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  • ATENO DOMICILIAR

    MANUAL INSTRUTIVO

  • Sumrio

    1 Ateno Domiciliar..................................................................................................................xx

    2 Organizao da Ateno Domiciliar segundo a Portaria 2.527............................................xx

    3 Composio das Equipes EMAD e EMAP..............................................................................xx

    4 Ateno Domiciliar e a constituio das Redes de Ateno Sade (RAS)......................xx

    5 Princpios da Ateno Domiciliar de acordo com a Portaria 2.527......................................xx

    6 Critrios de Incluso nas Modalidades de Ateno Domiciliar.............................................xx

    7 Adeso ao Componente Ateno Domiciliar da Rede de Ateno s Urgncias................xx

    8 Condies para habilitao.......................................................................................................xx

    9 Monitoramento & Avaliao/Sistemas de Informao.........................................................xx

    ANEXO A - Roteiro tcnico para elaborao do detalhamento do componente

    ateno domiciliar do Plano de Ao Regional da Rede de Ateno s Urgncias................xx

    ANEXO B - Roteiro tcnico para elaborao do Projeto de Implantao do Programa

    de Ateno Domiciliar.................................................................................................................xx

  • 1 Ateno Domiciliar

    A demanda por melhorias na qualidade da ateno e por cuidado integral sade, alm do

    envelhecimento da populao associada transio epidemiolgica que vem ocorrendo no pas tm

    fortalecido estratgias, mecanismos e prticas inovadoras de cuidado em sade com destaque para o

    surgimento de formas de cuidar prximas ao domiclio, como Estratgia de Sade da Famlia, os

    servios de atendimento domiciliar teraputico destinados a pacientes com HIV/ Aids, propostas de

    cuidados paliativos domiciliares, entre outros (MERHY, 2010).

    Os servios de ateno domiciliar surgiram na dcada de 1960 e vm se multiplicando no Brasil

    mais intensamente a partir da dcada de 1990, criando a necessidade de regulamentao de seu

    funcionamento e de implantao de polticas pblicas com o objetivo de incorporar sua oferta s

    prticas institucionalizadas no Sistema nico de Sade (SUS) (MERHY, 2010).

    A ateno domiciliar consiste numa modalidade de ateno sade substitutiva ou

    complementar s j existentes, caracterizada por um conjunto de aes de promoo sade,

    preveno e tratamento de doenas e reabilitao prestadas em domiclio, com garantia de

    continuidade de cuidados e integrada s redes de ateno sade.

    Assim, o ambiente domiciliar e as relaes familiares a institudas, que diferem da relao

    estabelecida entre equipe de sade e paciente, tendem a humanizar o cuidado, (re) colocando o usurio

    no lugar mais de sujeito do processo e menos de objeto de interveno.

    Segundo Feuerwerker & Merhy (2008), a casa possibilita um novo espao de cuidado que

    pode remeter a uma identificao e proximidade do cuidador para alm da funo tcnica e da

    instituio hospitalar. Este novo local permite um leque de opes na produo do cuidado e uma

    maior autonomia para a famlia do usurio (CARVALHO, 2009)

    Vale ressaltar, que o cuidado aqui referido no entendido como um nvel de ateno do

    sistema, nem como um procedimento simplificado, mas como uma ao integral.

    A Ateno Domiciliar foi instituda pela portaria 2.029 de 24 de agosto de 2011 que foi

    substituda pela portaria 2.527 de 27 de outubro de 2011 e foi produto de um importante processo de

    negociao e pactuao tripartite que contou com vrios momentos nos quais, Ministrio da Sade e os

    gestores municipais e estaduais, representados pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de

    Sade (CONASEMS) e Conselho Nacional de Secretrios de Sade (CONASS), respectivamente,

    consideraram o acmulo das experincias concretas realizadas no cotidiano do SUS e da poltica

    direcionada internao domiciliar vigente antes desta portaria.

