manual do professor - principios de liderança - instituto

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PRINCPIOS DE LIDERANAMANUAL DO PROFESSORRELIGIO 180R

PRINCPIOS DE LIDERANA MANUAL DO PROFESSORReligio 180R

Preparado pelo Sistema Educacional da Igreja Publicado por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias Salt Lake City, Utah

Envie seus comentrios e correes, inclusive erros tipogrficos para CES Editing, 50 E. North Temple Street, Floor 8, Salt Lake City, UT 84150-2722, USA. E-mail: 2001, 2003 Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitos reservados Impresso no Brasil Aprovao do ingls: 5/99 Aprovao da traduo: 5/99 Traduo de Principles of Leadership Teacher Manual: Religion 180r Portuguese

SUMRIOIntroduo Lio 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .v Lderes e Nosso Potencial Divino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .1 lder Vaughn J. Featherstone, Trechos de The Incomparable Christ: Our Master and Model . . . . . . . . . . . . . . . .3 Lio 2 Lio 3 Lio 4 Lio 5 Lio 6 Honrar o Arbtrio Daqueles Que Lideramos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 Irmo Neal A. Maxwell, Looking at Leadership . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 Tornar-se um Bom Pastor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 lder James E. Faust, Destes Farei Meus Lderes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 Dar um Bom Exemplo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 Presidente Gordon B. Hinckley, Conselhos e Orao do Profeta para os Jovens . . .21 Aprender Nossos Deveres como Lderes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28 lder Dallin H. Oaks, Parental Leadership in the Family . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29 Servir as Pessoas a Quem Lideramos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 lder Vaughn J. Featherstone, Trechos de More Purity Give Me . . . . . . . . . . . . . . . .35 lder M. Russell Ballard, Trechos de The Greater Priesthood: Giving a Lifetime of Service in the Kingdom . . . . . . . .36 Lio 7 Lio 8 Lio 9 Lio 10 Lio 11 Lio 12 Aprender a Liderar com Caridade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .38 Irmo Stephen D. Nadauld, Trechos de Principles of Priesthood Leadership . . . . . . .40 A Liderana Freqentemente Requer Sacrifcio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44 lder Gordon B. Hinckley, The Loneliness of Leadership . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45 Abordar a Liderana com Alegria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48 lder Joseph B. Wirthlin, As Lies Aprendidas na Jornada da Vida . . . . . . . . . . . .49 Estabelecer Prioridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57 lder M. Russell Ballard, Manter em Equilbrio as Exigncias da Vida . . . . . . . . . .60 Honrar o Sacerdcio e as Mulheres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64 lder Russell M. Nelson, Honoring the Priesthood . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66 Ajudar as Pessoas a Ocuparem-se Zelosamente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .71 lder Hugh B. Brown, O P de Groselha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73 Irm Margaret D. Nadauld, A Alegria de Ser Mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .74 Lio 13 Lio 14 O Trabalho de Liderana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78 lder Mark E. Petersen, The Image of a Church Leader . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79 Liderana e Conselhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .84 lder M. Russell Ballard, Strength in Counsel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86 lder M. Russell Ballard, Counseling with Our Councils . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .90

iii

Lio 15 Lio 16 Lio 17 Lio 18

A Importncia de Delegar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .93 Presidente N. Eldon Tanner, The Message: Leading as the Savior Led . . . . . . . . . .95 Princpios Referentes ao Processo de Tomar Decises . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .99 Presidente Ezra Taft Benson, Suggestions on Making Decisions . . . . . . . . . . . . . .99 Realizar Reunies Bem-Sucedidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .105 Presidente Boyd K. Packer, A Ordem No Escrita das Coisas . . . . . . . . . . . . . . . . .106 Introspeco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113 Presidente Spencer W. Kimball, Jesus: The Perfect Leader . . . . . . . . . . . . . . . . . .114

iv

INTRODUOOBJETIVO DO CURSO RELIGIO 180R

O curso Religio 180R, Princpios de Liderana, apresenta aos alunos princpios de liderana e mtodos que iro ajud-los a liderar de modo satisfatrio para Jesus Cristo, o lder perfeito. Conforme explicou o Presidente Spencer W. Kimball: Ser muito difcil sermos bons lderes a menos que reconheamos a realidade do lder perfeito, Jesus Cristo, e deixemos que Ele seja a luz que nos mostre o caminho! (Jesus: The Perfect Leader, Ensign, agosto de 1979, p. 7.) medida que a Igreja cresce, maior se torna a necessidade de prepararmos novos lderes. Os membros da Igreja podem aprender a ser lderes. O Presidente Gordon B. Hinckley citou esta declarao do General do Exrcito dos Estados Unidos Mark W. Clark: Ao contrrio do que diz o velho ditado, os lderes no nascem feitos. A arte de liderar pode ser ensinada e pode ser aprendida. (Teachings of Gordon B. Hinckley, 1997, p. 306.) Princpios de Liderana um curso de um crdito, com uma aula por semana. Ele pode ser ministrado a todos os alunos ou adaptado para grupos especficos, como o de lderes de conselho estudantil do instituto de religio. Se o curso for ministrado para um grupo especfico, no deixe de incluir um aviso depois do nome do curso na programao de aulas (por exemplo: Para lderes do conselho estudantil). Embora o curso Princpios de Liderana tenha sido planejado para ter a durao de um semestre, voc pode complementar as aulas com material adicional a fim de atender s necessidades locais, de modo que haja material para um ano de curso para o conselho estudantil do instituto. O Manual do Professor de Princpios de Liderana inclui mais lies do que seria possvel ensinar num semestre de 15 semanas. As lies adicionais permitem que os professores tenham certa flexibilidade ao decidir os assuntos a serem apresentados em classe. Nas aulas com perodo letivo de 9 semanas, as lies podem ser arranjadas em dois grupos de nove para serem ministradas em dois perodos letivos consecutivos. O curso do primeiro perodo letivo, Religio 180R, e o curso do segundo perodo letivo, Religio 181R, podem ambos serem chamados de Princpios de Liderana.

MANUAL DO PROFESSOR DE PRINCPIOS DE LIDERANA

O Manual do Professor de Princpios de Liderana inclui uma lio sobre cada um de um conjunto de dezoito princpios de liderana tirados das escrituras. A ordem em que voc ir apresentar as lies pode ser adaptada de acordo com a situao. Pode ser necessria mais de uma aula para se abordar adequadamente alguns dos princpios. Organize as lies de modo a poder discutir os princpios que considere mais importantes para seus alunos, ao prepararem-se para cargos de liderana na Igreja, escola, comunidade e no lar. Cada lio comea com uma escritura da qual extrado um princpio geral de liderana. Alm disso, cada lio inclui: Conceitos da LioPrincpios especficos para ajudar os alunos a colocar em prtica o princpio geral de liderana. ComentrioExplicaes dos conceitos da lio, incluindo escrituras adicionais e declaraes das Autoridades Gerais. Sugestes didticasMtodos sugeridos para o ensino dos conceitos. Recursos para o professorDiscursos ou artigos escritos pelas Autoridades Gerais relacionados aos princpios de liderana. Seguem-se perguntas para estudo. Os discursos da seo de recursos para o professor e as perguntas que os acompanham visam ajudar voc, como professor, a preparar as aulas. Voc tambm pode usar os discursos e perguntas em classe ou entreg-los aos alunos como apostila. Observe que alguns dos discursos esto diretamente relacionados lio, enquanto que outros abordam temas gerais de liderana. Esperamos que este manual do professor o ajude a preparar futuros lderes e a realizar a esperana do Presidente Ezra Taft Benson: Amados jovens, vocs precisaro passar por dificuldades e tentaes; mas h grandes momentos de eternidade adiante. Vocs tm o nosso amor e confiana. Oramos para que estejam preparados para assumir cargos de liderana. Dizemos a vocs: Erguei-vos e brilhai (D&C 115:5), sendo uma luz para o mundo e um exemplo para as pessoas. (To the Rising Generation, New Era, junho de 1986, p. 8.)

v

LIO 1

LDERES E NOSSO POTENCIAL DIVINOLembrai-vos de que o valor das almas grande vista de Deus. (D&C 18:10)PRINCPIO DE LIDERANA

A compreenso de nosso potencial divino ajuda os lderes a guiarem as pessoas a Jesus Cristo.CONCEITOS DA LIO

1. Temos potencial divino porque somos filhos do Pai Celestial. 2. Jesus Cristo nosso Salvador. 3. Os lderes devem seguir a Regra de Ouro do evangelho. (Ver Mateus 7:12.)

CONCEITO 1. TEMOS POTENCIAL DIVINO PORQUE SOMOS FILHOS DO PAI CELESTIAL.COMENTRIO

O salmista perguntou: Que o homem mortal para que te lembres dele? (Salmos 8:4) Algumas pessoas acreditam que o homem simplesmente um animal racional motivado por instintos, influncias socioeconmicas ou sua agressividade natural. Alguns crem que o comportamento do homem controlado pela promessa de recompensas ou a ameaa de castigos. Algumas pessoas dizem que nossa existncia no tem qualquer sentido. Muito pelo contrrio, os santos dos ltimos dias sabem que todas as pessoas so filhas do Pai Celestial e tm o potencial de tornarem-se semelhantes a Ele. (Ver Atos 17:29; Efsios 4:6; Hebreus 12:9.) A admoestao do Salvador de que nos tornemos perfeitos como Ele uma evidncia de nosso potencial divino. Cremos que todas as pessoas tm grande valor (ver D&C 18:10, 15), que so capazes de discernir o certo do errado (ver 2 Nfi 2:5), que graas Expiao de Jesus Cristo elas so livres para escolher o bem ou o mal (ver vv. 2627) e que so, portanto, responsveis por suas escolhas (ver v. 10). Declaramos que o propsito de Deus ao estabelecer o plano de salvao o de que tenhamos alegria. (Ver v. 25.)SUGESTO DIDTICA

Humana. No lado direito escreva o ttulo Crenas SUD a respeito da Natureza Humana. Discuta o comentrio acima e escreva um resumo da viso do mundo e do conhecimento revelado acerca de nossa natureza e potencial, embaixo dos devidos ttulos. Chame a ateno dos alunos para nosso conhecimento, como santos dos ltimos dias, de que somos filhos do Pai Celestial com o potencial de tornar-nos semelhantes a Ele. Discuta como nosso conhecimento de quem somos e do que podemos vir a ser nos ajuda a sermos melhores lderes. Incentive os alunos a desenvolver uma compreenso mais profunda da natureza humana e do plano de salvao. Diga aos alunos que isso ir aumentar seu desejo e capacidade de conduzir pessoas a Jesus Cristo. Discuta como nosso entendimento de nossa natureza divina pode influenciar o planejamento de programas da Igreja e para a famlia. Pea aos alunos que leiam Moiss 1:2739. Discuta perguntas como estas: O que esses versculos nos ensinam sobre quem somos? O que esses versculos nos ensinam sobre nosso potencial? Acham que Moiss estava mais bem capacitado a liderar seu povo depois da viso descrita nesses versculos? Por qu? Que verdades vocs vem nesses versculos que podem ajud-los a serem um lder melhor? Separe a classe em pequenos grupos. Diga a cada grupo que imagine que foram chamados para planejar uma conferncia de jovens da estaca. Pea-lhes que faam um esboo da1

Desenhe uma linha vertical bem no meio do quadro-negro. No lado esquerdo escreva o ttulo Algumas Vises do Mundo acerca da Natureza

