manual dos prefeitos

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    CCmmaarraa ddooss DDeeppuuttaaddooss

    Manual dos PrefeitosComo obter recursos para o seu municpio

    AANNTTOONNIIOO BBUULLHHOOEESSDDeeppuuttaaddoo FFeeddeerraall PPRRBB//SSPP

    BBrraasslliiaa -- 22000099

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    CCmmaarraa ddooss DDeeppuuttaaddoossDDeeppuuttaaddoo AAnnttoonniioo BBuullhheess

    Programas do Governo Federal para os Municpios

    Manual de Orientao aos Prefeitos

    Braslia DF

    2009

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    Programas do Governo Federal para os MunicpiosManual de Orientao aos Prefeitos

    Este manual foi atualizado de acordo com as novas regras paracelebrao de convnios e contratos de repasse entre a Unio eos entes federados, institudas pelo Decreto 6.170/07, de 25 de julho de 2007. Na parte relativa aos programas e aes de

    interesse dos municpios foi adotado, como base de informaoe texto, o Catlogo de Programas do Governo Federaldestinados aos Municpios, disposto no Portal Federativo daPresidncia da Repblica, bem assim, o Manual deApresentao de Emendas ao Oramento da Unio de 2009, daComisso Mista de Planos, Oramento Pblico e Fiscalizao eos sites dos rgos aqui referenciados.

    Braslia - DF, fevereiro de 2009

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    Sumrio

    Apresentao ................................................................................................................................. 05

    Formas de Repasses de recursos para os Municpios ............................................................. 06

    Transferncias Constitucionais e Legais ........................................................................................ 06Transferncias Voluntrias ............................................................................................................. 07Novas Regras para Transferncia Voluntria de Recursos Federais ............................................. 11Como se cadastrar no SICONV ...................................................................................................... 11Como apresentar propostas de convnios ...................................................................................... 12Transferncias de Recursos para Entidades Privadas .................................................................... 17

    Grupos de Natureza da despesa (GND) .......................................................................................... 20

    Programas e Aes de Interesse dos Municpios ...................................................................... 22

    Agricultura e Desenvolvimento Agrrio ............................................................................................ 22Aquicultura e Pesca ......................................................................................................................... 24Assistncia e Incluso Social ........................................................................................................... 27Cincia e Tecnologia ........................................................................................................................ 29Cultura .............................................................................................................................................. 31Desenvolvimento Econmico, Trabalho e Emprego ........................................................................ 34Desenvolvimento Urbano ................................................................................................................. 37

    Direitos Humanos, Cidadania, Ateno s Mulheres e Igualdade Racial ........................................ 41Educao ......................................................................................................................................... 48Esporte e Lazer ................................................................................................................................ 51Integrao Nacional e Defesa Civil .................................................................................................. 53Meio Ambiente (Ministrio do Meio Ambiente) ................................................................................ 56Sade e Saneamento ...................................................................................................................... 58Segurana Pblica ........................................................................................................................... 65Turismo ............................................................................................................................................ 66Programas de Financiamentos para os Municpios ......................................................................... 67

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    Apresentao

    Este manual foi especialmente elaborado para que os novos Prefeitos municipais

    tenham pleno conhecimento dos programas e aes do Governo Federal, alocados nos diversos

    ministrios e rgos, disposio dos municpios.

    Pretendemos, com isso, ajudar os Senhores Prefeitos a realizar um planejamento

    preciso e consciente na definio das prioridades de seus municpios. Isso se torna ainda maisrelevante neste perodo de regresso econmica do Pas, em que a queda das receitas e

    repasses financeiros oriundos da arrecadao tributria afeta fortemente os recm-eleitos

    gestores municipais.

    Aproveitamos a oportunidade para desejar a todos os Senhores Prefeitos, eleitos sob

    forte expectativa popular, uma excelente e profcua gesto, colocando o nosso gabinete inteira

    disposio para que se possa ver materializados, com pleno sucesso, os programas e obras

    escolhidos em benefcio do povo do nosso Estado de So Paulo.

    Que Deus ilumine nossos caminhos para que possamos contribuir para a construo

    de um Pas melhor, mais justo e igualitrio.

    Antnio BulhesDeputado Federal PRB/SP

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    Formas de Repasses de recursospara os Municpios

    A partir da Constituio Federal de 1988 todos os municpios brasileiros passaram

    condio de entes federativos (arts. 1 e 18). Com isso ganharam maior autonomia, no se

    subordinando mais a qualquer outra esfera de poder. Desde ento, as relaes

    intergovernamentais passaram a ocorrer de forma direta entre o governo central e os governos

    locais, sem a intermediao dos Estados (BATISTA, 2008).A autonomia municipal assegurada em diversos dispositivos da Constituio, que

    determinam poder prprio de organizao poltica, administrativa, tributria, oramentria e

    institucional a todos os entes municipais. Em termos fiscais, alm das fontes de recursos de

    gerao prpria, os municpios tm direito a repasses de verbas federais, estaduais e de

    participao/compensao financeira a ttulo de IOF e de royalties.

    As transferncias de recursos federais para os municpios so realizadas por

    determinao constitucional (transferncias constitucionais), por fora de lei (transferncias

    legais) e a ttulo de cooperao, auxlio ou assistncia financeira, que so enquadradas como

    transferncias voluntrias, alm das transferncias para o Sistema nico de Sade (SUS).

    O Poder Executivo Federal adota tambm a modalidade de transferncia de recursos

    diretamente para os cidados que participam dos programas de incluso social e de transferncia

    de renda, a exemplo do Programa Bolsa Famlia e do Programa de Erradicao do Trabalho

    Infantil PETI.

    1.1. Transferncias Constitucionais e Legais

    Cabe Secretaria do Tesouro Nacional repassar os recursos das transferncias federais

    para os municpios, de acordo com os prazos estabelecidos em cronograma anual divulgado pela

    STN. A relao das fontes de recursos, bem como os valores repassados para os entes

    municipais podem ser consultados no site do Tesouro Nacional:

    http://www.tesouro.fazenda.gov.br/estados_municipios.

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    As transferncias constitucionais so tipicamente as do Fundo de Participao dos

    Municpios (FPM) e as do Imposto Territorial Rural (ITR).

    As transferncias legais so realizadas sem a necessidade de celebrao de contratos ou

    convnios. Os municpios precisam apenas atender s condies necessrias ou se habilitarem

    para receber periodicamente os recursos.

    Os recursos provenientes de determinao legal especfica, com destinao de gasto pr-estabelecido por fora de vinculao direta para determinado tipo de despesa, so repassados

    para os entes federados de forma automtica1 ou na modalidade fundo a fundo2.

    As transferncias automticas so usadas para repassar recursos federais para a

    educao, incluindo-se os do Programa Nacional de Alimentao Escolar (PNAE); do Programa

    Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e do Programa de Apoio a Estados e Municpios para a

    Educao de Jovens e Adultos (EJA).

    No modo de transferncia fundo a fundo so repassados os recursos para atendimento de

    programas sociais. O dinheiro sai do Fundo Nacional de Assistncia Social direto para os fundosestaduais ou municipais de mesma finalidade. O gasto desses recursos tem vinculao finalista,

    ou seja, s pode ser despendido em programas e aes de assistncia social, a exemplo do

    atendimento ao idoso e s pessoas portadoras de deficincia fsica.

    Tambm na modalidade fundo a fundo so repassados os recursos para a rea de sade.

    A verba sai do Fundo Nacional de Sade FNS3 diretamente para os fundos municipais de

    sade, de acordo com a gesto do beneficirio. O dinheiro vai para o financiamento dos

    programas do SUS, nas reas de ateno bsica e procedimentos de mdia e alta complexidade.

    Os recursos do SUS tambm podem ser transferidos por meio de convnios ou de contratos de

    repasse, quando se tratar de transferncia voluntria. Por esse motivo, as transferncias de

    recursos para o SUS so tratadas em modalidade especfica.

    1.2. Transferncias Voluntrias

    As transferncias voluntrias so recursos que a Unio repassa aos municpios a ttulo de

    auxlio, cooperao ou de assistncia financeira, desde que no sejam feitas por fora da

    Constituio ou de lei especfica.

    Os municpios que desejarem receber recursos federais, a ttulo de transferncia

    voluntria, devem atender as exigncias fixadas na LRF, na Lei de Diretrizes Oramentrias

    correspondente ao ano da dotao oramentria do convnio e, especialmente, no Decreto n.

    1 Nas transferncias automticas os recursos so repassados periodicamente aos municpios, sem necessidade deformalizao de convnios ou contratos de repasse. A modalidade aplicada aos seguintes programas: PNAE,PDDE, e EJA.2 Nessa modalidade, os recursos so transferidos diretamente do fundo federal para os fundos municipais. empregada nas transferncias de recursos para as reas de sade e assistncia social.3 O FNS rgo gestor financeiro, na esfera federal, dos recursos do Sistema nico de Sade SUS.

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    6.170/2007 e suas alteraes, o qual estabelece as novas regras para celebrao de convnios

    e contratos de repasse entre a Unio e os entes federados.4

    Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n 101, de 2000)

    Art. 25.Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferncia voluntria a entrega derecursos correntes ou de capital a outro ente da Federao, a ttulo de cooperao, auxlio ou assistnciafinanceira, que no decorra de determinao constitucional, legal ou os destinados ao Sistema nico deSade.

    1o So exigncias para a realizao de transferncia voluntria, alm das estabelecidas na leide diretrizes oramentrias:

    I - existncia de dotao especfica;II - (VETADO)III - observncia do disposto no inciso X do art. 167 da Constituio;IV - comprovao, por parte do beneficirio, de:a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, emprstimos e financiamentos devidos

    ao ente transferidor, bem como quanto prestao de contas de recursos anteriormente dele recebidos; b) cumprimento dos limites constitucionais relativos educao e sade;c) observncia dos limites das dvidas consolidada e mobiliria, de operaes de crdito,

    inclusive por antecipao de receita, de inscrio em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal;d) previso oramentria de contrapartida. 2o vedada a utilizao de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. 3o Para fins da aplicao das sanes de suspenso de transferncias voluntrias constantes

    desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a aes de educao, sade e assistncia social.

    LDO 2009Lei de Diretrizes Oramentrias (Lei n 11.768, de 14 de agosto de 2008)

    Art. 40. As transferncias voluntrias, conforme definidas no caput do art. 25 da Lei Complementarno 101, de 2000, dependero da comprovao, por parte do convenente, at o ato da assinatura doinstrumento de transferncia, de que existe previso de contrapartida na lei oramentria do Estado, Distrito

    Federal ou Municpio.