    Com o objetivo de permitir que os municpios com menor porte populacional tambm pudessem

    ter implantados em seu territrio servios de ateno domiciliar com o apoio do Ministrio da Sade,

  • foi publicada nova portaria (GM 2.527 de 27 de outubro de 2011), que redefine a ateno domiciliar

    no mbito do SUS e a portaria (GM 1.533 de 16 de julho de 2012), que altera e acresce dispositivos a

    portaria 2.527/2011.

    2 Organizao da Ateno Domiciliar segundo a Portaria 2.527/2011 e Portaria 1.533/2012

    A AD, no mbito do SUS, dever ser organizada em trs modalidades, definidas a partir da

    caracterizao do paciente cuidado e do tipo de ateno e procedimentos utilizados para realizar o

    cuidado dos mesmos:

    AD1: destina-se aos usurios que possuam problemas de sade controlados/compensados e com

    dificuldade ou impossibilidade fsica de locomoo at uma unidade de sade, que necessitam de

    cuidados com menor frequncia e menor necessidade de recursos de sade. A prestao da assistncia

    na modalidade AD1 de responsabilidade das equipes de ateno bsica, incluindo equipes de Sade

    da Famlia e Ncleos de Apoio Sade da Famlia, por meio de visitas regulares em domiclio, no

    mnimo, uma vez por ms.

    AD2: destina-se aos usurios que possuam problemas de sade e dificuldade ou impossibilidade fsica

    de locomoo at uma unidade de sade e que necessitem de maior frequncia de cuidado, recursos de

    sade e acompanhamento contnuos, podendo ser oriundos de diferentes servios da rede de ateno. A

    prestao de assistncia sade na modalidade AD2 de responsabilidade da Equipe

    Multiprofissional de Ateno Domiciliar (EMAD) e da Equipe Multiprofissional de Apoio

    (EMAP), ambas designadas para esta finalidade.

    AD3: A modalidade AD3 destina-se aos usurios que possuam problemas de sade e dificuldade ou

    impossibilidade fsica de locomoo at uma unidade de sade, com necessidade de maior frequncia

    de cuidado, recursos de sade, acompanhamento contnuo e uso de equipamentos, podendo ser

    oriundos de diferentes servios da rede de ateno sade. A prestao de assistncia sade na

    modalidade AD2 de responsabilidade da Equipe Multiprofissional de Ateno Domiciliar (EMAD) e

    da Equipe Multiprofissional de Apoio (EMAP), ambas designadas para esta finalidade.

    Para a admisso de usurios nas modalidades AD2 e AD3 fundamental a presena de cuidador

    identificado.

    Nas modalidades AD2 e AD3, dever ser garantido, se necessrio, transporte sanitrio e

    retaguarda de unidades assistenciais de funcionamento 24 horas, definidas previamente como

    referncia para o usurio, nos casos de intercorrncias.

    Recomenda-se que os Servios de Ateno Domiciliar obedeam a lgica da adscrio de

    clientela.

  • A EMAD dever atender a uma populao adstrita de 100 mil habitantes, com base no local de

    residncia do usurio, e poder estar alocada nos diversos tipos de servios de ateno sade tais

    como hospital, Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades Bsicas de Sade (UBS), devendo

    estar vinculada administrativamente ao SAD, no devendo haver superposies de EMAD em uma

    mesma base territorial ou populacional.

    Nos casos de municpios com populao entre 40 mil e 100 mil habitantes, a populao a adstrita

    EMAD deve ser a totalidade dos habitantes do municpio.

    Para dar suporte e complementar as aes de sade da ateno domiciliar, quando clinicamente

    indicadas, ser designada 1 (uma) EMAP.

    Podemos resumir que todos os municpios com uma EMAD implantada podero implantar uma

    EMAP e a cada 03 (trs) EMAD a mais, far jus possibilidade de implantar mais uma EMAP, de

    acordo com o diagrama abaixo:

    O municpio ao atingir a populao de 150.000 (cento e cinqenta mil) habitantes, poder

    constituir uma segunda EMAD e poder constituir, sucessivamente, uma nova EMAD a cada 100.000

    (cem mil) novos habitantes, de acordo com o diagrama abaixo:

    ...