Lio 1: Lderes e Nosso Potencial Divino

conferncia e planejem atividades que iro ajudar os jovens a saber que so filhos do Pai Celestial e que tm um potencial divino. Pea aos grupos que ponderem como os planos da conferncia seriam diferentes se fossem feitos por uma organizao secular para um grupo semelhante de jovens. Conceda-lhes algum tempo para conclurem seu planejamento e depois pea que faam um relato para a classe.CONCEITO 2. JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR.COMENTRIO

Amuleque explicou aos zoramitas: Pois necessrio que haja uma expiao; porque, de acordo com o grande plano do Deus Eterno, dever haver uma expiao; do contrrio, toda a humanidade inevitavelmente perecer. () Porque necessrio que haja um grande e ltimo sacrifcio; sim, no um sacrifcio de homem nem de animal nem de qualquer tipo de ave; pois no ser um sacrifcio humano; dever, porm, ser um sacrifcio infinito e eterno. () E eis que este o significado total da lei, cada ponto indicando aquele grande e ltimo sacrifcio; e aquele grande e ltimo sacrifcio ser o Filho de Deus, sim, infinito e eterno. (Alma 34:910, 14.)SUGESTO DIDTICA

Nossa viso da natureza humana influenciada pela nossa compreenso da natureza e misso de Jesus Cristo. O evangelho ensina que Jesus o Messias, nosso Salvador, e o Filho Divino de Deus, o Pai. Um anjo disse a Nfi: Estes ltimos registros [o Livro de Mrmon] () confirmaro a verdade dos primeiros [a Bblia]() e mostraro a todas as tribos, lnguas e povos que o Cordeiro de Deus o Filho do Pai Eterno e o Salvador do mundo; e que todos os homens devem vir a ele, pois do contrrio no podero ser salvos. (1 Nfi 13:40) O Salvador sabia desde a Sua infncia que Sua misso fazia parte do plano de Seu Pai Celestial. Conforme o lder Neal A. Maxwell, do Qurum dos Doze, explicou: Ele sabia muito, sendo extremamente jovem. (Men and Women of Christ, 1991, p. 115.) O Apstolo Joo escreveu que Jesus a princpio no recebeu da plenitude, mas continuou de graa em graa, at receber a plenitude. (Ver D&C 93:13.) medida que prosseguiu o ministrio de Cristo, Ele falou a outros acerca de Sua identidade e misso. Ele disse a Seus discpulos: Eu e o Pai somos um. (Joo 10:30) Para a mulher samaritana junto ao poo de Jac Ele revelou que era o to esperado Messias. (Ver Joo 4:1926, 42.) O lder Bruce R. McConkie, que foi membro do Qurum dos Doze, resumiu o testemunho que o Senhor prestou acerca de Si mesmo junto ao tanque de Betesda: Ele agia pelo poder do Pai; levaria a efeito a ressurreio; seria honrado juntamente com o Pai; haveria de julgar todos os homens; pregaria aos espritos em priso e abriria as sepulturas dos que partiram da Terra; Ele tinha vida em Si mesmo, assim como o Pai; tudo isso e muito, muito mais. [Ver Joo 5.] (The Promised Messiah: The First Coming of Christ, 1978, p. 154.)

Pea aos alunos que encontrem passagens das escrituras que descrevam aspectos da personalidade divina ou propsito de Jesus Cristo. Pea a alguns que leiam uma passagem que encontraram para a classe. Discuta o que as escrituras e os profetas modernos ensinam sobre Jesus Cristo e o que Ele fez por ns por meio de Seu sacrifcio expiatrio. Explique aos alunos que a Expiao o ponto central do plano de salvao. Ela torna possvel nossa ressurreio e nosso retorno a nosso lar celestial. Discuta por que importante que a famlia e os lderes da Igreja compreendam o papel de Jesus Cristo no plano.CONCEITO 3. OS LDERES DEVEM SEGUIR A REGRA DE OURO DO EVANGELHO.COMENTRIO

Os lderes devem tratar as pessoas com bondade e respeito. Toda pessoa um filho de Deus com potencial divino por quem o Salvador sofreu e morreu. mais provvel que as pessoas reajam positivamente a lderes que demonstrem amor e respeito por elas. O Salvador ensinou Portanto, tudo o que vs quereis que os homens vos faam, fazei-lho tambm vs, porque esta a lei e os profetas. (Mateus 7:12) Esse ensinamento tornou-se conhecido como a Regra de Ouro. Alma ensinou: O Senhor concede a todas as naes que ensinem a sua palavra em sua prpria nao e lngua, sim, em sabedoria, tudo o que ele acha que devem receber. (Alma 29:8) No de se admirar que haja pessoas a quem o evangelho no foi revelado mas que compreendem muitas verdades do evangelho.

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Lio 1: Lderes e Nosso Potencial Divino

Muitas religies possuem preceitos semelhantes a esse ensinamento do Salvador. O quadro a seguir relaciona vrias delas.Judasmo No faa a seu semelhante aquilo que voc detesta que lhe faam. Essa toda a lei; tudo o mais so comentrios. Talmud, Shabbat, 31a.) No magoes os outros com algo que tu mesmo considerarias doloroso. (UdanaVarga, 5, 18.) Segura a mxima da bondade amorosa: No faa aos outros o que voc no gostaria que lhe fizessem. (Analects, 15, 23.) Nenhum de vocs ser um crente at que deseje para seu irmo aquilo que ele prprio deseja para si mesmo. (Sunnah)

O que custaria para uma pessoa ser um bom samaritano? Ser que esse preo alto demais para os lderes? Expliquem. Ser que os lderes deveriam viver a Regra de Ouro mesmo que no esperem que os outros os tratem de modo semelhante? Por qu? Como acham que nosso pas mudaria se os lderes e cidados vivessem a Regra de Ouro?RECURSOS PARA O PROFESSOR lder Vaughn J. Featherstone

Budismo

Confucionismo

Dos Setenta Trechos de The Incomparable Christ: Our Master and Model, 1995, pp. 106108, 110111, 113116, 119120, 123125, 128132 [O capito Morni terminou sua carta a Amoron, dizendo]: Agora encerro minha epstola. Eu sou Morni; eu sou um chefe. [Alma 54:14; grifo do autor.] Em meu Livro de Mrmon, escrevi o seguinte na margem da pgina: Nunca foram proferidas palavras mais verdadeiras do que quando Morni declarou: Eu sou um chefe. Que grande lder ele foi! Muitos anos depois, Morni foi descrito assim: Se todos os homens tivessem sido e fossem e pudessem sempre ser como Morni, eis que os prprios poderes do inferno teriam sido abalados para sempre; sim, o diabo nunca teria poder sobre o corao dos filhos dos homens. (Alma 48:17) Quando Morni era o comandante geral dos exrcitos nefitas: Rasgou sua tnica e, pegando um pedao dela, nele escreveu: Em lembrana de nosso Deus, nossa religio e nossa liberdade e nossa paz, nossas esposas e nossos filhose amarrou-o na ponta de um mastro. E ele colocou seu capacete e sua couraa e seus escudos e cingiu os lombos com sua armadura; e pegou o mastro em cuja ponta se achava a tnica rasgada (a que ele chamou estandarte da liberdade); e inclinou-se at o solo e orou fervorosamente a seu Deus, a fim de que as bnos da liberdade repousassem sobre seus irmos enquanto restasse um grupo de cristos para habitar a terra. (Alma 46:1213)

Isl

Adaptado de David Wallechinsky e Irving Wallace, The People's Almanac, 1975, pp. 13141315.

SUGESTO DIDTICA

Pergunte se algum saberia citar a Regra de Ouro. Se ningum souber, pea aos alunos que leiam Mateus 7:12 e explique que esse ensinamento do Salvador geralmente conhecido como a Regra de Ouro. Relembre aos alunos que o Senhor inspira mestres justos em todas as naes (ver Alma 29:8) e explique-lhes que existe uma verso dessa regra em muitas religies. O Presidente Ezra Taft Benson ensinou que a Regra de Ouro a frmula do sucesso no relacionamento entre as pessoas. (The Teachings of Ezra Taft Benson, 1988, p. 447.) Discuta com a classe as caractersticas dos lderes que vivem a Regra de Ouro e escreva suas sugestes no quadro-negro. Os seguintes exemplos podem ser teis:Os lderes que vivem a Regra de Ouro: Vem as pessoas e tarefas num contexto mais amplo. So otimistas em relao s pessoas a quem servem e as tarefas que assumem. Desenvolvem maior capacidade e desejo de servir s pessoas.(Ver tambm as listas do lder Vaugh J. Featherstone na seo Recursos para o Professor, abaixo.)

Leia Lucas 10:2537 e discuta o que essa parbola ensina sobre a Regra de Ouro. Voc pode fazer perguntas como estas:

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Lio 1: Lderes e Nosso Potencial Divino

No havia dvida alguma na mente de Morni de que ele era o lder. Ele conhecia seu papel e estava determinado a cumpri-lo. Ele se colocou na direo certa com toda a sua alma. Ele ps sua f em prtica por meio de aes e ajoelhando-se em orao, e no tinha vergonha de fazer essas coisas em pblico. Morni era um lder destemido com um esprito indmito. Seu corao e alma estavam dedicados a uma causa maior do que ele mesmo; e ele no tinha uma partcula sequer de medo. Sempre que lemos sobre o capito Morni, sinto um fogo arder na medula de meus ossos. O que vocs dariam para lutar lado a lado com um homem assim? Sempre haver homens, mulheres e jovens que sero atrados para uma causa se tiverem um lder; contudo, difcil para Deus ou qualquer organizao usar um lder relutante. () Estou certo de que Morni no sabia realmente quo grandioso ele era. Duvido que tenha estudado princpios de liderana num livro popular ou num seminrio muito dispendioso. Simplesmente havia uma grande necessidade, e Morni, com toda a pureza e confiana, deu um passo frente e permitiu que o Senhor o usasse. Na Igreja, todos somos lderes e seguidores. A Igreja organizada de tal forma que mesmo o menor dentre ns lidera durante sua vida. Essa liderana pode assumir a forma de algumas famlias para ensinar como mestre familiar, ou pode ser um chamado na estaca, regio ou na mesma rea; pode ser uma classe das Moas, ou pode abranger todas as moas da Igreja. () O Presidente Harold B. Lee sugeriu que somente quando nos colocamos totalmente disposio podemos tornar-nos discpulos dignos de Cristo. interessante notar que a falta de confiana em si mesmo ou os sentimentos de indignidade no entram em conflito com esse pensamento. Tanto Moiss quanto Enoque eram lentos no falar e ficaram admirados com seu chamado. Podemos sentir-nos inadequados, mas quando temos um trabalho a fazer, algum precisa dar um passo frente e faz-lo. A quarta seo de Doutrina e Convnios declara: Se tendes desejo de servir a Deus, sois chamados ao trabalho. (Versculo 3) () Todos os que se dispem a trabalhar e tm desejo de servir so chamados para liderar. Isso faz parte do plano do evangelho. () O lder precisa ser capaz de ter uma viso do trabalho. ()4