    1o A contrapartida ser estabelecida em termos percentuais do valor previsto no instrumento detransferncia voluntria, considerando-se a capacidade financeira da respectiva unidade beneficiada e seundice de Desenvolvimento Humano, tendo como limite mnimo e mximo:

    I - no caso dos Municpios:

    a) 2% (dois por cento) e 4% (quatro por cento), para Municpios com at 50.000 (cinqenta mil)habitantes;

    b) 4% (quatro por cento) e 8% (oito por cento), para Municpios acima de 50.000 (cinqenta mil)habitantes localizados nas reas prioritrias definidas no mbito da Poltica Nacional de DesenvolvimentoRegional - PNDR, nas reas da Superintendncia do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE e daSuperintendncia do Desenvolvimento da Amaznia - SUDAM e na Regio Centro-Oeste;

    c) 8% (oito por cento) e 40% (quarenta por cento), para os demais;

    II - no caso dos Estados e do Distrito Federal:

    4As novas regras valem a partir de 2008. No entanto, para alguns municpios o incio do prazo de vignciafoi prorrogado para 2009. Nesses casos, continua valendo a Instruo Normativa n 1, de 1997, do TesouroNacional.

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    a) 10% (dez por cento) e 20% (vinte por cento), se localizados nas reas prioritrias definidas nombito da Poltica Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR, nas reas da SUDENE e da SUDAM e naRegio Centro-Oeste;

    b) 20% (vinte por cento) e 40% (quarenta por cento), para os demais.

    2o Os limites mnimos de contrapartida fixados no 1o, incisos I e II, deste artigo, podero serreduzidos mediante justificativa do titular do rgo concedente, que dever constar do processocorrespondente, quando os recursos transferidos pela Unio:

    I - forem oriundos de doaes de organismos internacionais ou de governos estrangeiros, ou deprogramas de converso da dvida externa, para fins ambientais, de promoo da igualdade racial, degnero, sociais, culturais ou de segurana pblica;

    II - destinarem-se:

    a) a aes de assistncia social, segurana alimentar e combate fome, bem como aquelas deapoio a projetos produtivos em assentamentos constantes do Plano Nacional de Reforma Agrria oufinanciadas com recursos do Fundo de Combate e Erradicao da Pobreza;

    b) a aes de defesa civil em Municpios comprovadamente afetados, desde a notificao preliminardo desastre, enquanto os danos decorrentes subsistirem, no podendo ultrapassar 180 (cento e oitenta)

    dias, a contar da ocorrncia do desastre;

    c) ao atendimento dos programas de educao bsica;

    d) ao atendimento de despesas relativas segurana pblica;

    e) realizao de despesas com saneamento ambiental, habitao, urbanizao de assentamentosprecrios, permetros de irrigao, regularizao fundiria, defesa sanitria animal, defesa sanitria vegetal ecom as aes do Programa Infraestrutura Hdrica;

    f) ao atendimento das programaes do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC) e do PlanoAmaznia Sustentvel (PAS);

    g) s aes previstas no Pacto Nacional pelo Enfrentamento Violncia Contra as Mulheres;

    III - para os Municpios com populao at 25.000 (vinte e cinco mil) habitantes, que tenham ndicede Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM abaixo de 0,600 ou estejam localizados na faixa de fronteiraou nas regies integradas de desenvolvimento - RIDEs, desde que os recursos transferidos pela Uniodestinem-se a aes de interesse social que visem melhoria da qualidade de vida e contribuam para areduo de endemias e das desigualdades regionais, de gnero e tnico-raciais;

    IV - beneficiarem os Municpios com registro de certificao de comunidades remanescentes dequilombos, ciganos e indgenas, assim identificados pela Secretaria Especial de Polticas de Promoo daIgualdade Racial, mediante publicao de relao no Dirio Oficial da Unio;

    V - beneficiarem os Municpios afetados por bolses de pobreza, assim identificados, pelo Ministriodo Desenvolvimento Social e Combate Fome, com base no ndice de Desenvolvimento Humano Municipal(IDHM), que far publicar relao no Dirio Oficial da Unio.

    3o Os limites mximos de contrapartida, fixados no 1o, incisos I e II, deste artigo, podero serampliados para viabilizar a execuo das aes a serem desenvolvidas ou para atender condiesestabelecidas em contratos de financiamento ou acordos internacionais.

    4o Sem prejuzo do disposto na Lei Complementar no 101, de 2000, constitui exigncia para orecebimento de transferncias voluntrias a adoo, por parte do convenente, dos procedimentos definidospela Unio relativos aquisio de bens e contratao de servios, bem como execuo e ao controle doobjeto do convnio ou similar.

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    Art. 41. A demonstrao, por parte dos Estados, Distrito Federal e Municpios, do cumprimentodas exigncias para a realizao de transferncia voluntria dever ser feita por meio de apresentao, aorgo concedente, de documentao comprobatria da regularidade ou, a critrio do beneficirio, de extratoemitido pelo subsistema Cadastro nico de Exigncias para Transferncias Voluntrias para Estados eMunicpios - CAUC do SIAFI.

    1o O concedente comunicar ao convenente e ao Chefe do Poder Executivo do ente recebedor derecursos qualquer situao de no regularidade relativa prestao de contas de convnios ou outraspendncias de ordem tcnica ou legal que motivem a suspenso ou o impedimento de liberao de recursos

    a ttulo de transferncias voluntrias, caso no seja objeto de regularizao em um perodo de at 30 (trinta)dias.

    2o A Secretaria do Tesouro Nacional manter na internet, para consulta, relao atualizada dasexigncias para a realizao de transferncias voluntrias cumpridas pelos Estados, Distrito Federal eMunicpios, bem como daquelas exigncias que demandam comprovao por parte desses entes.

    3o Para fins de realizao das transferncias voluntrias, o Poder Executivo consolidar as normasrelativas celebrao de convnios e instrumentos congneres, bem como s correspondentes prestaesde contas, mantendo-as atualizadas e divulgando-as por meio da internet.

    4o O Ministrio da Fazenda dar amplo acesso pblico s informaes da Unio, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municpios, constantes do Sistema de Coleta de Dados Contbeis dos Entes daFederao - SISTN, inclusive mediante a integrao das informaes disponibilizadas pelo Sistema deInformaes sobre Oramentos Pblicos em Sade - SIOPS e pelo Sistema de Informaes sobreOramentos Pblicos em Educao - SIOPE, as quais podero ser utilizadas, com f pblica, para fins decontrole e aplicao de restries.

    5o Os titulares dos Poderes e rgos referidos no art. 54 da Lei Complementar no 101, de 2000,disponibilizaro, por meio do SISTN, os respectivos relatrios de gesto fiscal, no prazo de at 40 (quarenta)dias, aps o encerramento de cada quadrimestre.

    6o O Poder Executivo federal disponibilizar, por meio do SISTN, o Relatrio Resumido deExecuo Oramentria, no prazo de at 40 (quarenta) dias aps o encerramento de cada bimestre.

    Art. 42. Nenhuma liberao de recursos nos termos desta Seo poder ser efetuada sem a prviaobservncia da regularidade de que trata o caput do art. 41 desta Lei, sem prejuzo do disposto no 3o do

    art. 25 da Lei Complementar no

    101, de 2000.

    1o Verificada a regularidade do convenente, nos termos desta Lei e das demais normas aplicveis,a demora para a transferncia dos recursos dever ser justificada, formalmente, pelo ordenador de despesa.

    2o As transferncias da Unio para a execuo de aes de defesa civil observaro o disposto naMedida Provisria no 432, de 27 de maio de 2008, ou na lei em que vier a ser convertida.

    Art. 43. A execuo oramentria e financeira, no exerccio de 2009, das transferncias voluntriasde recursos da Unio, cujos crditos oramentrios no identifiquem nominalmente a localidade beneficiada,inclusive aquelas destinadas genericamente a Estado, fica condicionada prvia publicao, peloconcedente, em rgo oficial de imprensa e na internet, dos critrios de distribuio dos recursos.

    Art. 44. Nos empenhos da despesa, referentes a transferncias voluntrias, constaro o Municpio ea unidade da Federao beneficiados pela aplicao dos recursos.

    Pargrafo nico. Nos empenhos, cuja especificao do beneficirio ocorrer apenas no momento datransferncia financeira dos recursos, a caracterizao do Municpio beneficiado ser feita automaticamenteno SIAFI, de modo a ter sempre identificado o convenente e o valor transferido.

    Art. 45. As transferncias previstas nesta Seo sero classificadas, obrigatoriamente, noselementos de despesa 41 - Contribuies, 42 - Auxlio ou 43 - Subvenes Sociais e podero ser feitasde acordo com o disposto no art. 107 desta Lei.

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    Art. 46. vedada a transferncia de que trata esta Seo para Estados, Distrito Federal eMunicpios que no cumpram os limites constitucionais de aplicao em educao e sade, em atendimentoao disposto no art. 25, 1o, inciso IV, alnea b, da Lei Complementar no 101, de 2000, ressalvado odisposto no 3o do referido artigo.

    Art. 47. A destinao de recursos a Estados, Distrito Federal e Municpios para a realizao deaes cuja competncia seja exclusiva do concedente, que tenham sido delegadas aos referidos entes daFederao com nus para a Unio, da qual resulte contraprestao na forma de bem ou direito que seincorpore ao patrimnio do concedente, observar o disposto nesta Seo, ressalvado o previsto no art. 45

    desta Lei.

    1.2.1. Novas Regras para Transferncia Voluntria de Recursos Federais

    O Decreto 6.170/07, de 25 de julho de 2007, estabelece novas regras para transferncias

    de recursos da Unio para Estados, municpios e instituies privadas, feitas por meio de

    convnios, contratos de repasse ou por termos de parceria.

    A Portaria Interministerial MPOG/MF/CGU n 127/2008 determina que a celebrao, a

    liberao de recursos, o acompanhamento da execuo e a prestao de contas dos convnios,

    contratos de repasse e termos de parceria devero ser registrados no Sistema de Gesto de

    Convnios, gerido pela Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao (SLTI) do Ministrio

    do Planejamento. O SICONV de livre acesso do pblico, via internet, por meio do Portal dos

    Convnios [https://www.convenios.gov.br/portal].

    O Portal dos Convnios disponibiliza as informaes sobre os programas, projetos e

    atividades disponveis para transferncia de recursos financeiros, bem assim os critrios para

    apresentao e seleo de projetos por parte dos interessados.

    O sistema tambm oferece cursos de capacitao para os usurios credenciados a

    operarem o sistema.