    De 40.000

    149.999 hab.

    De 150.000

    249.999 hab.

    De 250.000

    349.999 hab.

    De 350.000

    449.999 hab.

    1 EMAD 2 EMAD 3 EMAD 4 EMAD

    ...

  • Podero ser admitidos outros critrios de enquadramento ao municpio que desempenhe papel

    de referncia assistencial a outros municpios e que se encontre isolado geograficamente ou localizado

    em microrregio de sade que no possua municpio que atenda aos requisitos estabelecidos neste

    artigo, condies estas sujeitas a:

    I - aprovao pela respectiva CIB;

    II - parecer tcnico do Departamento de Ateno Bsica (DAB/SAS/MS); e

    III - manifestao favorvel do Grupo de Trabalho de Ateno Sade da CIT.

    Fica facultada a organizao do SAD a partir de arranjos diferenciados compostos por EMADs

    responsveis pelo cuidado de pacientes com caractersticas especficas, podendo-se, nesses casos,

    adscrever usurios de uma base territorial mais ampla que o territrio de 100 mil habitantes.

    3 Composio das Equipes EMAD e EMAP

    EMAD:

    - I - profissionais mdicos, com somatrio de carga horria semanal (CHS) de, no mnimo, 40

    (quarenta) horas;

    - II - profissionais enfermeiros, com somatrio de CHS de, no mnimo, 40 (quarenta) horas;

    - III - profissional fisioterapeuta e/ou assistente social, com somatrio de CHS de, no mnimo,

    30 (trinta) horas;

    - IV - auxiliares/tcnicos de enfermagem, com somatrio de CHS de, no mnimo, 120 (cento e

    vinte) horas;

    EMAP:

    A EMAP dever ter uma composio mnima de 3 (trs) profissionais de nvel superior,

    escolhidos dentre as ocupaes listadas abaixo, cuja soma das cargas horrias semanais dos

    componentes devam acumular, no mnimo, 90 (noventa) horas semanais:

    I - assistente social;

    II - fisioterapeuta;

    III - fonoaudilogo;

    IV - nutricionista;

    V - odontlogo;

    VI - psiclogo;

    VII - farmacutico; e

  • VIII - terapeuta ocupacional

    Obs: Nenhum profissional componente da EMAD e EMAP poder ter carga horria semanal

    inferior a 20 (vinte) horas.

    4 Ateno Domiciliar e a constituio das Redes de Ateno Sade (RAS)

    Os Servios de Ateno Domiciliar (SAD) - e as equipes que o compem - tm o papel de, alm

    de cuidar dos pacientes no domiclio, ajudar a fazer a gesto do cuidado dos mesmos e realizar a

    articulao dos pontos de ateno de modo a ampliar a resolutividade e a integralidade do cuidado.

    Neste sentido, os pacientes que se beneficiaro da ateno domiciliar devero ser identificados, a

    partir de protocolos especficos pactuados localmente, por diferentes equipes em diferentes

    estabelecimentos de sade. Desta forma, podemos ter vrias situaes:

    Assim, uma ESF pode indicar a insero de um idoso acamado em decorrncia de

    seqela de AVC, inserido na modalidade AD1, e que evoluiu com pneumonia

    comunitria, na modalidade AD3 sob cuidados de uma EMAD;

    Da mesma forma, um politraumatizado que d entrada numa UPA, mas que tem

    condies de ter os cuidados necessrios realizados no domiclio pode ser inserido na

    modalidade AD2 e passar a ser cuidado por uma EMAD com apoio de uma EMAP.

    Por outro lado, um paciente que est hospitalizado pode ter condies e indicao de

    concluir/continuar o plano de cuidados em casa, inserido na modalidade AD3, sob os

    cuidados de uma EMAD.