No havendo profecia [viso], o povo perece, tampouco realiza o trabalho. (Provrbios 29:18) No tm o desejo de trabalhar e inevitavelmente acabam atrapalhando em vez de ajudar. De modo semelhante, o lder sem viso limita drasticamente a sua eficcia. () J que a viso to importante, como que a adquirimos? Aqueles que possuem viso tm muitas coisas em comum: Eles vem o trabalho por inteiro. Eles visualizam o que precisa acontecer para alcanar os resultados desejados. Eles pensam em todos os seus recursos, potenciais e capacidade como um todo. Eles vem dentro de sua mente que coisas maravilhosas e magnficas poderiam acontecer se toda a fora de trabalho fosse mobilizada em conjunto. Eles se pem a trabalhar para atingirem seu objetivo. Eles tm a capacidade de transmitir sua viso aos que esto a seu redor de modo convincente, de modo que os outros tambm adotem essa viso. Eles vem o que esto fazendo como uma causa, e no um projeto. Os lderes religiosos sentem a mo divina auxiliando seu trabalho. () Imaginem comigo a magnitude da causa na qual estamos engajados. Recebemos as chaves, o sacerdcio e o programa da maior causa em toda a eternidade. Somente ns, de todos os filhos de Deus, possumos as chaves do conhecimento da salvao e exaltao. () A causa maior do que os homens ou os profetas. a causa do Salvador. a causa de Deus, o Pai Eterno. Quando adotamos Sua causa e perseveramos fielmente, tornamo-nos portadores de tudo que ensinamos e compartilhamos. Um versculo que cito muito freqentemente, s vezes sem pensar muito, : Esta minha obra e minha glria: Levar a efeito a imortalidade e vida eterna do homem. (Moiss 1:39) Imaginem uma causa que tenha implicaes e conseqncias eternas, uma causa to grandiosa que toda a eternidade depende de nossa aceitao ou rejeio dela. No compreendemos bem que magnfico privilgio abraar plenamente essa causa. () Um qurum ou classe pode ter uma causa: o trabalho missionrio, atividades de bem-estar,

Lio 1: Lderes e Nosso Potencial Divino

ativao de todos os membros do qurum, a preparao para o templo, os laos de irmandade (unio) e dezenas de outros. Quando estamos envolvidos de modo unido, alcanamos resultados com os quais mal ousamos sonhar. As coisas que mais amo tm a capacidade de tornarem-se causas verdadeiramente grandiosas. A famlia, a religio, o pas, os direitos, liberdade, arbtrio e trabalhoa maioria de ns considera essas coisas muito preciosas. () A causa a que nos entregamos precisa ser real e de grande valor; no pode ser inventada. O Senhor nos oferece muitas causas individuais, como o batismo na nica Igreja verdadeira, os selamentos no templo, o relacionamento familiar eterno, o trabalho missionrio, o cuidado dos necessitados e nosso prprio senso de destino com o potencial de exaltao. () ()O lder precisa ser um exemplo. () O exemplo est em tudo que fazemos. Nisso o lder constante. Ele no pode ter um nvel de carter no campo de batalha e outro quando est sozinho. () Esta a obra do Senhor. Ela precisa seguir adiante. O Senhor concede talentos a homens e mulheres, e esses talentos e capacidade de liderana devem ser colocados em prtica onde possam proporcionar os maiores resultados. () Os lderes sempre concluem seu trabalho. Eles elevam as pessoas a seu redor. () Devemos orar por lderes espirituais que elevem e motivem as pessoas, que aumentem o nvel de atividade e desempenho. () Descobriremos que aqueles que deixam a mais profunda impresso em nossa vida so os que usam seu papel de liderana para servir. Aqueles que so egostas, arrogantes ou orgulhosos no gostam de servir mas so rpidos em tomar o poder. Adoram o controle, o domnio e a obedincia compulsria. () A liderana de servio baseada num profundo respeito pelos filhos dos homens. Exige um carter de liderana que no despreza, avilta ou faz com que os liderados se sintam inferiores. A liderana de servio eleva, abenoa e transforma vidas de maneira positiva. () Os lderes-servos exercem as seguintes caractersticas e prticas no desempenho de seu papel. Eles:

Compreendem o valor de cada alma humana. Tm um senso inato ou desenvolvido de preocupao pelas pessoas. So rpidos em apresentar-se como voluntrios para aliviar a presso sobre outras pessoas. Correm ao auxlio de algum que est passando por uma situao embaraosa ou humilhante. Tratam todas as pessoas em base de igualdade. No consideram as tarefas que esperam que os outros faam rebaixantes para si mesmos. No se ofendem com as perturbaes causadas por pessoas que esto sofrendo traumas ou estresse emocionais. Esperam mais de si mesmos do que de qualquer outra pessoa. So rpidos em cumprimentar, dar crdito e edificar aqueles que realizam uma tarefa designada. Julgam as pessoas por seu potencial, e no necessariamente por uma nica experincia negativa. No tomam para si o crdito das realizaes de outra pessoa e gostam de dividir o crdito de suas prprias realizaes. Procuram conhecer os fatos antes de apontar defeitos ou criticar outras pessoas. Ajudam todas as pessoas a sentirem que fazem uma parte real no sucesso de um projeto. Detestam brincadeiras ou declaraes que humilhem ou chamem a ateno para uma alma. Sempre criticam construtivamente em particular e cumprimentam em pblico. So absolutamente honestas em seu trabalho. So igualmente justos com todos os que esto sob sua direo. Esto sempre dispostos a ouvir os dois lados de uma questo, discusso ou disputa. Sabem que sempre existe o outro lado da moeda. () So acessveis a todos, no apenas aos que ocupam um cargo importante ou detenham o poder. Os verdadeiros lderes-servos no precisam de uma lista de verificao para suas qualidades de carter, porque as vivem todos os dias. ()

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Lio 1: Lderes e Nosso Potencial Divino

Os lderes servos tambm compreendem que cada pessoa nica e especial. H vrios anos, lembro-me de ter ouvido a lenda grega de Procrustes. A lenda chamada de a Cama de Procrustes. Ela tinha 1,80 m de comprimento. Aqueles que no tinham essa estatura eram esticados para se adequarem ao tamanho da cama. Aqueles que tinham mais de 1,80 m sofriam a amputao dos centmetros excedentes. Todos precisavam se adequar cama de Procrustes. Felizmente no essa a maneira do Senhor ou de Seu reino. Ele sempre chamou homens e mulheres incomuns que tinham grande integridade, ambio, disciplina e f em Cristo. Nem todos se encaixam ao mesmo tamanho de cama, e nem ao mesmo chamado. Nem todos estaro, nem deveram estar, ocupando o cargo mais elevado da ala, estaca ou da Igreja em geral, mas todos podem fazer suas contribuies mximas como lder servo num chamado ou situao particular. E isso tudo que o Salvador espera de ns: o melhor de ns, sejamos quem formos.

AUXLIOS DIDTICOS

Quem o exemplo do lder ideal para o lder Featherstone? Que qualidades O tornaram um lder assim? Alm de um corao desejoso, o que mais precisamos ter para tornar-nos bons lderes? O que podemos fazer para desenvolver as caractersticas que os lderes com viso tm em comum? Em que causas podemos estar engajados ao liderarmos e servirmos em nossa famlia? Nossas organizaes de ala e estaca? Por que importante que o lder seja um bom exemplo? Que caracterstica do lder servo vocs acham ser mais importante para desenvolver em seguida? Como vocs podem comear a desenvolver essa caracterstica? (Nota: Se utilizar essa pergunta na sala de aula, pea aos alunos que pensem na resposta em silncio.) O que a cama de Procrustes tem a ver com a liderana?

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LIO 2

HONRAR O ARBTRIO DAQUELES QUE LIDERAMOSAnimai-vos, portanto, e lembrai-vos de que sois livres para agir por vs mesmospara escolher o caminho da morte eterna ou o caminho da vida eterna. (2 Nfi 10:23)PRINCPIO DE LIDERANA

Os lderes devem servir de maneiras que permitam que os outros exeram seu arbtrio.CONCEITOS DA LIO

1. Os lderes da Igreja e da famlia devem honrar o arbtrio dos que por eles so liderados. 2. Se for adequado, os lderes devem dar orientao e tambm permitir que as pessoas faam sua contribuio nas decises tomadas.

CONCEITO 1. OS LDERES DA IGREJA E DA FAMLIA DEVEM HONRAR O ARBTRIO DOS QUE POR ELES SO LIDERADOS.COMENTRIO

O lder Boyd K. Packer, que na poca era membro do Qurum dos Doze, disse: O nico arbtrio mencionado [nas escrituras] o arbtrio moral. (Conference Report, abril de 1992, p. 92; ou Ensign, maio de 1992, p. 67; ver D&C 101:78.) Esse arbtrio a capacidade de escolher o bem ou o mal. Le explicou que os homens so livres para escolher a liberdade e a vida eterna por meio do grande Mediador de todos os homens, ou para escolherem o cativeiro e a morte, de acordo com o cativeiro e o poder do diabo. (2 Nfi 2:27) Jesus Cristo sempre respeitou o arbtrio daqueles que Ele ensinou durante Seu ministrio mortal. Ele nunca os forou a obedecerem a Ele. (Ver Mateus 22:1522; Lucas 18:1830; Joo 6:2871.) O plano do Pai Eterno permite que tenhamos nosso arbtrio. O arbtrio muito importante para tornar-nos semelhantes a Ele. por isso que Lcifer tentou destruir nosso arbtrio, e Deus [fez] com que ele fosse expulso () E ele tornou-se Satans, sim, o prprio diabo. (Moiss 4:34) Le ensinou que para exercermos nosso arbtrio, preciso haver oposio em todas as coisas. (2 Nfi 2:11) Ado e Eva usaram seu arbtrio no Jardim do den para desencadear a Queda. Quando exercemos nosso arbtrio para

escolher o certo, tornamo-nos mais justos, e quando o usamos para escolher o errado, tornamo-nos mais inquos. Somos responsveis por nossas escolhas, na medida em que somos livres para faz-las. Sem o arbtrio no poderia haver retido nem iniqidade. Os lderes devem liderar com retido e incentivar as pessoas a usarem seu arbtrio na causa da justia.SUGESTO DIDTICA

Discuta o significado da palavra arbtrio conforme usada no contexto do evangelho. Ajude os alunos a compreenderem por que importante que os lderes compreendam esse princpio. Discuta Doutrina e Convnios 121:41 com os alunos e ajude-os a compreender os termos persuaso, longanimidade, brandura, mansido e amor no fingido. Pea aos alunos que encontrem e relatem exemplos tirados das escrituras de pessoas que demonstraram essas qualidades em sua liderana. Pergunte como os lderes podem ser tentados a no respeitar o arbtrio dos outros. Voc pode usar perguntas como estas: Se um lder usar a culpa para motivar uma pessoa a fazer algo, ser que esse lder est honrando o arbtrio daquela pessoa? Expliquem sua resposta. Como a utilizao da competio para motivar as pessoas se relaciona com o respeito pelo arbtrio? Por exemplo: Vocs acham que seria7