    1.2.1.1. Como se cadastrar no SICONV

    Para ter acesso a rea restrita do sistema de convnios o usurio responsvel tem que

    estar credenciado e/ou cadastrado no Portal dos Convnios.

    Para se cadastrar basta acessar o portal de convnios [www.convenios.gov.br]; selecionar

    o banner Siconv Acesse Aqui, seguido do link: credenciamento.

    O credenciamento ser realizado uma nica vez e conter, no mnimo, as seguintesinformaes:

    I - nome, endereo da sede, endereo eletrnico e nmero de inscrio no Cadastro

    Nacional de Pessoas Jurdicas CNPJ, bem como endereo residencial do responsvel que

    assinar o instrumento, quando se tratar de instituies pblicas; e

    II - razo social, endereo, endereo eletrnico, nmero de inscrio no Cadastro Nacional

    de Pessoas Jurdicas - CNPJ, transcrio do objeto social da entidade atualizado, relao

    nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereo, nmero e rgo expedidor da

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    carteira de identidade e CPF de cada um deles, quando se tratar das entidades privadas sem

    fins lucrativos.

    O credenciado receber seu login e senha para acesso ao sistema. O sistema remete

    automaticamente ao e-mail cadastrado a senha de acesso ao usurio. Casa haja problema no

    recebimento da senha, o usurio dever ligar para o Servio de Atendimento do Portal dos

    Convnios 0800-9782329 ou dirigir-se a uma unidade cadastradora do SICAF/Portal dosConvnios, para gerao de nova senha de credenciado (o credenciamento no o mesmo que

    cadastramento). A relao das unidades cadastradoras no Estado, com respectivos endereos e

    telefones, pode ser acessada no portal dos convnios.

    1.2.1.2. Como apresentar propostas de convnios

    Para apresentar proposta de plano de trabalho, o proponente dever estar credenciado no

    Portal dos Convnios - Siconv.

    De posse do login e da senha de acesso ao sistema, o proponente poder enviarpropostas para os programas disponibilizados que aceitam propostas de proponentes no

    cadastrados, ou seja, apenas credenciados, observando que, depois de enviada e sendo a

    proposta aprovada o proponente dever se cadastrar em uma Unidade Cadastradora.

    Para apresentar a proposta de Plano de Trabalho, o proponente credenciada dever

    acessar o endereo [www.convenios.gov.br] e clicar no banner Sistema de Convnios - Acesse

    aqui.

    O Plano de trabalho o instrumento que integra s solicitaes de convnios que contm

    todo o detalhamento das responsabilidades assumidas por cada um dos participantes.

    No pode ser elaborado de forma genrica, devendo trazer de forma clara e sucinta todas

    as informaes suficientes para a identificao do projeto, atividade ou evento de durao certa.

    A celebrao do instrumento depende da aprovao prvia do plano de trabalho,

    apresentado pelo beneficirio dos recursos.

    No momento do cadastramento do programa, o concedente tem possibilidade de exigir

    que o proponente, obrigatoriamente, apresente na proposta:

    cronograma fsico,

    cronograma desembolso,

    relao de bens e servios.

    Se for determinado que seja obrigatria a apresentao dos itens citados, no ato de

    cadastramento da proposta essas informaes sero requeridas pelo sistema. Caso se opte pela

    no obrigatoriedade, essas informaes devero ser prestadas em momento anterior a

    celebrao do instrumento.

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    A proposta de trabalho dever ser enviada ao rgo concedente por meio do Portal dos

    Convnios SICONV.

    O proponente dever acessar o Portal e incluir os seguintes dados da proposta:

    objeto do programa que ser executado;

    justificativa, objeto e perodo de vigncia do convnio;

    valor global (valor de repasse + valor de contrapartida); valor de repasse;

    valor da contrapartida (financeira e/ou bens e servios);

    valor de repasse no exerccio atual;

    valor de repasse em exerccios futuros, se for o caso;

    participantes (executor e/ou interveniente, quando houver);

    cronograma fsico;

    cronograma desembolso;

    bens e servios a serem adquiridos (plano de aplicao);

    anexos, se for o caso.

    Todas as demais informaes necessrias formulao do pleito podem ser obtidas

    diretamente no Portal de Convnios: [www.convenios.gov.br].

    DECRETO N 6.170, DE 25 DE JULHO DE 2007.

    Dispe sobre as normas relativas s transferncias de recursos da Unio

    mediante convnios e contratos de repasse, e d outras providncias

    O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, daConstituio, e tendo em vista o disposto no art. 10 do Decreto-Lei n 200, de 25 de fevereiro de 1967, n art.116 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, e no art. 25 da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de2000, DECRETA:

    CAPTULO IDAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 1o Este Decreto regulamenta os convnios, contratos de repasse e termos de cooperaocelebrados pelos rgos e entidades da administrao pblica federal com rgos ou entidades pblicas ouprivadas sem fins lucrativos, para a execuo de programas, projetos e atividades de interesse recproco queenvolvam a transferncia de recursos oriundos do Oramento Fiscal e da Seguridade Social da Unio.(Redao dada pelo Decreto n 6.428, de 2008.)

    1 Para os efeitos deste Decreto, considera-se:I - convnio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferncia de recursos

    financeiros de dotaes consignadas nos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social da Unio e tenha comopartcipe, de um lado, rgo ou entidade da administrao pblica federal, direta ou indireta, e, de outro lado,rgo ou entidade da administrao pblica estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda,entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execuo de programa de governo, envolvendo arealizao de projeto, atividade, servio, aquisio de bens ou evento de interesse recproco, em regime demtua cooperao;

    II - contrato de repasse - instrumento administrativo por meio do qual a transferncia dos recursosfinanceiros se processa por intermdio de instituio ou agente financeiro pblico federal, atuando comomandatrio da Unio;

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    III - termo de cooperao - instrumento por meio do qual ajustada a transferncia de crdito dergo da administrao pblica federal direta, autarquia, fundao pblica, ou empresa estatal dependente,para outro rgo ou entidade federal da mesma natureza; (Redao dada pelo Decreto n 6.619, de 2008)

    IV - concedente - rgo da administrao pblica federal direta ou indireta, responsvel pelatransferncia dos recursos financeiros ou pela descentralizao dos crditos oramentrios destinados execuo do objeto do convnio;

    V - contratante - rgo ou entidade da administrao pblica direta e indireta da Unio que pactua aexecuo de programa, projeto, atividade ou evento, por intermdio de instituio financeira federal(mandatria) mediante a celebrao de contrato de repasse; (Redao dada pelo Decreto n 6.428, de

    2008.) VI - convenente - rgo ou entidade da administrao pblica direta e indireta, de qualquer esfera degoverno, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com o qual a administrao federal pactua aexecuo de programa, projeto/atividade ou evento mediante a celebrao de convnio;

    VII - contratado - rgo ou entidade da administrao pblica direta e indireta, de qualquer esfera degoverno, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com a qual a administrao federal pactua aexecuo de contrato de repasse;(Redao dada pelo Decreto n 6.619, de 2008)

    VIII - interveniente - rgo da administrao pblica direta e indireta de qualquer esfera de governo,ou entidade privada que participa do convnio para manifestar consentimento ou assumir obrigaes emnome prprio;

    IX - termo aditivo - instrumento que tenha por objetivo a modificao do convnio j celebrado,vedada a alterao do objeto aprovado;

    X - objeto - o produto do convnio ou contrato de repasse, observados o programa de trabalho e assuas finalidades; e

    XI - padronizao - estabelecimento de critrios a serem seguidos nos convnios ou contratos derepasse com o mesmo objeto, definidos pelo concedente ou contratante, especialmente quanto scaractersticas do objeto e ao seu custo.(Redao dada pelo Decreto n 6.428, de 2008.)

    2 A entidade contratante ou interveniente, bem como os seus agentes que fizerem parte do ciclode transferncia de recursos, so responsveis, para todos os efeitos, pelos atos de acompanhamento queefetuar.

    3 Excepcionalmente, os rgos e entidades federais podero executar programas estaduais oumunicipais, e os rgos da administrao direta, programas a cargo de entidade da administrao indireta,sob regime de mtua cooperao mediante convnio.

    CAPTULO IIDAS NORMAS DE CELEBRAO, ACOMPANHAMENTO E PRESTAO DE CONTAS

    Art. 2 vedada a celebrao de convnios e contratos de repasse:I - com rgos e entidades da administrao pblica direta e indireta dos Estados, Distrito Federal e

    Municpios cujo valor seja inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais); eII - com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham como dirigente agente poltico de Poder

    ou do Ministrio Pblico, dirigente de rgo ou entidade da administrao pblica de qualquer esferagovernamental, ou respectivo cnjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou porafinidade, at o segundo grau; e (Redao dada pelo Decreto n 6.619, de 2008)

    III - entre rgos e entidades da administrao pblica federal, caso em que dever ser observado oart. 1, 1, inciso III.

    Pargrafo nico. Para fins de alcance do limite estabelecido no inciso I, permitido:I - consorciamento entre os rgos e entidades da administrao pblica direta e indireta dos

    Estados, Distrito Federal e Municpios; eII - celebrao de convnios ou contratos de repasse com objeto que englobe vrios programas e

    aes federais a serem executados de forma descentralizada, devendo o objeto conter a descriopormenorizada e objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos federais.

    Art. 3o As entidades privadas sem fins lucrativos que pretendam celebrar convnio ou contrato derepasse com rgos e entidades da administrao pblica federal devero realizar cadastro prvio noSistema de Gesto de Convnios e Contratos de Repasse - SICONV, conforme normas do rgo central dosistema. (Redao dada pelo Decreto n 6.428, de 2008.)

    1 O cadastramento de que trata o caput poder ser realizado em qualquer rgo ou entidadeconcedente e permitir a celebrao de convnios ou contratos de repasse enquanto estiver vlido ocadastramento.

    2 No cadastramento sero exigidos, pelo menos:I - cpia do estatuto social atualizado da entidade;II - relao nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com Cadastro de Pessoas Fsicas - CPF;III - declarao do dirigente da entidade:a) acerca da no existncia de dvida com o Poder Pblico, bem como quanto sua inscrio nos

    bancos de dados pblicos e privados de proteo ao crdito; e

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    b) informando se os dirigentes relacionados no inciso II ocupam cargo ou emprego pblico naadministrao pblica federal;

    IV - prova de inscrio da entidade no Cadastro Nacional de Pessoas Jurdicas - CNPJ; eV - prova de regularidade com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal e com o Fundo de

    Garantia do Tempo de Servio - FGTS, na forma da lei. 3 Verificada falsidade ou incorreo de informao em qualquer documento apresentado, deve o

    convnio ou contrato de repasse ser imediatamente denunciado pelo concedente ou contratado. 4o A realizao do cadastro prvio no Sistema de Gesto de Convnios e Contratos de Repasse -

    SICONV, de que trata o caput, no ser exigida at 1 o de setembro de 2008. (Includo pelo Decreto n 6.497,

    de 2008)Art. 4 A celebrao de convnio com entidades privadas sem fins lucrativos poder ser precedida dechamamento pblico, a critrio do rgo ou entidade concedente, visando seleo de projetos ou entidadesque tornem mais eficaz o objeto do ajuste.