    Como foi exemplificado, poderemos ter, ento, trs origens do paciente que se beneficiar com a

    ateno domiciliar:

    - Ateno Bsica;

    - Servio de Ateno s Urgncias e Emergncias;

    - Hospital;

    As duas ltimas esto mais legitimadas e visam a uma reduo da demanda por atendimento

    hospitalar ou reduo do perodo de permanncia dos pacientes internados, alm de uma

    preocupao com uma humanizao da ateno (Rehem & Trad, 2005). Alm disso, pretende-se

    integrar, cada vez mais, a ateno domiciliar ateno bsica, representando um potente recurso para o

    cuidado dos pacientes de acordo com sua necessidade.

    Nesta mesma lgica, podemos ainda classificar a ateno domiciliar, de acordo com o tipo de

    servio que a indica, em:

  • - Pr-hospitalar: quando a AD a indicada como alternativa internao hospitalar, que seria a

    nica opo nas localidades onde a AD no existisse. Neste caso, as equipes de ateno bsica e as

    equipes que trabalham nas portas de urgncia e emergncia tm o papel de indicar a AD e acionar a

    EMAD para a conduo do caso.

    - Ps-hospitalar: quando a AD indicada como alternativa segura e prefervel para dar

    continuidade aos cuidados iniciados no hospital durante uma internao hospitalar. Neste caso, a

    equipe que trabalha no hospital tem o papel de indicar a AD e acionar a EMAD para a conduo do

    caso.

    Em ambas as situaes, essencial a articulao estreita entre os pontos de ateno. Esta

    articulao mediada por vrias questes e ferramentas, tais quais, uma regulao estruturada, o

    estabelecimento de protocolos clnicos que ajudem a definir a indicao da AD e a modalidade a qual

    o paciente estar inserido, e a capacidade de comunicao entre as equipes e os servios, de modo

    que tenhamos uma rede quente, viva, que consiga dar respostas em tempo oportuno, de forma

    qualificada e resolutiva.

    Por fim, ressaltamos que, para o bom funcionamento da ateno domiciliar como um modelo

    substitutivo e humanizador das prticas de sade, essencial uma ateno bsica qualificada e

    resolutiva. Mesmo quando o paciente est inserido na modalidade AD2 ou AD3, isto , quando a

    equipe de ateno bsica no a responsvel direta pelo cuidado do paciente em AD, esta deve

    acompanhar e apoiar a EMAD e a EMAP no cuidado, caso o paciente em ateno domiciliar faa parte

    da sua populao adscrita. Assim, quando o paciente estabiliza e migra da modalidade AD2 ou AD3

    para a modalidade AD1, a equipe de ateno bsica deve assumir a responsabilidade sobre o seu

    cuidado. Os servios de AD que no contam com a retaguarda da ateno bsica, acabam

    sobrecarregados com o cuidado de pacientes crnicos, mas estveis, que deveriam estar sob os

    cuidados das equipes de ateno bsica. Isso diminui a resolutividade do SAD, pois os pacientes mais

    complexos e geralmente cronificados (modalidade AD3), nunca recebem alta dos cuidados da

    equipe de ateno domiciliar, mesmo que j estejam estveis e possam ser acompanhados pela ateno

    bsica, isto , a taxa de permanncia est sempre elevada, gerando um ciclo vicioso.

    5 Princpios da Ateno Domiciliar

    A Ateno Domiciliar deve seguir as seguintes diretrizes:

    I - ser estruturado na perspectiva das redes de ateno sade, tendo a ateno bsica como

    ordenadora do cuidado e da ao territorial;

  • II - articular com os outros nveis da ateno sade, com servios de retaguarda e incorporado ao

    sistema de regulao;

    III - ser estruturado de acordo com os princpios de ampliao do acesso, acolhimento, equidade,

    humanizao e integralidade da assistncia;

    IV - estar inserido nas linhas de cuidado por meio de prticas clnicas cuidadoras baseadas nas

    necessidades do usurio, reduzindo a fragmentao da assistncia;

    V - adotar modelo de ateno centrado no trabalho de equipes multiprofissionais e interdisciplinares; e

    VI - estimular a participao ativa dos profissionais de sade envolvidos, do usurio, da famlia e do

    cuidador.

