manual do monitor ambiental

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  • M A N UAL DO

    M O N I TO RAMBIENTA L

  • Geraldo AlckminGoverno do Estado de So Paulo

    Ricardo TripoliSecretaria de Estado do Meio Aambiente

    Zuleica Maria de Lisboa PerezCoordenadoria de Educao Ambiental

    Luiz Mauro BarbosaCoordenadoria de Informaes Tcnicas,

    Documentao e Pesquisa Ambiental

    Roberto FernandesFundao Florestal

    Luis Alberto BucciInstituto Florestal

  • 2S24m So Paulo (Estado) Secretaria do Meio Ambiente.Coordenadoria de Educao Ambiental.Manual do monitor ambiental: ecotrilhas.

    So Paulo: SMA/CEAM, 2000.28p.

    1. Educao ambiental 2. Ecoturismo 3.Unidadesde conservao 4. Monitoria ambiental - manualI. ttulo.

    CDD: 304.2098161

    Ficha Catalogrfica preparada pela Biblioteca SMA/CEAM

  • 26

    Apresentao

    As matas so consideradas de grande importn-cia para garantir a qualidade ambiental e, conse-qentemente, a qualidade de vida das populaes.

    A manuteno do ambiente natural permite o con-trole da temperatura, da poluio, da eroso edos recursos hdricos, preservando a biodiver-sidade.

    A partir do sculo passado, verificou-se significa-tiva diminuio das florestas no Estado de SoPaulo. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente,SMA, vem atuando no sentido de prevenir e dereverter este quadro de desequilbrio ambientale, tambm, de impedir a destruio de ecossis-temas que representam o patrimnio comum queser legado s futuras geraes.

    Dessa maneira, estar contribuindo cada vez maispara integrar a sociedade ao meio ambiente e sua prpria histria.

    A preservao e a utilizao sustentvel dos par-ques esto diretamente vinculadas ao grau deenvolvimento e de participao das comunidadesno processo de gesto dos recursos ambientais.

    O Programa de Visitao Monitorada Ecotrilhasvem contribuir para a capacitao de profissio-nais que estaro aptos a atender ao crescenteinteresse e grande demanda do pblico queatualmente deseja freqentar as unidades de con-servao administradas pela SMA. Trata-se deum pblico que anseia por informaes e quetem imenso interesse em compreender ocomplexo ambiente natural.

    Assim, o Programa, que tem a educao ambientalcomo o principal instrumento para a difuso dosseus temas, dever criar oportunidades para queos moradores do entorno dessas reas possam

    3

  • integrar o processo participativo de desenvolvi-mento regional, atravs de atividades ligadas aoecoturismo.

    Esta publicao tem como objetivo principal sub-sidiar a atuao dos monitores ambientais capa-citados pelo Programa Ecotrilhas, mas poder serutilizada tambm como material auxiliar pelos de-mais profissionais que exercerem esta atividade,propiciando educao ambiental, turismo e lazer populao.

    Boas trilhas!

    Ricardo TripoliSecretrio de Estado do Meio Ambiente

    4

  • Sumrio

    Apresentao........................................ 3

    A prtica da monitoria ambiental ............. 6

    Os dez mandamentos do monitor ambiental.. 7

    A mochila do monitor ambiental: dicas ..... 8

    Recebendo o visitante ............................ 9

    Na trilha .............................................. 11

    Nas paradas ......................................... 13

    Na despedida ....................................... 14

    Emergncia! ......................................... 15

    Princpios de conduta consciente emambientes naturais ................................ 16

    Endereos e telefones teis .................... 21

    Anexo .................................................. 22

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  • A prtica da monitoria ambiental

    O Programa de Visitao Monitorada Ecotrilhasentende que o monitor ambiental est apto aacompanhar visitantes de reas naturais ematividades que no excedam o perodo de 1 (hum)dia, percorrendo trilhas pr-existentes e autori-zadas pelas instituies responsveis por cadalocal. Alm disso, poder optar pela realizao deoutras atividades de educao ambiental.

    O monitor ambiental tem a dupla responsabilidadede propiciar um passeio agradvel e interessanteaos visitantes, ao mesmo tempo que os introduznesse universo das trilhas e dos ambientesconservados. Seus procedimentos devem estar fun-damentados nos conceitos e prticas da educa-o ambiental e no conhecimento prvio do localgarantindo, desta forma, a qualidade da visita.