    Pargrafo nico. Dever ser dada publicidade ao chamamento pblico, especialmente por intermdioda divulgao na primeira pgina do stio oficial do rgo ou entidade concedente, bem como no Portal dosConvnios.

    Art. 5 O chamamento pblico dever estabelecer critrios objetivos visando aferio daqualificao tcnica e capacidade operacional do convenente para a gesto do convnio.

    Art. 6 Constitui clusula necessria em qualquer convnio dispositivo que indique a forma pela quala execuo do objeto ser acompanhada pelo concedente.

    Pargrafo nico. A forma de acompanhamento prevista no caput dever ser suficiente para garantir aplena execuo fsica do objeto.

    Art. 7 A contrapartida do convenente poder ser atendida por meio de recursos financeiros, de bens

    e servios, desde que economicamente mensurveis. 1 Quando financeira, a contrapartida dever ser depositada na conta bancria especfica doconvnio em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso, ou depositada noscofres da Unio, na hiptese de o convnio ser executado por meio do Sistema Integrado de AdministraoFinanceira - SIAFI.

    2 Quando atendida por meio de bens e servios, constar do convnio clusula que indique aforma de aferio da contrapartida.

    Art. 8 A execuo de programa de trabalho que objetive a realizao de obra ser feita por meio decontrato de repasse, salvo quando o concedente dispuser de estrutura para acompanhar a execuo doconvnio.

    Pargrafo nico. Caso a instituio ou agente financeiro pblico federal no detenha capacidadetcnica necessria ao regular acompanhamento da aplicao dos recursos transferidos, figurar, no contratode repasse, na qualidade de interveniente, outra instituio pblica ou privada a quem caber o mencionadoacompanhamento.

    Art. 9 No ato de celebrao do convnio ou contrato de repasse, o concedente dever empenhar ovalor total a ser transferido no exerccio e efetuar, no caso de convnio ou contrato de repasse com vignciaplurianual, o registro no SIAFI, em conta contbil especfica, dos valores programados para cada exercciosubseqente.

    Pargrafo nico. O registro a que se refere o caput acarretar a obrigatoriedade de ser consignadocrdito nos oramentos seguintes para garantir a execuo do convnio.

    Art. 10. As transferncias financeiras para rgos pblicos e entidades pblicas e privadas,decorrentes da celebrao de convnios e contratos de repasse, sero feitas exclusivamente por intermdiode instituio financeira controlada pela Unio, que poder atuar como mandatria desta para execuo efiscalizao. (Redao dada pelo Decreto n 6.428, de 2008.)

    1 Os pagamentos conta de recursos recebidos da Unio, previsto no caput, esto sujeitos identificao do beneficirio final e obrigatoriedade de depsito em sua conta bancria.

    2 Excepcionalmente, mediante mecanismo que permita a identificao, pelo banco, do beneficiriodo pagamento, podero ser realizados pagamentos a beneficirios finais pessoas fsicas que no possuamconta bancria, observados os limites fixados na forma do art. 18.

    3 Toda movimentao de recursos de que trata este artigo, por parte dos convenentes, executorese instituies financeiras autorizadas, ser realizada observando-se os seguintes preceitos:

    I - movimentao mediante conta bancria especfica para cada instrumento de transferncia(convnio ou contrato de repasse);

    II - pagamentos realizados mediante crdito na conta bancria de titularidade dos fornecedores eprestadores de servios, facultada a dispensa deste procedimento, por ato da autoridade mxima doconcedente ou contratante, devendo o convenente ou contratado identificar o destinatrio da despesa, pormeio do registro dos dados no SICONV; e (Redao dada pelo Decreto n 6.619, de 2008)

    III - transferncia das informaes mencionadas no inciso I ao SIAFI e ao Portal de Convnios, emmeio magntico, conforme normas expedidas na forma do art. 18.

    4 Os recursos de convnio, enquanto no utilizados, sero obrigatoriamente aplicados emcadernetas de poupana de instituio financeira pblica federal se a previso de seu uso for igual ou

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    superior a um ms, ou em fundo de aplicao financeira de curto prazo ou operao de mercado abertolastreada em ttulos da dvida pblica, quando a utilizao desses recursos verificar-se em prazos menoresque um ms.

    5 As receitas financeiras auferidas na forma do 4 sero obrigatoriamente computadas a crditodo convnio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade, observado o pargrafo nico do art.12.

    6o O convenente ficar obrigado a prestar contas dos recursos recebidos, na forma da legislaoaplicvel e das diretrizes e normas previstas no art. 18. (Redao dada pelo Decreto n 6.428, de 2008.)

    7 O concedente ter prazo de noventa dias para apreciar a prestao de contas apresentada,

    contados da data de seu recebimento. 8 A exigncia contida no caput poder ser substituda pela execuo financeira direta, por parte doconvenente, no SIAFI, de acordo com normas expedidas na forma do art. 18.

    Art. 11. Para efeito do disposto no art. 116 da Lei n 8.666, de 21 de junho de 1993, a aquisio deprodutos e a contratao de servios com recursos da Unio transferidos a entidades privadas sem finslucrativos devero observar os princpios da impessoalidade, moralidade e economicidade, sendonecessria, no mnimo, a realizao de cotao prvia de preos no mercado antes da celebrao docontrato.

    Art. 12. O convnio poder ser denunciado a qualquer tempo, ficando os partcipes responsveissomente pelas obrigaes e auferindo as vantagens do tempo em que participaram voluntariamente doacordo, no sendo admissvel clusula obrigatria de permanncia ou sancionadora dos denunciantes.

    Pargrafo nico. Quando da concluso, denncia, resciso ou extino do convnio, os saldosfinanceiros remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicaes financeirasrealizadas, sero devolvidos entidade ou rgo repassador dos recursos, no prazo improrrogvel de trinta

    dias do evento, sob pena da imediata instaurao de tomada de contas especial do responsvel,providenciada pela autoridade competente do rgo ou entidade titular dos recursos.

    CAPTULO IIIDO SISTEMA DE GESTO DE CONVNIOS E CONTRATOS DE

    REPASSE - SICONV E DO PORTAL DOS CONVNIOS

    Art. 13. A celebrao, a liberao de recursos, o acompanhamento da execuo e a prestao decontas de convnios, contratos de repasse e termos de parceria sero registrados no SICONV, que seraberto ao pblico, via rede mundial de computadores - Internet, por meio de pgina especfica denominadaPortal dos Convnios. (Redao dada pelo Decreto n 6.619, de 2008) (Vigncia)

    1o Fica criada a Comisso Gestora do SICONV, que funcionar como rgo central dosistema, composta por representantes dos seguintes rgos: (Redao dada pelo Decreto n 6.428, de2008.)

    I - Secretaria do Tesouro Nacional do Ministrio da Fazenda; (Includo pelo Decreto n 6.428, de2008 )

    II - Secretaria de Oramento Federal do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto;(Includo pelo Decreto n 6.428, de 2008 )

    III - Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento,Oramento e Gesto; e (Includo pelo Decreto n 6.428, de 2008 )

    IV - Secretaria Federal de Controle Interno, da Controladoria-Geral da Unio. (Includo peloDecreto n 6.428, de 2008 )

    2 Sero rgos setoriais do SICONV todos os rgos e entidades da administrao pblica federalque realizem transferncias voluntrias de recursos, aos quais compete a gesto dos convnios e aalimentao dos dados que forem de sua alada.

    3 O Poder Legislativo, por meio das mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, oMinistrio Pblico, o Tribunal de Contas da Unio e a Controladoria Geral da Unio, bem como outros rgosque demonstrem necessidade, a critrio do rgo central do sistema, tero acesso ao SICONV, podendoincluir no referido Sistema informaes que tiverem conhecimento a respeito da execuo dos convniospublicados.

    4o Ao rgo central do SICONV compete exclusivamente: (Includo pelo Decreto n 6.428, de2008 )

    I - estabelecer as diretrizes e normas a serem seguidas pelos rgos setoriais e demaisusurios do sistema, observado o art. 18 deste Decreto; (Includo pelo Decreto n 6.428, de 2008 )

    II - sugerir alteraes no ato a que se refere o art. 18 deste Decreto; e (Includo pelo Decreto n6.428, de 2008 )

    III - auxiliar os rgos setoriais na execuo das normas estabelecidas neste Decreto e no ato aque se refere o art. 18 deste Decreto. (Includo pelo Decreto n 6.428, de 2008 )

    5o A Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao do Ministrio do Planejamento,Oramento e Gesto funcionar como secretaria-executiva da comisso a que se refere o 1o. (Includo peloDecreto n 6.428, de 2008 )

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    CAPTULO IVDA PADRONIZAO DOS OBJETOS

    Art. 14. Os rgos concedentes so responsveis pela seleo e padronizao dos objetos maisfreqentes nos convnios.

    Art. 15. Nos convnios em que o objeto consista na aquisio de bens que possam serpadronizados, os prprios rgos e entidades da administrao pblica federal podero adquiri-los edistribu-los aos convenentes.

    CAPTULO VDAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 16. Os rgos e entidades concedentes devero publicar, at cento e vinte dias aps apublicao deste Decreto, no Dirio Oficial da Unio, a relao dos objetos de convnios que so passveisde padronizao.

    Pargrafo nico. A relao mencionada no caput dever ser revista e republicada anualmente.Art. 17. Observados os princpios da economicidade e da publicidade, ato conjunto dos Ministros de

    Estado da Fazenda, Planejamento, Oramento e Gesto e da Controladoria-Geral da Unio disciplinar apossibilidade de arquivamento de convnios com prazo de vigncia encerrado h mais de cinco anos e quetenham valor registrado de at R$ 100.000,00 (cem mil reais).