    6 Critrios de Incluso nas Modalidades de Ateno Domiciliar

    Critrios de incluso na modalidade AD1:

    I - apresentar problemas de sade controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade

    fsica de locomoo at uma unidade de sade;

    II - necessitar de cuidados de menor complexidade, includos os de recuperao nutricional, e de

    menor frequncia, dentro da capacidade de

    atendimento das Unidades Bsicas de Sade (UBS); e

    III - no se enquadrar nos critrios previstos para o AD2 e AD3 descritos na Portaria.

    Critrios de incluso na modalidade AD2:

    I - demanda por procedimentos de maior complexidade, que podem ser realizados no domiclio, tais

    como: curativos complexos e drenagem de abscesso, entre outros;

    II - dependncia de monitoramento frequente de sinais vitais;

    III - necessidade frequente de exames de laboratrio de menor complexidade;

    IV - adaptao do usurio e/ou cuidador ao uso do dispositivo de traqueostomia;

    V - adaptao do usurio ao uso de rteses/prteses;

    VI - adaptao de usurios ao uso de sondas e ostomias;

    VII - acompanhamento domiciliar em ps-operatrio;

    VIII - reabilitao de pessoas com deficincia permanente ou transitria, que necessitem de

    atendimento contnuo, at apresentarem condies de frequentarem servios de reabilitao;

    IX - uso de aspirador de vias areas para higiene brnquica;

    X - acompanhamento de ganho ponderal de recm-nascidos de baixo peso;

  • XI - necessidade de ateno nutricional permanente ou transitria;

    XII- necessidade de cuidados paliativos;

    XIII - necessidade de medicao endovenosa ou subcutnea; ou

    XIV - necessidade de fisioterapia semanal.

    Critrios de incluso na modalidade AD3:

    Para que o usurio seja includo para cuidados na modalidade AD3, necessrio que se verifique:

    I - existncia de pelo menos uma das situaes admitidas como critrio de incluso para cuidados na

    modalidade AD2; e

    II - necessidade do uso de, no mnimo, um dos seguintes equipamentos/procedimentos:

    a) Suporte Ventilatrio no invasivo:

    i. Presso Positiva Contnua nas Vias Areas (CPAP); e

    ii. Presso Area Positiva por dois Nveis (BIPAP);

    b) dilise peritoneal; e

    c) paracentese.

    So critrios para no incluso no SAD, em qualquer das trs modalidades, a presena de pelo

    menos uma das seguintes situaes:

    I - necessidade de monitorizao contnua;

    II - necessidade de assistncia contnua de enfermagem;

    III - necessidade de propedutica complementar, com demanda potencial para a realizao de vrios

    procedimentos diagnsticos, em sequncia, com urgncia;

    IV - necessidade de tratamento cirrgico em carter de urgncia; ou

    V - necessidade de uso de ventilao mecnica invasiva continua.

    7 Adeso ao Componente Ateno Domiciliar da Rede de Ateno s Urgncias

    Para adeso ao componente Ateno Domiciliar da Rede de Ateno s Urgncias, o gestor

    local deve encaminhar ao Ministrio da Sade o Detalhamento do Componente Ateno Domiciliar do

    Plano de Ao da Rede de Ateno s Urgncias (ANEXO A) e o Projeto de Implantao da Ateno

    Domiciliar (ANEXO B).

    O Detalhamento do Componente Ateno Domiciliar do Plano de Ao da Rede de Ateno

    s Urgncias deve ser aprovado por resoluo da Comisso Intergestores Bipartite (CIB), Colegiado de

  • Gesto da Secretaria de Sade do Distrito Federal (no caso do Distrito Federal) e pela Comisso

    Intergestores Regional (CIR), quando esta existir.