    A presena do monitor em reas de interesseambiental no implica na obrigatoriedade de seuacompanhamento s visitas, nem o habilita a guiargrupos com interesses diversos ou na realizaode atividades que exijam pernoites em acam-pamentos.

    Este manual no pretende substituir o materialdidtico fornecido pelo Programa Ecotrilhas ou poroutros cursos de monitoria ambiental, mas servircomo referncia para o exerccio desta atividade.Antes de sair para seu trabalho, sugerimos quevoc releia sempre este manual e certifique-se deque no se esqueceu de nada.

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  • 7Os dez mandamentos do monitorambiental

    1. jamais leve um grupo a locais e trilhas ondenunca tenha estado antes e que no conheamuito bem;

    2. habitue-se a manter bom condicionamentofsico, alm de praticar bastante as habilidadesque aprendeu no curso de monitoria ambiental;

    3. procure transmitir segurana e equilbrioemocional ao grupo de visitantes, utilizando o bomsenso em qualquer situao, mantendo a calma econtrolando o grupo em situaes de risco ouemergncia;

    4. procure o consenso em situaes onde hajaconflito, respeitando e tratando a todos com cor-tesia; acolha opinies e sugestes, mas seja fir-me em aes que envolvam a segurana do grupo;

    5. evite dar ordens, oriente e busque a coope-rao de todos;

    6. controle suas reaes, pense bem antes deemitir uma opinio de responsabilidade;

    7. evite responsabilidades que sejam atribuiesde outras pessoas ou de instituies;

    8. evite crticas a qualquer pessoa;

    9. evite demonstrar simpatia excessiva ou senti-mento de animosidade por qualquer membro dogrupo, seja profissional;

    10. conhea e respeite a legislao e as regrasconcernentes s unidades de conservao, soutras reas de visitao e sua atividade.

  • A mochila do monitor ambiental: dicas

    Itens essenciais1. lanterna, com lmpada e pilhas sobressalentes2. estojo de primeiros socorros (1), canivete3. fsforos, isqueiro ou acendedor de fogo, em

    embalagem prova dgua, velas4. abrigo impermevel (capa, anorak ou parka)5. agasalho (abrigo de l ou soft)6. comida extra7. apito, mapa e bssola

    No saia de casa sem1. deixar aviso2. carto de identificao3. roupa extra, bon ou chapu, culos escuros4. pequeno kit de costura5. cantil, produto para tratamento qumico da

    gua (cloro ou similares)6. protetor solar e labial, repelente7. radiocomunicador porttil (walkie-talkie) ou

    telefone celular (2)8. lista de telefones, freqncias de radiocomuni-

    cao, endereos teis (3)9. sacos plsticos para embalar e para lixo10. cobertor plstico de emergncia ou lona

    plstica, cordins (30 metros ou mais)11. papel higinico e pazinha

    Para casos de emergncia1. fogareiro ou espiriteira e combustvel2. panela ou caneca metlica3. ch, caf ou achocolatado em p para aquecer

    (1) verifique regularmente se no falta algum item emseu estojo de primeiros-socorros ou se algum medica-mento est vencido. Lembre-se do risco e da respon-sabilidade de ministrar medicamentos a terceiros.

    (2) quando o local visitado for coberto por esse servio.

    (3) ver no final do manual.

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  • 9Recebendo o visitante

    O visitante chega cheio de expectativas e anima-do com o passeio. Ao reunirem o grupo para ini-ciar a atividade, os monitores devem aproveitaressa primeira oportunidade para se apresentarem,dar as boas-vindas a todos e estabelecer relaomtua de confiana e amizade.

    Essas informaes devem constar tambmno material de divulgao dos roteiros.

    Descrever o roteiro do passeio, discorrendo sobreos atrativos, os locais de parada, a atraoprincipal (quando houver) e as dificuldades e prin-cipais obstculos do trajeto, como a travessia derios, o caminho por pedras, subidas ou descidasngremes ou expostas, construes de interessehistrico, pinturas rupestres etc.. H igual impor-tncia inform-los sobre as regras a serem obser-vadas durante a atividade.

    Tambm deve ser proporcionada pequena explana-o sobre o ambiente, o ecossistema que estsendo visitado e tambm sobre os costumes epeculiaridades da cultura local. Essas informaespodero ser enriquecidas durante o passeio.

