manual de segurança e saúde no trabalho

244
SESI – Serviço Social da Indústria DAM – Diretoria de Assistência Médica e Odontológica GSST – Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho Manual de Segurança e Saúde no Trabalho Coleção Manuais Indústria do Vestuário 2003 SESI-SP

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SESI – Serviço Social da IndústriaDAM – Diretoria de Assistência Médica e Odontológica

GSST – Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho

Manual de Segurança e Saúde no Trabalho

Coleção ManuaisIndústria do Vestuário

2003SESI-SP

Serviço Social da Indústria – SESI. Diretoria de Assistência Médica eOdontológica – DAM. Gerência de Segurança e Saúde no Trabalho – GSST.

Manual de segurança e saúde no trabalho. / Gerência de Segurança eSaúde no Trabalho. -- São Paulo: SESI, 2003.

244 p. : il. color. ; 28 cm. -- (Coleção Manuais ; Indústria doVestuário).

Bibliografia: p. 199 – 205.Índice: p. 206 – 207.ISBN 00-000-0000-0

I. Título. II. Saúde ocupacional.

SESI – Serviço Social da Indústria

Departamento Regional de São Paulo

Av. Paulista, 1313CEP 01311-923São Paulo – SPPABX: (11) 3146-7000www.sesisp.org.br

Diretoria de Assistência Médica e Odontológica

Tel.: (11) 3146-7170/7171

©SESI – Departamento Regional de São Paulo

É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por quaisquer meios,

sem autorização prévia do SESI-SP

Outra publicação da Coleção Manuais:

• Indústria Calçadista.

Ficha Catalográfica

Departamento Regional de São Paulo

Conselho Regional

Presidente

Horacio Lafer Piva

Representantes das Atividades Industriais

Titulares

Luis Eulálio de Bueno Vidigal FilhoLuis Alberto Soares Souza

Paulo Tamm Figueiredo

Suplentes

Artur Rodrigues Quaresma FilhoDante Ludovico Mariutti

Nelson Abbud João

Representante da Categoria Econômica das Comunicações

Carlos de Paiva Lopes

Representantes do Ministério do Trabalho e Emprego

Titular

Antonio Funari FilhoSuplente

José Kalicki

Representante do Governo Estadual

Wilson Sampaio

Diretor Regional

Claudio Vaz

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

AACD Associação de Assistência àCriança Deficiente

ACGIH American Conference ofGovernamental of IndustrialHygienists

APAE Associação de Pais e Amigos dosExcepcionais

APM Associação Paulista de Medicina

ASO Atestado de Saúde Ocupacional

AVAP Associação para Valorização ePromoção de Excepcionais

CAI Certificado de Aprovação deInstalações

CAT Comunicação de Acidente deTrabalho

CF Constituição Federal

CIPA Comissão Interna de Prevençãode Acidentes

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CNAE Classificação Nacional deAtividades Econômicas

CP Código Penal

CPMAT Conclusão de Perícia Médica deAcidente de Trabalho

CREM Comunicação de Resultado deExame Médico

DME Divisão de Mecânica eEletricidade

DMR Divisão de Medicina eReabilitação da Faculdade deMedicina da Universidade de SãoPaulo - FMUSP

DRT Delegacia Regional do Trabalho

EPC Equipamento de ProteçãoColetiva

EPI Equipamento de ProteçãoIndividual

FISPQ Ficha de Informação deSegurança de Produtos Químicos

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

HAS Hipertensão Arterial Sistêmica

IBUTG Índice de Bulbo ÚmidoTermômetro de Globo

IMC Índice de Massa Corpórea

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia

INSS Instituto Nacional de SeguridadeSocial

IPT Instituto de PesquisasTecnológicas

LESF Lar Escola São Francisco

LO Laboratório de Ótica

MTbE Ministério do Trabalho e Emprego

NHO Norma de Higiene Ocupacional

NIOSH National Institute for OccupationalSafety and Health

NBR Norma Brasileira Registrada

NR Norma Regulamentadora

OIT Organização Internacional doTrabalho

PADEF Programa de Apoio à PessoaPortadora de Deficiência noMercado de Trabalho daSecretaria do Emprego eRelações do Trabalho

PAIR Perda Auditiva Induzida por Ruído

PCA Programa de ConservaçãoAuditiva

PCMAT Programa de Condições e MeioAmbiente de Trabalho

PCMSO Programa de Controle Médico deSaúde Ocupacional

PPD Pessoas Portadoras deDeficiência

PPRA Programa de Prevenção de RiscosAmbientais

SESMT Serviço Especializado emEngenharia de Segurança eMedicina do Trabalho

SIPAT Semana Interna de Prevenção deAcidentes

SPC Sistemas de Proteção Coletiva

TST Tribunal Superior do Trabalho

UFIR Unidade Fiscal de Referência

dB(A) Decibel (unidade de medida daintensidade das ondas sonoras)avaliado na escala A do medidorde nível de pressão sonora

Hz Hertz (unidade de medida dafreqüência das ondas sonoras)

Lux Unidade de medida deiluminância

tbn Termômetro de bulbo úmidonatural

tg Termômetro de globo

Lista de Siglas e Abreviaturas

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

TÍTULO PÁG.

Figura 1 Grupo de trabalhadores em postos fixos organizados no mesmo setor 08

Figura 2 Atividade exercida pela gestante em seu posto de trabalho 12

Figura 3 Atividade exercida pelo deficiente físico 14

Figura 4 Pessoa idosa desenvolvendo atividade laboral 15

Figura 5 Demarcação de piso para organização do arranjo físico de setores 17

Figura 6 Uso do equipamento individual de proteção auditiva 22

Figura 7 Operação da máquina de corte 23

Figura 8 Exemplo de fonte de calor no setor de passadoria 24

Figura 9 Risco químico na limpeza de peças com solvente orgânico 27

Figura 10 Revisor de tecido na postura de pé 30

Figura 11 Abdução dos braços acima da amplitude articular adequada 30

Figura 12 Faixa de amplitude de movimento para articulações dos membros superiores 31

Figura 13 Levantamento manual de cargas 32

Figura 14 Bancada adequada de trabalho 34

Figura 15 Trabalho sentado 35

Figura 16 Operação da máquina de corte sobre bancada 36

Figura 17 Operação da máquina rebitadeira 37

Figura 18 Operação da máquina pregadeira de botão 37

Lista de Figuras

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

TÍTULO PÁG.

Quadro 1 Porcentagem obrigatória de cargos destinados às pessoas portadoras de

deficiência (PPD) pelo número de trabalhadores da empresa 13

Quadro 2 Limites de tolerância e grau de insalubridade de alguns agentes químicos 25

Quadro 3 Dimensionamento da CIPA 43

Quadro 4 Agrupamento de Setores Econômicos pela Classificação Nacional

de Atividades Econômicas – (CNAE), para dimensionamento da CIPA 43

Quadro 5 Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE),

com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA 43

Quadro 6 Cronograma de processo de eleição da CIPA 44

Quadro 7 Treinamento da CIPA 45

Quadro 8 Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordo

com a sua natureza e a padronização das cores correspondentes 60

Quadro 9 Setores da produção com identificação de riscos ocupacionais 61

Quadro 10 Nomenclaturas utilizadas para interpretação dos dados do dosímetro 88

Quadro 11 Valores para interpretação dos resultados para dosimetria 97

Quadro 12 Limite de tolerância de IBUTG 98

Quadro 13 Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma ativa 99

Quadro 14 Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma passiva 99

Quadro 15 Distribuição da população por faixa etária e sexo 113

Quadro 16 Exames médicos ocupacionais 115

Quadro 17 Parâmetro mínimo adotado para exame complementar de acordo com

o risco ocupacional existente 116

Quadro 18 Atividades de promoção da saúde 130

Quadro 19 Recomendações de vacinas 131

Lista de Quadros

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

TÍTULO PÁG.

Gráfico 1 Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo 134

Gráfico 2 Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária. 134

Gráfico 3 Distribuição percentual dos níveis de pressão sonora dos pontos avaliados 135

Gráfico 4 Distribuição percentual dos índices de iluminância dos pontos avaliados 136

Gráfico 5 Distribuição percentual do conforto térmico dos postos avaliados 136

Gráfico 6 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de enfesto e corte 138

Gráfico 7 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de costura. 139

Gráfico 8 Fatores de riscos ergonômicos encontrados para o setor de passadoria. 140

Gráfico 9 Distribuição percentual dos resultados obtidos nos exames audiométricos da

população avaliada 140

Gráfico 10 Distribuição percentual das queixas otológicas apresentadas pela

população avaliada 141

Gráfico 11 Distribuição percentual das queixas audiológicas apresentadas pela população

avaliada 141

Gráfico 12 Distribuição percentual de outras queixas apresentadas pela população avaliada 142

Gráfico 13 Distribuição percentual da população avaliada segundo utilização de protetores

auditivos durante a jornada de trabalho 142

Gráfico 14 Distribuição percentual da população avaliada segundo exposição a níveis de

pressão sonora extra-ocupacionais 143

Gráfico 15 Distribuição percentual dos trabalhadores examinados segundo queixas

apresentadas no aspecto psíquico e comportamental 144

Lista de Gráficos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 9

PARTE I 5

■ 1. Introdução 7

■ 2. Objetivo Geral 9

■ 3. Tipificação 11

■ 4. Organização Geral do Trabalho 13

■ 5. Tipos de Trabalhadores 155.1 Trabalho Infantil 105.2 Trabalho Domiciliar 115.3 Trabalho da Mulher 125.4 Trabalho do Deficiente 135.5 Trabalho do Idoso 15

■ 6. Fatores de Risco e Medidas de Controle 166.1 Riscos Físicos 18

6.1.1 Ruído 18

6.1.2 Vibração 23

6.1.3 Calor 23

6.2 Riscos Químicos 256.3 Riscos Biológicos 286.4 Riscos Ergonômicos 29

6.4.1 Aspectos Biomecânicos 29

6.4.2 Organização do Trabalho 33

6.5 Riscos de Acidentes 36

Sumário

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)10

PARTE II 40

■ 7. Empresa Modelo - Indústria do Vestuário Roupa Feliz 41

■ 8. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 428.1 Introdução 428.2 Conceito 428.3 Objetivo 428.4 Estrutura 428.5 Modelos de documentos 45

8.5.1 Carta para edital de convocação 46

8.5.2 Ficha para convocação dos funcionários 47

8.5.3 Ficha para candidatura dos funcionários 48

8.5.4 Relação dos candidatos a CIPA 49

8.5.5 Cédula de votação 50

8.5.6 Lista de presença de votação 51

8.5.7 Ata de eleição da CIPA 53

8.5.8 Colocação dos eleitos por ordem de votação 54

8.5.9 Lista de presença no treinamento da CIPA 55

8.5.10 Ata de instalação e posse da CIPA 56

8.5.11 Calendário de reuniões da CIPA 57

8.5.12 Certificados do treinamento 58

■ 9. Mapa de Risco 599.1 Introdução 599.2 Conceito 599.3 Objetivo 599.4 Estrutura 599.5 Modelos de documentos 65

9.5.1 Mapa de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 66

9.5.2 Setor de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz 67

Sumário

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 11

■ 10. Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) 6810.1 Introdução 6810.2 Conceito 6810.3 Objetivo 6810.4 Estrutura 6810.5 Modelos de documentos 69

10.5.1 Carta de apresentação (1ª via) 71

10.5.1 Carta de apresentação (2ª via) 72

10.5.2 Capa 73

10.5.3 Introdução e objetivo 74

10.5.4 Apresentação 74

10.5.5 Perfil da empresa 74

10.5.6 Planejamento anual 75

10.5.7 Fluxograma de processos da produção 77

10.5.8 Arranjo físico da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz 79

10.5.9 Descritivo de funções e reconhecimento dos riscos 80

10.5.10 Avaliação ambiental 87

10.5.10.1 Equipamentos e metodologia 87

10.5.10.2 Resultados 89

10.5.11 Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação 103

10.5.12 Cronograma de ações do PPRA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz 105

10.5.13 Conclusão 106

■ 11. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) 10711.1 Introdução 10711.2 Conceito 10711.3 Objetivo 10711.4 Estrutura 10711.5 Modelos de documentos 108

11.5.1 Carta de apresentação (1ª via) 109

11.5.1 Carta de apresentação (2ª via) 110

11.5.2 Capa 111

11.5.3 Introdução e objetivo 112

11.5.4 Apresentação 112

11.5.5 Perfil da empresa 112

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)12

11.5.6 Estrutura 113

11.5.6.1 Coordenador do PCMSO 113

11.5.6.2 Competências e responsabilidades 114

11.5.6.3 Controle biológico para riscos ambientais por setores, funções

e periodicidade 117

11.5.7 Relatório Anual do PCMSO 126

11.5.8 Primeiros Socorros 127

11.5.9 Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) 127

11.5.10 Outras atividades em saúde do trabalhador 130

■ 12. Perfil das Empresas Pesquisadas 13312.1 Introdução 13312.2 Objetivo 13312.3 Atividades Realizadas 13312.4 Resultados 133

PARTE III 146

■ 13. Aspectos Legais 14713.1 Normas Regulamentadoras (NR´s) 14813.2 Aspectos Gerais da Legislação Brasileira Federal, Civil, Penal,

Previdenciária e Trabalhista. 17913.2.1 Direito do Trabalho, Civil, Previdenciário 181

13.2.2 Responsabilidade Civil e Penal 195

PARTE IV

■ 14. Bibliografia 199

■ 15. Índice Remissivo 206

Parte I

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 15

A indústria do vestuário compreende um elevado número de empresas, podendo ser

dividida em dois segmentos:

■ Vestuário padrão: engloba a produção de artigos padronizados, não sujeito à osci-

lação da moda, caracterizada pelo grande volume de vendas e tem seu conceito de

qualidade associado à sua durabilidade.

■ Vestuário da moda: engloba artigos cuja produção é segmentada em lotes, obede-

cendo desenhos, cores, formas, estruturas e detalhes, ditados pelas tendências da

moda. Este segmento é caracterizado pela flexibilidade e enorme agilidade para que

possa atender e acompanhar as rápidas mudanças da moda, seu conceito de quali-

dade está ligado à atualidade da moda.

A indústria do vestuário é responsável aproximadamente por 60% do emprego na cadeia

produtiva de têxteis e confecções.

Nas atividades laborais, podemos encontrar riscos profissionais relativos a higiene, se-

gurança e saúde dos trabalhadores como provenientes da organização do trabalho (risco er-

gonômico), e os ligados aos equipamentos e agentes agressivos (risco físico, químico e

de acidentes).

A prevenção de riscos ocupacionais é essencial para um bom desenvolvimento da orga-

nização do trabalho e motivação dos trabalhadores, melhorando as condições laborais,

qualidade de vida dos trabalhadores, cultura e imagem da empresa acarretando uma me-

lhor produtividade.

Introdução1

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 17

O objetivo deste manual é orientar as indústrias do vestuário sobre medidas de higiene,

segurança e saúde no trabalho. A prevenção dos fatores de risco protege os trabalhadores

de possíveis danos a saúde, contribuindo para melhorar a produtividade das indústrias.

Objetivo Geral2

AtençãoAlém dos fatores de risco citados neste manual, outros podem existir em função

do arranjo físico, das condições ambientais da indústria e das formas de

organização do trabalho.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 19

A indústria do vestuário constitui-se principalmente de micro, pequenas e médias empre-

sas com diversidade de escalas produtivas e grande heterogeneidade das unidades fabris. Lo-

calizam-se em galpões estruturados ou instaladas em prédios comerciais e/ou residenciais.

As máquinas e equipamentos utilizados variam desde modelos mais simples até tecno-

logias mais avançadas, que permitem economia de tecido e maior rapidez nas etapas de cri-

ação, especificação técnica das peças e modelagem.

As principais matérias-primas utilizadas são tecidos e linhas com fibras vegetais, ani-

mais e sintéticas. Também são utilizados acessórios como botões, zíperes e apliques de

plástico, madeira e metal.

As indústrias estão organizadas em setores como modelagem, corte, costura, acaba-

mento, passadoria e expedição, em menor escala encontra-se empresas com o setor de la-

vanderia e estamparia (silk-screen).

É comum a terceirização de algumas partes dos processos produtivos, dependendo da

sazonalidade e das tendências da moda.

A principal mão de obra é composta pelo sexo feminino devido principalmente a neces-

sidade da precisão e delicadeza nas atividades.

Entre as várias funções existentes pode ocorrer rotatividade nas tarefas devido ao ritmo

de produção e sazonalidade, havendo a necessidade de treinamento adequado.

Tipificação3

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 21

Nas indústrias do vestuário avaliadas, a organização do trabalho é realizada em setores

como: criação, compras, modelagem, almoxarifado (tecidos/aviamentos), bordado, estam-

paria, lavanderia, enfesto, corte, etiquetagem, costura, revisão/acabamento, passadoria,

embalagem, expedição, manutenção mecânica e setores administrativos.

Nos setores da produção as atividades são desenvolvidas por métodos tradicionais de

gestão dos processos de trabalho em postos fixos (células). O trabalho em células é uma

atividade realizada por pequenos grupos de trabalhadores.

Para visualizar a organização geral do trabalho, pode-se consultar o fluxograma de pro-

dução constante da p. 97.

Figura 1 – Grupo de trabalhadores em postos fixos organizados no mesmo setor

Organização Geral do Trabalho4

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 23

Alguns trabalhadores merecem atenção diferenciada pela complexidade legal a que

estão expostos:

■ Trabalho infantil

■ Trabalho domiciliar

■ Trabalho da mulher

■ Trabalho do deficiente

■ Trabalho do idoso

5.1.Trabalho Infantil

O trabalho infantil, conforme legislação brasileira vigente, é aquele exercido por qual-

quer pessoa abaixo de dezesseis anos de idade. No entanto, a mesma legislação permite

que a partir dos quatorze anos de idade a criança trabalhe na condição de aprendiz.

Grande parte do trabalho infantil no Brasil está associado a aspectos econômicos (com-

plementação da renda familiar), aspectos culturais (visão dos familiares) e aspectos sociais

(desemprego dos pais, limitações do sistema educacional), porém nas indústrias do

vestuário avaliadas, não foi observado nenhum trabalho infantil.

No Brasil, podemos citar algumas entidades que atuam na erradicação do trabalho infantil:

■ Organização Internacional do Trabalho (OIT)

■ Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)

■ Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedo

(Fundação ABRINQ)

■ Instituto Pró-Criança

■ Fundação Semear

■ Centrais Sindicais

■ Ministério Público.

Tipos de Trabalhadores5

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)24

Tipos de Trabalhadores

5.2.Trabalho Domiciliar

No Brasil é freqüente em vários ramos industriais o trabalho domiciliar. Conforme levan-

tamento bibliográfico, na indústria do vestuário este fato é antigo e tem aumentado desde

a década de 80. Com o fechamento de postos de trabalho nas indústrias, alguns trabalha-

dores demitidos passaram a utilizar suas próprias residências como pequenos empreendi-

mentos familiares, prestando serviços para indústrias de todos os portes. O trabalho domi-

ciliar é realizado por encomenda, o que acarreta ausência de limites à jornada de trabalho

e o envolvimento de toda a família. Geralmente os trabalhadores não possuem vínculo em-

pregatício. Esta condição associada ao ambiente em que as atividades são realizadas, ca-

racterizam a precarização do trabalho a domicílio, fugindo do controle da fiscalização do Mi-

nistério do Trabalho e Emprego.

5.3.Trabalho da Mulher

A inserção da mulher no mercado de traba-

lho brasileiro continua sendo crescente devido

a necessidade de incremento na renda familiar.

Com a igualdade de direitos, a mulher tam-

bém passou a exercer funções que geram rea-

lizações pessoais e cargos de importância den-

tro de uma empresa.

Para as mulheres, geralmente trabalhar sig-

nifica melhorar o padrão de vida.

O ramo do vestuário é marcado pelo predo-

mínio de trabalhadores do sexo feminino. As le-

gislações vigentes conferem direitos trabalhis-

tas a mulher, como a licença maternidade de

cento e vinte dias remunerada e a estabilidade

empregatícia de no mínimo sessenta dias após

o seu retorno, além de outros direitos.

Figura 2 – Atividade exercida pela gestante em seu posto de trabalho.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

Tipos de Trabalhadores

25

5.4.Trabalho do Deficiente

A Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Legislação Brasileira vigente asseguram

às pessoas portadoras de deficiências, o direito à participação em atividades econômicas.

A lei no 7.853 de 24 de outubro de 1999, regulamentada pelo decreto no 3.298 de 20 de

dezembro de 1999, dispõe sobre o trabalho da pessoa portadora de deficiência e sua inte-

gração social.

De acordo com a lei mencionada, podemos enquadrar as deficiências nas seguin-

tes categorias:

■ Deficiência física

■ Deficiência auditiva

■ Deficiência visual

■ Deficiência mental

■ Deficiência múltipla

A legislação obriga as empresas que possuem cem ou mais funcionários a contratar be-

neficiários da Previdência Social reabilitados ou portadores de deficiência habilitados, pre-

enchendo de 2 a 5% do total de seus cargos, conforme o quadro a seguir:

Quadro 1 – Porcentagem obrigatória de cargos destinados às pessoas portadorasde deficiência (PPD) pelo número de trabalhadores da empresa.

% de PPDNo de trabalhadores2de 100 a 2003de 201 a 5004de 501 a 10005mais de 1000

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)26

Tipos de Trabalhadores

Relacionamos abaixo, algumas entidades que estimulam a integração ou reintegração

das pessoas portadoras de deficiência (PPD) as atividades profissionais.

■ APAE – Associação de Pais e Amigos do Excepcional.

Campanha Empresa Parceira da APAE.

■ AACD – Associação de Assistência a Criança Deficiente.

Programa de Trabalho Eficiente.

■ LESF – Lar Escola São Francisco.

■ SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

Projeto Inclusão das Pessoas com Necessidades Especiais

(PNE) nos programas de

Educação Profissional do

SENAI.

■ AVAP – Associação para

Valorização e Promoção de

Excepcionais.

■ PADEF – Programa de Apoio à

Pessoa Portadora de

Deficiência no Mercado de

Trabalho da Secretaria do

Emprego e Relações do

Trabalho.

■ DMR – Divisão de Medicina e

Reabilitação da FMUSP.

Figura 3 – Atividade exercida pelo deficiente físico

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 27

Tipos de Trabalhadores

5.5.Trabalho do Idoso

Conforme a Política Nacional do Idoso, a pessoa maior de 60 anos de idade é

considerada idosa.

A participação de idosos no mercado de trabalho é freqüente no Brasil, em decorrência

do crescente aumento da expectativa de vida da população. O fator preponderante que leva

o idoso a continuar trabalhando é a composição da renda familiar, que geralmente é

insuficiente para sua necessidade e além disso o desempenho de um papel social ativo.

Conforme lei no 8.842 de 04 de janeiro de 1994 “é competência dos órgãos e entidades

públicos: ... a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do idoso quanto a sua

participação no mercado de trabalho, no setor público e privado; b) priorizar o atendimento

do idoso nos benefícios previdenciários; c) criar e estimular a manutenção de programas de

preparação para aposentadoria nos setores público e privado com antecedência mínima de

dois anos antes do afastamento.”

Figura 4 – Pessoa idosa desenvolvendo atividade laboral

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 29

Risco é uma condição que apresenta potencial para causar danos. Esses danos podem ser

entendidos como lesões a pessoas, quebras de equipamentos ou estruturas, perda de material

em processo ou redução da capacidade de desempenho de uma função predeterminada.

Os fatores de risco existentes nos locais de trabalho podem comprometer a segurança

das pessoas, e a produtividade da empresa.

No ambiente de trabalho, estes fatores, podem variar em função de sua natureza,

concentração, intensidade e tempo de exposição aos agentes nocivos, tais como:

■ Físico: ruído, vibração e calor.

■ Químico: vapores.

■ Biológico: vírus, fungos e bactérias.

■ Ergonômico: levantamento e transporte manual de peso, postura imprópria e meios

inadequados de produção e controle.

■ Acidente: corte e perfuração nas mãos e dedos, arranjo físico inadequado, máquinas

e equipamentos com proteção deficiente e iluminação inadequada.

Para a eliminação ou minimização de fatores de risco, as empresas devem adotar

medidas de controle organizacionais, de engenharia, coletivas (uso de equipamento de

proteção coletiva – EPC) e individuais (uso de equipamento de proteção individual – EPI). É

importante a realização de orientações e treinamentos aos envolvidos no processo

produtivo e administrativo. As medidas de controle devem ser revisadas e atualizadas

sempre que necessário, garantindo a produtividade e o equilíbrio econômico da empresa.

Fatores de Risco e Medidas de Controle6

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)30

Riscos e Controles

6.1. Riscos Físicos

São considerados como risco físico o ruído, a vibração, a umidade, a radiação ionizante,

a radiação não ionizante e a temperatura extrema. Na indústria do vestuário os mais

observados são o ruído, a vibração e o calor.

■ 6.1.1. Ruído

Ruído é um som indesejável e desagradável. No ser humano ele pode ocasionar altera-

ções em todo o organismo, principalmente no aparelho auditivo.

O trabalhador pode muitas vezes estar exposto no ambiente de trabalho a ruídos de dife-

rentes intensidades e durações, devendo-se considerar o efeito combinado dessas variações.

De acordo com a freqüência, a intensidade e a duração, podemos ter diferentes tipos de

alterações auditivas descritas a seguir:

Figura 5 – Demarcação de piso para organização do arranjo físico de setores

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 31

Riscos e Controles

■ o Trauma Acústico é uma alteração súbita da audição decorrente de uma única expo-

sição a ruído muito intenso. Geralmente afeta a audição nas freqüências de 3000,

4000 e/ou 6000Hz.

■ a Mudança Temporária de Limiar é uma alteração auditiva provocada pela exposição

ao ruído, sendo que a audição volta ao seu normal após algumas horas do término

desta exposição ou até mesmo após algumas semanas.

■ a Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR) é a mudança permanente de limiar devido

a exposição contínua ao ruído. É uma patologia de caráter irreversível do tipo neuro-

sensorial (lesão que afeta as células nervosas da orelha interna). Quase sempre é bi-

lateral e progressiva, atingindo inicialmente as freqüências de 3000, 4000 e/ou

6000Hz, preservando as freqüências da fala. Por este motivo, o trabalhador não per-

cebe a alteração que está ocorrendo em sua audição, notando somente em uma fa-

se mais avançada.

A exposição a ruído ainda pode causar efeitos denominados extra-auditivos. Dentre os

mais conhecidos podemos destacar: distúrbios circulatórios (hipertensão arterial, taquicar-

dia), distúrbios digestivos (úlceras, gastrites), distúrbios endócrinos (diabetes mellitus), dis-

túrbios imunológicos, distúrbios sexuais e reprodutivos (impotência, infertilidade), distúrbi-

os de equilíbrio (labirintopatia), distúrbios do sono (insônia, dificuldade de adormecer), dis-

túrbios musculares, distúrbios psicológicos (estresse, depressão, ansiedade, irritação, exci-

tabilidade, nervosismo), distúrbios sociais (diminuição da atenção, da memória, da concen-

tração e isolamento social pela dificuldade de comunicação).

Assim como o ruído ocupacional, outros fatores contribuem para o desencadeamento

e/ou agravamento da perda auditiva como por exemplo a idade; distúrbios bioquímicos e

metabólicos; doenças infecciosas, hereditárias, congênitas, neonatais, entre outras; expo-

sição a outros agentes ototóxicos e otoagressivos (medicamentos, produtos químicos, vi-

brações); exposição extra-ocupacional a ruído (ruído urbano, uso de walkman, shows mu-

sicais, uso de instrumento musical, culto religioso, fogos de artifício, festividades carna-

valescas, tiro de arma de fogo, brinquedos ruidosos, ferramentas elétricas e alguns apare-

lhos domésticos).

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)32

Riscos e Controles

No ambiente de trabalho podemos encontrar diversos fatores que contribuem para a

presença do ruído, tais como alta rotação de motores, vibrações dos componentes de má-

quinas, falta de amortecimento de peças flexíveis, não utilização de silenciadores, falta de

manutenção preventiva de máquinas e instrumentos, falta de lubrificação de peças, falta de

elementos que absorvam impactos, instalações físicas acusticamente inadequadas, prote-

ção interna e externa para absorção do som nas máquinas mal dimensionada, máquinas

com projetos e/ou construção inadequadas.

Na indústria do vestuário, o setor de produção possui máquinas e equipamentos que

produzem variados níveis de pressão sonora (ruído) durante a jornada de trabalho. Os níveis

de pressão sonora (ruído) encontrados neste ramo de atividade nem sempre ultrapassam o

limite de tolerância individual descrito na NR-15 de 85 dB(A) para uma jornada de 8 (oito)

horas de trabalho.

Medidas de controle

A prevenção das alterações auditivas ocupacionais começa no ambiente de trabalho

com o objetivo de estacionar as perdas auditivas já existentes e impedir o aparecimento de

novos casos. Para isso também é necessário implantar um Programa de Conservação Audi-

tiva (PCA) em conjunto do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (NR-7) e do

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (NR-9).

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 33

Riscos e Controles

Programa de Conservação Auditiva – PCA

■ Conceito

O Programa de Conservação Auditiva (PCA) consta de uma série de medidas orga-nizadas e coordenadas, tendo em conta os níveis de pressão sonora elevados confor-me levantamento realizado no PPRA de cada empresa.

■ Objetivo

O PCA tem como objetivo preservar a audição dos trabalhadores expostos a níveisde pressão sonora iguais ou superiores a 80 dB(A) pela atuação de uma equipe mul-tidisciplinar (engenheiro de segurança, técnico de segurança, médico do trabalho, fo-noaudiólogo, recursos humanos, trabalhador da produção, diretoria da empresa).

■ Atividades do PCA

■ Avaliação da exposição...........................................................

✗ Reconhecer o ambiente de trabalho e as atividades desenvolvidas pelostrabalhadores;

✗ Avaliar a presença de ruído e outros agentes ototóxicos e otoagressivosno ambiente e a exposição individual a este(s);

✗ Avaliar a interferência do ruído na comunicação oral dos trabalhadores,e na atenção para os sinais de alerta;

✗ Identificar os setores de risco e o tempo de exposição, entrevistando otrabalhador no local;

✗ Identificar e avaliar as fontes emissoras de ruído para possibilitar seuscontroles;

✗ Estabelecer prioridades para o controle;

■ Medidas de controle ambiental e organizacional ................

✗ Indicar a todos os trabalhadores os setores de risco;✗ Redução do tempo de exposição do trabalhador ao risco;✗ Redução de permanência nos setores de risco;✗ Rodízio da função;✗ Implementação de pausas durante a jornada de trabalho;✗ Limitação de horas extras;✗ Funcionamento de determinadas máquinas em turnos ou horários com o

menor número de funcionários;✗ Outras medidas propostas pela engenharia conforme PPRA (NR-9),

descrito no capítulo 10.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)34

Riscos e Controles

■ Avaliação e monitoramento audiológico ..............................

