. fachada

    PRESSUPOSTOS DE CLCULO IMPLCITOS NOS GRFICOSrea = 60 m2 | P-direito = 3.5 m2 | Largura de fachada = 8.5 m2 | % de janelas na fachada = 60 % (sem orientao definida) | Ocupao de sala = 26 pessoas Taxa de renovao de ar = 30 m3/h pessoa Temp. mnima de clculo de Inverno = 4 C Temperatura mxima de clculo de Vero = 35 C Ganhos solares instantneos de Inverno = 50 W/m2 | Ganhos solares instantneos de Vero = 350 W/m2 Us (W/m2 C) do existente: Cobertura = 1.4 (clara ou ventilada); Paredes exteriores = 1.0 ; Paredes interiores = 1.5; Janelas = 6.0 | Us (W/m2 C) do reabilitado: Cobertura = 0.35; Paredes exteriores = 0,6; Paredes interiores = 1.5; Janelas = 2.0 | No reabilitado considermos umarecuperao efectiva no ar de renovao de 40% No reabilitado considermos que a proteco solar s permitia a passagem de 25 a 30% da radiao.

    3 5 TRMICA E EFIC. ENER.

  • MP A 36MP A

  • MP A

    APOIO TCNICO

    ENTRADA DO EDIFCIO

    Dever conter uma zona de balco para recepo;Prever um espao adjacente destinado a rea tcnica;Poder conter o Espao Memria e Zona de Exposies rea de exposio temporria do esplio cientfico das escolas.

    ZONA ADMINISTRATIVA

    Dever ser localizada de forma a permitir um fcil atendimento ao pblico e alunos;Entrada independente do acesso dos alunos;Controlo visual sobre as reas dos alunos.

    SALA POLIVALENTE

    Espao com aproximadamente 250 m2, permitindo a colocao de bancada retrctil com capacidade para no mnimo 200 pessoas. Permite uma utiliza-o para ginsio, sala de dana, sala de convvio e exposies. Prever acesso independente para abertura comunidade, com possibilidade de total separao dos demais espaos da escola;Garantir acesso no mnimo a uma instalao sanitria por sexo e uma para pessoas de mobilidade reduzida, sem comprometer a total separao dos restantes espaos da escola em alturas de abertura comunidade. Incluir uma zona de arrumos de apoio sala polivalente.

    CoNSIDERAES GERAIS

    3 7

  • MP A

    ESPAOS DESPORTIVOS

    Integram o ginsio, pavilho polidesportivo (remodelao quando existente), campos cobertos e descobertos, e zona de balnerios;Prever acesso independente para abertura comunidade, com possibilidade de total separao dos demais espaos da escola;Poder ser previsto um sistema de encerramento do campo coberto atravs de grelhas / ripas nas faces laterais, que permita uma ventilao natural.

    Nota: A dimenso dos recintos aqui apresentada meramente indicativa. Aconselha-se a consulta dos regulamentos de cada um dos desportos, para anlise das exigncias especficas de cada recin-to de jogo.

    Dimenso de campo polidesportivo com cobertura:44 x 25 metros; p direito de 7 metrosPermite a utilizao por trs turmas em simultneo;Permite a implantao de todos os recintos acima referidos.

    Segurana na fixao de balizasAs balizas dependem de cada modalidade, pelo que devem ser consideradas mangas de fixao de postes, prevendo os negativos no pavimento.

    ARQUIVO

    Dever ser prevista rea de arquivo morto atravs de um sistema de estan-tes compactas.

    ARMAZM

    Dever ser prevista uma rea de armazm da escola com cerca de 50 m2 com acesso de nvel ao exterior.

    38 Apoio TCNICO / CONSIDERAES GERAIS

    jogo

    Basquetebol

    Andebol

    Voleibol

    Futsal

    Comprimento

    28 m (min. 26 m)

    40 m

    18 m

    min: 25 m / mx: 42 m

    Largura

    15 m (min. 14 m)

    20 m

    9 m

    min: 15 m / mx: 25 m

    ALtura livre

    7 m

    observaes

    Zona livre em redor do recinto com um mnimo de 2 m de largura em todos os lados.