    Nas unidades de conservao, o monitor ambientalainda deve explicar brevemente a categoria e osobjetivos de preservao da rea, ressaltando aimportncia da conservao daquele ecossistema.

    A atividade da monitoria ambiental deve enfatizara experincia de se conviver com o ambiente na-tural e a cultura local. O carter coletivo, colabora-tivo e tambm no-competitivo do passeio deveser estimulado.

  • Nas trilhas, os monitores ambientais devero lem-brar aos visitantes para seguirem os princpios demnimo impacto, pedindo colaborao no trajeto,evitando a disperso do grupo e atendendo sinstrues dos monitores. Antes de iniciar o passeio,os monitores devem verificar se cada visitanteest devidamente trajado e calado e se portaao menos um cantil com gua potvel, lanche,um agasalho e um abrigo impermevel.

    Os monitores ambientais devero sugerir s pes-soas que no apresentarem condies fsicas ouvestimentas ou calados adequados, que faamoutro tipo de atividade ou ento que retornem emoutra data. Tambm devero recomendar aosvisitantes no portarem armas, faces etc. Omonitor dever tambm recomendar que o uso deinstrumentos mu-sicais ou de aparelhos sonoros depequeno porte no extrapole a esfera pessoal.

    Antes de sair, durante a caminhada e ao seu final,no se esquea de estabelecer alguma forma eficazde contagem do nmero de pessoas no grupo devisitantes.

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  • Na trilha

    Caber aos monitores ambientais imprimirem ritmode caminhada que respeite a capacidade do grupode visitantes, tornando o trajeto confortvel,relaxante e seguro.

    Cabe tambm aos monitores tornarem o trajetointeressante para que no seja apenas um per-curso aborrecido at o(s) atrativo(s). Esse desa-fio iniciou-se na recepo e desenvolve-se ao longoda trilha, chamando a ateno dos visitantes paraaspectos caractersticos, pitorescos ou surpreen-dentes do trajeto. Para isso, os monitores ambien-tais devem, alm de conhecer muito bem o trajetoe suas variantes, informar-se adequadamente so-bre os aspectos do ambiente natural e da culturalocal: histria, costumes, folclore, lendas, festi-vidades tradicionais etc.; cuidado para no setornarem aborrecidos.

    Fique atento relao adequada entre o nmerode visitantes e o nmero de monitores. Grupospequenos, de at 15 (quinze) pessoas (incluindoos monitores) so mais adequados que gruposgrandes. Lembre-se que o nmero desejvel demonitores, para qualquer tamanho de grupo, nuncadeve ser inferior a 2 (duas) pessoas.

    Cuide para no deixar ningum para trs e mante-nha o grupo coeso. Fique atento e d apoio spessoas que apresentarem dificuldades no trajeto,mas lembre-se de que isso no significa que vocdever lev-las pela mo ou s suas costas.

    Use adequadamente seu aparelho de comunicao.Deixe o apito para emergncias e evite gritar.

    Programe um nmero maior ou menor de paradasde acordo com o tamanho e as caractersticas decada grupo.

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  • Quando houver gua potvel na trilha, lembre atodos para reabastecerem seus cantis, mas noesquea de recomendar que a gua, mesmo amais lmpida, seja adequadamente tratada.

    Oriente os visitantes em relao ao melhor proce-dimento para causar o mnimo impacto na horadas necessidades fisiolgicas empreste suapazinha e explique sua necessidade. No se es-quea tambm de lembr-los de que devem tra-zer todo o lixo de volta.

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  • Nas paradas

    Quase toda trilha tem paradas para descanso,para tomar lanche e para desfrutar dos atrativos.Cada tipo de parada tem durao e finalidadesdiferentes, que no devem ser encaradas rigida-mente, mas esticadas, resumidas ou suprimidas deacordo com as caractersticas de cada local e ointeresse e as caracteristicas de cada grupo.

    As paradas servem no s para descansar, mastambm para beber gua, refrescar-se e comer algumpetisco. As paradas mais longas devem coincidircom os atrativos: uma cachoeira, uma praia, ummirante, o topo de uma montanha etc..

    Aproveite as paradas para fazer a contagem daspessoas, integrar-se com os visitantes, discorrersobre aspectos interessantes do local.