✗ Realização de exames audiométricos de referência e de seqüênciaconforme proposto pela Portaria nº 19;

✗ Identificar a situação auditiva da população, fazendo o acompanhamentoperiódico;

✗ Identificar os trabalhadores que necessitam de encaminhamento para ootorrinolaringologista;

✗ Alertar os trabalhadores sobre os efeitos do ruído;✗ Verificar a eficácia das medidas de controle.

■ Indicação para o uso de protetores auditivos ......................

✗ O uso de protetores auditivos é recomendado a trabalhadores expostosa níveis de pressão sonora igual ou acima a 85dB(A) durante sua jornadade trabalho ;

✗ Deve ser disponibilizado aos trabalhadores pelo menos dois tipos deprotetores auditivos, devendo ser considerado na escolha:• o grau de conforto • a facilidade de colocação, manuseio e manutenção• a capacidade de atenuação do ruído nas freqüências de interesse• a sua vida útil;

✗ O EPI deve ser encarado como uma medida temporária ou complementaraté que medidas de caráter coletivo sejam adotadas;

✗ A eficácia do EPI depende da adesão integral do trabalhador sendo que,o protetor ideal é aquele que é mais aceito e utilizado pelostrabalhadores expostos ao risco.

■ Formação e informação dos trabalhadores ..........................

✗ O trabalhador deve ser conscientizado periodicamente no que se refereao uso, manutenção, higienização e troca do protetor auditivo.

✗ Informar e educar os trabalhadores sobre vários temas como por exemplo oque é PAIR, os fatores agravantes, predisponentes e complicadores, osmecanismos de prevenção, as fases do PCA em andamento na empresa, osresultados dos exames audiológicos, as dificuldades diagnósticas, aexposição a ruído extra-ocupacional (ruído urbano, uso de walkman, showsmusicais, uso de instrumento musical, culto religioso, fogos de artifício,festividades carnavalescas, tiro de arma de fogo, brinquedos ruidosos,ferramentas elétricas e alguns aparelhos domésticos) e seus efeitos. Estasinformações podem ser obtidas no momento da realização do exameaudiométrico ou durante a consulta médica ocupacional e por intermédiode palestras, seminários, encontros, campanhas e reuniões com a CIPA;

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 35

Riscos e Controles

Figura 6 – Uso do equipamento individual de proteção auditiva

■ Conservação de Registros ......................................................

✗ Os documentos do PCA devem ser mantidos pela empresa por pelomenos trinta anos.

■ Avaliação da eficácia do programa........................................

✗ Analisar as audiometrias seqüênciais e de referência conforme critériodescrito na Portaria 19 (9 abr. 1999);

✗ Avaliação das etapas do programa;✗ Levantamento das opiniões dos trabalhadores.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)36

Riscos e Controles

■ 6.1.2. Vibração

Este risco pode ocorrer devido a movimentação das partes rolantes da máquina que es-

tá em operação, falta de manutenção preventiva adequada das máquinas e equipamentos.

Sua transmissão ao corpo humano ocorre através do contato direto com a máquina, atingin-

do partes do seu corpo como mãos e braços.

Na indústria do vestuário este risco deverá ser examinado junto a máquina de costura e

máquina de corte elétrica manual para efeito de medidas de controle quando necessárias.

Figura 7 – Operação da máquina de corte

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 37

Riscos e Controles

■ 6.1.3. Calor

As condições térmicas anormalmente elevadas podem ser nocivas à saúde dos trabalha-

dores, causando mal-estar, cãibras, desidratração, distúrbios cardiovasculares e erupções

da pele.

Na indústria do vestuário pode-se observar fontes de calor, como por exemplo o ferro de

passar roupa e a máquina de entretela.

Medidas de controle

Para minimizar o calor no ambiente laboral, algumas medidas podem ser adotadas, co-

mo: revezamento de função quando possível, isolamento das partes emissoras de calor, pla-

nejamento de instalação e uso adequado de máquinas e equipamentos geradores de calor,

instalação e utilização de ventilação natural e artificial.

Figura 8 – Exemplo de fonte de calor no setor de passadoria

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)38

Riscos e Controles

6.2. Riscos Químicos

Na indústria do vestuário utiliza-se produtos químicos em operações auxiliares como:

LIMPEZA – produtos domésticos (sabão, sabonete ou detergente) e/ou solventes orgâ-

nicos (benzina*). Na literatura é citada a utilização de tricloroetileno e tetracloroetileno.

ESTAMPARIA DO TIPO SERIGRAFIA (silk-screen) – produtos contendo solventes or-

gânicos ou a base de água, como por exemplo, hidróxido de amônio.

LAVANDERIA - produtos químicos em soluções diluídas como, barrilhas, metabissulfi-

to de sódio e hipoclorito de sódio e produtos oxidantes como permanganato de potássio.

Na avaliação da utilização dos produtos citados acima, observou-se que o risco químico

considerado mais relevante é a exposição aos vapores de solventes orgânicos. “Vapores

são dispersões de moléculas no ar que podem se condensar para formar líquidos ou sóli-

dos em condições normais de temperatura e pressão” (SESI, 1994).

Alguns agentes químicos contidos nos produtos puros, em formulações ou misturas, ma-

nuseados nas operações, estão apresentados no quadro 2, com seus respectivos limites de

tolerância e grau de insalubridade, estabelecidos pela padronização da NR-15 e da ACGIH.

Quadro 2 – Limites de tolerância e grau de insalubridade de alguns agentes químicos

Agente químico(padronização) (ppm)

Xileno (NR 15) 78Tolueno (NR 15) 78

n-Hexano (ACGIH)

Tricloroetileno (NR 15)Tetracloroetileno

(percloroetileno) (NR 15)

n-Pentano (NR 15)Amônia (NR 15)

Álcool etílico (NR 15)

50

78

20780

Ciclohexano (NR 15)

78

470

235

mg/m3

340290

180

525

141480

420

1400

820

Grau deinsalubridade

médiomédio

médio

médiomínimo

máximo

mínimo

médio

Limite de tolerância até 48 horas/semana

ppm: parte por milhão mg/m3: miligrama por metro cúbicoACGIH: ”American Conference of Governamental of Industrial Hygienists”NR 15: Norma Regulamentadora 15, anexo nº 11, quadro nº 1*mistura de hidrocarbonetos saturados derivada do petróleo, constituída principalmente por n-hexano.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 39

Riscos e Controles

Medidas de controle

Embora o potencial de risco químico não seja relevante no setor do vestuário, algumas

ações podem ser tomadas para reduzi-lo evitando assim certos incômodos observados, co-

mo a inalação de vapores de amônia, ressecamento das mãos por produtos cáusticos, en-

tre outros.

A embalagem dos produtos de amônia deve estar posicionada de forma a evitar o con-

tato direto dos vapores com as vias respiratórias e oculares na manipulação dos mesmos.

Sugere-se evitar este contato facial. A utilização do produto químico deve ocorrer em local

com ventilação natural durante o horário que exponha um número menor de trabalhadores.

Além disso, deve-se fornecer, treinar e conscientizar os trabalhadores quanto ao uso de

equipamentos de proteção individual como luvas e máscaras apropriadas.

Para cada produto químico utilizado, é obrigatório ter disponível a “Ficha de Informação

de Segurança de Produto Químico” – FISPQ, conforme NBR 14725 de junho de 2001 que

contêm informações sobre vários aspectos de substâncias ou preparados quanto à prote-

ção, segurança e saúde do trabalhador e ao meio ambiente, além de medidas de proteção

e ações em situação de emergência. A FISPQ deve ser entregue pelo fornecedor na venda

do produto e mediante solicitação.

O fornecedor do produto deve disponibilizar esta ficha completa e constantemente

atualizada. O portador desta ficha é responsável em analisar as condições de uso do produ-

to, tomar medidas de precaução necessárias numa dada situação de trabalho e manter os

trabalhadores informados quanto aos perigos relevantes no seu ambiente laboral. A FISPQ

contém os seguintes dados:

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)40

Riscos e Controles

Ficha de Informação de Segurança de

Produto Químico – FISPQ

1. Identificação da substância/preparação e

da empresa;

2. Composição/informação sobre os componentes;

3. Identificação dos perigos;

4. Primeiros socorros;

5. Medidas de combate a incêndios

6. Medidas a tomar em caso de fugas acidentais;

7. Manuseamento e armazenagem;

8. Controlo da exposição/proteção individual;

9. Propriedades físico-químicas;

10. Estabilidade e reatividade;

11. Informação toxicológica;

12. Informação ecológica;

13. Questões relativas a eliminação;

14. Indicações relativas ao transporte;

15. Informação regulamentada;

16. Outras informações.

Fonte: NBR 14725 de junho de 2001

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 41

Riscos e Controles

Figura 9 – Risco químico na limpeza de peças com solvente orgânico

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)42

Riscos e Controles

6.3. Riscos Biológicos

No ambiente de trabalho, os trabalhadores podem ter contato com agentes biológicos

tais como vírus, fungos e bactérias. Esse contato ocorre por via cutânea, oral ou respiratória.

Na indústria do vestuário, não foi observado exposição a risco biológico nos processos

produtivos. Em algumas atividades não específicas deste ramo industrial podemos encon-

trar exposição ao risco, como: no ambulatório médico, na coleta de lixo (resíduos sólidos) e

nos serviços de limpeza (vestiário e refeitório).

Medidas de controle

Em atividades que o trabalhador esteja exposto a risco biológico, esta exposição deve

ser atenuada por medidas preventivas como o uso de equipamentos de proteção individual

- EPI (luvas de látex, botas, máscaras); higiene adequada no ambiente de trabalho e pesso-

al (hábito de lavar as mãos, não comer, beber e fumar no local de trabalho) e vacinação

(principalmente anti-tetânica, contra influenza e hepatite B entre outras, conforme quadro

19 da p.131).

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 43

Riscos e Controles

6.4. Riscos Ergonômicos

Os fatores de risco relacionados à ergonomia são aqueles que interferem na relação har-

mônica entre trabalho e ser humano, podendo provocar danos à saúde do trabalhador por

alterações fisiológicas no organismo e estado emocional, como também comprometer a se-

gurança no ambiente de trabalho e a produtividade da empresa.

Como a ergonomia é uma área de conhecimento multidisciplinar, a identificação dos riscos

e sua prevenção, deve ser realizada por profissionais de diversas áreas para controlar todos os

possíveis fatores de risco existentes no ambiente laboral isoladamente e simultaneamente.

Para evitar que estes fatores de risco comprometam a execução das atividades no am-

biente laboral é necessário adequar as condições de trabalho ao homem, através da inte-

gração do conforto no sentido amplo dos aspectos físico e psíquico à produtividade, para

diminuir a ocorrência de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, garantindo econo-

micamente uma boa produção.

As medidas de controle para aspectos ergonômicos são dinâmicas, ou seja, mudam de

acordo com o processo de produção, produtividade, tipo de mobiliário, equipamentos utili-

zados, qualidades e números de funcionários e as tarefas a serem realizadas.

■ 6.4.1. Aspectos Biomecânicos

Dentre os aspectos biomecânicos, os principais são: a postura inadequada do trabalha-

dor, o uso excessivo de força, a repetição dos movimentos e o manuseio de carga incorreto

e excessivo. É importante ressaltar que esses aspectos podem ocorrer isolados e associa-

dos entre si, ou com outros fatores de risco. Quando associados, o potencial de risco é ain-

da maior.

■ Postura inadequada: o posicionamento imóvel do trabalhador por períodos prolon-

gados (figura 10) propicia a este, uma compressão dos vasos sangüíneos dificultan-

do a circulação do sangue. Consequentemente, os músculos recebem oxigênio e nu-

trientes insuficientes, prejudicando o retorno do sangue no processo circulatório,

acumulando-se resíduos metabólicos provocando dor e fadiga muscular. Posições es-

táticas prolongadas podem levar ao desgaste das articulações e ossos.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)44

Riscos e Controles

Figura 10 - Revisor de tecido na postura em pé

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 45

Riscos e Controles

Além da postura fixa, deve-se levar em consideração que posturas extremas também

são prejudiciais, como pode ser observado na figura 11.

■ Repetição: a repetição dos mesmos padrões de movimentos é prejudicial para o or-

ganismo podendo provocar atrito entre os tendões dos músculos, ligamentos e ossos,

aumentando o risco de irritação da articulação utilizada.

■ Força e manuseio de carga: a força interna gerada pelo organismo e a força ex-

terna realizada para a execução de manuseio de cargas, são aspectos importantes a

observar, já que ambas podem gerar sobrecarga à estruturas corporais, diminuindo a

circulação sangüínea do local e podendo ocasionar fadiga muscular.

O transporte manual de cargas pode acarretar danos à saúde e a integridade física do

trabalhador e depende basicamente dos seguintes fatores: peso da carga, distância a ser

percorrida, formato da carga, tipo de piso, altura da carga ao piso e distância do trabalha-

dor à carga.

Figura 11 - Abdução dos braços acima da amplitude articular adequada

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)46

Riscos e Controles

Medidas de controle

■ Postura inadequada: ao de-

finir um posto de trabalho, recomen-

da-se que a postura do trabalhador

seja a mais flexível possível, não

sendo permanentemente em pé ou

sentado. Nas atividades em que es-

tas posições flexíveis não sejam

possíveis, pode-se realizar um rodí-

zio para alterar as posturas fixas e

também implantar pausas. Além de

evitar posturas fixas do trabalhador,

devem ser evitadas as posturas e

movimentos extremos. Cada articu-

lação do corpo apresenta um melhor

desempenho biomecânico em algu-

mas faixas de amplitudes de movi-

mento, por isso, é recomendável res-

peitar esses limites de amplitude ar-

ticular para se obter as vantagens bi-

omecânicas que o corpo oferece na

execução das atividades laborais.

Na literatura consultada, há diferen-

tes faixas de amplitude de movimen-

to recomendadas, variando de acor-

do com o autor estudado. A figura 12

ilustra a recomendação adotada por

COURY, 1995.

60°

90°

180°

60°

180°

85°

110°

145°

a ser evitada

a ser e

vitada

recomendada

15°15°

20°

45°

25°

25°

70°

90°

Amplitude de

movimento a

ser evitada

Amplitude de

movimento

recomendada

Amplitude de

movimento a

ser evitada

Amplitude de

movimento

recomendada

recomendada

recomendada

a se

r ev

itad

a

a ser evitada

a s

er

evit

ada

a s

er e

vita

da

Figura 12 – Faixa de amplitude de movimento para articulações dos membros superiores

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 47

Riscos e Controles

Geralmente a postura adotada pelo trabalhador é conseqüência do mobiliário que utili-

za e da demanda da sua atividade. Com isso, a análise dos fatores de risco e as medidas

de controle da organização do trabalho devem ser realizadas em conjunto com o trabalha-

dor para verificar os reais problemas do ambiente laboral.

■ Repetição: a repetição dos movimentos pode ser controlada através de métodos

adequados de produção. Outras medidas como a pausa ativa (ginástica laboral), pas-

siva (descanso) e/ou rodízio de funções podem ser implantadas para minimizar os fa-

tores de risco que a repetição dos movimentos podem desencadear ao trabalhador.

Ginástica laboral é um programa de exercícios físicos terapêuticos realizados no pró-

prio local de trabalho. Para sua implantação é necessário previamente realizar uma

análise ergonômica. A ginástica laboral é aplicada por profissionais especializados

de acordo com as necessidades do trabalhador e disponibilidade da empresa.

■ Força e manuseio de cargas: como medida de prevenção da fadiga, o peso máxi-

mo que o homem pode remover individualmente é de 60 kg (CLT, seção XIV, art.198),

sendo que a carga manuseada por mulheres e trabalhadores jovens deverá ser infe-

rior ao admitido para os homens (NR-17). A NR-17 apresenta em Nota Técnica a

Equação do National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) para le-

vantamento manual de cargas como instrumento de cálculo do peso máximo reco-

mendado (BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego, 2002). Todos os valores limites

apresentados para o levantamento de cargas devem ser tomados apenas como ori-

entação geral, mas não oferecendo condição absoluta de segurança. Todo trabalha-

dor designado para o transporte manual de cargas, deve receber treinamento ou ins-

truções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com vistas

a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. Um exemplo de um correto manuseio

de carga pode ser observado na figura 13.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)48

Riscos e Controles

■ 6.4.2. Organização do Trabalho

Os fatores relacionados à organização do trabalho podem envolver: cultura organizacio-

nal, processos de trabalho, qualidade de vida, saúde mental, estabilidade no emprego, sa-

lário, jornada de trabalho prolongada pela realização de horas-extras e a ausência de des-

canso, entre outros. Esses aspectos relacionados com a organização do trabalho podem in-

fluenciar o trabalhador a adotar determinadas posturas inadequadas como também podem

provocar alterações no estado emocional do mesmo, como os listados a seguir:

■ Psicossociais e pessoais: entre os elementos psicossociais encontram-se as per-

cepções de sobrecarga, trabalhos monótonos, controle limitado das funções, pouca

clareza sobre as tarefas e pouco apoio social no trabalho. Os fatores pessoais mais

conhecidos são idade, sexo, estado civil, escolaridade, atividade física, tabagismo e

antropometria (medidas do corpo humano).

Figura 13 - Levantamento manual de cargas

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 49

Riscos e Controles

■ Condições ambientais: para verificar se as condições ambientais proporcionam con-

forto ao trabalhador, deve-se observar fatores como iluminação, ventilação, tempera-

tura ambiente e ruído, entre outros. Durante a execução de determinadas atividades,

o trabalhador pode sentir dificuldades de concentração diante do nível elevado de ru-

ído e da temperatura no ambiente de trabalho, podendo estes fatores influenciarem

de forma significativa no conforto, na qualidade do trabalho e na produtividade.

■ Posicionamento de mobiliários: todos os mobiliários devem ser construídos, ins-

talados e utilizados de modo a não expor os trabalhadores aos fatores de risco, que

possam afetar sua saúde ou que causem acidentes. Para tanto, deve atender a de-

manda da atividade a ser executada, de acordo com o fluxo da produção e também

com as dimensões do corpo dos trabalhadores que executarão as funções, tendo em

conta a posição relativa entre o trabalhador e seu posto de trabalho.

Medidas de controle

As medidas de controle para os aspectos da organização do trabalho dependem da es-

trutura da empresa, no qual os processos de trabalho podem ser flexíveis para a adequação

do conforto físico e psíquico de cada trabalhador. Esses aspectos, entre outros, podem pro-

porcionar uma melhora na qualidade de vida e saúde mental dos trabalhadores, garantindo

uma melhor produtividade.

■ Condições ambientais: as condições ambientais adequadas, influenciam de forma po-

sitiva o ambiente de trabalho, propiciando um local agradável sem riscos de acidentes,

aumentando a produtividade sem que haja fadiga excessiva por parte dos funcionários.

■ Posicionamento de mobiliários: as condições de trabalho podem variar com a in-

trodução de novos produtos, materiais, ferramentas, máquinas ou métodos de traba-

lho. Estas mudanças indicam que os padrões utilizados no passado devem ser revis-

tos e atualizados, de acordo com a necessidade de cada empresa.

As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas e equipamentos devem ser

dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores possam mo-

vimentar-se com segurança.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)50

Riscos e Controles

Como há pessoas com diferenças de altura, estruturas ósseas e musculares, a organiza-

ção do trabalho deve levar em consideração o conforto individual e projetar o ambiente de

trabalho de forma harmônica para todos os trabalhadores podendo contribuir para um am-

biente favorável à execução da atividade, proporcionando maior conforto, menos estresse,

redução da fadiga e absenteísmo. Como medida de prevenção, a altura das mesas de tra-

balho devem estar de acordo com a característica de cada trabalhador, considerando a me-

lhor flexibilidade de postura.

Se por motivos organizacionais ou econômicos a empresa não puder adquirir mesas ou

máquinas com altura ajustável, recomenda-se sempre tomar como base as pessoas mais al-

tas ao invés das pessoas baixas, porque pode-se aumentar a altura do piso por meios arti-

ficiais (estrados), facilitando a adaptação para as pessoas baixas, como ilustra a figura 14.

Figura 14 - Bancada adequada de trabalho

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 51

Riscos e Controles

Para o trabalho sentado, a cadeira deve possuir assento estofado com densidade da es-

puma adequada ao peso do trabalhador, a borda anterior do assento deve ser arredondada

e com mecanismo de regulagem de altura, o encosto deve proporcionar um apoio para a co-

luna lombar do trabalhador com regulagem de altura e aproximação, e se o trabalho exigir

movimentos laterais, a cadeira deve ser giratória. Além das recomendações anteriores, os

pés do trabalhador devem estar sempre apoiados, seja no piso ou se necessário, em apoio

para os pés, respeitando a angulação aproximada de 90° na região posterior do joelho, co-

mo pode ser observado na figura 15.

Figura 15 - Trabalho sentado

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Riscos e Controles

6.5. Riscos de Acidentes

Os riscos de acidentes no trabalho são todas as possíveis anormalidades presentes na

execução das atividades que podem causar ferimentos pessoais.

Na indústria do vestuário os riscos mais encontrados estão nos setores de almoxarifa-

do, corte, costura, embalagem e acabamento.

■ Acidente nas mãos e dedos

No setor de corte os acidentes ocasionados com maior freqüência são cortes nas mãos

e dedos, decorrentes das operações durante uso de tesoura e máquina de corte elétrica ma-

nual, podendo ocasionar conseqüências graves como: corte nas mãos e amputações de de-

dos. Nos setores de costura e acabamento a atenção deve ser redobrada na função de pre-

gadora de botões onde, há o risco de ferimentos pérfuro-contuso nos olhos devido a proje-

ção de parte de agulhas e/ou botões

que venham a se quebrar.

■ Posturas e transportes

manuais

No setor de almoxarifado e em-

balagem encontramos riscos de pos-

turas inadequadas, levantamento e

transporte manual de peso.

Figura 16 – Operação da máquina de corte sobre bancada

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 53

Riscos e Controles

Figura 17 – Operação da máquina rebitadeira

Figura 18 – Operação com máquina pregadeira de botão

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)54

Riscos e Controles

■ Arranjo Físico Deficiente

Destaca-se pelo posicionamento do mobiliário de forma desordenada e com pouco es-

paço existente à circulação de pessoas, dificuldade de locomoção e transporte de material.

Nos setores de almoxarifado e embalagem o risco de queda de caixas ou bobinas de te-

cidos está presente em todo o ambiente, expondo os que ali trabalham a riscos de entor-

ses, fraturas etc.

■ Utilização de máquinas, equipamentos e ferramentas inadequa-

das ou defeituosas

O uso inadequado de máquinas, equipamentos e ferramentas pode causar acidentes

mesmo quando apresentarem dispositivos de proteção, principalmente, quando estiverem

fora das especificações técnicas e/ou instaladas de forma irregular.

■ Iluminação inadequada do posto de trabalho

O nível de iluminância abaixo do limite mínimo exigido pela NBR 5413 de abril de 1992,

pode ocasionar fadiga visual, acidentes, baixa produtividade e sobrecarga devido ao esfor-

ço visual que será dispensado na execução das atividades.

■ Eletricidade utilizada de forma irregular e/ou improvisada

A falta de proteção e sinalização do quadro de força, fiações expostas, uso inadequado

de benjamins, sobrecarga da rede elétrica, falta de aterramento de máquinas podem acar-

retar vários acidentes como: choque elétrico, danos nos equipamentos, entre outras perdas.

Medidas de controle

■ Acidente nas mãos e dedos

■ Quebra de agulhas: recomenda-se adquirir agulhas de durabilidade elevada e ade-

quada para o tipo de tecido e/ou material em uso. Observar as recomendações do fa-

bricante quanto ao tempo de uso e realizar sua troca de acordo com estas caracterís-

ticas. Estudar a possibilidade de adaptar nas máquinas que necessitam de agulhas

(costura, pregar botões, entre outras) proteção para a região de movimento da agulha.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 55

Riscos e Controles

■ Tesoura: recomenda-se usar tesoura afiada adequadamente de modo que durante as

operações de corte a possibilidade da mesma escorregar e atingir parte do corpo seja

mínima. Manter a pega da tesoura durante a operação de corte anatomicamente con-

fortável. Ter à disposição tesouras para pessoas que trabalhem com mão direita ou mão

esquerda de modo que o esforço seja minimizado com o uso da ferramenta adequada.

■ Máquina de corte elétrica manual: recomenda-se manter a máquina bem ajustada

considerando-se o material a ser cortado e o tipo de disco de corte. Realizar manuten-

ção preventiva de acordo com as especificações do fabricante. Não remover a prote-

ção existente. Usar luva de malha de aço na mão oposta àquela que opera a máquina.

■ Arranjo Físico Deficiente

Organizar o posicionamento das máquinas e mesas em uma distância segura para que

seja evitado riscos de acidentes do tipo batida contra, prensagem. Observar o fluxo de pro-

dução que facilite o transporte de materiais.

■ Utilização de máquinas, equipamentos e ferramentas inadequadas

ou defeituosas

As máquinas devem ser operadas por pessoas devidamente habilitadas. Para um perfei-

to funcionamento e conservação do maquinário é necessário que exista um programa de

manutenção preventiva bem como, a execução da manutenção corretiva deve ser realizada

o mais rápido possível quando a máquina apresentar qualquer tipo de defeito. Os equipa-

mentos e ferramentas que forem inadequadas devem ser imediatamente substituídos por

aqueles específicos para aquela atividade. Quando os equipamentos e ferramentas apre-

sentarem defeitos substitui-los por outros em boas condições de uso e conservação. Guar-

dando-os ordenadamente em local adequado, evitando as improvisações com a finalidade

de facilitar o trabalho.

■ Iluminação inadequada do posto de trabalho

Medidas como paredes com cores claras, telhado com telhas translúcidas, podem ofe-

recer aos trabalhadores o conforto visual necessário à execução das atividades laborais pa-

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)56

Riscos e Controles

ra atender o mínimo exigido pela legislação, porém, um projeto de iluminância desenvolvi-

do por profissional especializado, identificará as falhas, o ponto visual no posto de trabalho

que tenha maior demanda, determinará e quantificará as lâmpadas a serem utilizadas e

após suprir essas necessidades, efetuará nova medição a fim de identificar a existência de

algum ponto que necessite aperfeiçoamento técnico para posterior correção.

■ Eletricidade utilizada de forma irregular e/ou improvisada

Atenção às especificações técnicas nas instalações de máquinas e equipamentos para

evitar desde sobrecarga elétrica até perda de maquinário causados por curto circuito.

Parte II

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 59

A Indústria do Vestuário Roupa Feliz é uma empresa fictícia, composta por 95 fun-

cionários e foi estruturada com base em dados reais. Apresenta modelos da CIPA (Capítulo

8), Mapa de Risco (Capítulo 9), Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (Ca-

pítulo 10), Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (Capítulo 11).

Conforme disposto na NR-28, é de responsabilidade do empregador a implantação destes

programas em sua empresa, estando ciente que podem ocorrer variações dos modelos

apresentados em decorrência de diferenças no processo produtivo, nas instalações, no nú-

mero de funcionários, entre outras.

Empresa Modelo – Indústria doVestuário Roupa Feliz7

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 61

Comissão Interna de Prevenção deAcidentes (CIPA)8

8.1. Introdução

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), visa a segurança e saúde do tra-

balhador no seu ambiente laboral. A CIPA surgiu por recomendação da OIT no ano de 1921

e tornou-se uma determinação legal no Brasil adequando-se a Consolidação das Leis do

Trabalho – CLT instituída em 1943 no artigo 63. A CIPA é descrita pela NR-05 através da Por-

taria 3214 de 08 de junho de 1978, atualmente revisada pela Portaria 08 de 23 de feverei-

ro de 1999, retificada em 12 de julho de 1999.

8.2. Conceito

A CIPA pode ser conceituada através de sua própria sigla, descrita a seguir:

■ Comissão – é um grupo de pessoas encarregado de tratar de determinados assuntos.

■ Interna – limite da atuação da comissão, restrita a própria empresa.

■ Prevenção – é um conjunto de medidas antecipadas que visa evitar danos materiais

ou imateriais.

■ Acidentes – é um acontecimento casual, fortuito e imprevisto.

8.3. Objetivo

A CIPA tem como objetivo principal prevenir os acidentes e doenças decorrentes do tra-

balho, preservando a vida e a promoção da saúde do trabalhador.

8.4. Estrutura

Para a composição da CIPA, a empresa deve consultar os quadros I, II e III da NR-5, le-

vando-se em consideração o número de funcionários e o grau de risco de suas atividades.

A seguir, observamos estes quadros resumidos e direcionados para indústria do vestuário.

O dimensionamento da CIPA para a Indústria do Vestuário Roupa Feliz deve ter uma co-

missão com um membro efetivo e outro suplente, de acordo com o seu número de funcio-

nários (95).

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)62

CIPA

Quadro 3 - Dimensionamento da CIPA (Adaptado da NR-5 – quadro I).

* Conforme NR-05 no quadro de dimensionamento da CIPA, os grupos representados de C-1 à C-35 são as atividades econômicas dos grupos que estãoespecificados pelo CNAE.

A Indústria do Vestuário Roupa Feliz apresenta o CNAE 1812.0, enquadrando-se no

Grupo C-4, conforme os quadros 4 e 5.

Quadro 4 - Agrupamento de Setores Econômicos pela Classificação Nacional deAtividades Econômicas – (CNAE), para dimensionamento da CIPA

(Adaptado da NR-5 – quadro II)

20 a 29

30 a 50

51 a 80

81 a 100

101 a 120

121 a 140

141 a 300

Nº de membros da CIPA

1

– –

Efetivos

1

1

1 1

1

1

1 1

2

1

2

301 a 500 22

501 a 1.000 22

1.001 a 2.500 33

2.501 a 5.000 45

5.001 a 10.000 46Acima de 10.000

para cada grupo de 2.500acrescente

11

Suplentes0 a 19

Nº de empregados noestabelecimento

Grupos*

C4

1812.0 1813.9 1821.0 1822.81811.2

Grupo C-4 – Confecção

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 63

CIPA

Quadro 5 – Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – (CNAE),com correspondente agrupamento para dimensionamento da CIPA.

(Adaptado da NR-5 – quadro III).

Com as informações obtidas nos quadros I, II e III da NR-5, deve ser iniciado o processo

da eleição da CIPA, conforme o cronograma a seguir:

Quadro 6 – Cronograma de processo de eleição da CIPA

Nota: Todos os documentos relativos à eleição da CIPA, devem ser guardados por um período mínimo de cinco anos.

C4Grupo

Confecção de Peças Interiores do Vestuário

Descrição da AtividadeCNAE

1811.2

C4Confecção de Outras Peças do Vestuário1812.0

C4Confecção de Roupas Profissionais1813.9

C4Fabricação de Acessórios do Vestuário1821.0

C4Fabricação de Acessórios para Segurança Industrial e Pessoal1822.8

O empregador deve convocar eleições para aescolha dos representantes dos empregados naCIPA.