    Art. 18. Os Ministros de Estado da Fazenda, do Planejamento, Oramento e Gesto e do Controle eda Transparncia editaro ato conjunto para execuo do disposto neste Decreto.(Redao dada pelo

    Decreto n 6.428, de 2008.)Art. 18-A. Os convnios e contratos de repasse celebrados entre 30 de maio de 2008 e a datamencionada no inciso III do art. 19 devero ser registrados no SICONV at 31 de dezembro de 2008.(Includo pelo Decreto n 6.497, de 2008)

    Pargrafo nico. Os Ministros de Estado da Fazenda, do Planejamento, Oramento e Gesto e doControle e da Transparncia regulamentaro, em ato conjunto, o registro previsto no caput (Includo pelo Decreton 6.497, de 2008)

    Art. 19. Este Decreto entra em vigor em 1o de julho 2008, exceto: (Redao dada pelo Decreton 6.428, de 2008.)

    I - os arts. 16 e 17, que tero vigncia a partir da data de sua publicao; e (Includo peloDecreto n 6.428, de 2008 )

    II - os arts. 1o a 8o, 10, 12, 14 e 15 e 18 a 20, que tero vigncia a partir de 15 de abril de 2008.(Includo pelo Decreto n 6.428, de 2008 )

    III - o art. 13, que ter vigncia a partir de 1o de setembro de 2008. (Includo pelo Decreto n6.497, de 2008)

    Art. 20. Ficam revogados os arts. 48 a 57 do Decreto n 93.872, de 23 de dezembro de 1986, e oDecreto n 97.916, de 6 de julho de 1989.

    Braslia, 25 de julho de 2007; 186 da Independncia e 119 da Repblica.

    1.2.2. Transferncias de Recursos para Entidades Privadas

    As regras para transferncias de recursos pblicos, a ttulo de subveno social, para

    entidades privadas so estabelecidas, anualmente, na Lei de Diretrizes Oramentrias. Para o

    ano de 2009, a LDO dita o seguinte:

    Art. 32. vedada a destinao de recursos a ttulo de subvenes sociais para entidades privadas,ressalvadas aquelas sem fins lucrativos, que exeram atividades de natureza continuada nas reas decultura, assistncia social, sade e educao, observado o disposto no art. 16 da Lei no 4.320, de 1964, eque preencham uma das seguintes condies:

    I - sejam de atendimento direto ao pblico, de forma gratuita, e estejam registradas no ConselhoNacional de Assistncia Social - CNAS;

    II - sejam formalmente vinculadas a organismo internacional do qual o Brasil participe, tenhamnatureza filantrpica ou assistencial e estejam registradas nos termos do inciso I do caput deste artigo;

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    III - atendam ao disposto no art. 204 da Constituio, no art. 61 do ADCT, bem como na Lei n o8.742, de 7 de dezembro de 1993;

    IV - sejam qualificadas como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico - OSCIP, comtermo de parceria firmado com o Poder Pblico Federal, de acordo com a Lei no 9.790, de 23 de maro de1999.

    Art. 33. vedada a destinao de recursos a entidade privada a ttulo de contribuio corrente,ressalvada a autorizada em lei especfica ou destinada entidade sem fins lucrativos selecionada para

    execuo, em parceria com a Administrao Pblica Federal, de programas e aes que contribuamdiretamente para o alcance de diretrizes, objetivos e metas previstas no plano plurianual.

    1o A transferncia de recursos a ttulo de contribuio corrente no autorizada em lei especficadepender de publicao, para cada entidade beneficiada, de ato de autorizao da unidade oramentriatransferidora, o qual conter o critrio de seleo, o objeto, o prazo do convnio ou instrumento congnere ea justificativa para a escolha da entidade.

    2o O disposto no caput deste artigo e em seu 1o aplica-se aos casos de prorrogao ourenovao de convnio ou instrumento congnere ou aos casos em que, j havendo sido firmado oinstrumento, devam as despesas dele decorrentes correr conta de dotaes consignadas na LeiOramentria de 2009.

    Art. 34. vedada a destinao de recursos a ttulo de auxlios, previstos no art. 12, 6

    o

    , da Lei n

    o

    4.320, de 1964, a entidades privadas, ressalvadas as sem fins lucrativos e desde que sejam:

    I - de atendimento direto e gratuito ao pblico e voltadas para a educao especial, ourepresentativas da comunidade escolar das escolas pblicas estaduais e municipais da educao bsica ou,ainda, unidades mantidas pela Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - CNEC;

    II - cadastradas junto ao Ministrio do Meio Ambiente para recebimento de recursos oriundos deprogramas ambientais, doados por organismos internacionais ou agncias governamentais estrangeiras;

    III - voltadas a aes de sade e de atendimento direto e gratuito ao pblico, inclusive assistncia aportadores de DST/AIDS, prestadas pelas Santas Casas de Misericrdia e por outras entidades sem finslucrativos, e que estejam registradas no Conselho Nacional de Assistncia Social - CNAS;

    IV - signatrias de contrato de gesto com a Administrao Pblica Federal, no qualificadas comoorganizaes sociais nos termos da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998;

    V - consrcios pblicos legalmente institudos;

    VI - qualificadas como Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico - OSCIP, com termo deparceria firmado com o Poder Pblico Federal, de acordo com a Lei no 9.790, de 1999, e que participem daexecuo de programas constantes do plano plurianual, devendo a destinao de recursos guardarconformidade com os objetivos sociais da entidade;

    VII - qualificadas ou registradas e credenciadas como instituies de apoio ao desenvolvimento dapesquisa cientfica e tecnolgica com contrato de gesto firmado com rgos pblicos;

    VIII - qualificadas para o desenvolvimento de atividades esportivas que contribuam para acapacitao de atletas de alto rendimento nas modalidades olmpicas e paraolmpicas, desde queformalizado instrumento jurdico adequado que garanta a disponibilizao do espao esportivo implantadopara o desenvolvimento de programas governamentais, e demonstrada, pelo rgo concedente, anecessidade de tal destinao e sua imprescindibilidade, oportunidade e importncia para o setor pblico; ou

    IX - voltadas ao atendimento de pessoas portadoras de necessidades especiais.

    Art. 35. A alocao de recursos para entidades privadas sem fins lucrativos, a ttulo de contribuiesde capital, fica condicionada autorizao em lei especial anterior de que trata o art. 12, 6o, da Lei no4.320, de 1964.

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    Art. 36. Sem prejuzo das disposies contidas nos arts. 32, 33, 34 e 35 desta Lei, a destinao derecursos a entidades privadas sem fins lucrativos depender ainda de:

    I - aplicao de recursos de capital, ressalvadas as situaes previstas nos incisos IV e IX do art. 34desta Lei, exclusivamente para:

    a) aquisio e instalao de equipamentos, bem como obras de adequao fsica necessrias instalao dos referidos equipamentos;

    b) aquisio de material permanente;

    c) concluso de obra em andamento, cujo incio tenha ocorrido com recursos dos Oramentos Fiscale da Seguridade Social, atestado pela autoridade mxima da unidade concedente, vedada a destinao derecursos para ampliao do projeto original;

    II - identificao do beneficirio e do valor transferido no respectivo convnio ou instrumentocongnere;

    III - execuo na modalidade de aplicao 50 - entidade privada sem fins lucrativos;

    IV - compromisso da entidade beneficiada de disponibilizar ao cidado, por meio da internet ou, nasua falta, em sua sede, consulta ao extrato do convnio ou outro instrumento utilizado, contendo, pelo

    menos, o objeto, a finalidade e o detalhamento da aplicao dos recursos;

    V - apresentao da prestao de contas de recursos anteriormente recebidos, nos prazos econdies fixados na legislao;

    VI - publicao, pelo Poder respectivo, de normas a serem observadas na concesso de subvenessociais, auxlios e contribuies correntes, que definam, entre outros aspectos, critrios objetivos dehabilitao e seleo das entidades beneficirias e de alocao de recursos e prazo do benefcio, prevendo-se, ainda, clusula de reverso no caso de desvio de finalidade;

    VII - declarao de funcionamento regular, inclusive com inscrio no Cadastro Nacional de PessoaJurdica, da entidade beneficiria nos ltimos 3 (trs) anos, emitida no exerccio de 2008 por 3 (trs)autoridades locais, e comprovante de regularidade do mandato de sua diretoria;

    VIII - clusula de reverso patrimonial, vlida at a depreciao integral do bem ou a amortizao doinvestimento, constituindo garantia real em favor do concedente em montante equivalente aos recursos decapital destinados entidade, cuja execuo ocorrer quando se verificar desvio de finalidade ou aplicaoirregular dos recursos.

    1o A determinao contida no inciso I do caput deste artigo no se aplica aos recursos alocadospara programas habitacionais, conforme previso em legislao especfica, em aes voltadas a viabilizar oacesso moradia, bem como na elevao de padres de habitabilidade e de qualidade de vida de famliasde baixa renda que vivem em localidades urbanas e rurais.

    2o No se aplica a exigncia constante do inciso III deste artigo quando a transferncia dosrecursos ocorrer por intermdio de fundos estaduais e municipais, nos termos da legislao pertinente.

    3o vedada a destinao de recursos a entidade privada em que agente poltico de Poder ou doMinistrio Pblico, tanto quanto dirigente de rgo ou entidade da administrao pblica, de qualquer esferagovernamental, ou respectivo cnjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou porafinidade, at o segundo grau, seja dirigente.

    4o O Poder Executivo disponibilizar na internet banco de dados de acesso pblico para fins deconsulta aos recursos do Oramento da Unio destinados s entidades privadas, contendo, no mnimo,rgo concedente, unidade da federao, nome da entidade, nmero de inscrio no CNPJ, objeto, valores edatas da liberao.

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    Art. 37. Ser exigida contrapartida para as transferncias previstas na forma dos arts. 32, 33, 34 e35, de acordo com os percentuais previstos no art. 40 desta Lei, considerando-se para esse fim aquelesrelativos aos Municpios onde as aes forem executadas.

    1o A exigncia de contrapartida de que trata o caput poder ser reduzida mediante justificativa dotitular do rgo responsvel pela execuo das respectivas aes, que dever constar do respectivoprocesso de concesso da transferncia.

    2o A exigncia de contrapartida no se aplica s entidades de assistncia social e sade

    registradas no Conselho Nacional da Assistncia Social - CNAS.

    3o A reduo a que se refere o 1o deste artigo levar em considerao diretrizes do rgocolegiado ou Conselho ao qual a poltica pblica esteja relacionada.

    4o No caso de as aes serem executadas em mais de um Municpio, o clculo da contrapartidaser efetuado tendo por base o Municpio-sede da instituio recebedora dos recursos.

    Art. 38. vedada a destinao de recursos dos Oramentos Fiscal e da Seguridade Social, inclusivede receitas prprias de rgos e entidades da Administrao Pblica Federal, para entidade de previdnciacomplementar ou congnere, quando em desconformidade com o disposto na Lei Complementar no 108, de29 de maio de 2001, e na Lei Complementar no 109, de 29 de maio de 2001.