    Acompanhe o visitante de perto nos locais queenvolvam algum risco, como banhos em cachoeirasou atividades que requeiram a utilizao de cordasou equipamentos especficos. Fique atento para orisco de afogamentos em banhos de mar ou rio equedas em locais altos e pouco protegidos.

    Solicite aos visitantes que no se dispersem de-masiadamente e que no abandonem o local semaviso. Nunca deixe um visitante desacompanhadoem uma parada, esperando o grupo voltar.

    Caso um visitante ou grupo deseje ou necessitepermanecer no meio do trajeto ou retornar antesde atingir o ponto mais distante do passeio deveser acompanhado de, ao menos, um monitor ex-periente.

    Nunca demais lembrar a todos que tragam devolta toda e qualquer embalagem ou lixo que forproduzido no passeio ou recomendar as prticasde mnimo impacto, principalmente para as ne-cessidades fisiolgicas.

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  • 14

    Na despedida

    A despedida o momento adequado para reforara importncia de se preservar o ambiente naturale a conservao de seus recursos.

    Discorra sobre a importncia da Mata Atlntica ousobre qualquer outro ecossistema em que estejaacontecendo sua atividade, sobre a necessidadeda preservao dos recursos naturais e da biodi-versidade e estabelea a relao desses fatorescom o nosso cotidiano. Conclame a todos paracolaborarem na busca de solues para os pro-blemas ambientais, comeando por agir de modoambientalmente responsvel.

    Os monitores ambientais poderiam distribuir im-pressos com nomes e endereos de instituiesvoltadas conservao ambiental do local visita-do, onde os visitantes possam contribuir comdoaes ou trabalho voluntrio.

    Podero ser divulgados locais prximos para visi-tao pblica, convidando a todos para breve re-torno. Pea aos visitantes que preencham pequenoquestionrio, dando sua opinio sobre as atividadesrealizadas, tendo em vista aperfeioar a qualida-de do atendimento.

  • Emergncia!

    Se o seu grupo se perder ou tomar a trilha errada,mantenha todos calmos e adote os procedimentosadequados para retornar ao caminho programado.Nunca deixe o pnico tomar conta do grupo.

    Em caso de acidente, inicie o atendimento aoacidentado e no corra riscos desnecessrios,providenciando sua remoo para local onde hajaatendimento mdico. Lembre-se de que a primeiraprovidncia no fazer mais vtimas, por issoesteja atento sua segurana e dos demaismembros do grupo.

    Em casos extremos, adote os procedimentos deemergncia e aguarde o resgate. Use sempre obom senso e reflita com calma e em conjunto comos demais monitores ambientais sobre as decisesa tomar, por exemplo: remover o acidentado ouaguardar o socorro.

    Tenha, de antemo, combinado com a adminis-trao e vigilncia da unidade de conservao ouCorpo de Bombeiros os locais para encontros emcaso de acidentes e outras situaes de emer-gncia. Assinale estes locais em mapas que de-vem ficar de posse de pessoas preparadas paraacionarem esquema de emergncia.

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  • Princpios de conduta consciente emambientes naturais

    (4)

    O texto a seguir, foi elaborado com o objetivode divulgar para os visitantes os princpios de m-nimo impacto nas atividades realizadas nos maisdiversos ambientes naturais do Pas, podendosubsidiar a prtica da monitoria ambiental.

    1. Planejamento fundamental

    Entre em contato prvio com a administraoda rea que voc vai visitar para tomar conheci-mento dos regulamentos e restries existentes.Informe-se sobre as condies climticas do locale consulte a previso do tempo antes de qualqueratividade em ambientes naturais.Viaje em grupos pequenos de at 10 (dez) pes-soas. Grupos menores se harmonizam melhor coma natureza e causam menos impacto.Evite viajar para reas populares durante asfrias e feriados prolongados.Certifique-se de que voc possui uma forma deacondicionar seu lixo (sacos plsticos), para traz-lo de volta.Escolha as atividades que voc vai realizar nasua visita conforme o seu condicionamento fsicoe seu nvel de experincia.