    Zona livre em redor do recinto com um metro ao longo das linhas laterais e 2 metros atrs das goal lines.

    Zona livre em redor do recinto com um mnimo de 3 m de largura em todos os lados.

    O recinto de jogo deve ser rectngular

    DIMENSEs do caMPO de JOGO

  • MP A

    MQUINAS DE VENDING

    Existem dois tipos de mquinas, as mquinas mistas (comidas e bebidas) e as mquinas de bebidas quentes, as quais devem ter a localizao e as ligaes abaixo referidas:a mquina mista deve estar no bar ou nas suas imediaes, na zona de convvio de alunos, mas afastada do balco;a mquina de bebidas quentes deve estar junto sala de pausa de docentes, ou no seu interior em alternativa, numa zona de copa (caso esta esteja prevista em projecto). Idealmente, deve ser prevista uma segunda mquina de cada tipo (tendo em conta que a populao da escola dever aumentar), mas a localizao dessas mquinas ainda no est definida e deve ser discutida com a escola.

    >Quanto s dimenses, depende do concorrente vencedor. Contudo, a ttulo in-dicativo devem considerar-se as seguintes dimenses (alt. x larg. x prof.):Mquina mista: 1,83 m x 0,90 m x 0,90 m;Mquina de bebidas quentes: 1,83 m x 0,52 m x 0,625 m.

    > Ao nvel das ligaes deve considerar-se o seguinte:1 Mquinas de vending

    a) Soluo geral>Uma mquina mista dispensadora de comidas/bebidas nas imediaes do bar:

    1 tomada de energia;1 tomada de rede de dados RJ 45.

    >Uma mquina dispensadora de bebidas quentes junto sala de professores:1 tomada de energia;1 tomada de rede de dados RJ45;1 ponto para abastecimento de gua.

    b) Deve prever-se a duplicao destas mquinas, com as mesmas caractersti-cas e necessidades, nas escolas de maior dimenso. Nestes casos, a disposio destes segundos equipamentos (uma mista e outra de quentes) deve localizar-se nas reas de maior circulao (a confirmar caso a caso sob proposta da Ar-quitectura).

    2 So ainda necessrias tomadas de rede de dados RJ45 (a considerar sempre li-gadas) nos seguintes locais:

    Caixa do bar;Caixa da Loja do Estudante;Caixa da reprografia;Secretaria (ponto de aluguer de espaos).

    CIRCULAO VIRIA

    Separao da entrada de pessoas e viaturas;O estacionamento das viaturas no dever entrar em conflito com os espaos de permanncia dos alunos, constituindo um espao perfeitamente autnomo. Quando no for possvel criar autonomia, no haver estacionamento;

    3 9 Apoio TCNICO / CONSIDERAES GERAIS

  • MP A 40 Apoio TCNICO

    Prever um acesso independente para a zona de cargas e descargas;A circulao viria dentro do recinto da escola dever estar condicionada pe-las exigncias de circulao de viaturas de emergncia de acordo com a le-gislao de segurana contra incndios.

    ESPAOS EXTERIORES

    Prever facilidade de manuteno e economia de custos ao nvel das espcies arbreas, pavimentos, materiais utilizados e consumos de gua.

    MOBILIDADE CONDICIONADA

    Ver informao do Manual de Projecto para a Acessibilidade nas Escolas.

  • MP A

    ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

    VIDROS, VOS E CAIXILHARIAS

    Sempre que possvel devero ser mantidos os caixilhos passveis de ser recu-perados.Em edifcios existentes, a recuperar, a caixilharia deve ser sem cor-te-trmico.Quando utilizado vidroduplo o esquema de aplicao deve ser o seguinte:

    NOTA: Na referncia do tipo NN.X: X indica o nmero de pelculas de butiral de polivinil.

