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Contribuições Previdenciárias Maio/2011 Manual de Retenções Previdenciárias GADAFY DE MATOS ZEIDAM Auditor-Fiscal da RFB

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Page 1: Manual de Retenções Previdenciárias GADAFY DE MATOS … · Para o empresa: há duas contribuições, a patronal, no valor de 20% (art. 20, I da Lei 8.212/91) e o risco de acidente

Contribuições Previdenciárias

Maio/2011

Manual de Retenções

Previdenciárias

GADAFY DE MATOS ZEIDAM

Auditor-Fiscal da RFB

Page 2: Manual de Retenções Previdenciárias GADAFY DE MATOS … · Para o empresa: há duas contribuições, a patronal, no valor de 20% (art. 20, I da Lei 8.212/91) e o risco de acidente

Direitos e Garantias Fundamentais:

1ª Geração (individuais) – Liberdade

2ª Geração (sociais) – Igualdade

3ª Geração (difusos) – Fraternidade

Direitos Sociais: Educação, Segurança, Trabalho, Saúde,

Previdência, Assistência Social etc.

Problema: os direitos sociais são caros e demandam um sacrifício

tributário da população. No Brasil, o financiamento da Seguridade

Social (S, P e A) se dá por meio de recursos destacados do

orçamento e recursos de contribuições sociais.

Panorama Histórico

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Conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e

da Sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à

previdência e à assistência social.

Saúde: direito de todos e dever do Estado (art. 196 a 200 da CF88)

Assistência Social: a quem dela necessitar (art. 203 e 204 da

CF88)

Art. 23 da CF88: competência material comum da U, E, DF e M

cuidar da saúde e da assistência pública

Previdência Social: caráter contributivo

RGPS (art. 201 da CF88)

RPPS (art. 40 da CF88)

Previdência Complementar (art. 202 da CF88)

Seguridade Social

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Há contribuições sociais (art. 195 da CF88):

I - A cargo da empresa e empregadores sobre:

a) folha-de-salários e demais rendimentos pagos a

pessoas físicas sem vínculo empregatício (Patronal)

b) receita ou faturamento (COFINS, PIS/PASEP)

c) lucro (CSLL)

II - A cargo dos trabalhadores, não podendo incidir sobre

aposentadorias e pensões do RGPS

III - Sobre a receita do concurso de prognósticos

IV - Do importador de bens ou serviços do exterior

OBS: Compete à União instituir contribuições sociais, cabendo aos

entes federados menores a instituição de contribuição para RPPS.

Contribuições Sociais para

Seguridade Social

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Regime Geral de Previdência Social, administrado pelo INSS, de

caráter contributivo e filiação obrigatória. É o maior regime de

previdência do país.

Repartição Simples

Pacto de Gerações ou Solidariedade

Modelo de financiamento:

- Contribuição dos trabalhadores (art. 194, II);

- Contribuição dos empregadores (art. 194, I, “a”);

- Contribuição do Governo Federal, que responde por

eventual insuficiência financeira do RGPS

RPPS: IPMP (Instituto de Previdência do Município de Parnaíba)

Previdência Complementar: Aberta e Fechada (Capitalização)

Previdência Social

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Legislação Aplicável:

CF/88

Leis 8.212/91 (Custeio) e 8.213/91 (Benefícios)

Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo

Decreto 3.048/99

IN RFB 971/2009

Ordenamento Jurídico (cada norma hierarquicamente inferior

encontra seu fundamento de validade na norma superior e deve-lhe

respeito, não podendo afrontá-la)

RGPS

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Previdência : caráter contributivo

Regimes: RGPS (art. 201), RPPS (art. 40) e Previdência

Complementar (art. 202)

RGPS: geral, caráter contributivo, filiação obrigatória e

observância de critérios que preservem o equilíbrio

financeiro e atuarial

Custeio: Trabalhador, Empresa, Governo

Beneficiários: Segurados e Dependentes

Segurados: Obrigatórios e Facultativos

Conceitos Básicos do RGPS

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Segurado Empregado

Segurado Empregado Doméstico

Segurado Trabalhador Avulso

Segurado Contribuinte Individual

Segurado Especial

Segurados Obrigatórios do RGPS

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Art. 15 da Lei 8.212/91. Considera-se:

I - empresa - a firma individual ou sociedade que assume o risco de

atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, bem

como os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta

e fundacional;

II - empregador doméstico - a pessoa ou família que admite a seu

serviço, sem finalidade lucrativa, empregado doméstico.