    Importante afirmar que este processo poder estar desatrelado elaborao do Plano de Ao

    Regional da Rede de Ateno s Urgncias, previsto na Portaria 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011,

    mas dever ser incorporado ao mesmo em momento oportuno.

    Abaixo, segue Fluxograma descrevendo as etapas da adeso

    Fluxograma 1 - Fluxograma para Adeso, Habilitao e Repasse de Recursos

    Gestor elabora Detalhamento do Componente AD do Plano de Ao

    da RUE e/ou Projeto de Implantao da AD isolado, de acordo com a

    Portaria 2.527/2011 e Portaria 1.533/2012 e detalhamento de acordo

    com este Manual Instrutivo (Anexo 1 e 2)

    Gestor encaminha o Detalhamento do

    Componente AD na RUE e/ou Projeto de

    Implantao da AD isolado para o

    CGAD/DAB/SAS/MS

    Anlise dos documentos enviados pelo Gestor

    DAB publica portaria especfica habilitando os

    estabelecimentos com seus respectivos SAD.

    Neste perodo de habilitao,

    o Gestor submete o projeto a

    CIR e a CIB.

    O Gestor envia a

    homologao CIB para a

    CGAD/DAB/SAS/MS

    Gestor local cadastra as

    equipes (EMAD e EMAP) no

    SCNES

    Incio do repasse dos recursos

  • 8 Condies para habilitao

    Quantidade de EMAD e EMAP proposta deve obedecer aos parmetros estabelecidos;

    a) apresentar populao igual ou superior a 40.000 (quarenta mil) habitantes, com base na

    populao estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

    b) Descrio do funcionamento do SAD, coerente com os princpios da ateno domiciliar;

    c) Apresentao dos estabelecimentos de sade que sediaro as equipes, com os respectivos

    nmero do CNES;

    d) Descrio da insero do SAD na Rede de Ateno Sade, incluindo a sua grade de

    referncia, de forma a assegurar: a) retaguarda de especialidades; b) mtodos

    complementares de diagnstico, c) internao hospitalar. Ser exigida:

    existncia de SAMU ou servio de atendimento mvel de ateno s urgncias;

    existncia de hospital de referncia* no municpio ou na regio metropolitana

    que ele integra;

    existncia de retaguarda laboratorial e diagnstica.

    * hospital que possua mais de 60 leitos, abrangendo as clnicas bsicas ou que possua UTI ou

    que esteja habilitado em oncologia.

    e) Existncia de Plano de Qualificao do Cuidador e de Educao Permanente das EMAD e

    EMAP;

    f) Existncia de mobilirio, veculo e equipamentos.

    9 Monitoramento & Avaliao/Registro das Aes Ambulatoriais em Sade- Ateno Domiciliar

    Os procedimentos produzidos pelas equipes (EMAD e EMAP) devero ser informados no

    Registro das Aes Ambulatoriais em Sade - Ateno Domiciliar (RAAS-AD), sendo importante

    para acompanhamento, repasse dos recursos e clculo dos indicadores. Para monitoramento,

    acompanhamento e avaliao locais, apresentamos os indicadores abaixo:

    1 - Indicadores da RDC n 11, de 26 de janeiro de 2006 (devem constar, necessariamente, no

    Detalhamento do Componente AD do Plano de Ao da RAU)

    2 - Indicadores propostos

  • Tabela 1 - Indicadores da RDC n 11, de 26 de janeiro de 2006

  • Tabela 2 - Indicadores sugeridos

    Indicador Tipo Descrio Mtodo de Clculo Fonte

    1. Taxa de bito

    domiciliar

    Resultado Proporo de pacientes

    em AD que vieram a

    bito no domiclio

    N de bitos de

    pacientes em AD/N

    total de pacientes em

    AD x 100

    RAAS-AD (SIA)

    2. Taxa de bito

    declarado no

    domiclio

    Resultado Proporo de pacientes

    em ateno domiciliar

    que vieram a bito no

    domiclio e que

    tiveram declarao de

    bito emitida pelo

    mdico da EMAD.