Lio 2: Honrar o arbtrio daqueles que lideramos

uma boa idia fazer os lderes e os sumos sacerdotes competirem entre si para ver quem consegue o percentual mais alto de ensino familiar? Por que sim ou por que no? Como a oferta de prmios para fazer o bem se relaciona com o respeito pelo arbtrio da pessoa? (Um exemplo seria um pai oferecer dinheiro ao filho para que tire boas notas.)CONCEITO 2. SE FOR ADEQUADO, OS LDERES DEVEM DAR ORIENTAO E TAMBM PERMITIR QUE AS PESSOAS PARTICIPEM NAS DECISES A SEREM TOMADASCOMENTRIO

algo mais profundo do que a simples pacincia. Exige um sentimento de empatia e a compreenso de que cada pessoa diferente das outras. Alguns talvez no consigam compreender um conceito ou princpio; outros talvez no concordem e por isso necessitem de persuaso; e outros, por sua vez, talvez tenham falta de motivao. O lder longnimo est mais interessado em desenvolver e treinar almas do que em terminar mais rapidamente um trabalho ou de alguma outra maneira, ou por meio de outras pessoas. O Presidente Harold B. Lee freqentemente chamava nossa ateno para uma palavra implcita nesta admoestao do Senhor: Que todo homem aprenda seu dever. (D&C 107:99) A palavra deixai. (Deixai que todo homem aprenda seu dever.) Uma vida semelhante de Cristo exige que estejamos constantemente buscando e crescendo. (The Incomparable Christ: Our Master and Model, 1995, pp. 125126.) Neal A. Maxwell, que posteriormente foi chamado ao Qurum dos Doze, escreveu que os lderes basicamente seguem trs estilos de liderana: manipulativo, diretivo e participativo. Na liderana manipulativa, o lder manipula as pessoas e as situaes para alcanar as metas do grupo. Na liderana diretiva, o lder toma as decises, com ou sem participao do grupo. Na liderana participativa, o grupo divide a responsabilidade nas decises tomadas. Leia o comentrio do irmo Maxwell acerca desses princpios na seo Recursos para o Professor, abaixo. Observe que o irmo Maxwell recomenda uma mistura dos estilos diretivo e participativo de liderana.SUGESTO DIDTICA

As escrituras nos ensinam como devemos nos comportar sem violar o arbtrio dos outros. O Profeta Joseph Smith, quando estava na cadeia de Liberty, foi inspirado a escrever estas palavras: Quando nos propomos a encobrir nossos pecados ou satisfazer nosso orgulho, nossa v ambio ou exercer controle ou domnio ou coao sobre a alma dos filhos dos homens, em qualquer grau de iniqidade, eis que os cus se afastam; o Esprito do Senhor se magoa e, quando se afasta, amm para o sacerdcio ou a autoridade desse homem. () Nenhum poder ou influncia pode ou deve ser mantido em virtude do sacerdcio, a no ser com persuaso, com longanimidade, com brandura e mansido e com amor no fingido; com bondade e conhecimento puro. (D&C 121:37, 41) O lder Vaugh J. Featherstone, membro dos Setenta, disse o seguinte sobre esses versculos das escrituras: Quando analisamos os princpios desse maravilhoso conselho, vemos um grande contraste em relao ao ponto de vista do mundo sobre a liderana. Liderar as pessoas pela persuaso uma santa ordem de Deus. A persuaso sugere regenerao, mudana de corao, convico ou renovao. A persuaso traz as pessoas que lideramos ao mesmo nvel de compreenso que temos. Ela no fora as pessoas contra a sua vontade, mas ajuda os discpulos dispostos a mudar; desse modo, a vontade daquele que persuade e do que persuadido se torna uma s. A longanimidade sugere que Deus deseja que nos demos conta de que Seu caminho de liderana no um jeito rpido de resolver problemas. Ensinamos, treinamos e treinamos novamente, e depois esperamos pacientemente pelos resultados desejados. A longanimidade 8

Discuta os trs estilos de liderana identificados por Neal A. Maxwell (manipulativo, diretivo e participativo) e escreva-os no quadronegro. Embaixo de cada estilo, relacione seus pontos fortes e fracos. Leia o seguinte trecho da declarao do irmo Maxwell: Tanto a experincia quanto as escrituras sugerem a necessidade de uma mistura de estilos de lideranadiretivo e participativoem que esses estilos sejam usados nas situaes mais adequadas a cada um deles. Temos uma mistura especial na Igreja da liderana diretiva e da liderana participativa, na qual todos crescem e progridem em relao a suas metas eternas. ( A More Excellent Way: Essays on Leadership for Latter-day Saints, 1967, p. 26.)

Lio 2: Honrar o arbtrio daqueles que lideramos

Pea aos alunos que pensem em lderes da Igreja ou da famlia bem-sucedidos e pergunte qual o motivo de seu sucesso. Discuta como esses lderes misturam os estilos de liderana definidos pelo irmo Maxwell.RECURSOS PARA O PROFESSOR Irmo Neal A. Maxwell

governem a si mesmos. Para alguns, o ponto de vista de Jefferson considerado excessivamente otimista. O Profeta Joseph Smith, falando sobre o governo dos membros da Igreja disse: Ensinolhes princpios corretos, e eles governam-se a si mesmos. Mas o esprito necessrio para ajudarnos no governo de ns mesmos. Evidentemente, os modelos mais importantes para ns so Deus, o Pai, e Jesus Cristo. Joseph Smith nos adverte, em suas Lectures on Faith, que Deus aperfeioou cada um dos atributos que O tornam Deus. Ou seja, Ele perfeito em conhecimento, poder ou f, justia, julgamento, misericrdia, verdade e amor. Quando o profeta descreve Sua perfeio em cada um desses atributos, podemos prontamente ver que se Ele no tivesse aperfeioado cada um deles, no poderia ser Deus. O perfeito conhecimento sem o perfeito amor pode ser uma condio perigosa. Ter poder absoluto sem misericrdia perfeita seria insuportvel, e ser perfeito em amor sem ser perfeito na verdade poderia tornar-nos irrestritamente sentimentais. Todo lder do nvel terreno e mortal que no procura desenvolver em si esses mesmos atributos no pode ser completamente eficaz ou plenamente seguro em termos do poder que possui para influenciar e dirigir a vida das outras pessoas. () difcil que grupos e organizaes se elevem acima do nvel de sua liderana, e embora nossa liderana final seja divina, nossa liderana mais prxima composta de humanos imperfeitos cujas fraquezas pessoais tm uma repercusso inevitvel sobre a famlia, grupo e igreja e sobre os indivduos que os compem. Parece haver trs estilos bsicos de liderana, cada qual com suas prprias limitaes, vantagens, variaes e repercusses. Primeiro de todos o estilo manipulativo de liderana, que vai desde a forma mais sinistra, do tipo maquiavlico, at aquela discreta manipulao que todos exercemos, consciente ou inconscientemente, sobre as pessoas que nos rodeiam. A liderana manipulativa tem certas vantagens: s vezes ela pode dar resultados a curto prazo, resolver um problema ou superar uma crise por meio da manipulao das pessoas, sentimentos e causas. Ela pode, s vezes, dar aos seguidores um senso de ao e realizao, mas no exige que o lder leve em considerao os sentimentos e pensamentos dos membros de seu grupo, uma vez que ele est livre para manipul-los, passar por cima deles ou aproveitar-se de sua ingenuidade.9

Posteriormente do Qurum dos Doze Apstolos Looking at Leadership, () A More Excellent Way: Essays on Leadership for Latter-day Saints, 1967, pp. 1529 () Liderana [envolve cooperao]. Tambm envolve risco. O mistrio da liderana est contido na complexidade de uma personalidade humana multiplicada pelas complexidades de todos os envolvidos. Tentar descrever a liderana como ter vrios observadores tentando comparar o que vem num caleidoscpio quando o simples ato de passar o caleidoscpio para outro altera seu desenho. Procurando-se descrever o mistrio da liderana, diversas tentativas foram feitas por estudiosos e pesquisadores no sentido de identificar certas caractersticas importantes que presumivelmente tornariam seus portadores mais eficazes graas a esses dons superiores. Embora a maioria de ns possa reconhecer a boa liderana quando a sentimos ou observamos, muito difcil isolarmos claramente as caractersticas que a determinam. () Talvez seja melhor sair do meio das rvores para podermos ver a floresta. Uma caracterstica uma rvore que claramente tem um significado individual, mas todas as rvores formam uma floresta ou padro na personalidade do lder, mesmo que no consigamos distinguir claramente todas as rvores ou perceber o significado de seu inter-relacionamento. O estilo de liderana adotado por uma pessoa (embora no necessariamente de forma consciente) desenvolve-se a partir de seus conceitos e sentimentos acerca da natureza do homem. Thomas Jefferson disse a um correspondente: Ambos consideramos as pessoas como nossos filhos e as amamos com afeio paterna, mas voc as ama como crianas em quem tem medo de confiar sem as suas babs, e eu como adultos a quem permito livremente que

Lio 2: Honrar o arbtrio daqueles que lideramos

As desvantagens desse tipo de liderana pode, e geralmente , extremamente condescendente; ela procura levar a efeito os desejos do lder e atender a suas necessidades, mas no necessariamente as do grupo. Ela pode desencaminhar-se terrivelmente por causa de um lder mau ou terminar em caos, com um lder que no seja sofisticado em sua manipulao, sendo, portanto, mais propenso a ser desmascarado mais cedo. Ela usa ou ignora as pessoas e seus sentimentos, sem visar o crescimento delas. Um segundo padro bsico de liderana a liderana diretiva, na qual o lder procura preservar sua superioridade psicolgica em relao aos membros do grupo. Ele a figura dominante, e embora seja muito sincero e dedicado, ele claramente dita as regras e toma as decises mais importantes. Esse tipo de liderana tem as seguintes vantagens: Ela geralmente consegue resultados com considervel rapidez. D aos seguidores um senso de ao e realizao. D-lhes uma sensao de segurana, especialmente com um lder que seja um ponto de aglutinao ao qual possam recorrer. Ela evita algumas limitaes causadas pelas incapacidades do grupo, pois o lder pode pedir a ajuda de membros do grupo quando for adequado, mas no est obrigado a dividir com eles a tarefa de tomar decises. Todos j vimos exemplos desse tipo de liderana numa crise. Atualmente no uma forma de liderana muito popular, em certos lugares, mas precisamos lembrar que ela tem algumas vantagens reais. [O ex-presidente dos Estados Unidos] Herbert Hoover observou que embora o povo americano goste do homem comum, quando est passando por uma crise, como uma guerra, eles desejam o general incomum. () Mas existem desvantagens na liderana diretiva: ela pode criar seguidores muito dependentes que confiam excessivamente no lder em muitas coisas e em muitas situaes, durante grande parte do tempo. No admira que Brigham Young tenha citado essa preocupao ao lamentar-se, dizendo: Tenho mais medo de que este povo tenha tanta confiana em seus lderes que deixe de perguntar por si mesmos a Deus se so ou no liderados por Ele. Tenho medo de que se acomodem num estado de cega segurana pessoal, confiando seu destino nas mos de seus lderes com uma confiana descuidada que por si10

s pode frustrar os propsitos de Deus em sua salvao e enfraquecer aquela influncia que poderiam dar a seus lderes se soubessem por si mesmos, por revelao de Jesus, que esto sendo conduzidos no caminho certo. (Discourses of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1941, p. 135.) () O Presidente Young estava procurando explicar um princpio essencial de discipulado e liderana nesse caso em prticular. No apenas importante para o crescimento dos membros envolvidos que eles roguem pessoalmente a Deus a certeza sobre a direo do reino, mas tambm importante que os seguidores se preparem para seguir de modo que sua influncia possa ser mais til para que os lderes alcancem suas metas em comum. Os seguidores que agem, como Brigham Young disse, com uma confiana descuidada, no apenas deixam de desenvolver em si mesmos suas prprias capacidades e recursos, como tambm privam os lderes do tipo de apoio que merecem e de que necessitam muitas vezes, proveniente de seguidores que estejam eles prprios desenvolvendo as aptides necessrias. A seo 58 de Doutrina e Convnios indica que o Senhor espera que os membros da Igreja faam muito de sua prpria vontade, sem que a Igreja precise insistir ou instar incessantemente para que o faam. No realista nem sbio esperar que os lderes forneam todas as respostas o tempo todo, que ofeream solues para todos os problemas que venham a aparecer. Isso exigiria que os lderes fossem oniscientes; alm disso, exigiria deles um tipo de energia constante e tempo que simplesmente no humanamente possvel oferecer por um perodo muito longo. O conselho de Brigham Young to adequado para os nossos dias quanto para a poca em que foi proferido. Ele particularmente necessrio para uma Igreja que est crescendo em tamanho, abrangncia e situao estratgica no mundo atual. Existe outro princpio sutil envolvido aqui. Ele tem relao com o conselho dado por Jetro a Moiss, quando sugeriu maneiras pelas quais Moiss poderia liderar seu povo de modo mais eficaz. Jetro instou Moiss a delegar, no apenas pelo bem do povo, mas para seu prprio bem, pois, como Jetro observou: Totalmente desfalecers, assim tu como este povo que est contigo; porque este negcio mui difcil para ti; tu s no o podes fazer. (xodo 18:18) Mesmo com suas aptides superiores e divinas, havia ocasies em que Jesus precisava retirar-se do meio do ambiente estressante em que se