Parágrafo único. Equipara-se a empresa, para os efeitos desta Lei, o

contribuinte individual em relação a segurado que lhe presta serviço,

bem como a cooperativa, a associação ou entidade de qualquer

natureza ou finalidade, a missão diplomática e a repartição consular

de carreira estrangeiras.

Empresa x Empregador Doméstico

E a Imunidade Recíproca dos Entes Governamentais prevista na CF/88?

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Art. 37 da CF/88 – A Administração Pública obedecerá ao Princípio

da Legalidade, o que implica na atuação estrita em

conformidade com o que a lei determina.

A Legislação Tributária impõe obrigações:

- Obrigações principais (pagar o tributo);

Ex: Pagar a contribuição de 20% sobre o valor pago ou creditado a

segurados contribuintes individuais até o dia 20 do mês

subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

- Obrigações acessórias (prestações positivas ou negativas no

interesse da arrecadação ou fiscalização de tributos).

Ex: Declarar para a RFB, através da GFIP, a remuneração paga a

segurados contribuintes individuais até o dia 07 do mês

subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

Princípio da Legalidade

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Não cumprimento da obrigação principal:

1) Na esfera tributária: constituição do crédito tributário

mediante Auto-de-Infração com acréscimo de multa

de ofício de 75%;

2) Na esfera penal: representação fiscal para fins

penais;

3) Na esfera cível: ação civil de responsabilidade por

ato de improbidade administrativa.

Não cumprimento da obrigação acessória:

1) Na esfera tributária: imposição de penalidade

pecuniária.

Consequências do não cumprimento

das obrigações tributárias

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O sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao

pagamento de tributo ou penalidade pecuniária:

- Contribuinte: quando tem relação pessoal e direta com o fato

gerador;

- Responsável: quando, sem revestir a condição de

contribuinte, sua obrigação decorra da lei.

O sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às

prestações que constituam o seu objeto.

Sujeito Passivo

Como responsável, o sujeito passivo deverá arcar com a responsabilidade pelo pagamento de contribuições que deveriam ser retidas e arrecadadas de terceiros (art. 33, §5° da Lei 8.212/91)

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PAGAMENTOS A PESSOAS FÍSICAS:

Segurados Empregados

Segurados Contribuintes Individuais

Fretes, Carretos e Transportes

Aquisição de Produtos Rurais

PAGAMENTOS A PESSOAS JURÍDICAS:

Cooperativas de Trabalho

Serviços Empreitada/Cessão de Mão de Obra

Principais Fatos Geradores de

Contribuições Previdenciárias

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Conceito: quem presta serviço de natureza não eventual, mediante

subordinação e salário.

Adm Pública:

Servidor Público ocupante de cargo efetivo não amparado por

RPPS (categoria 01, 12 ou 21);

Servidor Público ocupante exclusivamente de cargo

comissionado (categoria 20);

Agentes Políticos, não vinculados a RPPS (categoria 19).

Segurado Empregado

A categoria do trabalhador é um código a ser informado na GFIP

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Base de Cálculo: a Previdência é financiada por contribuições do

trabalhador e da empresa.

Para o trabalhador: a base de cálculo é o salário-de-

contribuição, que se submete a um teto máximo (R$ 3.689,66).

Para a empresa (Prefeitura): a base de cálculo é a

remuneração, que não está sujeita a um teto máximo.

Pergunta 1: Qual a base de cálculo de um secretário municipal que

recebe R$ 8.000,00?