    < 2440 x 1450 mm

    vidroexterior

    < 2440 x 4800 mm

    Caixilharia debatente ou fixa

    Caixilharia de correr

    < 2440 x 1450 mm

    6 mm

    8 mm

    6 mm

    < 2440 x 4800 mm

    < 2440 x 1450 mm

    10 mm

    6 mm

    Guardas e coberturas / A < 0.5 m2 / ref 33.1 3,3

    4,4

    5,5

    6,6

    A < 2 m2 / ref 44.2

    2 m2 < A < 4.5 m2 / ref 55.2

    4.5 m2 < A < 6 m2 / ref 66.2

    vidro temperado / espessura

    vidro laminado dimenses em milmetros

    vidrointerior

    4 1 Apoio TCNICO

  • MP A

    TECTOS

    Os tectos falsos devem apresentar com franca acessibilidade s instalaes especiais sem necessidade de desmontagens nem a criao de alapes.As cores a utilizar em espaos de ensino devem ser claras, de modo a permi-tir, em termos luminotcnicos, ndices de reflexo mnimos de 70 % no tecto; 50 % nas paredes e 20 % no pavimento;

    (ver sobre esta matria, mais informao em Manual de Projecto da Instala-es Tcnicas)

    COBERTURAS

    Dever ser feito um estudo cuidado do estado das telhas cermicas de co-bertura, prevendo a sua substituio sempre que apresentem desagregao da sua superfcie.Qualquer cobertura em fibrocimento dever ser obrigatoriamente substituda.Ser necessrio substituir todos os elementos estruturais de madeira das coberturas que apresentem fungos, bolores ou xilfagosAs coberturas horizontais devero ter um sistema de isolamento invertido.

    42 Apoio TCNICO

  • MP A

    ESPAOS ESPECFICOSDIAGRAMAS E CONCEITOS

    4 3 Apoio TCNICO

    1. Biblioteca

    2. Sala Polivalente

    3. Salas de Aula

    4. Espaos para o Ensino Experimental das Cincias

    5. Salas de Artes

    6. Salas de Tecnologias de Informao e Comunicao (TIC)

    7. Oficinas: Cursos de Electricidade / Electrnica

    8. Oficinas: Cursos de Informtica

    9. Oficinas: Cursos de Mecnica

    10. Conselho Executivo

    11. Secretaria

    12. Salas Trabalho Professores

    13. Ncleos Museolgicos

    14. Ncleo de Formao de Adultos e Certificao de Competncias

    15. Balnerios

    16. Cozinha

    17. Portaria

    18. Sala de Alunos / Espao Estudante / Loja do Aluno

    19. Unidade de Referncia para Necessidades Educativas Especiais

  • MP A 44 Apoio TCNICO / espaos especficos

    No modelo de reorganizao do espao escolar adoptado atribudo bibliote-ca um lugar de evidncia sendo assumida como o corao da escola: um es-pao que se destaca pela sua centralidade fsica e simblica. A mensagem que se procura veicular a de um espao de trabalho pautado pela presena de livros, aberto, confortvel e onde todos so bem-vindos. O investimento na acessibilidade fsica e visual funciona aqui para fomentar a sua utilizao e di-fundir uma prtica de aprendizagem. A par da sua localizao privilegiada no conjunto do espao escolar coincidente com o centro funcional e simblico da escola, os espaos destinados a biblio-teca respondem aos princpios de funcionalidade, de dimensionamento e de conforto ambiental propostos pelo programa da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE). Procura-se associar ao espao da biblioteca uma grande flexibilidade, de modo a possibilitar uma utilizao variada alargada comunidade e a pesso-as com mobilidade condicionada e necessidades educativas especiais e a adap-tar-se no tempo a novas solicitaes decorrentes do crescimento populacional e de alteraes curriculares e tecnolgicas, mediante alteraes pouco dispen-diosas.O espao destinado biblioteca definido em funo do nmero de alunos e organizado em cinco reas, nomeadamente:1 reaNuclear, constituda por 4 zonas distintas:

    Zonadeacolhimento destinada a atendimento, servio de emprstimo, pos-to de consulta do catlogo e de informaes, localizada junto entrada com controlo visual para as restantes reas pblicas;Zonadeleiturainformal destinada a leitura informal de peridicos (revistas, jornais), lbuns e obras de fico e localizada prximo da entrada;Zonadeconsultadadocumentao em qualquer suporte (fundo documen-tal) para utilizao integrada da documentao nos diferentes suportes e de equipamentos de leitura udio, vdeo e informticos portteis; apoio a traba-lho individual e de grupo; Zonadeconsultaeproduomultimdia para utilizao integrada de equi-pamento informtico (computadores, scanners, impressoras, webcams, m-quinas fotogrficas e cmaras de filmar digitais); apoio a trabalho individual e de grupo;

    2 readagestoedotratamentodocumental destinada a trabalho da equi-pa de funcionrios e de tratamento documental e localizada numa zona com acesso visual para a rea nuclear;3 SalaTICdeapoiobiblioteca(utilizaopolivalente) destinada a apresen-

    taes multimdia, conferncias, debates e actividades de apoio curricular em grupo ou em turma) e com possibilidade de acesso autnomo pelo exterior;4readearmazenamento para depsito de materiais;5reaexpositiva para exibio temporria de contedos temticos e integra-

    da na zona de circulao e de acesso rea nuclear.

    BIBLIOTECA1.

  • MP A

    consulta de documentao

    zona de leitura informal

    zona de acolhimento

    zonamultimdia

    zona deexposies

    sala TICde apoio biblioteca

    acessoacesso

    gabinete

    arquivo

    *

    acesso fsico

    acesso fsico e visual

    acesso facultativo

    diviso mvel que permite a visualizao de todo o espao

    esta rea no contabilizada na rea global, podendo ocupar uma rea de circulao, com maior amplitude, de acesso biblioteca e exterior a esta.*

    possibilidade de palco

    Rea OcuPADAPELAS BANcadas

    REtrCTEIS

    local preferencial de acesso

    apoio sala

    camarim /vestirio

    acesso fsico

    diviso mvel que permite a visualizao de todo o espao

    local preferencial de acesso

    Nos espaos destinados a biblioteca dada particular ateno s condies de conforto ambiental, nomeadamente ao nvel de: acstica, de modo a evitar o rudo do exterior e controlar o rudo interno resultante do uso e das caracters-ticas especficas dos seus utilizadores preferenciais os alunos; da Iluminao impedindo a entrada directa do sol no espao da biblioteca e adaptando a ilu-minao artificial natureza das reas funcionais e compartimentao dos espaos recorrendo ao mobilirio.

    4 5 Apoio TCNICO / espaos especficos

    1.

  • MP A

    Quanto rede elctrica e de comunicaes a sua planificao feita em fun-o das reas funcionais, do nmero de utilizadores, dos servios de apoio e de alteraes ou ampliaes futuras, prevendo sempre o acesso Internet sem fios em todas as reas. So ainda utilizados materiais no comburentes e in-combustveis e previstos sistemas de combate a incndios (sensores, asper-so automtica), extintores estrategicamente colocados e adequados ao tipo de materiais existentes e sinaltica de apoio aos utilizadores em situaes de emergncia. O mobilirio e equipamentos por rea so adaptados s diferen-tes reas e zonas funcionais e s caractersticas prprias de funcionamento de cada uma e dos seus destinatrios, respondendo a critrios de robustez e flexi-bilidade.

    Indicaes

    Deve ser localizada numa zona central, de fcil acesso a partir das salas de aulas, preferencialmente no piso trreo de forma a prever a sua acessibilida-de a utilizadores de mobilidade reduzida sem recurso a meios mecnicos.Garantir boa iluminao natural e controlo da intensidade da luz atravs de sistemas de obscurecimentoPrever climatizao dos espaos.Prever insonorizao.Utilizar materiais no comburentes e incombustveis.Evitar configuraes rectangulares com acesso pelo topo.A zona multimdia dever ter rea suficiente para incluir 16 computadores (com uma utilizao de 2 alunos por cada computador).O espao global dever ter uma rea compreendida entre 411-490 m2.A rea mnima admitida de 350 m2.

    Nota: Consultar em conjunto com o documento da rede de biblioteca escolares - Bibliotecas para o Ensino Secundrio.

    1.