Lio 2: Honrar o arbtrio daqueles que lideramos

encontrava para conversar diretamente com o Pai Celestial. Ele precisava ser capaz de receber, especialmente porque estava doando de si o tempo todo. H um legtimo cansao das pessoas que pode acometer os lderes em certas situaes. So nessas situaes que eles necessitam desesperadamente de seguidores eficazes, no seguidores que dependam de seus conselhos a cada curva do caminho. O excesso de dependncia pode frustrar os propsitos de Deus, que deseja nosso crescimento e desenvolvimento individual, e deseja tambm seguidores que possam ser muito mais eficazes e que possam dar um apoio muito melhor a seus lderes compartilhando seu compromisso para com o trabalho. A liderana diretiva tambm tem a desvantagem potencial de fazer com que o lder freqentemente no esteja ciente de todos os fatos e sentimentos presentes entre seus seguidores. Os talentos dos seguidores e dos membros do grupo no podem ser plenamente desenvolvidos a menos que participem mais nas decises a serem tomadas e em sua implementao. Esse tipo de liderana pode desencaminhar-se, mesmo com um lder diretivo sincero e dedicado, porque ele no se empenha em mobilizar todos os recursos de seu grupo, e nem sempre ele suficientemente onisciente para evitar os erros. A liderana diretiva, com todas as suas vantagens, pode incentivar em certos lderes uma atitude em relao a seus liderados quando estiverem procurando energicamente transmitir instrues e informaes a eles. quase como se esses lderes, nessas situaes, quisessem transmitir rapidamente tudo o que tivessem para dizer, tanto instrues quanto informaes, e se livrarem do encargo! H situaes em que podemos sinceramente transferir a responsabilidade espiritual simplesmente dizendo algo a algum, mas isso no deve constituir a totalidade do estilo de liderana. Em vez de expressarem um amor que seja longnimo e paciente, alguns s esto dispostos a sacrificarem-se pela humanidade, como escreveu Dostoivsky, se a tarefa no durar muito, mas terminar logo, com todos olhando e aplaudindo. Muito freqentemente uma pessoa talentosa e diretiva fica muito impaciente com a inpcia e mediocridade de outras pessoas. A pessoa talentosa pode tambm irritar-se quando estiver sob a superviso de algum que considere inferior a si mesma. Abraham Maslow disse: Quando o

pombo manda na guia, a guia sofre. Mas numa Igreja de guias e pombos, as pessoas precisam aprender a seguir bem como liderar, e h ocasies em que os pombos temporariamente lideram as guias, e a guia tem a responsabilidade de aprender com essa experincia, da mesma forma que o pombo. Mas as pessoas talentosas tambm tm outros fardos a carregar, como Maslow tambm observou. Elas ficam demasiadamente ansiosas em relao a sua superioridade, a ponto de esconderem a plenitude de seus talentos, por receio de que sejam vistas como demasiadamente dominantes e capazes pelas outras. O que geralmente acontece nessas situaes um tipo de falsa manifestao de humildade. Contudo, se os pombos e as guias estiverem comprometidos uns com os outros e com o bemestar mtuo, existe um modo de se beneficiarem adequadamente dos talentos, habilidades e capacidades de cada um, mas isso exige um modo de agir aberto e confiante. () O terceiro tipo de liderana o participativo, no qual os membros do grupo participam bastante nas decises, no qual o grupo dirigido democraticamente, no qual so adotados procedimentos e criadas tradies para assegurar que isso acontea. Esse tipo de liderana tem as seguintes vantagens: Geralmente ele usa os talentos, sentimentos e capacidades dos membros do grupo de modo muito eficaz. Ele proporciona aos membros do grupo a chance de investirem nas metas e na resoluo de problemas, de modo que haja maior adeso do grupo e trabalho de equipe para se alcanar esses objetivos. Geralmente ele cria excelentes condies para o crescimento pessoal. A liderana participativa procura utilizar ao mximo os recursos dos membros do grupo. Quando isso conseguido, esse tipo de liderana alcana maiores realizaes do que um indivduo sozinho produziria. A liderana participativa parte do pressuposto que todos tm algo para oferecer, que no est em desacordo com o ensinamento de que Pois a todos no so dados todos os dons; pois h muitos dons e a cada homem dado um dom pelo Esprito de Deus. (D&C 46:11) A liderana baseia-se em grande parte num processo decisrio que se utiliza de um feedback eficaz (fornecimento de informaes a um grupo ou pessoa sobre como ela afetou outras e qual a sua situao em relao a suas metas e intenes). A liderana participativa permite que os interessados forneam livremente um feedback til, ao passo que a liderana diretiva11

Lio 2: Honrar o arbtrio daqueles que lideramos

freqentemente tem a desvantagem de que medida que o lder adquire maior prestgio e poder, torna-se menos provvel que os liderados se abram com ele, mesmo que ele no tenha a inteno de que as coisas aconteam dessa forma. As desvantagens da liderana participativa so que, s vezes, o grupo se concentra demais nos sentimentos e fica imobilizado para efetuar as aes necessrias. O grupo pode ouvir e escutar apenas o toque de uma trombeta hesitante. O processo de resoluo de problemas pelo grupo, quando ele no funciona bem, acaba restringindo a criatividade individual e pode resultar em boa dose de mediocridade. Relembrando seu trabalho na teoria da relatividade, Albert Einstein observou um senso de direo, seguindo diretamente a algo concreto. Esse tipo de descernimento criativo seguir diretamente a algo concretopoderia, sob certas circunstncias, ser abafado pela liderana participativa. Embora os debates com os colegas possam ter sido teis a Einstein, os discernimentos criativos freqentemente acontecem quando se est sozinho. Um crtico da liderana participativa perguntou: Ser que a Mona Lisa poderia ter sido pintada por um comit? Essa mesma crtica do processo em grupo disse que isso freqentemente leva ao cancelamento das certezas internas de cada um do grupo. A liderana participativa tambm tem a desvantagem, s vezes, de terminar em uma manipulao inconsciente e involuntria dos membros do grupo por uma figura dominante, embora todos ingenuamente suponham que esto participando do processo decisrio, embora no seja esse o caso. Cada um desses estilos de liderana se chocam com os problemas centrais e recorrentes da liderana, como o equilbrio entre a necessidade de concluir a tarefa e a necessidade de se preocupar com os sentimentos dos colegas e seguidores. Todos j participamos de grupos em que o lder estava to concentrado nas tarefas, to ansioso para concluir o trabalho que, quando finalmente o trabalho foi completado, custa de grande sofrimento emocional, ele no se susteve, porque a falta de apoio do grupo acabou cancelando o que aparentemente tinha sido um trabalho bem-sucedido. Todos j vimos tambm como os membros do grupo podem se ofender ou se retirar do grupo porque os lderes se concentravam demasiadamente nas tarefas.

Temos visto tambm lderes que ficam imobilizados por sua preocupao com os sentimentos dos membros do grupo. O grupo pode realmente ser prejudicado por esse vcuo na liderana. Existem certas situaes em que preciso tomar uma atitude. () A leitura de versculos do Livro de Mrmon que descrevem o verdadeiro livre-arbtrio como agir por si mesmo em vez de receber a ao (2 Nfi 2:26) mostra que esta ltima opo equiparada infelicidade. () Tanto a experincia quanto as escrituras sugerem a necessidade de uma mistura de estilos de lideranadiretivo e participativoem que esses estilos sejam usados nas situaes mais adequadas a cada um deles. Na Igreja temos uma mistura incomparvel da liderana diretiva com a liderana participativa, na qual todos crescem e progridem em relao s suas metas eternas. Um presidente de qurum de lder que esteja desenvolvendo o apoio do qurum para um projeto de bem-estar e que no tenha certeza se o grupo deveria plantar milho ou ervilhas bem faria em ouvir os membros do qurum que poderiam aconselh-lo quanto ao produto que melhor se adequaria ao solo, particularmente se ele no tiver conhecimento de agricultura. Seria aconselhvel tambm que ele envolvesse os membros do grupo nas decises a serem tomadas, porque ainda seria preciso que eles arassem o campo de milho ou plantassem as ervilhasa menos que o presidente queira fazer tudo sozinho! A liderana participativa realmente nos ajuda a chegarmos aos fatos e sentimentos, que so outra forma dos fatos, com os quais precisamos preocupar-nos profundamente. Existem ocasies, porm, em que a liderana diretiva claramente a forma mais adequada de liderana. Brigham Young provavelmente poderia ter passado anos trabalhando com alguns membros mornos da Igreja, aps o martrio do Profeta Joseph Smith, encorajando-os a segui-lo para o oeste. Mas os santos finalmente tiveram que cruzar o rio Mississipi, tiveram que sair de Nauvoo. Havia chegado o momento de agir. Sob certas condies, os lderes precisam cruzar o rio. O lder estar mais apto a mesclar a liderana diretiva e a participativa se estiver pessoal e seriamente engajado no processo que Deus espera dele de melhorar seus atributos de conhecimento, f, retido, julgamento, misericrdia, verdade e amor. Ento, ele ser mais eficaz e lhe sero

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Lio 2: Honrar o arbtrio daqueles que lideramos

confiados mais poder e influncia. Se ele amar mais perfeitamente, ter maior sensibilidade em relao aos sentimentos dos membros do grupo e saber qual o momento mais adequado para salientar a liderana participativa. Se estiver constantemente aumentando sua bagagem de conhecimento e verdade, ter mais sabedoria quando precisar agir de modo diretivo. Os membros do grupo estaro mais propensos a ter confiana num lder se o virem esforar-se ativamente para desenvolver esses tipos de atributos. O lder que descuidado com o poder, insensvel para com os sentimentos dos membros do grupo ou que esteja demasiadamente seguro de seus prprios pontos de vista, sem ter o conhecimento ou as informaes adequadas, no pode inspirar seus seguidores por muito tempo. O lder que usa seu status ou sua autoridade para esconder seus pecados, satisfazer seu orgulho ou ambio, ou para exercer controle ou domnio fracassar em termos organizacionais, bem como espirituais. A doutrina que temos na Igreja divina. Todos ns temos a vantagem de fazer parte de um reino estruturado em que Jesus Cristo o Rei dos reis e o legislador, tendo um profeta vivo como Seu porta-voz terreno. Isso nos garante o benefcio de abrangente propsito divino, viso e instruo, bem como os de uma autoridade que pode traduzir-se em ao nas situaes que exijam velocidade e pronta resposta. Mas a Igreja tambm participativa no sentido de que o trabalho de

Deus verdadeiramente o nosso prprio trabalho. Existem amplas oportunidadesmuito mais do que utilizamospara envolver-nos como lderes e seguidores nas atividades que edificaro o reino e tambm nos ajudaro a crescer. Temos mais oportunidades do que reconhecemos para usar nossos talentos e dedicar nossos sentimentos e fatos no processo de tomar decises na Igreja, naquelas ocasies em que seja adequada a liderana participativa. () Se quisermos honrar Deus em nosso estilo particular de liderana, melhor o faremos imitando-O no desenvolvimento dos atributos que garantem uma liderana sbia, eficaz e segura. ()AUXLIOS DIDTICOS

De acordo com o irmo Maxwell, em que sentido a liderana um mistrio, ao menos em parte? Quais so os trs estilos bsicos de liderana identificados pelo Irmo Maxwell? Quais so os pontos fortes e fracos de cada um? Que estilo o irmo Maxwell recomenda para os lderes da Igreja? Voc acha que os lderes poderiam melhorar mais a sua liderana se desenvolvessem suas aptides de organizao ou o conhecimento e a aplicao de princpios bsicos de liderana? Expliquem.