Pergunta 2: O 1/3 de férias é base de cálculo da contribuição

previdenciária?

Pergunta 3: E o décimo terceiro salário?

Segurado Empregado

Na GFIP, deve-se informar o total da remuneração por trabalhador, e o sistema irá calcular a contribuição do segurado observando o limite máximo da base de cálculo.

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Alíquotas:

Para o trabalhador: aplicação de forma não-cumulativa de

acordo com as faixas:

até 1.106,90 - 8,00%

de 1.106,91 até 1.844,83 - 9,00%

de 1.844,84 até 3.689,66 - 11,00 %

A empresa é obrigada a arrecadar, mediante desconto, a

contribuição do segurado empregado e a recolher, juntamente com a

sua contribuição, até o dia 20 do mês subsequente:

Não desconto: a empresa fica responsável pela importância que

deixou de arrecadar em desacordo com a lei.

Desconto e não recolhimento: crime de apropriação indébita

previdenciária (art. 168-A do CP).

Segurado Empregado

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Alíquotas:

Para o empresa: há duas contribuições, a patronal, no valor de

20% (art. 20, I da Lei 8.212/91) e o risco de acidente de trabalho,

variável de acordo com a atividade da empresa (de 1 a 3%), ajustado

de acordo com o desempenho da empresa, FAP (de 0,5000 a 2,000).

Obs: No caso de Prefeituras (Adm Pública em Geral), a alíquota RAT

corresponde a 2%.

Obs2: O FAP é um índice individualizado, com validade no ano civil,

que pode ser obtido pela empresa na RFB.

Questão: Calcule as contribuições previdenciárias que deverão ser

recolhidas pela Prefeitura de Parnaíba, decorrentes do pagamento

de um servidor público ocupante de cargo comissionado que percebe

a remuneração de R$ 1.000,00. Admita, hipoteticamente, que o FAP

é igual a 1,5000.

Segurado Empregado

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Em relação à questão anterior:

1) Qual o mês de ocorrência do fato gerador da contribuição

previdenciária? Quais os dados que devem constar na GPS?

2) Admitindo-se que o servidor tenha sido cedido do Governo do

Estado, qual a vinculação previdenciária: do órgão cedente

(IAPEP) ou do cessionário (RGPS)? (art. 6º, §3º da IN 971)

3) No caso de o servidor comissionado exercer outra atividade

remunerada, com a qual ele já contribua pelo teto máximo, que

documentos a Prefeitura deve exigir para não efetuar o desconto

da contribuição devida pelo trabalhador? (art. 64 da IN 971)

4) E no caso do exercício de atividades especiais, que ensejam a

aposentadoria aos 15, 20 ou 25 anos?

Segurado Empregado

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Conceito: quem presta serviço de natureza eventual (elemento de

despesa 36, enquanto o segurado empregado (comissionado/efetivo)

deve constar no elemento 11)

Adm Pública:

Contratação de pedagogo para ministrar curso de capacitação

para professores (categoria 13).

Ocorrência do fato gerador: enquanto, para o empregado, o

fato gerador se dá no mês da prestação do serviço (quando passa a

ser devida a remuneração), no caso de contribuintes individuais, o

fato gerador ocorre na competência da liquidação da despesa.

Segurado Contribuinte Individual

Restos a Pagar x Despesas de Exercícios Anteriores

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Base de Cálculo: a Previdência é financiada por contribuições do

trabalhador e da empresa.

Para o trabalhador: a base de cálculo é o salário-de-

contribuição, que se submete a um teto máximo (R$ 3.689,66).

Para a empresa (Prefeitura): a base de cálculo é a

remuneração, que não está sujeita a um teto máximo.

Pergunta 1: Qual a base de cálculo de um palestrante que recebe R$

2.000,00 pelo serviço prestado, tendo sido retido 5% a título de ISS?

Pergunta 2: Caso o palestrante seja vinculado a RPPS, e já recolha

neste regime a contribuição previdenciária acima do limite máximo

do salário-de-contribuição, ele deverá contribuir para o RGPS pela

atividade remunerada descrita?