    Art. 39. Nenhuma liberao de recursos, a serem transferidos nos termos desta Seo, poder serefetuada sem a observncia do disposto no 1o do art. 19 desta Lei.

    Pargrafo nico. Para fins da realizao de transferncias ao setor privado, o Poder Executivoconsolidar as normas relativas celebrao de convnios e instrumentos congneres, bem como scorrespondentes prestaes de contas, mantendo-as atualizadas e divulgando-as por meio da internet.

    1.3. Grupos de Natureza da despesa (GND):

    Despesas de custeio ou despesas correntes - so gastos realizados para manuteno debens imveis e mveis, aquisio de produtos de consumo, utenslios, vesturios, materiaispedaggicos, pagamento de servios e reformas de imveis (quando no houver acrscimo naobra).

    Despesas em investimentos so gastos aplicados em construes, ampliaes,concluses, aquisio de equipamentos de carter permanente, tais como mveis, mquinas,instrumentos de trabalho, etc.

    Reformas de unidades de sade so enquadradas como despesas correntes, enquantoque a construo e ampliao so classificadas no GND investimentos.

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    Programas e Aes de

    Interesse dos Municpios

    Todos os convnios e contratos de repasse firmados com o Governo Federal tero que ser

    feitos por intermdio do Portal de Convnios [https://www.convenios.gov.br/siconv]. O sistema

    abrange todas as fases do processo, desde a solicitao inicial, passando pela celebrao do

    convnio, liberao dos recursos, acompanhamento da execuo e a prestao de contas. A

    regra obrigatria para todos os rgos federais com programas passveis de realizao de

    convnios e contratos de repasse, bem como rgos estaduais e municipais e entidades privadassem fins lucrativos que firmarem esses convnios e contratos com a Unio.

    Antes de encaminhar qualquer proposta de solicitao de recursos aos rgos federais, as

    prefeituras e instituies devem se credenciar previamente no portal de convnios. Somente

    aps o recebimento de senha o proponente poder apresentar seus pleitos no Sistema. Alm

    disso, necessrio observar os prazos estabelecidos para apresentao de propostas e,

    principalmente, se a ao pretendida est disponvel para os municpios.

    importante que se observe se a obra pretendida se enquadra na categoria de obra degrande vulto. Nesse caso, obrigatria a prvia incluso da ao no PPA.

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    2.1. AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO AGRRIO

    Os programas e aes da rea de agricultura e desenvolvimento agrrio do Governo

    Federal esto a cargo do Ministrio daAgricultura, Pecuria e Abastecimento e do Ministrio do

    Desenvolvimento Agrrio.

    Em todos os programas da rea de Agricultura e Desenvolvimento Agrrio exigida a

    contrapartida municipal, que ser de acordo com o estabelecido na Lei de DiretrizesOramentrias que estiver em vigor, exceto para o Programa Territrios da Cidadania.

    2.1.1. Programas do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

    O rgo responsvel pelos programas de Apoio ao Desenvolvimento do Setor

    Agropecurio, Apoio ao Pequeno e Mdio Produtor Agropecurio e Desenvolvimento Sustentvel

    do Agronegcio.

    Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Setor Agropecurio

    Objetivo/Finalidade:

    Apoiar iniciativas e projetos voltados melhoria da infraestrutura e logstica da produoagropecuria, o fomento da agroindstria e o acesso a informaes e inovaes tecnolgicas,bem como permitir o atendimento de demandas de amplo efeito socioeconmico para odesenvolvimento do setor agropecurio. Apoio a estados, Distrito Federal e municpiosmediante construo de pequenos abatedouros de animais, aquisio de mquinasbeneficiadoras de produtos agrcolas, aquisio de mquinas e equipamentos pararesfriamento de transporte de leite, aquisio de tratores e implementos agrcolas, sendopossvel apoiar tambm entidades privadas sem fins lucrativos em projetos com recursos de

    custeio que envolvam capacitao de produtores, pesquisa, recuperao de solo, microbaciase estradas vicinais.

    Programa de Apoio ao Pequeno e Mdio Produtor Agropecurio

    Objetivo/Finalidade:

    Apoiar a pequena produo agropecuria por meio do estmulo promoo da agregao devalor a seus produtos, melhorando a renda e a qualidade de vida dos produtores por meio daconstruo de pequenos abatedouros de animais, aquisio de mquinas de beneficiamentode produtos agrcolas e equipamentos de pequeno porte, elaborao de estudos ediagnsticos tcnicos, implantao, acompanhamento da execuo e avaliao de projetospara o desenvolvimento sustentvel, aquisio de mquinas de resfriamento e transporte deleite, aquisio de tratores e implementos agrcolas de pequeno porte, recuperao de solo eestradas vicinais.

    Programa de Desenvolvimento Sustentvel do Agronegcio

    Objetivo/Finalidade:

    Objetiva desenvolver aes voltadas para a aplicao de mecanismos de garantia daqualidade orgnica, o fomento inovao no agronegcio, o apoio a sistemas derastreabilidade agroalimentar em cadeias produtivas agrcolas, o apoio ao uso e manejo

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    sustentvel dos recursos naturais em agroecossistemas, o apoio s cadeias produtivaspecurias e ao cooperativismo e associativismo rural.

    2.1.2. Programas e Aes do Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

    O MDA cuida dos seguintes programas: Programa Nacional de Fortalecimento da

    Agricultura Familiar (PRONAF)5; Programa de Assistncia Tcnica e Desenvolvimento Rural na

    Agricultura Familiar; Programa de Desenvolvimento Sustentvel de Projetos de Assentamentos;

    Programa de Desenvolvimento Sustentvel de Territrios Rurais; Programa Garantia Safra6; e

    Programa de Territrios da Cidadania.

    Programa de Assistncia Tcnica e Desenvolvimento Ruralna Agricultura Familiar

    O MDA divulga anualmente pela internet a chamada para apresentao de projetos deassistncia tcnica e extenso rural e capacitao de agricultores familiares e agentes. Aps

    essa publicao, os municpios podem encaminhar seus projetos de celebrao de convnios

    com o rgo.

    Objetivo/Finalidade:

    Visa desenvolver aes de assistncia tcnica, extenso rural e capacitao de agentes juntoao pblico da Agricultura Familiar, incluindo agricultores familiares, extrativistas, ribeirinhos,aquicultores e pescadores artesanais, indgenas e membros de comunidades remanescentes

    de quilombos, mulheres rurais, jovens rurais, enquadrados nos critrios estabelecidos peloPrograma Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); alm de dirigentes,tcnicos e funcionrios de entidades governamentais e no-governamentais prestadoras deservios de Assistncia Tcnica e Extenso Rural.

    Programa de Desenvolvimento Sustentvel de Projetos de Assentamentos

    Objetivo/Finalidade:

    O Programa composto por dez aes que visam assegurar a sustentabilidade dos

    assentamentos agrrios, por meio da capacitao, do fornecimento de infraestrutura bsica, decondies dignas de moradia aos assentados, de agregao de valor produo, dacomercializao e da prtica de atividades pluriativas (tais como turismo rural, artesanato etc.).Dentre as aes do Programa, destacam-se: concesso de crdito instalao s famliasassentadas; manejo de recursos naturais em projetos de assentamento de reforma agrria;fomento agroindustrializao e comercializao terra sol; titulao, concesso edestinao de imveis rurais em projetos de assentamento e implantao e recuperao deinfraestrutura bsica em projetos de assentamento.

    5 O Programa constitui um sistema de crdito rural destinado aos agricultores, agroindstrias e cooperativas.6 Tem rea de atuao apenas nos municpios do semi-rido, norte de MG, ES e Regio Nordeste.

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    Programa de Desenvolvimento Sustentvel de Territrios Rurais

    Objetivo/Finalidade:

    Apoiar a organizao e o fortalecimento institucional dos atores sociais locais nodesenvolvimento sustentvel dos territrios rurais e promover a implementao e integraodas polticas pblicas. Realizar, por meio de seis linhas de ao, o apoio e a qualificao de

    infraestruturas pblicas que resultem em benefcio agricultura familiar, ao associativismo ecooperativismo, comercializao e capacitao de agentes de desenvolvimento, tais comoobras civis, compra de mquinas, equipamentos e veculos, bem como a contratao deservios e a capacitao dos atores locais, entre outros.

    Programa Territrios da Cidadania

    Objetivo/Finalidade:

    O Programa Territrios da Cidadania tem como objetivo a integrao de polticas pblicas apartir do planejamento territorial, a ampliao dos mecanismos de participao social nagesto dessas polticas, a ampliao da oferta e universalizao de programas bsicos decidadania, bem como a incluso produtiva das populaes pobres e segmentos sociais mais

    desiguais trabalhadoras rurais, quilombolas e indgenas. Compreende um conjunto de aesde combate pobreza, gerao de renda e trabalho, incluso social, acesso a direitos e cidadania a partir de uma atuao articulada entre as trs esferas de governo federal,estadual e municipal , com ampla participao da sociedade civil na definio da agenda deobras, servios e programas nas regies onde esto as maiores desigualdades sociais eeconmicas, especialmente no meio rural brasileiro. Os territrios da cidadania foram definidoscom base nos seguintes critrios: ndice de Desenvolvimento Humano (IDH), reduzidodinamismo econmico e nmero de assentamentos da reforma agrria, de agricultoresfamiliares, de famlias de pescadores, de quilombolas, de terras indgenas e beneficirios doBolsa Famlia. considerado, tambm, o ndice de Desenvolvimento da Educao Bsica(IDEB). As prefeituras fazem parte dos Colegiados Territoriais e duas prefeituras, por territrio,podem participar do Conselho de Articulao Estadual. Em 2009 sero 120 Territrios da

    Cidadania, beneficiando 1.808 municpios onde vivem cerca de 41,4 milhes de pessoas.

    2.2. AQUICULTURA E PESCA

    As polticas pblicas, na rea de aquicultura e pesca, so de responsabilidade da Secreta-

    ria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), rgo federal de vinculao direta Presidncia da

    Repblica. O titular da pasta tem status de Ministro de Estado.

    Cabe SEAP conceder licenas, permisses e autorizaes para o exerccio da pesca

    comercial e artesanal e da aquicultura nas reas de pesca do Territrio Nacional,

    compreendendo as guas continentais e interiores e o mar territorial, da Plataforma Continental,

    da Zona Econmica Exclusiva, reas adjacentes e guas internacionais.