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LIO 3

TORNAR-SE UM BOM PASTOREu sou o bom Pastor, e conheo as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, tambm eu conheo o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. (Joo 10:1415)PRINCPIO DE LIDERANA

Os lderes devem demonstrar amor e preocupao por seus liderados.CONCEITOS DA LIO

1. Jesus Cristo o Bom Pastor. 2. Os lderes da famlia e da Igreja devem esforar-se para seguir o padro de liderana estabelecido pelo Senhor.

CONCEITO 1. JESUS CRISTO O BOM PASTOR.COMENTRIO

Na Bblia, os pastores so usados para representar os lderes do povo de Deus. (Ver Isaas 63:11; Jeremias 23:2.) Os pastores vigiam contra inimigos que possam atacar as ovelhas, e eles as defendem quando necessrio. Eles cuidam da ovelha ferida ou doente e procuram e salvam as ovelhas perdidas ou que caram em alguma armadilha. Nos ensinamentos de Cristo, os pastores amam suas ovelhas e procuram conquistar sua confiana. As ovelhas conhecem e amam seus pastores e confiam neles acima de todos os outros. O bom pastor at morre por suas ovelhas. Cristo mostra o contraste existente entre o pastor e o mercenrio, que abandona as ovelhas nos momentos de perigo porque no as ama. [Ver Joo 10:1113; Vida e Ensinamentos de Jesus e Seus Apstolos (manual do aluno do curso Religio 211 e 212, 1979), pp. 112113.] Jesus Cristo o Bom Pastor. Em Joo 10:1415, Jesus explica que Ele e Suas ovelhas se conhecem, tal como Ele e Seu Pai se conhecem. Esse tipo de relacionamento se desenvolve com o tempo e exige experincia pessoal. (Para outras referncias de Cristo como pastor, ver Gnesis 49:24; Salmos 23; 80:1; Joo 10:130; Hebreus 13:20; I Pedro 2:25; 5:4; Alma 5:3738, 5860; Helam 7:18; 15:13; Mrmon 5:17; D&C 50:44.) O lder Henry B. Eyring, do Qurum dos Doze, comentou: Um pastor cuida das ovelhas.

Nas histrias das escrituras, as ovelhas esto em perigo e precisam de proteo e alimento. O Salvador adverte-nos que precisamos cuidar das ovelhas tal como Ele, que deu a vida por elas. Elas so Suas. No podemos aproximar-nos do padro que Ele estabeleceu, como mercenrios, cuidarmos das ovelhas apenas quando isso for conveniente e recebermos uma recompensa. () Os membros da Igreja so as ovelhas. Elas so Dele, e fomos chamados por Ele para cuidarmos delas. Temos que fazer mais do que apenas avislas do perigo. Precisamos aliment-las. (A Liahona, julho de 2001, pp. 4445.)SUGESTO DIDTICA

Pea a vrios alunos que leiam para a classe as escrituras citadas no segundo pargrafo do comentrio, prestando ateno aos ttulos de Jesus Cristo nessas passagens. Faa perguntas como as que se seguem. Use as informaes contidas no comentrio para ajudar no debate. Por que os pastores so to importantes? O que fazem os pastores? Como os mercenrios diferem dos pastores? Qual a diferena entre a reao de uma ovelha que esteja sob os cuidados de um pastor e a que est sob os cuidados de um mercenrio? O que fez Jesus durante Seu ministrio mortal que nos ensina o que significa ser um pastor?

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Lio 3: Tornar-se um Bom Pastor

CONCEITO 2. OS LDERES DA FAMLIA E DA IGREJA DEVEM ESFORAR-SE PARA SEGUIR O PADRO DE LIDERANA ESTABELECIDO PELO SENHOR.COMENTRIO

Leia Morni 7:47 com a classe. Troque idias sobre a caridade e saliente que como a caridade o puro amor de Cristo, quando temos caridade pelas pessoas, ns as amamos como Ele as ama. Discuta por que essa atitude importante para os lderes da famlia e da Igreja. Discuta por que os lderes da famlia e da Igreja devem ser pastores de seus liderados. (Ver o comentrio.) Leia a declarao do lder Eyring que se encontra no comentrio. Voc pode fazer perguntas como estas: De acordo com o lder Eyring, o que pode aumentar nossa confiana e coragem como lderes? Como o servio se relaciona com o amor? Que condies do mundo exigem que nossos lderes sejam bons pastores? Como podemos determinar que expresses de amor e preocupao so adequados em nosso papel como lderes? Pea aos alunos que leiam Alma 56:311, 17, 4349, 5556 e discuta esses versculos em classe. Voc pode fazer perguntas como estas: Acham que Helam foi um bom pastor? Por qu? Como os dois mil jovens liderados por Helam reagiram sua liderana? Acham que esses dois mil jovens teriam tido menos sucesso sob outro estilo de liderana? Por qu? Incentive os alunos a desenvolverem um amor semelhante ao de Cristo por todas as pessoas para que estejam preparados para serem bons pastores quando surgir a oportunidade.RECURSOS PARA O PROFESSOR lder James E. Faust

O Senhor ordena que os lderes da famlia e da Igreja sejam pastores. O Presidente James E. Faust ensinou: Esta noite, quero falar ao sacerdcio de Deus em sua atribuio de pastores do Senhor. O lder Bruce R. McConkie declarou: Qualquer um que sirva em alguma posio na Igreja na qual seja responsvel pelo bem-estar espiritual ou fsico de qualquer dos filhos do Senhor um pastor dessas ovelhas. O Senhor responsabiliza Seus pastores pela segurana [significando salvao] de Suas ovelhas. [Mormon Doctrine, 2.a ed., 1966, p. 710.] Um portador do sacerdcio tem esta grande responsabilidade, seja pai, av, mestre familiar, presidente do qurum de lderes, bispo, presidente de estaca, ou tenha outro chamado na Igreja. (A Liahona, julho de 1995, p. 48.) S poderemos tornar-nos bons pastores se nos achegarmos ao Senhor. O lder Henry B. Eyring explicou: Ele, que v todas as coisas, tem amor infinito e nunca dorme, vigia conosco. Ele sabe do que as ovelhas necessitam a cada momento. Pelo poder do Esprito Santo, Ele pode dizer-nos onde esto as ovelhas e levar-nos at elas. () o amor que precisa motivar os pastores de Israel. Isso pode parecer difcil, a princpio, porque talvez nem conheamos o Senhor muito bem. Contudo, se comearmos ainda que com um grozinho de f Nele, nosso servio s ovelhas far aumentar nosso amor por Ele e por elas. Isso vir das coisas simples que todo pastor precisa fazer. Oramos pelas ovelhas, por todas que esto sob nossa responsabilidade. Quando perguntarmos: Diz-me, Senhor, quem precisa de mim? teremos respostas. Uma face ou nome vir nossa mente. Ou talvez encontraremos algum e sentiremos que no foi por acaso. Nesses momentos, sentiremos o amor do Salvador por essas pessoas e por ns. Ao cuidarmos de Suas ovelhas, nosso amor por Ele crescer. E isso aumentar nossa confiana e coragem. (A Liahona, julho de 2001, p. 47.)SUGESTO DIDTICA

Do Qurum dos Doze Apstolos These I Will Make My Leaders (Destes Farei Meus Lderes), Conference Report, outubro de 1980, pp. 5054; ou Ensign, novembro de 1980, pp. 3437

Mostre as gravuras do final desta lio. De qual delas o Salvador foi um exemplo? Por qu?

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com humildade que aproveito a ocasio para falar ao sacerdcio hoje noite. Gostaria de dirigir-me aos lderes da Igreja, e principalmente aos futuros lderes, os jovens do Sacerdcio Aarnico. Muitos de vocs recebero responsabilidades muito antes do que esperam. No parece ter passado muito tempo desde que fui presidente de um qurum de diconos. No que diz respeito ao crescimento rpido e mundial da Igreja, a liderana um de seus maiores desafios. Os lderes recebem e do designaes H mais ou menos um ano, assisti a uma reunio de um qurum de lderes. Os membros da presidncia eram jovens bons e capazes, mas quando chegou a hora de partilhar as responsabilidades do qurum e fazer com que o trabalho fosse feito, limitaram-se a escolher os que estavam presentes e se voluntariavam. Nenhuma designao foi feita. Um dos primeiros princpios que devemos ter em mente que o trabalho do Senhor progride por meio de designaes. Os lderes recebem e do designaes. Esta uma parte bsica do importante princpio de delegao. Ningum aprecia um voluntrio bem disposto mais do que eu, mas o trabalho total no pode ser feito como o Senhor deseja que seja meramente por aqueles que se apresentam nas reunies. Muitas vezes fico imaginando como seria a Terra, se o Senhor, durante a Criao, tivesse deixado que o trabalho fosse feito somente por voluntrios. Se considerarmos o cumprimento de designaes assim como a honra de edificarmos o reino de Deus, uma oportunidade e privilgio, certamente daremos a cada membro do qurum, designaes e desafios. Tal envolvimento deve incluir, com discrio e sabedoria, aqueles que talvez mais necessitem dissoos irmos inativos ou parcialmente ativos. As designaes sempre devem ser feitas com o maior amor, considerao e bondade. As pessoas chamadas devem ser tratadas com respeito e apreo. As Autoridades Gerais regularmente recebem designaes da Primeira Presidncia e do Presidente do Conselho dos Doze. Quer sejam elas feitas por escrito, como acontece na maioria dos casos, ou pessoalmente, vm sempre acompanhadas de frases como: se for do seu agrado ou se lhe for conveniente ou ser que o irmo poderia fazer isto ou aquilo? Elas nunca so apresentadas como se fossem uma ordem ou mandamento.