Segurado Contribuinte Individual

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Alíquotas:

Para o trabalhador: aplicação das alíquotas de 11% ou 20%,

até o teto máximo de R$ 3.689,66

11% : para os contribuintes individuais que prestam serviços para

empresas em geral (inclusive órgãos públicos e empresas do

SIMPLES)

20% : para os contribuintes individuais que prestam serviços por

conta própria (taxista, camelô, diarista etc.) ou que prestam serviços

para empresas em gozo de isenção (filantrópicas)

RSPS – 11% sobre o salário-mínimo (trabalhadores de baixa renda)

A empresa é obrigada a arrecadar, mediante desconto, a

contribuição do segurado contribuinte individual e a recolher,

juntamente com a sua contribuição, até o dia 20 do mês subsequente

(não desconto x desconto e não recolhimento).

Segurado Contribuinte Individual

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Alíquotas:

Para o empresa: contribuição patronal no valor de 20% (art. 20,

III da Lei 8.212/91). Não há alíquota RAT incidente sobre a

remuneração de contribuintes individuais.

Obs: Os estagiários, contratados de acordo com a Lei 11.788/2008

são segurados facultativos do RGPS (não são nem empregados,

nem contribuintes individuais).

Obs2: Não incide contribuição previdenciária sobre o pagamento de

alugueis (rendimento do patrimônio e não do trabalho).

Questão: Calcule as contribuições previdenciárias que deverão ser

recolhidas pela Prefeitura de Parnaíba, decorrentes do pagamento

de 10 trabalhadores que prestaram serviços eventuais, com

remuneração individual de R$ 100,00.

Segurado Contribuinte Individual

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Em relação à questão anterior:

1) Qual o mês de ocorrência do fato gerador da contribuição

previdenciária? Quais os dados que devem constar na GPS?

2) A base de cálculo de cada trabalhador é R$ 100,00 ou está

sujeita ao limite mínimo de R$ 545,00?

3) Qual a validade de um contrato celebrado entre os

trabalhadores e a Prefeitura, onde as partes acordem que o

trabalhadores, em vez de contribuir para o RGPS, aceitem o

pagamento de um plano de previdência privada pela Prefeitura?

4) Como é feita a individualização das contribuições dos

trabalhadores, recolhida de forma geral, via GPS no CNPJ da

empresa, para as contas dos trabalhadores?

Segurado Contribuinte Individual

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Conceito: o transportador rodoviário autônomo é um tipo especial de

contribuinte individual, pois recebe um valor bruto pelo frete, carreto

ou transporte. Assim, a legislação previdenciária considera do valor

bruto recebido, 20% como base de cálculo das contribuições.

Características especiais:

1) Base de Cálculo: 20% do valor bruto do frete, carreto ou transporte

(limitado ao teto de R$ 3.689,66 para as contribuições

previdenciárias a cargo do trabalhador);

2) Há uma contribuição de 2,5%, a cargo do trabalhador, destinada

ao SEST/SENAT;

3) Categoria do trabalhador: 15 (enquanto o autônomo/contribuinte

individual é 13);

4) GPS específica com código de pagamento 2445.

Fretes, Carretos e Transportes PF

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Suponha que a Prefeitura de Parnaíba pague o valor bruto de R$

20.000,00 a um determinado motorista pelo serviço de

transporte.

1) Calcule a contribuição previdenciária devida pelo trabalhador?

2) Calcule a contribuição previdenciária devida pela Prefeitura?

3) Calcule a contribuição social devida ao SEST/SENAT? Ela deve

ser descontada do trabalhador ou é encargo da empresa?

4) Preencher corretamente a GPS para recolhimento.

5) Caso o trabalhador não tenha inscrição na Seguridade Social

(PIS/PASEP/NIT), o que a Prefeitura deve fazer para preencher

corretamente a GFIP?