    46 Apoio TCNICO / espaos especficos

  • MP A

    entrada

    entrada

    zona de leiturainformal 45m2

    zona de acolhimento40m2

    consulta de documentao

    125m2

    zona multimdia - 75m2

    sala polivalente50m2

    arquivo20m2

    gabinete25m2

    luz natural

    luz natural

    lu

    z

    na

    tu

    ra

    ll

    uz

    n

    at

    ur

    al

    : controlo visual

    1.

    exemplo de configurao de biblioteca - 1

    47 Apoio TCNICO / espaos especficos

  • MP A 48 Apoio TCNICO / espaos especficos

    1.

    exem

    plo

    de

    con

    fig

    ur

    ao

    de

    bib

    lio

    teca

    - 2

    entrada

    zona multimdia - 75m2

    lu

    z

    na

    tu

    ra

    ll

    uz

    n

    at

    ur

    al

    zona de acolhimento40m2

    zona de leiturainformal 45m2

    Arquivo20 m2

    sala polivalente50m2

    entrada

    lu

    z

    na

    tu

    ra

    l

    gabinete25m2

    : controlo visual

  • MP A

    QuadroElctrico>Sim, trifsico, preferencialmente embebido, instalado a 1,5 m do pavimentoIluminaoNormal>Nvel recomendado: 500 lux, com um mximo de 10 W/mC>Tipo de aparelhos de iluminao: Seco rectangular, para uma lmpada fluo-

    rescente de 49 W do tipo T5/16 mm, equipados com balastro electrnico, com-ponente ptico/reflector de seces parablicas em alumnio mate ou brilhan-te com um mnimo de 99,99% de pureza, com controlo de encandeamento para UGR 19 e com um rendimento no inferior a 80%. As lmpadas a incorporar nos aparelhos devero ter um ndice de restituio de cor no mnimo de 80 e uma temperatura de cor de 4.000 K.

    >Comando: O comando da iluminao dever ser feito na zona da recepo da bi-blioteca ou em quadro de comando prprio.

    IluminaodeSegurana > A adequada para proporcionar a sada em segurana do espao pelos utilizadores

    TomadasdeEnergia> De acordo com o documento Rede Nacional de Bibliotecas Escolares.

    TomadasdeTelecomunicaes>De acordo com o documento Rede Nacional de Bibliotecas Escolares.

    Segurana>Detector de fumos>Detector volumtrico

    CaminhosdeCaboseInfra-estruturas>Calha tcnica de rodap em PVC com IK mnimo de 09 para a calha e de 07 para o

    sistema completo com acessrios, colocada a 0,30 m do pavimento, com dois ca-nais com separador e com duas tampas.

    >De acordo com o lay-out poder haver necessidade de serem consideradas ca-lhas e caixas de pavimento para aparelhagem.

    AVAC >Sistema independente de ar condicionado, por Roof-Top com ou sem recupera-

    o de calor (conforme as condies) ou sistemas VRF com unidades interiores com recuperao dependente dos volumes a tratar.

    INSTALAES ELCTRICAS, DE TELECOMUNICAES, DE SEGURANA E AVAC

    4 9 Apoio TCNICO / espaos especficos

    1.

  • MP A

    consulta de documentao

    zona de leitura informal

    zona de acolhimento

    zonamultimdia

    zona deexposies

    sala TICde apoio biblioteca

    acessoacesso

    gabinete

    arquivo

    *

    acesso fsico

    acesso fsico e visual

    acesso facultativo

    diviso mvel que permite a visualizao de todo o espao

    esta rea no contabilizada na rea global, podendo ocupar uma rea de circulao, com maior amplitude, de acesso biblioteca e exterior a esta.*