Observação

Convocação da eleição /início

AçãoDia

0 (Início)

O presidente e o vice presidente da CIPA vigentedevem constituir dentre seus membros umacomissão eleitoral (CE), que será responsável pelaorganização e acompanhamento do processoeleitoral. Esta comissão deve ser formada no prazomínimo de 55 dias antes do término do mandatoem curso. Caso a empresa não tenha CIPA, acomissão eleitoral deve ser formada pela empresa.

Constituição da comissãoeleitoral5o

O processo eleitoral deve observar as seguintescondições: • publicação e divulgação de edital, em locais de

fácil acesso e visualização, no prazo mínimo decinqüenta e cinco dias antes do término domandato em curso,

• inscrição e eleição individual, sendo que o períodomínimo para inscrição será de quinze dias.

Edital de publicação einscrição15o

Realização da eleição.Eleição30o

A posse da nova comissão deve ser feita aotérmino do mandato da CIPA atual. Nas empresasque não possuem CIPA, a posse da eleita pode serimediata.

Posse60o

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)64

CIPA

Treinamento da CIPA

O treinamento da CIPA deve ser realizado no prazo de trinta dias após a data da posse

para as empresas que não possuem CIPA anterior. Nas empresas que já possuem, o

treinamento da nova comissão deve ser feito antes da sua posse.

As empresas que não se enquadram no quadro I da NR-5, devem promover treinamento

anual do responsável para o cumprimento das exigências legais.

O treinamento da CIPA deve ter a duração de 20 horas, distribuídas em até 8 horas

diárias durante o horário normal de trabalho. O conteúdo obrigatório mínimo do treinamento

deve atender o descrito no quadro 7.

Quadro 7 – Treinamento da CIPA (conteúdo obrigatório mínimo – NR-5 item 5.33).

* Horas de treinamento sugeridas, de acordo com as necessidades da empresa. O tempo de cada item pode ser modificado.

205.031-5/I2

Código daInfraçãoConteúdoItem

A

205.032-3/I2Metodologia de investigação e análise de acidentes edoenças do trabalho.B

205.033-1/I2Noções sobre acidentes e doenças do trabalhodecorrentes de exposição aos riscos existentes naempresa.

C

205.034-0/I2Noções sobre a Síndrome da ImunodeficiênciaAdquirida – AIDS, e medidas de prevenção.D

205.035-8/I2

2:00 h

Horas deTreinamento

2:00 h

3:00 h

2:00 h

3:00 hNoções sobre as legislações trabalhista eprevidenciária relativas à segurança e saúde notrabalho.

E

205.036-6/I2 4:00 hPrincípios gerais de higiene do trabalho e de medidasde controle dos riscos.F

205.037-4/I2 4:00 hOrganização da CIPA e outros assuntos necessáriosao exercício das atribuições da Comissão.G

Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bemcomo dos riscos originados do processo produtivo.

8.5. Modelos de Documentos

Apresentamos alguns modelos de documentos para serem utilizados na formação e es-

truturação da CIPA.

■ 8.5.1. Carta para Edital de Convocação

Nota: Este edital deve ser enviado ao sindicato de classe da região em que a empresa se encontra. Exemplos:� Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST/SINDIROUPAS/SINDICAMISAS) - São Paulo;� Sindicato dos Confeccionistas da Baixada Santista – Santos;� Sindicato da Indústria do Vestuário (SINDIVEST) – São José do Rio Preto.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 65

CIPA

MODEL

OÀ SUB DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO

Cidade, / /

Coordenadoria das Relações do Trabalho

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Ficam convocados os empregados da empresa Indústria do Vestuário Roupa

Feliz situada à Rua da Confecção, no 02 Bairro da Moda nesta cidade, para a eleição

dos membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA para gestão

de um ano. A eleição será realizada nas dependências da empresa, no no

horário das 08:00 às 14:00h passando-se em seguida à respectiva apuração pela

Comissão Eleitoral composta pelo coordenador Blazer Xadrez e demais

componentes Sra. Calça de Moleton e a Sra. Camisa com bolso. O período para

inscrição dos candidatos será de quinze dias, do a / /

no setor de Recursos Humanos.

Vestuário Vestido

Diretor de Recursos Humanos

dia mês ano

dia mês anodia

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)66

CIPA

■ 8.5.2. Ficha para convocação dos funcionários

MODEL

OCIPA GESTÃO /

NO PERÍODO DE A / /

ESTARÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA

CANDIDATURA À ELEIÇÃO DA CIPA QUE SERÁ

REALIZADA NO PRÓXIMO / / .

OS INTERESSADOS DEVERÃO SE REGISTRAR

NO SETOR DE RECURSOS HUMANOS NO

HORÁRIO DAS 08:00 AS 17:00h.

Vestuário Vestido

Diretor de Recursos Humanos

ano

dia dia mês ano

dia mês ano

ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 67

CIPA

■ 8.5.3. Ficha para candidatura dos funcionários

MODEL

O

Eleição CIPA GESTÃO / /

Registro de Candidatura

Inscrição nº 001

Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia

Apelido: Ligeirinho

Setor: Costura Prontuário: 9020

Data da inscrição: / / Hora:

1ª via funcionário

Terno Pronto de Cambraia Roupa de Trabalho Assinatura do candidato Assinatura do R.H.

Eleição CIPA GESTÃO / /

Registro de Candidatura

Inscrição nº 001

Nome do candidato: Terno Pronto de Cambraia

Apelido: Ligeirinho

Setor: Costura Prontuário: 9020

Data da inscrição: / / Hora:

2ª via funcionário

Terno Pronto de Cambraia Roupa de Trabalho Assinatura do candidato Assinatura do R.H.

dia mês ano

dia mês ano

ano ano

ano ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)68

CIPA

■ 8.5.4. Relação dos candidatos a CIPA

Nota: Esta ficha deve ser afixada nos locais de maior circulação de pessoas (refeitório, portaria de entrada, cartão de ponto).

MODEL

O

Relação dos candidatos a CIPA Gestão /

001 Veste Tudo de Linho Administração Geral

002 Terno pronto de cambraia Ligeirinho Costura

003 Vestida de Noiva de Renda Pé no altar Costura

004 Saia de Brim Plissada Passadoria

005 Camisa de sarja Expedição

006 Blusa de Frio Lã Acrílico Branco Estamparia/Silk-screen

007 Fraque de Tergal Zé Bonitinho Lavanderia

008 Mini Saia Jeans Pequena Bordado

009 Camisola de Seda Soneca Limpeza

010 Pijama Listrado de Algodão Zebra Passadoria

011 Sobretudo e Lã Almoxarifado

012 Avental de Brim Embalagem

013 Roupão de Flanela Embalagem

014 Calça Jeans Azulão Enfesto/corte

ApelidoNomeNúmero dainscrição Setor

ano ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 69

CIPA

■ 8.5.5. Cédula de Vota de Votação

MODEL

O

Data:

Horário: das 8:00 as 14:00 h

Local: refeitório

Apuração: será realizada após a votação no refeitório

ELEIÇÃO CIPA GESTÃO /

Nome Apelido Setor

Veste Tudo de Linho Administração Geral

Terno pronto de cambraia Ligeirinho Costura

Vestida de Noiva de Renda Pé no altar Costura

Saia de Brim Plissada Passadoria

Camisa de sarja Expedição

Blusa de Frio Lã Acrílico Branco Estamparia/Silk-screen

Fraque de Tergal Zé Bonitinho Lavanderia

Mini Saia Jeans Pequena Bordado

Camisola de Seda Soneca Limpeza

Pijama Listrado de Algodão Zebra Passadoria

Sobretudo e Lã Almoxarifado

Avental de Brim Embalagem

Roupão de Flanela Embalagem

Calça Jeans Azulão Enfesto/corte

Atenção: Você deve escolher apenas um candidato. Assinale com um X no

quadrado em frente ao nome do seu candidato. Assine a lista de presença.

ano ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)70

CIPA

■ 8.5.6. Lista de presença de votação

MODEL

O

Lista de Presença de Votação da CIPA GESTÃO /

Data / /

Nome Cargo AssinaturaCamisa Embalada BordadorAvental de Brim EtiquetadorAvental de Brim Azul EmbaladorAvental Frente Única CostureiroBermuda Alegre CostureiroBermuda Amarela Revisor de ArremateBermuda Enferma Auxiliar de Enfermagem do TrabalhoBermuda Jeans ConferenteBermuda Rasgada Ajudante geralBlazer Xadrez CostureiroBlusa de Brim AjudanteBlusa de Frio Lã Acrílico EstampadorBlusa de Moletom CostureiroBolso Furado Operador de Máquina EspecialCalça de Algodão CostureiroCalça de Moletom CostureiroCalça jeans EnfestadorCalça Justa Office-boyCalça Molhada CostureiroCalça Triste Operador de Máquina EspecialCamisa Amassada PassadorCamisa Boa CostureiroCamisa com Bolso Operador de Máquina EspecialCamisa de Algodão Gerente de produçãoCamisa de Bolinha ConferenteCamisa de Flanela CostureiroCamisa de Força ConferenteCamisa de Futebol RevisorCamisa de Gola Branca CostureiroCamisa de Listrinha RevisorCamisa de Manga Curta Encarregado de EstoqueCamisa de Manga Longa Revisor de ArremateCamisa de Poliester CostureiroCamisa de Sarja Ajudante geralCamisa de Tricoline Moldador/riscadorCamisa Mista Auxiliar de Serviços GeraisCamisa Passada AjudanteCamiseta Branca DiretorCamiseta Polo CostureiroCamisola Branca Ajudante de ExpediçãoCamisola de Seda Ajudante geralCasaco de Napa CortadorColete de Brim CostureiroFraque de Tergal Auxiliar de Lavanderia

ano ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 71

CIPA

MODEL

O

Nome Cargo AssinaturaFronha Azul Revisor de TecidoGravata Borboleta ConferenteGravata de Bolinha AjudanteGravata Lisa EstampadorGravata Listrada Auxiliar de AlmoxarifadoJaqueta Jeans EstampadorLenço Bordado CostureiroLenço Vermelho PassadorLenço Xadrez CortadorLençol Branco Revisor de TecidoLuvas de Pelica BordadorMeia de Flanela CostureiroMeia de Lã CostureiroMeia de Poliester CostureiroMeia Longa ModelistaMini Saia Jeans BordadorPaletó Microfibra CostureiroPano de Chão CostureiroPano de Copa CostureiroPano Legal RevisorPijama Listrado de Algodão PassadorRoupa Alegre Pregador de BotãoRoupa Amarrotada PassadorRoupa de Trabalho Encarregado de Departamento PessoalRoupa Faturada FaturistaRoupa Lavada Auxiliar de LavanderiaRoupa Malhada Auxiliar de Departamento PessoalRoupa Suja Operador de Máquina EspecialRoupão de Flanela EmbaladorSaco de Pano Alvejado PassadorSaia de Brim Plissada PassadorSaia Justa SecretáriaShorts Curto CostureiroShorts Jeans Auxiliar de CorteSobretudo de Lã Auxiliar de AlmoxarifadoSobretudo de Microfibra CostureiroTergal feliz EstilistaTerno Pronto de Cambraia CostureiroTerno Preto AjudanteToalha de Banho CostureiroToalha de Rosto CostureiroTolha de Mesa AjudanteUniforme Azul RecepcionistaUniforme Legal EmbaladorVeste Tudo de Linho Auxiliar de Serviços GeraisVestida de Noiva de Renda ConferenteVestido Estampado CostureiroVestido Infantil PassadorVestido Negociado CompradorVestido Prestativo AjudanteVestuário Vestido Diretor

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)72

CIPA

■ 8.5.7. Ata de eleição da CIPA

MODEL

O

Ata de eleição da CIPA /

Aos .......dias do mês de ..................... do ano de ..........., nas dependências da Indústria

do Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção n.º02, Bairro da Moda nesta Capital, com

C.N.P.J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, no local designado no edital de convocação, instalou-se a

mesa receptora e apuradora de votos. As 08:00h o Sr. Blazer Xadrez coordenador da

Comissão Eleitoral composta pela Sra. Calça de Moletom e a Sra. Camisa com Bolso declarou

iniciado os trabalhos. Durante a votação não foi verificado ocorrências a serem relatadas. As

14:00h o coordenador declarou encerrado o trabalho da eleição, verificando que através da

lista de presença compareceram e votaram 95 empregados (100% do total de funcionários),

passando em seguida a apuração na presença de quantos desejassem.

Após a apuração chegou-se ao seguinte resultado:

TITULAR

Nome: Terno Pronto de Cambraia N.º de votos: 29

SUPLENTE

Nome: Pijama Listrado de Algodão N.º de votos:19

Demais votados em ordem decrescente de votos:

Nomes: N.º de votos:

Veste Tudo de Linho 14

Vestida de Noiva de Renda 10

Saia de Brim Plissada 9

Camisa de Sarja 4

Blusa de Frio Lã Acrílico 4

Fraque de Tergal 1

Mini Saia Jeans 1

Camisola de Seda 1

Sobre Tudo de Lã 1

Avental de Brim 0

Roupão de Flanela 0

Calça Jeans 0

Nulos e brancos 2

E para constar, o coordenador da mesa lavrou a presente Ata, assinada por ele, e pelos

demais componentes da comissão eleitoral.

Blazer Xadrez Calça de Moletom Camisa Com Bolso

(coordenador)

ano ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 73

CIPA

■ 8.5.8. Colocação dos eleitos por ordem de votação

Nota: Esta relação deve ser fixada no quadro de avisos da empresa

MODEL

O

ELEITOS DA CIPA GESTÃO /

Titulares

Colocação Nome Setor no de votos

1º Terno Pronto de Cambraia Costura 29

Suplentes

Colocação Nome Setor no de votos

2º Pijama Listrado de Algodão Passadoria 19

Demais Votados

Colocação Nome Setor no de votos

3º Veste Tudo de Linho Adm. Geral 14

4º Vestida de Noiva de Renda Costura 10

5º Saia de Brim Plissada Passadoria 9

6º Camisa de Sarja Expedição 4

7º Blusa de Frio Lã Acrílico Silk-screen 4

8º Fraque de Tergal Lavanderia 1

9º Mini Saia Jeans Bordado 1

10º Camisola de Seda Limpeza 1

11º Sobretudo de Lã Almoxarifado 1

12º Avental de Brim Embalagem 0

13º Roupão de Flanela Embalagem 0

14º Calça Jeans Enfesto/Corte 0

Votos válidos : 93

Votos brancos: 01

Votos nulos: 01

Total de votos: 95

ano ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)74

CIPA

■ 8.5.9. Lista de presença no treinamento da CIPA

MODEL

OGestão /

Data: / /

Conteúdo Programático:

Instrutor:

Horário do treinamento: Início: _______ Término: ______

ORDEM NOME ASSINATURA

01 Terno Pronto de Cambraia02 Pijama Listrado de Algodão03 Camisa de Algodão04 Camisa de Manga Curta

ano ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 75

CIPA

■ 8.5.10. Ata de instalação e posse da CIPA

MODEL

O

ATA DE INSTALAÇÃO E POSSE DA CIPA GESTÃO /

Aos ..... dias do mês de .......... do ano de ...... nas dependências da Indústria do

Vestuário Roupa Feliz situada à Rua da Confecção, 02 Bairro da Moda nesta cidade

com C.N.P.J. n.º 99.999.999 / 9999 – 99, reuniram-se o(s) Senhor(es) Diretor(es) da

empresa, bem como os demais presentes, para instalação e posse dos

componentes da CIPA. Foi declarado aberto os trabalhos lembrando a todos o

objetivo da reunião, quais sejam: instalação e posse dos componentes da CIPA

gestão / . Continuando, declarou instalada a Comissão e empossados

os representantes do empregador:

Titular: Suplente:

Camisa de Algodão Camisa de Manga Curta

Da mesma forma declarou empossados os representantes eleitos pelos

empregados:

Titular: Suplente:

Terno Pronto de Cambraia Pijama Listrado de Algodão

A seguir, foi designado para Presidente da instalada o Sr. Camisa de Algodão,

tendo sido escolhido entre os representantes eleitos pelos empregados o Sr. Terno

Pronto de Cambraia para Vice-Presidente. Os representantes do empregador e dos

empregados, em comum acordo, escolheram também o Sr. Terno Pronto de

Cambraia para Secretário da CIPA, sendo seu substituto o Sr. Camisa de Algodão.

Nada mais havendo para tratar, o Sr. Presidente da Sessão deu por encerrada a

reunião, lembrando a todos que o período de gestão da CIPA instalada será de um

ano a contar da presente data. Para constar, lavrou-se a presente Ata, que lida e

aprovada, passa a ser assinada por mim secretário, pelo Presidente da CIPA e por

todos os representantes eleitos e designados inclusive os suplentes.

Presidente da CIPA Secretário

Camisa de Algodão Terno Pronto de Cambraia

ano ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)76

CIPA

■ 8.5.11. Calendário das reuniões da CIPA

MODEL

O

Calendário das reuniões da CIPA Gestão /

Reunião DATA DIA DA SEMANA HORÁRIO LOCAL

1ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

2ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

3ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

4ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

5ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

6ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

7ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

8ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

9ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

10ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

11ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

12ª 1ª quarta-feira do mês 09:00 Sala de reunião

Presidente da CIPA Vice-Presidente da CIPA

Camisa de algodão Terno Pronto de Cambraia

ano ano

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

dia mês ano/ /

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 77

CIPA

■ 8.5.12. Certificados do treinamento da CIPA

MODEL

O

CERTIFICADO DA EMPRESA GESTÃO /

Certificamos que os funcionários Terno Pronto de Cambraia,

Pijama Listrado de Algodão, camisa de Algodão e Camisa de

Manga Curta, da Indústria do Vestuário Roupa Feliz, freqüentaram

o Curso sobre Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da

CIPA ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi

realizado no período de / / a / / conforme

exigido na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.

São Paulo, ........... de .......................... de ..............

Empregador Responsável pelo Curso

CERTIFICADO DO TREINADO GESTÃO /

Certificamos que o funcionário Terno Pronto de Cambraia da

Indústria do Vestuário Roupa Feliz, freqüentou o Curso sobre

Prevenção de Acidentes de trabalho para membros da CIPA

ministrados por profissionais qualificados. O treinamento foi realizado

no período de / / a / / conforme exigido

na NR 5, através da Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978.

Vestuário Vestido Instrutor

Diretor de R.H. Terno Pronto de Cambraia

ano ano

ano ano

dia mês ano dia mês ano

dia mês ano dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 79

9.1. Introdução

O Mapa de Risco consiste num instrumento de responsabilidade da CIPA envolvendo os

trabalhadores e os empresários na solução dos possíveis riscos de acidentes do trabalho

que acarretam perdas humanas e econômicas.

9.2. Conceito

O mapa de risco é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos

locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes tamanhos e cores.

9.3. Objetivo

O mapa de risco tem como objetivo reunir as informações necessárias para estabelecer

o diagnóstico da situação de segurança e saúde do trabalho na empresa, possibilitando a

troca e divulgação de informações entre os trabalhadores, além de estimular sua participa-

ção nas atividades de prevenção de segurança e saúde.

9.4. Estrutura

Na confecção do mapa de risco, é necessário conhecer inicialmente as instalações da

indústria para elaboração do arranjo físico. Deve ser consultado e os locais de trabalho ava-

liados. Para tanto, sugere-se dividir a fábrica em áreas de acordo com as diferentes etapas

do processo de produção.

Mapa de Risco9

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)80

Mapa de Risco

Quadro 8 – Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos de acordocom a sua natureza e a padronização das cores correspondentes.

Nota: Modificado de acordo com os possíveis riscos encontrados na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz.

Identificada a área onde os riscos ocupacionais existem, é necessário averiguar o grau

de desconforto que cada risco causa ao trabalhador durante sua atividade.

Grupo 3Marrom

Grupo 2Vermelho

RiscosBiológicos

RiscosQuímicos

VírusPoeira

Grupo 4Amarelo

RiscosErgonômicos

Levantamento etransportemanual de peso

Grupo 5Azul

Riscos de Acidentes

Arranjo físicoinadequado

Grupo 1Verde

Riscos Físicos

Ruído

BactériasVaporExigência deposturainadequada

Máquina eequipamentosem proteção

Vibração

Fungos

Substância,composto ouproduto químicoem geral

Imposição deritmo excessivo

Ferramentainadequada oudefeituosa

Radiaçãoionizante

Ácaros— Trabalho emturno e noturno

Iluminaçãoinadequada

Radiação não-ionizante

Inseto vetor dedoençainfecciosa(mosquito)

—Jornada detrabalhoprolongada

QueimaduraFrio

Roedor(rato):vetor de doençainfecciosa

— Monotonia erepetitividade

Probabilidade de incêndio ou explosão

Calor

——

Outras situaçõescausadoras de“stress” físicoe/ou psíquico

ArmazenamentoinadequadoUmidade

—— —

Outras situaçõesde risco quepoderãocontribuir para aocorrência deacidentes

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 81

Mapa de Risco

Com as informações obtidas, os riscos devem ser classificados conforme exemplificado

no quadro a seguir.

Quadro 9 – Setores da produção com identificação de riscos ocupacionais.

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos ededos, e iluminação inadequada

Modelagem

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – iluminação inadequadaCriação

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – quedas e entorses

Almoxarifado detecidos

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – quedas e entorses

Almoxarifado deaviamentos

Risco físico – ruído e vibraçãoRisco ergonômico – postura inadequada e repetitividadeRisco de acidente – perfuração nas mãos e dedos

Enfesto e corte

Risco físico – ruídoRisco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, eiluminação inadequada

Bordado

Risco químico – n-hexano e toluenoRisco ergonômico – postura inadequada e repetitividadeRisco de acidente – iluminação inadequada

Estamparia (silk-screen)

Risco físico – vibraçãoRisco ergonômico – postura inadequada e repetitividadeRisco de acidente – perfuração nas mãos e dedos, eiluminação inadequada

Costura

Risco físico – ruídoRisco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – iluminação inadequada

Lavanderia

Risco químico – n-hexano e toluenoRisco ergonômico – postura inadequada e repetitividadeRisco de acidente – perfuração nas mãos, dedos e olhos, eiluminação inadequada

Acabamento

Riscos OcupacionaisSetor

Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividadeRisco de acidente – queimaduraPassadoria

Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividadeEtiquetagem

(código barras)

Risco ergonômico – postura inadequada e repetitividadeRisco de acidente – queda de caixasEmbalagem

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)82

Mapa de Risco

(continuação quadro 9)

Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento etransporte manual de pesoExpedição

Risco ergonômico – postura inadequada, monotonia erepetitividadeRisco de acidente – iluminação inadequada

Secretaria

Risco ergonômico – postura inadequadaDiretoria

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – iluminação inadequadaDepartamento pessoal

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – iluminação inadequadaCompras

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – iluminação inadequadaGerência

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – iluminação inadequadaRecepção

Risco ergonômico – postura inadequadaPortaria

Risco biológico – fungos e bactériasRisco de acidente – quedas e escorregãoVestiário feminino

Risco biológico – fungos e bactériasRisco de acidente – quedas e escorregãoVestiário masculino

Risco biológico – fungos e bactériasRisco de acidente – quedas e queimaduraRefeitório

Riscos OcupacionaisSetor

Risco ergonômico – postura inadequada e levantamento etransporte manual de pesoRisco de acidente – quedas e entorses

Recebimento dematéria prima

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco de acidente – quedas e entorsesProdutos acabados

Risco ergonômico – postura inadequadaRisco biológico – vírus, fungos e bactériasRisco de acidente – perfuração e/ou corte nas mãos ededos, e quedas

Ambulatório

Variável conforme atividade a ser desenvolvida por terceirosManutenção

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 83

Mapa de Risco

Com os riscos identificados e classificados, inicia-se a elaboração gráfica do mapa de

risco sobre o arranjo físico da empresa por cores e círculos, conforme o grau de risco (pe-

queno, médio ou grande) e o tipo (físico, químico, biológico, ergonômico e de acidentes).

O tamanho do círculo representa o grau do risco:

Risco Grande Risco Médio Risco Pequeno

A cor do círculo representa o tipo de risco.

físico químico biológico ergonômico acidente

Cada círculo deve ser desenhado ou colocado no desenho do arranjo físico no local cor-

respondente onde existe o risco, anotando-se no seu interior o número de pessoas expos-

tas à ele. É importante que os tamanhos e as cores correspondam aos graus e tipos de ris-

cos. Caso ocorra diversos riscos de um só grupo no mesmo ponto de uma seção (como por

exemplo, risco ergonômico: postura inadequada e repetitividade), não é necessário colocar

um círculo para cada um desses riscos, colocando-se apenas um círculo, desde que os ris-

cos tenham o mesmo grau de nocividade (pequeno, médio, grande).

Repetitividade

Postura Inadequada

1

Setor Etiquetagem

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)84

Mapa de Risco

Na existência de riscos de diferentes tipos

num mesmo ponto com a mesma intensidade,

deve-se neste caso, dividir-se o círculo con-

forme a quantidade de tipos de riscos exis-

tentes em 2, 3, 4 ou até 5 partes iguais. Cada

parte deve ter a sua respectiva cor, conforme

a ilustração a seguir (este procedimento é

chamado de critério de incidência).

No caso dos riscos apresentarem intensidades diferentes, devem ser colocados círculos

dos tamanhos correspondentes.

Se o risco afetar uma seção inteira, uma

forma de representá-lo no mapa é colocá-lo no

meio do setor, acrescentando setas em suas

bordas, indicando que aquele risco interfere

em todo o setor, como exemplificado a seguir.

Concluída a elaboração gráfica do mapa, a

CIPA pode preparar um relatório e encaminhá-

lo ao responsável pela administração da área

de segurança e saúde no trabalho, para a sua

ciência e devidas providências. Este relatório

deve conter os riscos encontrados com a res-

pectiva posição no mapa, bem como as reco-

mendações e as medidas sugeridas pelos pró-

prios trabalhadores, para eliminar ou neutralizar as situações de risco de acidentes/doen-

ças do trabalho.

O mapa deve ser revisado sempre que ocorrer modificações importantes que alterem a

representação gráfica (círculos) ou, no mínimo, anualmente, a cada nova gestão da CIPA.

Nota: O mapa de riscos deve ficar em local visível e de forma legível para alertar os tra-

balhadores ou visitantes para que conheçam quais os riscos a que estão expostos.

Físico Acidente

Ergonômico

Setor Costura

21

PosturaInadequada

PosturaInadequada

PosturaInadequada

PosturaInadequada

1

Setor Etiquetagem

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 85

PosturaInadequada eRepetitividade

Rua

da C

onfe

cção

, 99

Portaria

ComprasDepto.

Pessoal

Diretoria

Secretaria

W.C.

Ambulatório

Refeitório

Área paraManutenção

VestiárioFeminino

Lavanderia

Estamparia Almoxarifadode tecidos

PortariaW.C.

PassadoriaExpedição

Embalagem

CosturaAcabamento

Etiquetagem

ArarasMetálicas

Saída de Emergência

Enfesto e corte

Queimadura

caldeira

Gerência

Criação

Almoxarifadode aviamentos

Perfuração nosdedos,mãos e olhos

Iluminação Inadequada

Postura Inadequadae Repetitividade

n-hexano eTolueno

Perfuraçãonos dedos

e mãos.IluminaçãoInadequada

Vibração PosturaInadequada eRepetitividade

Queda decaixas

PosturaInadequada eRepetitividade

PosturaInadequada eRepetitividade

Perfuração nosdedos e mãos

PosturaInadequada eRepetitividade

Ruído eVibração

PosturaInadequada eLevantamento

Manual de Peso

n-hexano eTolueno

IluminaçãoInadequada

PosturaInadequada eRepetitividade

Quedas eEntorses

PosturaInadequada

Quedas eEntorses

PosturaInadequada

Quedas eEntorses

PosturaInadequada

Quedas eQueimadura

Fungos eBactérias

Quedas eEscorregão

Fungos eBactérias

Quedas eEscorregão

Fungos eBactérias

RuídoPostura

Inadequada

Perfuração nos dedos e mãos.Iluminação Inadequada

Bordado

IluminaçãoInadequada

RuídoPostura

Inadequada

Postura Inadequada eLevantamento

Manual de Peso

Quedas eEntorses

PosturaInadequada

Vírus, Fungose Bactérias

Quedas,Perfuração e/ouCorte nos dedos

e mãos

IluminaçãoInadequada

Modelagem

Perfuração e/ou cortesnos dedos e mãos.

Iluminação Inadequada

IluminaçãoInadequada

Saída de Emergência

PosturaInadequada

PosturaInadequada

PosturaInadequada

PosturaInadequada

IluminaçãoInadequada

PosturaInadequada,Monotonia e

Repetitividade

PosturaInadequada

IluminaçãoInadequada

Postura Inadequada

Iluminação Inadequada

Recepção

PosturaInadequada

IluminaçãoInadequada

VestiárioMasculino

Hidrante

ExtintorRiscoPequeno

RiscoMédio

RiscoGrande

Riscos de Acidentes

Riscos Ergonômicos

Riscos Biológicos

Riscos Químicos

Riscos Físicos

20

21

9 56

32

4 13

21

1

1

4

1

1

2

1

21

1

3 1

Produtosacabados

Recebimento matéria-prima

PosturaInadequada

9.5. Modelo de documento

■ 9.5.1. Mapa de risco da Indústria do Vestuário Roupa Feliz

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)86

Mapa de Risco

■ 9.5.2. Setor de Risco da Indústria do Vestuário

Roupa Feliz

n-hexano eTolueno

IluminaçãoInadequada

PosturaInadequada eRepetitividade

3

RiscoPequeno

RiscoMédio

RiscoGrande

Riscosde Acidentes

RiscosErgonômicos

RiscosBiológicos

RiscosQuímicos

RiscosFísicos

Hidrante

Extintor

Estamparia

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 87

10.1. Introdução

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) consiste em avaliar os possíveis

riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho, bem como, estabelecer um plano e

cronograma de ações para melhoria das situações encontradas, além de servir de subsídio

para o PCMSO.

10.2. Conceito

É um programa de higiene, segurança e saúde ocupacional que apresenta um plano de

implantação e manutenção para gestão dos riscos ambientais nos locais de trabalho.

10.3. Objetivo

O programa tem como objetivo primordial a preservação da saúde e qualidade de vida

de seus funcionários através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente

controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho,

considerando também a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

10.4. Estrutura

O PPRA é um planejamento de ações integradas com os setores responsáveis pelo de-

senvolvimento do programa, principalmente, com o PCMSO.

Podemos considerar como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos

(NR-9.1.5) encontrados nos locais de trabalho, que de acordo com sua natureza, concentra-

ção ou intensidade e tempo de exposição, podem ocasionar danos à saúde do trabalhador.

Observação: Para um estudo mais detalhado, estamos considerando os riscos de aci-

dentes e ergonômicos a título de complementação deste trabalho, obedecendo a determi-

nação desta Norma Regulamentadora com relação ao mapa de risco como complemento.