Fretes, Carretos e Transportes PF

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Os segurados especiais (trabalhadores rurais) e os empregadores

rurais pessoas físicas (produtores rurais) contribuem para o RGPS

com uma alíquota incidente sobre a comercialização da produção

rural. A legislação previdenciária determina que a empresa

adquirente proceda ao desconto e ao recolhimento desta

contribuição.

Características:

1) Base de Cálculo: valor da comercialização de produtos rurais (de

origem animal ou vegetal, submetidos a processos de

industrialização rudimentar).

2) Alíquotas: 2,1% para a Previdência Social e 0,2% para o SENAR.

3) Na GFIP, deve-se informar o campo COMERCIALIZAÇÃO DA

PRODUÇÃO PESSOA FÍSICA, com o valor total comercializado na

competência, sem a necessidade de discriminar os vendedores.

4) GPS específica com código de pagamento 2437.

Aquisição de Produtos Rurais PF

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Suponha que a Prefeitura de Parnaíba tenha adquirido os seguintes

produtos para a merenda escolar em um determinado mês:

Produto – Valor – Vendedor

Melancia – R$ 5.000,00 – Sr. Pedro da Melancia

Adubo – R$ 5.000,00 – Sr. Paulo do Bode

Leite – R$ 10.000,00 – Agropecuária Leite Bom Ltda

Calcule a contribuição previdenciária devida pela Prefeitura,

incidente sobre a aquisição destes produtos rurais?

A contribuição deve ser descontada do vendedor ou é encargo

da empresa adquirente?

Preencher corretamente a GPS para recolhimento.

Aquisição de Produtos Rurais PF

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Podem ser divididos em dois grandes grupos:

1) Pagamento a Cooperativas de Trabalho. Incide uma

contribuição previdenciária, a cargo da tomadora do serviço, no

valor de 15% da nota fiscal, recibo ou fatura de serviços

prestados. O encargo social é da Prefeitura, que não deve reter

o valor da contribuição da Cooperativa. Há informação a ser

prestada na GFIP.

2) Pagamentos a empresas que prestam serviços mediante cessão

de mão-de-obra ou empreitada. A Prefeitura (tomadora) é

responsável pela retenção de 11% do valor do serviço, a ser

recolhido em GPS específica (código 2640), em nome da

empresa prestadora (substituição tributária).

Pagamentos a Pessoas Jurídicas

GFIP: INFORMAÇÃO DOS VALORES PAGOS A COOPERATIVAS DE TRABALHO

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Empreitada: execução de tarefa, obra ou serviço. Os trabalhadores

são dirigidos pela prestadora, e os serviços são prestados nas

dependências da prestadora, da tomadora ou de terceiros.

Cessão de Mão-de-Obra: colocação, à disposição da tomadora, em

suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que

realizem serviços contínuos. Os trabalhadores são dirigidos pela

tomadora.

Obrigação de reter:

Empreitada ou Cessão de Mão-de-Obra: limpeza, conservação ou

zeladoria; vigilância ou segurança; construção civil (serviço);

natureza rural; digitação; preparação de dados para processamento.

Cessão de Mão-de-Obra: diversos serviços elencados (numerus

clausus) no art. 118 da IN 971/2009.

Empreitada x Cessão de Mão de Obra

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1) O cumprimento das obrigações tributárias previstas na

legislação, mais do que um imperativo legal é um dever ético

para com a Municipalidade.

2) GFIP: Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à

Previdência. O correto preenchimento da declaração (via

SEFIP) e o envio para a base de dados do Governo Federal (via

Conectividade Social) cumpre dois objetivos primordiais:

2.1.) Evita o auto-de-infração (com a multa de ofício de

75%) e a repercussão penal da conduta (crime de sonegação de

contribuição previdenciária);

2.2.) Alimenta o Cadastro Nacional de Informações

Sociais (CNIS), permitindo que os trabalhadores usufruam os

direitos previdenciários perante o INSS (auxílio-doença, pensão

por morte, aposentadoria etc.)

Conclusões