    possibilidade de palco

    Rea OcuPADAPELAS BANcadas

    REtrCTEIS

    local preferencial de acesso

    apoio sala

    camarim /vestirio

    acesso fsico

    diviso mvel que permite a visualizao de todo o espao

    local preferencial de acesso

    SALA POLIVALENTE | AUDITRIO

    Indicaes

    Espao com aproximadamente 250 m2, permitindo a colocao de bancada retrctil com capacidade para no mnimo 200 pessoas. Permite uma utiliza-o para ginsio, sala de dana, sala de convvio e exposies;Prever acesso independente para abertura comunidade, com possibilidade de total separao dos demais espaos da escola;Garantir acesso no mnimo a uma instalao sanitria por sexo e uma para pessoas de mobilidade condicionada, sem comprometer a total separao dos restantes espaos da escola em alturas de abertura comunidade;Assegurar um p direito mnimo de 2,70 m, na zona mais alta da bancada re-trctil;Incluir uma zona de arrumos de apoio sala polivalente;Prever climatizao dos espaos;Prever tratamento acstico;Utilizar materiais no comburentes e incombustveis.Caso existam cursos de expresso dramtica no programa funcional, os es-paos atribuidos ao funcionamento desdes cursos devero estar na proximi-dade da sala polivalente.

    2.

    50 Apoio TCNICO / espaos especficos

  • MP A

    QuadroElctrico>Sim, trifsico, preferencialmente em espao anexo.

    IluminaoNormal>Nvel recomendado: mximo de 500 lux.>Tipo de aparelhos de iluminao: O adequado ao espao, devendo atender-se aos

    custos de explorao (w/mC) e de manuteno;>O comando da iluminao dever ser feito em quadro prprio para comandos,

    preferen-cialmente em sala anexa. Este quadro dever conter tambm o coman-do manual do ecr.

    IluminaodeSegurana >A adequada para proporcionar a sada em segurana do espao pelos utilizadores

    TomadasdeEnergia>6 Tomadas duplas na zona do palco, para kits de iluminao, colunas de som e regie;>1 Tomada trifsica na zona do palco;>1 Tomada simples no tecto (Videoprojector);>1 Alimentao para o motor do ecr;

    TomadasdeTelecomunicaes>Em nmero adequado na zona de palco, no mnimo 2 tomadas RJ45;>1 Tomada RJ45 simples no tecto (Videoprojector);>1 Tomada RJ45 simples, na parede do lado da circulao, junto ao tecto (reserva

    para antena wireless);>1 Tomada TV na zona de palco, para regie.

    Segurana>Detector de fumos>Detector volumtrico

    CaminhosdeCaboseInfra-estruturas>Caminhos de cabos no acessveis ao pblico;>Um caminho constitudo por calha ou tubo VD, neste caso com o dimetro mnimo

    de 50 mm, entre o vdeo projector e a zona de tomadas que servem o professor, para instalao de um cabo VGA com com terminais moldados. As prumadas se-ro sempre embebidas.

    AVAC >Sistema independente de ar condicionado, por Roof-Top com ou sem recuperao

    de calor (conforme as condies) ou sistemas VRF com unidades interiores com recuperao dependente dos volumes a tratar.

    INSTALAES ELCTRICAS, DE TELECOMUNICAES, DE SEGURANA E AVAC

    5 1 Apoio TCNICO / espaos especficos

    2.

  • MP A

    quadrobranco

    quadrobranco ou

    interactivo

    placardexpositivo

    projectorno tecto entrada

    zona decabides

    placardexpositivo

    placardexpositivo

    planta

    luz natural

    luz natural

    quadrobranco

    quadrobranco ou

    interactivo

    placardexpositivo

    2.00 2.00 1.50

    1.20

    2.00

    alado

    sala de aula normal

    sala de aula de pequenos grupos

    sala de aula de grandes grupos

    50 m2

    20 a 40 m2

    100 m2

    Indicaes

    P direito mnimo: 2,70 m;Iluminao natural esquerda dos quadros (vistos de frente) ou iluminao zenital;Ser necessrio prever opacidade superior a 90% no primeiro tero dos vos mais prximos dos quadros expositivos, nos restantes vos prever opacidade igual ou superior a 70%;Prever tela para projeco sobre o quadro branco quando no existir quadro interactivo;Localizar o quadro elctrico junto ao vo de entrada, preferencialmente na parede detrs da porta;Paredes com acabamento em cores claras e impermeveis;Pavimento de material impermevel, resistente a trfego intenso e abraso;Tecto com tratamento acstico;Vo de entrada com visionamento para o interior da sala;

    SALAs de aula3.