    2. Voc responsvel por sua segurana

    O salvamento em ambientes naturais caro ecomplexo, podendo levar dias e causar grandesdanos ao ambiente. Portanto, em primeiro lugar,no se arrisque sem necessidade.Calcule o tempo total que passar viajando edeixe um roteiro de viagem com algum de con-

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    (4) Fonte: Brasil. Ministrio do Meio Ambiente - ProgramaNacional de `reas Protegidas. Excursionismo de MnimoImpacto: conduta consciente em ambientes naturais. Bra-slia: folheto ed. MMA, colaborao tcnica: Centro Excur-sionista Universitrio (CEU) de So Paulo. Dez / 1.999.

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    fiana, com instrues para acionar o resgate, senecessrio.Avise a administrao da rea que voc est visi-tando sobre a sua experincia, o tamanho do gru-po, o equipamento que esto levando, o roteiro e adata esperada de retorno. Estas informaes facili-taro o seu resgate em caso de acidente.Aprenda as tcnicas bsicas de segurana, comonavegao (como usar um mapa e uma bssola) eprimeiros socorros. Para tanto, procure clubesexcursionistas, escolas de escalada, etc..Tenha certeza de que voc dispe do equipa-mento apropriado para cada situao. Acidentese agresses natureza em grande parte so cau-sados por improvisaes e uso inadequado deequipamentos. Leve sempre lanterna, agasalho,capa de chuva e estojo de primeiros socorros,alimento e gua, mesmo em atividades com ape-nas um dia ou poucas horas de durao.Caso voc no tenha experincia em atividadesrecreativas em ambientes naturais, entre emcontato com centros excursionistas, empresasde ecoturismo ou condutores de visitantes. Vi-sitantes inexperientes podem causar impactossem perceber e correr riscos desnecessrios.

    3. Cuide das trilhas e locais de acampamento

    Mantenha-se nas trilhas pr-determinadas, nouse atalhos que cortem caminhos. Os atalhosfavorecem a eroso e a destruio das razes eplantas inteiras.Mantenha-se na trilha mesmo se ela estivermolhada, lamacenta ou escorregadia. A dificulda-de das trilhas faz parte do desafio de vivenciar anatureza. Se voc contorna a parte danificada deuma trilha, o estrago se tornar maior no futuro.Acampando, evite reas frgeis que levaro umlongo tempo para se recuperar aps o impacto.Acampe somente em locais pr-estabelecidos,quando existirem e pelo menos a 60 metros dequalquer fonte de gua.No cave valetas ao redor das barracas, escolhamelhor o local e use um plstico sob a barraca.

  • Bons locais de acampamento so encontrados,no construdos. No corte nem arranque a vege-tao, nem remova pedras ao acampar.

    4. Traga seu lixo de volta

    Ao percorrer uma trilha ou sair de uma rea deacampamento, certifique-se de que elas perma-neam como se ningum houvesse passado porali. Remova todas as evidncias de sua passa-gem. No deixe rastros!No queime nem enterre o lixo. As embalagenspodem no queimar completamente e animaispodem cavar at o lixo e espalh-lo. Traga todo oseu lixo de volta com voc.Utilize as instalaes sanitrias que existirem.Caso no haja instalaes sanitrias (banheiros)na rea, cave um buraco com 15 (quinze) cent-metros de profundidade a pelo menos 60 (sessen-ta) metros de qualquer fonte de gua, trilhas oulocais de acampamento, em local onde no sejanecessrio remover a vegetao.

    5. Deixe cada coisa em seu lugar

    No construa qualquer tipo de estrutura, comobancos, mesas, pontes, etc.. No quebre nemcorte galhos de rvores, mesmo que estejam mor-tas ou tombadas, pois podem estar servindo deabrigo para aves ou outros animais.Resista tentao de levar lembranas paracasa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas etc.,onde voc os encontrou, para que outros tam-bm possam apreci-los.Tire apenas fotografias, deixe apenas levespegadas e leve para casa apenas suas memrias.

    6. No faa fogueiras

    Fogueiras matam o solo, enfeiam os locais deacampamento e representam grande causa deincndios florestais.

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    Para cozinhar, utilize fogareiro prprio paraacampamento. Os fogareiros modernos so levese fceis de usar. Cozinhar com fogareiro muitomais rpido e prtico que acender fogueira.Para iluminar o acampamento, utilize um lam-pio ou uma lanterna em vez de uma fogueira.Se voc realmente precisa acender uma fogueira,utilize locais previamente estabelecidos e somentese as normas da rea permitirem.Mantenha o fogo baixo, utilizando apenas madeiramorta encontrada no cho.Tenha absoluta certeza de que sua fogueira estcompletamente apagada antes de abandonar a rea.