    Podem ser beneficirios dos programas da SEAP, os pescadores artesanais e

    profissionais, suas associaes, cooperativas e empresas que atuam na rea de pesca e

    aquicultura. O benefcio pode ser para aquisio, construo, modernizao e equipagem de

    embarcaes pesqueiras. A SEAP mantm, em parceria com os agentes financeiros, diversas

    linhas de crditos especiais, conforme a necessidade de cada indivduo, grupo ou empresa.

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    A SEAP tambm disponibiliza recursos oramentrios prprios ou provenientes de

    emendas parlamentares ao Oramento da Unio para investimentos em diversas aes de

    interesse scioeconmico, mediante transferncia voluntria de recursos para Prefeituras

    Municipais, Governos Estaduais e Organizaes Privadas Sem Fins Lucrativos.

    2.2.1. Programas da SEAP destinados aos MunicpiosOs principais programas da SEAP que podem ser executados em convnios com os

    municpios so os seguintes: Programa Desenvolvimento Sustentvel da Aquicultura; Programa

    Desenvolvimento Sustentvel da Pesca; Programa Feira do Peixe; Programa Nacional de

    Desenvolvimento da Maricultura em guas da Unio; Programa de Gesto da Poltica Aqucola e

    Pesqueira; Programa Participao Popular; Programa Pescando Letras; e Programa Telecentro

    da Pesca.

    Programa Desenvolvimento Sustentvel da Aquicultura

    Objetivo/Finalidade:

    Implantar unidades demonstrativas de aquicultura; fomentar unidades produtoras de formas jovens de organismos aquticos; apoiar unidades integrantes da cadeia produtiva aqucola;desenvolver tecnologias de processamento de pescado e implantar unidades para seubeneficiamento; apoiar a implementao da aquicultura em guas pblicas, como incentivo criao de peixes em tanques-rede em rios e reservatrios; aproveitar canais de irrigao parapiscicultura; implantar estaes de piscicultura; apoiar controle da qualidade na garantia deconformidade, segurana e inocuidade de produtos da aquicultura; manter estaes e centrosde pesquisa em aquicultura; e desenvolver maricultura no Nordeste.

    Programa Desenvolvimento Sustentvel da Pesca

    Objetivo/Finalidade:

    Apoiar e implantar infraestrutura aqucola e pesqueira; apoiar adequao de acessosaquavirios; implantar terminal pesqueiro; subvencionar e gerenciar preo do leo diesel deembarcaes pesqueiras; equalizar taxa de juros em financiamento ao programa da ampliaoe modernizao da frota pesqueira nacional; apoiar funcionamento de unidades integrantes dacadeia produtiva pesqueira; fomentar implantao de dispositivos de excluso de arrasto;apoiar renovao da frota artesanal; e apoiar projetos demonstrativos na atividade da pesca.

    Programa Feira do Peixe

    Objetivo/Finalidade:

    O projeto consiste na distribuio de kits-feira, disponibilizados em dois padres para o peixefresco ou para o peixe vivo dando ao aquicultor ou pescador a oportunidade de comercializarseus produtos diretamente em feiras livres de sua cidade, garantindo preos mais justos aoprodutor, que ter um acrscimo em sua renda, e ao consumidor, que ter acesso a umproduto mais barato. Essa reduo da intermediao vai ampliar a oferta e melhorar aqualidade do produto oferecido, que sai direto do barco ou do tanque para a feira.

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    Programa Nacional de Desenvolvimento da Maricultura em guas da Unio

    Objetivo/Finalidade:

    O Programa utiliza uma metodologia de planejamento sustentvel com participao deautoridades e comunidades locais. O planejamento inicia-se com um levantamento deinformaes para promover a melhor localizao de fazendas marinhas, e tambm feita uma

    detalhada caracterizao socioambiental das reas de instalao das fazendas marinhas. Amaricultura beneficiada com o Programa para a gerao de emprego, renda e alimento,utilizando reas de grande potencial que o Governo concede para a atividade.

    Programa de Gesto da Poltica Aqucola e Pesqueira

    Objetivo/Finalidade:

    Monitorar atividade aquicola e pesqueira nacional; registro geral da pesca; publicidade deutilidade pblica; desenvolver e gerenciar sistemas de gesto da aquicultura e pesca; estudopara o desenvolvimento sustentvel da aquicultura e pesca; fomentar atividades pesqueiras e

    aquicolas sob formas associativas; apoiar unidades de ensino e capacitao de profissionaisem aquicultura e pesca; apoiar assistncia tcnica e extenso pesqueira; apoiar extensoaquicola.

    Programa Participao Popular

    Objetivo/Finalidade:

    Incentivar a participao dos segmentos integrantes da cadeia da pesca na definio depolticas pblicas. Integra o Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca CONAPE, aSEAP/PR com pescadores artesanais, maricultores, aqicultores, pescadores industriais earmadores, alm de membros do Governo e da sociedade. Tem como meta a realizao da IIIConferncia Nacional de Aquicultura e Pesca, precedida de conferncias e encontrosmunicipais e regionais.

    Programa Pescando Letras

    Objetivo/Finalidade:

    O objetivo a alfabetizao dos pescadores que no tiveram acesso educao. So turmasformadas prioritariamente por pescadores, com poca e durao dos cursos varivel, levandoem conta a disponibilidade irregular de tempo desses trabalhadores, aproveitando os perodosde defeso/piracema.

    Programa Telecentro da Pesca

    Objetivo/Finalidade:

    a aproximao dos pescadores ao mundo da informtica e dos computadores, com acessos novas tecnologias e Internet, sendo um processo de democratizao da comunicao.So salas cedidas pelas comunidades atendidas, conectadas por satlite, via ProgramaGESAC do Ministrio das Comunicaes. Os microcomputadores so doados pelo Banco doBrasil em parceria com a SEAP/PR. Os servidores e impressoras so cedidos pela SEAP/PR.

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    2.3. ASSISTNCIA E INCLUSO SOCIAL

    A assistncia social no Brasil um direito estabelecido na Constituio Federal do Pas.

    Suas aes fazem parte do sistema de seguridade social, o qual compreende as reas de sade,

    previdncia e assistncia social. Esta ltima est a cargo do Ministrio do Desenvolvimento

    Social e Combate Fome (MDS), que tambm atua nos campos da segurana alimentar, renda

    da cidadania, desenvolvimento social e combate fome.

    2.3.1. Sistema nico de Assistncia Social

    Na rea de assistncia social, o Brasil adota um sistema parecido com o que praticado

    na rea de sade pblica com o SUS. Trata-se do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), o

    qual envolve a participao descentralizada dos trs nveis de governo: federal, estadual e

    municipal (incluindo o DF) e tambm a sociedade civil, atravs de conselhos organizados.

    A partir dessa nova estrutura as aes de assistncia social passaram a integrar polticas

    pblicas de Estado, constituindo-se em direito constitucional do cidado. Antes, eram apenasbenefcios resultantes de aes voluntaristas.

    Todas as operaes do sistema esto disciplinadas na Norma Operacional Bsica do

    Sistema nico de Assistncia Social, definida pelo Conselho Nacional de Assistncia Social.

    A estrutura do SUAS est dividida em dois nveis de proteo, de acordo com a

    complexidade dos servios, conforme segue:

    1. Proteo Social Bsica (PSB) - envolve aes de carter preventivo, que visam a

    fortalecer os laos familiares e comunitrios de todos os cidados e cidads;

    2. Proteo Social Especial (PSE)

    de mdia complexidade nessa categoria, os municpios realizam aes voltadas

    para restabelecer a dignidade social do indivduo ou da famlia, cujos direitos j tenham

    sido violados, mas ainda se mantm os laos familiares e comunitrios.

    de alta complexidade nessa categoria, o nvel de proteo social tem o objetivo de

    recuperar a situao socioeconmica de pessoas e famlias altamente violadas em

    seus direitos sociais, inclusive com perda dos laos familiares e comunitrios.

    Os municpios so classificados em trs nveis de gesto, conforme a capacidade de cada

    um em executar os servios de assistncia social em seu territrio.

    1. Gesto Inicial

    2. Gesto Bsica

    3. Gesto Plena

    Em todos os nveis de gesto os municpios so obrigados a instalar um conselho, plano e

    o Fundo Municipal de Assistncia Social. Nas gestes bsica e plena os municpios devem dispor

    de forma organizada de um sistema de rede de proteo social atravs das casas de famlias,

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    intituladas respectivamente de Centros de Referncia da Assistncia Social (CRAS) e Centros

    de Referncia Especializados da Assistncia Social (CREAS).

    2.3.2. Fundo Nacional de Assistncia Social

    Fundo Nacional de Assistncia Social (FNAS) o rgo responsvel pela gesto dosrecursos federais para financiamento do benefcio de prestao continuada e pelo apoio aos

    servios, programas e projetos de assistncia social.

    Os repasses de recursos do FNAS para os municpios so feitos por intermdio dos

    fundos municipais de assistncia social, mesmo quando se destinarem a entidades privadas

    prestadoras de servios de assistncia social. Significa que os convnios no mbito dos

    programas de assistncia social no podero ser firmados com entidades assistenciais, mas

    apenas com governos, sejam eles estaduais, municipais ou do Distrito Federal.

    2.3.3. Programas de Assistncia Social de Interesse dos Municpios

    Programa Acesso Alimentao

    Objetivo/Finalidade:

    O Programa aborda 11 aes: apoio implantao de bancos de alimentos e mercadospblicos; apoio instalao de restaurantes e cozinhas populares; aquisio de alimentosprovenientes da agricultura familiar; construo de cisternas para armazenamento de gua;

    educao alimentar e nutricional; distribuio de alimentos a grupos populacionais especficos;operacionalizao de estoques estratgicos de segurana alimentar; apoio a projeto desegurana alimentar e nutricional para povos e comunidades tradicionais; apoio a agriculturaurbana, periurbana e sistemas coletivos de produo para o autoconsumo; consrcio desegurana alimentar e desenvolvimento local; e melhoria das condies socioeconmicas dasfamlias.

    Programa Bolsa Famlia

    Objetivo/Finalidade:

    O Bolsa Famlia um Programa de transferncia direta de renda com condicionalidades quebeneficia famlias com renda mensal por pessoa de at R$120,00. O benefcio financeiro pago diretamente s famlias, preferencialmente s mulheres, por meio de carto magntico. OPrograma opera de forma articulada entre as trs esferas de governo e ainda pressupe otrabalho integrado entre as reas de sade, educao e assistncia social. A gesto do BolsaFamlia no mbito municipal apoiada financeiramente pelo Governo Federal, por meio datransferncia de recursos para o aprimoramento das aes de cadastramento de famliaspobres, gesto de condicionalidades e de benefcios e para o desenvolvimento de aescomplementares para as famlias beneficirias.