    52 Apoio TCNICO / espaos especficos

  • MP A

    configurao 1

    configurao 2

    configurao 3

    5 3 Apoio TCNICO / espaos especficos

    3.

    mesas individuais

    para permitir versatilidade na configurao adequada no projecto educativo de cada disciplina/escola.

  • MP A

    QuadroElctrico>Sim, trifsico, para 10 KVA, preferencialmente embebido, instalado a 1,5 m do pavimento

    IluminaoNormal>Nvel recomendado: 500 lux, com um mximo de 10 W/mC>Tipo de aparelhos de iluminao: Seco rectangular, para uma lmpada fluo-

    rescente de 49W do tipo T5/16 mm, equipados com balastro electrnico mul-ti-potncia, componente ptico/reflector de seces parablicas em alumnio mate ou brilhante com um mnimo de 99,99% de pureza, com controlo de encan-deamento para UGR 19 e com um rendimento no inferior a 80%. As lmpadas a incorporar nos aparelhos devero ter um ndice de restituio de cor no mni-mo de 80 e uma temperatura de cor de 4.000 K. Os aparelhos de iluminao de-vero ser instalados na perpendicular parede do quadro do professor.

    >Comando: O comando da iluminao dever ser feito entrada da sala por inter-mdio de interruptores ou comutador de lustre.

    TomadasdeEnergia>3 Tomadas simples na parede por trs do professor ou na parede contgua a esta.>3 Tomadas duplas por parede (do lado dos alunos);>1 Tomada dupla por trs do professor para o quadro interactivo;>1 Tomada simples no tecto (Vdeo projector).

    INSTALAES ELCTRICAS, DE TELECOMUNICAES, DE SEGURANA E AVAC

    3.

    54 Apoio TCNICO / espaos especficos

    quadro branco cermico cabides placard expositivo

    placard expositivo

    calha tcnica no primeiro da sala a 30cm do pavimentoquadro interactivo

    (1 em cada 3 salas)paredes com acabamento em material impermevel de cores claras

    pavimento de material impermevel, resistente a trfego intenso e abraso

  • MP A

    TomadasdeTelecomunicaes>1 Tomada RJ45 simples, por baixo das tomadas de energia que servem o pro-fessor;>1 Tomada RJ45 simples, por baixo das tomadas de energia para o quadro inte-

    ractivo;>1 Tomada RJ45 simples no tecto (Videoprojector);>1 Tomada RJ45 simples, na parede do lado da circulao, junto ao tecto (reser-

    va para antena wireless);

    SistemasdeChamadas>Um boto de chamada, na parede atrs do professor, a 0,60 m do pavimento.

    Segurana>1 Detector de fumos>1 Detector volumtrico

    CaminhosdeCaboseInfra-estruturas>Calha tcnica de rodap em PVC com IK mnimo de 09 para a calha e de 07 para

    o sistema completo com acessrios, colocada a 0,30 m do pavimento, com dois canais com separador e com duas tampas.

    >Duas descidas verticais embebidas e dimensionadas para 25 cabos UTP.>Dois tubos VD32 no tecto, sendo um proveniente do quadro elctrico e o ou-

    tro do caminho de cabos de telecomunicaes da circulao adjacente e ter-minando cada um em caixa com tampa, o mais possvel ao centro da sala

    >Um tubo VD25 embebido na parede do quadro do professor, partindo da calha tcnica e terminando numa caixa com tampa, a uma altura de 2,2 m e a meio da parede, para possvel ligao de um aparelho de iluminao.

    >Um tubo VD25 embebido na parede do quadro do professor, partindo da calha tcnica e terminando numa caixa de aparelhagem com tampa, ao lado do bo-to de chamada, a 0,60 m do pavimento.

    >Um caminho constitudo por calha ou tubo VD, neste caso com o dimetro m-nimo de 50 mm, entre o vdeo projector e a zona de tomadas que servem o professor, para instalao de um cabo VGA com terminais moldados. As pru-madas sero sempre embebidas.