    N de D.O emitida

    pelo mdico da

    EMAD/N total de

    bitos de pacientes em

    AD ocorridos no

    domiclio x 100

    RAAS-AD (SIA)

    3. Taxa de internao

    hospitalar nas

    primeiras 48h em AD

    Resultado Relao entre o

    nmero de pacientes

    que necessitaram de

    internao hospitalar

    nas primeiras 48h de

    admisso em AD e o

    nmero total de

    pacientes em AD

    N de pacientes que

    necessitaram de

    internao hospitalar

    nas primeiras 48h aps

    admisso na AD/N

    total de pacientes em

    AD x 100

    RAAS-AD (SIA)

    4. Taxa de

    desospitalizao

    Resultado Nmero de pacientes

    em AD egressos de

    internao hospitalar

    para continuidade ou

    concluso do cuidado

    no domiclio

    N de pacientes em AD

    egressos de hospital/N

    total de pacientes em

    AD x 100

    RAAS-AD (SIA)

    5. Taxa de agudizao

    dos pacientes em AD

    Resultado Nmero de pacientes

    em AD encaminhados

    para servio de

    urgncia e emergncia

    (UPA, SAMU, Pronto-

    socorro, etc)

    N de pacientes em AD

    que necessitaram

    servio de urgncia e

    emergncia/N total de

    pacientes em AD x 100

    RAAS-AD (SIA)

    6. Taxa de alta em

    AD

    Resultado Nmero de pacientes

    em AD que tiveram

    alta

    OBS 2: Por tipo de

    alta (administrativa

    ou clnica)

    N de pacientes em AD

    que tiveram alta/N

    total de pacientes em

    AD

    RAAS-AD (SIA)

    7. Mdia de pacientes

    em AD

    Processo Nmero mdio de

    pacientes em AD

    N de pacientes em

    AD/N total de EMAD

    RAAS-AD (SIA)

    8. Mdia de

    atendimentos em AD

    por equipe

    Processo Nmero mdio de

    atendimentos

    domiciliares realizados

    N total de

    atendimentos

    domiciliares

    realizados/N total de

    EMAD

    RAAS-AD (SIA)

    9. Mdia de tempo de

    permanncia de

    pacientes em AD

    Processo Tempo mdio de

    permanncia do

    paciente em AD

    Somatrio do tempo de

    permanncia de todos

    os pacientes em AD na

    competncia/N de

    pacientes em AD na

    mesma competncia*

    RAAS-AD (SIA)

    10. Proporo de

    pacientes em AD por

    agravo/condio Ex:

    1) Cuidados paliativos;

    b) Oxigenoterapia; c)

    Feridas crnicas; d)

    DM complicada; etc.

    Processo Nmero de pacientes

    em AD por

    agravo/situao

    N de pacientes em AD

    por agravo ou

    condio/N total de

    pacientes em AD

    RAAS-AD (SIA)

  • ANEXO A ROTEIRO TCNICO PARA ELABORAO DO DETALHAMENTO DO COMPONENTE

    ATENO DOMICILIAR DO PLANO DE AO REGIONAL DA REDE DE ATENO S

    URGNCIAS

    Para credenciamento do Programa Local de Ateno Domiciliar, o Gestor dever apresentar a

    CGAD/DAB/SAS/MS, o Detalhamento do Componente de Ateno Domiciliar do Plano de Ao

    Regional da Rede de Ateno s Urgncias e/ ou Projeto de ateno domiciliar isolado que dever

    conter os quesitos expostos neste manual. Para incio do repasse dos recursos, o projeto deve ser

    aprovado pela Comisso Intergestores Regional CIR e pela Comisso Intergestores Bipartite CIB e

    as equipes cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro de Estabelecimento de Sade (SCNES).