Seguir o exemplo do Salvador Desde que estive no Egito, durante a Segunda Guerra Mundial, tenho-me interessado por runas antigas. fascinante observar a razo por que algumas colunas ainda esto em p, enquanto outras j caram. As que ainda no caram, geralmente permaneceram porque tm que agentar um peso em cima. Acredito que existe um princpio paralelo na liderana. Aqueles que permanecem fiis ao seu sacerdcio so, freqentemente, os que tm de agentar o peso da responsabilidade. Os que se envolvem so aqueles que se mostram mais prontos a se comprometer. Portanto, o lder de qurum bemsucedido sentir o desejo de ter e dar aos membros do seu qurum a oportunidade de servir em algum tipo de chamado adequado s circunstncias. O curso de liderana mais completo foi dado pelo prprio Salvador: E disse-lhes: Vinde aps mim (). (Mateus 4:19) O lder no pode pedir a outros que faam o que ele no est disposto a fazer. O curso mais certo seguir o exemplo do Salvador, e estamos seguros quando escutamos e seguimos as instrues de Seu profeta, o Presidente da Igreja. O bom lder muito espera, muito inspira H alguns anos, eu estava viajando na Misso Rosario Argentina, na parte norte daquele pas. Quando viajvamos pela estrada, passamos por uma grande boiada. O gado se movimentava pacificamente e sem dificuldade. Os animais estavam quietos. No havia cachorro. Na frente, conduzindo a boiada, estavam trs vaqueiros a cavalo, cada um deles uns quinze ou vinte metros de distncia um do outro. Os trs vaqueiros estavam afundados na sela, completamente vontade, certos de que o gado haveria de seguilos. Na parte de trs da boiada, via-se um nico vaqueiro. Ele tambm estava afundado na sela, como se estivesse dormindo. A boiada toda se movimentava calma e pacificamente, completamente dominada. Essa experincia me mostrou ser bvio que a liderana consiste trs quartos em mostrar o caminho, e um quarto em seguir. O lder em si, quando dirigir, no tem que ser bombstico e barulhento. Aqueles que so chamados para dirigir no ministrio do Mestre, no so chamados para ser chefes ou ditadores. So chamados para serem pastores. Devem estar constantemente treinando outros para tomar o

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seu lugar e se tornarem maiores lderes que seus mestres. O bom lder muito espera, muito inspira e muito incentiva aqueles que lidera. O lder tem que fazer com que as coisas aconteam e que as vidas sejam afetadas. Algo deve movimentar-se e mudar. Ele deve ver que aqueles que esto abaixo de si no falhem. Mas isto deve ser feito maneira do Senhor. Ele deve ser o instrumento nas mos do Altssimo para modificar vidas. Precisa saber onde est agora. Aonde est indo e como vai chegar l. Escutar O lder deve ser um bom ouvinte. Deve estar disposto a ouvir conselhos. Precisa mostrar um interesse e amor genunos por aqueles que esto sob sua mordomia. Nenhum lder do sacerdcio jamais pode ser eficiente, a menos que tenha sempre em mente as insuperveis chaves de liderana encontradas na seo 121 de Doutrina e Convnios: Nenhum poder ou influncia pode ou deve ser mantido em virtude do sacerdcio, a no ser com persuaso, com longanimidade, com brandura e mansido e com amor no fingido; Com bondade e conhecimento puro, que grandemente expandiro a alma, sem hipocrisia e sem dolo Reprovando prontamente com firmeza, quando movido pelo Esprito Santo; e depois, mostrando ento um amor maior por aquele que repreendeste, para que ele no te julgue seu inimigo. (D&C 121:4143) De acordo com minha experincia, o Esprito Santo raramente reprova com firmeza. Toda a reprovao deve ser feita gentilmente, no esforo de convencer a pessoa reprovada de que aquilo feito em seu prprio interesse. () Auxlio Divino Tendo f no Senhor e humildade, o lder do sacerdcio pode esperar confiante a assistncia divina na soluo de seus problemas. Esforo e meditao podem ser necessrios, mas a recompensa certa. A resposta pode vir como veio a Enos: () A voz do Senhor me veio outra vez mente (), disse ele. (Enos 1:10) Ou, pode ser por meio de um sentimento no peito, de acordo com a seo 9 de Doutrina e Convnios.

Depois de receber essa certeza divina e por meio do poder do Esprito Santo, o lder humilde pode ento prosseguir num curso inabalvel, com a convico absoluta em mente e no corao de que aquilo que est sendo feito est certo e aquilo que o prprio Salvador haveria de fazer. () A maioria das pessoas chamadas para liderar a Igreja sentem-se inadequadas, por falta de experincia, de habilidade, de aprendizado e educao. Eis uma das muitas descries de Moiss: E era o homem Moiss mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra. (Nmeros 12:3) Lembro de que anos atrs, o Presidente John Kelly, que presidia a Estaca de Fort Worth Texas, chamou o Irmo Felix Velasquez para ser o presidente do ramo espanhol. Este bom homem trabalhava, se me recordo bem, como inspetor da estrada de ferro. Quando o Presidente Kelly o chamou para o trabalho, ele respondeu: Irmo, eu no posso ser presidente do ramo espanhol. Eu no sei ler. O Presidente Kelly ento lhe prometeu que, se aceitasse o chamado e trabalhasse diligentemente para magnific-lo, seria apoiado e abenoado. Com a ajuda do Senhor, esse homem humilde, por meio de seus esforos diligentes, conseguiu aprender a ler. Serviu bem como presidente de ramo e durante muitos anos subseqentes e at a poca atual, est trabalhando no sumo conselho daquela estaca. O Senhor abenoa Seus servos de muitas formas. () Conselhos: Uma caracterstica marcante Quero referir-me agora a uma caracterstica marcante da liderana por meio do sacerdcio, no governo da Igreja. Quero citar o Presidente Stephen L. Richards, que disse: De acordo com meu entendimento, uma caracterstica marcante do governo da Igreja so os conselhos. () Dificilmente se passa um dia em que eu no veja a sabedoria de Deus na criao de conselhos para governar o Seu Reino. No esprito em que trabalhamos, os homens podem reunir-se com pontos de vista aparentemente divergentes e antecedentes completamente diversos, e, sob a operao daquele esprito, aconselhando-se juntos, podem chegar a um acordo. (Conference Report, outubro de 1953, p. 86; grifo do autor.)

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Aconselharem-se uns aos outros como lderes a chave para o funcionamento bem-sucedido de uma presidncia ou bispado. Mas, o que acontece, se for difcil ou no houver unio ao se decidir algo? O Presidente Joseph F. Smith deu o seguinte conselho: Quando os bispos e seus conselheiros no concordam entre si, ou quando os presidentes e seus conselheiros tm alguma dificuldade quanto a sentimentos ou medidas que devem tomar, seu dever reunir-se e em humildade orar ao Senhor at que Ele lhes revele o que deve ser feito, e possam enxergar a verdade de uma mesma forma, a fim de poderem dirigir-se unidos ao povo. (Doutrina do Evangelho, p. 140) Ser um exemplo de retido pessoal As pessoas que lideram nesta Igreja precisam dar um bom exemplo de retido pessoal. Devem buscar a orientao constante do Santo Esprito. Devem ter a sua vida e sua casa em ordem. Devem ser honestos e rpidos no pagamento de suas contas. Devem ser exemplares em toda a sua conduta. Devem ser homens de honra e integridade. Quando procuramos a direo constante do Esprito Santo, o Senhor nos responde. Ao servir como supervisor de rea na Amrica do Sul, uma experincia inesquecvel aconteceu em Montevidu, Uruguai. Eu queria trocar algum dinheiro porque morava no Brasil na poca; portanto, o Irmo Carlos Pratt me levou a uma casa de cmbio no centro de Montevidu. Apresentou-me a um dos empregados, que me disse que poderiam trocar mil dlares para mim. Eu no possua mil dlares em mo, mas sim um cheque emitido por um banco de Salt Lake City. A casa de cmbio nunca havia feito qualquer negcio comigo antes. Alis, eles nunca me haviam visto antes e no podiam esperar ver-me novamente. No tinham meios de verificar se eu possua mil dlares em depsito no banco que havia emitido o cheque, mas aceitaram o meu cheque sem hesitao, baseados to somente no fato de eu ser mrmon e terem feito negcios anteriores com outros mrmons. Mostrei-me agradecido e feliz por merecer sua confiana. () Confirma teus irmos Ao dar a Pedro algum treinamento como lder, o Salvador lhe disse: () Quando te converteres, confirma teus irmos. (Lucas 22:32)

interessante o fato de Ele ter usado a palavra confirma. muito difcil confirmar sem ser bom em comunicao. Os problemas surgem, muitas vezes, no porque o plano seja falho, mas porque a comunicao inadequada. () Os lderes do sacerdcio recebem a rara oportunidade de fazer entrevistas. Especificamente, por meio de contatos pessoais e entrevistas, o lder pode realizar o seguinte: 1. Inspirar e motivar. 2. Delegar e confiar. 3. Cobrar relatos e dar acompanhamento. 4. Ensinar por meio do exemplo e de preceitos. 5. Mostrar sua apreciao com generosidade. s vezes os lderes seguram muito forte as rdeas, limitando, freqentemente, os talentos naturais e dons daqueles que foram chamados para trabalhar ao seu lado. A liderana nem sempre produz uma sinfonia harmoniosa de f, habilidade e talento em grupo, produzindo o mximo de eficincia e poder. s vezes, ela se torna um solo bastante audvel. O Presidente Lee ensinou um significado mais amplo da escritura Portanto agora todo homem aprenda seu dever e a agir no ofcio para o qual for designado com toda diligncia. (D&C 107:99) Alm de fazer com que todos ns aprendamos nossos deveres, os lderes devem deixar, ou permitir, que seus associados sejam inteiramente eficientes em seus prprios ofcios e chamados, e que seus assistentes sejam completamente investidos da devida autoridade. () Oro para que, ao trabalharem diligentemente, sob a direo do Esprito Santo, aqueles que foram e sero chamados como lderes possam ter uma viso mais clara do seu dever, que possam estabelecer metas mais objetivas e seguir um curso mais reto. Meu testemunho que esta Igreja cresce e bem-sucedida, porque estamos sob a influncia guiadora do santo sacerdcio de Deus. Acredito que nossos lderes podem gerar o grande poder espiritual necessrio para guiar o trabalho de Deus por meio de revelao pessoal qual fazem jus devido sua retido. O conselho do Senhor a Josu inestimvel: No to mandei eu? Esforate, e tem bom nimo; no pasmes nem te espantes; porque o Senhor teu Deus contigo, por onde quer que andares. (Josu 1:9) Que possa ser assim o que eu oro humildemente em nome de Jesus Cristo. Amm.

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AUXLIOS DIDTICOS

Por que importante que os lderes dem designaes s pessoas que eles presidem? Que princpios governam o processo de dar uma designao? Que princpio de liderana est implcito na admoestao do Salvador, ao dizer: Vinde aps mim? Como os lderes podem saber se esto liderando da maneira que o Senhor deseja que faam?

Alm de tornarem-se dignos de ter a companhia do Esprito, o que os lderes podem fazer para cumprirem suas responsabilidades em relao a seus liderados? Qual a caracterstica marcante da liderana? O que pode acontecer quando os lderes seguram muito forte as rdeas?

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LIO 4

DAR UM BOM EXEMPLOVs sois a luz do mundo; no se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e d luz a todos que esto na casa. Assim resplandea a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que est nos cus. (Mateus 5:1416)PRINCPIO DE LIDERANA

Os lderes devem dar um bom exemplo de discipulado para as pessoas a quem eles servem.CONCEITOS DA LIO

1. Quando os lderes se empenham para desenvolver os atributos de Jesus Cristo, eles do um bom exemplo para as pessoas a quem eles servem.