    AVAC>Aquecimento e ventilao e eventualmente arrefecimento, nas condies de-

    finidas no manual de instalaes tcnicas.>Dever haver regulao individual por sala, ou grupo de salas na mesma fa-

    chada, no mximo de quatro salas.

    5 5 Apoio TCNICO / espaos especficos

    3.

  • MP A

    Na maioria das escolas portuguesas, as reas afectas ao ensino das cincias: fsica, qumica, biologia e geologia integram exclusivamente espaos de labo-ratrio associados a salas de preparao e de armazenamento de materiais e equipamentos. Esto em regra posicionadas em zonas do edifcio com acesso limitado e fraca visibilidade face ao conjunto escolar. A par do desgaste fsico a que tm sido sujeitos e da precariedade das redes infra-estruturais, incapazes de responder s exigncias actuais, denotam sinais de obsolescncia funcional derivados da alterao das condies de uso iniciais, da evoluo dos curricu-la e das prticas experimentais e do recurso a meios computacionais. Ao adop-tarem uma organizao espacial rgida, decorrente da utilizao de mobilirio fixo, inviabilizam a prtica de diferentes modos de ensino-aprendizagem e di-ficultam adaptaes a situaes em que se pretende uma aprendizagem mais activa.As medidas agora propostas tm em considerao que a eficcia do ensino das cincias est dependente da existncia de espaos prprios, fsica e visualmen-te acessveis no conjunto do espao escolar e concebidos de modo a permitir diferentes modos de ensino bem como a facilitar o desenvolvimento de traba-lho experimental de natureza diversa a par de trabalho de pesquisa individual ou em grupo. Defende-se que, ao criar oportunidades de aprendizagem na rea das cincias, suportadas em ambientes apropriados, adaptveis e estimulantes est-se no s a concorrer para o desempenho educativo, como tambm a con-tribuir para despertar o interesse e o envolvimento dos alunos para contedos de valncia cientfica.As solues propostas tiveram em conta a anlise dos currculos escolares, a anlise de desenvolvimentos recentes na concepo de espaos escolares, no-meadamente no Reino Unido, e os resultados da reflexo conjunta entre pro-fessores, arquitectos, engenheiros de diversas especialidades, fornecedores de mobilirio e equipamento de laboratrio e especialistas de ensino e divulgao das cincias. Para alm da correco de problemas construtivos e da melhoria das condies de conforto ambiental, pretende-se adequar os laboratrios s necessidades actuais do ensino, nomeadamente as decorrentes da existncia de aulas com turmas divididas em dois turnos, da existncia de clubes de cincias e de novas reas curriculares no disciplinares e do uso integrado de tecnologias de infor-mao e comunicao e de medio assistida por computador.

    ESPAOS PARA O ENSINO EXPERIMENTAL DAS CINCIAS

    4.

    56 Apoio TCNICO / espaos especficos

  • MP A

    Indicaes

    Os laboratrios existem preferencialmente aos pares, sempre que possvel com uma sala de apoio comum entre ambos, onde colocado equipamento que pode ser partilhado (e.g., hotte; armrios de reagentes, armrio de ferra-mentas, etc.). Caso no seja possvel emparelhar laboratrios, cada laborat-rio deve ter acesso sem escadas a uma sala de apoio num raio de 20 metros;O conjunto laboratrios, sala de preparao classificado em matria de segurana contra incndios como local de risco A: "Lquidos inflam-veis em quantidades no superiores a 10L" Art 10 2-b do Decreto-Lei n 220/2008;Sempre que possvel, h visibilidade atravs de paredes transparentes entre os laboratrios e as salas de apoio, partir de 1,40 m de altura do pavimento e em 2/3 da extenso da parede;Os laboratrios tm uma organizao espacial flexvel, com bancadas amplas e amovvel (0,80 m x 1,80 m) para 3 a 6 alunos, que permitem trabalho em p ou sentado em bancos;As paredes laterais tm bancadas fixas com pontos de gua, calha tcnica e prateleira a toda a extenso (1,80 x 0,80 m e 0,90 m de altura). Sob as banca-das existem armrios para arrumao, dotados de fechaduras com um si