    7. Respeite os animais e as plantas

    Observe os animais distncia. A proximidadepode ser interpretada como ameaa e provocarataque, mesmo de pequenos animais. Alm disso,animais silvestres podem transmitir doenas graves.No alimente animais. Os animais podem acabarse acostumando com comida humana e passar ainvadir os acampamentos em busca de alimento,danif icando barracas, mochilas e outrosequipamentos, alm de modificar seus hbitosalimentares.No retire flores e plantas silvestres. Apre-cie sua beleza no local, sem agredir a nature-za e dando a mesma oportunidade a outrosvisitantes.

    8. Seja corts com outros visitantes

    Ande e acampe em silncio, preservando atranqilidade e a sensao de harmonia que anatureza oferece. Deixe rdios e instrumentossonoros em casa.Deixe os animais domsticos em casa.Cores fortes como branco, azul, vermelhoou amarelo devem ser evitadas(5), pois po-dem ser visualizadas a quilmetros de distn-cia e quebram a harmonia dos ambientesnaturais. Use roupas e equipamentos de cores

  • neutras, para evitar a poluio visual em locaismuito freqentados.Colabore com a educao dos visitantes,transmitindo os princpios de mnimo impactosempre que houver oportunidade.

    (5) nota da edio: refere-se s cores brilhantes. que sedestacam excessivamente no ambiente.

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  • Endereos e telefones teis

    Faa sua lista de endereos e telefones teis paraa atividade de monitoria ambiental, como gruposde resgate, hospitais, corpo de bombeiros, polciaflorestal, sede da unidade de conservao, prefei-tura municipal etc. (no esquea de incluir freqn-cias de contato radiofnico e locais pr-estabe-lecidos para reunies/encontros).

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  • Anexo

    Monitor ambiental - Pessoa capacitada paraacompanhar visitantes dentro de unidades deconservao; no credenciada pela EMBRATUR;chamado de monitor local ou condutor de visitanteou erroneamente de guia local; geralmente residenteno local ou prximo do local visitado. A ResoluoSMA 32/98, de 31 de maro de 1998, regulamentaa visitao pblica e credenciamento de guias,agncias, operadoras e monitores ambientais parao ecoturismo e educao ambiental nas unidadesde conservao do Estado, administradas pelaSecretaria de Estado do Meio Ambiente.

    Guia de Turismo considerado Guia de Turismoo profissional que, devidamente cadastrado naEMBRATUR Instituto Brasileiro de Turismo, nostermos da Lei n 8.623, de 28 de janeiro de 1993,exera as atividades de acompanhamento, orien-tao e transmisso de informaes a pessoas ougrupos, em visitas, excurses urbanas, municipais,estaduais, interestaduais, internacionais ou especia-lizadas. Conforme a especialidade de sua formaoprofissional e das atividades desempenhadas,comprovadas perante a EMBRATUR, os guias deturismo sero cadastrados em uma ou mais dasseguintes classes:

    I. Guia Regional: quando suas atividades com-preenderem a recepo, o translado, o acompanha-mento, a prestao de informaes e assistncia aturistas, em itinerrios ou roteiros locais ou inter-municipais de determinada unidade da Federao,para visita a seus atrativos tursticos;

    II. Guia de Excurso Nacional: quando suasatividades compreenderem o acompanhamento e aassistncia a grupos de turistas, durante todo opercurso da excurso de mbito nacional ou reali-zada na Amrica do Sul, adotando, em nome daagncia de turismo responsvel pelo roteiro, to-das as atribuies de natureza tcnica e adminis-trativa necessrias fiel execuo do programa;

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  • III. Guia de Excurso Internacional: quandorealizarem as atividades referidas no item acimanos demais pases do mundo;

    IV. Guia Especializado em Atrativo Turstico:quando suas atividades compreenderem a pres-tao de informaes tcnico-especializadas, so-bre determinado tipo de atrativo natural ou cul-tural de interesse turstico, na unidade da Fede-rao para o qual ele se submeteu formaoprofissional especifica.