CONCEITO 1. QUANDO OS LDERES SE EMPENHAM PARA DESENVOLVER OS ATRIBUTOS DE JESUS CRISTO, ELES DO UM BOM EXEMPLO PARA AS PESSOAS A QUEM ELES SERVEM.COMENTRIO

outubro de 1985, p. 85; ou Ensign, novembro de 1985, p. 68.) O Presidente Gordon B. Hinckley escreveu: Por sua prpria natureza, a verdadeira liderana carrega consigo o fardo de ser um exemplo. () Se os valores no estiverem estabelecidos e sendo seguidos entre os lderes, o comportamento dos liderados fica seriamente comprometido e abalado. De fato, em qualquer organizao onde isso acontea, seja uma famlia, uma empresa, uma sociedade ou nao, os valores negligenciados acabaro desaparecendo com o tempo. (Standing for Something: Ten Neglected Virtues That Will Heal Our Hearts and Homes, 2000, p. 170.) Os lderes sero mais capazes de ajudar as pessoas se procurarem ser um exemplo da vida e ensinamentos do Salvador. O Senhor continuou de graa em graa at Se tornar perfeito. (D&C 93:13) Seus atributos incluam conhecimento, poder, justia, julgamento, bondade, misericrdia, pacincia, verdade, humildade, mansido, submisso, gentileza, amabilidade, sabedoria, abnegao, obedincia, o compromisso de honrar nosso arbtrio, compaixo, destemor, integridade e alegria. (Nota: Qualquer desses atributos pode tornar-se o assunto de uma lio.) Os lderes que desenvolvem esses atributos sabero como comunicar-se claramente com seus liderados, am-los sem tentar control-los, regozijar-se em suas qualidades e realizaes e resistir s tentaes de Satans. Se no seguirmos

Quando o Senhor ressurreto visitou as Amricas, Ele explicou a Seus discpulos que deixar sua luz brilhar significava seguir o exemplo Dele. (Ver 3 Nfi 18:24.) Falando sobre a liderana na Igreja, o lder James E. Faust, quando era membro do Qurum dos Doze, comentou: As pessoas que lideram nesta Igreja precisam dar um bom exemplo de retido pessoal. Devem buscar a orientao constante do Santo Esprito. Devem ter a sua vida e sua casa em ordem. Devem ser honestos e rpidos no pagamento de suas contas. Precisam ser um bom exemplo em todos aspectos de sua conduta. (Conference Report, outubro de 1980, p. 53; ou Ensign, novembro de 1980, p. 36.) O lder Dean L. Larsen, que na poca era membro da Presidncia dos Setenta, explicou: Espera-se que aqueles que receberam o evangelho manifestem seus frutos em sua vida, no apenas para seu prprio benefcio e bno, mas para atrair outras pessoas para a verdade. () () De modo significativo em sua vida, eles devem manifestar os frutos do evangelho e tornar-se um raio de luz para os que esto buscando a luz e a verdade. (Conference Report,20

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o exemplo de Jesus Cristo, correremos o risco de desencorajar as pessoas a achegarem-se a Cristo. Conforme Alma explicou a seu filho rebelde: Eis que, meu filho, quanta iniqidade trouxeste sobre os zoramitas; pois quando viram teu procedimento, no acreditaram em minhas palavras. (Alma 39:11)SUGESTO DIDTICA

oportunidade de dirigir-lhes a palavra e tenho plena conscincia da enorme importncia disso. Estou com a idade avanada: mais de 90 anos. J vivi bastante e sempre tive grande amor pelos rapazes e moas da Igreja. Que grupo extraordinrio vocs constituem. Vocs falam os mais diferentes idiomas. So todos parte de uma grande famlia. Mas tambm so indivduos, cada um com os prprios problemas, cada qual desejando respostas para as coisas que os inquietam e preocupam. Como ns os amamos e oramos constantemente para poder ajud-los. Sua vida est repleta de decises difceis e de sonhos, esperanas e o desejo de encontrar o que lhes trar paz e felicidade. Muitssimo tempo atrs eu tinha a sua idade. Eu no me preocupava com as drogas ou a pornografia porque naquela poca elas ainda no estavam disseminadas como hoje. Preocupava-me com os estudos e o futuro que eles me proporcionariam. Era o perodo da terrvel depresso econmica. Preocupava-me com a forma de ganhar a vida. Entrei no campo missionrio depois de terminar a faculdade. Fui para a Inglaterra. Viajamos de trem at Chicago. L, atravessamos a cidade de nibus a fim de tomar outra linha e seguimos para Nova York, onde pegamos um navio a vapor rumo s ilhas Britnicas. Durante a viagem de nibus em Chicago, uma senhora perguntou ao motorista: Que prdio esse logo frente? Ele respondeu: a sede da Junta Comercial de Chicago. Todas as semanas, algum que perdeu todos os bens atira-se de uma dessas janelas. So pessoas que no tm mais motivo para viver. Essa era a poca em que vivamos, to difcil e cruel. Ningum que no tenha vivenciado aquele perodo capaz de compreend-lo plenamente. Espero de todo o corao que nunca voltemos a passar por algo semelhante. Agora vocs esto no limiar da maturidade. Vocs tambm se preocupam com os estudos. Preocupam-se com o casamento. Preocupam-se com muitas coisas. Prometo-lhes que Deus no os abandonar caso andem nos caminhos Dele, guiados por Seus mandamentos. Esta uma poca de grandiosas oportunidades. Vocs tm muita sorte de estarem vivos hoje. Nunca na histria da humanidade a vida apresentou tantas oportunidades e desafios. Quando nasci, a expectativa de vida mdia de um homem ou mulher nos Estados Unidos e em outros pases ocidentais era de 50 anos; agora,21

Pea aos alunos que analisem o significado da declarao do Salvador: Eu sou a luz do mundo (Joo 8:12) e discuta-o em classe (ver tambm Joo 9:5; 3 Nfi 9:18; 11:11; ter 4:12; D&C 11:28; 12:9; 45:7; 88:513.) Por que os lderes da famlia e da Igreja devem viver eles prprios os princpios do evangelho, e no apenas encorajar os outros a faz-lo? Discuta em classe as qualidades de carter citadas do Salvador e aliste-as no quadro-negro. Pergunte como o desenvolvimento dessas qualidades em nossa vida nos ajudar a sermos melhores lderes. Discuta o que Mateus 16:24 e Alma 39:11 ensinam sobre a importncia do exemplo. Testifique aos alunos que se seguirmos o exemplo do Salvador, refletiremos Sua luz para outras pessoas seguirem. Lembre aos alunos que precisamos crescer, tal como Ele, de graa em graa. (Ver D&C 93:13; ver tambm 2 Nfi 28:30.)RECURSOS PARA O PROFESSOR Presidente Gordon B. Hinckley

Presidente da Igreja Conselhos e Orao do Profeta para os Jovens, A Liahona, abril de 2001, pp. 3041. Acho que nunca houve reunio semelhante a esta na Igreja antes. Vocs so muito numerosos aqui hoje noite. Como so bonitos. Alguns de vocs vieram com dvidas. Outros, com altas expectativas. Quero que saibam que passei muito tempo ajoelhado pedindo ao Senhor que me abenoasse com as foras, a capacidade e as palavras que viessem a penetrar-lhes o corao. Alm das pessoas que esto neste prdio, h outras centenas de milhares participando conosco. A cada uma de vocs dou as boasvindas. Fico feliz por esta inigualvel

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passa dos 75. J pararam para pensar nisso? Na mdia, vocs podem esperar viver pelo menos 25 anos a mais do que algum em 1910. Em nossa poca vemos uma exploso de conhecimentos. Por exemplo, quando eu tinha a idade de vocs, no havia antibiticos. Esses remdios prodigiosos s foram descobertos e aperfeioados recentemente. Alguns dos grandes flagelos da Terra no mais existem. Antigamente, a varola dizimava populaes inteiras. Isso certamente coisa do passado. um milagre. A poliomielite causava pavor a todas as mes. Lembro-me de visitar um homem com poliomielite no hospital municipal. Ele estava num enorme pulmo de ao que movimentava os pulmes dele, bombeando para cima e para baixo. No havia esperana para ele, pois nem respirava mais sozinho. Ele veio a falecer, deixando esposa e filhos. Essa terrvel enfermidade no nos aflige mais. Isso tambm um milagre. E o mesmo se d em outros campos. claro que vocs enfrentam dificuldades, assim como todas as geraes que j passaram pela Terra. Poderamos ficar a noite inteira falando sobre elas. Mas em comparao aos desafios do passado, creio que os de hoje sejam muito mais fceis de enfrentar. Digo isso porque so contornveis. Em grande parte, envolvem decises individuais relativas ao comportamento, mas tais escolhas podem ser feitas e mantidas. E quando isso acontece, transpomos o obstculo. Suponho que a maioria de vocs esteja na escola. Fico feliz que tenham esse desejo e oportunidade. Espero que estejam estudando com afinco e que sua grande ambio seja tirar a nota mxima nas vrias disciplinas. Espero que seus professores sejam generosos com vocs e que seus estudos rendam notas altas e uma educao excelente. Eu no poderia desejar nada melhor para vocs em sua instruo. Espero que os professores lhes dem as notas altas que vocs merecem. Mas hoje quero passarlhes algumas lies de casa adicionais. Escutem bem: 1. Sejam gratos; 2. Sejam inteligentes; 3. Sejam puros; 4. Sejam fiis; 5. Sejam humildes; 6. Orem sempre. ()

Sejam gratos. Existe uma palavrinha que talvez tenha mais significado do que todas as outras: a palavra obrigado. Encontramos termos comparveis em todas as lnguas, como gracias, merci, danke, thank you, domo. O hbito de agradecer uma caracterstica dos homens e mulheres nobres. Com quem o Senhor est descontente? Ele menciona os que no confessam Sua mo em todas as coisas. (D&C 59:21) Ou seja, aqueles que no expressam gratido. Tenham o corao grato, meus caros amigos. Agradeam pelas bnos maravilhosas que possuem. Sejam gratos pelas formidveis oportunidades que tm. Sejam gratos aos pais que se importam tanto com vocs e que tanto j trabalharam para sustent-los. Externem-lhes sua gratido. Agradeam sua me e a seu pai. Agradeam a seus amigos. Agradeam a seus professores. Demonstrem gratido a todos que lhes prestarem algum favor ou os ajudarem de qualquer maneira. Agradeam ao Senhor por Sua bondade para com vocs. Agradeam ao Todo-Poderoso por Seu Filho Amado, Jesus Cristo, que fez por vocs o que ningum mais em todo o mundo poderia. Agradeam-Lhe por Seu grande exemplo, Seus extraordinrios ensinamentos e por Sua mo que est sempre estendida para erguer e amparar. Pensem no significado de Sua Expiao infinita. Leiam sobre Ele e leiam as palavras Dele no Novo Testamento e em 3 Nfi, no Livro de Mrmon. Leiam-nas em silncio e ponderem-nas. Abram o corao para Ele agradecendo pelo dom de Seu Filho Amado. Agradeam ao Senhor por Sua Igreja maravilhosa que foi restaurada neste perodo excepcional da histria. Agradeam a Ele por tudo o que lhes oferece. Agradeam pelos amigos e entes queridos, pelos pais e irmos, pela famlia. Que um esprito de gratido guie e abenoe seus dias e noites. Empenhem-se por isso e presenciaro resultados notveis. Segundo conselho: Sejam inteligentes. Vocs esto entrando na poca mais competitiva que o mundo j conheceu. A concorrncia generalizada. Vocs precisaro de toda a instruo que puderem obter. Sacrifiquem um carro ou tudo o que for necessrio para qualificarem-se para o trabalho profissional. O mundo, em geral, os remunerar de acordo com o que julgar que merecerem. E seu valor aumentar medida que vocs adquirirem mais instruo e competncia em sua rea de atuao.

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Lesson 4: Dar um Bom Exemplo

Vocs pertencem a uma Igreja que prega a importncia da educao. Vocs receberam o mandamento do Senhor de educar a mente, o corao e as mos. O Senhor declarou: Ensinai diligentemente () tanto as coisas do