■ Risco Físico – o mais comum encontrado no ambiente de trabalho foi o ruído.

■ Risco Químico – pode-se encontrar de diversas formas no ambiente de trabalho,

tais como: substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo.

■ Risco Biológico – os mais presentes nos locais de trabalho são: vírus, fungos

e bactérias.

Programa de prevenção de riscos ambientais (PPRA)10

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)88

PPRA

■ Risco ergonômico – este fator de risco pode ser responsável pelo desconforto de

alguns trabalhadores no posto de trabalho.

■ Risco de acidente – a baixa iluminância foi um dos fatores encontrados que pode oca-

sionar acidentes como: corte e/ou perfuração nas mãos e dedos, e quedas de materiais.

Este Programa ficará disponível na empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz para

ser consultado e acompanhado pelo responsável da mesma (Sr. Diretor Vestuário Vesti-

do), dos membros da CIPA, médico do trabalho, equipe de segurança e saúde no trabalho

e aos trabalhadores.

10.5. Modelos de Documentos

Este modelo de PPRA contém princípios que atendem as necessidades da empresa

Indústria do Vestuário Roupa Feliz com os seguintes itens:

10.5.1. Carta de apresentação (1a e 2a via)

10.5.2. Capa

10.5.3. Introdução e objetivo

10.5.4. Apresentação

10.5.5. Perfil da empresa

10.5.6. Planejamento anual

10.5.7. Fluxograma de processos da produção

10.5.8. Arranjo físico da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz

10.5.9. Descritivo de funções e reconhecimento de riscos ocupacionais

10.5.10. Avaliação ambiental

10.5.10.1.Equipamentos e metodologia

10.5.10.2.Resultados

10.5.11. Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação

10.5.12. Cronograma de ações do PPRA para empresa Indústria do Vestuário

Roupa Feliz

10.5.13. Conclusão

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 89

PPRA

■ 10.5.1. Carta de apresentação (1ª via)

MODEL

O

Cidade, / / .

INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ROUPA FELIZ.

At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido

Vimos por meio desta encaminhar o Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais – PPRA, para sua análise e providências no que tange

ao cumprimento das ações propostas, conforme consta no cronograma

aprovado por V. Sª, em reunião datada em / / .

O programa deverá ser revisto anualmente e sempre que houver

mudança no processo de trabalho, arranjo físico, maquinário, exposição

a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade.

Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos que

se fizerem necessários.

Atenciosamente,

Colete de Lã

Engenheiro de Segurança

1a via – Diretor da empresa

dia mês ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)90

PPRA

■ 10.5.1. Carta de apresentação (2ª via)

MODEL

O

Cidade, / / .

INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ROUPA FELIZ.

At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido

Vimos por meio desta encaminhar o Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais – PPRA, para sua análise e providências no que tange

ao cumprimento das ações propostas, conforme consta no cronograma

aprovado por V. Sª, em reunião datada em / / .

O programa deverá ser revisto anualmente e sempre que houver

mudança no processo de trabalho, arranjo físico, maquinário, exposição

a outros riscos ocupacionais ou mudança do ramo de atividade.

Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos que

se fizerem necessários.

Atenciosamente,

Colete de Lã

Engenheiro de Segurança

2a via – Protocolo de cópia recebida

dia mês ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 91

PPRA

■ 10.5.2. Capa

MODEL

O

PPRA

PROGRAMA DE PREVENÇÃODE RISCOS AMBIENTAIS

INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO

ROUPA FELIZ

/

MÊS ANO

A

/

MÊS ANO

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)92

PPRA

■ 10.5.3. Introdução e Objetivo

A Norma Regulamentadora no 09 (NR-09) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalha-

dores como empregados.

O objetivo do PPRA é desenvolver ações que visem a preservação da saúde e da integri-

dade dos trabalhadores, elaborando um cronograma em relação as suas metas e priorida-

des. O cumprimento deste é de responsabilidade do empregador.

■ 10.5.4. Apresentação

O desenvolvimento do PPRA esta sob a responsabilidade do Engenheiro de Segurança

do Trabalho, Sr. Colete de Lã. Este programa foi acompanhado pelo gerente de produção Sr.

Camisa de Algodão.

■ 10.5.5. Perfil da empresa

Razão Social: Indústria do Vestuário Roupa Feliz

Proprietário: Feliz Roupa dos Santos

Endereço: Rua da Confecção No 99

CEP: 99999 – 999

Telefone: ( 0XX – 99 ) 999-9999

Fax: ( 0XX – 99 ) 999-9999

e-mail [email protected]

CNPJ: 99.999.999 / 9999 – 99

Inscrição Estadual: 999.999.999 – 999

Atividade Confecção de outras peças do vestuário

CNAE* (NR-04): 18.12-0

Grau de Risco: 02

No Funcionários: 95

Horário de Trabalho: De segunda a sexta-feira das 07:20 às 17:30h

01 hora de almoço e 15 min de descanso à tarde

CIPA No (NR-05): 0999999/9999

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 93

PPRA

Eleição:

Posse:

Titulares: Empregador: 01........................Empregados: 01

Suplentes: Empregador: 01........................Empregados: 01

Área do Terreno: 1.600 m2

Área Construída: 800 m2

Piso: Predominantemente em concreto, algumas partes com

revestimento.

Parede: Alvenaria.

Cobertura: Telhado com telhas fibrocimento intercaladas com

telhas translúcidas de policarbonato.

Aeração: Natural e auxiliada por ventilação forçada.

Iluminação: Natural e artificial*Classificação Nacional de Atividade Econômica

■ 10.5.6. Planejamento Anual

Este programa contém as seguintes etapas:

Antecipação e reconhecimento dos riscos ambientais

A antecipação envolveu a análise das instalações, métodos e processos de trabalho

identificando os riscos potenciais. O processo de reconhecimento avaliou qualitativamente

e quantitativamente os riscos ambientais encontrados.

Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle

As prioridades e metas de avaliação e controle dos riscos devem ser desenvolvidos ao

longo do período de 12 meses de vigência deste programa.

Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores

Foi realizada a avaliação quantitativa dos riscos existentes, com o intuito de controlar a

exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensi-

dia mês ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)94

PPRA

onando a exposição do trabalhador. Além disso, esta etapa procurou subsidiar a indicação

das medidas de controle.

Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia

Para os setores da empresa que apresentaram riscos potenciais à saúde dos trabalha-

dores, foram sugeridas medidas de controle a serem implantadas conforme o cronograma

deste. Tais medidas visam eliminar ou reduzir os agentes prejudiciais à saúde existentes no

ambiente de trabalho.

Monitoramento da exposição aos riscos

Deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um determi-

nado risco, com o objetivo de introduzir novas medidas de controle ou modificar as existen-

tes, sempre que necessário.

Registro e divulgação dos dados

Os dados deste programa devem ser mantidos pela empresa por um período mínimo de

20 anos, devendo estar disponível aos trabalhadores ou seus representantes e às autorida-

des competentes.

Cabe ao empregador informar os trabalhadores sobre os riscos ambientais existentes no

local de trabalho e sobre as medidas de controle necessárias.

Este programa deverá ser apresentado e discutido com os membros da CIPA.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 95

PPRA

■ 10.5.7. Fluxograma de Processos de Produção

criação emodelagem

etiquetagem/distribuição

administração

almoxarifado

compras

corte

enfesto

estamparia bordado

costura

conferência eetiquetagem

acabamento

expedição

embalagem

passadoria

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)96

PPRA

Através do fluxograma do processo de produção da Indústria do Vestuário Roupa Feliz,

observa-se que suas atividades produtivas iniciam-se a partir da criação dos modelos pelos

estilistas e a confecção da peça piloto. Esta peça é encaminhada à administração para

aprovação e verificação da aceitação no mercado consumidor. Com a aceitação da peça pi-

loto (mostruário), o setor de compras é acionado para a aquisição da matéria prima neces-

sária para a confecção dos pedidos (tecidos e aviamentos). A matéria prima é recebida, e

no almoxarifado o tecido é inspecionado através da máquina revisadeira, que após a apro-

vação é enfestado, cortado e etiquetado. De acordo com a ordem de serviço, as peças cor-

tadas são encaminhadas aos setores que efetuarão serviços específicos. Ao término da

montagem, as peças são revistas no setor de acabamento e encaminhadas para o setor de

passadoria, conferência final e etiquetagem. No setor de embalagem ocorre a separação

das peças, encaminhando-as ao setor de expedição que distribui de acordo com os pedidos

realizados pelos lojistas e diversos clientes.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 97

Rua

da C

onfe

cção

, 99

PortariaCompras

Depto.Pessoal

Diretoria

Secretaria

W.C.

Ambulatório

Refeitório

Área paraManutenção

VestiárioFeminino

Lavanderia

Estamparia

Almoxarifadode tecidos

PortariaW.C.

PassadoriaExpedição

Embalagem

Costura Acabamento

Etiquetagem

Saída de Emergência

Enfesto e corte

caldeira

Gerência

Criação

Almoxarifadode aviamentos

Bordado

Modelagem

Saída de Emergência

Recepção

27 28 29

32 31 30

33 34 35

36 37 38

39 40 41

42 4355 56 57 58 59 60

54 53 52 51 50

45 46 47 48 49

44 63 62

61

76

75 74

77Araras

Metálicas

93

87

88

86

909492919695

89

64 65 66

69 68 67

70 71 72

73 78

79

11

12 13

15

1416

80 8182

2

3

6 5

478

10

9

232226 21

25 24

85

85

83

18

19

17

20

VestiárioMasculino

Produtosacabados

Recebimento matéria-prima

Hidrante

Extintor

■ 10.5.8. Arranjo físico da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)98

PPRA

■ 10.5.9. Descritivo de funções e reconhecimento

dos Riscos

A avaliação qualitativa foi realizada observando-se as funções, as atividades desenvol-

vidas e os riscos ambientais a que estão expostos os funcionários. Também foram incluídos

os riscos ergonômicos e de acidentes por motivos de funcionalidade geral do programa.

■ Setor Criação

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (estilista).

■ Setor Modelagem

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (modelista), 01 (moldador/riscador).

Atividades Riscos

Desenha os modelos das roupas deacordo com a tendência e aceitaçãodo mercado.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Estilista

Atividades Riscos

Cria as peças piloto para futurocorte em série.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – perfuração e/ou cortenas mãos e dedos, e iluminaçãoinadequada

Funções

Modelista

Recebe os moldes piloto, efetuandoa riscagem da peça conformenúmero padronizado e digitaliza asque serão produzidas.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Moldador /riscador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 99

PPRA

■ Setor Almoxarifado de Tecidos

Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.

No de Funcionários: 01 (encarregado de estoque), 01 (auxiliar de almoxarifado),

01 (conferente), 01 (revisor de tecido).

■ Setor Almoxarifado de Aviamentos

Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.

No de Funcionários: 01 (auxiliar de almoxarifado), 01 (conferente).

Atividades Riscos

Controla a entrada e saída detecidos no almoxarifado e outrasatividades afins.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – quedas e entorses

Funções

Encarregado de estoque

Confere a quantidade de tecidos aserem utilizados e auxilia naexpedição dos mesmos.

Ergonômico – posturainadequada Acidente – quedas e entorses

Conferente

Auxilia nos trabalhos doalmoxarifado.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – quedas e entorses

Auxiliaralmoxarifado

Prepara e abastece a máquina derevisão com os tecidos para quesejam revisados por ele.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – quedas e entorses

Revisor detecido

Atividades Riscos

Confere a quantidade de aviamentosa serem utilizados e auxilia naexpedição dos mesmos.

Ergonômico – posturainadequada Acidente – quedas e entorses

Funções

Conferente

Auxilia nos trabalhos doalmoxarifado.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – quedas e entorses

Auxiliaralmoxarifado

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)100

PPRA

■ Setor Recebimento de Matéria prima

Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.

No de Funcionários: 01 (conferente)

■ Setor Produtos Acabados

Máquinas e Equipamentos: Computador, balança, carrinho manual.

No de Funcionários: 01 (revisor)

■ Setor Enfesto e Corte

Máquinas e Equipamentos: Máquina de corte manual ou automática, tesoura, com-

putador, máquina manual de etiquetagem.

No de Funcionários: 01 (enfestador), 02 (cortadores), 01 (auxiliar de corte), 01 (etiquetador).

Atividades Riscos

Confere o produto e a quantidade domaterial para o recebimento.

Ergonômico – posturainadequada e levantamento etransporte manual de pesoAcidente – quedas e entorses

Funções

Conferente

Atividades Riscos

Revisa os produtos embalados daexpedição para encaminhar aocliente.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – quedas e entorses

Funções

Revisor

Atividades Riscos

Coloca a peça de tecido sobre abancada para posterior corte.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividade

Funções

Enfestador

Firma o tecido sobre a bancada eefetua o corte das peças.

Físico – ruído e vibraçãoErgonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – corte nas mãos ededos

Cortador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 101

PPRA

■ Setor Bordado

Máquinas e Equipamentos: Máquina de bordar

No de Funcionários: 03 (bordadores)

■ Setor Estamparia (Silk Screen)

Máquinas e Equipamentos: Bancada de estampagem, tela, rodo.

No de Funcionários: 03 (estampadores)

Atividades Riscos

Auxilia nas tarefas do corte.

Físico – ruídoErgonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – corte nas mãos ededos

Funções

Auxiliar decorte

Realiza etiquetagem das peçasconforme o lote, identificando apeça cortada.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividadeEtiquetador

Atividades Riscos

Prepara e opera máquinas debordar, abastecendo e programandopara cada tipo de bordado.

Físico – ruídoErgonômico – posturainadequadaAcidente – perfuração nas mãose dedos, e iluminaçãoinadequada

Funções

Bordador

Atividades Riscos

Executa manualmente a impressãoatravés de uma tela de nylon com oauxílio de um pequeno rodo paradistribuição de uma ou mais coresde tintas em telas diferentes.

Químico – n-hexano e toluenoErgonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Estampador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)102

PPRA

■ Setor Costura

Máquinas e Equipamentos: Máquina de costura reta, máquina de costura overloque,

máquina de costura galoneira.

No de Funcionários: 16 (costureiros), 03 (revisadores) , 02 (ajudantes).

■ Setor Lavanderia

Máquinas e Equipamentos: Centrifuga e máquina de lavar, caldeira.

No de Funcionários: 02 (Auxiliares de lavanderia).

Atividades Riscos

Efetua a costura das peças jáseparadas pelo corte e etiquetagem.

Físico - vibraçãoErgonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – perfuração nas mãose dedos, e iluminaçãoinadequada

Funções

Costureiro

Revisa as peças prontas do setor,verificando possíveis falhas eseparando-as, para os reparosnecessários.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Revisor

Auxilia nas funções de costura erevisão.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Ajudante

Atividades Riscos

Executa a lavagem, pesagem edesengomamento das peças.

Físico – ruídoErgonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Auxiliar de lavanderia

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 103

PPRA

■ Setor Acabamento

Máquinas e Equipamentos: Máquina de costura reta, máquina de costura caseadeira,

máquina de costura traveti, máquina de pregar botões, máquina de costura overloque.

No de Funcionários: 02 (revisores de arremate), 10 (costureiros), 05 (operadores de

máquinas especiais), 02 (auxiliares de serviços gerais), 01 (pregador de botão).

Atividades Riscos

Revisa e limpa as peçasarrematadas.

Químico – n-hexano e toluenoErgonômico – posturainadequada e repetitividade

Funções

Revisor dearremate

Reforça a costura nas peçasrevisadas.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – perfuração nas mãos,dedos e olhos, e iluminaçãoinadequada

Costureiro

Efetua caseamento e travete daspeças, prega botões e reforçacostura.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – perfuração nas mãos,dedos e olhos, e iluminaçãoinadequada

Operador demáquinaespecial

Prega botões.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – perfuração nas mãos,dedos e olhos, e iluminaçãoinadequada

Pregador debotão

Auxilia nos serviços gerais do setor.

Químico – n-hexano e toluenoErgonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – perfuração nas mãos,dedos e olhos

Auxiliar deserviços gerais

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)104

PPRA

■ Setor Passadoria

Máquinas e Equipamentos: Ferro de passar roupa.

No de Funcionários: 07 (passadores), 02 (ajudantes)

■ Setor Etiquetagem (Código de barras)

Máquinas e Equipamentos: Máquina etiquetadeira.

No de Funcionários: 01 (etiquetador)

■ Setor Embalagem

Máquinas e Equipamentos: Máquina grampeadeira, Máquina empacotadeira.

No de Funcionários: 02 (embaladores ), 02 (ajudantes)

Atividades Riscos

Passa e dobra as peças prontas.Acidente - queimaduraErgonômico – posturainadequada e repetitividade

Funções

Passador

Efetua a separação das roupas aserem passadas, e encaminha asroupas passadas ao setor deembalagem/ etiquetagem.

Ergonômico – posturainadequadaAjudante

Atividades Riscos

Opera máquina de pregar etiquetascom código de barras.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividade

Funções

Etiquetador

Atividades Riscos

Embala manualmente as peças deroupas.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – queda de caixas

Funções

Embalador

Auxilia o embalador.Auxilia oembalador.

Ergonômico – posturainadequada e repetitividadeAcidente – queda de caixas

Ajudante deembalagem

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 105

PPRA

■ Setor Expedição

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (faturista), 03 (ajudantes gerais), 02 (conferente)

■ Setor Compras

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (comprador).

■ Setor Gerência

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (gerente de produção).

Atividades Riscos

Elabora notas fiscais e executatarefas administrativas afins.

Ergonômico – posturainadequada e levantamento etransporte manual de peso

Funções

Faturista

Auxilia em todas as funçõespertinentes ao setor.

Ergonômico – posturainadequadaAjudante geral

Realiza a leitura de código de barraspara controle de estoque deprodutos.

Ergonômico – posturainadequadaConferente

Atividades Riscos

Efetua a compra dos materiais eequipamentos solicitados.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Comprador

Atividades RiscosGerencia as operações referentes àprodução da empresa, planejando,organizando e controlando asatividades.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Gerente deprodução

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)106

PPRA

■ Setor Ambulatório

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (auxiliar de enfermagem do trabalho).

■ Setor Recepção e Portaria

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (recepcionista) e 01 (porteiro).

■ Setor Secretaria

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (secretária).

Atividades Riscos

Atua na triagem e atendimentoemergencial

Ergonômico – posturainadequadaBiológico – vírus, fungos ebactériasAcidente – perfuração e/ou cortenas mãos e dedos, e quedas

Funções

Auxiliar deenfermagem do

trabalho

Atividades Riscos

Recepciona clientes e visitantesencaminhando-os aos setorespertinentes.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Recepcionista

Recepciona os veículos para cargae descarga de materiais. Realiza aconferência das cargas e das notasfiscais e outros documentosrelativos aos materiais.

Ergonômico – posturainadequadaPorteiro

Atividades Riscos

Executa tarefas relativas àanotação, redação, digitação eorganização de documentos entreoutros serviços pertinentes àfunção.

Ergonômico – posturainadequada, monotonia erepetitividadeAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Secretária

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 107

PPRA

■ Setor Diretoria

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 02 (diretores).

■ Setor Departamento Pessoal

Máquinas e Equipamentos: Computador.

No de Funcionários: 01 (encarregado de departamento pessoal), 01(auxiliar de depar-

tamento pessoal) e 01 (Office-boy).

■ Setor Manutenção

O serviço de manutenção é realizado por profissional terceirizado de acordo com a ne-

cessidade, portanto os risco identificados são variáveis.

Atividades Riscos

Planeja, organiza, dirige e controlaas atividades da empresa.

Ergonômico – posturainadequada

Funções

Diretor

Atividades Riscos

Coordena as atividades dodepartamento pessoal.

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Funções

Encarregado dedepartamento

pessoal

Auxilia o encarregado dodepartamento pessoal.

Ergonômico – posturainadequada

Auxiliardepartamento

pessoal

Executa trabalhos internos eexternos, de coleta e entrega decorrespondência, documentos eoutros.

Ergonômico – posturainadequadaOffice-boy

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)108

PPRA

■ 10.5.10. Avaliação Ambiental

10.5.10.1. Equipamentos e Metodologia

■ Risco Físico

■ Níveis de pressão sonora (ruído)

Os níveis de pressão sonora dos postos de trabalho foram quantificados através do apa-

relho medidor de nível de pressão sonora (decibelímetro), calibrado conforme normas CEI

60651 e CEI 804 produzidas pela Commission Electrotechnical Internationale.

As leituras foram efetuadas no circuito de compensação “A” e circuito de resposta len-

ta (slow) para ruído contínuo, na altura da zona auditiva dos trabalhadores de acordo com

as instruções da (NR-15, Anexo no 1).

Observação: Este anexo (NR-15) estabelece o Limite de tolerância (L.T.) de 85dB (A)

para uma jornada de 08:00h diárias de trabalho.

■ Dosimetria de Ruído

A dosimetria de ruído foi realizada com o aparelho denominado de dosímetro, para me-

dir a quantidade de nível de pressão sonora em dB(A) a que o trabalhador está exposto em

uma jornada de trabalho de 08:00h, calibrado conforme normas CEI 60651 e CEI 804 produ-

zidas pela Commission Electrotechnical Internationale.

As medições foram feitas na altura da zona auditiva dos trabalhadores, num período re-

presentativo da exposição ocupacional ao ruído em conformidade com os procedimentos

técnicos da Norma de Higiene Ocupacional – NHO 01 da Fundacentro, que por sua vez aten-

de o disposto da NR-15.

A nomenclatura utilizada para a interpretação dos dados de dosimetria encontra-se des-

crita no quadro 10.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 109

PPRA

Quadro 10 – Nomenclaturas utilizadas para interpretação dos dados do dosímetro.

■ Risco Químico

A avaliação química qualitativa do ambiente de trabalho foi realizada por inspeção das

instalações e dos processos produtivos, através da observação dos produtos químicos utili-

zados e armazenados e da existência de fibras coletadas para a determinação de suas di-

mensões. Foi realizado o monitoramento ambiental para a determinação quantitativa das

concentrações de solventes orgânicos através de análises de amostras de ar, coletadas de

forma passiva com amostradores afixados nos trabalhadores e de forma ativa no ambien-

te, ambos colocados à altura da zona respiratória dos funcionários.

Início da medição em horas/minutosFinal da medição em horas/minutosTempo de medição em horas/minutos

Representa a quantidade de energia sonorarecebida pelo trabalhador, expressa emporcentagem de dose permitida diariamente.

Nível médio de ruído.Nível de ruído representativo da exposiçãoocupacional relativo ao período de medição, queconsidera os diversos valores de níveisinstantâneos ocorridos no período e osparâmetros de medição predefinidos.

Parada do tempo de medição em horas/minutos

Representa o valor da % de dose, extrapoladapara um período de 8:00h.

InicioTérmino

Tempo de medida

Dose %

Lav dB(A)

É o nível de pressão sonora máximo para umperíodo de medição.Max L dB(A)

É o pico de nível de pressão sonora máximo paraum período de medição.Max P dB(A)

Pausa

Dose % - 8h

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)110

PPRA

A amostragem ativa foi realizada com tubo de carvão ativado, conectados a bombas de

ação contínua, operadas em baixo fluxo. As bombas foram calibradas antes e após cada co-

leta, conforme normas vigentes.

As análises das amostras de ar foram realizadas no Laboratório de Toxicologia do SESI-SP,

pela técnica de Cromatografia Gasosa em Coluna Capilar baseado no método NIOSH 1500

(National Institute of Occupational Safety and Health), adaptado às condições do mesmo.

■ Risco de Acidente

■ Níveis de Iluminância (Lux)

Os níveis de iluminância dos postos de trabalho foram medidos no campo de trabalho

onde o trabalhador executa sua atividade utilizando-se o aparelho luxímetro calibrado

anualmente conforme o método de comparação de acordo com o procedimento DME-LO-PC-

006, 2a edição, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

10.5.10.2. Resultados

■ A. Risco Físico

■ Ruído

O Nível de Pressão Sonora é uma medida instantânea para avaliar o ruído contínuo ou

intermitente. Apresentam-se a seguir as medições realizadas.

■ Recebimento de matéria prima

01 Área 70

■ Almoxarifado de tecidos e aviamentos

02 Mesa de anotações 60

03 Computador 60

04 Máquina revisadeira de tecido 65

05 Corredor 66

06 Corredor 65* ponto de dosimetria** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)

Locais Nível de Pressão Sonora** dB(A) MedidoPonto*

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 111

PPRA

■ Almoxarifado de tecidos e aviamentos (continuação)

07 Computador / mesa de anotações 60

08 Bancada de separação 60

09 Balança 60

10 Corredor 60

■ Enfesto / Corte

11 Mesa de anotações 70

12 Bancada enfesto / corte 70/87

13* Bancada enfesto / corte 70/87

14* Máquina entretela 70

15 Máquina entretela 70

16 Bancada separação / etiquetagem 70

■ Bordado

17 Mesa de anotações 78

18 Computador 78

19 Bancada revisão 78

20* Máquina de bordar automática 70/87

■ Estamparia (silk-screen)

21 Mesa de anotações 56

22 Bancada de silk-screen 60/64

23 Bancada de silk-screen 60/64

24 Estufa de secagem (entrada) 68

25 Estufa de secagem (saída) 67

26 Bancada de revisão 63

* ponto de dosimetria** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)

Locais Nível de Pressão Sonora** dB(A) MedidoPonto*

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)112

PPRA

■ Costura

27 Máquina de costura reta 70

28 Máquina de costura reta 70

29* Máquina de costura reta 70/78

30 Máquina de costura reta 70/77

31 Máquina de costura reta 70/77

32 Máquina de costura reta 70/77

33 Máquina de costura reta 70/77

34 Máquina de costura reta 70/77

35 Máquina de costura galoneira 70/78

36 Máquina de costura galoneira 70/78

37 Máquina de costura galoneira 70/78

38 Máquina de costura galoneira 70/78

39 Máquina de costura overloque 70/77

40 Máquina de costura overloque 70/77

41 Máquina de costura overloque 70/78

42 Mesa de anotações / controle 70/75

43 Bancada de separação / revisão 70/75

■ Acabamento

44 Bancada de separação 70/75

45 Máquina de costura reta 70/77

46 Máquina de costura reta 70/77

47 Máquina de costura reta 70/77

48 Máquina de costura overloque 70/78

49 Máquina de costura overloque 70/78

50* Máquina de costura caseadeira 70/83

51* Máquina de pregar ilhoses 70/80* ponto de dosimetria** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)

Locais Nível de Pressão Sonora** dB(A) MedidoPonto*

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 113

PPRA

■ Acabamento (continuação)

52 Máquina de pregar botões 70/78

53 Máquina de pregar botões 70/78

54 Máquina de costura traveti 70/78

55 Máquina de costura traveti 70/78

56 Máquina de costura reta 70/78

57 Máquina de costura reta 70/78

58 Máquina de costura reta 70/78

59 Máquina de costura galoneira 70/78

60 Máquina de costura galoneira 70/82

61 Mesa de anotações / controle 74

62 Mesa do computador 72

63 Bancada de revisão 72

■ Passadoria

64 Mesa de passar 70

65 Mesa de passar 70

66 Mesa de passar 70

67 Mesa de passar 70

68 Mesa de passar 70

69 Mesa de passar 70

70 Mesa de passar 70

71 Mesa de passar 70

72 Mesa de passar 70

73 Bancada de apoio 60

■ Etiquetagem (Código de barras)

74 Bancada de etiquetagem 72* ponto de dosimetria** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)

Locais Nível de Pressão Sonora** dB(A) MedidoPonto*

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)114

PPRA

■ Embalagem

75 Bancada de embalagem 70

76* Máquina de lacrar caixa 72/84

77 Área 70

■ Expedição

78 Mesa de anotações / computador 70

79 Área 70

■ Produtos acabados

80 Mesa de anotações / computador 60

81 Corredor 65

82 Corredor 65

■ Lavanderia

83 Centrífuga 80

84 Máquina de lavar 76/85

85 Máquina de lavar 76/85

■ Criação e modelagem

86 Mesa estilista 58

87 Mesa modelista 60

88 Mesa moldador 57

■ Administração

89 Mesa da secretária 60

90 Mesa recepcionista 63

91 Mesa do encarregado de D.P. 60* ponto de dosimetria** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)

Locais Nível de Pressão Sonora** dB(A) MedidoPonto*

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 115

PPRA

■ Administração (continuação)

92 Mesa do auxiliar do D.P. 62

93 Mesa do gerente de produção 63

94 Mesa do comprador 62

95 Mesa do diretor 60

96 Mesa do diretor 60** Limite de tolerância para Nível de Pressão Sonora = 85 dB(A) para jornada de 8h/dia de trabalho (NR-15)

A análise dos resultados obtidos nas avaliações de ruído e iluminância mostraram alte-

rações nos setores de enfesto/corte e bordado para a medida do nível de pressão sonora,

conforme NR-15 – Atividades e operações insalubres, anexo no 1.

A Dosimetria de Ruído é a dose medida em um período projetada para jornada efetiva

de trabalho, determinando a dose diária. Foram escolhidos sete pontos de trabalho apre-

sentados a seguir, para a interpretação dos resultados.