    O cadastramento e a classificao do Guia deTurismo em uma ou mais das classes previstasacima estar condicionada comprovao de v-rios requisitos, entre eles ter concludo Curso deFormao Profissional de Guia de Turismo reco-nhecido pela EMBRATUR, na classe para a qualestiver solicitando o cadastramento (MIC/EMBRATUR, 1993).

    Ecoturismo - ... uma atividade que utiliza deforma sustentvel, o patrimnio natural e cultural,incentiva a sua conservao e busca a formaode uma conscincia ambientalista atravs de inter-pretao do ambiente, promovendo o bemestardas populaes envolvidas (EMBRATUR, 1993).

    Unidade de Conservao - Espao territorial eseus recursos ambientais, incluindo as guasjurisdicionais, com caractersticas naturais relevan-tes, legalmente institudo pelo Poder Pblico, comobjetivos de conservao e limites definidos, sobregime especial de administrao, ao qual se apli-cam garantias adequadas de proteo (SistemaNacional de Unidades de Conservao da Natureza- SNUC, Lei n 9985 de 18 de julho de 2000).

    Art. 7 - As unidades de conservao integran-tes do SNUC dividem-se em dois grupos, comcaractersticas especficas:

    I. Unidades de Proteo Integral;

    II. Unidades de Uso Sustentvel;23

  • 1. O objetivo bsico das Unidades de ProteoIntegral preservar a natureza, sendo admitidoapenas o uso indireto dos seus recursos naturais,com exceo dos casos previstos nesta lei.

    2. O objetivo bsico das Unidades de Uso Sus-tentvel compatibilizar a conservao da natu-reza com o uso sustentvel de parcela dos seusrecursos naturais.

    Art. 8 - O grupo das Unidades de ProteoIntegral composto pelas seguintes categoriasde unidades de conservao:

    I. Estao Ecolgica;II. Reserva Biolgica;III. Parque Nacional;IV. Monumento Natural;V. Refgio da Vida Silvestre.

    Preservao - Conjunto de mtodos, procedi-mentos e polticas que visam a proteo a longoprazo das espcies, habitats e ecossistemas, almda manuteno dos processos ecolgicos, preve-nindo a simplificao dos sistemas naturais.

    Conservao da natureza - O manejo da natu-reza pelo ser humano, compreendendo a preser-vao, a manuteno, a utilizao sustentvel, arestaurao e a recuperao do ambiente natural,para que possa produzir o maior benefcio, embases sustentveis, s atuais geraes, manten-do seu potencial de satisfazer s necessidades easpiraes das geraes futuras e garantindo asobrevivncia dos seres vivos em geral.

    Educao ambiental - Processos por meios dosquais o indivduo e a coletividade constroem valo-res sociais, conhecimentos, habilidades, atitudese competncias voltadas para a conservao domeio ambiente, utilizando um conjunto de ativida-des e idias que levam o homem a conhecer oambiente e utilizar os recursos naturais de maneiraracional.

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  • Programa de Visitao Monitorada Ecotrilhas

    Coordenao TcnicaAlexandre Penteado Villar Flix

    Ivani AreiasCEAM/SMA

    Roney Perez dos SantosCINP/SMA

    Consultoria TcnicaMaria Isabel Amando de Barros

    Milton Dines

    Unidades de ConservaoJoaquim do Marco Neto - E.E.Juria ItatinsMarcos Antonio Lucena - P.E. Guarapiranga

    Sueli Lorejan - P.E. Serra do Mar/Ncleo CubatoWladimir Arrais de Almeida - P.E. Jaragu

    Reviso TcnicaAna Cristina Pasini da Costa

    Lucilene TeixeiraCEAM/SMA

    EditoraoPedro Orlando Victor Galletta

    CEAM/SMA

    EstagiriosLeandro Gonzalez Fernandez

    Rodrigo Antunes FaillaCEAM/SMA

    ApoioMinistrio Pblico do Estado de So Paulo

    Promotoria de Jstia Cvel de Santos

    BRASTERMINAIS Armazens Gerais S/A

    Secretaria de Estado do Meio AmbienteFone: (0xx11) 3030-6000 / Fax: 3030-6402

    Av. Prof. Frederico Hermann Jr., n 345 - Alto de PinheirosSo Paulo/SP - Cep. 05489-900

    www.ambiente.sp.gov.br

    2.00025

  • SECRETARIA DOMEIO AMBIENTE