    Segue roteiro sistematizado abaixo:

    1. Diagnstico Situacional Simplificado do Municpio (simplificado mximo de 2 pginas):

    Caracterizao do municpio a partir de dados scio demogrficos, da descrio dos servios de

    sade existentes, e do perfil epidemiolgico municipal ou regional, com problematizao e

    justificativas para implantao da poltica.

    2. Objetivos do Projeto: Apresentao clara das pretenses da gesto do sistema, traduzidos em

    impactos esperados.

    3. Caractersticas Tcnicas do Programa de Ateno Domiciliar:

    3.1 Quantidade de Servios de Ateno Domiciliar, Equipes Multiprofissionais de Ateno

    Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) que sero criados e/ou

    ampliados;

    3.2 Estabelecimentos de Sade inscritos no SCNES, aos quais os Servios de Ateno Domiciliar

    esto vinculados.

    3.3 Quadro de Pessoal dos Servios de Ateno Domiciliar, contendo os nomes e registros

    profissionais dos trabalhadores.

    3.4 Descrio do funcionamento do SAD, com garantia de cobertura de 12 (doze) horas dirias,

    inclusive nos finais de semana e feriados;

    3.5 Mobilirio, equipamentos e veculos para locomoo das equipes EMAD e EMAP;

  • 3.6 Unidades de Ateno Bsica e de Especialidades e de Diagnstico Complementar de referncia

    formal dos Servios de Ateno Domiciliar.

    3.7 Unidades de Urgncia e Emergncia de referncia formal dos Servios de Ateno Domiciliar.

    3.8 Modelo de Pronturio (preferencialmente deve ser nico e referente unidade de vinculao

    dos Servios de Ateno Domiciliar).

    3.9 Descrever o programa de qualificao do cuidador;

    3.10 Descrever o programa de educao permanente para as equipes de EMAD e EMAP;

    4. Proposta Local de Acompanhamento, Monitoramento e Avaliao: a proposta de avaliao

    e acompanhamento deve ser local, porm o conjunto mnimo de indicadores estabelecido pela

    RDC n 11 da ANVISA, de 26 de janeiro de 2006, referncia obrigatria para manuteno de

    um conjunto mnimo de informaes acerca dos servios.

  • ANEXO B

    Roteiro tcnico para elaborao do Projeto de Implantao do Programa de Ateno Domiciliar

    Municpio/UF

    Populao

    Coordenador/Referncia Tcnica da Ateno Domiciliar

    Contato (tel + email)

    Proponente

    SMS

    SES

    DF

    N de EMAD propostas

    N de EMAP propostas

    As equipes propostas j esto em funcionamento

    SIM

    NO

    Equipes + trabalhadores que as compem TABELA 1

    Cobertura da AD no municpio (N de pessoas cobertas pelas EMAD/Populao

    Total do Municpio x 100

    Existncia de SAMU

    SAMU Municipal

    Est localizado na abrangncia de SAMU regional

    Possui servio mvel de ateno s urgncias

    Existncia de Hospital Regional (S assinalar caso o municpio possua mais

    de 100 mil habitantes)

    SIM

    NO

    Localizado em Regio Metropolitana (S assinalar caso o municpio possua

    populao entre 40 mil e 100 mil habitantes)

    SIM

    NO

  • Tabela 1 (ANEXO B)

    SAD EQUIPE PROFISSIONAIS

    Nome do SAD + Estabelecimento

    no qual est/estar sediado com o

    n do CNES

    Nome da

    EMAD

    Nome do profissional mdico

    Nome do profissional de enfermagem

    Nome do profissional de fisioterapia ou da assistncia

    social

    Tcnicos ou auxiliar de enfermagem

    Nome dos SAD a que a EMAP

    estar vinculada + Estabelecimento

    no qual o SAD estar sediado com

    n do CNES + nome da(s) EMAD

    que apoiar

    Nome da

    EMAP

    1 profissional

    2 profissional

    3profissional

    Outros... (deciso do gestor local)