Ponto no 13

Função: CortadorSetor: CorteData: __ / __ / ____Início: 13:00hFim: 15:18hTempo medição: 02:18hPausa: -Dose %: 14Dose % - 8 h: 42Lav dB (A): 78,7Max L dB (A): 102,1Max P dB (A): 132,6

* resultados ampliados

Locais Nível de Pressão Sonora** dB(A) MedidoPonto*

dB(A) Distribuição%

60 3,165 9,170 7,9

80 35,8

90 0,1

75 41,6

85 2,2

CumulativoDistribuição

%

100,096,987,8

38,3

0,3

79,9

2,5

>95 0,295 0,0

0,20,2

Ponto no 14

Função: EnfestadorSetor: CorteData: __ / __ / ____Início: 13:58hFim: 16:03hTempo medição: 02:05hPausa: -Dose %: 10Dose % - 8 h: 37Lav dB (A): 77,7Max L dB (A): 98,8Max P dB (A): 133,2

* resultados ampliados

Ponto no 20

Função: Operador de máquina de bordar

Setor: BordadoData: __ / __ / ____Início: 08:09hFim: 10:25hTempo medição: 02:16hPausa: -Dose %: 13Dose % - 8 h: 47Lav dB (A): 79,6Max L dB (A): 105,4Max P dB (A): 138,8

* resultados ampliados

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)116

PPRA

dB(A) Distribuição%

55 0,560 4,165 12,3

75 30,2

85 7,7

70 24,6

80 19,3

CumulativoDistribuição

%

100,099,595,4

58,5

9,0

83,1

28,3

95 0,190 1,1

0,21,3

>100* 0,1 0,1

dB(A) Distribuição%

50 0,055 5,560 15,0

70 15,0

80 11,7

65 17,6

75 10,1

CumulativoDistribuição

%

100,0100,094,5

61,9

36,8

79,5

46,9

90 1,185 23,7

1,425,1

95 0,1 0,3100 0,0 0,2

>105* 0,2 0,2

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 117

PPRA

Ponto no 29

Setor: Costura Data: __ / __ / ____Início: 13:44hFim: 15:52hTempo medição: 02:08hPausa: -Dose %: 8Dose % - 8 h: 30Lav dB (A): 76,4Max L dB (A): 91,3Max P dB (A): 124,2

* resultados ampliados

Ponto no 50

Setor: Acabamento Data: __ / __ / ____Início: 08:07hFim: 11:07hTempo medição: 02:24hPausa: 00:36hDose %: 12Dose % - 8 h: 39Lav dB (A): 78,2Max L dB (A): 95,0Max P dB (A): 139,9

* resultados ampliados

dB(A) Distribuição%

65 1,270 22,975 62,4

85 0,1

95 0,0

80 13,3

90 0,0

CumulativoDistribuição

%

100,098,875,9

0,2

0,0

13,5

0,1

>95* 0,185 23,7

0,125,1

dB(A) Distribuição%

55 0,960 3,665 1,7

75 38,9

85 7,9

70 29,2

80 16,6

CumulativoDistribuição

%

100,099,195,5

64,6

9,1

93,8

25,7

95 0,090 1,1

0,11,2

>95* 0,1 0,1

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)118

PPRA

Ponto no 51

Setor: AcabamentoData: __ / __ / ____Início: 13:58hFim: 15:04hTempo medição: 01:06hPausa: -Dose %: 2Dose % - 8 h: 17Lav dB (A): 72,2Max L dB (A): 101,7Max P dB (A): 136,7

Ponto no 76

Setor: Embalagem Data: __ / __ / ____Início: 12:57hFim: 1:21hTempo medição: 02:16hPausa: 00:08hDose %: 24Dose % - 8 h: 59Lav dB (A): 81,2Max L dB (A): 112,3Max P dB (A): 141,7

dB(A) Distribuição%

60 0,165 47,170 33,2

80 4,1

>90* 0,5

75 13,8

85 1,2

CumulativoDistribuição

%

100,099,952,1

5,8

0,5

19,6

1,7

dB(A) Distribuição%

55 0,360 3,065 11,2

75 20,5

85 17,7

70 20,8

80 19,5

CumulativoDistribuição

%

100,099,796,7

64,7

24,7

85,5

44,2

95 1,290 5,5

1,57,0

>105* 0,2100 0,1

0,20,3

* resultados ampliados

* resultados ampliados

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 119

PPRA

Com relação a dosimetria de ruído, foi utilizada para interpretação dos resultados a com-

paração do nível médio de ruído Lav dB(A) com os dados do quadro a seguir, conforme es-

tabelece a norma da Fundacentro NHO-01 de 1999. Podemos observar que as avaliações de

dosimetria de ruído, apresentaram resultados abaixo do limite de tolerância, 85dB(A) NR-

15, anexo no 1, para uma jornada diária de oito horas.

Quadro 11 – Valores para interpretação dos resultados para dosimetria(Fundacentro NHO-01 de 1999).

NEN – Nível de exposição Normalizado

■ Vibração

A vibração observada foi de modo qualitativo.

■ Temperatura

A temperatura foi avaliada através do Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo

(IBUTG), conforme definido pela NR-15, anexo no 3. Foram avaliados os ambientes internos

baseada na equação IBUTG= 0,7 tbn + 0,3 tg, onde tbn é Termômetro de bulbo úmido natu-

ral e tg é Termômetro de globo.

NEN* dB(A)

ConsideraçãoTécnica

AtuaçãoRecomendada

Até 82 Aceitável No mínimo manutenção dacondição existente

Dose Diária(%)

0 a 50

82 a 84 Acima do nível de ação Adoção de medidaspreventivas50 a 80

84 a 85 Região de incerteza

Adoção de medidaspreventivas e corretivas

visando a redução da dosediária

80 a 100

>85 Acima do limite deexposição

Adoção imediata demedidas corretivasAcima de 100

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)120

PPRA

Os dados de temperatura foram avaliados em comparação ao quadro 12, que estabele-

ce o limite de tolerância de 26,7ºC (IBUTG) para tipo de atividade moderada e regime de tra-

balho contínuo.

Quadro 12 – Limite de tolerância de IBUTG para tipo de atividademoderada(adaptado da NR-15, anexo no 3, quadro no 1).

Setor Pontos Tipo deAtividade

Corte 13 Moderado

Regime deTrabalho

Intermitente

IBUTG(°C)

26.1

tbn (°C)

24.1

tg (°C)

30.7

Horário

09:32

Passadoria 69 Moderado Intermitente 26.3 24.2 31.209:52

Almoxarifado detecidos 04 Moderado Intermitente 26.4 24.0 32.014:43

Embalagem 75 Moderado Intermitente 25.1 23.0 30.115:15

Expedição 78 Moderado Intermitente 26.4 24.1 31.915:45

Tipo de Atividade

Moderada

Até 26,7

Regime de trabalho intermitentecom descanso no próprio local de

trabalho (por hora)

Trabalho contínuo

26,8 a 28,045 minutos trabalho15 minutos descanso

28,1 a 29,430 minutos trabalho30 minutos descanso

29,5 a 31,115 minutos trabalho45 minutos descanso

Acima de 31,1Não é permitido o trabalho sem a adoção de medidasadequadas de controle

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 121

PPRA

■ B. Risco Químico

Considerando a incidência nos produtos químicos observados e os limites de tolerância

estipulados, decidiu-se avaliar o risco químico pelas concentrações dos agentes tolueno e

n-hexano. As concentrações destes no ambiente de trabalho dos setores de estamparia e

acabamento, quantificadas por amostragem ativa no ambiente e de forma passiva nos tra-

balhadores, estão representadas respectivamente nos quadros 13 e 14.

Quadro 13 – Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma ativa.

ACGIH – “American Conference of Governmental Industrial Hygienists”.NR-15 – Norma Regulamentadora No 15, anexo no 11, quadro no 1.ppm - partes por milhão. NE - não encontrado. *O n-hexano é o principal componente da benzina.

Quadro 14 – Concentrações encontradas nas amostras coletadas de forma passiva.

ACGIH – “American Conference of Governmental Industrial Hygienists”.NR-15 – Norma Regulamentadora No 15, anexo no 11, quadro no 1.ppm - partes por milhão. NE - não encontrado. *O n-hexano é o principal componente da benzina.

Conforme observado nos quadros 13 e 14, os resultados obtidos estão abaixo do nível

de ação definido como 50% do Limite de Tolerância.

Concentração (ppm)

tolueno n-hexano*Setor/Fonte

Estamparia22 10 13

23 12 10

Acabamento61 NE <10

Limite de tolerância 78 (NR-15) 50 (ACGIH)

62 NE <10

Ponto

Concentração (ppm)

tolueno n-hexano*Setor/Fonte

Estamparia22 15 10

23 27 <10

Acabamento61 NE <10

Limite de tolerância 78 (NR-15) 50 (ACGIH)

62 NE <10

Funcionáriodo Ponto

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)122

PPRA

■ C. Risco Biológico

As avaliações foram feitas de forma qualitativa e foi observado que nas atividades do pro-

cesso produtivo principal não há exposição a agentes biológicos. Nos serviços de apoio, tais

como: ambulatório médico, serviços de limpeza de sanitários, refeitório, vestiário e coleta de

resíduos sólidos pode ocorrer trabalhadores expostos a determinados agentes biológicos.

■ D. Risco Ergonômico

Os setores avaliados qualitativamente podem apresentar situações ergonômicas desfa-

voráveis aos trabalhadores, principalmente a dificuldade de ajuste no posto de trabalho

considerando a manutenção de uma postura fixa (trabalho sentado, trabalho em pé).

■ E. Risco de Acidente

O nível de iluminância é uma variável que abaixo do adequado pode influenciar na ocor-

rência de acidentes de trabalho.

Para a avaliação desta variável foram considerados os valores estabelecidos na

NR 17.5.3 que remete a NBR 5413 de abril de 1992. O item 5.3 classifica Iluminância em

lux, por tipo de atividade, sendo que a indústria do vestuário encontra-se no subitem 5.3.53.

Postos de trabalho avaliados não contemplados neste subitem foram comparados com va-

lores estabelecidos para outros tipos de atividade nos subitens:

■ 5.3.3 bancos;

■ 5.3.14 escritórios;

■ 5.3.43 indústria de fumos;

■ 5.3.45 indústrias de gravação de desenhos e dizeres;

■ 5.3.57 locais de armazenamento.

O item 5.2 da NBR 5413 de abril de 1992 apresenta, seleção de iluminação que tem no

seu subitem 5.2.4 três níveis de iluminância, porém na avaliação apresentada no quadro a

seguir consideramos a explicação contida em 5.2.4.1 valor do meio.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 123

PPRA

■ Recebimento de matéria prima

01 Área 5.3.57 500 / 2000 200

■ Almoxarifado de tecidos e aviamentos

02 Mesa de anotações 5.3.57 500 200

03 Computador 5.3.57 500 200

04 Máquina revisadeira de tecido 5.3.53 2050 2000

05 Corredor 5.3.57 200/250 200

06 Corredor 5.3.57 300 200

07 Computador / mesa de anotações 5.3.57 500 200

08 Bancada de separação 5.3.57 550 200

09 Balança 5.3.57 400 200

10 Corredor 5.3.57 200 / 300 200

■ Enfesto / Corte

11 Mesa de anotações 5.3.53 1000 1000

12 Bancada enfesto / corte 5.3.53 1050 1000

13* Bancada enfesto / corte 5.3.53 1100 1000

14* Máquina entretela 5.3.53 1000 1000

1000 Máquina entretela 5.3.53 1080 1000

16 Bancada separação / etiquetagem 5.3.53 1020 1000

■ Bordado

17 Mesa de anotações 5.3.53 1000 1000

18 Computador 5.3.53 1000 1000

19 Bancada revisão 5.3.53 950 1000

20* Máquina de bordar automática 5.3.53 1000 1000

*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)

LocalItem de

referênciaNBR 5413

Nível deIluminânciaLux Medido

NBR 5413Mínimo Lux

Exigido*Pontos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)124

PPRA

■ Estamparia (silk-screen)

21 Mesa de anotações 5.3.45 700 2000

22 Bancada de silk-screen 5.3.45 1600 2000

23 Bancada de silk-screen 5.3.45 1250 2000

24 Estufa de secagem (entrada) 5.3.45 700 2000

25 Estufa de secagem (saída) 5.3.45 800 2000

26 Bancada de revisão 5.3.45 700 2000

■ Costura

27 Máquina de costura reta 5.3.53 400 1000

28 Máquina de costura reta 5.3.53 450 1000

29* Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000

30 Máquina de costura reta 5.3.53 600 1000

31 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000

32 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000

33 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000

34 Máquina de costura reta 5.3.53 600 1000

35 Máquina de costura galoneira 5.3.53 600 1000

36 Máquina de costura galoneira 5.3.53 400 1000

37 Máquina de costura galoneira 5.3.53 500 1000

38 Máquina de costura galoneira 5.3.53 570 1000

39 Máquina de costura overloque 5.3.53 550 1000

40 Máquina de costura overloque 5.3.53 600 1000

41 Máquina de costura overloque 5.3.53 800 1000

42 Mesa de anotações / controle 5.3.53 700 1000

43 Bancada de separação / revisão 5.3.53 700 1000

*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)

LocalItem de

referênciaNBR 5413

Nível deIluminânciaLux Medido

NBR 5413Mínimo Lux

Exigido*Pontos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 125

PPRA

■ Acabamento

44 Bancada de separação 5.3.53 1000 1000

45 Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000

46 Máquina de costura reta 5.3.53 450 1000

47 Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000

48 Máquina de costura overloque 5.3.53 600 1000

49 Máquina de costura overloque 5.3.53 600 1000

50* Máquina de costura caseadeira 5.3.53 650 1000

51* Máquina de pregar ilhoses 5.3.53 500 1000

52 Máquina de pregar botões 5.3.53 550 1000

53 Máquina de pregar botões 5.3.53 580 1000

54 Máquina de costura traveti 5.3.53 600 1000

55 Máquina de costura traveti 5.3.53 500 1000

56 Máquina de costura reta 5.3.53 550 1000

57 Máquina de costura reta 5.3.53 500 1000

58 Máquina de costura reta 5.3.53 450 1000

59 Máquina de costura galoneira 5.3.53 500 1000

60 Máquina de costura galoneira 5.3.53 550 1000

61 Mesa de anotações / controle 5.3.53 1000 1000

62 Mesa do computador 5.3.53 1100 1000

63 Bancada de revisão 5.3.53 1120 1000

■ Passadoria

64 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

65 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

66 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

67 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

68 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)

LocalItem de

referênciaNBR 5413

Nível deIluminânciaLux Medido

NBR 5413Mínimo Lux

Exigido*Pontos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)126

PPRA

■ Passadoria (continuação)

69 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

70 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

71 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

72 Mesa de passar 5.3.53 1000 1000

73 Bancada de apoio 5.3.53 980 1000

■ Etiquetagem (Código de barras)

74 Bancada de etiquetagem 5.3.53 2000 2000

■ Embalagem

75 Bancada de embalagem 5.3.43 500 500

76* Máquina de lacrar caixa 5.3.43 500 500

77 Área 5.3.43 500 500

■ Expedição

78 Mesa de anotações / computador 5.3.57 500 200

79 Área 5.3.57 500 200

■ Produtos acabados

80 Mesa de anotações / computador 5.3.57 500 200

81 Corredor 5.3.57 550 200

82 Corredor 5.3.57 450 200

■ Lavanderia

83 Centrífuga 5.3.55 150 200

84 Máquina de lavar 5.3.55 140/300 200

85 Máquina de lavar 5.3.55 140/300 200*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)

LocalItem de

referênciaNBR 5413

Nível deIluminânciaLux Medido

NBR 5413Mínimo Lux

Exigido*Pontos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 127

PPRA

■ Criação e modelagem

86 Mesa estilista 5.3.14 450 500

87 Mesa modelista 5.3.14 460 500

88 Mesa moldador 5.3.14 450 500

■ Administração

89 Mesa da secretária 5.3.3 400 500

90 Mesa recepcionista 5.3.3 450 500

91 Mesa do encarregado de D.P. 5.3.3 400 500

92 Mesa do auxiliar do D.P. 5.3.3 390 500

93 Mesa do gerente de produção 5.3.3 450 500

94 Mesa do comprador 5.3.3 460 500

95 Mesa do diretor 5.3.3 500 500

96 Mesa do diretor 5.3.3 520 500*Valor do meio (NBR 5413 de abril de 1992, item 5.2.4.1)

Para o nível de iluminância encontramos alterações nos setores de bordado, estampa-

ria, costura, acabamento, lavanderia, criação, modelagem e administração. Conforme NR-

15, anexo no 4, níveis mínimos de iluminamento e lux, por tipos de atividade, foi revogado

pela Portaria no 3751 de 23/11/1990 (ver item 17.5.3.3 da NR-17).

■ 10.5.11. Estabelecimento de prioridades e

metas de avaliação

Após a avaliação dos agentes ambientais, constatamos que deverão ser tomadas medidas

que minimizem a exposição aos riscos físico (ruído), biológico, ergonômico e de acidente.

■ Risco Físico (Ruído)

Os setores de enfesto, corte e bordado, apresentaram ruído acima de 85 dB(A), havendo ne-

cessidade inicial de implantação de manutenção preventiva nas máquinas envolvidas e utiliza-

LocalItem de

referênciaNBR 5413

Nível deIluminânciaLux Medido

NBR 5413Mínimo Lux

Exigido*Pontos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)128

PPRA

ção de equipamento de proteção individual auditiva por parte dos trabalhadores. Por se tratar

de uma medida que não exige grandes investimentos, deve ser implantada de imediato.

■ Risco Biológico

É necessário uma higienização adequada de locais como ambulatório médico, serviços

de limpeza de sanitários, refeitório, vestiário e coleta de resíduos sólidos. Os trabalhadores

que executam essas atividades deverão sempre fazer uso dos equipamentos de proteção in-

dividual adequados, por exemplo: luvas de látex, botas de borracha e máscara.

■ Risco Ergonômico

Os setores apresentaram diversas situações que mostram condições ergonômicas que

podem ser desfavoráveis aos trabalhadores. É necessário um estudo detalhado e ações que

visem neutralizar ou minimizar desconfortos ao trabalhador no ambiente de trabalho.

■ Risco de Acidente

Os setores de corte e almoxarifado são os que apresentam maiores riscos de acidentes.

No setor de corte, o risco de ferimentos e até amputação nas mãos e dedos pode ocorrer

se não houver treinamento adequado para a utilização da máquina e equipamento de pro-

teção individual (luvas de malha de aço). No setor de almoxarifado o risco de queda de cai-

xas sobre o funcionário é grande, devendo haver uma adequação da altura máxima para ar-

mazenamento de produtos. Por se tratar de ações rápidas e de baixo custo, as mesmas po-

dem ser executadas de imediato.

O nível de iluminância em vários setores esta abaixo do mínimo exigido pela legislação

NBR 5413 de abril de 1992. Por demandar maiores investimentos as correções deverão ser

realizadas em duas etapas:

■ a primeira nos próximos quatro meses do cronograma, nos setores de estamparia,

costura e acabamento;

■ a segunda, a partir do quinto mês nos setores de bordado, lavanderia, criação, mo-

delagem e administração.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 129

PPRA

■ 10.5.12. Cronograma de ações do PPRA para a

empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz

Análise ergonômica einício das açõespropostas

Adequar a iluminaçãoaos limites mínimosexigidos por lei

Adequar a iluminaçãoaos limites mínimosexigidos por lei.

Providenciar luvas demalha de aço

Necessário a utilizaçãode protetores auditivos

Todos

Almoxarifado

Estamparia,costura eacabamento

Bordado,lavanderia,criação,modelagem eadministração

Corte

Enfesto, corte ebordado

X

X

X X X X

X

X

X

Reorganização eestabelecimento dealtura máxima paraestoque de matéria prima

Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Eventospropostos

Data para execuçãoSetor

OBSERVAÇÕES

Comunicar ao responsável pelo PPRA após providenciar os eventos propostos.

Nota: As datas para execução sugeridas são definidas pelo empregador.

Vestuário Vestido Colete de LãDiretor de R.H. Eng. de Segurança do Trabalho

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)130

PPRA

■ 10.5.13. Conclusão

MODEL

O

Conforme as avaliações quantitativas e qualitativas realizadas na

Indústria do Vestuário Roupa Feliz, podemos concluir que poucos são

os agentes ambientais existentes na empresa que não estão em

conformidade com o que a legislação estabelece.

As medidas propostas são de fácil execução por parte da empresa,

devendo respeitar as datas propostas para as ações.

O cronograma foi discutido e aprovado em reunião com a presença

do Sr. Diretor Vestuário Vestido, Sr. Gerente de Produção Camisa de

Algodão, Sr. Encarregado do Departamento Pessoal Roupa de

Trabalho, Sr. Engenheiro de Segurança Colete de Lã, Sr. Médico

Coordenador Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho e representantes

da CIPA, em / / .

Cidade, / / .

Colete de Lã Vestuário Vestido

Engenheiro de Segurança Diretor do R.H.

CREA no

dia mês ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 131

11.1. Introdução

O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO (NR-07),tem por fina-

lidade promover a saúde, prevenir as doenças e acidentes de trabalho, contribuindo para

uma melhor qualidade de vida do trabalhador. Este programa deve estar articulado com o

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA (NR-9).

11.2. Conceito

É um programa de controle médico relacionado à higiene, segurança e saúde dos traba-

lhadores.

11.3. Objetivo

O programa tem como objetivo promover e preservar a saúde dos trabalhadores da em-

presa, através da prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos possíveis danos à

saúde relacionados ao trabalho.

11.4. Estrutura

O PCMSO é um planejamento de ações da área médica, estruturado com as informaçõ-

es contidas no PPRA, que define parâmetros para o controle biológico da população de tra-

balhadores, contendo as seguintes informações:

■ Identificação da empresa;

■ Observação dos riscos ambientais realizados pelo PPRA;

■ Programação dos exames médicos ocupacionais por setores: exames clínicos e exa-

mes complementares, direcionados para os riscos detectados;

■ Registro de dados dos exames médicos ocupacionais;

■ Tratamento e análise estatística dos dados obtidos;

■ Planos de ação preventivos de doenças ocupacionais e não ocupacionais;

■ Elaboração de atestados de saúde ocupacional e do relatório anual do PCMSO.

Programa de Controle Médico deSaúde Ocupacional (PCMSO)11

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)132

PCMSO

11.5. Modelos de documentos

A seguir encontra-se um modelo dos documentos que compõem o PCMSO contendo os prin-

cípios básicos para atender as necessidades da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz.

11.5.1. Carta de apresentação (1a e 2a via)

11.5.2. Capa

11.5.3. Introdução e objetivo

11.5.4. Apresentação

11.5.5. Perfil da empresa

11.5.6. Estrutura do PCMSO

11.5.6.1. Coordenador do PCMSO

11.5.6.2. Competências e responsabilidades

11.5.6.3. Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT

11.5.6.4. Exames médicos ocupacionais

11.5.6.5. Controle biológico para riscos ambientais por setores, funções e

periodicidade

11.5.7. Relatório Anual do PCMSO

11.5.8. Primeiros Socorros

11.5.9. Atestado de Saúde Ocupacional

11.5.10. Outras atividades em saúde do trabalhador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 133

PCMSO

■ 11.5.1. Carta de Apresentação (1a via)

MODEL

O

Cidade, / /

Indústria do Vestuário Roupa Feliz.

At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido

Encaminhamos para a sua apreciação o Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional (PCMSO) para os funcionários da Indústria do Vestuário Roupa Feliz.

O programa consta essencialmente da realização de exames médicos e foi

elaborado tendo como subsídios: a visita aos postos de trabalho em

/ / e as informações técnicas fornecidas pela empresa nesta data.

O programa pode sofrer modificação caso ocorra mudanças no processo de

trabalho, nos maquinários, na exposição a outros riscos ocupacionais ou na

alteração do ramo de atividade, sendo de responsabilidade da empresa, comunicar

a este serviço médico, tais mudanças.

Ao término do atendimento médico com os exames complementares

concluídos, será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias,

sendo a primeira via da empresa e a segunda do trabalhador.

Os casos suspeitos ou diagnosticados como doença ocupacional devem ser

notificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho –

CAT pela empresa. Após realizada a perícia médica pelo INSS, o trabalhador deve

retornar a este Serviço Médico, munido da Comunicação de Resultado de Exame

Médico - CREM/CPMAT.

Dúvidas ou informações podem ser esclarecidas pelo telefone: 0-XX-99-

999.9999.

Atenciosamente,

Roupa Branca Saúde do Trabalhador

Médico do Trabalho

1a via – Diretor da empresa

dia mês ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)134

PCMSO

■ 11.5.1. Carta de Apresentação (2a via)

MODEL

O

Cidade, / /

Indústria do Vestuário Roupa Feliz.

At.: Sr. Diretor Vestuário Vestido

Encaminhamos para a sua apreciação o Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional (PCMSO) para os funcionários da Indústria do Vestuário Roupa Feliz.

O programa consta essencialmente da realização de exames médicos e foi

elaborado tendo como subsídios: a visita aos postos de trabalho em

/ / e as informações técnicas fornecidas pela empresa nesta data.

O programa pode sofrer modificação caso ocorra mudanças no processo de

trabalho, nos maquinários, na exposição a outros riscos ocupacionais ou na

alteração do ramo de atividade, sendo de responsabilidade da empresa, comunicar

a este serviço médico, tais mudanças.

Ao término do atendimento médico com os exames complementares

concluídos, será emitido o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) em duas vias,

sendo a primeira via da empresa e a segunda do trabalhador.

Os casos suspeitos ou diagnosticados como doença ocupacional devem ser

notificados ao INSS através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho –

CAT pela empresa. Após realizada a perícia médica pelo INSS, o trabalhador deve

retornar a este Serviço Médico, munido da Comunicação de Resultado de Exame

Médico - CREM/CPMAT.

Dúvidas ou informações podem ser esclarecidas pelo telefone: 0-XX-99-

999.9999.

Atenciosamente,

Roupa Branca Saúde do Trabalhador

Médico do Trabalho

2a via – Protocolo de cópia recebida

dia mês ano

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 135

PCMSO

■ 11.5.2. Capa

MODEL

O

PCMSO

PROGRAMA DE CONTROLEMÉDICO DE SAÚDE

OCUPACIONAL

INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO

ROUPA FELIZ

/

MÊS ANO

A

/

MÊS ANO

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)136

PCMSO

■ 11.5.3. Introdução e Objetivo

A Norma Regulamentadora (NR-07) estabelece a obrigatoriedade da promoção e preser-

vação da saúde dos trabalhadores da empresa, através de um Programa de Controle Médi-

co de Saúde Ocupacional - PCMSO.

O cumprimento deste é de responsabilidade do empregador.

■ 11.5.4. Apresentação

O desenvolvimento do PCMSO está sob a responsabilidade do médico do trabalho

Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho registrado no Conselho Regional de Medicina do Esta-

do de São Paulo.

■ 11.5.5. Perfil da empresa

Razão Social: Indústria do Vestuário Roupa Feliz

Proprietário: Feliz Roupa dos Santos

Endereço: Rua da Confecção No 99

CEP: 99999 – 999

Telefone: ( 0XX – 99 ) 999-9999

Fax: ( 0XX – 99 ) 999-9999

e-mail [email protected]

CNPJ: 99.999.999 / 9999 – 99

Inscrição Estadual: 999.999.999 – 999

Atividade Confecção de outras peças do vestuário

CNAE* (NR-04): 18.12-0

Grau de Risco: 02

No de funcionários: 95

Horário de Trabalho: De segunda a sexta-feira das 07:20 às 17:30h

01 hora de almoço e 15 min de descanso à tarde

Área do Terreno: 1.600 m2

Área Construída: 800 m2

Piso: Predominantemente em concreto, algumas partes com

revestimento.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 137

PCMSO

Parede: Alvenaria.

Cobertura: Telhado com telhas fibrocimento intercaladas com

telhas translúcidas de policarbonato.

Aeração: Natural e auxiliada por ventilação forçada.

Iluminação: Natural e artificial

A Indústria do Vestuário Roupa Feliz possui 95 funcionários predominantemente do sexo

feminino,concentrados na faixa etária de 25 a 30 anos.

Quadro 15 – Distribuição da população por faixa etária e sexo*

Fonte: Dados RH / INDÚSTRIA DO VESTUÁRIO ROUPA FELIZ* Os valores percentuais apresentam diferenças pela soma dos valores de cada componente devido a arredondamentos de cálculo matemático a partir

da segunda casa decimal.

■ 11.5.6. Estrutura

Este Programa está constituído por um planejamento de atendimento aos funcionários

de acordo com o possível risco a que estão expostos. A ocorrência destes riscos foi estabe-

lecida baseada em visita aos postos de trabalho e consulta ao Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais (PPRA).

FEM % MASC

3 3,16% 1

%

1,05%

Total

4

%

4,21%

FaixaEtária

–| 20

9 9,47% 4 4,21% 13 13,68%20 |– 25

16 16,84% 4 4,21% 20 21,05%25 |– 30

14 14,74% 1 1,05% 15 15,79%30 |– 35

14 14,74% 2 2,11% 16 16,84%35 |– 40

11 11,58% 2 2,11% 13 13,68%40 |– 45

8 8,42% — — 8 8,42%45 |– 50

4 4,21% — — 4 4,21%50 |– 55

2 2,11% — — 2 2,11%55 |–

81 85,26% 14 14,74% 95 100,00%Total

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)138

PCMSO

Ao término do PCMSO será emitido relatório anual das atividades realizadas, contendo

a descrição, a abrangência , os resultados de ações específicas e as recomendações.

■ 11.5.6.1. Coordenador do PCMSO

Nome Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalho

Título profissional Médico Especialista em Medicina do Trabalho

Registro no CRM – SP no 00.000

■ 11.5.6.2. Competências e Responsabilidades

De acordo com a CLT, o empregador deve garantir a elaboração e efetiva implementação

do PCMSO, zelando pela sua eficácia.

Cabe ao empregador, custear todos os procedimentos relacionados ao PCMSO, compro-

vando a execução das despesas quando solicitado pela fiscalização do trabalho.

A empresa deve indicar um médico coordenador responsável pela execução deste programa.

A Indústria do Vestuário Roupa Feliz é desobrigada de manter um médico do trabalho em

seu quadro de funcionários de acordo com a NR-4. No entanto, esta deve designar um co-

ordenador do PCMSO, empregado ou não da empresa.

Os trabalhadores devem comparecer no ambulatório médico para a realização do exame

clínico-ocupacional conforme agendamento.

Os exames complementares devem ser realizados mediante solicitação médica, e o re-

sultado destes, entregue pessoalmente a este serviço médico.

O ASO deve ser assinado pelo trabalhador que receberá uma cópia.

Os dados deste programa devem ser mantidos pela empresa por um período mínimo de

vinte anos após o desligamento do trabalhador.

A avaliação clínica e os exames complementares devem ser registrados em prontuário

clínico individual sob a responsabilidade do médico coordenador do PCMSO.

Sempre que ocorrer um acidente de trabalho (tipo ou de trajeto), uma doença profissio-

nal ou uma doença do trabalho, o médico coordenador do PCMSO deve solicitar à empresa

a emissão da CAT. (Modelo do documento apresentado na p.189).

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 139

PCMSO

Quando necessário, o trabalhador deve ser afastado da exposição ao risco ou até mesmo

do trabalho, sendo encaminhado à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal,

avaliação de incapacidade e definição da conduta previdenciária em relação ao trabalho.

Os exames médicos ocupacionais devem considerar o estado de saúde do trabalhador,

a atividade laboral, a existência da exposição ao agente agressor, o local e as condições de

trabalho. Todos os trabalhadores da empresa devem ser examinados clinicamente pelo mé-

dico do trabalho, realizando os exames complementares de acordo com a existência de fa-

tores de risco em seu ambiente de trabalho. A periodicidade dos exames médicos devem

considerar a idade e a função do trabalhador, podendo ser realizados semestralmente, anu-

almente ou bienalmente. Os exames médicos obrigatórios a serem realizados são o admis-

sional, o periódico, o de retorno ao trabalho, o de mudança de função e o demissional. As

características de cada um destes está descrita no quadro 16.

Os exames complementares para os funcionários da Indústria do Vestuário Roupa Feliz

serão solicitados de acordo com o risco ocupacional a que estão expostos baseado nos da-

dos do PPRA e na observação dos postos de trabalho.

Quadro 16 - Exames médicos ocupacionais.

característica

Realizado antes de iniciar suas atividades na empresa.

semestral Para trabalhadores expostos a riscos específicos,em atividades insalubres ou periculosas.

anual Para menores de 18 anos e para maiores de 45 anos.

bienal Para trabalhadores entre 18 e 45 anos não expostosa riscos específicos.