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    Programa de Erradicao do Trabalho Infantil - PETI

    Objetivo/Finalidade:

    O PETI compreende um conjunto de aes com o objetivo de retirar crianas e adolescentesdo trabalho precoce por intermdio de trs eixos bsicos: transferncia direta de renda afamlias de crianas e adolescentes em situao de trabalho, oferta de atividadessocioeducativas a crianas e adolescentes, organizadas pelos municpios, e acompanhamento

    sociofamiliar.

    Programa de Proteo Social Bsica

    Objetivo/Finalidade:

    A Proteo Social Bsica destinada ao atendimento de indivduos e famlias em situao devulnerabilidade social. Integram a Proteo Social Bsica o Programa de Ateno Integral Famlia PAIF, desenvolvido nos Centros de Referncia de Assistncia Social CRAS, osservios socioeducativos e de convivncia para pessoas idosas, os servios para crianas dezero a seis anos, o Benefcio de Prestao Continuada BPC e projetos de estruturao da

    rede. O CRAS a unidade pblica da assistncia social, de base municipal, localizada emreas com maiores ndices de vulnerabilidadde e risco social, destinada prestao dosservios socioassistenciais s famlias.

    Programa de Proteo Social Especial

    Objetivo/Finalidade:

    A Proteo Social Especial destinada a famlias e indivduos que se encontram em situaode risco pessoal e social, por ocorrncia de abandono, maus-tratos fsicos e/ou psquicos,abuso sexual, uso de substncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas,

    situao de rua, situao de trabalho infantil, entre outras situaes de violao dos direitos. OCentro de Referncia Especializado da Assistncia Social CREAS a unidade pblica deatendimento especializado de abrangncia municipal ou regional da proteo social especial.Alm dos CREAS, so cofinanciados servios de habilitao e reabilitao para pessoas comdeficincia e Centro-Dia para pessoas idosas e pessoas com deficincia, abrigos institucionais,albergues, casas de passagem, moradias provisrias, dentre outros.

    Todos os programas acima so da responsabilidade do Ministrio de DesenvolvimentoSocial e Combate Fome (MDS).

    Obs: O MDS no opera mais com projetos de creches nem dar apoio, em 2009, a

    projetos destinados a centro de mltiplo uso.

    2.4. CINCIA E TECNOLOGIA

    Os programas na rea de cincia e tecnologia de maior interesse dos municpios so

    aqueles voltados para o desenvolvimento social, especialmente os que tm por objetivo a

    incluso digital.

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    Esses programas esto a cargo do Ministrio da Cincia e Tecnologia, do Ministrio das

    Comunicaes e do Banco do Brasil. Os detalhes sobre as aes que podem ser realizadas

    podem ser acessados no Portal de Convnios:www.convenios.gov.br.

    2.4.1. Programas a cargo do Ministrio da Cincia e Tecnologia

    O Ministrio da Cincia e Tecnologia responsvel pelos seguintes programas: ProgramaCincia, Tecnologia e Inovao para a Incluso e Desenvolvimento Social; Programa

    Comunidades Tradicionais; e Programa de Incluso Digital Apoio Gesto Governamental.

    Programa Cincia, Tecnologia e Inovao para a Incluso eDesenvolvimento Social

    Objetivo/Finalidade:

    Ampliar a capacidade local e regional para gerar e difundir o progresso tcnico e cientfico e agerao de trabalho e renda visando a qualidade de vida da populao, a sustentabilidadeambiental e da produo, a construo e socializao do conhecimento em sistemasagroecolgicos de produo, a ampliao do acesso cidadania. Pblico-alvo: populaoexcluda rural e urbana; pessoas com deficincia ou com mobilidade reduzida; povosindgenas e comunidades tradicionais; mulheres e comunidades negras; participantes doPrograma da juventude; pessoas com insegurana alimentar e nutricional; pequenosprodutores; micro e pequenas empresas; populaes de regies deprimidas social eeconomicamente, especificamente, populao de catadores de materiais reciclveis e suasfamlias; e empreendimentos.

    Programa Comunidades Tradicionais

    Objetivo/Finalidade:

    Contribuir para a garantia da territorialidade das comunidades tradicionais, de maneira apossibilitar a valorizao da cultura e das formas de organizao social, e dinamizar asatividades produtivas e o uso sustentvel dos ambientes que ocupam de modo tradicional.Voltado para comunidades e entidades representativas de populaes tradicionais.

    Programa de Incluso Digital Apoio Gesto Governamental

    Objetivo/Finalidade:Objetivo: promover o acesso s tecnologias de informao e comunicao e ao acervo deinformaes e de conhecimentos, contribuindo para a incluso social dos cidados brasileiros.Objetivo setorial: promover a gesto dos recursos logsticos e das tecnologias de informao ecomunicao para apoiar a ao do Governo, democratizando o acesso, melhorando aqualidade e propiciando o controle social do Estado. Pblico-alvo: comunidades, jovens eoutros segmentos identificados cuja situao socioeconmica imponha dificuldades de acessoaos benefcios das novas tecnologias de comunicao e informao.

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    2.4.2. Programa do Ministrio das Comunicaes

    O Ministrio das Comunicaes atua na gesto do Programa de Incluso Digital

    Equipamentos de Informtica e de Acesso Internet, para atendimento aos municpios.

    Programa de Incluso DigitalEquipamentos de Informtica e de Acesso Internet

    Objetivo/Finalidade:

    Busca oferecer, gratuitamente, equipamento de informtica e acesso internet visando ainsero da populao no mundo da informao. O Programa possui 11 aes, dentre elas:implantao de telecentros para acesso a servios pblicos; implantao de centro pararecondicionamento de computadores; operao do sistema de acesso banda larga;observatrio nacional de incluso digital; fomento elaborao e implantao de projetos deincluso digital; capacitao de multiplicadores.

    2.4.3. Programa a cargo do Banco do Brasil

    Programa de Incluso Digital da Fundao Banco do Brasil

    Objetivo/Finalidade:

    Contribuir para a melhoria das condies econmicas, sociais, culturais e polticas dascomunidades por meio do acesso s tecnologias de informao e comunicao.Concomitantemente, ser estimulado o empreendedorismo e o trabalho social comunitrio,propiciando formao e qualificao para o trabalho s comunidades atendidas de forma aminimizar a excluso social existente na sociedade brasileira.

    2.5. CULTURA

    O Ministrio da Cultura presta apoio financeiro indiretamente a projetos culturais por meio

    da Lei Federal de Incentivo Cultura (Lei Rouanet), Lei do Audiovisual e tambm para projetos

    especficos, lanados periodicamente.

    1) Pela Lei Rouanet

    A Lei Federal de Incentivo Cultura (Lei n 8.313/91), ou Lei Rouanet, como tambm

    conhecida, pode ser usada por empresas e pessoas fsicas que desejam financiar projetos

    culturais.

    Ela institui o Programa Nacional de Apoio Cultura (Pronac), que tem como trip:

    1. o Fundo Nacional de Cultura (FNC),

    2. o Incentivo Fiscal (Mecenato) e

    3. o Fundo de Investimento Cultural e Artstico-FICART (sem uso)

    O FNC destina recursos a projetos culturais por meio de emprstimos reembolsveis ou

    cesso a fundo perdido.

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    O mecanismo de Incentivo Fiscal (Mecenato), concede benefcios fiscais a investidores

    que apoiam projetos culturais sob forma de doao ou patrocnio. Podem ser doadores ou

    patrocinadores de projetos culturais as pessoas fsicas e empresas. O benefcio de at 100%

    do valor no Imposto de Renda.

    Incentivo Fiscal (Mecenato). Pelo mecanismo de financiamento atravs de incentivos

    fiscais, institudo pela Lei 8.313/91, tambm chamado Mecenato, o proponente pode obter apoiode pessoas fsicas e de certas empresas para a execuo do seu projeto cultural, desde que este

    seja antes aprovado pelo Ministrio da Cultura. Aos investidores permitido, por sua vez, deduzir

    do imposto de renda o valor repassado.

    No Mecenato o ministrio NO transfere recurso para o projeto, como no FNC. Depois da

    aprovao desse divulgada por meio de portaria ministerial no Dirio Oficial da Unio (D.O.U.), o

    proponente dever buscar empresas ou pessoas fsicas interessadas em financiar a execuo,

    por meio de patrocnio ou doao. Fundo Nacional da Cultura: por intermdio do Fundo

    Nacional de Cultura (FNC) que o Ministrio da Cultura presta apoio financeiro diretamente aosprojetos culturais, utilizando-se dos instrumentos de convnios, concesso de bolsas de estudo e

    outros.

    2.5.1. Programas e Aes de Maior Interesse Municipal

    Por Demanda Espontnea

    Compreende os pedidos de apoio encaminhados ao Ministrio da Cultura que partem de

    uma proposta que no se enquadra em programas especficos divulgados atravs de edital. So

    demandas espontneas da sociedade.

    As propostas acolhidas pelo MINC recebem recursos diretos do rgo aps a formalizao

    de convnio com a instituio beneficiria.

    Projetos que podem ser objeto de convnio por Demanda Espontnea:

    Em regra geral no h restries para apoiamento financeiro a projetos culturais.

    Considera-se, para fins de prioridade, aqueles projetos de carter singular (notvel, distinto,

    excepcional, nico, significativo e diferente) e de inovao (incentivo a novas temticas e

    investigaes artsticas e culturais).

    Quem pode solicitar apoio por Demanda Espontnea:

    Os convnios podem ser solicitados por:

    instituies pblicas (prefeituras, autarquias, fundaes etc);

    instituies privadas sem fins lucrativos (institutos, ONGs, fundaes particulares

    etc);

    instituies de natureza cultural;

  • 8/8/2019 Manual dos Prefeitos

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    Os projetos culturais tambm podem receber recurso atravs de emenda parlamentar,

    para a execuo mediante a celebrao de convnio.

    Para ter um projeto custeado por emenda necessrio receber a indicao de um

    parlamentar ou de um grupo de parlamentares, que s poder ser feita a instituies pblicas

    (prefeituras, fundaes, autarquias etc), ou privadas sem fins lucrativos (associaes, ONGs,

    OSCIPs, fundaes particulares, institutos etc). Pessoas fsicas, empresas ou quaisquerentidades com fins lucrativos no podem receber indicao.

    Programa Brasil Patrimnio Cultural

    Ministrio da Cultura

    Objetivo/Finalidade:

    Composto por 32 aes, dentre elas: preservao de bens imveis do p