Tipo de exame

Admissional

Periódico

Retorno ao trabalho

Mudança de função

Demissional

Os trabalhadores que se ausentarem do serviço por motivos desaúde num período igual ou superior a trinta dias, devem realizarexame médico antes de retornar ao trabalho.

Quando ocorrer exposição a risco diferente da exposição atual detrabalho, conhecido como mudança de posto de trabalho.

Realizado até a data da homologação desde que o último examemédico ocupacional tenha sido realizado há mais de cento e trinta ecinco dias.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)140

PCMSO

Quadro 17 – Parâmetro mínimo adotado para exame complementar de acordocom o risco ocupacional existente.

Avaliações psicológicas específicas para os trabalhadores poderão ser desenvolvidas

se necessário.

O intervalo de realização pode ser reduzido a critério do médico coordenador do PCMSO,

ou por notificação do médico agente da inspeção do trabalho, ou mediante negociação co-

letiva do trabalho.

Exame complementar

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscular.Exame oftalmológico.

Periodicidade

ANUAL

Risco Ocupacional

Ergonômico

Exame clínico com atenção parasistema auditivo.

ADMISSIONAL DE REFERÊNCIA -6 MESES APÓS A ADMISSÃO ANUAL

Físico – RuídoExame audiométrico

ADMISSIONAL DE REFERÊNCIA -6 MESES APÓS A ADMISSÃO ANUAL

Exame clínico com atenção parao aparelho osteomuscular evascular.

ANUALFísico – Vibração

Exame clínico com atenção parasistema nervoso edermatológico.Dosagem de 2,5-hexanodiona naurina.

SEMESTRALQuímico

n – hexano

Exame clínico com atenção parasistema nervoso edermatológico.Dosagem de ácido hipúrico naurina.

SEMESTRALQuímico – Tolueno

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 141

PCMSO

■ 11.5.6.3. Controle biológico para riscos ambientais por setores,

funções e periodicidade

■ Setor Criação

Funções: 01 (estilista).

No de Funcionários: 01

■ Setor Modelagem

Funções: 01 (modelista), 01 (moldador/ riscador).

No de Funcionários: 02

Riscos Controle Periodicidade

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Funções

Estilista

Riscos Controle Periodicidade

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – perfuraçãoe/ou corte nas mãos ededos, e iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção parao aparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Funções

Modelista

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção parao aparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualMoldador /

riscador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)142

PCMSO

■ Setor Almoxarifado de Tecidos

Funções: 01 (encarregado de estoque), 01 (conferente), 01 (auxiliar de almoxarifado), 01

(revisor de tecido).

No de Funcionários: 04

■ Setor Almoxarifado de Aviamentos

Funções: 01 (conferente), 01 (auxiliar de almoxarifado).

No de funcionários: 02

Riscos Controle Periodicidade

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – quedas eentorses

Exame clínico com atenção parao aparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Funções

Encarregado

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 143

PCMSO

■ Setor Recebimento de Matéria Prima

Funções: 01 (conferente)

No de funcionários: 01

■ Setor Produtos Acabados

Funções: 01 (revisor)

No de funcionários: 01

■ Setor Enfesto e Corte

Funções: 01 (enfestador), 02 (cortador), 01 (auxiliar de corte), 01 (auxiliar de corte), 01

(etiquetador)

No de funcionários: 6

Riscos Controle Periodicidade

Ergonômico – posturainadequada elevantamento etransporte manual depesoAcidente – quedas eentorses

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Funções

Conferente

Riscos Controle Periodicidade

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – quedas eentorses

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Funções

Conferente

Riscos Controle Periodicidade

Ergonômico – posturainadequada erepetitividade

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Funções

Enfestador

Ergonômico – posturainadequada erepetitividade

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualEtiquetador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)144

PCMSO

■ Setor Bordado

Funções: 03 (bordador)

No de funcionários: 3

■ Setor Estamparia (Silk Screen)

Funções: 03 (estampador)

No de funcionários: 3

Riscos Controle Periodicidade

Físico – ruído evibraçãoErgonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – Corte nasmãos e dedos

Audiometria completaExame clínico com atenção parasistema auditivo, aparelhoosteomuscular e vascularExame oftalmológico

Admissional dereferência, 6meses apósadmissão eanualAnual

Funções

Cortador

Físico – ruídoErgonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – Corte nasmãos e dedos

Audiometria completaExame clínico com atenção parasistema auditivo e aparelhoosteomuscularExame oftalmológico

Admissional dereferência, 6meses apósadmissão eanualAnual

Auxiliar de corte

Riscos Controle Periodicidade

Físico – ruídoErgonômico – posturainadequadaAcidente – perfuraçãonas mãos e dedos, eiluminaçãoinadequada

Audiometria completaExame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Admissional dereferência, 6 meses apósadmissão e anualAnual

Funções

Bordador

Riscos Controle Periodicidade

Químico – n-hexano etoluenoErgonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção parasistema nervoso e dermatológicoe aparelho osteomuscularExame oftalmológicoDosagem de 2,5 hexanodiona(urina)

Semestral

Funções

Estampador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 145

PCMSO

■ Setor Costura

Funções: 16 (costureiro), 03 (revisor), 02 (ajudante)

No de funcionários: 21

■ Setor Lavanderia

Funções: 02 (auxiliar de lavanderia)

No de funcionários: 2

Riscos Controle Periodicidade

Físico – VibraçãoErgonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – perfuraçãonas mãos e dedos, eiluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscular evascularExame oftalmológico

Anual

Funções

Costureiro

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscular evascularExame oftalmológico

AnualRevisor

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológicoAnual

AnualAjudante

Riscos Controle Periodicidade

Físico – ruídoErgonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Audiometria completaExame clínico com atenção parasistema auditivo, nervoso,dermatológico e aparelhoosteomuscularExame oftalmológico

Admissional dereferência, 6meses apósadmissão eanualSemestral

Funções

Auxiliar delavanderia

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)146

PCMSO

■ Setor Acabamento

Funções: 07 (revisor de arremate), 10 (costureiro), 05 (operador de máquina especial),

01 (pregador de botão), 02 (auxiliares de serviços gerais)

No de funcionários: 20

Riscos Controle Periodicidade

Químico – n-hexano etoluenoErgonômico – posturainadequada erepetitividade

Hemograma completo comdosagem de plaquetasDosagem de 2,5 hexanodiona(urina)Dosagem de ácido hipírico(urina)Exame clínico com atenção parasistema nervoso, dermatológicoe respiratórioExame oftalmológico

Semestral

Funções

Revisor dearremate

Ergonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – perfuraçãonas mãos, dedos eolhos, e iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualCostureiro

Ergonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – perfuraçãona mão, dedos eolhos, e iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Operador demáquinaespecial

Ergonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – perfuraçãonas mãos, dedos eolhos, e iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualPregador de botão

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 147

PCMSO

■ Setor Passadoria

Funções: 07 (passador), 02 (ajudante)

No de funcionários: 9

■ Setor Etiquetagem (Código de barras)

Funções: 01 (etiquetador)

No de funcionários: 1

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Químico – n-hexano etoluenoErgonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – perfuraçãonas mãos, dedos eolhos

Hemograma completo comdosagem de plaquetasDosagem de 2,5 hexanodiona(urina)Dosagem de ácido hipírico(urina)Exame clínico com atenção parasistema nervoso e dermatológicoExame oftalmológico

Semestral

Auxiliar deserviçosgerais

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Acidente –queimaduraErgonômico – posturainadequada erepetitividade

Exame clínico com atenção paraaparelho cardiovascular eosteomuscularExame oftalmológico

AnualPassador

Ergonômico – posturainadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho cardiovascular eosteomuscularExame oftalmológico

AnualAjudante

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequada erepetitividade

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualEtiquetador

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)148

PCMSO

■ Setor Embalagem

Funções: 02 (embalador), 02 (ajudante de embalagem)

No de funcionários: 4

■ Setor Expedição

Funções: 01 (faturista), 03 (ajudante geral), 02 (conferente)

No de funcionários: 6

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – queda decaixas

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualEmbalador

Ergonômico – posturainadequada erepetitividadeAcidente – queda decaixas

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualAjudante deembalagem

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualFaturista

Ergonômico – posturainadequada elevantamento etransporte manual depeso

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualAjudante

geral

Ergonômico – posturainadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualConferente

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 149

PCMSO

■ Setor Compras

Funções: 01 (comprador).

No de funcionários: 01

■ Setor Gerência

Funções: 01 (gerente de produção).

No de funcionários: 01

■ Setor Ambulatório

Funções: 01 (auxiliar de enfermagem do trabalho).

No de funcionários: 01

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualComprador

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualGerente deprodução

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequadaBiológico – vírus,fungos e bactériasAcidente – perfuraçãoe/ou corte nas mãos ededos, e quedas

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Auxiliar deenfermagemdo trabalho

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)150

PCMSO

■ Setor Recepção e Portaria

Funções: 01 (porteiro) e 01 (recepcionista).

No de funcionários: 02

■ Setor Secretaria

Funções: 01 (secretária).

No de funcionários: 01

■ Setor Diretoria

Funções: 02 (diretores).

No de funcionários: 02

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualRecepcionista

Ergonômico – posturainadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualPorteiro

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequada,monotonia erepetitividadeAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualSecretária

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualDiretor

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 151

PCMSO

■ Setor Departamento Pessoal

Funções: 01 (encarregado de departamento pessoal), 01 (auxiliar de departamento

pessoal) e 01 (Office-boy).

No de funcionários: 03

■ Setor Manutenção

O serviço de manutenção como descrito no PPRA é realizado por profissionais terceiri-

zados, de acordo com a necessidade. Os riscos identificados são variáveis, portanto, o con-

trole do exame clínico ocupacional é específico e individual. O acompanhamento de saúde

desta atividade é direcionado pela empresa que fornece o serviço.

Riscos Controle PeriodicidadeFunções

Ergonômico – posturainadequadaAcidente – iluminaçãoinadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

Anual

Encarregadode

departamentopessoal

Ergonômico – posturainadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualAuxiliar

departamentopessoal

Ergonômico – posturainadequada

Exame clínico com atenção paraaparelho osteomuscularExame oftalmológico

AnualOffice-boy

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)152

PCMSO

■ 11.5.7. Relatório Anual do PCMSO

As empresas devem elaborar o relatório anual, que demonstrará o número e a natureza

dos exames médicos, estatísticas de resultados considerados anormais e o planejamento

para o próximo ano (NR-7, anexo I, quadro III). Este relatório deverá ser apresentado e dis-

cutido com os membros da CIPA, sendo anexado sua cópia no livro de atas.

"As empresas desobrigadas de indicarem médico coordenador ficam dispensadas de

elaborar o relatório anual".

PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL

RELATÓRIO ANUAL (NR-7 – quadro III)

Responsável: Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalhor Data: / /

Assinatura:

Setor Natureza doExame

No Anual deExames

Realizados

No deResultadosAnormais

(No deResultados

Anormais X 100)÷ (No Anual de

Exames)

No de Examespara o AnoSeguinte

Criação e Modelagem Periódico 3 0 0 3

Almoxarifado de tecidos eaviamentos, produtos acabados erecebimento de matéria-prima

Periódico 8 2 1,76 8

Enfesto e Corte Periódico 6 1 0,88 6

Bordado Periódico 3 0 0 3

Estamparia (Silk-Screen) Periódico 6 2 1,76 6

Costura

AdmissionalPeriódico

Retorno aotrabalho

25 10 8,84 21

Lavanderia Periódico 4 1 0,88 4

Acabamento Periódico 24 8 7,07 24

PassadoriaPeriódico

Retorno aotrabalho

10 5 4,42 9

Etiquetagem (Código De Barras) Periódico 1 1 0,88 1

Embalagem Periódico 4 1 0,88 4

Expedição Periódico 6 1 0,88 6

AdministraçãoAdmissional

PeriódicoDemissional

14 0 0 10

dia mês ano

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 153

PCMSO

Foram realizados 114 exames ocupacionais neste ano. O previsto para ser realizado nos

próximos doze meses são 105 exames periódicos. Destes exames, os setores de almoxari-

fado de tecidos e aviamentos, enfesto e corte, estamparia, costura, lavanderia, acabamen-

to, passadoria, etiquetagem, embalagem e expedição apresentaram resultados anormais.

■ 11.5.8. Primeiros Socorros

O material de primeiros socorros deverá estar disponível de acordo com as característi-

cas da atividade desenvolvida na empresa, armazenado em local adequado e aos cuidados

de pessoa treinada.

SUGESTÃO DE CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

3 pares de luvas 1 máscara de ar para parada cardíaca

1 colar cervical 1 tala para dedo

1 tala para punho 1 tala para perna

1 rolo de algodão 5 pacotes de compressa de gaze

1 rolo de esparadrapo 5 unidades de compressas cirúrgicas

10 rolos de atadura de crepom 1 caixa de curativo adesivo

1 frasco de soro fisiológico 0,9% 1 frasco de anti-séptico

1 bandagem para imobilização 1 tesoura

1 maleta 1 frasco de sabão neutro líquido

■ 11.5.9. Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)

O Atestado de Saúde Ocupacional - ASO deverá ser emitido em duas vias para cada exa-

me médico ocupacional realizado. A primeira via deve ser arquivada na empresa e a segun-

da deve ser entregue ao trabalhador.

Atenção✓ No Estado de São Paulo é obrigatório o uso do formulário de atestados mé-

dicos da Associação Paulista de Medicina, ou o impresso próprio do atesta-

do médico de saúde ocupacional com o selo médico da APM.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)154

PCMSO

.ASO com SELO DA APM

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 155

PCMSO

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)156

PCMSO

Folha de receituário em branco

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 157

PCMSO

■ 11.5.10. Outras atividades em Saúde no Trabalhador

Embora a CLT no capítulo V e a NR-07, não tratem deste item diretamente determinan-

do parâmetros e periodicidade, a boa prática médica recomenda a atenção a saúde do tra-

balhador como um todo.

A saúde do trabalhador pode ser desenvolvida como atividades de atenção primária, se-

cundária e terciária.

As atividades de atenção primária envolvem a promoção da saúde de doenças comuns

que aparecem na população, em geral, independentes das suas atividades laborativas.

Para a população estudada da empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz o quadro 18,

trata da prevenção primária mostrando uma relação dos diversos sistemas (itens de aten-

ção), doenças mais frequentes e as ações para os programas propostos.

Quadro 18 – Atividades de promoção da saúde.

Tópicos mais freqüentes Programas propostosItens de atenção

Identificação de alteração visual(fadiga – cansaço na vista)

Censo oftalmológico e medidas decorreção da visãoSistema visual

Hipertensão arterial, risco de infartodo coração, varizes

Orientação alimentar e exercíciofísicoSistema cardiovascular

Asma, rinite alérgica, tuberculoseOrientação de prevenção dedoenças respiratórias. Programa decontrole de aerodispersóides evapores orgânicos.

Sistema respiratório

Gastrites, úlceras, hepatites, cirrosePrevenção de cáries

Orientação alimentarAssistência odontológica preventivaSistema digestório

Alterações renais, infecçõesurinárias

Orientação alimentar e cuidados dehigiene pessoalSistema urinário

Diabetes melitus, obesidade,doenças da tireóide Orientação alimentarSistema endócrino

Artrose, reumatismo Orientação de exercíciosSistema ósteo-muscular

Estresse, neuroses, dependênciaquímica Orientação psicológicaSistema nervoso mental

Doenças sexualmente transmissíveisCampanhas de informação comatividades preventivas e cuidadoscom higiene pessoal

Sistema reprodutor

Atenção materno-infantil Controle pré-natal - estimulo aamamentação - banco de leiteSistema reprodutor feminino

Próstata, mama e colo uterino,Pulmonar

Atividades educativas e examespreventivosPrevenção do câncer

Dificuldades de acesso (locomoção) Orientação do público e da empresaDeficiente físico

Automobilístico, domésticos Direção consciente e defensivaPrevenção de acidentes domésticoAcidentes (geral)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)158

PCMSO

As atividades nos programas propostos podem ser desenvolvidas em qualquer época do

ano, quando possível, convidamos especialistas para abordarem o tema. Procuramos reali-

zar as orientações aproveitando os intervalos existentes no período de baixa produção, na

troca das coleções.

Reservamos uma parte da orientação para um depoimento pessoal de um grupo de tra-

balhadores, com o intuito de estimular a participação dos mesmos.

Em complemento a prevenção primária é orientado a importância da observação da car-

teira de vacinação dos trabalhadores e a ocorrência de determinadas alterações da saúde,

orientamos que o trabalhador seja vacinado. A recomendação de vacinação adotado na em-

presa Indústria do Vestuário Roupa Feliz encontra-se no quadro 19.

Quadro 19 – Recomendação de vacinas.

* Importante: consulte o serviço de saúde em viagens da secretária da saúde.

Adultos com idadeaté 65 anos

Profissionais dasaúde(auxiliar deenfermagem dotrabalho e médico dotrabalho)

Indivíduos imuno-deprimidos (AIDS,Diabetes,Insuficiência Renal,Câncer, Alcoolismo)

Pacientes comdoençacardiopulmonarcrônica

Viajantes (diretor,gerente de produção,comprador, outros)*

X X X X

X X X X X X X

X X X

X X X

X X X X X X X X

Anti-tetânica ou DT Influenza Pneumonia Sarampo Caxumba Rubéola Hepatite B Febre Tifóide Febre

Amarela

VacinaPopulação

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 159

PCMSO

As atividades de atenção secundária em saúde do trabalhador são direcionadas para o

grupo de trabalhadores, de acordo com a possibilidade da ocorrência de determinado risco

no trabalho.

O médico do trabalho coordenador- Dr. Roupa Branca Saúde do Trabalhor responsável

pelo PCMSO exerce atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças essencial-

mente prevencionistas, dedicando-se integralmente as atividades primárias e secundárias

para zelar pela saúde dos trabalhadores.

As atividades de atenção terciária em saúde do trabalhador visa atender ao funcionário

doente, ou seja, a doença já instalada e em curso. Tem por objetivo o rápido estabelecimen-

to das condições de saúde através de práticas curativas, busca limitar as possíveis seqüe-

las da enfermidade e desde que persistam, desenvolve medidas para a reabilitação da pes-

soa no seu contexto psicossocial, familiar e laborativo. Os serviços médicos de apoio são

externos à empresa Indústria do Vestuário Roupa Feliz sendo oferecidos pelo estado, insti-

tuições públicas, clínicas particulares e pelos convênios médicos.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 161

12.1. Introdução

O trabalho de campo foi realizado em diversos períodos de 2001 e 2002. Foram avalia-

das trinta empresas, sendo 10 empresas em Santos, 10 empresas em São José do Rio Pre-

to e 10 empresas em São Paulo.

12.2. Objetivo

O estudo desta população teve a finalidade de conhecer a diversidade do trabalho e os

possíveis riscos existentes na indústria do vestuário, fornecendo subsídios para a elabora-

ção deste manual.

12.3. Atividades realizadas

As análises qualitativas e quantitativas foram realizadas por profissionais de Seguran-

ça e Saúde no Trabalho, envolvendo ergonomista, fonoaudiólogo, medico do trabalho, quí-

mico, técnico químico, engenheiro de segurança e técnico de segurança.

Nas análises qualitativas foram avaliados os agentes ergonômico e químico, além de

observações das instalações e operações na produção.

As análises quantitativas avaliaram o nível de pressão sonora (ruído), temperatura (ca-

lor), conforto térmico, iluminância, agentes químicos, condição da saúde e audição dos tra-

balhadores. Para estas análises foram utilizados equipamentos e materiais específicos de

cada área de atuação.

12.4. Resultados

As empresas apresentaram mão-de-obra predominantemente feminina e uma população

jovem, conforme mostra os gráficos 1 e 2.

Perfil das empresas pesquisadas12

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)162

Perfil das Empresas Pesquisadas< 14

anos14

a 18

18 a 22

22 a 26

26 a 30

30 a 34

34 a 38

38 a 42

42 a 46

46 a 50

50 a 54

54 a 58

58 a 62

62 a 66

%

1,151,441,15

3,75

8,36

12,9812,1012,10

13,5413,54

11,24

8,07

0,580

20

18

16

14

12

10

8

6

4

2

0

Gráfico 2 – Distribuição percentual da população avaliada segundo a faixa etária.

%

84

16

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Feminino(293 funcionários)

Masculino(55 funcionários)

Sexo femininoSexo masculino

Gráfico 1 – Distribuição percentual da população avaliada segundo o sexo.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 163

Perfil das Empresas Pesquisadas

■ Engenharia e Segurança no Trabalho

✓ As edificações das empresas foram observadas, podendo-se constatar diferenças

nas instalações, encontrando desde indústrias instaladas em construções residenci-

ais até galpões industriais, iluminação natural auxiliada pela artificial e ventilação

natural complementada em alguns casos pela artificial.

✓ Foram realizadas 1756 avaliações do nível de pressão sonora (ruído), sendo que

9,17% apresentaram resultados acima do limite de tolerância de 85dB(A) (NR-15),

como apresentados no gráfico 03.

✓ As avaliações de iluminância totalizaram 1715 pontos. Dentre estes, 59,59% mostra-

ram resultados abaixo do nível recomendado pela NR-17 que refere-se a NBR 5413

de abril de 1992, representados no gráfico 04.

%

40,41

59,59

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Dentro dos índices de iluminânciaconforme NBR 5.413Abaixo dos índices de iluminância

%

90,83

9,17

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Dentro do limite detolerância de 85dB (A)Acima do limite detolerância de 85dB (A)

Gráfico 3 – Distribuição percentual dos níveis depressão sonora dos pontos avaliados.

Gráfico 4 – Distribuição percentual dos índicesde iluminância dos pontos avaliados.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)164

Perfil das Empresas Pesquisadas

✓ Quanto ao conforto térmico, de

50 avaliações realizadas, como

pode ser observado no gráfico 05,

34% apresentaram resultados

acima do limite recomendado pe-

la legislação para atividades mo-

deradas (26,7°C) conforme (NR-

15), atingindo resultados de até

29,8°C.

■ Ergonomia

Os aspectos ergonômicos foram observados com detalhes nos postos de trabalho dos

setores de enfesto e corte, costura e passadoria por serem os mais característicos na in-

dústria do vestuário.

✓ O cortador realiza suas atividades de forma manual com a tesoura, com o uso da má-

quina de corte elétrica manual e/ou com o uso da máquina automática. Na operação

de uso da tesoura, ocorre uma grande repetitividade dos movimentos da mão domi-

nante. Com o uso da máquina de corte elétrica manual, o cortador realiza o enfesto

e corta o tecido com o auxílio da mesma. No caso da maquina automática, o corta-

dor realiza apenas o enfesto, posicionando o tecido na máquina para que esta, o cor-

te. Entre os aspectos favoráveis para esta função, em 95% dos casos não há a reali-

zação de transporte manual de carga acima do limite permitido pela legislação (CLT,

seção XIV, art.198) e em 74%, o manuseio de materiais não exige o uso de força por

parte do trabalhador. Os aspectos desfavoráveis que devem ser ressaltados são rela-

%

66

34

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Dentro dos limites de tolerância de26,7° C para trabalho moderadoAcima do limite de tolerância

Gráfico 5 – Distribuição percentual do confortotérmico dos postos avaliados.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 165

Perfil das Empresas Pesquisadas

cionados ao mobiliário. As bancadas apresentam altura fixa do posto de trabalho em

100% das situações observadas e em 95% dos casos, não há suporte para os pés.

Com relação a postura no trabalho, em 91% dos casos, o trabalhador tem que reali-

zar uma flexão do tronco (dobra do corpo, movimento da região abdominal em cima

da bancada de trabalho) para o corte do tecido sobre a bancada. A seguir, o gráfico

06 ilustra de uma forma geral, os riscos encontrados para o setor de enfesto e corte,

apresentando a média dos aspectos favoráveis e desfavoráveis para força, repetição,

organização no trabalho, postura no trabalho e mobiliário.

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Média dos aspectos favoráveisMédia dos aspectos desfavoráveis81

19

4654

4555

36

64

5

95

Força Repetição Organizaçãodo trabalho

Postura notrabalho

Mobiliário

Gráfico 6 – Fatores de risco ergonômicos encontrados no setor de enfesto e corte

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)166

Perfil das Empresas Pesquisadas

✓ A costureira realiza o seu trabalho na posição sentada. Das cadeiras utilizadas, 58%

apresentam estofamentos e 91% assentos com borda anterior arredondadas. Em 95%

dos casos não há transporte manual de cargas acima do limite permitido pela legisla-

ção (CLT, seção XIV, art.198) e o esforço muscular estático não ocorre em 72%. A cos-

tureira permanece grande parte do tempo executando força com os pés (55%) para

acionamento da máquina através de um pedal. Para posicionar e direcionar o tecido,

é necessário o uso de força com as mãos. Concomitantemente, há exigência de acui-

dade visual e alto nível de atenção, realizando flexão (dobra) de pescoço (93%) e tron-

co (57%). Os riscos encontrados para o setor de costura, estão apresentados no grá-

fico 07 de uma forma geral através da média dos aspectos favoráveis e desfavoráveis

para força, mobiliário, repetição, organização do trabalho e postura no trabalho.

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Média dos aspectos favoráveisMédia dos aspectos desfavoráveis

67

33

62

38

61

3931

69

26

74

Força Repetição Organizaçãodo trabalho

Postura notrabalho

Mobiliário

Gráfico 7 – Fatores de risco ergonômicos encontrados no setor de costura.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 167

Perfil das Empresas Pesquisadas

✓ Em 90% dos casos, o transporte manual realizado pelo passador não ultrapassa o li-

mite permitido pela legislação (CLT, seção XIV, art.198). Nas empresas, o passador

permanece em pé a maior parte do tempo sem suporte para os pés (90%) e com al-

tura fixa do posto de trabalho em 75%. A atividade exige um movimento de preen-

são da mão que utiliza o ferro de passar com força em 63% dos casos observados, e

a flexão (dobra) da coluna cervical (pescoço) em 77%. A maioria dos trabalhadores

utilizava o ferro com o braço dominante, apresentando postura assimétrica dos mem-

bros superiores. Foi encontrado 81% de problemas para as mãos, 77% para os pu-

nhos e 74% para o tronco. Os fatores de risco encontrados para o setor de passado-

ria estão apresentados de forma geral através da média dos aspectos favoráveis e

desfavoráveis para a organização do trabalho, força, repetição, mobiliário e postura

no trabalho, conforme o gráfico 08.

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Média dos aspectos favoráveisMédia dos aspectos desfavoráveis

49 5138

62

49,5 50,5

25,6

74,4

29

71

Força RepetiçãoOrganizaçãodo trabalho

Postura notrabalho

Mobiliário

Gráfico 8 – Fatores de risco ergonômicos encontrados no setor de passadoria.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)168

Perfil das Empresas Pesquisadas

■ Fonoaudiologia

✓ Dos 348 exames audiométricos

realizados, um resultado de exa-

me foi desconsiderado por se tra-

tar de trabalhador com deficiên-

cia auditiva. Dos exames consi-

derados válidos (347) 82,13%

apresentaram resultados compa-

tíveis com padrão de normalida-

de. No gráfico 09, observamos

que o índice de alterações auditi-

vas sugestivas de PAIR encontra-

das é de 5,77%.

✓ Dentre as queixas otológicas, a intolerância a sons intensos foi a mais relatada

(51,59%), seguida de zumbido (27,08%), conforme representadas no gráfico 10.

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

12,105,77

82,13NormalAlterado sugestivode PAIRAlterado não sugestivode PAIR

Gráfico 9 – Distribuição percentual dos resultados obtidosnos exames audiométricos da população avaliada

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

88,76

11,24

87,03

12,97

81,56

18,44

72,92

27,08

48,41 51,59

Sensação deperda da audição

Infecção nasorelhas

Dor de ouvido Zumbido Intolerância asons intensos

Ausência de queixaPresença de queixa

Gráfico 10 – Distribuição percentual das queixas otológicas apresentadas pela população avaliada

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 169

Perfil das Empresas Pesquisadas

✓ Para as queixas audiológicas, a dificuldade em conversar em ambiente ruidoso foi a

mais referida (gráfico 11).

✓ No gráfico 12, podemos observar que entre outras queixas, a dor de cabeça foi a que

apresentou maior índice de reclamação (62,54%).

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

89,63

10,37

86,45

13,55

44,3855,62

Dificuldade em escutarem ambiente silencioso

Dificuldade em escutarTV/rádio

Dificuldade em falarao telefone

Dificuldade em escutarem ambiente ruidoso

Ausência de queixaPresença de queixa91,07

8,93

Gráfico 11 – Distribuição percentual das queixas audiológicas apresentadas pela população avaliada.

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

78,38

21,62

73,78

26,22

73,49

26,51

69,45

30,5537,46

62,54

Vertigens Mal-estar Sensação depressão na cabeça

Tortura-Perdade equilíbrio

Dor de cabeça

Ausência de queixaPresença de queixa

Gráfico 12 – Distribuição percentual de outras queixas apresentadas pela população avaliada.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)170

Perfil das Empresas Pesquisadas

✓ Poucos trabalhadores referiram utilizar

protetores auditivos durante a jornada

de trabalho (gráfico 13).

✓ Quanto a exposição á níveis de pressão

sonora extra-ocupacionais, o gráfico 14

mostra que o mais referido foi freqüen-

tar cultos religiosos (29,39%), seguido

de shows musicais (19,31%) e uso de

walkman/discman (16,43%).

%

17

83100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Usa protetoresauditivosNão usaprotetoresauditivos

Gráfico 13 – Distribuição percentual da populaçãoavaliada segundo utilização de protetores auditivos

durante a jornada de trabalho.

%100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Manipulafogos deartifício

Participa deconjuntomusical

Tocar alguminstrumento

musical

Usawalkman/discman

Freqüentashows

musicais

Não refereRefere

99,14

0,86

97,41

2,59

96,25

3,75

83,57

16,43

80,69

19,31

70,61

29,39

Freqüentacultos

religiosos

Gráfico 14 – Distribuição percentual da população avaliada segundo exposição a níveis depressão sonora extra-ocupacionais.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 171

Perfil das Empresas Pesquisadas

■ Medicina Ocupacional

Segundo referências dos 296 trabalhadores submetidos ao exame clínico:

✓ A população examinada caracteriza-se por ser uma população saudável. Encontramos

59,46% (176 trabalhadores) sem qualquer queixa devido a problema de saúde. Apresen-

taram queixas únicas ou múltiplas, mais de um item, 120 trabalhadores, portanto 40,54%.

✓ As queixas referidas não atingiram isoladamente 5%. As mais freqüentes foram: dor de

cabeça/tontura em 4,72% (14 trabalhadores), pressão alta 4,05% (12 trabalhadores), dor

nas penas/varizes 3,37% (10 trabalhadores) e gripe/rinite em 3,04% ( 09 trabalhadores).

✓ O relato de acidentes de trabalho foi de apenas 15,88% (47 trabalhadores). A emissão

de CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho ocorreu em 25 vezes, sendo responsá-

vel por 8,45%. A doença ocupacional foi citada por 15 trabalhadores sendo 5,07% dos

casos. Os afastamentos por causa não ocupacional para auxílio doença foi de 29,39%

(87 trabalhadores) e para licença maternidade foi de 1,68% (05 trabalhadoras).

✓ Os aspectos comporta-

mentais e psíquicos estão

relatados no gráfico 15,

refletindo o sentimento

pessoal tanto no trabalho

quanto na vida diária.

Ansiedade apareceu na

proporção de 61,80%,

tranqüilidade em 40,90%,

nervosismo/irritabilidade

em 39,10%, insônia em

25,70% e depressão

em 5,30%.

%

61,80

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

0

Refere queixa

Ansiedade Tranqüilidade Nervosismo eirritabilidade

Insônia Depressão

40,90 39,1025,70

5,30

Gráfico 15 – Distribuição percentual dos trabalhadores examinadossegundo queixas apresentadas no aspecto psíquico e comportamental.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)172

Perfil das Empresas Pesquisadas

✓ Conforto visual foi relatado por 208 trabalhadores (70,27%).

✓ Para o sistema cardiovascular, encontramos 8,78% (26 trabalhadores) que apresen-

taram pressão arterial diastólica (pressão mínima) com valores elevados, determi-

nando diagnóstico provável de hipertensão arterial sistêmica. Adotamos o critério de

classificação da pressão arterial para maiores de 18 anos do IV Diretrizes Brasileiras

de Hipertensão, 2002.

✓ A avaliação do índice de massa corpórea (IMC) é o peso do indivíduo em quilograma

dividido pelo quadrado de sua altura em metros. Em 79 trabalhadores (26,69%) foi

apresentado sobrepeso e 50 trabalhadores (16,89%) baixo peso, conforme classifica-

ção da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentada no quadro a seguir.

Fonte: OMS

■ Toxicologia Industrial

No setor de estamparia, quando utilizado o processo de serigrafia (silk-screen), o risco

químico ocupacional é mais relevante devido ao uso dos produtos químicos à base de sol-

ventes orgânicos.

Na determinação das concentrações destes solventes orgânicos no ambiente de traba-

lho e de seus metabólicos em amostras de urina dos trabalhadores, os valores obtidos fo-

ram inferiores aos limites de tolerância estabelecidos pelas NR 15 e NR 17.

ClassificaçãoÍndice de Massa Corpórea (kg/m2)

Abaixo de 18,5 Abaixo do peso

18,5 – 24,9 Peso normal

25,0 – 29,9 Sobrepeso

30,0 – 34,9 Obesidade Grau I

35,0 – 39,9 Obesidade Grau II

40,0 e acima Obesidade Grau III

Parte III

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

O objetivo principal dos aspectos legais mencionados a seguir, é propiciar aos emprega-

dores, funcionários e outros profissionais ligados a indústria do vestuário alguns aspectos

dispostos na legislação vigente.

Para maiores esclarecimentos sugerimos uma consulta mais específica na própria legis-

lação. Todas as referências legais aqui citadas, podem ser consultadas no:

Centro de Documentação e Informação – CDITel.: (11) 3832-1066 (ramal 1102) / (11) 3834-9102

e-mail: [email protected]

Inicialmente serão apresentadas as Normas Regulamentadoras e posteriormente aspec-

tos gerais da legislação brasileira.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 175

Aspectos Legais13

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

Aspectos Legais

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 177

Aspectos Legais

13.1. Normas Regulamentadoras (NRs)

Perante a lei no 6.514 de 22 de dezembro de 1977, as empresas devem cumprir as Nor-

mas Regulamentadoras (NR’s) do Ministério do Trabalho. Além destas normas, os emprega-

dores devem estar atentos a Constituição Federal, a Constituição Estadual, a Legislação Pre-

videnciária, ao Código de Obras e Regulamentos Sanitários dos Estados ou Municípios, e as

Instruções Normativas do Corpo de Bombeiros.

O cumprimento da legislação visa proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudá-

vel, resultado alcançado com o compromisso e colaboração em conjunto dos empregadores

e seus empregados.

As NR’s foram estabelecidas inicialmente através da Portaria 3214 de 8 de junho de 1978

pelo Ministério do Trabalho e Emprego sendo passíveis de alterações e complementações.

É importante destacar as alterações das NR-7 e NR-9 nas Portarias 24 e 25 de 29 de de-

zembro de 1994 pelo Ministério do Trabalho e Emprego/SSST que alteraram estas normas

instituindo padrões mínimos exigidos pela legislação trabalhista para o Programa de Contro-

le Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e para o Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais (PPRA).

Em 9 de abril de 1996 o Ministério do Trabalho e Emprego aprovou a Portaria 393 que es-

tabelece procedimento legal para alteração das NR’s através do Sistema Tripartite Paritário,

formado por representantes do Governo, Trabalhadores e Empregadores.

As empresas podem manter-se atualizadas sempre que necessário através do site

www.planalto.gov.br ou do nosso Centro de Documentação e Informação.

Neste capítulo estaremos apontando os principais tópicos das NR’s, enfocando somente

as que são aplicáveis à Indústria do Vestuário. Cabe ressaltar que para a aplicação é neces-

sário o conhecimento da Norma Regulamentadora em sua íntegra.

NR – 1

DISPOSIÇÕES GERAIS

■ Conteúdo

Dispõe das demais normas relativas à segurança e medicina do trabalho, sendo de ob-

servância obrigatória pelas empresas e órgãos, que possuam empregados regidos pela Con-

solidação das Leis do Trabalho (CLT).

■ Aspectos principais

■ A observância das Normas Regulamentadoras (NR) não desobriga as empresas do

cumprimento de outras disposições incluídas em códigos de obras ou regulamentos

sanitários dos Estados ou Municípios, e outras provenientes de convenções e acor-

dos coletivos de trabalho.

■ Deveres do empregador: cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamen-

tares, elaborar ordens de serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho; informar

aos trabalhadores: os riscos profissionais que possam estar expostos nos locais de

trabalho, os meios para prevenir/limitar tais riscos e as medidas adotadas pela em-

presa, permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização

dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

■ Deveres do empregado: cumprir as disposições legais e regulamentares sobre Segu-

rança e Medicina do Trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empre-

gador; usar o EPI – Equipamento de Proteção Individual, fornecido pelo empregador;

submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras (NR’s);

colaborar com a empresa na aplicação das NR’s.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)178

Aspectos Legais

NR – 2

INSPEÇÃO PRÉVIA

■ Conteúdo

Estabelece que todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá soli-

citar aprovação de suas instalações ao Órgão Regional do Ministério do Trabalho e Emprego,

que após realizar a inspeção prévia, emitirá o Certificado de Aprovação de Instalações (CAI).

■ Aspectos principais

■ A inspeção prévia e a declaração de instalações, constituem os elementos capazes de

assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de aciden-

tes e/ou de doenças do trabalho, razão pela qual o estabelecimento que não atender

ao disposto naqueles itens fica sujeito ao impedimento de seu funcionamento, confor-

me estabelece o artigo 160 da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, até que seja

cumprida a exigência deste artigo.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 179

Aspectos Legais

Atenção✓ Na impossibilidade da inspeção prévia antes do início das atividades da

empresa, esta deverá encaminhar ao Órgão Regional do Ministério do

Trabalho e Emprego uma declaração das instalações, podendo ou não ser

aceita para fins de fiscalização.

✓ A empresa deverá comunicar e solicitar a aprovação do Órgão Regional do

MTbE, quando ocorrer modificações substanciais nas instalações e/ou nos

equipamentos de seu(s) estabelecimento(s).

✓ É facultado às empresas submeter à apreciação prévia do Órgão Regional

do MTbE os projetos de construção e respectivas instalações.

NR – 3

EMBARGO OU INTERDIÇÃO

■ Conteúdo

O Delegado Regional do Trabalho poderá interditar estabelecimento, setor de serviço,

máquina ou equipamento, ou embargar obra conforme o caso, mediante laudo técnico do

serviço competente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, indicando na

decisão tomada, com a brevidade que a ocorrência exigir, as providências que deverão ser

adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais.

■ Aspectos principais

■ A interdição acarreta paralisação total ou parcial do estabelecimento, setor de servi-

ço, máquina ou equipamento.

■ O embargo acarreta paralisação total ou parcial da obra. Considera-se obra todo e qual-

quer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, manutenção e reforma.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)180

Aspectos Legais

Atenção✓ Considera-se grave e iminente risco toda condição ambiental de trabalho que

possa causar acidente do trabalho ou doença profissional com lesão grave à

integridade física do trabalhador.

✓ Durante a paralisação do serviço, em decorrência da interdição ou do

embargo, os empregados receberão os salários como se estivessem em

efetivo exercício.

NR – 4

Serviço especializado em Engenharia de

Segurança e em Medicina do Trabalho

■ Conteúdo

Esta norma determina a obrigatoriedade das empresas implantarem o SESMT (Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho).

■ Aspectos principais

■ A finalidade do SESMT é de promover a saúde e proteger a integridade do trabalha-

dor no local de trabalho.

■ As empresas que possuam mais de 50% (cinqüenta por cento) de seus empregados

em estabelecimento ou setor com atividade cujo grau de risco seja superior ao da ati-

vidade principal, deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de

Segurança e em Medicina do Trabalho em função do maior grau.

■ Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é vedado o

exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação nos Ser-

viços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 181

Aspectos Legais

NR – 5

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

■ Conteúdo

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (CIPA) tem como objetivo a

constante melhoria das condições laborais para prevenção de acidentes e doenças decor-

rentes do trabalho.

■ Aspectos principais

■ É composta por representantes dos empregados eleitos em votação secreta e do em-

pregador por ele designado.

■ Deve ser constituída por estabelecimento, ou seja, por endereço. A empresa que pos-

suir no mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deve garantir a integração

da CIPA de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) da

empresa, e número de empregados no estabelecimento da empresa onde o dimensi-

onamento desta comissão está previsto no quadro III.

■ A CIPA deve colaborar no desenvolvimento e implementação do Programa de Contro-

le Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos de Aci-

dentes (PPRA) e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho,

tais como: SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes), mapa de risco e cam-

panhas de divulgação.

■ O mandato dos membros eleitos da CIPA tem duração de um ano, sendo permitida

uma reeleição.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)182

Aspectos Legais

Atenção✓ Os titulares da representação dos empregados na CIPA não poderão sofrer

despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que se fundar em motivo

disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.

✓ Quando a empresa não se enquadrar no quadro I, deverá ser nomeado um

responsável pelo cumprimento da NR-5.

✓ Várias foram as alterações estabelecidas pela nova NR-5, Portaria SSST no 08 de

23 de fevereiro de 1999. As CIPAs a partir desta data, ficaram com autonomia

total na prática de elaboração e guarda de seus dados administrativos.

NR – 6

Equipamento de Proteção Individual (EPI)

■ Conteúdo

O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso indivi-

dual utilizado pelo trabalhador, destinado à sua proteção contra os riscos existentes no am-

biente de trabalho.

■ Principais aspectos

■ É obrigação da empresa fornecer gratuitamente aos empregados o (s) EPI (s) adequa-

do(s) ao(s) risco(s) ambiental(is), sempre que: as medidas de proteção coletivas neces-

sárias forem tecnicamente inviáveis; enquanto as medidas de proteção coletiva esti-

verem sendo implantadas; e para atender as situações de emergência.

■ É dever do empregador adquirir o tipo de EPI com Certificado de Aprovação (CA) ade-

quado a atividade do trabalhador; treinando-o sobre o seu uso e obrigatoriedade, além

de oferecer possibilidade de troca e manutenção periódica.

■ O empregado tem o dever de usar o EPI, responsabilizando-se por sua guarda e con-

servação.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 183

Aspectos Legais

Atenção✓ O empregador deve ter uma ficha datada e assinada pelo trabalhador

comprovando o recebimento do(s) EPI(s).

✓ A recusa por parte do trabalhador em usar o(s) EPI(s) é passível de

penalidades conforme a legislação.

NR – 7

Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional

■ Conteúdo

Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Controle

Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saú-

de dos seus trabalhadores.

■ Principais aspectos

■ Estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados na execu-

ção do PCMSO, podendo ser ampliados mediante negociação coletiva de trabalho.

■ Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços, informar a em-

presa contratada os riscos existentes e auxiliar na elaboração e implantação do

PCMSO.

■ Integra outras iniciativas da empresa com a saúde dos trabalhadores.

■ O médico do trabalho analisa as relações entre a saúde e o trabalho em grupos de tra-

balhadores que exercem serviços semelhantes.

■ O PCMSO deve ter caráter preventivo.

■ Os exames médicos ocupacionais que devem ser realizados são: admissional, periódi-

co, mudança de função, retorno ao trabalho (mais de 30 dias de afastamento) e de-

missão.

■ O relatório anual do PCMSO deve ser apresentado à Delegacia Regional do Trabalho

até 31 de janeiro, mantendo-se cópia no arquivo da empresa.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)184

Aspectos Legais

Atenção✓ O PCMSO deve estar integrado com o desenvolvimento do Programa de

Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA – NR-9).

NR – 8

Edificações

■ Conteúdo

Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece requisitos técnicos mínimos que devem

ser observados nas edificações, para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalhem.

■ Principais aspectos

■ Os locais de trabalho devem ter no mínimo 3 metros de pé direito (altura livre do piso

ao teto).

■ Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem depressões.

■ Os pisos, as escadas e rampas devem oferecer resistência suficiente para suportar as

cargas móveis e fixas, para as quais a edificação se destina; devem dispor de proces-

sos antiderrapantes e guarda-corpo de proteção contra quedas onde for necessário.

■ Quando necessário, os pisos e as paredes dos locais de trabalho devem ser imperme-

abilizados e protegidos contra a umidade.

■ As edificações dos locais de trabalho devem ser projetadas e construídas de modo a

evitar insolação excessiva ou falta de insolação.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 185

Aspectos Legais

Atenção✓ A construção do ambiente de trabalho deve ser projetada de modo a favore-

cer a ventilação e a iluminação natural.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)186

Aspectos Legais

NR – 9

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

■ Conteúdo

Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do Programa de Prevenção

de Riscos Ambientais – PPRA.

■ Principais aspectos

■ É de responsabilidade do empregador estabelecer, implementar e assegurar o cum-

primento do PPRA, como atividade permanente da empresa ou instituição, além de

informar os trabalhadores sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos lo-

cais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos pro-

tegendo-os dos mesmos.

■ O PPRA tem como objetivo a preservação da saúde e da integridade física dos traba-

lhadores.

■ Sua abrangência e profundidade dependem das características dos riscos e das ne-

cessidades de controle.

■ Etapas do PPRA: antecipação e reconhecimentos dos riscos, estabelecimento de pri-

oridades e metas de avaliação e controle, avaliação dos riscos e da exposição dos

trabalhadores, implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia, mo-

nitoramento da exposição aos riscos, registro e divulgação dos dados.

■ O PPRA pode ser elaborado e desenvolvido pelo Serviço Especializado em Engenha-

ria de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou terceirizado, isto é, por

pessoa que a critério do empregador, que sejam capazes de desenvolver o disposto

nesta NR.

■ É de responsabilidade dos trabalhadores: colaborar e participar na implantação e

execução do PPRA, seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos, in-

formar ao seu superior ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à

saúde dos trabalhadores.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 187

Aspectos Legais

■ O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de

trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou mais trabalha-

dores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades.

Atenção✓ O PPRA deve estar articulado com o disposto nas demais NR, em especial

com a NR-7 (PCMSO).

✓ Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos

existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, con-

centração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar da-

nos à saúde do trabalhador.

✓ O Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deve ser considerado para fins de pla-

nejamento e execução do PPRA em todas as suas fases.

NR – 10

Instalações e Serviços em Eletricidade

■ Conteúdo

Esta Norma Regulamentadora fixa as condições mínimas exigíveis para garantir a segu-

rança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas,

incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação e, ainda, a segu-

rança de usuários e terceiros.

■ Principais aspectos

■ Nas instalações e serviços em eletricidade, devem ser observadas as normas técnicas

oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na falta destas, as normas inter-

nacionais vigentes, de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos

de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.

■ Todas as edificações devem ser protegidas contra descargas elétricas atmosféricas, e

as partes das instalações elétricas sujeitas a acumulação de eletricidade estática de-

vem ser aterradas.

■ No desenvolvimento de serviços em instalações elétricas devem ser previstos Siste-

mas de Proteção Coletiva (SPC) através de isolamento físico de áreas, sinalização,

aterramento provisório e outros similares.

■ Os serviços de manutenção e/ou reparos em partes de instalações elétricas, sob ten-

são, só podem ser executados por profissionais qualificados, devidamente treinados,

em cursos especializados, com emprego de ferramentas e equipamentos especiais,

atendidos os requisitos tecnológicos.

■ Deve ser fornecido um laudo técnico ao final de trabalhos de execução, reforma ou

ampliação de instalações elétricas, elaborado por profissional devidamente autoriza-

do e que deverá ser apresentado, pela empresa, sempre que solicitado pelas autori-

dades competentes.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)188

Aspectos Legais

Atenção✓ a É proibida a ligação simultânea de mais de um aparelho à mesma tomada

de corrente, com o emprego de acessórios que aumentem o número de saí-

das, salvo se a instalação for projetada com essa finalidade.

NR – 11

Transporte, Movimentação, Armazenagem e

Manuseio de Materiais

■ Conteúdo

Esta norma trata dos equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como

elevadores de carga, empilhadeiras entre outros utilizados.

■ Principais aspectos

■ Em todo equipamento deve ter indicado a carga máxima de trabalho permitida, em lo-

cal visível;

■ Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.

■ Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão receber um treina-

mento dado pela empresa que o habilitará nessa função, podendo dirigir se durante o

horário de trabalho portarem um cartão de identificação com validade de 1 (um) ano,

contendo o nome e fotografia do trabalhador.

■ Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência so-

nora (buzina).

■ Todos os transportadores industriais devem ser permanentemente inspecionados e as

peças com defeitos devem ser imediatamente substituídas.

■ Os materiais armazenados devem estar dispostos de forma a evitar a obstrução de

portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, entre outros.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 189

Aspectos Legais

Atenção✓ Para a validação do cartão de identificação, o empregado deve passar por

exame de saúde completo por conta do empregador.

NR – 12

Máquinas e Equipamentos

■ Conteúdo

Esta norma estabelece requisitos mínimos na instalação das máquinas e equipamentos

utilizados nas empresas.

■ Principais aspectos

■ As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada lo-

calizados de modo que seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de

trabalho ou por outra pessoa, e que não possa ser acionado ou desligado involuntari-

amente pelo operador ou de forma acidental.

■ As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia elétrica, devem possuir chave

geral em local de fácil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamen-

to acidental e proteja as suas partes energizadas.

■ As máquinas e os equipamentos devem ter suas transmissões de força enclausuradas

dentro de sua estrutura ou devidamente isoladas por anteparos adequados.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)190

Aspectos Legais

Atenção✓ Os reparos, a limpeza, os ajustes e a inspeção somente podem ser

executados com as máquinas paradas, salvo se o movimento for

indispensável à sua realização.

✓ A manutenção e inspeção somente podem ser executadas por pessoas

devidamente credenciadas pela empresa.

NR – 13

Caldeiras e Vasos de Pressão

■ Conteúdo

Esta norma refere-se à prevenção de acidentes em caldeiras e vasos de pressão.

■ Aspectos principais

■ Toda caldeira e vaso de pressão devem ter placa de identificação em local de fácil

acesso e bem visível.

■ A Caldeira deve estar sob operação e controle de Operador de Caldeira com certifica-

do de “Treinamento de Segurança na Operação de Caldeiras”.

■ A operação de unidades que possuam vasos de pressão deve ser efetuada por profis-

sional com "Treinamento de Segurança na Operação de Unidades de Processo”.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 191

Aspectos Legais

Atenção✓ Os instrumentos e controles de caldeiras e vasos de pressão devem ser

mantidos calibrados e em boas condições operacionais.

✓ A inspeção de segurança de caldeiras e vaso de pressão deve ser realizada

por "Profissional Habilitado" ou por "Serviço Próprio de Inspeção de

Equipamentos”, emitindo um "Relatório de Inspeção".

NR – 14

Fornos

■ Conteúdo

Esta norma estabelece as recomendações técnico - legais pertinentes à construção, ope-

ração e manutenção de fornos industriais, nos ambientes de trabalho.

Esta norma regulamentadora não se aplica a indústria do vestuário.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)192

Aspectos Legais

NR – 15

Atividades e Operações Insalubres

■ Conteúdo

São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem acima dos

limites de tolerância ou assim caracterizadas pela autoridade.

■ Aspectos principais

■ Entende-se por Limite de Tolerância, a concentração ou intensidade máxima ou míni-

ma, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará

dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

■ O exercício de trabalho em condições de insalubridade, assegura ao trabalhador a per-

cepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 40%

(quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo, 20% (vinte por cento), para in-

salubridade de grau médio e 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

■ É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas re-

quererem ao Ministério do Trabalho e Emprego, através das DRTs, a realização de pe-

rícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar

ou determinar atividade insalubre.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 193

Aspectos Legais

Atenção✓ No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será

considerado apenas o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo

salarial, sendo vedada a percepção cumulativa

NR – 16

Atividades e Operações Perigosas

■ Conteúdo

São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que impliquem contato per-

manente com inflamáveis, explosivos, operações com radiações ionizantes e eletricidade em

condições de risco acentuado.

■ Aspectos principais

■ São consideradas atividades ou operações perigosas: o manuseio de explosivos, as ope-

rações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, as operações com

radiações ionizantes ou substâncias radioativas e as operações com energia elétrica.

■ A periculosidade poderá ainda estar presente nos serviços de manutenção elétrica fei-

ta por eletricistas habilitados, conforme especifica o decreto 93.412 - Quadro de ati-

vidades/ área de risco no seu item 3.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)194

Aspectos Legais

Atenção✓ Na Indústria do Vestuário, o manuseio de recipientes com líquidos

inflamáveis acima de 5 litros caracteriza o pagamento do adicional de

periculosidade, conforme Portaria 545 de 10 de julho de 2000, publicada no

Diário Oficial da União no 132-E em 11/07/2000.

NR – 17

Ergonomia

■ Conteúdo

Estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às caracte-

rísticas psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de confor-

to, segurança e desempenho eficiente.

■ Aspectos principais

■ As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte

e descarga de manual de cargas, ao mobiliário, aos equipamentos, às condições am-

bientais do posto de trabalho e a própria organização do trabalho.

■ A análise ergonômica do trabalho deve descrever as exigências do trabalho ao ho-

mem, como posturas e movimentos.

■ Todo trabalhador designado ao transporte manual regular de cargas (exceto as leves)

devem receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de execu-

tar o trabalho. O peso máximo que um empregado pode remover individualmente é 60

kg (sessenta quilogramas), ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho

do menor e da mulher.

■ O mobiliário deve ser adaptado às características antropométricas da população e a

natureza do trabalho. Sempre que este puder ser executado na posição sentada, o

posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para essa posição.

■ A organização do trabalho, deve levar em consideração as normas de produção, o mo-

do operatório, a exigência de tempo, a determinação do conteúdo de tempo, o ritmo

de trabalho e o conteúdo das tarefas.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 195

Aspectos Legais

Atenção✓ Cabe ao empregador solicitar a análise ergonômica do trabalho, avaliando a

adaptação das condições de trabalho às características psico-fisiológicas dos

trabalhadores.

✓ Outros aspectos importantes referem-se aos posicionamentos dos mobiliários e

dos equipamentos nos postos de trabalho, incluindo as condições de conforto

ambiental no que diz respeito aos níveis de ruído de acordo com a NBR 10152, o

índice de temperatura efetiva, a velocidade do ar e a umidade relativa do ar.

NR – 18

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na

Indústria da Construção (PCMAT)

■ Conteúdo

Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e organização, com o ob-

jetivo de implementar procedimentos de aspecto preventivo relacionados às condições de

trabalho na construção civil.

Esta norma regulamentadora não se aplica a indústria do vestuário.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)196

Aspectos Legais

NR – 19

Explosivos

■ Conteúdo

Estabelece os aspectos de segurança que envolve o transporte, manuseio e estocagem

de explosivos.

Esta norma regulamentadora não se aplica a indústria do vestuário.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 197

Aspectos Legais

NR – 20

Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

■ Conteúdo

Esta norma trata dos aspectos de segurança que envolve líquidos combustíveis e infla-

máveis, gás liqüefeito de petróleo (GLP), e outros gases inflamáveis.

■ Aspectos principais

■ O armazenamento de líquidos inflamáveis dentro do edifício só poderá ser feito com

recipientes cuja capacidade máxima seja de 250 litros por recipiente.

■ As salas de armazenamento interno devem obedecer os seguintes itens: as paredes,

os pisos e os tetos devem ser construídos de material resistente ao fogo, de fácil lim-

peza e que não provoquem centelha por atrito de sapatos e ferramentas; as passagens

e portas devem ser providas de soleiras ou rampas com pelo menos 15cm (quinze cen-

tímetros) de desnível, ou valetas abertas e cobertas com grade de aço com escoamen-

to para local seguro; a instalação elétrica deve ser à prova de explosão, conforme NR-

10; devem ser ventiladas, de preferência com ventilação natural e possuir extintores

apropriados, próximo à porta de acesso escrito de forma bem visível “INFLAMÁVEL”

e “NÃO FUME”.

■ Esta Norma define como Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o produto constituído, pre-

dominantemente, pelo hidrocarboneto propano, propeno, butano e buteno.

■ O GLP não poderá ser canalizado na sua forma líquida dentro da edificação, salvo se

a edificação for construída exclusivamente para tal finalidade.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)198

Aspectos Legais

Atenção✓ Esta Norma define “líquido combustível” da classe III, como todo aquele que

possua ponto de fulgor igual ou superior a 70º C e inferior a 93,3º C, da classe

II tem o ponto de fulgor a 37,7º C e inferior a 70º C e da classe I , tem o ponto

de fulgor abaixo de 37,7º C.

✓ Não é permitida a instalação de recipientes transportáveis de GLP, com capa-

cidade acima de 40 litros.

✓ Os botijões ou cilindros de gás utilizados para cocção ou aquecimento deverão

estar situados na parte externa da edificação e permanentemente ventilados.

NR – 21

Trabalho a Céu Aberto

■ Conteúdo

Esta norma estabelece os aspectos de segurança a serem desenvolvidos nas atividades

realizadas a céu aberto, tais como pedreiras e afins.

Esta norma regulamentadora não se aplica a indústria do vestuário.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 199

Aspectos Legais

NR – 22

Trabalhos Subterrâneos

■ Conteúdo

Esta norma estabelece os aspectos de segurança a serem desenvolvidos nas atividades

realizadas no campo da mineração.

Esta norma regulamentadora não se aplica a indústria do vestuário.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)200

Aspectos Legais

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 201

Aspectos Legais

NR – 23

Proteção Contra Incêndios

■ Conteúdo

Esta norma estabelece as medidas de proteção contra incêndios nos locais de trabalho.

■ Aspectos principais

■ As empresas devem possuir: proteção contra incêndio, saídas suficientes para a rápi-

da retirada do pessoal em serviço, equipamentos suficientes para combater o fogo em

seu início e pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos.

■ As empresas devem formar Brigadas de Incêndio capazes de combater princípios de

incêndios e de orientar quanto ao abandono do prédio.

■ Os extintores deverão ser colocados em locais de fácil visualização e acesso, e devem

obedecer às normas brasileiras ou regulamentos técnicos do INMETRO.

■ Os extintores devem ser apropriados à classe de fogo a extinguir.

Atenção✓ Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente.

✓ As empresas com mais de 50 empregados devem possuir sistema de prote-

ção de combate a incêndio através de hidrantes.

NR – 24

Condições Sanitárias e de Conforto nos

Locais de Trabalho

■ Conteúdo

Esta norma diz respeito aos aspectos mínimos de higiene e de conforto nas instalações

sanitárias, vestiários e refeitórios.

■ Aspectos principais

Instalações Sanitárias

■ As instalações sanitárias devem atender às dimensões de 1,00 m2 (um metro quadra-

do) para cada sanitário por grupo de vinte trabalhadores em atividade, devendo serem

separadas por sexo e submetidas a processo permanente de higienização.

Vestiários

■ Em todos os estabelecimentos da indústria nos quais a atividade exija a troca de rou-

pas, deve haver local apropriado para vestiário, dotado de armários individuais, obser-

vada a separação de sexo e provido de bancos.

Refeitório

■ Por ocasião das refeições, devem ser asseguradas aos trabalhadores condições de

conforto, com requisitos de limpeza, arejamento, iluminação e fornecimento de água

potável.

■ Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obriga-

tória a existência de refeitório, devendo ser instalado em local apropriado, não se co-

municando diretamente com os locais de trabalho, instalações sanitárias e locais in-

salubres.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)202

Aspectos Legais

Cozinha

■ Quando houver refeitório, a cozinha deverá estar localizada junto ao mesmo, cujas re-

feições deverão serem servidas através de aberturas.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 203

Aspectos Legais

Atenção✓ Todo lavatório deve ser provido de material para a limpeza e secagem das

mãos, sendo proibido o uso de toalhas coletivas.

✓ É indispensável que os funcionários da cozinha, encarregados de manipular

gêneros alimentícios, refeições e utensílios, disponham de sanitário e

vestiário próprios e que não se comuniquem com a cozinha.

NR – 25

Resíduos Industriais

■ Conteúdo

Esta norma trata das coletas e descartes dos resíduos industriais sólidos, líquidos e gasosos.

■ Aspectos principais

■ Os redíduos líquidos e sólidos produzidos por processos e operações industriais deve-

rão ser convenientemente tratados e/ou dispostos e/ou retirados dos limites da indús-

tria, de forma a evitar riscos a saúde e a segurança dos trabalhadores.

■ O lançamento ou disposição dos resíduos sólidos e líquidos de que trata esta norma

nos recursos naturais - água e solo - se sujeitarão às legislações pertinentes nos ní-

veis federal, estadual e municipal.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)204

Aspectos Legais

Atenção✓ Qualquer material inflamável como tintas e solventes não poderá ser jogado

na rede de esgoto.

NR – 26

Sinalização de Segurança

■ Conteúdo

Esta norma trata das fixações de cores padrão que devem ser usadas nos locais de tra-

balho para a prevenção de acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimi-

tando áreas, identificando as canalizações empregadas para a condução de líquidos e gases,

e advertindo contra riscos.

■ Aspectos principais

■ A utilização das cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de aci-

dentes.

■ O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, afim de não ocasionar distração,

confusão e fadiga ao trabalhador.■ As cores a serem utilizadas:

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 205

Aspectos Legais

Atenção✓ O corpo das máquinas deve ser pintado de branco, preto ou verde.

■ Vermelho para distinguir e indicarequipamentos e aparelhos de prote-ção e combate a incêndio.

■ Amarelo para indicar "Cuidado!".■ Branco para indicar áreas de arma-

zenagem e zonas de segurança, en-tre outras.

■ Preto para indicar as canalizaçõesde inflamáveis e combustíveis de al-ta viscosidade.

■ Azul para indicar "Cuidado!" a avi-sos contra uso e movimentação deequipamentos.

■ Verde é a cor que caracteriza "segu-rança".

■ Laranja deve ser empregado paraidentificar partes móveis de máqui-nas e equipamentos.

■ Púrpura deve ser usada para indi-car os perigos das radiações eletro-magnéticas penetrantes de partícu-las nucleares.

■ Lilás deve ser usado para indicar ca-nalizações que contenham álcalis.

■ Cinza Claro deve ser usado paraidentificar canalizações em vácuo.

■ Cinza Escuro deve ser usado paraidentificar eletrodutos.

■ Alumínio deve ser utilizado em ca-nalizações contendo gases liqüefei-tos, inflamáveis e combustíveis debaixa viscosidade.

■ Marrom pode ser adotado, a critérioda empresa, para identificar qual-quer fluído não identificável pelasdemais cores.

NR – 27

Registro Profissional do Técnico de Segurança

do Trabalho no Ministério do Trabalho

■ Conteúdo

Esta norma trata dos requisitos para o registro profissional para o exercício da profissão

de técnico de segurança do trabalho.

■ Aspectos principais

■ Esta norma, em conformidade com a NR-4, deverá ser implementada quando o núme-

ro de funcionários e o grau de risco o exigirem.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)206

Aspectos Legais

NR – 28

Fiscalização e Penalidades

■ Conteúdo

Esta norma determina os procedimentos a serem adotados pela fiscalização, no que diz

respeito aos prazos que as empresas tem para regularizar os itens que, por ventura, não es-

tejam em conformidade com as mesmas e também o procedimento de autuação por infração

às normas regulamentadoras.

■ Aspectos principais

■ O agente de inspeção do trabalho poderá notificar os empregadores, concedendo ou

não prazo para a correção das irregularidades encontradas que deverá ser no máximo

de 60 (sessenta) dias.

■ A empresa terá um prazo de 10 (dez) dias a partir da notificação para entrar com re-

curso ou solicitar prorrogação de prazo que poderá ser estendido até 120 (cento e vin-

te) dias. Quando o empregador necessitar de prazo de execução superior a 120 dias

fica condicionada a prévia negociação entre empresa, sindicato da categoria dos em-

pregados e representante da autoridade regional competente.

■ A empresa que não sanar as irregularidades descritas no auto de infração, mesmo

após reiteradas as advertências e intimações nas quais foi notificada por 03 (rês) ve-

zes consecutivas, estará negligenciando as disposições legais da norma e estará su-

jeita às penalidades.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 207

Aspectos Legais

Atenção✓ Caso a empresa seja reincidente nas penalidades, poderá pagar o teto máxi-

mo de multa, que é de 6.304 UFIR.

NR – 29

Segurança e Saúde no Trabalho Portuário

■ Conteúdo

Esta norma tem como objetivo assegurar a saúde e a segurança aos trabalhadores por-

tuários.

Esta norma regulamentadora não se aplica a indústria do vestuário.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)208

Aspectos Legais

NR – 30

Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

■ Conteúdo

Esta norma se aplica aos trabalhadores de toda embarcação comercial e transporte de

mercadorias ou passageiros na navegação marítima.

Esta norma regulamentadora não se aplica a indústria do vestuário.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 209

Aspectos Legais

13.2. Aspectos Gerais da Legislação Brasileira

Federal, Civil, Penal, Previdenciária e

Trabalhista

O ordenamento jurídico brasileiro dispõe sobre a Segurança e Saúde no Trabalho na Cons-

tituição Federal, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), no Ministério do Trabalho e Em-

prego, por intermédio da Portaria 3.214 (08/06/1978), no Ministério da Previdência e Assis-

tência Social, além de manter estreito vínculo com os Códigos Civil, Previdenciário e Penal.

Para entendermos esta relação precisamos saber qual o elo de ligação entre eles e, para

tanto, transcrevemos abaixo o que a Constituição da República Federativa do Brasil (CF) expli-

cita em alguns de seus artigos, incisos e parágrafos quanto aos princípios, direitos e garanti-

as fundamentais de todas as pessoas, brasileiras e estrangeiras residentes em nosso País.

“Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05/10/1988.

TÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e

Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem co-

mo fundamentos:

III – dignidade da pessoa humana;

IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

TÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Capítulo I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-

se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,

à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)210

Aspectos Legais

III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenizar por

dano material, moral ou à imagem;

XIII – é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualifi-

cações profissionais que a lei estabelecer;

Capítulo II

DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segu-

rança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos de-

samparados, na forma desta Constituição.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à me-

lhoria de sua condição social:

XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro

horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante

acordo ou convenção coletiva de trabalho;

XIV – jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de reve-

zamento, salvo negociação coletiva;

XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cen-

to à do normal;

XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o

salário normal;

XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com duração de cen-

to e vinte dias;

XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde,

higiene e segurança;

XXIII – adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou perigosas, na

forma da lei;

XXIV – aposentadoria;

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 211

Aspectos Legais

XXVII – proteção em face de automação, na forma da lei;

XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a in-

denização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;

XXXIV – igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanen-

te e o trabalhador avulso .

Seção III

Da previdência Social

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter

contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio finan-

ceiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:

II – proteção à maternidade, especialmente à gestante;”

Como podemos observar, a Constituição Federal, mostra de uma maneira clara os direi-

tos e garantias fundamentais de todos os brasileiros.

■ 13.2.1. Direito do Trabalho, Civil e Previdenciário

O Direito do Trabalho começou a tomar ênfase em 1824, quando a Constituição brasilei-

ra aboliu as corporações de ofício, pois naquela época havia a necessidade de liberdade de

ofícios e profissões.

Com o passar dos anos, as normas esparsas sobre assuntos trabalhistas começam a per-

der espaço, pois havia a necessidade de uma maior sistematização destas, onde posterior-

mente foi editado o Decreto-lei no 5.452, de 01/05/1943, que aprovou a CLT.

Para entendermos a CLT precisamos ter em mente alguns termos muito usuais nas rela-

ções trabalhistas entre eles:

EMPREGADOR

Definição: Empregador é toda pessoa que, de alguma forma, gera serviços a outras

pessoas, podendo estes serem continuados, subordinados e assalariados.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)212

Aspectos Legais

Diante desta definição, podemos dizer que, dependendo do setor econômico da ativida-

de do empregador, estes podem ser considerados urbanos, comerciais e/ou industriais, ru-

rais e domésticos.

EMPREGADO

Definição: É toda pessoa física que presta serviço a um empregador subordinadamen-

te e de modo não-eventual, recebendo salário.

Trabalhador temporário

Definição: É o empregado que presta serviço por período pré-determinado a um toma-

dor de serviço ou cliente. Este tipo de trabalho é regido por lei especial, a Lei no 6.014/74,

diferenciando, portanto, do contrato de experiência previsto pela CLT.

Trabalhador eventual

Definição: A Lei no 8.212/91, Art. 12, V, alínea g, indica que o trabalhador eventual "é

aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural em caráter eventual a uma ou mais

empresas, sem relação de emprego"

Trabalhador autônomo

Definição: É todo trabalhador não subordinado, que presta serviço a outrem, tendo po-

der de direção sobre a atividade que está desenvolvendo, disciplinando-se segundo seus

critérios e não são regidos pela CLT.

Trabalho domiciliar

Definição: É aquele em que os membros de uma família, prestam serviço e cooperam

entre si em atividade profissional terceirizada e eventual, para um ou mais empregador mu-

itas vezes de forma artesanal e na própria residência. A CLT, em seu Art. 83, define este tra-

balho domiciliar como “oficina de família”, comumente observado com as costureiras que

trabalham em suas residências.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 213

Aspectos Legais

Trabalhador avulso

Definição: É toda pessoa física que presta serviço de forma não empregatícia. A Lei

no 8.212/91 (Lei de Custeio da Seguridade Social), considera trabalhador avulso, “aquele,

que presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou

rural definidos no regulamento”.

Nota: Diante dos conceitos acima, podemos considerar o Direito do Trabalho como sen-

do o estudo do trabalho subordinado e suas inúmeras regras que regem as matérias conti-

das na CLT.

Segurança e Saúde do Trabalhador

Definição: É o conjunto de medidas que visam condições no mínimo satisfatórias nas

instalações da empresa e máquinas, propiciando garantia ao trabalhador contra a natural

exposição aos riscos inerentes à prática da atividade laboral, observando aspectos sanitá-

rios, higiênicos, de medidas preventivas de engenharia e medicina do trabalho que benefi-

cie o empregado, entre outros pertinentes.

INSALUBRIDADE

São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,

condição ou método de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde aci-

ma dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do

tempo de exposição aos seus efeitos (Art. 189 – CLT).

A insalubridade pode ser eliminada por ações no ambiente ou neutralizada através de

proteção individual e isto será sempre preferível à pagar o adicional, tanto pela empresa

como para o trabalhador.

PERICULOSIDADE

São consideradas atividades ou operações perigosas aquelas que, na forma da regula-

mentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por sua natureza ou métodos

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)214

Aspectos Legais

de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições

de risco acentuado (Art. 193 - CLT).

ACIDENTE DO TRABALHO

Definição: É aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provo-

cando lesão corporal ou perturbação funcional que cause morte ou redução permanente ou

temporária da capacidade do trabalho. (Art. 2o da Lei no 6.367, de 19/10/1976). Pode ser tí-

pico, de trajeto, doença do trabalho ou profissional.

Acidente típico é aquele decorrente no exercício da atividade profissional e acidente de

trajeto é aquele ocorrido no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado ou

vice-versa;

Nota: Outro termo comumente utilizado pelo INSS, são os acidentes do trabalho liqui-

dados, que correspondem aos acidentes cujos processos foram encerrados administrativa-

mente (pelo INSS), depois de completado o tratamento e indenizadas as seqüelas, aos aci-

dentados.

Em caso de afastamento, o dia do acidente de trabalho e os quinze dias sub-seqüentes

são pagos pelo empregador e o auxílio doença começa a ser pago pela Previdência Social

a partir do 16º dia ao afastamento.

O Art. 4o, parágrafo único da CLT, considera que haverá contagem de tempo de serviço

para efeito de indenização e estabilidade, o período em que o empregado estiver afastado

do trabalho por motivo de acidente do trabalho e computar-se-ão o tempo de serviço para

as férias (Art. 131, III da CLT), exceto quando este período for superior a seis meses e ter

recebido da Previdência Social o benefício.

São equiparados aos acidentes do trabalho as doenças profissionais e doenças do tra-

balho, mas entre elas existe uma diferença. Enquanto as doenças profissionais são aquelas

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 215

Aspectos Legais

produzidas ou desencadeadas pelo exercício do trabalho, peculiar a determinada atividade

e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e Pre-

vidência Social, as doenças do trabalho são aquelas adquiridas ou desencadeadas em fun-

ção de condições especiais em que o trabalho é realizado e que a ele se relacione direta-

mente, constante na relação mencionada de doenças profissionais.

Observação: As doenças hereditárias não são consideradas como doenças profissio-

nais, mesmo que estas surjam durante sua vida laboral.

Também são consideradas como doença do trabalho:

1. A doença degenerativa;

2. A inerente ao grupo etário;

3. A que não produza incapacidade laborativa;

4. A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se de-

senvolva salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto de-

terminado pela natureza do trabalho.

Podemos também considerar como acidentes do trabalho:

1. O acidente que embora não tenha sido a causa única, tenha contribuído diretamente

para a morte do segurado, para a redução da perda da sua capacidade para o traba-

lho ou produzido lesão corporal que exija atenção médica para a sua recuperação.

2. O acidente sofrido pelo segurado no local de trabalho em conseqüência de ato de

agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro do traba-

lho, por motivo de disputa relacionada com o trabalho; ato de imperícia, imprudência

ou negligência ocasionada por terceiro ou companheiro de trabalho; desabamento,

inundação, incêndio e outros casos fortuitos.

3. O acidente sofrido pelo empregado em cumprimento de sua atividade ou não; em vi-

agem a serviço da empresa; no percurso da residência ao local de trabalho ou deste

para aquela, independentemente do meio de locomoção.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)216

Aspectos Legais

INCAPACIDADE TEMPORÁRIA COM AFASTAMENTO

Entende-se por incapacidade temporária a interrupção do exercício laboral durante o pe-

ríodo de tratamento psicofísico-social por ocasião de acidente correlacionado à prática do

trabalho.

INCAPACIDADE PERMANENTE PARCIAL

Entende-se por incapacidade permanente parcial aquela que ocorre no exercício laboral,

após o devido tratamento psicofísico-social, apresentando seqüelas definitivas que impli-

quem em redução da capacidade laborativa, exigindo portanto, maior esforço, ou impossi-

bilidade para o desempenho da mesma atividade que exercia à época do acidente, permi-

tindo, a critério e indicação da perícia médica do INSS, o desempenho de outra após pro-

cesso de reabilitação profissional.

INCAPACIDADE PERMANENTE TOTAL

Entende-se por incapacidade permanente total o fato do acidentado em exercício labo-

ral após o devido tratamento psicofísico-social, apresentar incapacidade permanente e to-

tal para o exercício de qualquer atividade laborativa.

ÓBITO POR ACIDENTE DO TRABALHO

Óbito por acidente do trabalho é quando há o falecimento em função de acidente ocor-

rido em exercício laboral.

CONTROLE ESTATÍSTICO DE ACIDENTES

Para podermos desenvolver medidas de segurança eficazes e conhecer com que fre-

qüência e gravidade ocorrem os acidentes é necessário usarmos as seguintes fórmulas:

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 217

Aspectos Legais

no de acidentes x 1.000.000

no hhtCF:

Coeficiente de Freqüência

Onde:

CF = coeficiente de freqüência;

CG = coeficiente de gravidade;

1.000.000 = base de cálculo adotada universalmente;

hht = número de horas efetivamente trabalhadas por todos os fun-

cionários da empresa;

n.º de dias perdidos = corresponde aos dias perdidos durante o mês por acidenta-

dos dos meses anteriores;

n.º de dias debitados = aparece quando o acidente resulta em morte ou incapacida-

de permanente, total ou parcial.

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO – CAT

A comunicação de acidente de trabalho e/ou doença profissional deverá ser protocoliza-

das junto ao INSS ou enviada por meio eletrônico (Internet), sob pena de multa caso haja

omissão ou dolo na falta desta. Esta comunicação havendo ou não afastamento, deverá

ocorrer até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, e em caso de morte, imediatamen-

te à autoridade competente.

No caso de acidente de trajeto ou à serviço da empresa, o empregado deverá efetuar a

comunicação na maior brevidade possível atentando para o prazo que a empresa também

dispõe e na impossibilidade de fazê-lo, qualquer pessoa poderá efetuar tal comunicação.

Observação: No caso de acidentes de trânsito ou ocorrências que haja a necessidade

de comunicação à polícia (acidente de trajeto), deverá sempre haver a apresentação do bo-

letim de ocorrência ou termo circunstanciado.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)218

Aspectos Legais

(no de dias perdidos + no de dias debitados) x 1.000.000

no hhtCG:

Coeficiente de Gravidade

Quadro 80 – Modelo da CAT

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 219

Aspectos Legais

Reabertura de CAT

No caso da reabertura de CAT, as informações devem ser as da época do acidente, ex-

ceto os dados que deverão constar atualizados, tais como, último dia trabalhado, atestado

médico e data da emissão da reabertura.

Comunicação de óbito

O óbito decorrente de acidente ou doença ocupacional, ocorrido após a emissão de CAT

inicial ou até mesmo da reabertura deverá ser comunicado ao INSS através de nova CAT,

constando a data do óbito e os dados relativos ao acidente inicial anexando a certidão de

óbito e, quando houver, o laudo da necropsia.

AUXÍLIO DOENÇA

O Art. 476 da CLT, define que em caso de seguro-doença ou auxílio enfermidade, duran-

te o período de benefício, o mesmo estará em licença não remunerada. No período em que

o empregado estiver enfermo, o seu contrato de trabalho não poderá ser rescindido. Em ca-

so de afastamento por causa de doença, os quinze primeiros dias de afastamento são pa-

gos pela empresa. A partir do 16o dia, a Previdência Social paga o referido (Lei no 8.213/91,

Art. 59), não ocorrendo neste período o pagamento de salários por parte da empresa.

O auxílio-doença cessa a partir do momento em que é constatado pela Previdência a re-

cuperação da capacidade do trabalho ou quando este passa a ser considerado como apo-

sentado por invalidez ou por auxílio acidente de qualquer natureza.

O segurado que exercer mais de uma atividade laboral e sofrer uma incapacitação defi-

nitiva de uma delas, terá o auxílio doença mantido indefinidamente, não cabendo transfor-

mação em aposentadoria por invalidez enquanto esta não estiver causando influência na

outra atividade. Se, por acaso, ocorrer novo benefício decorrente da mesma doença dentro

de sessenta dias, contados da cessação do benefício anterior, o empregador fica desobri-

gado do pagamento que lhe é devido, ou seja, os quinze primeiros dias de afastamento.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)220

Aspectos Legais

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 221

Aspectos Legais

Caso o segurado esteja afastado por quinze dias e retorne às atividades no 16o dia, vol-

tando a afastar-se dentro de sessenta dias desse retorno, receberá o auxílio doença a par-

tir da data do novo afastamento.

Observações

■ Na falta de comunicação por parte da empresa, podem fazê-lo, o próprio acidentado,

seus dependentes, o sindicato da categoria, o médico que o assistiu ou autoridades

públicas.

■ Mesmo com a carência exigida de doze meses de contribuição para recebimento do

benefício, o trabalhador que for acometido de tuberculose ativa, hanseníase, aliena-

ção mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardi-

opatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave,

estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência

imunológica adquirida – AIDS, ou contaminação por radiação, com base em conclu-

são da medicina especializada, terá direito ao referido, independentemente do paga-

mento das doze contribuições, desde que tenha a qualidade de segurado.

Valor do Benefício

■ O valor do auxílio-doença corresponde a 91% do salário de benefício.

■ Para os inscritos até 28/11/1999, o salário de benefício corresponderá à média arit-

mética simples dos maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente,

correspondente a no mínimo 80% de todo período contributivo desde a competência

07/94.

■ Para os inscritos a partir de 29/11/1999, o salário de benefício corresponderá à mé-

dia aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80%

de todo o período contributivo.

■ Para o segurado especial, o valor do auxílio-doença é de um salário mínimo. Caso te-

nha optado por contribuir facultativamente, o valor do auxílio-doença corresponderá

a 91% do salário de benefício.

AUXÍLIO DOENÇA POR ACIDENTE DO TRABALHO

As prestações relativas ao acidente do trabalho são devidas ao empregado, ao trabalha-

dor avulso, ao médico-residente (Lei no 8.138 de 28/12/90) e ao segurado especial.

Não são devidas as prestações relativas ao acidente do trabalho, ao empregado domés-

tico, ao contribuinte individual e ao facultativo.

Observação: Não é exigida carência para auxílio doença por acidente do trabalho, bas-

ta ser segurado da Previdência Social.

Valor do Benefício

■ Para os inscritos até 28/11/1999, o salário de benefício corresponderá à média arit-

mética simples dos maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente,

correspondentes a, no mínimo 80% de todo período contributivo desde a competên-

cia 07/94.

■ Para os inscritos a partir de 29/11/1999, o salário de benefício corresponderá à mé-

dia aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80%

de todo o período contributivo.

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

O Art. 475 da CLT dispõe que: “o empregado que for aposentado por invalidez terá sus-

penso o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social pa-

ra efetivação do benefício”. A Lei 8.213/91 em seu Art. 47, faz com que entendamos que tal

aposentadoria torna-se efetiva após cinco anos do início da concessão do benefício. So-

mente o médico do INSS definirá se a aposentadoria é definitiva ou não; se por algum mo-

tivo, ele confirmar como definitiva, o contrato de trabalho cessará, caso contrário, o bene-

fício será mantido e o referido suspenso.

O Enunciado 160 do TST (Tribunal Superior do Trabalho), dispõe que: “cancelada a apo-

sentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá o direito de retornar

ao emprego, facultado, porém, ao empregador indenizá-lo na forma da lei.”.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)222

Aspectos Legais

APOSENTADORIA ESPECIAL

Este benefício é concedido a todo trabalhador (segurado) que manteve atividade profis-

sional em atividade especial que cause algum dano à saúde e integridade física.

O trabalhador que requerer este benefício deverá comprovar, além do tempo efetivamen-

te trabalhado, a exposição aos agentes nocivos a saúde ou integridade física a que estava

exposto. A comprovação do trabalhador aos agentes nocivos, atualmente, se dá através do

formulário DIRBEN 8030 (antigo SB-40) preenchido pela empresa ou seu preposto, docu-

mentado em laudo técnico de condições ambientais de trabalho expedido por profissional

tecnicamente qualificado, quais sejam, médico do trabalho ou engenheiro de segurança do

trabalho.

Nota: De acordo com a Instrução Normativa do INSS no 84 de 17 de dezembro de 2002,

as empresas a partir de julho de 2003 deverão substituir o DIRBEN 8030 pelo Perfil Profis-

siográfico Previdenciário. Este documento continua em processo de análise devendo as em-

presas manterem-se atualizadas para futura implantação do mesmo.

Para consulta das mudanças entre em contato com o CDI – Centro de Documentação e

Informação, citado no início do capítulo sobre “Aspectos Legais”.

Valor do Benefício

O valor da aposentadoria especial é de 100% do salário de benefício.

Para os inscritos até 28/11/1999, este corresponderá a média aritmética simples dos

maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, correspondentes a no mínimo

80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo desde a competência 07/94.

Para os inscritos a partir de 29/11/1999, este salário (benefício), corresponderá a média

aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% (oitenta por

cento) de todo período contributivo.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 223

Aspectos Legais

TRABALHO DA MULHER

O trabalho da mulher começa a tomar maior destaque a partir da Revolução Industrial

(século XIX) porém a primeira norma que trata deste “tipo de trabalho”, é de 17/05/1932,

com o Decreto no 21.417-A, onde continha a proibição da mulher trabalhar das 22:00 às

5:00h. A Lei no 7.855/89, revogou os Arts. 379 e 380 da CLT que tratavam da proibição do

trabalho noturno da mulher, porém deve se observar o disposto no Art. 73 da CLT que enun-

cia: “Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remu-

neração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de

20%, pelo menos, sobre a hora diurna”.

A CLT, em seu Art. 446, que presume autorizado o trabalho da mulher casada pelo ma-

rido, tem este artigo revogado expressamente pela Lei no 7.855/89, porém a Constituição

de 05/10/1988, em seu Art. 5o, I, enuncia que “todos são iguais perante a lei, sem distin-

ção de qualquer natureza”, garantindo às mulheres os mesmos direitos e deveres em re-

lação aos homens. Prova mais contundente disto é o novo Código Civil (lei no 10.406, de

10/01/2002), que na PARTE GERAL, LIVRO I – DAS PESSOAS, TÍTULO I – DAS PESSOAS

NATURAIS, Art. 1o diz: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”, confir-

mando tal igualdade.

Este Art. 1o, da lei no 10.406, de 10/01/2002, dá um novo entendimento em relação ao

Código Civil de 1916 (Lei no 3.071, de 1o/01/1916), que dizia na PARTE GERAL, DISPOSIÇÃO

PRELIMINAR, Art. 2o: “Todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil”.

O Art. 377 da CLT dispõe que: “a adoção de medidas de proteção ao trabalho das mu-

lheres é considerada de ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de

salário”, vindo reforçar a necessidade, independente dos direitos iguais, de uma atenção di-

ferenciada com o trabalho desenvolvido pela mulher.

Quanto às atividades perigosas, insalubres e penosas, a Constituição já não veda mais o

trabalho da mulher, comumente observado nos postos de gasolina, por exemplo, fato este ci-

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)224

Aspectos Legais

tado no Art. 5o, XIII, da Constituição Federal que enuncia: “é livre o exercício de qualquer tra-

balho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;”

Em relação aos métodos e locais de trabalho, toda empresa deve observar de forma

igualitária o disposto na Portaria no 3.214, de 08/06/1978, que trata das Normas Regula-

mentadoras citadas de forma sucinta neste Manual.

Quanto à licença maternidade, esta é de 120 dias e o salário da gestante deverá ser pa-

go pela Previdência Social e não pelo empregador, basta observarmos o disposto no Arts.

7o, XVIII e 201, II da C.F.

O valor do salário maternidade será para segurada empregada:

■ em caso de salário fixo, o valor mensal será igual à sua remuneração integral rece-

bida;

■ em caso de salário maior que o teto máximo de benefício, o valor mensal será até o

limite de R$ 12.720,00, de acordo com a Resolução no 236, de 19 de julho de 2002.

Observação: O prazo para a segurada requerer o benefício é de cinco anos a partir da da-

ta do parto ou adoção. Se no momento da concessão do benefício for verificado que a segu-

rada recebe auxílio-doença, este será suspenso na véspera do início do salário-maternidade.

Considerando que somos todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer nature-

za, e tendo as garantias de inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à se-

gurança e à propriedade, qualquer prática discriminatória contra a mulher, assegura-lhe o

direito de resposta proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral

ou à imagem.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 225

Aspectos Legais

■ 13.2.2. Responsabilidade Civil e Penal

No TÍTULO II, DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS, Capítulo I, DOS DIREITOS

E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, em seu Art. 5o da Constituição Federal brasileira, te-

mos que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-

se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,

à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenizar por

dano material, moral ou à imagem;”

Diante do exposto, qualquer pessoa que tenha sua integridade física e/ou moral ofendi-

da poderá pleitear indenização por estes motivos. Esse pedido poderá ser de forma amigá-

vel. Quando não for possível este acordo, a outra forma é fazer através de demanda judicial.

O dano material é o prejuízo ou perda patrimonial que atinge um bem economicamente

apurável, afetando fisicamente a pessoa, seus bens corpóreos (que tem existência física,

que podem ser percebidos pelos sentidos) ou interesses econômicos, podendo este ser fa-

cilmente quantificado.

O dano moral, muito mais complexo de ser quantificado, é toda lesão do patrimônio ima-

terial da pessoa como a honra, o crédito, a liberdade e a dignidade pessoal. Cabe indeniza-

ção em delitos como injúria, calúnia e difamação, como em outros que causem agravo mo-

ral intenso.

O Código Penal (CP) define em seu Art. 138 a calúnia como sendo a falsa imputação (atri-

buição de responsabilidade) de fato criminoso a outrem; a injúria, Art. 140, é a ofensa à dig-

nidade ou decoro de alguém; a difamação, Art. 139, como sendo a imputação a alguém de

fato ofensivo à sua reputação.

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)226

Aspectos Legais

No caso de acidente de trabalho, podem ocorrer tanto o dano moral quanto o material.

Quanto ao dano moral, poderíamos dizer que a pessoa teve sua dignidade ofendida (exem-

plo), pois a moral de uma pessoa pode ficar em “baixa” pelo fato dela não ser considerada

capaz ao trabalho. Quanto aos outros danos contidos no CP e considerados como crime te-

mos: homicídio (Art. 121 - CP) - matar alguém; lesões corporais (Art. 129 - CP) - quando hou-

ver ofensa à integridade corporal ou a saúde de outrem, perigo para a vida ou saúde de ou-

trem (Art. 132 - CP) - quando expõe a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminen-

te; omissão de socorro (Art. 135 - CP) - quando deixar de prestar socorro à pessoa ferida.

Observações:

■ As penas, qualificações e atenuantes não foram contempladas acima. Identificamos

alguns exemplos, que podem ocorrer para que se possa ter idéia da gravidade de um

acidente do trabalho.

■ Na ocorrência de acidente grave ou fatal poderá haver inquérito e eventual processo

aberto a pedido do Ministério Público, podendo, em caso de condenação, ser o em-

pregador ou seu preposto responsabilizado penalmente.

Trabalhar de uma forma preventiva é o melhor remédio jurídico evitando possíveis açõ-

es que tenham como pedido, indenizações de ordem moral e/ou material.

Destacamos do novo Código Civil (lei no 10.406, de 10/01/2002), em seu TÍTULO IX, DA

RESPONSABILIDADE CIVIL, Capítulo I, DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR, em seu Art. 927, a

maior expressividade, de forma clara, quanto ao exposto:

“Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos

casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do

dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 227

Aspectos Legais

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

Parte IV

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)

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SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 239

Acabamento p. 000

Acidente nas mãos e dedos p. 000

Acidente nos olhos p. 000

Almoxarifado de aviamentos p. 000

Almoxarifado de tecidos p. 000

Ambulatório p. 000

Aposentadoria p. 000

Arranjo físico p. 000

ASO p. 000

Aviamentos ver Almoxarifado de

aviamentos

Biomecânica p. 000

Bordado p. 000

Calor p. 000

CAT p. 000

CIPA p. 000

Código de barras ver Etiquetagem

Compras p. 000

Costura p. 000

Criação p. 000

Departamento pessoal p. 000

Diretoria p. 000

Embalagem p. 000

Enfesto e corte p. 000

EPC p. 000

EPI p. 000

Estamparia p. 000

Etiquetagem p. 000

Expedição p. 000

FISPQ p. 000

Gerência p. 000

Índice Remissivo15

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário)240

Índice Remissivo

Iluminação p. 000

Incapacidade p. 000

Insalubridade p. 000

Lavanderia p. 000

Manutenção p. 000

Mapa de risco p. 000

Medidas de controle ver Risco físico, químico,

biológico, ergonômico e de

acidente

Modelagem p. 000

Organização do trabalho p. 000

Organização geral do trabalho p. 000

Passadoria p. 000

PCA p. 000

PCMSO p. 000

Periculosidade p. 000

Portaria p. 000

Postura p. 000

PPRA p. 000

Produtos acabados p. 000

Recebimento de matéria prima p. 000

Recepção p. 000

Refeitório p. 000

Risco biológico p. 000

Risco de acidente p. 000

Risco ergonômico p. 000

Risco físico p. 000

Risco químico p. 000

Ruído p. 000

Secretaria p. 000

SESI/SP – Manual de Segurança e Saúde no Trabalho (Indústria do Vestuário) 241

Índice Remissivo

Silk-Screen ver Estamparia p. 000

Tecidos ver Almoxarifado de tecidos

Trabalho da mulher p. 000

Trabalho domiciliar p. 000

Trabalho infantil p. 000

Transporte manual p. 000

Vestiário feminino p. 000

Vestiário masculino p. 000

Vibração p. 000

Serviço Social da Indústria

Departamento Regional de São Paulo

Coordenação Técnica, Elaboração e Ilustrações

Diretoria de Assistência Médica e OdontológicaGerência de Segurança e Saúde no Trabalho

Coordenação Editorial

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Julho 2003

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